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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Bauru (SP) será sede do Sul-Americano de Polo Aquático Sub-16

A Arena da Associação Bauruense de Desportos Aquáticos (ABDA), na cidade de Bauru, interior paulista, vai receber o Campeonato Sul-Americano sub-16 de polo aquático, entre os dias 15 e 20 de abril. As partidas serão disputadas nas duas piscinas da entidade. O evento contará com jogadores do Chile, Venezuela, Peru, Argentina e Colômbia, países com tradição no polo aquático, além de Paraguai, Equador, Bolívia e Uruguai que ainda não confirmaram presença.

A ABDA espera que o campeonato aqueça o turismo e o comércio da região, além de abrir as portas para outras competições internacionais. “É a primeira vez que Bauru receberá um evento esportivo aquático internacional”, afirmou Jota Crepaldi do departamento de marketing da associação.

A estrutura da ABDA foi decisiva na escolha da cidade. Associação Bauruense foi fundada em 2010. No projeto são oferecidas aulas de natação, polo aquático e atletismo. Atualmente, o projeto atende cerca de 3,9 mil alunos.

Para isso, a associação conta com patrocinadores que viraram parceiros. A entidade conta com seis projetos aprovados no Ministério do Esporte pela Lei de Incentivo ao Esporte. A primeira captação por meio da legislação foi em 2012. Os recursos são da Zopone Engenharia e Comércio LTDA., Z-Incorporações, CVC, Pernambucanas, BNP Paribas, Grupo Multicobra, Semel e BTC.

Fonte: ABDA
 

Esporte e Cidadania para Todos abre inscrições para aulas no Parque Olímpico da Barra

O projeto social Esporte e Cidadania para Todos, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, (SNELIS), vinculada ao Ministério do Esporte, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), abriu as inscrições para crianças e adolescentes aprenderam a pedalar no Velódromo do Rio. A pista é considerada a mais rápida do mundo e foi palco de 33 recordes mundiais, batidos nos Jogos Rio 2016.

As aulas são conduzidas por três professores ciclistas profissionais. “Os adolescentes aprendem a pedalar com bicicletas do projeto. As crianças entre 6 e 7 anos, que já estão acostumadas com as suas bicicletas, devem levá-las para as aulas. Aqui, o espaço é perfeito. Não tem carro, nem pedestre, não tem lombada e nem meio fio. A estrutura conta com cones e todos os equipamentos de segurança para desenvolver a habilidade da criança”, explicou o professor Álvaro Ferreira.

Foto: Graciela Vizzotto /AGLOFoto: Graciela Vizzotto /AGLO

O Esporte e Cidadania para Todos, criado em 2017, pretende atender a mais de 5 mil crianças em todos os núcleos do Rio de Janeiro até o 2019, oferecendo aulas para crianças e adolescentes, de 6 a 21 anos, de segunda a sexta, das 8h às 18h, no Parque Olímpico da Barra. Além das aulas de ciclismo, 450 crianças, divididas em três núcleos, têm aulas de judô e jiu-jitsu, além de esportes coletivos como basquete, futebol e vôlei.

A ideia do projeto é ampliar o acesso da população ao esporte e ao lazer, preservando valores éticos como a inclusão, a participação, a cooperação e a responsabilidade, além de descobrir novos talentos.

Outro projeto que tem início em fevereiro nas quadras externas do Centro Olímpico de Tênis é o Núcleo Esportivo Rio Open, em parceria com o Rio Open, que vai beneficiar 50 crianças com aulas de tênis.

Confira as atividades e os horários:

» Jiu-jitsu
Dias: Segunda e quinta, com o mestre Rafael Braga
Local: Velódromo
Horário: das 8h às 18h

» Judô
Dias: quarta e sexta, com o sensei Antônio Sá
Local: Velódromo
Horário: das 8h às 18h

» Basquete, futebol e vôlei
Dias: terça e quinta
Local: Arena 2
Horário: das 8h às 18h

» Ciclismo
Dias: segunda, quarta e sexta,
Local: Velódromo
Horário: das 14 às 18h

Mais informações:
Parque Olímpico da Barra
Avenida Embaixador Abelardo Bueno, s/n
Velódromo do Rio
Entrada pelo portão da Via Olímpica
Telefone: (21) 96835-9777

Fonte: Autoridade de Governança do Legado Olímpico - AGLO
 

Com auxílio da Lei de Incentivo, judô e atletismo da Sogipa promovem mudança no eixo nacional de investimentos

A judoca Érika Miranda encerrou o ano de 2016 desacreditada. A brasiliense, então com 29 anos, chegou aos Jogos Olímpicos do Rio como favorita na categoria até 52kg por ter alcançado o pódio em todos os campeonatos mundiais do ciclo. Não demorou para que a esperança virasse frustação. Érika caiu nas quartas de final, ganhou fôlego na repescagem, mas perdeu o bronze no golden score para a tricampeã mundial Misato Nakamura, do Japão. O sonho da medalha olímpica teve que ser adiado por mais quatro anos. Entretanto, a incerteza do futuro deixou a judoca sem direção.

