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Frustração e volta por cima: caminho árduo de Bernardo Oliveira até estreia olímpica

 
Há quatro anos Bernardo Oliveira, então com 18 anos, viveu uma frustração que chegou até a abalar a sua relação com o esporte. O jovem era a revelação do tiro com arco nacional e conquistou a vaga do Brasil para os Jogos Olímpicos de Londres na prova individual. Próximo de realizar o sonho de representar o país no maior evento esportivo do mundo, o sonho virou frustração. A vaga escapou entre as flechas e as provas londrinas foram disputadas por outro atleta: Daniel Xavier. Adiar por mais quatro anos o sonho olímpico parecia distante e improvável para o arqueiro. 
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
A vaga olímpica no tiro com arco pertence ao país e não, ao atleta que garante o lugar. Bernardo se classificou durante o pré-olímpico das Américas, mas nas competições seguintes ele não conseguiu manter o rendimento e ficou de fora dos Jogos. Porém, ele não sabia que a edição de Londres ainda iria renovar as esperanças olímpicas. 
 
“Fiquei muito chateado e desanimado. Foi nesse meio tempo que eu recebi o convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para participar do programa Vivência Olímpica, que levou jovens promessas para conhecer os Jogos. No primeiro momento pensei em recusar. Eu queria ir para competir e não, para passear”, recordou o arqueiro.
 
Mesmo sem poder atirar com o seu arco em Londres 2012, Bernardo Oliveira – que recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte – experimentou quase todas as sensações de atleta olímpico na capital britânica. “Depois fiquei muito feliz em ter aceitado o convite. Quando cheguei lá, vi a Vila olímpica, os outros atletas, as coletivas de imprensa. Foi uma experiência única. Lembro-me de ter pensado: ‘daqui a quatro anos tenho que estar no Rio competindo. Vou fazer o possível e o impossível para está lá”, disse.
 
Ao contrário do que Bernardo Oliveira pensava, quatro anos passaram rápidos. Hoje, o atleta é um dos quatro atiradores da equipe nacional da seleção brasileira classificada para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Da equipe, três irão defender o país nas provas programadas para o Sambódromo carioca e um será reserva. 
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
O tiro com arco vai além de esforço psicológico e concentração. Diariamente são 400 tiros, 10km de caminhada, além de ficar mais de 2h em pé. A maior chance de medalha no tiro com arco nacional é na prova por equipe. No masculino, os maiores adversários são Coreia do Sul, Estados Unidos e Itália. A convivência e a parceria são fórmulas utilizadas pelos brasileiros para encarar o maior desafio de suas carreiras. 
 
Desde o fim de janeiro deste ano os arqueiros das seleções - quatro na masculina e quatro na feminina - moram juntos na capital fluminense. “Nós viramos uma família, mesmo. A convivência ajuda na hora da competição. Está sendo bem interessante a experiência de conviver junto o tempo inteiro. Nós dividimos o quarto, tomamos café da manhã juntos, treinamos. Estamos grudados o tempo inteiro. É um desafio a convivência o tempo inteiro, mas é muito bom para se conhecer a fundo. Isso é um diferencial durante a competição”, explicou. 
 
Confira o bate-papo com o atleta que vai estrear nos Jogos Olímpicos em casa:
 
O que é importante no tiro com arco? A visão?
O nosso desafio não é mirar. A visão não é tão importante. O recordista olímpico e mundial, por exemplo, não pode tirar carteira de motorista porque a miopia dele é grotesca. O tiro com arco é um esporte em que o desafio é executar o tiro e fazer a flecha chegar ao alvo. Então, mirar é a parte mais fácil. O difícil é você fazer a flechar chegar onde você está mirando. Depende da sua técnica e de muito treino.
 
Do atleta até o alvo são 70 metros. Como você enxerga o alvo?
A gente não enxerga 100%. Não dá para ver o anel de 10 pontos. Nós colocamos a mira no meio e fazemos o tiro. É uma questão de executar o tiro e não, de apenas mirar.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Você é jovem. A busca do sonho olímpico é acompanhada por muitas renúncias? 
É muito difícil no começo. Depois, quando você passa por isso, fica mais tranquilo. São muitos fins de semana sem poder sair, na sexta ou sábado à noite. Tem que acordar cedo no fim de semana. Demorou um tempo até as pessoas perceberem a dimensão que o esporte tem na sua vida. 
 
