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Zico é eleito presidente da Comissão Nacional de Atletas e prioridade é construir um projeto que una esporte e educação

Um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, Zico foi eleito, nesta segunda-feira (12.06), presidente do Conselho Nacional de Atletas (CNA). Ele foi escolhido para liderar o CNA durante reunião realizada no escritório do Ministério do Esporte no Rio de Janeiro, localizado no Velódromo, no Parque Olímpico da Barra. Os participantes também definiram que Lars Grael será o vice-presidente e elegeram a ex-jogadora de vôlei Leila como secretária.

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, participaram da reunião. Durante sua fala de abertura, Picciani destacou a importância da CNA para o desenvolvimento do esporte brasileiro desde sua criação, em 2001. “Creio que a Comissão Nacional de Atletas tem um papel relevantíssimo e que a gente quer que também funcione no dia a dia, ajudando o ministério na definição das prioridades e na definição das políticas públicas”, afirmou o ministro.

Integrantes do CNA posam para foto após a reunião desta segunda-feira no Parque Olímpico da Barra. Foto: Francisco Medeiros/MEIntegrantes do CNA posam para foto após a reunião desta segunda-feira no Parque Olímpico da Barra. Foto: Francisco Medeiros/ME

“Estamos vivendo um momento especial do esporte brasileiro; É um momento em que a gente discute os novos rumos, os novos caminhos e os aperfeiçoamentos que precisam ser feitos na gestão do esporte brasileiro”, prosseguiu Leonardo Picciani.
Além de Zico, Lars Grael e Leila, a reunião da CNA desta segunda-feira contou com outras personalidades do esporte brasileiro que integram a comissão, entre eles Maurren Maggi, campeã olímpica do salto em distância em Pequim 2008, e Yohansson Nascimento, dono de seis medalhas em Jogos Paralímpicos no atletismo. Ao todo, 21 atletas e ex-atletas integram esta gestão da CNA.

Os participantes debateram sobre vários temas ligados ao esporte, desde as categorias de base até exemplos bem-sucedidos em seus estados, e, motivados pelas palavras de Leila, chegaram ao consenso de que o mais importante neste momento para o esporte brasileiro é encontrar uma forma eficiente de fomentar o esporte escolar no país. Assim, eles prometem tentar construir um projeto no qual o ministério do Esporte e o ministério da Educação possam trabalhar, juntos, um programa que permita que crianças e jovens tenham mais acesso ao esporte nas escolas e universidades.

“É uma satisfação muito grande ter sido escolhido presidente por essas grandes feras aí do nosso esporte”, agradeceu Zico, que chegou à CNA indicado pela Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT). “Acho que a gente tem um trabalho de alta relevância para o esporte no país. É uma comissão que de dois em dois anos se renova e sempre com projetos importantes, como a Bolsa Atleta e Lei de Incentivo, que se tornaram uma realidade”, lembrou o ex-jogador.

“Agora mais um ponto que foi atacado é a questão da união com a educação, que é tão importante no nosso país. Eu acho que o esporte é fundamental nesse projeto da educação. Esses grandes ídolos do Brasil são referências. Eu fui secretário de esporte e sei o quanto sofri de dificuldade para unir isso. Mas acho que nunca é tarde. Acho que essa comissão está pronta e preparada para trabalhar em cima disso e entregar um produto para o ministro para que ele possa, com o ministro da Educação, sentar e analisar com carinho para que o esporte seja mais uma vez ouvido e que o esporte traga mais uma vez algo que possa beneficiar o nosso país”, concluiu Zico.

Bolsa Atleta e Lei de Incentivo

Antes de passar a palavra aos membros da CNA, ainda no início da reunião, Lars Grael fez uma breve apresentação do histórico da CNA. O embrião do Conselho Nacional de Esportes nasceu em dezembro de 2000, quando, em Brasília, um grupo de atletas liderado por Adhemar Ferreira da Silva, primeiro bicampeão olímpico brasileiro – foi ouro no salto triplo nos Jogos de Helsinque 1952 e Melbourne 1956 –, entregou ao então presidente Fernando Henrique Cardoso uma reivindicação que pedia maior participação dos atletas no processo decisório do esporte nacional.

O ex-presidente criou uma comissão de atletas para que o grupo pudesse apoiar os trabalhos do então ministério do Esporte e Turismo e Adhemar Ferreira da Silva foi escolhido como o primeiro presidente da CNA.

Durante 2001 até 2006, a Comissão Nacional de Atletas trabalhou ativamente, mas depois disso acabou adormecida. A portaria que criava a CNA nunca foi revogada, mas a comissão deixou de ser convocada depois de 2006 e com isso perdeu prestígio. O grupo só voltaria a se reunir para valer na gestão do ex-ministro do Esporte George Hilton, que indicou um novo grupo, formado por 35 atletas.