Depois de defender diferentes clubes pelo país, Érika Miranda percebeu que era o momento de uma nova mudança. Preferiu recomeçar. A judoca foi na direção oposta de muitos atletas de alto rendimento que saem das suas cidades para buscar evolução nos principais centros do país, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Érika preferiu trocar a capital fluminense pelo Sul do país para fazer parte de uma das principais equipes da modalidade: o clube gaúcho Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre).

A judoca mora e treina em Porto Alegre desde o início de 2017. A mudança para o Sul do país surtiu efeito. Os resultados da última temporada mostraram que as mudanças fizeram bem para Érika Miranda. Aos 30 anos, ela conquistou um bronze no Campeonato Mundial de Budapeste, na Hungria, e terminou o ano no primeiro lugar no ranking internacional.

“Eu estava muito perdida no final de 2016. Bateu aquela dúvida de qual rumo tomar na vida. Conversei com a minha família para decidir qual destino tomar, e foi quando surgiu a possibilidade de vir para a Sogipa. Nunca tinha treinado aqui, mas tinha boas amizades, companheiros de seleção e de vida. Quando cheguei, tinha me esquecido como era treinar com pessoas com o mesmo objetivo”, revelou Érika, que conquistou medalha nos últimos quatro Mundiais de judô (prata em 2013, bronze em 2014, 2015, e 2017), sendo a única atleta da categoria a conseguir o feito.

“Estou feliz e com as energias totalmente recarregadas. O diferencial é que todo mundo se ajuda na Sogipa, além de ter um treino muito forte e intenso. Todo treino é uma competição, ninguém quer perder. Eu morava no Rio e eu era a minha própria equipe, praticamente. A mudança foi muito boa e refletiu nos tatames, além de reacender a chama da motivação que estava se apagando dentro de mim”, acrescentou a atleta beneficiária do programa Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte.

A ida da judoca para o clube gaúcho foi viabilizada graças ao Projeto Olímpico da agremiação. Atualmente, a Sogipa conta com equipes de alto rendimento em dois esportes: judô e atletismo. São cerca de 50 atletas que são atendidos. Os recursos, captados por meio de projeto aprovado pela Lei de Incentivo ao Esporte, garantem aos atletas uma dedicação integral para buscar resultados nacionais e internacionais.

Segundo o gerente de Esportes da Sogipa, Alberto Molnar, o ponto de virada no esporte de alto rendimento dentro do clube veio com os projetos desenvolvidos por meio de recursos captados pelo mecanismo legal. Atualmente, o Projeto Olímpico é a prioridade da agremiação gaúcha.

“A Lei de Incentivo ao Esporte evita com que os nossos atletas vão embora. Como a gente não tem uma cultura empresarial aqui, é muito difícil manter os atletas no Rio Grande do Sul. Era normal vê-los irem para Rio, São Paulo ou Minas, onde está o grande volume de recursos e que tem a cultura competitiva. Hoje, a gente está conseguindo manter os atletas, além de trazer grandes nomes do esporte, garantindo medalhas em mundiais e em campeonatos internacionais”, explicou Alberto Molnar.

Com a Érika Miranda, a equipe de judô da Sogipa conta com 12 atletas que fazem parte da seleção nacional 2018, incluindo a bicampeã mundial Mayra Aguiar, o medalhista olímpico Felipe Kitadai e Maria Portela. Na última temporada, a equipe conquistou 41 medalhas em competições internacionais.

Suporte legal

Nos últimos três anos, a estrutura da equipe é garantida por meio de recursos captados com base na lei federal. “O primeiro campeão mundial de judô brasileiro foi João Derly, que treinava na Sogipa. Assim, conseguimos juntar apoiadores e parceiros até chegar ao patamar de profissionalismo atual. Antes, o bom atleta de Porto Alegre tinha que sair da cidade para treinar em São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais. Hoje, não. Grandes nomes desses três estados - e de outros - vêm para a Sogipa treinar. Conseguimos fazer essa mudança drástica de rota”, explicou Antônio Carlos de Oliveira Pereira, coordenador técnico do time de judô da Sogipa, que lembra que o Brasil tem sete atletas campeões mundiais, dos quais cinco são da Sogipa.

