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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Estádio Olímpico é apresentado no Rio após passar por adequações para o Rio 2016

Palco do atletismo e de algumas partidas de futebol nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão) foi apresentado nesta quinta-feira (13.05). Local passou por obras de adaptação e adequações elétricas que receberam investimento de R$ 52 milhões.
 
 
Construído para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, o Engenhão passou por mudanças para sediar os Jogos Rio 2016. Com a instalação de arquibancadas temporárias nos setores Norte e Sul, o estádio aumentou sua capacidade de público de 45 mil para 60 mil espectadores. Na área de competição, a pista principal e a de aquecimento foram substituídas.
 
Outras importantes intervenções foram feitas na parte elétrica, adequada para atender requisitos de novas tecnologias de transmissão e exigências dos Jogos. Foram alterados os sistemas de distribuição de energia, som e iluminação; a infraestrutura para passagem de cabos do sistema de cronometragem, energia e transmissão; aumento do número de câmeras de segurança; instalação de bebedouros; construção de banheiros acessíveis; pintura e limpeza; adequações de acessibilidade para público e atletas cadeirantes; e recuperação de paredes e pisos.
 
A prefeitura do Rio ainda construiu a estrutura metálica que abrigará o painel eletrônico de resultados, que terá 30 metros de comprimento por nove de altura. O telão utilizará a tecnologia de LED e será o maior já instalado em estádios. Atletas e público poderão acompanhar nele os resultados e assistir novamente aos melhores momentos das provas. A tecnologia será montada pelo Comitê Organizador Rio 2016.
 
A partir deste sábado (14.05), o Engenhão recebe o Campeonato Íbero-Americano de atletismo, evento-teste da instalação. As provas vão até segunda-feira (16.05). A competição reunirá 300 atletas de 25 países. Depois, entre 18 e 21 de maio, será a vez de o estádio sediar o Open Internacional de Atletismo Paralímpico. 
 
Estádio Olímpico. Foto: Alex Ferro/Rio2016Estádio Olímpico. Foto: Alex Ferro/Rio2016
 
Praça
No entorno do estádio, o destaque é a Praça do Trem, que teve os galpões restaurados e recebeu nova iluminação, paisagismo, reparos na rede de drenagem e pavimentação. A Praça do Trem tem aproximadamente 35 mil metros quadrados e recebeu um conjunto de melhorias urbanísticas e construção de calçadas e ciclovia. O projeto incluiu uma esplanada acessível para facilitar a circulação e atender a logística de operação dos Jogos. Após o evento, será uma praça com mobiliários urbanos. Durante os Jogos, será o principal acesso do público ao Engenhão.
 
Cerca de 90 árvores foram plantadas, respeitando a visibilidade dos galpões. A iluminação utiliza lâmpadas de LED e 15km de dutovias para garantir eficiência energética e permitir o uso do local durante a noite. Logo após os Jogos, será inaugurada na Praça do Trem a Nave do Conhecimento Olímpica, instalada em um prédio de dois andares, com salões de mil metros quadrados.
 
Grafite
Quem chega ao Engenhão pela Praça do Trem pode conferir obras dos grafiteiros Airá OCrespo, Cazé, Duim, Gil Faria, Josué, Pakato, Rena e Sark, reunidas pelo Instituto Eixo Rio. Os desenhos estão em um painel de 400 metros quadrados e são inspirados em comportamentos despojados atribuídos aos cariocas e em pontos turísticos como Arcos da Lapa, Maracanã, Corcovado, Praça da Apoteose e Pão de Açúcar.
 
Além da reforma da praça, o projeto de revitalização dos arredores do Engenhão, iniciado em 2014, inclui a reurbanização das ruas do entorno do estádio. Na primeira fase, entregue em janeiro de 2015, foram beneficiadas as ruas que formam o quadrilátero do entorno do estádio. Elas ganharam acessibilidade, novos passeios, meios-fios e sarjetas, uma ciclovia com 2 quilômetros de extensão, além de infraestrutura para nova iluminação e posterior conversão de redes aéreas para subterrâneas.
 
A segunda parte do projeto contemplou a reurbanização de 32 vias visando à melhoria de acessibilidade no bairro com nova pavimentação de calçadas, recapeamento das faixas de rolamento e realinhamento de meios-fios. Também foram executados serviços de manutenção, limpeza e reforço de captação superficial na rede de águas pluviais, eliminando pontos de alagamento no bairro. O investimento total nas intervenções foi de R$ 115,6 milhões.
 
Fonte: Rio 2016
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Casa do boxe e do vôlei sentado, Pavilhão 6 do Riocentro é entregue

A sede das competições de boxe na Olimpíada e do vôlei sentado nos Jogos Paralímpicos foi entregue ao Comitê Organizador Rio 2016, nesta quarta-feira (11.05), no centro de convenções Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Pavilhão 6 tem 7,5 mil metros quadrados e contará com nove mil lugares em arquibancadas provisórias para o megaevento.
 
Fotos: Carol Delmazo/brasil2016.gov.brFotos: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br
 
O local tem pé direito de 15 metros e o vão livre não tem pilastras, já que as estruturas de sustentação ficam do lado de fora. Os dutos de ar condicionado foram elaborados com materiais leves, para serem acomodados no teto e ao redor da estrutura que, a princípio, seria provisória, e atenderia apenas aos Jogos Rio 2016.
 
“A prefeitura entendeu por bem primeiro, buscar recursos privados, segundo, que tivesse um legado permanente para a cidade. Então, fizemos um acordo com a GL Events, que tem a concessão do Riocentro e da Arena Rio (no Parque Olímpico). A prefeitura renovou a concessão da Arena Rio, e isso permitiu que a GL Events arcasse com todo o custo da construção desta estrutura (o Pavilhão 6)”, explicou o prefeito Eduardo Paes.
 
Após os Jogos, o espaço será transformado em um anfiteatro permanente com capacidade para 5500 lugares, podendo chegar a 10 mil pessoas. “Isso vai permitir a atração de vários eventos, porque era uma carência da cidade ter um grande auditório. Agora esse complexo (o Riocentro) tem capacidade de receber eventos internacionais para 20 a 25 mil pessoas, sem grandes construções, como acontecia no passado. E é um legado gerador de receitas para a cidade. Não é um mercado imediato, não virá em 2017, mas vai acontecer ao longo dos anos a partir deste trabalho”, disse o presidente da GL Events no Brasil, Arthur Repsold.
 
