Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.
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Obras do Centro de Iniciação ao Esporte avançam no Piauí
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Publicado em Terça, 17 Maio 2016 16:04
Foto: Roberto Castro/ME
A população da região do Vale do Gavião, em Teresina, vê nascer no bairro um dos legados de infraestrutura esportiva dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. O Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), voltado para a prática de 13 modalidades olímpicas e seis paralímpicas, avança para cerca de 40% de execução de obra. O equipamento é o segundo mais adiantado no país, atrás de Franco da Rocha, no interior de São Paulo, com 60% concluídos.
Os CIEs têm como objetivo identificar talentos, formar novos atletas e incentivar a prática esportiva. A população piauiense contará na capital com a estrutura do Módulo 3 do CIE, incluindo Ginásio Poliesportivo com arquibancada para 177 lugares, estrutura de atletismo e área de apoio – administração, sala de professores/técnicos, vestiários, chuveiros, enfermaria, copa, depósito, academia, banheiros.
Foto: Roberto Castro/ME
“Essa é uma região de expansão da cidade, que tem um conjunto significativo de casas. O equipamento dará a oportunidade para que os alunos da nossa rede educacional, que tenham se destacado no esporte, possam ter uma estrutura adequada para a prática esportiva”, explicou o prefeito da capital, Firmino Filho.
O bairro Vale do Gavião está em processo de ocupação. A estimativa é que a região tenha cerca de 20 mil habitantes. Segundo Firmino Filho, “a infraestrutura integrará toda a parte esportiva das escolas municipais da região.”
A estrutura esportiva conta com investimento de cerca de R$ 3,8 milhões do Governo Federal. O estado do Piauí terá mais dois CIEs: em Parnaíba e Picos. O projeto de Centro de Iniciação ao Esporte alcança todas as regiões brasileiras, somando 245 unidades em 232 municípios do país.
Estrutura da futura pista atletismo (Foto: Roberto Castro/ME)
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
Ministério do Esporte reforça preparação de atletas militares para Rio 2016
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Publicado em Terça, 17 Maio 2016 11:41
Foto: Sgt Johnson Barros
Os atletas militares brasileiros receberam, nesta terça-feira (17.05), mais um reforço na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. O Ministério do Esporte repassou o valor de R$ 1.642.499,00 para a Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), do Ministério da Defesa. O Termo de Execução Descentralizada foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
As pastas do Esporte e da Defesa são parceiras no desenvolvimento do esporte civil e militar no país. Entre as ações conjuntos, destacam o Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (PAAR), investimento em unidades militares e o programa social Segundo Tempo/Forças no Esporte (Profesp).
Dos 166 atletas nacionais classificados para os Jogos Rio 2016, segundo dados do Comitê Olímpico do Brasil (COB), 79 são militares que integram o Programa de Incorporação. Além da ação que beneficia diretamente os militares, o Ministério do Esporte também investe R$ 146,1 milhões na construção, reforma e adaptações de unidades militares no Rio de Janeiro. As instalações servirão de locais de treinamento para a delegação nacional e as estrangeiras durante dos Jogos Rio 2016.
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
Ministros reforçam confiança no sucesso das Olimpíadas do Rio de Janeiro
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Publicado em Terça, 17 Maio 2016 08:40
Os ministros Leonardo Picciani (Esporte) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) reforçaram, nesta segunda-feira (16.05), que o País está preparado para receber os Jogos Olímpicos Rio 2016 e descartaram qualquer risco de descontinuidade do cronograma de ações em função da mudança de governo. As afirmações foram dadas em entrevista coletiva concedida após reunião entre os ministros, representantes do governo envolvidos no projeto olímpico e o presidente interino Michel Temer.
Segundo Picciani, no encontro foi apresentado um resumo do estágio de preparação dos Jogos e o planejamento das ações a serem tomadas. "Ficou nítido que não existem surpresas. As obras seguem o cronograma e a preparação das áreas onde ocorrerão eventos olímpicos estão dentro da normalidade. Estamos na fase de ajuste final e expectativa é absolutamente positiva", ressaltou, antes de afirmar que manterá na pasta os principais gestores técnicos para não comprometer a continuidade do cronograma.
O ministro do Esporte informou ainda que o presidente Michel Temer teve uma conversa por telefone com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, em que reafirmou todas as garantias assumidas pelo governo brasileiro para a realização dos Jogos, especialmente em relação à segurança.