O gerente de esportes do clube explica que o desejo da entidade é de ampliar o número de modalidades de alto rendimento atendidas. “Gostaríamos de ter outras modalidades de nível internacional, mas não conseguimos pela dificuldade em captar recursos. As empresas gaúchas ainda são resistentes em patrocinar por meio da Lei de Incentivo. Algumas não conhecem realmente o mecanismo, mas outras pensam que a lei é fiscalizatória, achando que o governo vai entrar dentro da empresa”, disse.

Transformando vidas no Atletismo

O atletismo é outra modalidade na qual o clube apoia atletas de alto rendimento. Uma das grandes revelações da Sogipa vem do salto triplo. Almir Júnior, 24 anos, foi o sexto brasileiro a obter o índice exigido pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) para representar o país no Campeonato Mundial Indoor de Birmingham, no Reino Unido. A competição será disputada entre os dias 1º e 4 de março.

Natural de Matupá, Mato Grosso, Almir treina há sete anos em Porto Alegre e vem se destacando no cenário nacional. Fechou a temporada 2017 na liderança do ranking nacional ao alcançar 16,92m, no dia 18 de dezembro, em competição na capital gaúcha.

No início de janeiro, Almir saltou 17,06m e venceu a prova do Meeting Internacional Doug Raymond Invitation, em Ohio, nos Estados Unidos. Segundo o treinador de atletismo, José Haroldo Loureiro Gomes (Arataca), com a marca, o atleta assumiu a liderança do ranking Mundial Indoor da temporada da IAAF.

Outra revelação é Samory Uiki Bandeira Fraga, de 21 anos. O jovem começou a treinar no clube aos 8 anos por meio do Projeto Olímpico. Então morador da Vila Cefer, no Jardim Carvalho, ele praticava esportes diariamente na Sogipa por ser vinculado à iniciativa, recebia vale-transporte e doações de tênis, que auxiliaram no desenvolvimento no esporte. A jóia evoluiu e conseguiu a quinta melhor marca brasileira no salto em distância na categoria sub-23. Como consequência, ganhou oportunidade pessoal e profissional dentro do clube, e atualmente cursa o terceiro ano de Relações Internacionais na Universidade de Kent, em Ohio, nos Estados Unidos.

Samory chegou na universidade norte-americana depois de vários bons resultados em campeonatos importantes, que despertou a atenção das instituições. Antes de optar pela Universidade de Kent, ele precisou escolher entre oito convites recebidos para estudar nos Estados Unidos.

O mato-grossense Pedro Luiz Burmann de Oliveira treina desde 2010 na Sogipa. Ele representou o clube no revezamento 4x400m nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Descoberto na escola pelo técnico Arataca, passou por testes e começou a treinar na agremiação gaúcha.

“Para mim, o clube é a melhor estrutura de atletismo do Brasil, porque tenho tudo próximo. Aqui temos um lugar adequado para sentar, temos sombra dentro da pista, água em cada canto da pista e as piscinas próximas”, disse o atleta, que pretende disputar o Mundial Indoor em março.

O treinador de atletismo, Arataca, explica que atualmente o clube conta com um projeto que trabalha da formação até os Jogos Olímpicos. “Com a Lei de Incentivo temos a possiblidade de dar continuidade para que um atleta jovem, depois de desenvolvido, possa chegar ao alto rendimento. Esse é o grande diferencial, depois que passamos a utilizar a lei. Éramos um celeiro de atletas, mas eles acabavam indo embora de Porto Alegre pelo motivo financeiro”, disse.

Para conseguir segurar os atletas, Arataca revela que tem que competir com assédio de outros grandes clubes, além das universidades norte-americanas. “Temos cinco atletas nos Estados Unidos estudando em universidades. Eles têm a possibilidade de criar uma grande oportunidade de vida. Aqui, todos os atletas de atletismo estudam e sabem falar ao menos uma língua estrangeira”, revela.

Fidelização dos Parceiros

Com o Projeto Olímpico, a Sogipa enxergou a necessidade de profissionalizar o departamento de marketing esportivo. Com a estruturação, eles conseguiram fidelizar os patrocinadores, além de abrir caminho para novos parceiros comerciais.