Entrega do Pavilhão 6 do Riocentro: espaço será transformado em um anfiteatro. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.brEntrega do Pavilhão 6 do Riocentro: espaço será transformado em um anfiteatro. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br
 
A concessão para o Riocentro teve início em 2006 e tem duração de 50 anos. Além do Pavilhão 6, outros três espaços do centro de convenções vão receber competições dos Jogos Rio 2016: o Pavilhão 2 sediará o levantamento de peso (olímpico) e o halterofilismo (paralímpico); o Pavilhão 3 vai receber o tênis de mesa olímpico e paralímpico; e o Pavilhão 4 será o palco do badminton.
 
As obras no Pavilhão 6 e as adaptações nos outros três pavilhões – como melhorias nos sistemas de prevenção de incêndio, acústica, água e esgoto -  foram custeadas pela GL Events. O valor total é de cerca de R$ 50 milhões. A contrapartida da Prefeitura foi a extensão do contrato de concessão da Arena Rio, sede das competições de ginástica nos Jogos Olímpicos, por trinta anos.
 
Foto: Prefeitura do Rio de JaneiroFoto: Prefeitura do Rio de Janeiro
 
“Licitação (para o Pavilhão 6) não dava , é um espaço concedido por 50 anos. Não tem como licitar no espaço privado. Ou você fazia com dinheiro público ou fazia com a empresa privada que está aqui”, justificou Eduardo Paes.
 
O prefeito enfatizou que as entregas de arenas de competição estão na reta final. As obras de reforma do Estádio Olímpico, o Engenhão, serão apresentadas nesta quinta (12.05). A Arena Carioca 2 vai ser entregue no próximo sábado (14.05). A previsão, segundo Paes, é de que o Velódromo seja apresentado na primeira quinzena de junho.
 
“É um momento simbólico para a gente, apesar da crise econômica por que passa o país e que não começou ontem. Foram vários questionamentos. Vai dar tempo? As grandes empresas de engenharia e empreiteiras estão passando dificuldades, vão conseguir entregar? Estamos chegando muito perto da Olimpíada, faltando menos de 3 meses, e estamos entregando todos os equipamentos à disposição do Comitê Organizador. Mas é óbvio que vai ter sempre um ajuste”, disse Paes.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Começam aulas teóricas para 455 jovens que vão trabalhar como aprendizes nas Olimpíadas e Paraolimpíadas

 
Nesta segunda-feira (09.05), será ministrada, na cidade do Rio de Janeiro, a aula magna que dará início ao processo de formação teórica de 455 jovens que trabalharão como aprendizes na organização de eventos esportivos durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016. Eles serão os primeiros beneficiados pelo decreto publicado essa semana no Diário Oficial da União (DOU), que permite às empresas que não têm condições, por não disporem de local adequado aos jovens, fazer a contratação desses meninos e meninas e os liberarem para cumprir as aulas práticas em outro lugar.
 
O Projeto Jovem Aprendiz do Desporto (Jade) visa à formação e à capacitação de jovens e pessoas com deficiência para desempenharem atividades como auxiliares de práticas e administração esportivas, além de organizadores de eventos para atuar nessa área: clubes, vilas olímpicas, academias e todo local em que se promova atividades esportivas. A ação já é realizada em São Paulo e no Distrito Federal, com turmas-piloto, onde eles atuam como auxiliares em aulas de prática esportiva, campeonatos e eventos sociais. Com a nova turma aberta no Rio, mais um estado passa a ser beneficiado. 
 
A iniciativa do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), que já envolvia aprendizes que trabalhavam em bancos de todo o país, passa a incorporar a área esportiva, por meio da Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000). A parceria com o Ministério do Esporte propiciará o acesso a oportunidades de trabalho, qualificação e formação profissional no esporte, de forma praticamente simultânea, a jovens de todo o Brasil.  A mudança irá permitir que mais deles possam exercer o aprendizado, garantindo a agenda escolar e o tempo de profissionalização.
 
De acordo com o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Célio René, o programa oferece aos jovens uma qualificação ampla tanto profissional como esportiva. “O Jade é importante por vários aspectos, um deles é que oferecemos aos jovens a oportunidade de qualificação profissional e a capacitação maior para que eles possam entrar no mercado de trabalho nas áreas esportivas. Além disso, os jovens vão está participando de um dos maiores eventos esportivos do mundo, um misto de emoção, capacitação e aprendizado”, completou. 
 
Para o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, a medida vai beneficiar diretamente aqueles que buscam uma colocação no mercado de trabalho, com qualificação profissional e sem atrapalhar o horário escolar. “O que nós queremos com essa mudança é permitir que mais jovens possam exercer o aprendizado, garantindo tempo de escola e tempo de profissionalização”, disse o ministro. 
 
A coordenadora de Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Ana Alencastro, afirma que a "intenção é firmar convênios com estados e municípios para a contratação de aprendizes do desporto em academias públicas e áreas de lazer. “O nosso objetivo é expandir o projeto para os demais estados até 2018.”
 
A turma que começa nesta segunda, no Rio de Janeiro, terá 400 horas de aulas teóricas, no turno inverso ao da escola, divididas em duas etapas. A primeira terá início dia 9 de maio e vai até 30 de junho, quando serão interrompidas por causa dos Jogos Rio 2016. Os alunos retornarão para a sala de aula após as Paraolimpíadas, no fim de setembro, e concluirão o curso em 21 de dezembro.
 
 
Erica Asano 
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Sob céu colorido por parapentes, tocha olímpica chega a Governador Valadares

Do alto dos seus 1.123 metros de altitude, o Pico do Ibituruna emoldura o cenário de onde, nesta quarta-feira (11.05), a tocha olímpica saltou de parapente e sobrevoou o Rio Doce até pousar no centro de Governador Valadares. Moisés Sodré, o Moka, de 48 anos, fez as vezes do condutor responsável pelo início de um espetáculo que mobilizou moradores daquela que é considerada a capital mundial do voo livre.

