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Seleção Paralímpica de natação obtém bom desempenho na abertura do Open Internacional de Berlim

Ítalo Pereira bateu o recorde mundial na classe S7. (Foto: CPB)Ítalo Pereira bateu o recorde mundial na classe S7. (Foto: CPB)A seleção brasileira de natação paralímpica teve boa atuação no primeiro dia do Open Internacional de Berlim, na Alemanha, nesta quinta-feira (09.06). Duas medalhas, recordes e índice para os Jogos Rio 2016 marcaram o início do Brasil na competição.

Nos 200m costas, prova que não faz parte do programa paralímpico, Talisson Glock ficou com a medalha de bronze na contagem multiclasse (onde o vencedor é apontado pelo índice técnico, não pelo tempo), com a marca de 2min46s40. Na mesma prova, Ítalo Pereira terminou em quarto e estabeleceu o novo recorde mundial da classe S7 – 2min39s32.

A segunda medalha brasileira no dia veio com Andre Brasil. Também pelo sistema multiclasse, Andre nadou os 100m borboleta para 57s67 e garantiu seu lugar no pódio, na terceira colocação. Outros dois brasileiros também estiveram na disputa. Phelipe Rodrigues ficou em 11º, com 59s59, e Vanilton Nascimento em 13º ao marcar 1min04s37.

Nas eliminatórias dos 100m peito SB13, o Brasil também alcançou um belo resultado. Guilherme Silva obteve o índice B para os Jogos do Rio e quebrou o recorde das Américas, concluindo a prova com 1min11s61. O atleta agora é o quinto nadador a alcançar o índice B para os Jogos.

Também foram destaque as novas recordistas brasileiras: Cecília Araújo nos 100m borboleta S8 (1min27s08); Camille Rodrigues nos 100m peito SB8 (1min32s03) e Susana Scharndorf nos 100m peito SB5 (1min56s99).

» Outros resultados:

200m livre – masculino
6º Felipe Caltran (S14) – 2min01s47 – novo recorde das Américas
13º Caio Amorim (S8) – 2min12s71 – novo recorde das Américas
19º Matheus Sousa (S11) – 2min16s76

100m peito – masculino
7º – Roberto Alcalde (SB5) – 1min35s56

100m peito – feminino
12º Verônica Almeida (SB7) – 1min43s17
13º Raquel Viel (SB12) – 1min26s54 – novo recorde brasileiro

O Open Internacional é o último desafio do Brasil antes da aclimatação para as Paralimpíadas, que está marcada para o período de 21 a 31 de agosto.

Fonte: CPB

Ascom - Ministério do Esporte

Rubén Magnano divulga lista com 14 nomes para os Jogos Olímpicos

O técnico da seleção masculina de basquete, Rubén Magnano, divulgou nesta sexta-feira (10.06) a lista de convocados para os Jogos Olímpicos Rio 2016. O argentino chamou 14 atletas para a apresentação da equipe, prevista para 24 de junho. Até o início do evento, o treinador terá que cortar dois nomes, fechando o grupo com os 12 que estarão no Rio de Janeiro.

Magnano chamou os armadores Marcelinho Huertas, Raulzinho, Larry Taylor e Rafael Luz; os alas Alex, Benite, Marquinhos e Leandrinho; e os pivôs Anderson Varejão, Nenê, Vitor Faverani, Augusto Lima, Guilherme Giovannoni e Rafael Hettsheimeir.

O pivô Nenê foi convocado para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos pela segunda vez. (Foto: Getty Images)O pivô Nenê foi convocado para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos pela segunda vez. (Foto: Getty Images)

Depois de anunciar a lista, o argentino comentou sobre o grupo brasileiro nos Jogos Olímpicos, que terá Argentina, Espanha, Lituânia, Nigéria e uma equipe a ser definida. “Temos um grupo muito duro, sabemos disso. Mas a gente também sabe que, nos últimos anos, temos competido muito bem. A perspectiva é boa. Acredito muito que nossa equipe vai ser competitiva. Todos os jogos vão ser como finais, mas estamos em condições de jogar essas finais”, projetou Magnano.

Cerca de um mês após a apresentação, o Brasil começará a disputar amistosos e torneios preparatórios para os Jogos. Os primeiros compromissos serão em 21 e 25 de julho, com adversário ainda indefinido. Depois, a equipe enfrenta a Austrália, em Mogi, em 28 de julho. Entre 30 e 31, participa de um torneio com Austrália, China e Lituânia. Por último, em 2 de agosto, faz o último amistosos, contra oponente ainda a ser divulgado. A equipe embarca para o Rio de Janeiro em 3 de agosto.

Além dos convocados, Rubén Magnano também comentou sobre os atletas que pediram dispensa da seleção, casos dos pivôs Cristiano Felício e Lucas Bebê, ambos atuando na NBA. Os jogadores optaram por permanecer nos Estados Unidos para disputar as ligas de verão.

“Como sempre falo, respeito muito a decisão do atleta. São decisões pessoais. Mas entender não significa aceitar. Infelizmente não vamos contar com eles. Eles preferem jogar a Summer League do que estar nessa convocação. Vejo uma incompatibilidade, mas respeito”, declarou o treinador.

O treinador afirmou ainda que espera que Anderson Varejão e Leandrinho, ambos disputando a final da NBA pelo Golden State Warriors, se apresentem junto com o restante do grupo, em 24 de junho. No entanto, Magnano não descartou uma alteração no planejamento de acordo com as necessidades dos jogadores.

Fonte: Brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Tocha passa pelo Delta do Parnaíba

Primeira mulher a conquistar um ouro no judô para o Brasil em Jogos Olímpicos, Sarah Menezes sentiu o início do caminho para o bicampeonato se abrir nesta quinta-feira (9.06), quando participou do Revezamento da Tocha Olímpica na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Após despedir-se do Ceará pelas cidades de Massapê, Granja, Camocim e Barroquinha, a tocha entrou no estado pelo arquipélago da região do Delta do Rio Parnaíba, que tem mais de 70 ilhas espalhadas por 2.700 quilômetros quadrados.
 