Mais cedo, durante o evento de posse, o ministro da Defesa, Raul Jungman, já havia afirmado que o monitoramento permanente feito pelo governo federal terá continuidade e será até intensificado. Segundo ele, os Jogos têm repercussão extrema no cenário internacional e são capazes de trazer uma visão pacífica e competente da nação. "Saiba de uma coisa: as Olimpíadas vão ser realizadas, vão dar certo e vão dar orgulho aos brasileiros perante o mundo. Estamos prontos para suprir qualquer necessidade que se faça necessária para o bom desempenho das Olimpíadas", completou o ministro.
Para o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, a experiência e êxito já demonstrados na realização de grandes eventos esportivos reforçam que o Brasil será capaz de realizar o evento olímpico com tranquilidade. "Independentemente de questão política ou partidária, vamos mostrar ao mundo que esse povo de formação democrática e hospitaleira tem capacidade de fazer uma inesquecível Olimpíada" , afirmou o ministro.
Fontes: Blog do Planalto e Ministério da Defesa
Ascom - Ministério do Esporte
Tocha olímpica percorre cidades de três estados em 12 horas
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Publicado em Terça, 17 Maio 2016 08:37
Foto: Francisco Medeiros/ME
"Cadê, cadê? A tocha eu quero ver". Ao som desse refrão, a Chama Olímpica iniciou o dia na cidade de Bicas, na reta final da face mineira da festa. A celebração foi inversamente proporcional ao tamanho da cidade de 13 mil habitantes, uma das menores do Tour da Tocha. A empolgação e a euforia das crianças deram o tom ao longo do percurso na cidade conhecida pelo Santuário Ecológico da Água Santa, que, segundo reza a tradição, têm águas que curam.
Os condutores contagiaram o público com gritos de guerra, dança e música. Entre eles, uma adolescente de 16 anos, xodó da cidade, foi destaque. A estudante Aurea Rodrigues, portadora de Síndrome de Down, levou a chama olímpica com segurança, simpatia e garantiu a festa mesmo com a despedida do comboio, já que comemora aniversário nesta terça-feira (17.05). Entre fotos e abraços, um grande grupo cantou o Parabéns antecipado: "Esse foi o maior presente da minha vida", disse Aurea.
Nos meses que antecederam ao tour, o município e cidades vizinhas aproveitaram para levar a crianças temas ligados ao olimpismo. "Desde fevereiro estamos trabalhando com as escolas a importância da chama olímpica, especialmente como instrumento de calor que tem o poder de entrosar os povos", afirmou a secretária municipal de Educação de Bicas, Jane Alves Durão.
Revezamento da Tocha em Bicas/MG.
O homem-chama
Campeão da São Silvestre em 1994, bronze no Pan de 1995 e recordista mundial da maratona ao vencer a de Berlim em 1998 com 2h06min05s, Ronaldo da Costa está acostumado aos holofotes, mas confessou que experimentou uma certa "tremedeira" com a responsabilidade de conduzir a tocha. "Já participei até de Jogos Olímpicos, mas esse momento é diferente. É gostoso, junto com o meu povo. Estou em casa, mas estou todo me tremendo", brincou. Nascido em Descoberto, o caçula de 11 irmãos brincou, dançou, sorriu e mobilizou os moradores. "A chama olímpica é a nossa paz e a gente tem que ter esperança, sem ela nada vamos conseguir".
Três estados em 12 horas
Na sequência a partir de Bicas, a chama seguiu para Leopoldina e Muriaé, última cidade em Minas Gerais. A partir daí, o revezamento beliscou o Rio de Janeiro pela primeira vez, com passagens em Itaperuna e Bom Jesus de Itabapoana, antes de encerrar o dia em Cachoeiro do Itapemirim, já no Espírito Santo. Com mais de 5km de percurso, 19 condutores levaram a chama na cidade-natal do rei Roberto Carlos e do cronista Rubem Braga. Até por isso, houve passagens da tocha pela Casa de Cultura Roberto Carlos e pela Casa dos Bragas.
Direto de Marataízes, a agricultora Dalta Souza, de 81 anos, e a filha Gerusa, 58, professora de artes, chegaram cedo na capital secreta, como é conhecida a cidade. O que elas não imaginavam era conseguir tirar uma foto com a tocha exposta em um dos estandes na área de celebração. "É muita emoção e alegria estar aqui e poder tocar e tirar foto com uma das tochas. Achei que ia conseguir ver apenas do cordão de isolamento no revezamento", sorriu Dalta.
