Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.
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Cursos de graduação e mestrado em Gestão do Esporte são apresentados na Universidade Federal Fluminense
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Publicado em Segunda, 09 Maio 2016 23:09
Foto: Roberto Castro/ ME
Os profissionais que quiserem se dedicar à carreira de gestores esportivos e de treinadores passarão a contar, a partir do primeiro semestre de 2017, com cursos de formação específicos para a área. A novidade foi apresentada nesta segunda-feira (09.05), na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), pelos ministros do Esporte, Ricardo Leyser, da secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, pelo vice-reitor da UFF, Antônio Cláudio da Nóbrega, e pelo professor João Bouzas Marins.
O Governo Federal, em parceria com entidades da sociedade civil e profissionais da área esportiva, oferecerá na UFF os cursos de graduação e de mestrado profissional (stricto sensu) em Gestão do Esporte. Na pós-graduação ainda haverá uma linha de pesquisa voltada para a capacitação de treinadores esportivos. “Quanto mais ações transversais, envolvendo diversas áreas de governo, tivermos, mais conseguiremos realizar. O esporte tem que estar junto com a educação”, disse Leyser. “Hoje, mostramos mais uma vez a importância que o Governo Federal dá às universidades, revelando que elas são grandes beneficiárias do legado olímpico”, completou o ministro, que citou outros investimentos feitos nas instituições de ensino, como o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem,pistas de atletismo e outras estruturas esportivas.
Os cursos foram estruturados por uma comissão, que iniciou os trabalhos no fim do ano passado, e contou com a contribuição de profissionais como o próprio João Bouzas Marins, professor de educação física da Universidade Federal de Viçosa (MG); João Medina, gestor de futebol; Juca Kfouri e Paulo Calçade, jornalistas; Álvaro Melo, especialista em direito esportivo; Jesualdo Pereira Farias, secretário de ensino superior do Ministério da Educação; além dos ministros Edinho Silva e Ricardo Leyser.
“Na comissão pensamos aquilo que efetivamente vai criar as condições de mudança estrutural do esporte brasileiro: um curso em universidade pública, para que a gente possa mudar a cultura, não só da gestão, mas a nossa capacidade de formulação técnica. Conversei com diversos especialistas e este curso de treinador de futebol stricto sensu é o primeiro do mundo. Nenhum país teve essa ousadia. Esta é a resposta para aquele 7x1 que nenhum brasileiro engoliu”, afirmou o ministro de Comunicação Social, fazendo referência à derrota do Brasil para a Alemanha na Copa de 2014.
Professor Bouzas explica o trabalho da comissão e os próximos passos para implantação do curso. (Foto: Roberto Castro/ ME)
A comissão analisou as deficiências e necessidades educacionais do país na área de gestão esportiva. A pequena oferta de cursos e a alta demanda por especializações no tema foram alguns pontos que motivaram a elaboração do programa geral da graduação e do mestrado. Para o professor Bouzas, a iniciativa vai sanar um dos grandes problemas do esporte brasileiro. “Teremos um grupo de pessoas com base em áreas como administração, economia, comunicação, educação física, engenharia, psicologia que vai ajudar a resolver um dos nossos maiores problemas que é a questão gerencial. Este é um processo de longo prazo e que terá desdobramentos nos próximos anos, onde teremos gestores que poderão atuar em diversos níveis da administração pública, ongs, clubes de diversas dimensões, federações e confederações”, projetou.
O objetivo será formar profissionais que possam atuar em todas as esferas do ambiente do esporte, aumentando a eficiência de todo sistema. Por isso, a formação será multidisciplinar, com capacitação em economia, mercado, finanças, gerenciamento de instalações esportivas, marketing, direito, processos envolvidos na cadeia de formação de atletas, organização e execução de eventos esportivos de diferentes magnitudes, administração, contabilidade e pesquisa operacional e aplicações de práticas modernas de gerenciamento e controle do esporte.
“Nós temos hoje uma inclusão muito grande de pessoas que antes não tinham acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade. Temos trabalhado de maneira dedicada em participar desse processo de transformação nacional. Neste sentido, ficamos satisfeitos com o convite de abrigar o curso de Gestão do Esporte, porque para nós, são as iniciativas inovadoras que transformam a realidade”, exaltou Antônio Cláudio. A expectativa é que partir da experiência na UFF outras universidades se interessem em ofertar a mesma formação.