Foto: Ivo Lima/Ministério do EsporteFoto: Ivo Lima/Ministério do Esporte

Adenízia da Silva, campeã com a seleção brasileira de vôlei nos Jogos de Londres, em 2012, e o canoísta Sebastián Cuattrin foram dois dos 65 homens e mulheres que empunharam a tocha por 13 quilômetros do município de 264 mil habitantes (dados do IBGE de 2010). A abertura do trajeto teve o céu colorido por parapentes pilotados por atletas amadores do esporte radical que fizeram a escolta da tocha. "Como piloto e atleta, esse foi um momento único que tivemos por aqui e que, na minha geração, certamente, não se repetirá", disse Moka.

Uma bandeira se destacava entre os que aguardavam pela passagem da tocha. Era da cidade de Sobrália, a 45 quilômetros de Governador Valadares. Um grupo de meninos fãs de esporte pegou a estrada especialmente para prestigiar o professor da escolinha de futebol na qual estudam, escalado para transportar a chama dos jogos Rio 2016. Fábio de Oliveira, o mestre, criou o projeto Gol de Placa, que ministra aulas grátis a todos os interessados. "Estamos nos preparando há mais de duas semanas", contou Thiago Pereira da Silva, 10 anos, aluno do projeto.

Foto: Ivo Lima/Ministério do EsporteFoto: Ivo Lima/Ministério do EsporteCom o corpo pintado com jenipapo, Douglas Krenak (foto), de 33 anos, preparava-se para a cerimônia de revezamento já no início da tarde. Morador de uma aldeia a 130 km de Governador Valadares, o filho de índios aprendeu no Rio Doce a remar, praticou futebol de campo e vê na chama olímpica o símbolo de continuidade do esporte entre seu povo e as próximas gerações. "Na minha tribo, o fogo representa o nascimento, o que é muito significativo. É a vida", disse ele, que já participou de jogos indígenas em Guaíra, no Paraná.

Sheila Krenak, irmã de Douglas, resgatou a tradição de pintura da etnia para acompanhá-lo em seu momento de prestígio. "Muitas pessoas acham que fomos extintos, mas estamos aqui, fazendo parte da cidadania brasileira." Emocionada, refletiu sobre a crescente desvalorização da cultura indígena e a natureza atlética dos povos das florestas e matas brasileiras. "Somos esportistas. Vivemos às margens de um rio, caçamos, pescamos, coletamos, nossa religião é voltada para a questão ambiental", relembrou.

Ela estava acompanhando por um grupo de cerca de 50 índios em trajes de festa. Enquanto Douglas aguardava sua vez de conduzir o símbolo olímpico, eles estavam na calçada balançando chocalhos e ensaiando passos ritualísticos. Quando o fogo foi aceso, todos cercaram o condutor em um abraço coletivo. Assim, unidos, cantando e dançando seus passos sagrados, eles percorreram os 200 metros do trajeto.

Ao se aproximarem do ponto de transição, Douglas parou de frente para os outros índios, todos intensificaram o ritual e aumentaram o volume dos cânticos, assistidos com admiração pelo condutor seguinte, o canoísta Cuattrin.

Cuattrin (E) recebeu a chama de Douglas Krenak e a conduziu em um trecho sobre o rio no qual iniciou sua vida na canoagem. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)Cuattrin (E) recebeu a chama de Douglas Krenak e a conduziu em um trecho sobre o rio no qual iniciou sua vida na canoagem. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)

De tão ansioso, Sebastián Cuattrin havia chegado ao local de encontro de condutores duas horas antes do previsto. Cuattrin foi campeão brasileiro – já participou de 132 campeonatos nacionais –, sul-americano, panamericano, e ficou na oitava colocação em um campeonato mundial de canoagem. Seu maior feito, no entanto, foi disputar quatro olimpíadas, conquistando oitavo lugar em uma final. "Conduzir essa chama te remete a tudo que você fez na carreira e o legado que ela deixa é esportivo: as pessoas se voltam para os ideais da disciplina, de fazer melhor, de excelência e vontade de vencer", salientou. Ele já é experimentado na condução de símbolos olímpicos. Em 2004, quando foi realizado o primeiro revezamento internacional, a tocha passou pelo Rio de Janeiro e Cuattrin teve o privilégio de carregá-la.

Cuatrin recebeu a tocha de Douglas Krenak e a levou para um recanto da cidade que faz parte de sua própria história. Ele passou pela Ponte da Ilha, reformada por seu pai, um engenheiro já falecido. Abaixo dela corre o rio onde ele deu suas primeiras remadas. Pouco antes de deixar o fogo olímpico seguir seu caminho, exclamou: "isso aqui é bom demais!"

Sabor especial
Campeã olímpica em Londres há quatro anos, Adenízia teve seu primeiro contato com o vôlei aos 9 anos, a convite de um professor, em Governador Valadares. Tantos títulos conquistados ao longo de duas décadas custaram muito esforço e dedicação da jogadora, mas representar sua modalidade esportiva na condução do símbolo dos Jogos Rio 2016 teve sabor especial. "Correr esses 200 metros na minha cidade foi mais difícil que ganhar uma medalha olímpica", brincou Adenízia, responsável por acender a pira olímpica durante a cerimônia que se repete em todas as noites nas cidades dormitório da tocha.

Adenízia, campeã olímpica em Londres-2012 com a seleção de vôlei, acendeu a pira em Governador Valadares. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)Adenízia, campeã olímpica em Londres-2012 com a seleção de vôlei, acendeu a pira em Governador Valadares. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)

Revezamento da Tocha
Antes de chegar a Valadares, o revezamento da tocha cruzou as ruas de Datas, Serro e Guanhães. Nesta quinta-feira, a chama olímpica segue viagem e passa pela pequena Naque, Coronel Fabriciano e encerra a jornada em Itabira, no Vale do Aço mineiro.

Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Governador Valadares (MG)

Ascom - Ministério do Esporte

Ministério do Esporte lança edital para projetos de Alto Rendimento

O Ministério do Esporte abriu chamada pública para selecionar projetos de alto rendimento, publicado no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (11.05), no valor de R$ 150 milhões para as entidades privadas sem fins lucrativos que apresentarem propostas. O edital tem como objetivo ampliar o legado dos Jogos Rio 2016 e fortalecer a Rede Nacional de Treinamento.