Torcedora do Fluminense, a agricultora confessou que sua torcida nos Jogos Olímpicos Rio2016 será pelo primeiro ouro da Seleção Brasileira de Futebol. "Sempre gostei de esporte e só eu na minha casa assisto a futebol. Tenho esperança de ver os meninos ganharem um ouro. É um evento importante e inédito para o nosso país", disse Dalta, que arrastou a filha para participar da festa. "O pique da mamãe é impressionante. Ela é um remédio natural para qualquer tristeza. Eu não estaria aqui se não fosse o convite dela", emocionou-se Gerusa ao falar da mãe.
Revezamento da Tocha Olímpica em Cachoeiro do Itapemirim.
Capital Secreta
Segundo os moradores, a origem da expressão veio de brincadeiras do poeta Vinícius de Moraes com o amigo Rubem Braga, que passou a usar o nome nos textos quando falava da cidade. "A gente sempre ouve essas história entre Vinícius e Rubem. Aqui quase todo mundo com mais idade conheceu ele. Por isso, acreditamos que a expressão pegou rápido", explicou o advogado Adílio Anholete.
A chama olímpica segue pelo Espírito Santo nesta terça-feira, depois de pernoitar na capital secreta, e chega ao litoral capixaba pela manhã, a começar por Guarapari, seguida por Vila Velha e a capital Vitória.
Lilian Amaral e Lorena Castro, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Pista do Engenhão passa no teste do atletismo
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Publicado em Segunda, 16 Maio 2016 21:48
Foto: Gabriel Heusi/ brasill2016.gov.br
Foram três dias de Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, mais de 400 atletas e uma grande oportunidade de avaliar o Engenhão, o Estádio Olímpico do Rio 2016. Velocistas e fundistas aprovaram a pista de competição, considerada rápida e à altura dos principais palcos da modalidade no mundo. Atletas das provas de campo também gostaram de suas áreas de disputa. A pista de aquecimento, feita com o mesmo material da principal, recebeu elogios da maioria dos participantes, mas alguns observaram que ela ainda não está 100% finalizada. O estádio de forma geral passa por ajustes para os Jogos Olímpicos.
“Dá pra ver que o estádio ainda passa por reforma, mas as pistas de competição e aquecimento estão muito boas. Já estive em vários estádios olímpicos e este é tão bom quanto os outros. Ele é menor, e penso que isso vai deixar tudo mais intimista. Acho que vários recordes serão quebrados”, disse o norte-americano Brandon Johnson, bronze nos 800m no evento-teste.
Pista de aquecimento deve ser finalizada nesta semana. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
“Tudo funcionou bem, só não foi colocada a areia das caixas da pista de aquecimento, mas como ninguém estava usando no aquecimento, não fez falta. O resto está perfeito”, avaliou Keila Costa, que disputou o salto em distância e salto triplo, provas em que já tem índice para o Rio 2016. Segundo o diretor executivo de Esportes do Comitê Organizador, Agberto Guimarães, a pista de aquecimento deve ser finalizada ainda nesta semana.
O dominicano Luguelín Santos mostra o adesivo fixado na camisa, novidade que foi testada no Ibero-Americano. (Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)Vice-campeão dos 400m em Londres 2012, o dominicano Luguelín Santos gostou da pista, mas observou que ainda há trabalho a fazer no Engenhão, e que vestiários e banheiros poderiam estar melhores. Agberto pontuou que a Prefeitura do Rio de Janeiro fará ações de manutenção no estádio.
“Eles vão limpar, tem lugar que vão pintar, vão arrumar as cadeiras que estiverem quebradas, vão terminar os assentos temporários, é trabalho de responsabilidade da prefeitura. Nossa equipe de Desenvolvimento de Instalação Esportiva faz um acompanhamento disso pra ter certeza de que tudo que é necessário para os Jogos a gente vai receber”, explicou, fazendo referência à colocação das 15 mil cadeiras que aumentarão a capacidade do Engenhão de 45 mil para 60 mil lugares.
Sem alfinetes
Um detalhe que pode não ser notado pelo público geral, mas que faz diferença para quem vai pra pista, foi testado no Ibero-Americano. Ao invés de os papéis com nome e número de identificação dos atletas serem anexados ao uniforme com alfinetes, eles foram colados na roupa. Inovação que, caso tenha aprovação da Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), será aplicada em agosto.