Apesar de não ter conduzido a chama na sua terra natal Teresina por motivos de agenda da seleção brasileira, a judoca de 26 anos considerou ter dado no revezamento o primeiro passo rumo às Olimpíadas no Rio. "Fiquei feliz e orgulhosa, pois nasci aqui do lado e represento o Piauí", conta Sarah.
 

Sobre a expectativa para os Jogos Olímpicos em casa, a atleta da categoria -48kg espera um grande apoio da torcida brasileira. "Venho com experiência e treinando muito. Que a torcida esteja lá comigo. Quero melhorar cada vez mais e o desafio é ser bicampeã. Vai ser um momento histórico por ser no meu país". A judoca, que recebe a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, avalia que a disputa no Rio terá muito equilíbrio. "As dez primeiras do ranking na minha categoria têm condições de subir ao pódio".
 
O judô é o esporte que mais rendeu medalhas olímpicas ao Brasil, com três ouros, três pratas e 13 bronzes. É umas das esperanças para ajudar o país a alcançar a meta do top 10 no ranking de medalhas. No feminino, a ascensão se mostrou primeiro em Pequim-2008, quando a brasiliense Ketleyn Quadros se tornou a primeira brasileira a ganhar uma medalha em esporte individual. "Estamos bem preparados, a CBJ vem fazendo um grande trabalho e a bolsa do ministério tem ajudado. A delegação vai em busca do melhor", diz Sarah, que conquistou o ouro em Londres, 2012.
 
A judoca Sarah Menezes lutará pelo bicampeonato olímpico na categoria -48kg. Foto: CBJA judoca Sarah Menezes lutará pelo bicampeonato olímpico na categoria -48kg. Foto: CBJ
 
A atleta percorreu 400 metros no centro de Parnaíba e subiu no palco na celebração para acender a pira. "Fiquem na torcida por mim e pelo Brasil. Para quem tiver oportunidade de estar lá no Rio, vai ser único conhecer os melhores atletas do mundo. Saibam que o Brasil está se preparando para fazer o melhor e cada dia mais história no esporte", concluiu.
 
Espírito guerreiro 
Único delta em mar aberto das Américas e o terceiro maior no mundo, o Delta do Rio Parnaíba foi testemunha do resgate do espírito guerreiro do povo da região durante a passagem do fogo simbólico por Parnaíba e Ilha Grande nesta quinta-feira. 
 
A paisagem era de cinema na cidade de Parnaíba: pôr do sol, mata ciliar, dunas e espelhos d'água. Pedro Silva, um dos condutores e responsável pelo primeiro beijo da tocha (transmissão da chama de uma tocha para outra), lembrou algumas histórias da região que, segundo ele, já traziam princípios olímpicos, como a dos índios tremembés. "Dizem que eles eram exímios nadadores e conseguiam permanecer até cinco minutos embaixo d'água", diz Pedro.
 
Pedro Holandês fez um pedido para que a sociedade cuide melhor das belezas naturais da região. Foto: Francisco Medeiros/brasil2016.gov.brPedro Holandês fez um pedido para que a sociedade cuide melhor das belezas naturais da região. Foto: Francisco Medeiros/brasil2016.gov.br
 
Nascido em Ilha Grande, Pedro Holandês, como é conhecido pelos amigos, também lembrou que, até a década de 1970, o acesso a Parnaíba era a pé ou de barco, numa viagem que durava ao menos dois dias. A dificuldade maior era quando alguém adoecia. Parentes e amigos formavam uma comitiva de quatro a seis pessoas, colocavam o doente numa rede amarrada numa tora de madeira e iam se revezando na condução até a cidade vizinha. "Quando falaram que a tocha viria para cá, lembrei de todas essas histórias. Já vivemos as Olimpíadas no nosso dia a dia", diz.
 
Convidado para conduzir a chama nas dunas do delta, Pedro disse estar representando a Ilha e fez um apelo. "Estou representando muitas famílias e faço um pedido para cuidarmos melhor dessa beleza natural. Muito se fala em questões governamentais, mas a mudança começa no indivíduo e depois a sociedade organizada pode cobrar das autoridades", reforça.
 
O filho de agricultor começou a trabalhar aos 10 anos, ajudando o pai no plantio de arroz, e desde essa época já praticava esportes. "Não era opção. Tínhamos de remar para ir ao campo e para voltar para casa. Peguei gosto e ainda hoje pratico", revela Pedro. 
 
Segundo condutor na região, o deltano recebeu a chama do maranhense Rivelino Silva, considerado um herói em Paraíba por serviços prestados e que não disfarçou a alegria. "É tão emocionante quanto o dia em que recebi o meu título de bombeiros". O major saiu do Porto dos Tatus, onde a tocha foi acesa, e navegou pelas águas do Rio Igaraçu, um dos braços do Parnaíba.
 
Na cidade, o revezamento que teve início no Shopping Dunas percorreu 15,8 quilômetros nas mãos de 79 condutores e passou pelos principais pontos da cidade, como a praça Mandu Ladino, o Calçadão Cultural, o Casarão Simplício Dias e a Praça Santa Casa, até a Rotatória do M Show, onde foi realizada a celebração com o acendimento da pira pelo estilista Laellyo Mesquita e a judoca Sarah Menezes. Nesta sexta-feira (10.06), a tocha continua no Piauí e visita as cidades de Piracuruca, Piripiri, Campo Maior e Altos até chegar na capital Teresina.
 