“No nosso Projeto Olímpico, nós conseguimos fazer o processo de fidelização. Já temos três ou quatro empresas nos apoiando. Neste ano, conseguimos abrir para mais empresas. Com a fidelização, elas passam a nos conhecer e confiar na nossa credibilidade, pois sabem que fazemos um bom uso dos recursos públicos aportados”, explicou.

A experiência mostrou que o pós-venda do projeto esportivo é o segredo para fidelizar os parceiros. O clube busca manter os patrocinadores atualizados, tanto em prestação de contas quanto em resultados dos atletas. Além disso, abre as portas da agremiação para as contrapartidas, como a utilização dos salões, piscinas e espaços comuns da Sogipa. O marketing conta com três profissionais especializados na área de projetos, elaboração, controle, prestação de contas e execução.

De Porto Alegre, Breno Barros – rededoesporte.gov.br
  

Chapecoense é finalista do Prêmio Laureus na categoria "Retorno do Ano"

A Chapecoense é finalista do Prêmio Laureus na categoria Retorno do Ano (Comeback of The Year). O time catarinense foi indicado por causa da reconstrução que foi feita após a tragédia aérea de novembro de 2016, que matou 71 pessoas. O recomeço da Chapecoense, em 2017, terminou com a conquista de expressivos resultados em campo, como o título do campeonato estadual e a classificação para a Libertadores 2018.

Os outros indicados na categoria são o time de futebol do Barcelona, que superou um placar adverso de 6 x 1 frente ao Paris Saint Germain, o tenista Roger Federer, o motociclista Valentino Rossi e a campeã mundial dos 100m com barreiras, Sally Pearson, que foram indicados por seus impressionantes retornos após sofrerem lesões. O velocista Justin Gatlin, campeão mundial dos 100m rasos, também está na disputa.

Além da categoria Retorno do Ano, em que um júri especializado vai escolher o vencedor, a Chapecoense já tinha sido anunciada como uma das indicadas ao Prêmio Laureus de Melhor Momento Esportivo do Ano (Best Sporting Moment of The Year). Um vídeo batizado de Eternos Campeões foi divulgado no site mylaureus.com e mostra a trajetória do time catarinense desde a queda do avião na Colômbia em novembro do ano passado. Nessa categoria, a votação é pública e foi computada pelo site mylaureus.com até novembro do ano passado.

Além da Chapecoense, outros cinco momentos esportivos disputam o prêmio. Entre eles estão a trajetória do arqueiro norte-americano Matt Stutzman, que nasceu sem os braços e mesmo assim alcançou conquistas importantes no tiro com arco competindo com arqueiros sem deficiência, e a redenção do atleta sul-africano Luvo Manyonga, que superou um vício em drogas para se tornar campeão mundial no salto em distância.

O anúncio dos vencedores está marcado para o dia 27 de fevereiro, durante cerimônia em Mônaco. O Prêmio Laureus é considerado o "Oscar do esporte".

Sobrevivente da tragédia, Alan Ruschel voltou aos gramados num amistoso contra o Barcelona no ano passado. Foto: Arquivo pessoalSobrevivente da tragédia, Alan Ruschel voltou aos gramados num amistoso contra o Barcelona no ano passado. Foto: Arquivo pessoal

Mais indicados

Na categoria Atleta Masculino do Ano, foram indicados o tenista Roger Federer, o jogador de futebol Cristiano Ronaldo, o corredor Mo Farah, o ciclista Chris Froome, o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton e o também tenista Rafael Nadal.

Entre as mulheres, competem na categoria Atleta Feminina do Ano a tenista Garbiñe Muguruza, a corredora Caster Semenya, a também tenista Serena Williams, a velocista Allyson Felix, a nadadora Katie Ledecky e a esquiadora Mikaela Shiffrin.

Na categoria Equipe do Ano, competem a seleção francês ade tênis que disputou a Copa Davis, os campeões do basquete norte-americano Golden State Warriors, a Mercedes, campeã de Fórmula Um, os vencedores do Super Bowl New England Patriots, a equipe de vela da Nova Zelândia e o Real Madrid.