Demorou para perceber que o seu esporte poderia virar profissão? 
A minha família sempre me deu muito apoio desde o início. Eles sempre me apoiaram desde o início porque era uma coisa de que sempre gostei de fazer. Até perceber que isso iria além de uma diversão, que seria uma profissão, mesmo, demorou muito. Foi em 2013, realmente quando eu decidi que era a coisa que eu mais gosto de fazer e o que eu queria seguir, mesmo. 
 
E o Rio2016? 
Eu quero curtir este momento, que está sendo muito bom, e vamos tentar fazer o melhor. Queremos chegar não somente para participar, mas para brigar por pódio por equipe. O nosso principal objetivo é ganhar uma medalha. Isso vai representar muito para o tiro com arco do Brasil.
 
O Brasil tem realmente chance de medalhas?
Por equipes, o que realmente ninguém quer pegar na primeira fase é a Coreia. Porque realmente atirar contra eles é muito difícil. Mas, tirando eles, na hora da competição é jogo de ninguém. Isso dependerá muito de como a gente vai se classificar. O que é difícil assimilar dentro de você é que não existe grande mistério. O segredo é treinar muito.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
 

Série “A minha primeira Olimpíada” apresenta histórias de atletas estreantes do Rio 2016

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro se aproximam. O frio na barriga aumenta para muitos dos atletas brasileiros. A maioria deles terá a oportunidade de pisar pela primeira vez na Vila Olímpica, dividir o bandejão com grandes astros mundiais e respirar o espírito olímpico durante o maior evento multiesportivo do mundo. 
 
A previsão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é que cerca de 65% da delegação nacional sejam de atletas estreantes. O número é superior ao da última edição, em que o Time Brasil contou com 51% de atletas novatos em Jogos Olímpicos.   
 
Na semana que marca menos de dois meses para os Jogos Olímpicos, o Portal do Ministério do Esporte apresentará histórias de atletas bolsistas que vão representar pela primeira vez as cores verde e amarela nas Olimpíadas.
 

Confira: 

 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Natal se enche de estrelas na condução da tocha olímpica

Maria Rizonaide, do halterofilismo paralímpico, antes de conduzir a tocha. (Foto: Brasil2016.gov.br)Maria Rizonaide, do halterofilismo paralímpico, antes de conduzir a tocha. (Foto: Brasil2016.gov.br)São Pedro até ameaçou colocar em xeque o título que faz de Natal um dos principais atrativos turísticos do Nordeste brasileiro. Mas o sábado (04.06) de revezamento da tocha olímpica na "Cidade do Sol" foi de azul no céu e uma constelação de estrelas do esporte no asfalto, ao longo de 29 km percorridos pelo símbolo dos Jogos Rio 2016. A capital potiguar recebeu seus filhos ilustres, atletas olímpicos e paralímpicos, responsáveis por engrossar o quadro de medalhas no país na história do maior evento esportivo mundial.

Os bronzes de Virna do vôlei em 1996 e 2000 e as conquistas e superações de Oscar Schmidt - na vida e no basquete - se somaram às 11 medalhas paralímpicas já contabilizadas pelo nadador Clodoaldo Silva e à ascendente carreira da halterofilista paralímpica Maria Rizonaide para mostrar que Natal revelou ao resto do país atletas vitoriosos em suas modalidades. Ao todo, 110 pessoas transportaram a chama olímpica pela cidade.

O sol forte que serviria de atrativo para levar moradores e turistas à praia, na verdade, encheu as calçadas de pessoas interessadas em fazer parte do histórico momento. Natal contou com uma grande plateia em quase todo o percurso.

Se é possível eleger um dos pontos altos do revezamento na cidade, o beijo das tochas de duas das maiores estrelas esportivas do país foi um deles. O encontro da ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei Virna Dias com Oscar Schmidt do basquete foi bastante esperado. Primeiro, Virna percorreu com a tocha o trecho que passava em frente à maternidade onde nasceu. "Passa um filme pela minha cabeça de quando eu, ainda menina, comecei a minha carreira de jogadora aqui", recordou.