Foto: Roberto Castro/ ME
Detalhamento
Nos próximos meses, o professor João Carlos Bouzas vai iniciar os trabalhos de coordenação dos profissionais responsáveis por elaborar os tópicos específicos, as ementas das disciplinas e definir o perfil dos 20 professores que serão contratados para ministrar as aulas (5 de administração; 2 de direito; 1 de arquitetura; 2 de economia; 2 de comunicação; 5 de educação física, 1 de engenharia e 2 gestores).
Além disso, professores estrangeiros serão convidados para apresentar alguns módulos específicos. A elaboração do projeto contou com a parceria e a experiência de entidades como a FIFA (Federação Internacional de Futebol), Uefa (Associação de Futebol da União Europeia), Comitê Olímpico Internacional (COI) e universidades da Austrália, Alemanha, Canadá, China, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e Rússia. A UFF criará uma estrutura própria (departamento, instituto, ou, faculdade) para abrigar os cursos.
Graduação
O curso de graduação terá duração de quatro anos e meio, sendo um ano e meio de disciplinas básicas de gestão, dois anos de matérias específicas de esporte e futebol e um ano de estágio supervisionado. O objetivo é atender de 30 a 40 estudantes, que ingressarão por meio do Enem. A carga horária prevista para a formação é de 3480 horas, sendo 111 disciplinas ofertadas no total (27 básicas; 68 específicas e 16 gerais).
Mestrado
Serão disponibilizadas no mínimo 40 vagas para o mestrado profissional (stricto sensu), que terá três linhas de pesquisa: Estratégia e governança no futebol; Estratégia e governança em esporte e; Estratégia de ação do gestor técnico no futebol. Além disso, haverá um módulo internacional com quatro tópicos especiais (Casos de sucesso na governança do futebol; Casos de sucesso na governança em esportes; O futebol como plano de negócio mundial e; Casos de sucesso do coaching no futebol). A duração estimada para a formação completa no mestrado é de um ano e meio, com um total de 24 disciplinas a serem cursadas pelo aluno.
Governança
O lançamento do Curso de Gestão no Esporte ocorreu junto à apresentação dos membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut), responsável pela fiscalização do cumprimento das contrapartidas dos clubes que aderiram ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). As medidas integram um conjunto de ações do Governo Federal, que nos últimos anos, tem buscado melhorar a governança no desporto nacional.
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
Ministérios do Esporte e da Justiça lançam guia de recomendações de segurança em praças desportivas
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Publicado em Segunda, 09 Maio 2016 16:17
A Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ), em parceria com o Ministério do Esporte, lança nesta terça-feira (10.05), em Brasília, o Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas.
O documento é resultado de estudos, debates e diagnósticos promovidos nos últimos anos pela Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue), contando com a participação de especialistas de vários estados do país.
Os ministros do Esporte, Ricardo Leyser, e da Justiça, Eugênio Aragão, participam do evento, às 15h, no Salão Negro do Ministério da Justiça. Também estarão presente a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Luca, e o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Ricardo Gomyde.
Considerado o marco de segurança no futebol, o guia propõe procedimentos padronizados e integrados a serem aplicados pelas secretarias de segurança; por policiais civis, militares, federais e rodoviários federais; bombeiros militares e guardas municipais, em conjunto com entidades organizadoras de campeonatos, partidas e torcidas.
Serviços
Evento: Lançamento do Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças de Futebol
Data: 10.05 ( terça-feira)
Horário: 15h
Local: Salão Negro do edifício sede do Ministério da Justiça. Esplanada dos Ministérios. Brasília/DF
Ascom - Ministério do Esporte
Brasil está pronto para realizar o controle de dopagem dos Jogos Rio 2016
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Publicado em Segunda, 09 Maio 2016 15:24
O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) deu início oficial às operações para os Jogos Rio 2016, nesta segunda-feira (09.05). A previsão é que cinco mil amostras sejam coletadas durante as Olimpíadas e cerca de 1,2 mil nas Paralimpíadas, gerando mais de dez mil análises no período. Demanda que o LBCD está preparado para atender nos níveis exigidos pelas autoridades internacionais, garantiu o secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurelio Klein.