“É uma novidade que a patrocinadora dos Jogos, em concordância com a Federação Internacional de Atletismo, resolveu testar aqui, as máquinas fazem os números na hora. É positivo tudo que você fizer para facilitar a vida do atleta. Em todos os Jogos que competi, sempre me furava com o alfinete. O papel fica embolado, tem que tirar para lavar a camisa. Este você prega e acabou. É um adesivo super fino, muito parecido com o tecido da camisa do atleta”, explicou Agberto Guimarães, que é ex-atleta dos 800m e 1.500m.
“Não pesa, é ótimo. Colocam bem rápido, em cinco minutos. Ficou sensacional”, aprovou o dominicado Luguelín Santos.
Tecnologia de resultados
Um dos aspectos-chave do teste do Engenhão foi a tecnologia de cronometragem e resultados. A empresa responsável por esse serviço está trabalhando com câmeras com mais definição e sensores mais apurados nos blocos de partida para detectar uma falsa largada, entre outras novidades. Agberto fez avaliação positiva da experiência.
Questionado sobre a defasagem em informações de algumas marcas pessoais dos participantes, exibidas nos telões e presentes nas listas entregues aos jornalistas, ele explicou que os dados foram fornecidos pelas federações nacionais e que a checagem para os Jogos Olímpicos é diferente e rigorosa.
“Nos Jogos, todos os atletas são inscritos pelo comitê olímpico do país. Temos uma equipe que faz a inscrição de todos os atletas. Essas inscrições são acompanhadas pela federação internacional de cada esporte para validar se você que está inscrito naquela prova fez realmente o índice. Validando, a gente tem isso no sistema. Aí vem a reunião de registro das delegações, feita antes da entrada dos atletas na vila, para conferir. A partir dali o atleta pode competir nos Jogos”, detalhou.
O Engenhão recebe ainda nesta semana, de 18 a 21 de maio, o Open Internacional de Atletismo, evento-teste da modalidade para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Tecnologia de cronometragem e resultados é um dos aspectos-chave no atletismo. (Foto: André Motta/brasil2016.gov.br)
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Brasileiras fazem dobradinha com índice olímpico nos 100m com barreiras
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Publicado em Segunda, 16 Maio 2016 21:20
Dobradinha brasileira nos 100m com barreiras. (Foto: André Motta/brasil2016.gov.br)
Gol aos 45 minutos do segundo tempo, valendo título de campeonato. Foi assim que Maila Paula Machado comparou o resultado de 12s99 obtido nos 100m com barreiras, nesta segunda-feira (16.05), na última etapa do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo. A marca foi um centésimo abaixo do índice olímpico (13s). A festa foi ainda maior porque Fabiana Moraes também garantiu participação nos Jogos Rio 2016, com o melhor tempo da noite: 12s91. Dobradinha brasileira no Estádio Olímpico, o Engenhão, no Rio de Janeiro.
“Tem coisa melhor que fazer o índice olímpico a um centésimo? Não tem sensação melhor. Estou muito feliz, porque a última vez que corri 12s foi em 2006, há dez anos. Você não imagina o que é ver no placar o comecinho 12. Não importa se é 12s99. Hoje, só eu e ela (apontou para Fabiana) fazemos esse tempo. Estou grata por ter saído esse índice da forma que foi e onde foi”, comemorou Maila.
A atleta não estava na lista inicial da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para a disputa. No entanto, a titular Adelly Santos teve que ser substituída devido a uma contusão de última hora. Maila vinha de um período difícil, ficou um ano sem treinar, fazendo reabilitação após passar por uma cirurgia no tendão de Aquiles do pé esquerdo no final de 2013. “O que viesse eu estava satisfeita. Estava feliz pelo meu retorno”, disse. “O ano passado eu treinei, mas não da forma que eu tinha que treinar. Aí consegui fazer uma base inteira, que era o que eu estava pedindo para o meu treinador (o cubano Santiago Antunes). Não senti dor e agora a gente vê o resultado”.
A corredora vai para a sua terceira Olimpíada, já que competiu em Atenas 2004 e Pequim 2008. Mas, aos 35 anos, os Jogos Rio serão diferentes: “Esta terá um gosto especial”, resumiu.
Fabiana Moraes vibrou muito com o índice olímpico. (Foto: André Motta/brasil2016.gov.br)
Correndo para a galera
A carioca Fabiana Moraes estava próxima de conseguir o índice olímpico nos 100m com barreiras. No entanto, a prova de hoje serviu como uma retomada para a atleta, que cruzou a linha de chegada em primeiro. “Acho que eu vinha errando 70% da parte técnica nos treinos e nas competições. Vinha perdendo para todo mundo. Não aguentava mais perder pra essa mulherada que estava aí hoje”.