“O Governo Federal tem como diretriz que o legado seja amplo, de forma a beneficiar o maior número de modalidades, da base ao alto rendimento. Este edital integra o investimento histórico que estamos fazendo no esporte brasileiro desde que o país foi escolhido, em 2009, para sediar os Jogos de 2016. Manter esse nível de aporte é necessário para que o esporte nacional mantenha um crescimento sustentável. Quem mais vai se beneficiar com isso serão as futuras gerações de atletas”, comentou Ricardo Leyser, ministro do Esporte.

Os recursos serão destinados para a viabilização de equipe técnica multidisciplinar para os atletas e a participação deles em competições nacionais e internacionais; na realização de treinamentos e intercâmbio; na aquisição, instalação, operação e manutenção de equipamentos e materiais esportivos; ações de ciência e tecnologia aplicadas ao desenvolvimento do esporte; capacitação de recursos humanos para atuação técnica e direta com atletas; e administração e custeio de despesas necessárias a preparação, organização, realização e legado dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos.

» Confira a íntegra do edital

Cada projeto poderá captar no máximo R$ 35 milhões. Para enviar as propostas, as entidades devem estar cadastradas e aptas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv). O Plano de Trabalho deve conter a descrição do objeto, que tem que estar conectado com as metas a serem atingidas; descrição das mesmas metas, quantitativas e mensuráveis, além de atividades ou projetos a serem executados; forma de execução das ações; definição dos indicadores, documentos e outros meios a serem utilizados para a aferição do cumprimento das metas; a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas e; os valores a serem repassados mediante cronograma de desembolso.

Rede Nacional
A Rede Nacional de Treinamento, aposta do governo federal como legado de infraestrutura esportiva e de nacionalização dos efeitos dos Jogos Rio 2016, pretende interligar as diversas instalações existentes ou em construção em todo o país. A Rede contará com diferentes padrões de estruturas e atenderá dezenas de modalidades, desde a fase de detecção e formação de talentos até o treinamento de atletas e equipes olímpicas e paralímpicas.

Parceria entre o governo federal, estados, municípios e Confederações, a Rede foi instituída pela nova Lei 12.395. A ação também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas.

O objetivo é criar um caminho para o atleta desde a sua entrada na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as instalações terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento, garantindo a formação da base para além de 2016, até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções nacionais, com toda a qualificação que isso requer. Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões.  

Ascom - MInistério do Esporte

 

Simpósio em Fortaleza debate gestão de equipamentos esportivos no Brasil

A Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com o Ministério do Esporte, promove o primeiro Simpósio de Gestão do Esporte em Unidades Esportivas. O evento, de quinta a sábado (12, 13 e 14.05) em Fortaleza, vai debater os desafios na formação da Rede Nacional Integrada de Treinamento.  

O secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Guilherme Ângelo Raso, vai abrir o simpósio com a palestra sobre os desafios futuros da Rede Nacional de Treinamento que a pasta está estruturando em todo o país. O objetivo da Rede é interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas.

Desde que o Brasil conquistou, em outubro de 2009, o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o governo federal tem atuado para que o legado do maior evento esportivo do planeta contemple todos os estados e o Distrito Federal. Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação da Rede, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões.

Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões. Toda essa infraestrutura esportiva vai compor a Rede Nacional de Treinamento, criada pela Lei 12.395/2011. São recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 246 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficiais de atletismo e instalações olímpicas no Rio de Janeiro, além de possibilitar a reforma e a construção, também na capital fluminense, de locais de treinamento durante os jogos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O simpósio será voltado para gestores governamentais, prefeituras, secretarias de esportes, confederações, clubes, atletas e interessados. O papel dos clubes na Rede, o modelo de gestão de instalações esportivas e a gestão do conhecimento do esporte no Brasil, da base ao alto rendimento, também serão debatidos.

O assessor especial do Ministério do Esporte Joel Benin vai falar sobre os legados dos Jogos Olímpicos. Já a Cássia Damiani, secretária executiva substituta do Ministério do Esporte, vai falar sobre o Diagnóstico Nacional do Esporte: o grau de desenvolvimento do esporte no Brasil.

Serviço
1° Simpósio de Gestão do Esporte em Unidades Esportivas
Data:de quinta a sábado (de 12 a 14.05)
Local:Hotel Recanto Wirapuru, Av. Alberto Craveiro, 2222 – Castelão, Fortaleza (CE)


Ascom – Ministério do Esporte

Governo Federal lança Guia que busca padronizar e integrar ações para coibir a violência no futebol

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Em dias de clássicos a tensão aumenta e a rivalidade fica acirrada. Atletas e técnicos dizem que é um jogo a parte. Algumas cidades do país se mobilizam dias antes das equipes entrarem em campo. O futebol mexe com a paixão dos brasileiros, compõe a identidade cultural do povo. Mas, também se tornou motivo de preocupação. Muitos torcedores deixam de ir aos estádios com medo da violência. Seja no trajeto, no entorno ou dentro das Arenas, as brigas vem prejudicando o espetáculo.

Na cerimônia de lançamento do “Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas”, nesta terça-feira (10.05), em Brasília, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, comparou as paixões futebolísticas às políticas e disse que se elas não forem canalizadas para serem construtivas se tornam perigosas. “O esporte, assim como a política são focos que a paixão trabalha de uma forma muito intensa. A paixão, quando bem canalizada, é uma energia construtiva. Quando ela é dosada, colocada no seu devido lugar, se transforma em amor, constância, paciência e vitória. Já a paixão, quando ela toma conta e nos deixa cegos, ela enterra: pá e chão. Parece que o Brasil, neste momento, está tendo paixão em excesso, descanalizada, completamente descontrolada. Um momento em que a sociedade parece tomada por rancores, ódio e intolerância e se deixa cegar por completo por aqueles que estimulam, por interesses mais perversos, a paixão negativa”.