O "Mão Santa" Oscar conduz o símbolo olímpico em Natal. (Foto: brasil2016.gov.br)O "Mão Santa" Oscar conduz o símbolo olímpico em Natal. (Foto: brasil2016.gov.br)

Essa não foi a primeira vez que o também potiguar Oscar conduziu uma tocha. Em Atenas, Londres e Vancouver, o "Mão Santa" experimentou a sensação de participar de um evento similar. Ele, no entanto, garantiu que a sensação em fazê-lo no Brasil - e, principalmente na cidade onde nasceu - foi particular. "No momento em que se conduz a tocha acesa você se sente e se torna único. É uma felicidade enorme que não cabe no peito".

Virna, bronze com o vôlei nas Olimpíadas de Atlanta (1996) e Sydney (2000), foi uma das condutoras na capital potiguar. (Foto: Brasil2016.gov.br)Virna, bronze com o vôlei nas Olimpíadas de Atlanta (1996) e Sydney (2000), foi uma das condutoras na capital potiguar. (Foto: Brasil2016.gov.br)

Menino de ouro
Na infância, o garoto Clodoaldo não recebia tratamento diferenciado em casa. Se andava nos trilhos, ganhava afagos. Se saía, não era poupado dos puxões de orelha. O garoto da vila Mãe Luiza - um bairro pobre e até então dominado pela violência - cresceu, batalhou, prosperou e se consolidou como um dos principais nomes da natação paralímpica no Brasil. Este ano, Clodoaldo Silva, de 37 anos, se aposenta das piscinas para se dedicar ao jornalismo e às palestras motivacionais que já faz pelo país. "Nunca me percebi como coitadinho e sou feliz por ter o privilégio de conduzir a tocha na minha maravilhosa Natal", disse.

Clodoaldo se orgulha quando se referem a ele como o brasileiro que mais conquistou medalhas, mas se sente ainda mais realizado quando se lembram dele como o morador de Mãe Luiza que venceu o ambiente hostil da criminalidade e venceu. "É uma prova de que todos podemos superar as dificuldades e limitações e ir além."

Cuidados pelo Top 5
Vital cuida da saúde dos atletas paralímpicos para ajudar o Brasil a chegar à meta do Top 5 nos Jogos do Rio. (Foto: Brasil2016.gov.br)Vital cuida da saúde dos atletas paralímpicos para ajudar o Brasil a chegar à meta do Top 5 nos Jogos do Rio. (Foto: Brasil2016.gov.br)O sucesso ascendente da equipe de atletas paralímpicos no Brasil tem o dedo do coordenador médico do Comitê Paralímpico Brasileiro, Roberto Vital. Ele é o responsável pelo cuidado daqueles que fazem parte da natação, do tiro, do atletismo, do halterofilismo e da esgrima. A meta é colocar o Brasil este ano entre os cinco melhores do mundo nos Jogos Paralímpicos.

Vital foi um dos últimos a conduzir a tocha, e repassou a chama ao medalha de ouro do vôlei em Barcelona (1992) e ex-jogador Douglas Chiarotti. E São Pedro até que tentou, mas todo o sol que manteve firme o tempo durante o dia se inverteu a dez minutos do acendimento da pira olímpica por Clodoado no largo da Arena das Dunas, que foi palco da Copa do Mundo de 2014, já no começo da noite. "Às vezes uma pessoa que seria um coitadinho e que ficaria dentro de casa sem fazer nada vê sua vida transformada pelo esporte e acaba virando um melhor do mundo, como o Clodoaldo", elogiou ele, que participará este ano de sua quarta olimpíada.

Investimentos
Em Natal, 23 atletas de modalidades olímpicas e dois de modalidades não-olímpicas são patrocinados pelo Bolsa Atleta, programa de incentivo ao esporte do governo federal. Outros três são patrocinados pelo Bolsa Pódio, benefício destinado àqueles de mais alto rendimento e com chances de medalhas nos Jogos Rio 2016. Desde 2014, a cidade conta com uma pista reformada de atletismo e um campo de futebol. As obras foram possíveis graças a uma parceria do Ministério do Esporte com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O aporte foi de R$ 11,8 milhões.

Hédio Ferreira Júnior, de Natal (RN)

Ascom - Ministério do Esporte

Ministro Leonardo Picciani se encontra com autoridades esportivas na Inglaterra e nos Estados Unidos

A dois meses da abertura das Olimpíadas, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, inicia nesta segunda-feira (06.06) uma agenda internacional pelas cidades de Londres, Nova York e Washington. Ele vai conversar com autoridades esportivas britânicas e norte-americanas sobre a reta final dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e trocar experiências para o planejamento do legado dos Jogos.