Quando o resultado apareceu no placar, ela gritou, pulou, deitou na pista. “Eu não sabia que tinha vencido a prova. Vi que tinha alguém do meu lado na hora que eu desci da barreira, mas tive tranquilidade e paciência para fazer tudo que vinha treinando e para fazer a chegada certa. Muita gente perde a corrida na chegada”. Para terminar, ela comemorou junto à torcida.
“Estou muito feliz por estar aqui, em casa, com essa torcida - minha família, os técnicos que me iniciaram no atletismo. Todo mundo aí o tempo todo, desde lá fora até entrar no estádio. Até o árbitro! É gente que me viu crescer nesse Rio de Janeiro, que viu minhas lutas”, disse ao celebrar a primeira Olimpíada da carreira.
Com as medalhas da noite desta segunda-feira, o Brasil conquistou o nono título em 17 edições do Ibero-Americano de Atletismo, competição válida como evento-teste para os Jogos Rio 2016. A seleção brasileira somou 52 medalhas nos três dias do torneio, que reuniu mais de 400 participantes de 25 países. Foram 16 ouros, 17 pratas e 19 bronzes.
Índices conquistados no Ibero-Americano
Além de Fabiana Moraes e Maila Machado nos 100m com barreiras, outros quatro brasileiros conquistaram índice para o Rio 2016 no Campeonato Ibero-Americano. Nos 800m, Lutimar Paes e Kleberson Davide superaram a marca mínima de 1m46s, respectivamente com os tempos de 1m45s42 e 1m45s79. Jailma Lima vai representar o país na prova dos 400m. A corredora alcançou a marca de 51s99, abaixo dos 52s20 exigidos.
Nos 200m, Kauiza Venâncio fez a marca de 23s18, superando o índice de 23s20. A atleta se junta a Ana Cláudia Lemos, Rosângela Santos e Vitória Rosa, que já haviam obtido o mínimo para o Rio 2016. Podem ser inscritas nos Jogos Olímpicos somente três atletas por prova. Sendo assim, segundo os critérios da CBAt, serão convocadas a campeã do Troféu Brasil e as duas primeiras do ranking em 2016, desde que tenham o índice. O período de reconhecimento das marcas mínimas começou em 1º de maio de 2015 e vai até 3 de julho de 2016, quando termina o Troféu Brasil.
Ana Cláudia Lemos está suspensa por cinco meses, contados a partir de 3 de fevereiro, por ter sido pega no doping. O período se encerra justamente no Troféu Brasil, mas, segundo a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês) vai recorrer.
Do Chade para Lavras, a obstinação de Youssouf em busca do sonho olímpico
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Publicado em Segunda, 16 Maio 2016 15:35
Sabe aquela expressão brasileira típica: “Depois passa lá em casa”? Youssouf Mahamat Goubaye, de Chade (país no centro-norte da África), levou ao pé da letra. O velocista, que disputou os 200m do Ibero-Americano de Atletismo, no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, aceitou o convite feito pelo técnico Fernando Roberto de Oliveira e, com esforço e determinação, deixou Djamena, sua cidade natal, para desembarcar em Lavras, no interior de Minas Gerais.
O convite surgiu em conversa informal no aeroporto de Cali, na Colômbia, após o Mundial de Menores, em julho de 2015. Fernando Oliveira esperava o voo e batia um papo com um treinador português, quando Youssouf sentou ao lado deles. A partir daí, o diálogo passou para o francês, língua do Chade: “Perguntei de onde ele era e ele contou a história dele... O que me causou surpresa foi ver um rapaz tão jovem sair de seu país, chegar na Colômbia sozinho, fazer credenciamento, participar de congresso técnico. É diferente participar de um evento internacional desse nível sem dominar inglês, sozinho e sobreviver tranquilo”, relembra o professor de Educação Física da Universidade Federal de Lavras (Ufla).
Youssouf e Fernando: parceria teve início de forma inusitada, numa conversa num aeroporto na Colômbia. Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br
Quando o corredor contou a realidade do atletismo em sua terra natal, Fernando fez o convite para Youssouf conhecer Lavras. A universidade estaria pronta para recebê-lo. “Só que eu não dei a devida importância. Se realmente ele desse jeito, acabaria levando, mas não dei muita força e não acreditei que fosse acontecer”. No entanto, para o atleta aquela era a oportunidade de conseguir melhorar na carreira. “As pistas de Chade são muito ruins, aqui é bom para fazer competições. Diferente. No meu país não tem pista normal”, diz Youssouf.