“É uma grande felicidade chegarmos neste momento, após uma longa caminhada, não sem desafios e muito trabalho para termos este laboratório, que chamo, de ‘cinema’ e que tem total confiança do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI)”, ressaltou Klein. O Laboratório chega ao 11º mês após a reacreditação tendo recebido 2,6 mil amostras. “O LBCD ganhou musculatura para os Jogos. Este é um dos maiores legados para o governo e para a ciência brasileira”, prosseguiu.
A cerimônia, que contou com as presenças dos ministros do Esporte, Ricardo Leyser, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, e da reitora em exercício da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Nascimento, também serviu para apresentar as instalações à imprensa.
O ministro Ricardo Leyser fez um balanço do processo para tornar o LBCD em um centro de excelência e destacou o objetivo do Governo Federal em gerar um legado público para o país. “Neste momento, em que o Laboratório se torna olimpicamente operacional, devemos fazer um balanço da política antidopagem. Em 2009, quando o Rio foi escolhido para sediar os Jogos de 2016, criamos a ABCD para superar os desafios na área, como o passaporte biológico, a coleta e análise de amostras, a formação de profissionais, para dar conta dessa nova realidade”, afirmou Leyser. “No início, tivemos muitas propostas para terceirizar o trabalho de controle de dopagem durante os Jogos, mas a aposta no LBCD, para constituir um legado para o país, se deu por vontade política da presidenta Dilma”, prosseguiu.
Com a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos em 2016, o Governo Federal investiu R$ 151,3 milhões na construção de um novo prédio para abrigar o Ladetec, onde está o LBCD. Do total investido, R$ 112,7 milhões são recursos do Ministério do Esporte e R$ 38,5 milhões do Ministério da Educação. Além desse montante, foram destinados R$ 74,6 milhões para a compra de novos equipamentos, materiais, insumos, mobiliário e operação (sendo R$ 60 milhões do Esporte e R$ 14,6 milhões da Educação).
Profissionais de outras universidades estão sendo capacitados para atuarem no LBCD e durante as Olimpíadas e Paralimpíadas, atuarão ao lado de cem nomes do exterior, referências na área. Para a reitora em exercício da UFRJ, os investimentos no Laboratório irão fortalecer a pesquisa no Brasil. “Quase todos os aparelhos são importados e, boa parte, será destinada a universidades federais e outras instituições públicas após os Jogos. Além da análise de sangue e urina, os equipamentos servem para outros processos, em áreas como biologia, engenharia de alimentos e, para capacitação de professores”, disse Denise Nascimento. A UFRJ fez concursos para contratar pesquisadores e dezenas de outros profissionais (químicos, biólogos, farmacêuticos, técnicos de laboratório de áreas diversas, entre outros).
Há, ainda, um aporte de R$ 43,6 milhões (R$ 28,6 milhões do ME e R$ 15 milhões do MEC) exclusivo para a operação olímpica. Até julho, um mês antes dos Jogos, a ABCD deve certificar entre 130 e 140 Oficiais de Controle de Dopagem e Oficiais de Coleta, sendo que 96 já concluíram o processo. “A quantidade de análises durante os Jogos, equivale a quase um ano inteiro do LBCD. Isso mostra a nossa capacidade”, explicou Leyser. Para o ministro, o objetivo é que a delegação brasileira não tenha casos de doping nos Jogos. “Por isso temos feito muitos testes, inclusive fora das competições, e realizando trabalho de conscientização e orientação”.
A ABCD realiza campanhas entre os atletas, da base ao alto rendimento, e coleta 40% das amostras fora dos locais de competição. O percentual será o mesmo durante os Jogos, com testes sendo realizados durante treinos e período de aclimatação das equipes. “Este é um momento muito importante para o esporte e para a educação. É uma alegria testemunhar este legado dos Jogos e que mostra o país vai se beneficiar dos Jogos”, ressaltou o ministro Edinho Silva.
Durante os Jogos Rio 2016, o laboratório vai funcionar 24 horas, sete dias por semana, em todo o período de competições das Olimpíadas e das Paralimpíadas. O LBCD integra o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ, e atua em ensino, pesquisa e extensão.
A estratégia da ABCD tem como base a coleta de informações, que permite a construção de ações de educação, a prevenção e a inteligência – análise das atuações que indicarão as melhores ações a serem trabalhadas adiante.