O primeiro compromisso de Picciani é no Parque Olímpico Rainha Elizabeth II, palco principal dos Jogos Londres 2012, às 9h30 (horário de Londres, 5h30 em Brasília) desta segunda-feira (06.06). Ele será recebido por David Edmonds, diretor do complexo esportivo. Mais tarde, o ministro terá reunião com o secretário de Estado para Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido (correspondente a ministro de Esporte), John Whittingdale.

Na terça-feira (07.06), também em Londres, Picciani vai encontrar-se com o diretor nacional do Talented Athlete Scholarship Scheme (Tass), Guy Taylor, entidade que desde 2012 faz parceria com o Ministério do Esporte para intercâmbio de atletas estudantis. Na mesma manhã, o ministro conversa com o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth, Hugo Swire. Às 14h, haverá entrevista coletiva na Embaixada do Brasil.

A agenda prossegue na quarta-feira (08.06), já nos Estados Unidos. Em Nova York, a partir das 10h15 (horário de Nova York, 11h15 em Brasília) Leonardo Picciani terá encontros na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) com a subsecretária para Comunicação e Informação Pública, Cristina Gallach, o representante do secretário-geral para a Juventude, Ahmad Alhendawi, e o chefe do Escritório para o Desenvolvimento Esportivo e a Paz, Eric Dienes.

O ministro segue para Washington, onde na quinta-feira (09.06), às 16h30 (horário de Washington, 17h30 em Brasília), vai conversar com a secretária de Saúde e Serviços Humanos do governo dos EUA – ministra que cuida da área esportiva –, Sylvia Mathews, e com a diretora executiva do Conselho de Atividades Físicas da Presidência, Shellie Pfohl.

Ainda na quinta-feira, às 18h30, Picciani participa do evento “Road to Rio”, organizado pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, na sigla em inglês), que terá a participação de ex-atletas como o ainda recordista mundial dos 400m, Michael Johnson, e a velocista em cadeira de rodas Jean Driscoll, ganhadora de várias medalhas paralímpicas.

Serviço:
Visita oficial do ministro Leonardo Picciani à Inglaterra e aos Estados Unidos
Segunda-feira (06.06) – Londres
9h30 – Visita ao Parque Olímpico Rainha Elizabeth II
11h30 – Encontro com o secretário de Estado para Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido, John Whittingdale

Terça-feira (07.06) – Londres
10h – Encontro com o diretor nacional do Talented Athlete Scholarship Scheme (Tass), Guy Taylor
11h – Reunião com o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth, Hugo Swire
14h – Entrevista coletiva na Embaixada do Brasil em Londres

Quarta-feira (08.06) – Nova York
10h15 – Encontros na sede da ONU com a subsecretária para Comunicação e Informação Pública, Cristina Gallach, o representante do secretário-geral para a Juventude, Ahmad Alhendawi, e o chefe do Escritório para o Desenvolvimento Esportivo e a Paz, Eric Dienes

Quinta-feira (09.06) – Washington
16h30 – Reunião com a secretária de Saúde e Serviços Humanos do governo dos EUA, Sylvia Mathews, e a diretora executiva do Conselho de Atividades Físicas da Presidência, Shellie Pfohl
18h30 – Participação no evento “Road to Rio”, organizado pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos

Ascom – Ministério do Esporte
Contato: Paulo Rossi – 55 61 99672-1036

Berço de atletas de destaque, João Pessoa recebe a tocha em dia de muita chuva

Conhecida pelas praias exuberantes, pela culinária arretada e pela arquitetura colonial, João Pessoa (PB) revelou, nesta sexta-feira (03.06), sua vocação esportiva. Berço de atletas de destaque nos cenários olímpico e paralímpico, a capital paraibana abriu alas para uma constelação de desportistas - do passado e promessas do presente -, selecionados para a missão de conduzir a tocha olímpica pelas ruas da cidade. Ao longo de mais de seis horas, 144 condutores percorreram 29 km.