Após a conversa na Colômbia, o atleta não falou mais com o técnico brasileiro nem tinha seus contatos. A próxima chance de reencontro foi no Mundial de Pequim, em agosto do ano passado. Youssouf encontrou o brasileiro João Vitor de Oliveira, corredor dos 110m com barreiras, e pediu ajuda para encontrar Fernando. “Aí o João Vitor pensou que era o professor Luiz Roberto, ex-treinador do Joaquim Cruz, que trabalhava com uns africanos. Mas o Luiz disse que não conhecia o Youssouf. Engraçado que recentemente o João se lembrou disso quando viu a foto dele lá em Lavras: ‘Pô, esse moleque me procurou, que felicidade! Coisa louca, o cara está em Lavras mesmo”.
Tudo pela internet
Sem sucesso na empreitada, o atleta africano recorreu às redes sociais. Desta vez deu certo e ele retomou o contato com Fernando. “Falei para ele que não podia pagar a passagem, mas que se ele conseguisse isso, em Lavras a gente teria moradia, alimentação e estudos. Aí ele ficou dois meses conversando comigo”. Quando o professor começou a achar que o projeto não iria para frente, Youssouf deu a notícia: “Comprei a passagem”. O atleta vendeu celular, computador, trabalhou semanas para juntar dinheiro e ainda contou com a ajuda do pai.
Youssouf em ação durante o Ibero-Americano de Atletismo, evento-teste no Estádio Olímpico do Rio. Foto: Washington Alves/CBAT
Pronto. Mas, e os documentos? “Ele descobriu que não tinha representação diplomática do Brasil no Chade e a mais próxima era em Camarões. Foi mais uma novela. Ele tinha que localizar documentos escolares, parece que no Chade a coisa não é bem organizada”, relata o treinador, com um sorriso de felicidade por poder contar a história. Fernando ajudou no contato com a embaixada e Youssouf pôde fazer tudo pela internet. Do Chade, o atleta seguiu para Adis Abeba, capital da Etiópia (sentido leste), para depois cruzar a África rumo ao oeste e desembarcar em São Paulo. Neílton Moura, treinador da BMF, recebeu o visitante a pedido de Fernando e o colocou num ônibus rumo a Lavras.
“Quando ele chegou, eu olhei: ‘Rapaz, você veio mesmo. Sou obrigado a reconhecer que vou ter que tratá-lo de forma especial, porque você conseguiu”, Fernando descreve, olhando para a pista do Estádio Olímpico. Um olhar de alegria e esperança. “Você viu a combinação de fatos? Tem uma energia aí, que fez com que ele se atraísse pela ideia”.
Aprimoramento técnico e no idioma
Há três meses no Brasil, Youssouf, que vai completar a maioridade em 27 de junho deste ano, tem se adaptado bem ao país. Mulçumano, ele disse que a única dificuldade com a alimentação é não comer carne de porco. Nada de feijoada.
Na universidade, o chadiano se esforça para aprender o português, idioma em que já se comunica bem. Ele ainda ensina francês aos colegas, que se esforçam para aprender. “No primeiro momento eu não sabia conversar. Tive dificuldade. Falava em francês com o professor Fernando e alguns amigos”. O uso de tradutores, em celular ou no computador, também ajudou no aprendizado da língua.
No dia seguinte à chegada em Lavras, Youssouf já foi fazer o que mais gosta: correr. “Percebemos que ele é talentoso, mas tem desequilíbrios musculares. Ainda falta técnica. Ele não tinha o hábito de treinar todos os dias no país dele. Agora está adquirindo”, avalia Fernando. “Pouco a pouco ele está tomando corpo e melhorou dimensões técnicas da corrida. Ele tinha inflamações sérias na canela, que o impediam de treinar direito. Descobrimos uma fragilidade em termos de força muscular”, prosseguiu. Mesmo assim, o corredor conseguiu boas marcas. Na eliminatória dos 200m do Ibero-Americano, ele fez 21s39, melhor tempo dele no ano. Na primeira semifinal, Youssouf chegou em oitavo com 21s44 e ficou fora da final.
“Essa é a sétima competição dele. Antes de vir para o Brasil ele tinha participado de quatro. Treinava para os campeonatos e depois ficava um tempão sem treinar. Ele jogava futebol também, na família dele tem muito boleiro. Pensei: ‘Se o cara sem fazer nada, conseguiu esses resultados, é porque é bom para caramba’. Alguém que consegue construir para sua vida uma história dessa, é alguém com um espírito guerreiro”, define Fernando.