Revezamento da Tocha - ParnaíbaRevezamento da Tocha - Parnaíba

Rúgbi de volta
Após 92 anos, o rúgbi está de volta às Olimpíadas, mas está longe de outros esportes quando se trata de popularidade e medalhas. Nas quatro edições em que a modalidade esteve no programa dos Jogos, em nenhuma houve participação brasileira. No Rio 2016, o esporte será disputado como rúgbi 7, com partidas mais velozes e dinâmicas.
 
Desde a década de 1990, a modalidade vem ganhando força. O ex-atleta da seleção brasileira José Pedro é testemunha. Aos 38 anos e com 23 de rúgbi, ele carregou a tocha olímpica em Parnaíba, onde criou o Parnaíba Rugby.
 
A paixão pelo esporte começou na adolescência, quando morava em Florianópolis. Campeão brasileiro em 1996 e com passagens pela seleção como capitão, José acredita que o rúgbi é a modalidade olímpica que mais cresce no país.
 
"Nem nos meus melhores sonhos eu esperava que o rúgbi estaria como hoje. A seleção tem se desenvolvido bastante com treinamento e investimentos, fora os times regionais". Empolgado com o fato de o esporte voltar no Rio, José acredita em mais visibilidade. "É gratificante pegar uma cidade pequena e ter o segundo melhor time do Nordeste em Parnaíba. Imagine como vai ser após as Olimpíadas em casa". 
 
Lilian Amaral e Lorena Castro
Ascom - Ministério do Esporte
 

Luta olímpica nacional chega a Cuba para disputa do torneio Granma y Cerro Pelado

Garantidas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Aline Silva, Gilda Oliveira, Joice Silva e Lais Nunes disputam, entre os dias 10 e 14 de junho, o tradicional Torneio Cerro Pelado em Havana. As brasileiras ainda participam em Cuba de um período de treinamento com a equipe local até o dia 23. Todas as brasileiras recebem o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. 
 
Aline Silva, Gilda Oliveira, Joice Silva e Lais Nunes (Foto: Bruna Félix/CBW)Aline Silva, Gilda Oliveira, Joice Silva e Lais Nunes (Foto: Bruna Félix/CBW)
 
Para Gilda Oliveira, voltar a Cuba é trazer a memória de uma de suas grandes conquistas. Em 2011, Gilda foi a primeira brasileira a vencer o importante torneio cubano e busca repetir o feito da equipe.
 
“É uma das principais conquistas da minha carreira. Naquele momento, ainda não tínhamos conquistados nenhuma medalha de ouro nesse que é um dos principais torneios das Américas e vai para sua edição de número 49. Agora, a preparação está voltada para os Jogos Olímpicos do Rio e em adquirir ritmo de luta. Novamente vou buscar fazer o meu melhor como em 2011 e tentar levar o título para o Brasil”, afirmou Gilda, representante brasileira da categoria até 69kg, do estilo livre feminino.
 
Além das quatro atletas classificadas, mais quatro sparrings, Giullia Penalber, Uziel Júnior, Camila Fama e Flávio Ramos completam a delegação sob o comando dos técnicos cubanos, Angel Aldama e Pedro Garcia. 
 
Para os Jogos Olímpicos do Rio, o Brasil possui ainda uma vaga na categoria até 130kg do estilo greco-romano, no total de cinco lutadores garantidos nos Jogos. Mesmo com o recorde de participação da modalidade em uma só edição de Jogos, a Confederação Brasileira de Wrestling aguarda ainda a definição dos convites destinados ao país-sede. Seria a primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, que a nação anfitriã não ganharia um convite na Luta Olímpica. A United World Wrestling divulga ainda este mês quais países ficarão com os convites e as últimas vagas para os Jogos Rio 2016.
 
Fonte: CBW
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Conferência 100 Dias de Paz destaca papel do esporte no entendimento entre os povos

Com a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a Pastoral do Esporte, representante da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro no mundo dos esportes, idealizou em parceria com instituições católicas alemãs a conferência internacional “100 Dias de Paz”, que será realizada no dia 23 de junho de 2016, quando se comemora o Dia Olímpico, no Rio de Janeiro. 
 
Com a presença de personalidades do meio esportivo nacional e internacional, este será um evento preparatório para outra grande conferência que o Papa Francisco, por meio do Departamento Esporte e Cultura do Pontifício Conselho da Cultura do Vaticano, realizará em outubro de 2016, em Roma, na Itália.
 
O objetivo dos "100 Dias de Paz" é provocar a reflexão sobre o potencial do esporte para a promoção da paz e entendimento entre os povos, além do compromisso sobre o legado social a ser deixado pelos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.
 
O evento contará com painel de debates, palestras, exposição de imagens da Igreja no mundo esportivo e a premiação "Medalhas dos Valores", destinadas a entidades e/ou projetos que tiveram um destaque ao longo da campanha e que se comprometeram em velar por manter os legados.
 
Mais informações no site www.100diasdepaz.org
 
Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte 

Governos do Brasil e dos EUA unidos no combate ao Zika vírus

Ministro Leonardo Picciani durante reunião com a secretaria de Saúde Sylvia Mathews Bruwell. (Foto: Roberto Castro/ME)Ministro Leonardo Picciani durante reunião com a secretaria de Saúde Sylvia Mathews Bruwell. (Foto: Roberto Castro/ME)
 
A reta final de preparação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e as medidas do governo brasileiro para combater o Zika vírus foram temas de encontro do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, com autoridades norte-americanas, nesta quinta-feira (09.06), em Washington. Picciani manteve uma agenda repleta de compromissos na capital dos Estados Unidos, participando de reuniões com a secretária de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Sylvia Mathews Burwell, com a secretária adjunta Mary Wakefield com a diretora-executiva do Conselho Presidencial de Bem-Estar, Esportes e Nutrição, Shellie Pfohl. O ministro também participou do evento Road to Rio, do Comitê Olímpico dos EUA (USOC, na sigla em inglês), uma homenagem aos atletas que vão aos Jogos.
 