Uma chuva insistente deixou carregado o horizonte, normalmente tingido de azul. Mas nem mesmo a umidade alterou o percurso. Na cidade, a tocha percorreu pontos turísticos, como a Casa da Pólvora, a Igreja São Francisco e a Praça da Independência, depois seguiu para a região litorânea da capital paraibana, até concluir a rota no Busto de Tamandaré, entre os bairros de Tambaú e Cabo Branco.

A tocha completou nesta sexta-feita um mês de tour pelo Brasil. Foram percorridos 10.123 km em um roteiro por 117 cidades. Ao todo, o símbolo dos Jogos Rio 2016 foi empunhado por 3.769 condutores.

José Elias Barbosa, funcionário público de 61 anos, foi portador do fogo olímpico logo no trecho que percorreu o centro histórico. Carteiro por 18 anos, o corredor de rua não resistiu à movimentação da cidade e, depois de encerrar seu percurso, foi dar uma espiada na passagem de som do palco instalado na celebração. "Na maratona, a gente sente a emoção quando alcança o funil da chegada. Mas a tocha foi uma emoção diferente. Todo mundo queria fazer uma foto comigo", divertia-se.

Ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira, Junior acendeu a pira olímpica ao fim do revezamento em João Pessoa. (Foto: Ivo Lima/ ME)Ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira, Junior acendeu a pira olímpica ao fim do revezamento em João Pessoa. (Foto: Ivo Lima/ ME)

Em um trecho próximo, quem conduziu a chama foi o nutricionista Celso Costa da Silva, de 25 anos. Apaixonado por competições desportivas desde a infância, ele sonhou ser atleta de ponta. Mas investiu em outras searas e quando percebeu que a vida de atleta tinha ficado para trás, decidiu saciar a paixão olímpica de outra maneira. Seu irmão mandou uma inscrição, relatando seu trabalho social voluntário em comunidades carentes, e Celso acabou escolhido. "No momento que a gente está levando a tocha só pensa em transmitir emoção e alegria, só quer dizer para todo mundo: vamos com a gente ", explicava.

Em uma rua escondida do bairro de Cabo Branco, moradores se aglomeravam nas calçadas para acompanhar a passagem de um ídolo do esporte paralímpico brasileiro. Nascido em São João do Brejo do Cruz, o paraibano Petrúcio Ferreira, de 19 anos, teve o braço esquerdo arrancado por um moedor de cana. Entusiasmado com o futebol, ele chamou atenção dos técnicos pela velocidade que desenvolvia durante as partidas, e acabou migrando para o atletismo. Sua carreira, cheia de êxitos, registra uma medalha de ouro no Parapan de Toronto e um recorde mundial em sua categoria. "Sentir o calor da tocha vai ser sentir o calor da competição e isso, neste momento, é importante", declarou.

No rastro do atleta, estava a jornalista Eliane Cristina Medeiros, de 43 anos. Fã de esportes, ela mora nos arredores de um dos pontos escolhidos para a passagem da chama. Nem a chuva tirou seu ânimo de acompanhar o símbolo olímpico em sua passagem pelo quintal da paraibana. "Quando a tocha for acesa, lá no Rio de Janeiro, poderei dizer que um pedacinho do meu olhar estará lá com ela ", afirma.

Phelipe Rodrigues é uma das esperanças brasileiras de pódio na natação paralímpica: – Viver isso tem significado tão especial quanto ganhar uma medalha. (Foto: Ivo Lima/ME)Phelipe Rodrigues é uma das esperanças brasileiras de pódio na natação paralímpica: – Viver isso tem significado tão especial quanto ganhar uma medalha. (Foto: Ivo Lima/ME)

Esperança de medalha
A má formação congênita no pé direito está longe de ser um limitador para os sonhos e as conquistas de Phelipe Rodrigues. Aos 25 anos e com três medalhas de prata na parede - duas nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008, e uma em Londres, em 2012 -, o nadador se prepara para mais uma olimpíada e é uma das apostas de pódio do Brasil. Focado e bem humorado, ele foi um dos condutores que se encheu de emoção ao percorrer a avenida Beira Mar, na praia de Tambaú. "Viver tudo isso tem um significado tão especial para mim quanto ganhar uma medalha", dizia ele sorridente, enquanto treinava horas antes em uma academia da cidade.

Condutor responsável por acender a pira olímpica no fim do revezamento da tocha em João Pessoa, o ex-jogador de futebol do Flamengo e da Seleção Brasileira Junior já tinha passado pela experiência de conduzir a tocha nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro. Nada, porém, que tivesse o mesmo peso das conquistas que teve em sua carreira. "Desta vez é diferente, ainda mais sendo na cidade onde nasci.