Para diminuir esta intolerância, coibir a violência e promover uma cultura de paz, foi elaborado o documento que busca padronizar a ação dos responsáveis pela segurança nos eventos esportivos. “Nós precisamos saber que há coisas que são mais importantes que as nossas vis paixões”, prosseguiu Aragão. “É disso que aqui se cuida, quando se fala de um manual que recomenda para a atuação com paz nos jogos. Precisamos também de paz na política, para centrarmos e saber distinguir quem é que está querendo fazer diferença e quem está querendo se aproveitar. Para que nós não sejamos joguetes das nossas paixões. Para sermos capazes de viver em um ambiente de tolerância. Não joguemos fora nossas conquistas”, completou.

Ministros Ricardo Leyser (esq.) e Eugênio Aragão (dir.) homenageiam ex-jogador Edmilson. (Foto: Roberto Castro/ ME)Ministros Ricardo Leyser (esq.) e Eugênio Aragão (dir.) homenageiam ex-jogador Edmilson. (Foto: Roberto Castro/ ME)

O Guia foi resultado de discussões que envolveram diversos órgãos dos governos Federal, estaduais, municipais, Forças de Segurança, entidades esportivas, representantes da sociedade civil e das torcidas organizadas. Para a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina De Luca, o diálogo necessário para a elaboração do documento é o mesmo caminho que deve ser trilhado para a superação do ódio. “Hoje o que mais se tem é o crime de ódio: não suporto o outro porque ele é diferente, porque torce por um time diferente, porque ele não tem os mesmos gostos que o meu. Temos que nos despir de uma cultura de violência que é imposta todos os dias. Para superarmos isso dentro do futebol, se fizeram necessários vários diálogos. A única forma de superarmos a intolerância é o diálogo. É colocar todos aqueles que têm a ver com o tema na mesma mesa e tolerar que aquele que não tenha a mesma opinião que a minha possa se manifestar e eu acate. Isso que fizemos”.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ MEReuniões, Câmaras Temáticas e Grupos de Trabalho foram alguns dos espaços de diálogo e trabalho que, desde 2010, deram o embasamento necessário para que se chegasse ao resultado final apresentado hoje. O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, citou os esforços conjuntos para a modernização do futebol, como o Profut, os Cursos de Gestão em Esporte, as novas Arenas e o fortalecimento dos clubes para mostrar que a garantia de segurança nos estádios integra o bom funcionamento da indústria do entretenimento. “Eu gostaria de olhar esse lançamento num contexto mais amplo. Quando garantimos a segurança, estamos arrumando uma engrenagem de uma grande indústria, que no caso do futebol faz parte da nossa própria identidade cultural. Um país desenvolvido deve ter indústrias fortes em várias áreas e, dentre elas, a do entretenimento. E para que a nossa indústria esportiva funcione, ela precisa se modernizar”, destacou.

Um dos aspectos que deu impulso ao processo de modernização do futebol brasileiro foi a experiência adquirida na organização da Copa das Confederações de 2013 e na Copa do Mundo de 2014, quando a palavra-chave em segurança foi integração, conforme explicou Fábio Souza, diretor de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública. “Estabelecemos um tripé, que serviu de base para o desenvolvimento do trabalho: diálogo, com a formação de um grupo de especialistas; planejamento, o Estatuto do Torcedor prevê uma série de planos e a gente busca, com o Guia, não deixar que ele se torne letra morta e; integração, quando falamos da necessidade das reuniões preparatórias para as partidas e a ativação do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)”, disse Souza, citando um dos legados da Copa do Mundo.

Os Centros são salas de situação, que reúnem profissionais de diferentes órgãos. Elas são equipadas com computadores e diversos recursos de Tecnologia da Informação, como monitores que mostram imagens de câmeras espalhadas em pontos estratégicos das cidades e nos estádios. De lá, as Forças decidem, em conjunto, as ações de segurança.

Outro legado para a elaboração do manual foram oficinas e cursos, com intercâmbios internacionais, promovidos pela Secretaria Especial de Segurança para Grandes Eventos (Sesge/MJ), formada para coordenar as ações para a Copa do Mundo e para os Jogos Rio 2016.

Homenagens

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ MEO pentacampeão mundial de futebol, Edmilson Gomes foi nomeado embaixador do Marco de Segurança do Futebol. Ele espera poder passar a mensagem de paz que representa o Guia para outros jogadores. “Como embaixador desse marco, pretendo ajudar passando informações aos atletas e federações, além de conscientizar de que, sozinhos, nós não mudamos nada. Juntos, nós chegamos muito mais longe e conseguimos realmente superar esse desafio”, disse o ex-zagueiro, que foi homenageado com a medalha de honra ao mérito Juscelino Kubitschek.

Agraciado com a mesma honraria, Pitágoras Dytz, consultor jurídico do Ministério do Esporte destacou o trabalho realizado pelo Brasil na organização dos megaeventos esportivos, sem deixar de cuidar de outros temas importantes como o combate à violência. “Esse marco de segurança que entregamos hoje é resultado de muitos anos e muitas dedicações, tenho que colocar no plural, porque não é fácil carregar a responsabilidade de construir uma Copa das Confederações, uma Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Paralímpicos e tocar agendas tão importantes como essa de combate à violência nos recintos esportivos”. 

Os secretários da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurélio Klein, e Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ricardo Gomyde, foram um dos que receberam medalhas. “Não era mais possível que um país que sediou a Copa de 2014 e que, daqui a poucos dias, sediará os Jogos Olímpicos, se acostume com esses fatos violentos que infelizmente têm feito parte do nosso cotidiano. O que se tentou até agora não foi tão eloquente quanto este marco lançado hoje", comentou Gomyde.

Guia

A primeira reunião da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue) em 07 de abril deste ano serviu para validar o texto do Guia, que estabelece algumas orientações que atendem ao Estatuto do Torcedor e que poderão ser aplicadas em qualquer parte do país.

As metas são padronizar as ações de segurança, estabelecer a divisão de tarefas, o compartilhamento de informações, integrar as Forças de Segurança, disseminar novas metodologias de trabalho e defender os direitos dos cidadãos.

O guia foi dividido em três partes, sendo que uma trata dos procedimentos prévios aos campeonatos e jogos, outra que define as responsabilidades dos órgãos envolvidos na segurança pública e a terceira que recomenda diversos procedimentos de segurança.