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte
Maria Portela e David Moura conquistam medalhas no Grand Slam de Baku
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Publicado em Segunda, 09 Maio 2016 14:23
Maria Portela (70kg) e David Moura (+100kg) conquistaram as duas medalhas da seleção brasileira de judô no Grand Slam de Baku, disputado neste fim de semana, no Azerbaijão. Maria foi a primeira a subir no pódio, sábado, após ser superada apenas na final da categoria e ficar com a medalha de prata. David também teve bom desempenho e levou o bronze no domingo, somando mais 200 pontos em sua disputa pela vaga olímpica com Rafael Silva, que terminou a competição em sétimo lugar.
Maria Portela (E) ficou com o segundo lugar na categoria até 70kg. Foto: IJF/Divulgação
Maria Portela teve atuação impecável até a final, vencendo por ippon Moira de Villiers, da Austrália, Assmaa Niang, do Marrocos, e Juliane Robra, da Suíça. Na disputa pelo título, porém, acabou imobilizada pela espanhola Maria Bernabeu e conquistou a medalha de prata.
"Estou feliz com o resultado porque semana passada foi bem difícil. Consegui me superar e fortalecer o que vinha dando certo. Quero continuar trabalhando para evoluir ainda mais nesses aspectos", comemorou Portela.
David Moura chegou à semifinal com vitórias sobre Nadir Huseynov, do Azerbaijão, Mohammed Tayeb, da Argélia, e Barna Bor, da Hungria. Na disputa por uma vaga na grande final, o brasileiro foi parado pelo ucraniano Iakiv Khamo, medalhista de bronze no Campeonato Mundial passado. Na luta que valia o terceiro lugar, David venceu Temuulen Batulga, da Mongólia, com um yuko e diminuiu a vantagem de Rafael Silva no ranking olímpico.
"Fiz muito boas lutas, com a atitude que venho treinando. Ajustarei os detalhes, mas seguindo nessa minha linha. Meu trabalho está sendo bem feito e essa medalha é fruto disso", disse David.
O próximo desafio da seleção brasileira de judô é o Grand Prix de Almaty, no Cazaquistão, no fim de semana que vem.
Fonte: COB
Ascom - Ministério do Esporte
Erica Sena fica em quarto e Caio Bonfim em oitavo na Copa do Mundo de Marcha
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Publicado em Segunda, 09 Maio 2016 11:39
A marcha atlética brasileira conseguiu grandes resultados na Copa do Mundo da modalidade, disputada no último final de semana em Roma, na Itália. O bolsista Caio Bonfim terminou os 20 km em oitavo lugar e a Erica Sena fechou a prova feminina em quarto, com direito a recorde sul-americano: 1h27min18s.
Erica Sena termina em quarto lugar (Foto: Lintao Zhang/Getty Images for IAAF)
Erica vem alcançando boas marcas nas últimas temporadas. Em 2015 a atleta foi vice-campeã pan-americana em Toronto, no Canadá, e sexta colocada no Mundial de Atletismo de Pequim, na China.
Na Itália, a marchadora melhorou o próprio recorde sul-americano, de 1h28min22s, alcançado na etapa eslovaca do Circuito Mundial de Marcha da IAAF, no dia 19 de março, em Dundice.
Já o brasiliense Caio Bonfim terminou a prova em 1h20min20s – novo recorde pessoal, que no ano passado, em Pequim, foi o sexto no Mundial de Atletismo. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto o marchador conquistou medalha de bronze.
Um dos principais nome do Atletismo brasileiro na atualidade, Caio é também é uma das esperanças do Brasil para lutar por uma boa classificação nos Jogos Olímpicos de 2016. Ele está qualificado para os 20 km e também para os 50 km.
O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), José Antonio Martins Fernandes, comemorou o resultado de Caio Bonfim e Erica Sena. “A marcha é uma das modalidades que mais tem evoluído no atletismo nacional, temos esperanças de bons resultados na Olimpíada do Rio”, disse o dirigente.
O Brasil competiu na Copa do Mundo de Marcha de Roma com apoio do Programa Caixa de Seleções, da Confederação Brasileira de Atletismo.