Fonte: laureus.com

Na série Geração de Valor, Ana Sátila conta como superou frustrações e garantiu resultados inéditos para o país

Em 2012, Ana Sátila tinha apenas 16 anos quando representou o Brasil nos Jogos Olímpicos. A mineira, de Iturama, foi a brasileira mais jovem a defender o país na maior competição esportiva do mundo. Quatro anos depois, a canoísta voltou aos Jogos e passou por uma grande frustação no Rio 2016. Cotada entre as favoritas na canoagem slalom, ela foi eliminada na primeira fase. Pouco tempo depois, Ana soube se reinventar, passou por cima da tristeza e conquistou resultados expressivos para o país.

Ascom - Ministério do Esporte

Artigo: Melhor gestão, mais investimentos nos atletas

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Publicado no dia 14 de janeiro de 2018, no jornal O Dia

Quando assumimos o Ministério do Esporte, em maio de 2016, tínhamos um desafio olímpico para cumprir. Além da realização dos Jogos propriamente ditos, acreditávamos que o esporte nacional não poderia ser mais o mesmo depois desse grandioso evento, sucesso de público e de crítica. Se até ali havíamos chegado focados e imbuídos de atingir uma marca histórica - o que logramos fazer, com a 13a posição conquistada no número de medalhas -, o dia seguinte do espetáculo não poderia ser de desmonte, mas, sim, de construção.

Desde que, em 2009, o Brasil ganhou o direito de sediar o maior evento esportivo do mundo, as ações governamentais foram planejadas para fazermos bonito perante o mundo. Muitos recursos foram investidos na construção das arenas, em melhorias no transporte público e na preparação dos atletas. Terminado aquele ciclo, outras necessidades se apresentaram.

Ministro Leonardo Picciani. Foto: Roberto Castro/MEMinistro Leonardo Picciani. Foto: Roberto Castro/ME

Além de cuidar do legado olímpico, o Ministério do Esporte também teve de colocar em dia série de providências administrativas que, para o público externo, podem não estar aparentes à primeira vista, mas, para o bem do esporte como um todo e, principalmente, para o desempenho dos atletas, são da mais absoluta importância.

É nessa direção que estamos avançando. Com uma equipe enxuta, mas comprometida, reduzimos o estoque de prestação de contas de convênios. Com isso, asseguramos o ressarcimento aos cofres púbicos de mais de R$ 26,3 milhões. Mais dinheiro recuperado e, portanto, mais recursos para investimentos nos atletas.

Num período de dificuldades financeiras pelas quais passou o país, não descuidamos do Bolsa Atleta. Terminamos o ano atendendo 7.586 esportistas, com R$ 125,7 milhões, e, para 2018, apesar das restrições orçamentárias, asseguramos a continuidade desse importante programa, com a missão de aprimorá-lo.

Os atletas têm tido uma participação muito importante na gestão dos recursos e na participação. E contam com nosso total apoio. Graças ao suporte deles, conseguimos melhorar, e muito, nosso orçamento inicial. Eles participaram de audiências públicas na câmara, enviaram sugestões para que os congressistas dedicassem mais recursos para a pasta e foram parceiros em nossas empreitadas.

Essa gana de participação desses atores primordiais para a melhoria do nosso esporte não poderia deixar de contar também com nosso suporte. No ano de 2017, em que uma das palavras de ordem foi a melhoria da gestão, os atletas reivindicaram uma voz mais ativa nas entidades administrativas. E nós não emudecemos diante desse pleito. Pelo contrário. Como a música que tem seu tempo de silêncio e seu temo de notas mais acentuadas, esperamos o momento certo para fazer coro a esse refrão.

Por isso, nos engajamos na defesa por uma maior participação deles no Comitê Olímpico do Brasil. E fizemos isso publicamente porque consideramos que a diversidade de opiniões pode produzir resultados melhores.

Antes disso, demos importante passo na tarefa de administrar melhor os recursos federais. Pela primeira vez, entidades como o Comitê Paralímpico Brasileiro e o Comitê Brasileiro de Clubes apresentaram suas contas para análise do Conselho Nacional do Esporte. E o COB, embalado pelos novos ares que por lá sopram, assinou termo de ajustamento de conduta para estar em consonância com a lei, garantindo os repasses da Lei Agnelo-Piva, o que, no final, significa investimento direto nos atletas.

Outras medidas serão tomadas por nossa gestão para melhorar ainda mais a aplicação das verbas federais. E esperamos que os atletas nos auxiliem.