As ações devem iniciar antes do primeiro jogo de determinado campeonato, quando é elaborado um Plano de Ação de Segurança e Contingências para todo o torneio. Este plano será o documento de referência para todos os envolvidos com o espetáculo e deve prever, dentre outras coisas, o acesso ao estádio e a circulação nas arenas, os perímetros de segurança, a proteção dos torcedores no sistema de mobilidade urbana e os níveis de atuação dos agentes públicos e privados.

Já o Plano de Ação Especial será específico para partidas com grande expectativa de público e aquelas que apresentam um maior risco para a segurança, o que pode depender da situação de determinada equipe no campeonato. Com a definição das responsabilidades de cada órgão envolvido, o objetivo final é integrar o trabalho das Forças de Segurança.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Resumo

Plano de Ação de Segurança e Contingências: traz o planejamento de cada partida em determinada competição, com a definição dos papéis e das responsabilidades entre os diversos órgãos públicos e entidades privadas. Prevê ações que envolvam os acessos ao entorno e ao interior do estádio, atribuições genéricas a cada órgão envolvido, a segurança para o sistema de mobilidade urbana, o controle de acesso e a descrição dos níveis de segurança. 

Plano de Ação Especial: planejamento para partidas específicas, com especial expectativa de público ou situação de risco.

Atividades preliminares antecedentes à realização da partida de futebol: pedido de policiamento, elaboração de laudos, realização de vistoria preliminar de segurança, avaliação de risco, reunião preparatória de segurança e ativação do Centro Integrado de Comando e Controle.

Atribuições: secretarias de Segurança Pública, polícias civil, federal e militar, Corpo de Bombeiros, guardas municipais e Polícia Rodoviária Federal.

Procedimentos para: reunião com representantes de torcidas organizadas; ações no Centro Integrado de Comando e Controle; ações integradas na escolta de torcidas organizadas; ações integradas na realização de segurança de dignitários e escoltas; ações integradas no sistema de mobilidade urbana (ônibus, trem, metrô, BRT, VLT etc.); ações integradas na atuação junto a ocorrências envolvendo artefatos explosivos; ações integradas no estádio/entorno (crime comum, pontos de verificação nos perímetros, acesso ao estádio etc.).

Gabriel Fialho

Ascom - Ministério do Esporte

Na Holanda, seleção brasileira de BMX soma pontos para Rio 2016

A seleção brasileira de BMX formada por Anderson Ezequiel, Renato Rezende, Bianca Quinalha e Priscila Carnaval encerrou a participação na etapa de Papendal da Copa do Mundo de BMX Supercross, na Holanda, somando pontos importantíssimos para o país no ranking que leva aos Jogos Olímpicos Rio 2016. 
 
Foto: Divulgação/CBCFoto: Divulgação/CBC
 
Em seu primeiro compromisso oficial com a seleção logo após se recuperar de uma fratura na clavícula, Renato Rezende mostrou que está pronto para ir mais longe e chegou até as semifinais da elite men, que teve Maris Strombergs, da Letônia, como grande campeão. Bianca Quinalha e Priscila Carnaval fizeram uma boa corrida, mas a disputa foi muito equilibrada e acabaram ficando nas quartas de final. O título da etapa na elite women foi para a holandesa Laura Smulders. 
 
Quem não teve um bom dia foi Anderson Ezequiel, que acabou sofrendo uma queda na disputa das oitavas de final e saiu da pista com uma suspeita de fratura na mão esquerda. O brasileiro chegou a completar sua bateria e logo após a corrida recebeu os primeiros socorros e foi encaminhado para o hospital para realizar uma avaliação mais detalhada e definir exatamente a gravidade da lesão. 
 
"O saldo foi bem positivo, todos somaram pontos no ranking mundial para o Brasil e isso é o mais importante. Estamos na reta final da classificação para os Jogos e cada ponto pode ser decisivo na briga por uma vaga. Agora é focar no próximo desafio que será o Campeonato Mundial em Medellín, na Colômbia, que promete ser um dos eventos mais difíceis da temporada", avaliou Guilherme Pussieldi, técnico da seleção.
 
Fonte: CBC
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Revezamento coleciona histórias na passagem pelo Velho Chico

A maré do Velho Chico enfrenta tempos de pouca chuva e água escassa, mas foi diante da altivez do símbolo dos Jogos Rio 2016 que a pequena Pirapora acompanhou, nesta segunda-feira (9.05), o revezamento da tocha olímpica às margens de um dos mais importantes cursos d'água da América do Sul. Até chegar ao São Francisco e ser ancorada no Benjamim Guimarães – um secular barco a vapor que se transformou em ponto turístico da cidade – a chama se manteve acesa e foi conduzida pelas mãos de cidadãos que hoje transformam a realidade local do município do norte mineiro.
 
 
Mãos como a da indígena Iguaracema Kátia Sulamita da Silva. Ex-moradora de rua e mãe de oito filhos, a condutora deu uma guinada na sua difícil trajetória até parar em Pirapora e desenvolver um projeto social voluntário. Às margens do rio, ela dá aulas de zumba e é figura ilustre entre suas dezenas de alunas. Conduzir a tocha, acredita ela, teve um significado pessoal importante que vai muito além do festivo. "É como transportar a chama que eu mantive acesa dentro de mim nos momentos mais difíceis e que me fez superar e vencer, me tornando um ser humano melhor. Apesar de todo o sofrimento, sou uma pessoa alegre e consigo transmitir essa alegria para as pessoas", afirmou Kátia.
 
A hospitalidade mineira tem dado um tom ainda mais alegre ao comboio do revezamento que começou em Brasília, no último dia 3, e que termina no Rio de Janeiro em 5 de agosto – data em que se iniciam os Jogos Rio 2016. O rio que corta cinco estados e abastece 521 municípios brasileiros também é um fio condutor do espírito de união difundido pelo esporte. Esse sentimento tem o ex-atleta de BMX Hudson Peixoto de Souza, de 32 anos, morador da cidade.
 