A paixão pelo futebol, aliás, fez a família de Youssouf se aproximar do Brasil antes mesmo do filho morar aqui. “Eu conversei com muitas pessoas do meu país. Meu pai gosta que eu viva aqui. Uma pessoa na universidade me disse que eu poderia fazer estágio nos Estados Unidos, mas meu pai disse que não. Eles gostam do Brasil. Desde pequeno torcemos pelo Brasil no futebol”.
Rede Nacional
O Centro Regional de Iniciação ao Atletismo (Cria – Lavras) começou como um projeto de extensão da Ufla. Ao ver que o filho queria começar a treinar atletismo, Fernando Oliveira convidou outras crianças para iniciar uma escolinha. “Montei um grupinho para meu filho não correr sozinho e chamei algumas crianças. Acabou que montamos um grupo forte. E fomos campeões brasileiros sub 18 em Maringá em 2012. Isso fez o projeto crescer”.
Pista da Universidade de Lavras, onde Youssouf faz sua preparação: montada com recursos do Ministério do Esporte, integra a Rede Nacional de Treinamento. Foto: Ministério do Esporte
Hoje o Cria atende a mais de 1500 alunos da região e conta com apoio de empresas e dos governos Federal, estadual e municipal para o custeio das despesas. Os jovens também tiveram o reforço de uma pista de atletismo nova, com oito raias, apta a buscar certificação internacional nível 2 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês). A estrutura foi construída com recursos de R$ 9,6 milhões do Ministério do Esporte e integra a Rede Nacional de Treinamento.
“Você ver crianças carentes, a maior parte recebendo Bolsa Família, morando em casas feitas pelo governo e, apesar das dificuldades, elas conquistaram essa pista, é motivo de orgulho absurdo”, afirma Fernando Oliveira, que explicou que antes a pista era de terra (saibro).
Uma estrutura que pode fazer a diferença para o talento de Youssouf despontar. “Aqui no Brasil tem muita competição e elas são com cronômetro digital. No Chade, muitas competições nacionais não têm e você não sabe o tempo que fez”, compara o corredor, que tem grandes chances de ser o indicado pelo seu país nos Jogos Rio 2016. No atletismo, as nações podem indicar um mínimo de competidores, mesmo sem índice. Se conseguir, ele com certeza se sentirá correndo em casa.
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
Vídeo: Conheça a rotina de Carlos José Barto visando aos Jogos Rio 2016
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Publicado em Segunda, 16 Maio 2016 14:35
Carlos José Barto está prestes a disputar sua terceira edição dos Jogos Paralímpicos. No Rio 2016, o fundista brasileiro vai buscar sua primeira medalha no evento. Especialista nos 1.500m e nos 5.000 metros, Barto falou de sua intensa rotina de treinos e da preparação para representar o país nos Jogos.
Em Pequim 2008, o brasileiro teve seu melhor resultado: o quinto lugar nos 1.500m T11. Para melhorar e chegar ao pódio no Rio de Janeiro, Barto treina seis dias por semana e chega a percorrer 130 km.
Ascom – Ministério do Esporte
Brasileiros são eleitos para diretoria da maior instituição de desporto escolar mundial
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Publicado em Segunda, 16 Maio 2016 14:23
O trabalho desenvolvido no esporte escolar brasileiro recebeu reconhecimento internacional na última sexta-feira (13.05). Durante Assembleia Geral Ordinária Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF), realizada em Marmaris, na Turquia, dois brasileiros foram escolhidos para compor a diretoria executiva da maior entidade escolar do mundo.
Por unanimidade, Robson Aguiar, vice-presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), foi eleito vice- presidência mundial da ISF. Já Antônio Hora Filho, atual presidente da CBDE, assumiu a vice-presidente da ISF América.
O evento reuniu membros da Federação Internacional que, a cada dois anos, elegem um novo comitê diretivo para mandato de quatro anos. Antes da abertura para votação dos indicados para a nova diretoria, Laurent Petrynka, presidente da ISF, fez questão de enfatizar a importância do desporto para a sociedade como um dos caminhos para transformar a saúde, do respeito e cidadania, além da inclusão social da juventude por meio do esporte.
Antônio Hora acredita que a presença de dois brasileiros na direção da federação Internacional motivará e impulsionará ainda mais o esporte no país. “Ótimos resultados obtidos frente à comunidade internacional quando da admissão e realização no Brasil de eventos esportivos escolares como a Gymnasíade e o Mundial de Vôlei de Praia, ilustram o quanto avançamos no setor”, justificou Hora Filho.