 
A secretária Burwell expressou apoio às famílias cujos filhos contraíram microcefalia por conta do Zika vírus. Ela demonstrou satisfação com as informações apresentadas pelo ministro de que o número de infectados na cidade do Rio vem caindo. Em abril, por, exemplo, foram notificados 4.338 casos; em maio, apenas 702. Além disso, Picciani explicou que agosto é mês de inverno no Brasil e, historicamente, a incidência da doença cai bastante.
 
O ministro agradeceu a parceria com o governo norte-americano e informou que o Brasil tem feito campanhas de esclarecimentos, com participação ativa da população no combate ao mosquito. "Esperamos chegar a agosto com números próximos a zero, não apenas pelas providências que adotamos, mas também pelas questões climáticas", afirmou Picciani.
 

Viagem WashingtonViagem Washington

Burwell quis saber, ainda, se a Vila Olímpica terá alguma operação especial. O ministro esclareceu que haverá um número expressivo de agentes de saúde para prevenção de possíveis focos nas áreas de competição e também nas áreas comuns na própria Vila.
 
A secretária adjunta Mary Wakefield perguntou a Picciani sobre as principais preocupações do Brasil neste momento, e o ministro afirmou que o país está preocupado com o alarmismo criado sobre o assunto. "Buscamos colaboração e, ao mesmo tempo, fornecemos o máximo de informação para tratar a questão com a seriedade que merece, mas sem o alarmismo desnecessário", declarou Picciani. "Essas informações são muito úteis para nós, e vamos difundi-las", prometeu Wakefield.
 
 
Chico de Gois, de Washington
Ascom - Ministério do Esporte
 

Definida a equipe brasileira de Estrada para os Jogos Olímpicos. Gideoni Monteiro será o representante nas provas de pista

O Brasil terá quatro representantes no ciclismo de estrada para os Jogos Olímpicos Rio2016, que vão se juntar aos dois atletas do time de BMX. De acordo com os critérios da União Ciclística Internacional (UCI), a disciplina de Estrada já havia garantido duas vagas na prova masculina após o encerramento do ranking de nações da categoria, no dia 31 de dezembro de 2015, e, agora, o prazo final para pontuação no ranking de nações feminino confirmou mais duas vagas entre as mulheres.

Pelos critérios de convocação estabelecidos pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), que levam em consideração o ranking mundial e as características técnicas mais adequadas para o percurso da prova de Estrada nos Jogos Olímpicos, carimbaram presença para os Jogos de 2016 os ciclistas Murilo Fischer, Kleber Ramos, Clemilda Fernandes e Flávia Oliveira. Os suplentes serão Caio Godoy e Janildes Fernandes. A equipe será comandada pelo técnico Adir Romeo.

Em cima e abaixo, da esquerda para a direita: Murilo Fisher, Kleber Ramos, Clemilda Fernandes e Flávia Oliveira. (Foto: CBC/Divulgação)Em cima e abaixo, da esquerda para a direita: Murilo Fisher, Kleber Ramos, Clemilda Fernandes e Flávia Oliveira. (Foto: CBC/Divulgação)

Os representantes
Murilo Fischer tem sido um dos principais destaques do Brasil na modalidade. Com experiência de mais de 10 anos no ciclismo profissional, o catarinense conquistou em 2015 a famosa "Tríplice Coroa do Ciclismo Mundial", tornando-se o primeiro e único brasileiro a completar os três grandes Tours do Ciclismo de Estrada: Giro d’Itália, Tour de France e Volta da Espanha. Os Jogos do Rio de Janeiro serão a quinta Olimpíada do brasileiro na carreira.

Kleber Ramos, mais conhecido como Bozó, foi o melhor brasileiro no evento-teste para a Rio 2016, alcançando o 7º lugar, com uma performance muito boa principalmente nos trechos de subida. O paraibano tem se destacado muito nas últimas temporadas no circuito internacional e por isso está embalado para sua estreia em Jogos Olímpicos.

A carioca Flávia Oliveira é atualmente a melhor brasileira no ranking mundial. Flávia faz parte do seleto grupo que integra o ciclismo feminino profissional e tem cumprido um extenso calendário internacional de provas, competindo entre as melhores ciclistas do mundo. A atleta também foi medalhista de bronze no último Pan-Americano da modalidade e disputará a sua primeira olimpíada.

Já Clemilda Fernandes chega com muita experiência para disputar a sua terceira Olimpíada. Após competir várias temporadas no circuito europeu, a ciclista mato-grossense, que atualmente reside em Goiânia, é a atual campeã brasileira na modalidade e segunda melhor brasileira no ranking mundial.

Gideoni Monteiro está escalado para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos. (Foto: CBC/Divulgação)Gideoni Monteiro está escalado para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos. (Foto: CBC/Divulgação)

Pista

A CBC também convocou, nesta quinta-feira (09.06), Gideoni Monteiro. O atleta irá integrar a equipe masculina de ciclismo de pista durante os Jogos Rio 2016. Os suplentes são Armando Camargo e Thiago Nardin.

BMX

No BMX, o país garantiu duas vagas por mérito, uma no feminino e outra no masculino, para a competição que acontece entre os dias 17 e 19 de agosto. No ranking entre nações masculino, o Brasil alcançou o 12º lugar entre 55 países. Já no ranking feminino, a nação ficou entre as 10 melhores do mundo entre 46 países. Vão representar o Brasil os pilotos Renato Rezende e Priscilla Carnaval.

A boa campanha brasileira se deu principalmente devido ao intercâmbio contínuo da equipe durante todo o ciclo olímpico, uma vantagem possível graças ao investimento da Caixa Econômica Federal. Com o planejamento bem executado, os pilotos brasileiros tiveram a oportunidade de disputar os principais eventos do calendário mundial, como várias etapas da Copa do Mundo, Campeonatos Mundiais e provas do circuito europeu, além de realizarem treinamentos intensivos em grandes centros esportivos, como o Complexo de Chula Vista, nos Estados Unidos, base de treino da seleção norte-americana e de vários atletas renomados do BMX mundial.