Apoio ao esporte
Como em vários dos pontos de passagem da tocha, João Pessoa também se beneficiou de investimentos com foco na nacionalização do legado dos Jogos Olímpicos e na constituição de uma base esportiva das categorias de base ao alto rendimento. Em 2012, os atletas de João Pessoa foram beneficiados com a restauração da pista oficial de atletismo, resultado de uma parceria do governo federal com a Universidade Federal da Paraíba. Somente na recuperação desse equipamento foram investidos R$ 6 milhões.

A Federação Paraibana de Judô recebeu R$ 6,4 milhões de investimentos, resultado de dois convênios do Ministério do Esporte com a Confederação Brasileira de Judô. Já a Federação da Paraíba de Lutas Associadas recebeu investimentos por meio de um convênio com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas no valor global de R$ 2,8 milhões. A grande transformação ocorreu mesmo na Vila Olímpica Parahyba. Inaugurada em março de 2015, a estrutura esportiva foi totalmente reformada e recebeu investimento do BNDES de R$ 31,7 milhões.

Em João Pessoa, seis atletas de modalidades olímpicas residentes na cidade são patrocinados pelo Bolsa Atleta, programa de incentivo ao esporte do governo federal. Além deles, outros três são patrocinados pela Bolsa Pódio: os paralímpicos Petrucio e Phelipe e o jogador de vôlei de praia Ricardo Alex Costa Santos.

Revezamento Tocha - João Pessoa PBRevezamento Tocha - João Pessoa PB

Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de João Pessoa (PB)

Ascom - Ministério do Esporte

Renato Rezende e Priscilla Carnaval vão representar o Brasil no BMX nas Olimpíadas

Priscilla e Renato convocados para os Jogos Rio 2016. (Foto: Maximiliano Blanco/CBC)Priscilla e Renato convocados para os Jogos Rio 2016. (Foto: Maximiliano Blanco/CBC)

A delegação brasileira nos Jogos Rio 2016 ganhou o reforço de mais dois ciclistas. Na última terça-feira (30.05), terminou o prazo para pontuação no ranking mundial de BMX classificatório para os Jogos Olímpicos e, de acordo com os critérios da União Ciclística Internacional (UCI), o Brasil garantiu duas vagas por mérito, uma no feminino e outra no masculino, na competição que acontece entre os dias 17 e 19 de agosto. No ranking entre nações masculino, o Brasil alcançou o 12º lugar entre 55 países. Já no ranking feminino, o país ficou entre as 10 melhores do mundo entre 46 nações.

Pelos critérios estabelecidos pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), os dois melhores brasileiros no ranking mundial (entre 2014 e 2016) terão direito às vagas. Assim, Renato Rezende e Priscilla Carnaval serão os representantes do país no BMX. Os atletas suplentes são Anderson Ezequiel Filho e Bianca Quinalha. O técnico Daniel Jorge foi designado para orientar a dupla e o mecânico será Eduardo Oliveira.

A excelente campanha brasileira se deu principalmente pelo intercâmbio contínuo da equipe durante todo o ciclo olímpico. Os pilotos brasileiros tiveram a oportunidade de disputar os principais eventos do calendário mundial, como várias etapas da Copa do Mundo, Campeonatos Mundiais e provas do circuito europeu, além de realizar treinamentos intensivos em grandes centros esportivos, como o Complexo de Chula Vista, nos Estados Unidos, base de treino da seleção norte-americana e de vários atletas renomados do BMX mundial.

Carioca de 25 anos, Renato Rezende está ansioso para disputar os Jogos. “A expectativa de representar o Brasil é muito grande. Eu imagino todos os dias como será olhar para aquela arquibancada, todo mundo de verde e amarelo. Estou bem confiante em representar o Brasil da melhor maneira”, declarou o ciclista. Renato volta a competir no maior evento esportivo do mundo após ter sido o primeiro brasileiro a participar de uma prova de BMX em Jogos Olímpicos, em Londres 2012.  