As conquistas brasileiras não param por aí. O Brasil foi eleito como sede de três grandes mundiais escolares em 2017: Tênis, Triatlhon e o Pan-Americano, seguindo a meta da nova gestão CBDE, de fortalecer e integrar o sistema nacional do desporto escolar.
Fonte: Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE)
Ascom – Ministério do Esporte
Brasil briga por vagas nos Jogos Paralímpicos em Mundial de Canoagem
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Publicado em Segunda, 16 Maio 2016 11:25
Fernando Fernandes luta por uma vaga na KL1. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
A Seleção Brasileira de canoagem paralímpica disputa, desta terça-feira (17.05) até quinta (19), o Campeonato Mundial da modalidade, em Duisburgo, na Alemanha. As provas serão classificatórias para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e definirão os nomes que representarão o Brasil no maior evento esportivo do paradesporto.
Na categoria KL1, a disputa está acirrada entre dois fortes atletas brasileiros. Fernando Fernandes e Luis Carlos Cardoso decidirão, na água, quem representará o Brasil na prova em que o país tem grande expectativa de conquista de medalha nas Paralimpíadas. Em 2015, Luis conquistou a vaga para o país. Agora, a decisão será por quem irá ocupá-la. A alagoana Silvana Ferreira compete nas provas femininas.
De acordo com Leonardo Maiola, supervisor do Comitê de Paracanoagem da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), os resultados da prova pesarão na avaliação dos integrantes que definirão os nomes dos atletas que competirão pela equipe verde e amarela a partir do dia 7 de setembro. “Os Jogos já começaram para a canoagem brasileira. Tivemos a preocupação de realizar um trabalho contínuo que nos permitisse apresentar para a torcida brasileira um time de alto rendimento com grandes chances de medalha. A Alemanha é o último passo deste ciclo pré-Jogos e esperamos, além de definir os nomes que nos representarão, também voltar com medalhas de uma competição mundial”, analisou Leonardo.
Na KL2, Igor Tofalini e Debora Benevides serão os representantes. Já na KL3 masculino, Caio Ribeiro e Vander Lima têm um desafio maior pela frente: bater o romeno Julian Serban e o alemão Tom Kierey. “Vamos buscar atingir os objetivos traçados nos nossos treinos. Remando com garra, o resultado, com certeza, virá”, declarou Vander.
Otimista com o desafio que tem pela frente, Mari Santilli tem grandes expectativas em relação ao Mundial deste ano. “Estou confiante e me sinto preparada. Tenho treinado com uma equipe muito competente ao longo de sete meses. Meu time acredita em mim e quero poder retribuir em forma de medalha e vou lutar por isso”, comentou Mari, que pretende ficar com o posto da KL3 feminino por meio de vitória. O Brasil, como país-sede, já tem esta vaga garantida para os Jogos e resta definir a representante. A colega de equipe, Aline Lopes, compete na VL3 e na KL3.
O técnico Thiago Pupo está confiante que bons resultados virão. “Todos os atletas têm condições de se classificarem e isso é reflexo de um planejamento voltado para os Jogos Rio-2016. Focamos em grande velocidade e menor tempo e pretendemos colher os frutos deste trabalho neste Mundial”, encerrou Pupo.
Baixa na Seleção
Em 2015, no Mundial de Milão, na Itália, o canoísta Fernando “Cowboy” Rufino garantiu a vaga brasileira da categoria KL2 para os Jogos Paralímpicos Rio-2016 e pretendia disputar na Alemanha o posto de representante do país. No entanto, Rufino não participará das provas em Duisburgo, após as equipes médica e técnica do Centro de Treinamento de Paracanoagem, em São Paulo, constatarem uma elevação da pressão arterial do atleta. Os profissionais que acompanham o processo estão otimistas e avaliam como positivo o estado atual de Cowboy.
Apesar do afastamento, Rufino ainda tem chances de disputar os Jogos. “Dentro do nosso plano de trabalho e dos regulamentos da Confederação, existem outras alternativas que permitem que o atleta tenha a chance de se mostrar capaz de representar o país em competições de grande porte. O Cowboy tem um histórico de vitórias que pesa a seu favor e isso também conta pontos em um momento de convocação. Como o caso dele é específico, precisamos aguardar o período de destreinamento e avaliar os resultados obtidos ao longo deste processo”, explicou o supervisor Leonardo.