O piloto Renato Rezende, 25 anos, nasceu no Rio de Janeiro, mas vive em Minas Gerais desde criança. Atualmente é um dos principais nomes do Brasil na modalidade, alcançando o feito de ter sido o primeiro atleta do país a representar o BMX em Jogos Olímpicos, em Londres 2012, além de figurar entre os Top 30 do mundo nas últimas temporadas.

A paulista Priscilla Stevaux Carnaval, de apenas 22 anos, é conhecida por sua grande dedicação ao esporte e será a segunda brasileira a participar dos Jogos Olímpicos. A outra foi a atleta Squel Stein, que estreou o BMX feminino brasileiro em Londres 2012.

Fonte: Confederação Brasileira de Ciclismo

Ascom - Ministério do Esporte

Grand Prix: Brasil sofre no primeiro e quarto sets, mas vence a Itália por 3 a 1

Foto: Alexandre Loureiro/CBVFoto: Alexandre Loureiro/CBV

O Brasil começou nervoso o jogo contra Itália, pela primeira rodada do Grand Prix, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A equipe anfitriã perdeu o primeiro set, mas recuperou-se e venceu a partida por 3 a 1 (23/25, 25/15, 25/15 e 27/25). Esta foi a 21ª vitória do Brasil em 25 confrontos com a Itália em edições da competição.

Na busca pelo 11º título do torneio e, sobretudo, em preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a seleção enfrentou um time jovem e ousado, mas que errou muito também. "Elas são novas, não têm nada a perder, é bola subindo o tempo todo. A gente já sabia que ia ser assim", comentou a central Fabiana.

No segundo e terceiro sets, o Brasil foi se acalmando em quadra e venceu com folga. No quarto set, a equipe relaxou e a Itália entrou com tudo para tentar levar a partida para o tiebreak, chegando ao primeiro set point. Mas pesou a camisa bicampeã olímpica e, com tranquilidade, o Brasil conseguiu virar o placar e encerrar a partida.

“É importante ter serenidade e cabeça no jogo, que foi o que a gente conseguiu fazer nesse finalzinho. A gente focou no acerto, nas ações positivas. A equipe como um todo cresce nesses momentos de dificuldade, é importante conseguir sair deles”, destacou a ponteira Fernanda Garay.

Para o técnico José Roberto Guimarães, a ansiedade no início é normal, ainda mais em uma estreia, e para um time que ainda precisa ganhar ritmo de jogo. Mas ele não gostou da atitude da equipe na quarta parcial. Para o treinador, o time relaxou e passou um "perrengue" desnecessário, que não é admissível.

"Eu já sabia que a Itália ia arriscar, que é um time que já está jogando, que tem atacantes boas e bolas altas, eu não gostei foi da atitude do meu time. O time estava nervoso no primeiro set, e ainda pode soar como desculpa, porque é estreia, mas depois de ter ganho o segundo e o terceiro sets da forma como a gente ganhou,  foi questão de baixar um pouco a guarda e o time do lado de lá cresceu, estava com espírito diferente. Espírito e atitude nesse jogo têm um componente muito sério. A gente sofreu no quarto set sem precisar porque nosso time não estava com a postura e a atitude adequada", avaliou.

Natália sobe para o ataque na partida disputada na Arena Carioca 1. (Foto: FIVB/Divulgação)Natália sobe para o ataque na partida disputada na Arena Carioca 1. (Foto: FIVB/Divulgação)

O jogo
O Brasil, tenso no início do jogo, começou errando passes e ataques, e a Itália abriu vantagem de três pontos, até que Sheilla virou a primeira bola para o time da casa. O Brasil chegou ao tempo técnico na frente: 8/7. Paola Egonu, de apenas 17 anos, começou a mostrar a eficiência do seu jogo, com bom saque e ataque efetivo. Explorando o bloqueio, levou as italianas a um empate em 12/12, mas o Brasil foi para o segundo tempo técnico novamente na frente (16/14).

Lá estava Egonu no saque para desestabilizar mais uma vez a recepção brasileira e chegar a 17/18. Zé Roberto parou o jogo. A tensão e o equilíbrio continuaram. Fê Garay foi bloqueada e o 21/23 fez o técnico brasileiro parar pela segunda vez a partida. Sylla levou a Itália ao set point, mas errou o saque na sequência: 23/24. Zé Roberto fez a inversão do 5-1 com Tandara entrando no lugar de Dani Lins e Roberta substituindo Sheilla. Roberta sacou bem, mas Egonu encerrou a primeira parcial: 23/25.

Mais tranquilas
As anfitriãs se tranquilizaram em quadra na segundo parcial e o voleibol das bicampeãs olímpicas foi surgindo com naturalidade. Juciely, que luta por uma vaga entre as centrais para a convocação olímpica, não deu chance para as italianas e ajudou a abrir 17/9. A defesa brasileira cresceu, o bloqueio ficou efetivo e o placar chegou a 20/10. O Brasil não demorou a liquidar o set em 25/15, com direto a ace de Fê Garay. O terceiro set seguiu script similar ao do segundo, com o Brasil superior em quadra. A equipe de José Roberto Guimarães abriu 18/8 e, num bloqueio, liquidou a parcial nos mesmos 25/15.