Fonte: Confederação Brasileira de Ciclismo

Ascom - Ministério do Esporte

Brasileira Miriam Nagl se classifica para o US Women´s Open de golfe e segue luta por vaga olímpica

Foto: CBGFoto: CBGA paranaense Miriam Nagl se classificou nesta semana para disputar o US Women´s Open, um dos torneios do Grand Slam do golfe feminino mundial. Ela ficou empatada em primeiro lugar na seletiva disputada no Twin Hills CC, em Massachusetts (EUA). Miriam somou 135 tacadas nas duas rodadas, disputadas no mesmo dia – sua segunda rodada, de 63 tacadas, foi o recorde do campo. “Fiquei muito orgulhosa da minha segunda rodada”, diz ela.

Miriam é atualmente a 59ª colocada do ranking olímpico, que lista as 60 golfistas que disputarão o torneio que marca o retorno da modalidade aos Jogos após 112 anos de ausência. A definição final das vagas olímpicas se dará em 11 de julho. O US Women´s Open acontece de 7 a 10 de julho – é o último grande campeonato a contar pontos para o ranking mundial, que é a base do ranking olímpico, antes da definição das vagas.

Desde o ano passado, Miriam vem contando com apoio da Confederação Brasileira de Golfe (CBG) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com recursos da Solidariedade Olímpica Internacional ou da Lei Agnelo Piva, iniciativa do Governo Federal, para treinar e competir. A paulista Victoria Lovelady, atual 60ª colocada no ranking olímpico, também recebeu o apoio.

“Nossa intenção é classificar duas jogadoras para a disputa feminina, e estamos bem próximos disso. Miriam e Victoria evoluíram muito de um ano para cá”, diz Nico Barcellos, diretor técnico da CBG e chefe de equipe do golfe nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

No final de 2015, Miriam passou por um treinamento na Flórida, com apoio das duas entidades. Também disputou competições na Austrália para se preparar para o início da temporada do Ladies European Tour (LET), o principal circuito de golfe feminino da Europa.

A evolução do jogo das duas brasileiras é visível: Miriam saltou da 670ª para a 452ª posição no ranking mundial, e atualmente aparece na zona de classificação olímpica por méritos próprios, sem precisar utilizar a vaga destinada ao país sede. Victoria foi de 744ª para 467ª do mundo, e também está no ranking olímpico por méritos próprios.

Além do US Women´s Open, Miriam ainda disputará antes da definição da vaga olímpica o Tipsport Golf Masters, etapa do Ladies European Tour que acontece de 17 a 19 de junho na República Tcheca. Victoria aparece como reserva nessa competição, mas ainda pode obter convite dos patrocinadores. Caso não consiga se inscrever, pode disputar na mesma data o Boras Ladies Open, etapa do LET Access disputada na Suécia. No ano passado, Victoria foi 3ª colocada na competição, o que a colocou pela primeira vez na zona de classificação para os Jogos Olímpicos.

Histórico

A última brasileira a disputar o US Women´s Open foi a também paranaense Angela Park, que foi vice-campeã da competição em 2007 e terceira colocada em 2008. Atualmente ela não joga mais golfe competitivo.

Fonte: CBG

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção brasileira de judô paralímpico disputa VI Grand Prix da Grã Bretanha visando Rio 2016

Foto: CBDVFoto: CBDVA seleção brasileira de judô paralímpico está em Birmingham, Inglaterra, para a disputa do VI Grand Prix da Grã Bretanha para Deficientes Visuais. Neste sábado (04.06), seis judocas vão entrar no tatame em busca das primeiras medalhas para o Brasil na competição. E no domingo, outros sete lutam no encerramento do evento, que servirá para a comissão técnica avaliar os últimos atletas que ainda concorrem por uma vaga nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

"Um evento preparatório para as Paralimpíadas, o último antes dos Jogos, então se torna um evento de extrema importância para os atletas do Brasil. E para a comissão técnica avaliar as duas últimas categorias que ainda tem atletas na disputa da vaga para as Paralimpíadas", disse o vice-presidente Helder Araújo, ex-atleta de judô paralímpico.

Desses nomes que ainda concorrem pela vaga, Roberto Julian que disputa um lugar na categoria até 90kg com Arthur Silva, reconhece a importância do evento e trata o torneio como o mais importante para o seu futuro nas Paralimpíadas. "Praticamente vai decidir a minha vida dentro dos Jogos Paralímpicos. Eu que ainda estou disputando vaga, então é fundamental eu ir bem e dar prosseguimento no trabalho. Já fui bem no Grand Prix, quando ganhei do meu principal adversário aqui no Brasil, mas a comissão técnica vai poder avaliar melhor durante essa competição", analisou o carioca.