Fonte: CBAt
Ascom – Ministério do Esporte
Sob as bênçãos do Cristo, tocha olímpica transforma o Dia das Mães de Araxá (MG)
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Publicado em Segunda, 09 Maio 2016 08:08
Domingo costuma ser dia de descanso, mas a população da charmosa Araxá, em Minas Gerais, quebrou a rotina de calmaria para abrir alas à tocha olímpica. A chama acesa em Olímpia, na Grécia, percorreu, neste domingo (8.05), 4,5 km pelos principais pontos turísticos da cidade, em pouco mais de duas horas. O forte calor não atrapalhou o dia festivo, embalado por grupos culturais que espalharam música pelas ruas.
Quem percorreu o traçado urbano a pé se deparou, a cada esquina, com rodas de capoeira, fanfarras, danças indígenas, bandas percussivas e a congada, expressão religiosa fundamental para a tradição mineira. O batuque ecoou por todos os cantos da cidade, a terceira do estado a ser visitada pelo comboio olímpico.
No Dia das Mães, muitas delas elegeram a cerimônia de revezamento como programa de família e não faltaram homenagens públicas. Nascido e criado em Araxá, o vendedor Aldo Benatti, 45 anos, não se deu por satisfeito e confeccionou uma réplica da tocha, em cartolina. Em homenagem à mãe e à esposa, escreveu a mensagem "Viva as mães"!
Waguim
Perto da casa de Benatti, um dos personagens mais queridos da cidade fez o papel de condutor do fogo sagrado. Correr com as mãos ocupadas não chega a ser novidade para Wagner Carlo, ou simplesmente Waguim. Recentemente aposentado, ele foi garçom durante toda a vida e, aficionado por corrida, disputou diversas vezes a São Silvestre, em São Paulo, de uniforme e bandeja em punho. Na cidade, até o guarda de trânsito o conhece pelo apelido. Durante os 200m em que conduziu a tocha, Wagner foi empurrado pelos gritos de "Waguim! Waguim!". "Esse é um momento único para o Brasil. Ver a cidade de Araxá colorida e com tanta festa não tem preço. Subindo aquela ladeira, me senti fazendo parte da Olimpíada", disse.
O amadorismo não deixou Ana Cláudia Borges Martins, de 33 anos, de fora dos Jogos Rio 2016. Atleta de ciclismo e taekwondo, ela também sentiu-se inserida no maior evento esportivo do mundo ao conduzir a tocha da porta do Teatro Municipal até alguns metros antes da Igreja Matriz. A participação foi quase uma surpresa, já que o pai a inscreveu no processo de seleção feito por uma empresas patrocinadoras. "Por saber que, como atleta amadora, eu não tenho chance de chegar a uma Olimpíada ter a honra de carregar a tocha como uma das representantes da minha cidade é bastante prazeroso."
Heráclita Ramos de Jesus, uma das remanescentes da comunidade indígena Canelas em Araxá, deixou o descanso típico do domingo para levar a neta e as bisnetas ao revezamento. Aos 67 anos e com cocar na cabeça, ela lembrou dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, ano passado, em Palmas (TO). "As aldeias têm os seus jogos, e é importante que nossos jovens vivam isso de forma plena. A cultura precisa ser mantida em todas as partes", lembrou.
Mirante de Cristo
O gran finale foi também o momento mais emocionante de todo o trajeto. Aos pés da escadaria do Mirante de Cristo, um dos pontos turísticos mais tradicionais de Araxá, a secretária de Esportes e atleta, Jane Porfírio, foi a escolhida para galgar os 327 degraus que conduzem ao topo do monumento. Na adolescência, Jane tornou-se tenista e chegou a entrar no ranking mundial. Depois, encantou-se pelo mountain bike, e, competindo por esse esporte, chegou a ser campeã mineira, brasileira, e conquistou o quarto lugar em um campeonato mundial.
Mas um acidente desviou a rota e levou a araxaense para o triatlo. Em breve, ela representará o Brasil em um torneio internacional em Oklahoma, nos Estados Unidos. Além da excelente forma física (ela deixou para trás a esbaforida escolta), Jane trouxe os moradores da cidade para dentro de sua experiência pessoal. Em diversos níveis da subida, parou para cumprimentar conterrâneos, distribuiu beijos com as mãos e saudou a multidão de braços abertos. Ao chegar aos pés da estátua de Cristo, ela ergueu a chama em direção à imagem e, discretamente, rezou. "Foi a maior emoção que tive na vida", admitiu.