Depois de viver do esporte por 20 anos, Hudson cuida da peixaria que o pai fundou há mais de cinco décadas. Enfrenta tempos difíceis com a baixa do rio que, desde 2013, sofre com a escassez de chuva na região. Com a maré baixa, o peixe não circula e não procria, o que faz com que o surubim mais famoso do estado falte em seu refrigerador. Orgulhoso por assistir de perto um pedacinho da história olímpica escrita este ano no Brasil, Hudson comentou o sentimento que percebia em seus conterrâneos nas últimas semanas. "A crise tirou um pouco do foco do esporte, mas a passagem da tocha pelo país desperta, principalmente nos jovens, o interesse por mais informações e pelas práticas envolvidas pelas Olimpíadas", ressaltou.
 
Foto: Ivo LimaFoto: Ivo Lima
 
Do lado do comboio
O céu azul e o calor típico da região mineira nesta época do ano não intimidaram os moradores que pararam suas atividades para acompanhar o revezamento em um tour que segue país afora e corta Minas Gerais até a próxima terça. Principalmente nas pequenas cidades, é notável o engajamento e o interesse de crianças e adultos ávidos em ver de perto a condução da chama. Em Pirapora, amendoeiras e árvores frondosas garantiram a sombra no curto percurso de 2 km percorrido, o que permitiu que muita gente acompanhasse de perto toda a trajetória e seus 10 condutores.
 
Muita gente se abrigou no alto das árvores para assegurar um pouco de sombra e um ângulo melhor para as fotos. Em outro ponto da avenida que margeia o rio, crianças tomavam banho e se divertiam no chafariz da Fonte Luminosa. Uma maneira divertida de aplacar os efeitos da alta temperatura e dar um clima de feriado ao dia útil que trazia de volta à rotina aqueles que há mais de um mês se preparavam para a festa.
 
Pedal hereditário
Uma das condutoras foi a piraporense Rafaela Lisboa, de 20 anos. Filha de um casal de ciclistas, ela não conseguiu escapar do esporte. "Está no sangue", brincou. O pai, colecionador de títulos, mudou-se de Belo Horizonte para o norte do estado e por lá construiu uma pista da modalidade. Mesmo no começo de sua trajetória no BMX, Rafaela já conquistou seis títulos mineiros, dois brasileiros e diversos torneios Brasil afora. "Fiquei muito nervosa e emocionada com a escolha do meu nome para levar a tocha olímpica."
 
Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 
Trio da redação
Em seus pontos de transição, os condutores aguardavam seus momentos de participação, mas quem teve o privilégio de tocar na tocha antes deles foi um trio de estudantes. Victoria Nobre, de 17 anos, Rafael Santos, de 14, e Adriene Tatiane, de 11 anos, foram escolhidos para recepcionar a chama olímpica devido ao bom desempenho escolar que tiveram. Os três venceram um concurso de redação promovido pela rede de ensino do município e, no dia D, desfilavam, orgulhosos, seus uniformes com as cores da bandeira brasileira e a #somostodosbrasil.
 
"Essa passagem da chama por aqui é muito importante para valorizar nossas riquezas e, principalmente, o São Francisco, nosso rio maravilhoso", dizia a orgulhosa Victoria. "Também acho que haverá aumento da renda e melhoria social", previu Rafael.
 
Craque
O mais celebrado de todos os escolhidos para a missão de condutor foi Luís Henrique Pereira Santos. Hoje com 42 anos, Luís Henrique foi jogador de futebol com carreira vitoriosa. Defendeu Flamengo, Palmeiras, Bahia e Fluminense, além de integrar a Seleção Brasileira nas edições de 1991 e 1993 da Copa América. "Jogar futebol é uma coisa normal, algo que sempre fiz. Agora, participar de um evento como esse é incrível. O Brasil é o país do futebol, mas também das Olimpíadas", afirmou o ex-craque, escalado para iniciar e encerrar o percurso da pira em sua cidade natal, no porto do vapor Benjamin Guimarães.
 
Pirapora registrava, em 2014, aproximadamente 56 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua economia é movimentada pelas indústrias de ferro, silício e tecido, alguns dos principais produtos exportados pela região do Norte de Minas.
 
Durante a segunda-feira, o fogo simbólico deu um rasante por Varjão de Minas, Pirapora, e ainda seguiu para a cidade de Montes Claros. Os destinos programados para a terça-feira (10/05) são Bocaiúva, Couto de Magalhães de Minas, Diamantina e Curvelo.
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Pirapora (MG)
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol são apresentados

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Os membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut) foram apresentados nesta segunda-feira (09.05), em cerimônia realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ). Eles serão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das contrapartidas dos clubes que aderiram ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). No total são 18 nomes, sendo nove titulares e nove suplentes, além do presidente Cesar Dutra Carrijo, que explicou as próximas etapas do trabalho.
 

Cesar Carrijo, presidente da APFut. (Foto: Roberto Castro/ ME)Cesar Carrijo, presidente da APFut. (Foto: Roberto Castro/ ME)

“A primeira coisa, mais urgente, será a votação do regimento interno, depois, a normatização das contrapartidas, por exemplo, estabelecendo o padrão de demonstrações contábeis para os clubes. Após esse movimento, receberemos os processos que chegarem”, disse Carrijo. O presidente da APFut já enxerga uma nova conjuntura do futebol brasileiro com o novo padrão de Arenas impulsionado pela Copa do Mundo, com o crescimento dos programas de sócio torcedores e com o Profut, para a modernização da gestão das entidades esportivas.
 
“A APFut vai fiscalizar se os clubes estão gastando dentro dos limites, quanto da receita está sendo usada na folha salarial, se há antecipação de receitas, analisar as demonstrações financeiras e solicitar punição para gestão temerária, exigir alternância de mandatos, ingressos a preços populares, investimentos em categorias de base e no futebol feminino. Efeitos que a gente entende que o Profut vai propiciar para a melhoria do futebol”, prosseguiu.
 
O órgão é composto por representantes de oito segmentos (ministérios da Fazenda; do Trabalho e Previdência Social; do Esporte; além de atletas de futebol profissional; dirigentes de clube; treinadores; árbitros; e entidade de fomento ao desenvolvimento do futebol). 
 
Dentre os titulares, serão dois representantes do Ministério do Esporte; um do Ministério do Trabalho e Previdência Social; um do Ministério da Fazenda; um atleta de futebol profissional; um dirigente de clube; um treinador; um árbitro, além de um representante de entidade de fomento ao desenvolvimento do futebol. O trabalho deles não será remunerado e cada membro do Plenário da APFut ficará na função por três anos, podendo ser reconduzido ao cargo uma vez.
 