Sheilla e Juciely afinadas no bloqueio duplo brasileiro. (Foto: FIVB/Divulgação)Sheilla e Juciely afinadas no bloqueio duplo brasileiro. (Foto: FIVB/Divulgação)

Suando para encerrar
No quarto set, a Itália estava decidida a não facilitar a vida do Brasil, que entrou relaxado em quadra. Sheilla, explorando o bloqueio, fez 6/5, mas Natália errou o saque e deixou tudo igual. Juciely, atacando e bloqueando bem, fez 8/7. As brasileiras cometeram erros bobos e a Itália fez 9/12. Zé Roberto pediu tempo. Fabiana, em ataque e bloqueio, reduziu a diferença. Sylla fez o paredão e ampliou para 11/15. A Itália estava na frente também no tempo técnico (13/16).

Uma pancada de Natália levou o placar a 14/18. A Itália, concentrada, ampliou para 15/19 com Chirichella. Spirito entrou para sacar, mas Fê Garay virou bem, deixando em 18/21. Sylla, em busca do tiebreak, fez 18/22. Diouf atacou pra fora e reduziu a diferença para 20/22. Sylla, novamente com ataque eficaz, deu o set point à Itália (24/21). A arbitragem marcou invasão de Guerra atacando do fundo, e o jogo foi a 23/24. Pesou a experiência. Com dois bloqueios triplos, o Brasil empatou e passou à frente (25/24). Também com bloqueio a Itália empatou, mas Juciely virou de novo e Diouf atacou pra fora, O Brasil encerrou o set em 27/25 e o jogo em 3 sets a 1.

Equipe brasileira volta à quadra nesta sexta, para encarar o Japão. (Foto: FIVB/Divulgação)Equipe brasileira volta à quadra nesta sexta, para encarar o Japão. (Foto: FIVB/Divulgação)

Próximo desafio
Encerrada a estreia, a equipe brasileira já pensa no Japão, adversário desta sexta-feira. As asiáticas têm um estilo de jogo completamente diferente, conforme destacou Fabiana.

"Elas jogam muito rápido, é outra velocidade. Às você está lá em cima e a bola passa no seu sovaco. É jogo de muita paciência, de muito contra-ataque. E elas defendem muito, tem muita habilidade. Hoje a gente estava em bolas altas, estourando para o fundo, amanhã é tudo baixinho, você tem que subir pouco. Às vezes você assimilar isso é chato. Mas você tem que conseguir", explicou a capitã brasileira.

"Agora já estreou, já passou aquela coisa, é um novo jogo.O Japão é um time que exige mais do sistema defensivo, e tecnicamente trabalha mais a bola. Requer mais atenção, principalmente porque a bola é mais rápida", acrescentou José Roberto Guimarães.

O treinador explicou que vai dar oportunidades a várias jogadoras ao longo da competição. Na posição de central, que protagoniza a disputa mais acirrada entre as atletas na busca pela convocação olímpica, começaram jogando contra a Itália Fabiana e Juciely. Na partida, contra o Japão, iniciam a partida Thaísa e Juciely, adiantou Zé Roberto.

"Uma disputa onde tem cinco grande jogadoras (Thaísa, Fabiana, Adenízia, Carol e Juciely) na mesma briga, a gente tem que sempre fazer o melhor, você sabe que amanhã pode ser outra mostrando um pouco mais. Vou correr atrás para me apresentar cada vez melhor. Tem que ser uma disputa saudável, com feedback de fora. Hoje a Thaísa me deu vários toques, e elas (Fabiana e Thaísa) são um espelho", disse Juciely.

Japão vence a Sérvia
Ainda na tarde desta quinta, o Japão venceu a Sérvia por 3 sets a 0 (31/29, 25/18 e 28/26). Após a partida, o técnico japonês, Masayoshi Manabe, comentou o próximo jogo, contra o Brasil. "É sempre um dos melhores times do mundo. Então vamos dar o nosso melhor, tentar o nosso melhor. É o que temos de fazer".

Confira os demais confrontos desta primeira rodada na Arena Carioca 1:

10.06 (sexta-feira)
14h10 – Brasil x Japão
17h15 – Itália x Sérvia

12.06 (domingo)
10h05 – Brasil x Sérvia
12h30 – Itália x Japão

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

A ilimitada capacidade de reinvenção de Verônica Hipólito

Verônica Hipólito em um dos treinos antes do Parapan de Toronto: a última competição antes da cirurgia que alavancou o intenso processo de recuperação. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Verônica Hipólito em um dos treinos antes do Parapan de Toronto: a última competição antes da cirurgia que alavancou o intenso processo de recuperação. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)

“Acabei de fazer 20 anos e acho que, em intensidade, vivi mais do que muita gente.” É assim que a velocista Verônica Hipólito faz uma rápida autoavaliação. De fato, é inegável que ela passou por anos intensos desde 2013, quando começou a competir no atletismo paralímpico. Logo no primeiro ano foi chamada para representar o país no Mundial. Em Lyon, na França, a então adolescente voltou para casa com o ouro nos 200m e a prata nos 100m, ambos na classe T38. Ali nasceu uma das principais esperanças de medalha para o país nos Jogos Rio 2016.

Tudo corria bem até o ano passado. Verônica, que foi diagnosticada com um tumor no cérebro em 2008 e depois sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que afetou os movimentos do lado direito do corpo, viveu o momento mais delicado da carreira às vésperas do Parapan de Toronto 2015.

A velocista descobriu que tinha uma síndrome rara chamada Polipose Adenomatosa Familiar e que teria que passar por uma cirurgia para retirar o intestino grosso. Ela optou por adiar o procedimento para competir no Canadá. Mesmo diante do desafio emocional e de saúde, a brasileira trouxe de Toronto três ouros (nos 100m, 200m e 400m T3), uma prata (no salto em distância T20/37/38) e três recordes: dois Parapan-Americanos (100m e 200m) e um das Américas (400m).