Leonardo Picciani
Ministro do Esporte

 

Biamputada que disputou Ironman revela como a determinação ajudou a expandir seus limites

A determinação pode transformar a diversidade em combustível para as maiores conquistas na vida. No terceiro episódio da websérie Gerações de Valores, conheça a história da paratriatleta Adriele Silva, de Jundiaí, interior paulista. Ela usou a força de vontade como combustível para realizar os seus sonhos. Em maio de 2017, Adriele se tornou a primeira biamputada a disputar uma etapa do Ironman, em Florianópolis (SC).

 

Ascom - Ministério do Esporte

Lei Agnelo/Piva: Comitê Olímpico do Brasil divulga calendário de atividades dos atletas em janeiro

Isaquias Queiroz e os atletas da seleção iniciam atividades em Lagoa Santa (MG). Foto: Divulgação.Isaquias Queiroz e os atletas da seleção iniciam atividades em Lagoa Santa (MG). Foto: Divulgação.
 
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e as Confederações Brasileiras Olímpicas estão empenhados em prover as melhores condições de treinamento e preparação para atletas individuais e equipes no ciclo Olímpico Tóquio 2020.
 
Com base nos recursos da Lei Agnelo/Piva investidos diretamente na preparação de atletas e equipes, o COB divulgou as ações que serão realizadas neste mês de janeiro. As atividades estão alinhadas com o planejamento das confederações para Tóquio 2020.
 
Confira o cronograma de atividades:
 
Atletismo (COB/CBAt) – Treinamento de 7 velocistas na UNIFA com o técnico americano Loren Seagrave - 07 a 13/01
 
Atletismo (COB/CBAt) – Treinamento do campeão olímpico Thiago Braz, do salto com vara, em Padova, na Itália – 05 a 25/01
 
Canoagem Slalom (COB/CBCA) – treinamento de 7 atletas da Seleção Brasileira no Rio de Janeiro (Deodoro + CT Time Brasil) – janeiro até março
 
Canoagem velocidade (COB/CBCA) – Recomeço das atividades com 5 atletas da equipe comandada pelo espanhol Jesus Morlán em Lagoa Santa (MG)
 
Ginástica Artística (COB/CBG) – treinamento de 40 atletas (masculino e feminino) no Rio de Janeiro, no CT Time Brasil – 15 a 27/01
 
Judô (COB/CBJ) – Treinamento de 10 atletas das categorias de base, em Mettersill, na Áustria - 08 a 16/01
 
Judô (COB/CBJ) – Treinamento de 50 atletas das categorias adulta e de base em Pindamonhangaba (SP) - 20 a 26/01
 
Natação (COB/CBDA) – Treinamento do atleta Bruno Fratus em Tenerife (ESP) – 03 a 29/01
 
Tiro com arco (COB/CBTArco) – 6 semanas de treinamento dos atletas Marcus Vinicius D´Almeida e Marcelo Silva, na Archery School Training Center, na Coreia do Sul – 12/01 a 25/02
 
Triatlo (COB/CBTri) – Avaliações científicas com a atleta Pâmela Oliveira no Laboratório Olímpico – 12/01
 
Vôlei de praia (COB/CBV) – Avaliações científicas com as duplas:
 
Guto e Vitor Felipe, no Laboratório Olímpico (RJ) – 09/01
Ágatha e Duda, no Laboratório Olímpico (RJ) – 18/01
Alison e Bruno Schmidt, em Vila Velha (ES) – 15 a 19/01
 
Vela (COB/ CBVela) - Suporte logístico e operacional para a participação brasileira na Copa do Mundo de Miami de vela. Coordenação do treinador-chefe e bicampeão olímpico Torben Grael - 10 a 28/01
 
Fonte: Comitê Olímpico do Brasil

Ministro dos Jogos de Tóquio visita instalações olímpicas no Rio

O ministro japonês encarregado de organizar os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, Shunichi Suzuki, veio ao Rio de Janeiro para fazer um tour pelas instalações esportivas e de suporte aos Jogos Olímpicos de 2016. Na segunda-feira, (08.01), ele conheceu o Centro Integrado de Comando e Controle, órgão que centralizou as ações de segurança durante o megaevento, e fez um tour pelas instalações do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). Nesta terça (09.01), viu de perto o Parque Olímpico da Barra e o programa de gestão do legado brasileiro.

No LBCD, a visita foi acompanhada pelo secretário Nacional de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, e teve como objetivo conhecer a estrutura criada para os Jogos Rio 2016. Em pouco mais de uma hora, Suzuki assistiu a uma apresentação sobre a atuação do laboratório, os investimentos realizados e os profissionais envolvidos no controle de dopagem. Depois, o ministro conheceu a sala de equipamentos, um dos laboratórios de preparação de amostras e a recepção olímpica, espaço onde se concentravam vários funcionários durante os Jogos para otimizar e acelerar a liberação de resultados.