Jane Porfírio no Mirante de Cristo, ponto final do percurso. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME
Negócios
Por onde passa, a chama olímpica traz consigo um rastro de gente e, consequentemente, oportunidades de negócios. Rian Ribeiro Costa, de 13 anos, chamou a atenção para a importância não só festiva da passagem da tocha por Araxá, mas pela movimentação financeira que um evento dessa magnitude levou à sua cidade. Segundo ele, todo mundo sai ganhando. "A passagem da tocha, além de histórica, movimenta a economia e gera lucros", dizia animado com a possibilidade de acompanhar tudo de tão perto.
Pipoqueiro há mais de 13 anos, Sinval dos Reis, mais conhecido como Tapira da Pipoca, precisou administrar a fila que insistia em se formar diante de seu carrinho. "Hoje vendi o dobro do que costumo vender", comemorava. Ambulantes, com frequência, precisavam reabastecer seus carrinhos com produtos.
A maior fonte de economia de Araxá vem da mineração, mas o turismo, sob o apelo do Grande Hotel, construído na cidade na década de 1940, é um dos propulsores na atração de milhares de visitantes todos os anos. Em 2015, o município registrou 102,2 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A exploração de suas águas medicinais e a fabricação de sabonetes e cremes para a pele são outras peculiaridades econômicas do município.
Sua personagem mais famosa foi Dona Beja
Ana Jacinta de São José viveu na cidade no século 19 e era dona de uma beleza rara e sedutora. Acumulou histórias de amor – por parte dos homens –, ódio e inveja – por parte das mulheres. Tinha um ritual diário de escolha dos homens com quem dormia – e cobrava caro por isso. Beja ficou famosa também por tomar banhos de lama medicinal da região, tidas com um forte poder rejuvenescedor da pele. Na TV, a lendária personalidade de Araxá foi imortalizada pela atriz Maitê Proença.
Próximos destinos
Desde sábado, quando chegou a Minas Gerais, a chama olímpica já passou por Araguari, Uberlândia e Uberaba. Após cruzar Araxá, o símbolo olímpico seguiu para Serra do Salitre, Patrocínio, e encerrou a maratona diária em Patos de Minas. Serão mais nove dias em Minas. Nesta segunda-feira (09/05), a chama segue para Varjão de Minas, Pirapora e Montes Claros.
Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de Araxá (MG)
Ascom - Ministério do Esporte
Robson Caetano aprova pista de atletismo em Tocantins: “sairão futuros Bolts”, diz
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Publicado em Sexta, 06 Maio 2016 21:06
Foto: Roberto Castro/ME
Passado e futuro do atletismo brasileiro experimentaram nesta sexta-feira (06.06) o significado da palavra legado. Na beira da pista o medalhista olímpico Robson Caetano viu as raias de piso sintético repletas de crianças que deram as passadas iniciais na primeira pista de atletismo com padrão internacional do estado de Tocantins.
“Aqueles que já treinaram em pista de terra, como eu, sabem do valor em ter um equipamento de qualidade. Tenho certeza de que iremos ouvir falar muito dos atletas tocantinenses a partir dessa pista”, disse o ex-atleta Robson Caetano.
A pista compõe o Centro Olímpico Heróis do Araguaia, no campus de Palmas, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O equipamento, com oito raias de 400 metros, integrará a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo e recebeu investimentos de R$ 8,8 milhões do Governo Federal.
Para Robson Caetano – medalhista olímpico de bronze nos 200m em Seul 1988 e no revezamento 4x100m em Atlanta 1996 –, a pista é uma oportunidade para desenvolver o atletismo na região. “É um espaço de alto rendimento em que teremos a possibilidade de elevar o nível técnico, não somente de atletas, mas de profissionais que trabalham com esporte”, afirmou.
A estrutura conta com dimensões e características recomendadas pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), além de certificação pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), como classe 2 ou acima. O equipamento qualifica Tocantins para receber competições internacionais e aclimatar atletas olímpicos e paralímpicos do Rio 2016.
Durante a cerimônia de entrega da pista em Palmas, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, lembrou que os brasileiros vivem uma década de ouro no esporte, com planejamento de longo prazo para a ampliação da base esportiva que visa colher os frutos daqui a oito ou dez anos.