Em Toronto, Verônica subiu ao pódio quatro vezes: foram três ouros e uma prata. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Em Toronto, Verônica subiu ao pódio quatro vezes: foram três ouros e uma prata. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

“Eu só pensava assim: ‘Não quero que me vejam como alguém doente, como a menina que vai fazer cirurgia’. Queria que vissem a atleta, as marcas. As ordens interferem muito. Eu falo até hoje que foi uma excelente competição e fico pensando como teria sido no Mundial. Mas já foi. Agora penso como vai ser nos Jogos Paralímpicos”, conta, lembrando que não pôde participar do Mundial do Catar meses depois.

Uma semana de nove meses
Passado o Parapan, Verônica Hipólito teve que enfrentar a realidade da cirurgia. “Achei que ia ser fácil, rápido, mas foi um dos momentos mais difíceis que tive de passar. Fui pensando que o difícil ia durar uma, duas semanas. Durou nove meses. Não estava preparada para isso”.

Depois do procedimento, ela perdeu peso, não conseguia recuperar, e teve que voltar ao hospital várias vezes por conta da anemia e das dores. Adicionalmente, teve de lidar com a possibilidade de ter que operar a cabeça, já que o tumor havia crescido. A outra opção era aumentar a dose dos medicamentos, caminho pelo qual optou.

Adolescente de ouro: Verônica foi campeã mundial adulta em 2013, ano em que entrou no atletismo paralímpico. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Adolescente de ouro: Verônica foi campeã mundial adulta em 2013, ano em que entrou no atletismo paralímpico. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)

“O ponto era: se eu ficasse com o remédio, estava comprometendo minha vida. Se ficasse com a cirurgia, poderia comprometer minha vida e os Jogos. De um jeito ou de outro, era da minha vida que a gente estava falando”, lembra.

A adaptação ao aumento de dose do remédio foi complicada e demorada, o que atrasou ainda mais o retorno às pistas e chegou a colocar a carreira em dúvida. “Fiquei com medo de não voltar. Sempre pensei que se você tem o problema, mas tem a solução, está tudo bem. Só que às vezes não é tão fácil. Estava com dor, perdendo peso, vomitava quase todos os dias. Cheguei a pensar que seria melhor operar e não ir aos Jogos, mas meus pais, meu irmão, meu namorado e meus amigos entraram em cena. Foi um dos momentos mais críticos”, conta.

O suporte dos campeões
O retorno à rotina de atleta ainda teria mais um obstáculo no caminho. Logo que voltou a treinar, entre fevereiro e março de 2016, Verônica, ainda muito fraca, sofreu uma ruptura no músculo da coxa. Mais um momento emblemático que afetou a autoestima da velocista. “Cheguei ao centro de treinamento da seleção magra, fraca, com o psicológico lá embaixo, estressada e com a lesão na coxa”, diz.

O colega de seleção Mateus Evangelista foi um dos elogiados pela velocista por ajudar no processo de recuperação. (Foto: Ivo Felipe/CPB)O colega de seleção Mateus Evangelista foi um dos elogiados pela velocista por ajudar no processo de recuperação. (Foto: Ivo Felipe/CPB)

A partir de então, a recuperação envolveu mais do que o problema muscular. Com apoio dos colegas de seleção, dos amigos e dos psicólogos, o trabalho foi árduo para trazê-la de volta. Neste processo, a decisão de não pedir dispensa da seleção, como estava habituada a fazer, foi fundamental.

“Sempre surgia a convocação e eu pedia dispensa para continuar treinando no clube (SESI/SP)”, afirma Verônica, sem saber explicar direito o porquê de ter mudado desta vez. “Não sei, de verdade. Sei que fui criando laços. Não queria chegar nos Jogos e pensar ‘e se eu tivesse feito?’ Não me arrependo.”

No ambiente da seleção, Verônica passou a conviver diariamente com campeões mundiais e paralímpicos, como Terezinha Guilhermina e Yohansson Nascimento. Um contato com a experiência de quem já passou por dificuldades que também ajudou na recuperação.

“Eles têm uma bagagem absurda que me ajudou a continuar. Quando passo por uma lesão, sei que não é o fim do mundo. Eles já passaram por isso e sempre conversam, brincam e me aconselham. Sou grata a eles e aos fisioterapeutas”.

Um “filho” no Engenhão
“Eu estava com medo”, revela Verônica Hipólito, quando questionada sobre o sentimento de competir no Open Internacional de atletismo, no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, em maio. A primeira vez da velocista em um torneio oficial em 2016 foi no palco dos Jogos Paralímpicos, contra algumas de suas maiores rivais no cenário mundial.

Apesar do receio de não conseguir repetir as boas marcas do passado, o Open foi o último passo rumo à recuperação completa. Nos 100m, ela completou a prova em primeiro, em 13s27, uma das três melhores marcas do mundo na temporada. Nos 400m, venceu mais uma vez, em 1min04s95.

No Open Internacional, no Engenhão, Verônica comemorou a volta da autoestima. (Foto: Fernando Maia/Mpix/CPB)No Open Internacional, no Engenhão, Verônica comemorou a volta da autoestima. (Foto: Fernando Maia/Mpix/CPB)

“Quando passei a linha de chegada, pareceu que tinha sido melhor do que eu esperava. Passaram literalmente dois ou três minutos e a Verônica voltou. Eu falei assim: ‘Não foi bom, quero mais’. Isso é o que eu sou”, exclama.

Os bons resultados no Engenhão tiraram um peso das costas da atleta e devolveram algo fundamental para o Rio 2016. “Eu tive um “filho” nesse Open. O filho foi ter a autoestima de volta. Melhor que o meu tempo hoje, só o recorde mundial. Então eu penso: por que não pensar na medalha de ouro?”

Sonho do ouro compartilhado
Passada a difícil recuperação física e psicológica, Verônica Hipólito já pensa no próximo passo: os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para ela, uma experiência inédita na carreira. “Eu ganhei uma medalha de ouro no Mundial adulto com 16 para 17 anos e estou indo para a primeira Paralimpíada como uma das favoritas com 20. É algo que continua sendo fantástico para mim", comenta.