Rogério Sampaio, Henrique Pereira e o ministro japonês Shunichi Suzuki no LBCD. Foto: Rafael Brais/MERogério Sampaio, Henrique Pereira e o ministro japonês Shunichi Suzuki no LBCD. Foto: Rafael Brais/ME

O LBCD é o principal instrumento da política do Estado brasileiro de combate à dopagem no esporte, implementada pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). O Laboratório integra o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e atua em ensino, pesquisa e extensão. O Ladetec congrega vários outros laboratórios satélites.

Para o secretário Nacional de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, é fundamental que o Brasil auxilie a próxima sede olímpica com a experiência construída durante a preparação dos Jogos Olímpicos. "Essa visita demonstra a importância do laboratório brasileiro e o respeito internacional por ele. É importante que o conhecimento adquirido seja transferido para a próxima sede olímpica. Fazer a análise de quase 6 mil amostras no período das competições é um grande desafio".

Capacitação

Sampaio reforçou que o trabalho desenvolvido pelo LBCD é uma das heranças da Rio 2016. "Demonstramos também que o LBCD segue funcionando em nível de excelência e se consolidando como um dos principais legados dos Jogos no Brasil. Além dos equipamentos, formamos uma equipe altamente capacitada", afirmou.

Shunichi Suzuki afirmou ter ficado bem impressionado com o LBCD e destacou o know how adquirido pelo Brasil nos últimos anos. "O Brasil sediou muitas competições internacionais e adquiriu conhecimento tanto na preparação de um laboratório antidopagem quanto na realização de grandes eventos", disse.

Suzuki destacou a importância de traçar desde já os planos para uso dos equipamentos esportivos em Tóquio após 2020. "Pela manhã estive em alguns equipamentos usados nos Jogos do Rio. O governo japonês está analisando possibilidades de uso das instalações no pós-Jogos e vai levar daqui do Brasil algumas experiências para implementar lá", afirmou.

Diretor do LBCD e responsável por apresentar a estrutura do laboratório à comitiva, Henrique Pereira enfatizou que, para a equipe dele, os Jogos foram apenas o ponto de partida. "Estamos vivendo o legado. O Laboratório e a Universidade se orgulham da forma como o investimento aqui tem sido aproveitado".

Para o diretor de Educação da ABCD, Sandro Teixeira, a importância da visita da comitiva japonesa é reafirmar para o Brasil e para o mundo o legado olímpico. "Tanto a ABCD como o Laboratório têm uma responsabilidade muito grande para com os próximos Jogos, em Tóquio. Esse legado criado aqui tem reverberado em todo o mundo", comentou. "A responsabilidade do Japão com os Jogos e a própria cultura japonesa em relação a sua maneira de agir mostra pra gente, numa visita dessas, o quão relevante somos e qual a importância do Brasil em relação a esse legado".

Investimentos

O Ministério do Esporte investiu R$ 61,3 milhões na Escola de Educação Física da UFRJ e R$ 163,7 milhões no LBCD. Os recursos foram aplicados em obras físicas, compra de novos equipamentos, de materiais, de insumos, de mobiliário e operação do Laboratório, além de atividades realizadas durante os Jogos Rio 2016.

Em primeiro plano, Paulo Márcio, presidente da AGLO, Suzuki e a secretária de Esporte da prefeitura do Rio, Patrícia Amorim. Foto: Marco Senna/MEEm primeiro plano, Paulo Márcio, presidente da AGLO, Suzuki e a secretária de Esporte da prefeitura do Rio, Patrícia Amorim. Foto: Marco Senna/ME

Parque Olímpico da Barra

Nesta terça (09.01), a comitiva japonesa visitou o Parque Olímpico da Barra, na companhia do presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico, Paulo Márcio Dias Mello.

Suzuki passou pelo Velódromo, pela Arena Carioca 1, pelo Centro Olímpico de Tênis e até se arriscou a jogar tênis de mesa com a garotada que treinava na Arena Carioca 3. Ao longo do percurso, acompanhado de uma intérprete, Suzuki fez diversas perguntas e quis saber do Presidente da AGLO detalhes sobre a utilização social dos espaços esportivos.