“A nossa ideia é que os benefícios dos Jogos Olímpicos se espalhem pelo Brasil inteiro. Antigamente, as seleções brasileiras representavam só um extrato do Sul e Sudeste. Agora, cada vez mais, é um extrato de 200 milhões de brasileiros, porque essas pessoas passam a ter, a partir de agora, acesso a equipamento esportivos de qualidade”, revelou.
Vendo os futuros atletas utilizando a pista, Robson Caetano recordou o início da carreira, quando o talento tinha que superar a falta de estrutura. “Na minha época (nos anos de 1970) tínhamos quase nenhuma pista no país. Eram pouquíssimas. Hoje, temos a oportunidade, por meio da parceria entre o Governo Federal e universidades, de fomentar o esporte com o objetivo de proliferar o atletismo por todas as regiões”, analisou.
Foto: Roberto Castro/ME
Atualmente, a Federação de Atletismo do Tocantins tem mais de 400 atletas federados. A entidade terá a oportunidade de desenvolver projetos ligados à formação de atletas no estado.
De acordo com a UFT, a pista poderá ser utilizada pela comunidade, mas será priorizado o uso para alunos de graduação, pós-graduação, extensão e pesquisas, por meio de projetos acadêmicos voltados, principalmente, para atletas de rendimento.
“Quero parabenizar a presidente Dilma Rousseff por ter a coragem e ousadia em investir no esporte nas universidades. É muita coisa investir R$ 8 milhões em uma pista de atletismo num estado que tem 1,2 milhão de habitantes. Antigamente, a lógica era investir somente em São Paulo ou Rio de Janeiro, em que os bairros contam com 1 milhão de pessoas”, disse o reitor da UFT, Márcio Silveira.
A inauguração desta sexta-feira contou também com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, do deputado federa César Halum, do vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Warlindo Silva, além de autoridades da UFT e do presidente da Federação Tocantinense de Atletismo, Maurício Monteiro.
Rede Nacional
A pista da UFT integrará a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo que o Ministério do Esporte está constituindo em todo o país. A estrutura contará com 47 pistas oficias, resultado de parceria com governos estaduais, prefeituras, universidades, CBAt, federações estaduais e clubes, num investimento da ordem de R$ 301,8 milhões.
“Nós temos que mudar o conceito de esporte. O atletismo é o caminho para que possamos melhorar a qualidade de vida das pessoas. Quem sabe não veremos vários brasileiros fazendo o símbolo (raio com as mãos) do Usain Bolt no futuro?”, finalizou o medalhista olímpico Robson Caetano.
Breno Barros, de Palmas Ascom – Ministério do Esporte
Brasil escapa de potências no sorteio dos grupos do vôlei sentado para o Rio 2016
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Publicado em Sexta, 06 Maio 2016 19:08
O Brasil ficou em quinto lugar na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Londres 2012. (Foto: Luciana Vermell/CPB)
O sorteio dos grupos do vôlei sentado para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 colocou as seleções masculina e feminina do Brasil nas chaves teoricamente mais tranquilas. Os homens, atuais vice-campeões mundiais e atuais campeões Parapan-Americanos, estão no Grupo A, ao lado de Egito, Alemanha e Estados Unidos. As mulheres também caíram no Grupo A, com Ucrânia, Canadá e Rússia.
Nas outras chaves, as principais potências do esporte terão que se enfrentar já na primeira fase. No masculino, o Grupo B terá a Bósnia, atual campeã mundial, e o Irã, dono de cinco medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos. As duas seleções competiram pela medalha de ouro nas últimas quatro edições do evento, com vitória dos bósnios por 3 x 1. Completam o grupo Rússia e China.
No feminino, o Grupo B terá situação semelhante. China e Estados Unidos, finalistas das duas últimas edições dos Jogos Paralímpicos, se enfrentarão na primeira fase. As chinesas, atuais bicampeãs paralímpicas, levaram a melhor nos dois últimos encontros. Completam a chave Irã e Ruanda, primeira seleção feminina africana a se classificar para os Jogos.
O vôlei sentado será disputado no Riocentro entre 9 e 18 de setembro. Os ingressos para os Jogos estão à venda no site do Comitê Organizador Rio 2016.