Embora saiba que ainda não está 100% física e mentalmente, a velocista já se vê entrando no Engenhão em condições de confirmar as expectativas dela e dos treinadores. “Consigo ver aquele estádio cheio e me ver chegando até antes do árbitro falar ‘às suas marcas’. Depois, vejo flashes do que pode acontecer”, diz.

Aos 20 anos, a velocista do Brasil chegará ao Rio 2016 como uma das favoritas ao ouro. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Aos 20 anos, a velocista do Brasil chegará ao Rio 2016 como uma das favoritas ao ouro. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)

Sobre a ansiedade de participar dos Jogos pela primeira vez, ela tenta transformar tudo em positividade. Ciente de que será uma experiência única depois de conversar com os colegas de seleção que já estiveram lá, Verônica vai atrás de um lugar no pódio para agradecer a todos que a ajudaram. “Cada vez mais estou transformando essa ansiedade em energia boa. Tem muita gente que eu quero fazer chorar de orgulho”, diz, sorrindo.

Se a medalha vier, a velocista já sabe o que vai fazer: chamar cada pessoa que a ajudou na recuperação e colocar a medalha no peito. “Quero que entendam: não será só minha, nunca foi. Será de todo mundo que me apoiou”, diz.

Se o pódio não vier, ela assegura também estar preparada. “Antes, eu treinava para ganhar uma medalha de ouro. Hoje é para dar o meu melhor. Se o meu melhor for uma medalha de ouro, vou ficar muito feliz e, se não for, não vou reclamar”, afirma.

Mas, diante das decisões e histórias de vida para alguém tão jovem, o maior desejo de Verônica sai de sua boca com uma facilidade e maturidade distantes da pouca idade que tem: “Em intensidade vivi mais do que muita gente e espero continuar vivendo.”

Sorrindo novamente, a brasileira sonha com o ouro paralímpico no Rio 2016. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Sorrindo novamente, a brasileira sonha com o ouro paralímpico no Rio 2016. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)

Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Medalhas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos são lançadas

Comitê Rio 2016 e a Casa da Moeda (CMB) apresentaram nesta quinta-feira (09.06) as medalhas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Com visual diferente das que são entregues aos atletas, as medalhas estão disponíveis nas opções ouro, prata, bronze e bronze dourado, com preços entre R$ 70 e R$ 9.560.
 
O lançamento do souvenir ocorreu no prédio da CMB no Centro do Rio. As medalhas são vendidas em quatro pontos da cidade-sede (veja lista no fim do texto) e por meio do site Clube da Medalha. Há medalhas com imagens de pontos turísticos do Rio; outras são relacionadas à história dos Jogos; há ainda ilustrações da tocha e dos três mascotes: Vinícius, dos Jogos Olímpicos, Tom, dos Paralímpicos, e Ginga, do Time Brasil.
 
 
"Com essa iniciativa, qualquer cidadão brasileiro e nossos queridos visitantes estrangeiros que vierem assistir aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos têm a possibilidade de adquirir uma recordação desse momento”, afirmou a presidente interina da CMB, Lara Caracciolo Amorelli. "Esse lançamento conclui a linha de produtos colecionáveis dos Jogos e promete atrair colecionadores do Brasil e do mundo”, disse Sylmara Multini, diretora de licenciamento e varejo do Rio 2016.
 
A medalha batizada de "Tocha Olímpica, Elo entre o Antigo e Moderno" promete ser uma das mais disputadas pelos aficcionados, com tiragem de apenas 50 exemplares. A peça dourada pesa 17,7 gramas, conta com desenhos que remetem à Grécia Antiga e será vendida por R$ 9.560. Batizada de "Jogos Olímpicos na Era Moderna", a versão prateada do souvenir exibe o Pão de Açúcar e atletas no pódio. As duas mil unidades produzidas serão vendidas a R$ 280 cada uma. Já as medalhas de bronze dourado de Tom, Vinícius e Ginga custam R$ 188 cada uma. Elas trazem imagens do Sambódromo, do Cristo Redentor e da onça-pintada que representa o Time Brasil, respectivamente. Todas têm tiragem de 2.500 unidades e pesam 24 gramas.
 
Com o mesmo peso, as redondinhas de bronze dos três mascotes são vendidas por R$ 70 e têm tiragem de 5.500 unidades cada uma. Da concepção do design à produção das medalhas comemorativas, o projeto exigiu quatro meses de trabalho dos profissionais da CMB. A fase final, das tiragens, foi relativamente curta e tomou apenas dois dias. Tanto nas medalhas comemorativas como nas de competição, a CMB adotou uma postura sustentável, usando ouro de minas que não trabalham com mercúrio e com sobras de metais usados em sua fábrica, localizada em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. "Essa conduta é um legado dos Jogos para nós", afirmou Lara.
 
Veja a lista dos pontos de venda:
 
MegaStore Copacabana
Avenida Atlântica, em frente à Rua Figueiredo Magalhães - Copacabana
Vendas de 1º de julho a 5 de outubro
Horário de funcionamento: 9h às 21h
 
MegaStore Parque Olímpico
Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3.401 - Barra da Tijuca
Vendas entre 5 e 21 de agosto e entre 8 e 17 de setembro
Horário de funcionamento: 9h às 21h
 
Prédio da CMB
Praça da República, 26 - Centro
Vendas de 1º de agosto a 18 de setembro
Horário de funcionamento: 9h às 18h (exceto sábados e domingos)
 
Nave Olímpica do Engenhão
Rua José dos Reis, em frente ao Hospital Memorial - Engenho de Dentro
Vendas de 18 de julho a 18 de setembro
Horário de funcionamento: 9h às 21h, de segunda a sábado e de 9h às 16h30, aos domingos
 
 
Fonte: Rio 2016
Ascom - Ministério do Esporte
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