"Essa é uma preocupação que nós, no Japão, temos. Fazer com que as instalações de Tóquio possam ser bem aproveitadas pela população no período pós-Olimpíada”, disse, enfatizando que a concessão dos espaços esportivos é outro tema de interesse da comitiva.

O presidente da AGLO explicou os conceitos de gestão do legado da entidade ligada ao Ministério do Esporte, em especial os programas sociais voltados para beneficiar a juventude. Suzuki assistiu, ainda, a um vídeo sobre o legado, após breve palestra do presidente da AGLO e da fala da subsecretária municipal de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Patrícia Amorim. Depois, foi presenteado pela AGLO com uma réplica da tocha olímpica dos Jogos de 2016 e uma miniatura do Cristo Redentor, e deu em troca ao presidente Paulo Márcio uma escultura tradicional do Japão.

Rafael Brais e Marco Senna, Ministério do Esporte
 

Artigo: Superando os 7 x 1 na gestão do futebol

Publicado em 10.01.2018 na Folha de S. Paulo
 
No futebol, algumas imagens são tão resistentes que não perdem força mesmo diante dos fatos. A seleção brasileira voltou a encantar a torcida, mas os ecos dos 7 x 1 na última Copa do Mundo ainda são ouvidos nas entrevistas do técnico Tite. O assunto também vem à tona sempre que se debate a (falta de) gestão nos clubes.
 
O cenário se repete quando o tema é o PROFUT (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). A iniciativa vem tendo sucesso no aprimoramento da gestão das entidades esportivas, mas as falácias sobre a criação de um PROFUT 2 ainda geram repercussão. Portanto, precisamos mostrar o que já foi feito.
 
Primeiro, é importante lembrar que entre as 137 entidades esportivas inscritas, 40 representam mais de 90% da dívida. Por essa razão, para efeitos do PROFUT, menos pode ser considerado mais. Essas mesmas entidades já recolheram valores superiores a R$ 230 milhões em tributos, o que reforça o sucesso do programa, jogando por terra os boatos de que os clubes não estão cumprindo suas obrigações.
 
Esses fatos já seriam um grande indicativo dos acertos do PROFUT, mas é possível enumerar outros pontos positivos. Pela primeira vez, um órgão de controle externo, a APFUT (Autoridade Pública de Governança do Futebol), tem poder para obrigar os clubes que aderiram ao programa a apresentarem as demonstrações financeiras anuais e trimestrais, além das previsões orçamentárias. O que em muitos setores é considerado trivial, no âmbito do futebol, com algumas exceções, pode ser tratado como novidade.
 
Como o mercado ainda não se encontra totalmente regulamentado, para melhorar a padronização das informações foi criado um Manual de Contabilidade específico para as entidades esportivas. Seu processo de elaboração teve a participação dos clubes, de forma a melhor entender suas necessidades, chegando a uma norma específica para o setor, com a chancela dos órgãos de classe competentes.
 
Atenta à mudança de paradigma, a APFUT entendeu que as contrapartidas exigidas demandariam um processo de mudança de mentalidade. Em vez de apenas excluir as entidades, iniciou-se um trabalho de conscientização para implementação das alterações, de acordo com o devido processo legal.
 
Esse trabalho, um pouco mais demorado do que a simples exclusão de uma entidade por descumprir as contrapartidas legais, não se reduz à punição, mas visa promover uma transição para um modelo de gestão profissional, gerando efetivamente um legado para o futebol brasileiro.
 
Está claro que alguns ficarão pelo caminho, como já acontece no processo de fiscalização da APFUT. A título de informação, mais de 10% das entidades que aderiram ao programa foram excluídas por não cumprirem as obrigações.
 
A boa gestão de um clube não pode ser julgada apenas pelas conquistas de campeonatos. Controle orçamentário, pagamento de obrigações e salários, busca por novas receitas e responsabilidade fiscal devem coexistir de maneira harmônica nas vitórias e nas derrotas. A sustentabilidade financeira de longo prazo é um gol a ser comemorado.
 
O Brasil vem passando por momentos de profunda transformação sobre os deveres e os objetivos de cada instituição. O futebol, por tudo que representa para o povo brasileiro, não pode se dar ao luxo de ficar de fora dessas mudanças, sob risco de, daqui a 50 anos, ainda nos lembrarmos dos 7 x 1 e de tentativas frustradas de salvar os clubes brasileiros por meio do PROFUT 2, PROFUT 3, PROFUT 4...
 
Luiz André Mello, presidente da APFUT
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