Além da categoria médio, há ainda disputa na divisão dos meio-leves, até 66kg. Mayco Rodrigues e Halyson Boto também vão lutar no GP da Grã Bretanha pensando num lugar entre os convocados para os Jogos do Rio. Os dois por sinal já entram em ação neste sábado, assim como Rayfran Pontes (60kg), Abner Oliveira (73kg), Harlley Arruda (81kg) e Alana Maldonado (70kg). No domingo será a vez de Arthur Silva e Roberto Julian (90kg), Antônio Tenório (100kg), Wilians Araújo (acima de 100kg), Karla Cardoso (48kg), Michele Ferreira (52kg) e Lucia Araújo (57kg).

Fonte: CBDV

Ascom - Ministério do Esporte

Brasil vence Irã na estreia do time principal no Desafio de Futebol de 5

Após folgar no primeiro dia do Desafio Internacional de Futebol de 5, a seleção brasileira estreou na competição com vitória de 1x0 sobre o Irã, com gol de Raimundo Nonato. As duas equipes jamais haviam se enfrentado na história. O próximo duelo está marcado para setembro, nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, quando o Brasil vai em busca do tetracampeonato e terá na mesma chave os iranianos.

Foto: Bruno Miani/CBDV/InovafotoFoto: Bruno Miani/CBDV/Inovafoto

Se nas declarações do técnico Fábio Vasconcelos antes da competição a importância de disputar o torneio era preparar a equipe e conhecer os adversários das Paralimpíadas, o comandante brasileiro teve uma grande oportunidade de avaliar um dos rivais. A vitória na estreia do Desafio não trouxe só os três pontos, mas também uma análise de um dos obstáculos que o Brasil terá pela frente nos Jogos Paralímpicos.

“Enfrentar o Irã antes da Paralimpíada era algo que tínhamos que fazer e graças a Deus a gente teve essa oportunidade. Porque até então nunca havíamos enfrentado e ir para o Jogos conhecendo um pouco o futebol deles, para a gente já é algo que conta bastante, porque a partir daí nós já não vamos ter mais surpresa de como é o time do Irã. Alguns detalhes podem ser corrigidos, tanto pra gente quanto pra eles, mas uma base a gente já tem”, analisou o fixo Cássio Reis.

Equipe B segue viva
O time B do Brasil entrou em campo nesta quinta precisando da vitória para continuar com chances de chegar às semifinais da competição e não decepcionou. Em duelo contra a China, que também perdeu na primeira rodada, a seleção verde e amarela fez a sua parte e venceu o jogo por 1x0, gol de Tiago Paraná.

Fonte: CBDV

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Websérie: Petrúcio Ferreira apresenta a estrutura de atletismo da UFPB

Petrúcio Ferreira é uma das grandes promessas de medalha brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O velocista paraibano, de 19 anos, conquistou o primeiro lugar nos 100m da competição que serviu como evento-teste da modalidade, o Open Internacional de Atletismo Paralímpico, realizado no Rio de Janeiro em maio de 2016. Petrúcio compete na categoria T47 e cravou o tempo de 10s85, sua melhor marca neste ano. O atleta será um dos condutores da Tocha Olímpica durante a passagem do revezamento por João Pessoa.

O jovem atleta realiza toda a sua preparação na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e fez questão de apresentar a estrutura de alto rendimento, que conta com investimento do Ministério do Esporte, em parceria com a universidade. A instituição integra a Rede Nacional de Treinamento, um dos maiores legados dos Jogos do Rio 2016.

Pedro de Almeida, treinador de Petrúcio Ferreira, explica que a UFPB está equipada com o que há de melhor para a prática do atletismo. "Nós fomos presenteados com uma das melhores estruturas para o desenvolvimento do atletismo no Brasil", diz o treinador. "O sonho que eu tinha há tantos anos hoje se tornou realidade", comemora Almeida.

"Essa estrutura é a minha segunda casa e eu tenho o maior orgulho de apresentar para vocês porque é aqui que eu posso dar o meu melhor para representar o nosso país", conclui o velocista.

Fonte: brasil2016.gov.br

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