Para o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, a iniciativa é essencial para preservar os clubes e tornar a cadeia produtiva do esporte sustentável. “Quando construímos estádios, ginásios, construímos uma fábrica, porque são estruturas que movem uma cadeia produtiva. Mas não adianta só termos a infraestrutura para termos grandes marcas, que são os clubes, que vão entregar o produto final. Nós temos as pessoas que vão fazer a máquina funcionar, profissionais que vão dar qualidade. E o Profut busca cuidar desses clubes. Conseguimos dar um passo importante com o Profut e temos visto cada vez mais presente o grau de profissionalismo que o esporte exige”. 
 
O ministro da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, lembrou o esforço que o Governo Federal realizou para criar o Profut. “No final de 2014, a presidenta Dilma recebeu uma comissão de atletas que fizeram um relato da situação do futebol no nosso país. Atletas com salários atrasados, com dificuldades de sobrevivência, que viviam uma precarização da profissão. Depois, a presidenta, na elaboração do programa de governo, pediu para pensarmos um projeto de reorganização do futebol brasileiro. Ela também se comprometeu publicamente quando a Marta a visitou, a iniciar um processo de fortalecimento do futebol feminino. Então, se criou a comissão que fez um amplo debate do que depois se chamou de Profut, um programa de modernização do futebol. Isso é Lei hoje no Brasil”. 
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
O decreto de regulamentação da APFut foi publicado no dia 20 de janeiro deste ano no Diário Oficial da União. A Autoridade receberá as denúncias de atletas, entidades desportivas, sindicatos, Ministério do Trabalho e Emprego e de outras associações e também poderá investigar casos noticiados na imprensa. A APFut ainda poderá requisitar documentos às entidades esportivas e, em caso de descumprimento das obrigações por parte das mesmas, comunicar ao órgão federal responsável para aplicação das sanções, que podem ir de advertência à exclusão do Profut.
 
“A Autoridade é a garantia da sociedade que os clubes vão ter responsabilidade de gestão, pois é um mecanismo de controle, que vai permitir o pagamento das dívidas fiscais e, ao mesmo tempo, vai fortalecer os clubes”, elogiou Ricardo Gomyde, secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.
 
Futebol Feminino
A plateia do auditório da Moacyr de Carvalho Gama, no Campus Gragoatá da UFF, foi formada, em grande parte, por jogadoras dos clubes cariocas, como Flamengo, Vasco e Duque de Caxias. O futebol feminino será um dos maiores beneficiados com o Profut, que prevê como contrapartida dos times o investimento na modalidade. 

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

“Foi uma grande conquista que o Profut tenha como exigência o apoio ao futebol feminino, que passará a receber investimentos como nunca teve antes”, projetou Michael Jackson, ex-jogadora da seleção e coordenadora de Futebol Feminino do Ministério do Esporte, que ressaltou a presença de outras pioneiras da modalidade, como Tânia Maranhão e Marisa na cerimônia. Juntas, as três disputaram as Olimpíadas de Atlanta em 1996. “Hoje eu vi que elas continuam a luta para que o futebol feminino tenha seu espaço”.
 
As ex-jogadoras também foram homenageadas pela representante dos atletas na APFut, Juliana Cabral, que foi capitã da seleção brasileira feminina. “Quem diria que depois de 20 anos (das Olimpíadas de Atlanta) temos uma lei que fará com que o ingresso das meninas no futebol seja mais fácil”, disse Cabral, para citar o exemplo dos Estados Unidos, país com mais títulos nas Olimpíadas e em Copas do Mundo. “Eles conseguiram virar uma potência, quando tiveram uma Lei que determinou que os investimentos para as mulheres em qualquer esporte seriam iguais ao dos homens”.
 
Dentre os times de maior tradição no país, o Flamengo, que está na semifinal do Campeonato Brasileiro de 2016, resolveu investir nas mulheres. O presidente Eduardo Bandeira de Mello, que será representante dos clubes na APFut, expôs as vantagens que o rubro-negro tem tido com o projeto. “Aumentamos a nossa exposição, vamos aumentar o número de torcedores e, além disso, temos a satisfação de estar incentivando o esporte”, afirmou. 
 
O ex-zagueiro Edmílson, agradeceu a oportunidade que o esporte lhe deu para ter um futuro melhor e destacou os efeitos positivos que a modernização dos clubes trará para milhares de crianças. “Esse curso e o lançamento hoje aqui vai dar possibilidade de usar o futebol como canal para ser alguém na vida. O mais importante é que pela universidade possamos formar educadores”, afirmou o pentacampeão mundial com a seleção masculina, citando o curso de Gestão no Esporte, lançado no mesmo evento. 

Composição da APFut:

Presidente
Cesar Dutra Carrijo
 
Clubes
Titular: Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo
Suplente: Modesto Roma, presidente do Santos
 
Ministério da Fazenda
Titular: Fabrício Lima, analista de finanças e controle
Suplente: Rogério Karl, analista de finanças e controle
 
Ministério do Trabalho
Titular: Manoel Messias Mello, secretário de relações de trabalho
Suplente: Marcelo Freitas, assessor especial
 
Ministério do Esporte
Titular: Ricardo Gomyde, secretário do futebol
Titular: Pitágoras Dytz, consultor jurídico
Suplente: Romeu Carvalho, diretor de futebol profissional
Suplente: Sóstenes Marchezine, diretor de defesa dos direitos do torcedor
 
Atletas
Titular: Juliana Cabral, ex-capitã da Seleção feminina
Suplente: Jorge Ivo Amaral, do Sindicato dos Atletas
 
Treinadores
Titular: Marcos Bocatto
Suplente: Fernando Pires
 
Árbitros
Titular: Marco Antonio Martins, presidente da Anaf
Suplente: Salmo Valentim, comissão de arbitragem de Pernambuco
 
Entidades de fomento
Titular: Ricardo Borges, diretor do Bom Senso
Suplente: João Paulo Medina, Universidade do Futebol
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro

Ascom - Ministério do Esporte

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