Fonte: Comitê Paralímpico Internacional
Ascom Ministério do Esporte
Em artigo no Medium do Ministério do Esporte, jornalista Andrea Lopes descreve a emoção de ser um dos condutores da tocha
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Publicado em Sexta, 06 Maio 2016 18:19
"Fiquei sem dormir e anestesiada por umas 24 horas, eu acho. Foi difícil conseguir colocar em ordem todas as emoções que vivi no dia 3 de maio de 2016. Um simples depoimento, em um site, se transformou na condução da chama olímpica — algo tão grande, tão mundial, tão surreal que é difícil acreditar que a conduzi por 200 metros.
Até chegar a esse momento, muita água foi movida — literalmente! Minha paixão pelo esporte começou ainda pequena, na natação. A partir dos 13, competindo pelo Minas Brasília, tive a oportunidade de absorver do esporte, das viagens, das equipes pelas quais passei e dos técnicos que me acompanharam os valores que me compõem: como a disciplina, o respeito ao próximo e o aprendizado após as derrotas. Esses valores me conduziram até o dia de hoje. Seja nadando, entrevistando ídolos, durante minha atividade como jornalista, seja na minha jornada como mãe, na vida em família ou nos trabalhos voluntários."
Velocistas do Piauí trocam terra por pista padrão internacional de atletismo
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Publicado em Sexta, 06 Maio 2016 17:04
Ministro Ricardo Leyser (e) conhece gaiola para lançamento do martelo (Foto: Roberto Castro/ME)
Franciele Cerqueira e Letícia Marinho, ambas com 15 anos, praticam o atletismo há cinco no estado do Piauí. As atletas treinam e desenvolvem as técnicas da modalidade em pista de terra em Timon, em Miguel Lima. A partir desta sexta-feira (06.06) as jovens passam a contar com um equipamento de ponta: a primeira pista oficial de atletismo do estado.
A estrutura, apta a buscar certificação internacional nível 2 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), é resultado de uma parceria entre o Ministério do Esporte e a Universidade Federal do Piauí (UFPI), num investimento de R$ 9,3 milhões.
Para o professor e técnico das jovens, Antônio Nilson de Sousa, que há 23 anos trabalha com a modalidade, essa pista tem um significado especial. “Fui atleta e sempre sonhei em correr em uma pista oficial dentro do estado. Não tive a oportunidade, mas os meus atletas terão”, disse.
Durante a cerimônia de entrega da pista em Teresina, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, destacou como o esporte piauiense foi beneficiado pelo Governo Federal nos últimos anos. “O Piauí recebe uma atenção muito especial. É uma série de obras importantes, respeitando a vocação esportiva do estado. Essa pista faz parte do programa de Legado Olímpico que visa espalhar em todo o país os benefícios de receber um grande evento mundial para melhorar as condições de treinamento dos atletas brasileiros”, ressaltou.
Foto: Roberto Castro/ME
A pista de 400 metros conta com oito raias e áreas para a prática de arremessos e saltos, instalada numa área de 9 mil metros quadrados. Franciele Cerqueira, especialista nas provas de salto em distância e 100 metros rasos não vê a hora de treinar no equipamento. “Estou ansiosa para testar a pista. Depois da inauguração teremos mais oportunidades no atletismo, pois o estado poderá, enfim, receber competições maiores”, frisou.
O técnico acentuou que os atletas piauienses tinham, até ontem, a oportunidade de treinar e competir em equipamento oficial somente quando viajavam para fora do estado. “Agora, tendo essa pista, vai melhorar o desempenho dos atletas da região, já que evoluímos muito em resultados, ainda que sem estrutura. Com a pista, a qualidade técnica dos nossos atletas vai melhorar muito.”
Mesmo sem a devida estrutura, o atletismo piauiense já revelou grandes nomes para o atletismo nacional. A atleta olímpica Joelma das Neves, que atualmente treina em São Paulo no clube Pinheiros, e atletas que disputaram campeonatos Mundiais e Pan-Americanos, como Cristiane Santos, são exemplos. “São vários atletas que surgiram aqui e que têm potencial, com pré-disposição genética para atleta de alto rendimento”, recordou.
Com a pista completa, o treinador planeja ampliar o número de provas praticadas pelos atletas. “Nós não tínhamos a gaiola para o lançamento do martelo, por exemplo. Por questão de segurança, não realizávamos essa prova. Agora, podemos desenvolvê-la, além de salto em altura e salto com vara. São provas que não tínhamos atletas porque faltava equipamento”, completou.
Breno Barros, de Teresina
Ascom – Ministério do Esporte