“De lá pra cá, eu posso falar com muita clareza, a comissão nunca teve tanto prestígio como tem neste momento na gestão do ministro Leonardo Picciani”, afirmou Lars Grael. “Primeiro porque é um ministro que prestigiou o esporte deste sua posse e que trouxe atletas olímpicos e medalhistas olímpicos para sua equipe, com destaque para o secretário nacional de alto rendimento, Luiz Lima, e para o campeão olímpico (de judô) Rogério Sampaio, à frente da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem)”, prosseguiu Lars Grael, que já foi presidente da CNA.

Lars lembrou ainda que a Comissão Nacional de Atletas teve papel decisivo em dois grandes avanços do esporte brasileiro. Foi a partir de projetos da CNA que a Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte foram criadas. Agora, caberá ao grupo liderado por Zico, Lars Grael e Leila o desafio de unir de forma eficiente educação e esporte no Brasil.

A próxima reunião da CNA deve ocorrer em julho, em data ainda a ser confirmada. Até lá, os integrantes seguirão apresentando propostas e ideias via WhatsApp, principal ferramenta usada no período entre uma reunião presencial e outra.

Do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte
 

COB cria festival multiesportivo para levar espírito olímpico para diferentes regiões do país

Foto: Divulgação/COBFoto: Divulgação/COB
 
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou o projeto Festival Time Brasil. A proposta é reviver o clima do Parque Olímpico por meio de um festival multiesportivo que vai rodar o Brasil durante ciclo de Tóquio 2020. O projeto servirá como uma plataforma de aproximação entre os atletas e o público, por meio de clínicas esportivas, realização de competições e a possibilidade do público competir contra o ídolo do esporte.
 
"O clima dos Jogos Olímpicos é algo único, que só quem presenciou sabe como é. Com o Festival Time Brasil queremos recriar esse momento. Além da parte esportiva, onde as pessoas poderão ver um atleta competir e participar de clínicas esportivas com seus ídolos, também teremos uma parte educativa, apresentando os valores olímpicos para crianças e jovens. Vamos rodar o país conectando atleta e torcedor. O Festival Time Brasil será um ponto de contato entre eles", afirma Rafael Grabowsky, gerente Geral Comercial e Marketing do COB.
 
O gerente acrescenta que o evento é uma oportunidade para aproximar novos patrocinadores. "É também uma chance para que patrocinadores locais se envolvam com o Movimento Olímpico e contribuam para a realização dos festivais, que serão inteiramente financiados com recursos privados", complementa Rafael.
 
O projeto será desenvolvido por meio da parceria com a SRCOM, que será responsável por toda a parte de criação dos eventos do Festival Time Brasil. Desde a definição das modalidades que serão abordadas em cada um deles, passando pelo entretenimento que será oferecido, os atletas que serão convidados e as clínicas esportivas que serão oferecidas para as crianças e os jovens. "Estamos desenvolvendo, junto com o COB, uma grade de ações e eventos para manter o Time Brasil ativo ao longo do tempo e oferecer uma plataforma de ativação para patrocinadores", disse Flávio Machado, CEO da SRCOM.
 
Fonte: Comitê Olímpico do Brasil

Segunda lista da Bolsa Pódio de 2017 contempla medalhistas olímpicos e paralímpicos do Rio

Após a publicação da primeira lista de 2017, no último dia 26, em que a Bolsa Pódio contemplou 183 atletas olímpicos e paralímpicos para receberem os recursos que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil por mês, chegou a vez de mais 56 nomes serem divulgados. A lista publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (12.06) contempla 23 medalhistas dos Jogos Rio 2016. O investimento é de R$ 5,256 milhões para os 38 atletas paralímpicos beneficiados, e de outros R$ 2,448 milhões para 18 representantes de modalidades olímpicas, totalizando um desembolso anual de R$ 7,7 milhões.

O anúncio oficial da nova lista será realizado pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, nesta segunda, no Rio de Janeiro, às 13h. O evento será no Muro dos Campeões, no Parque Olímpico da Barra e contará com a participação de Karla Cardoso (judô paralímpico), Felipe Gomes (atletismo paralímpico), Flávia Saraiva (ginástica) e Isabel Clark (snowboard), que assinarão o termo de adesão ao programa, entre os atletas. Também estarão no evento José Antônio Martins Fernandes, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo; Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis; e Ivaldo Brandão, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, entre outras autoridades.

"Muita gente pensa que ser atleta é um hobby, mas é uma profissão. Não somos atletas por apenas quatro horas, mas 24h. Temos que treinar, descansar e comer como atletas. A Bolsa Pódio é uma super ajuda que a gente tem para manter o rendimento e melhorar cada vez mais. Desde que ela surgiu, os resultados dos brasileiros deram um salto enorme, e continuam dando", avalia Verônica Hipólito, medalhista de prata (100m T38) e de bronze (400m T38) no atletismo dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. "Com a bolsa, eu pude me dedicar mais ao esporte sem me preocupar com o resto. Antes, muita gente me falava que eu precisava de um emprego, que não podia me dedicar 24h ao atletismo", compara.

Verônica Hipólito: Não somos atletas por apenas quatro anos, mas 24 horas. Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPBVerônica Hipólito: Não somos atletas por apenas quatro anos, mas 24 horas. Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Outra contemplada entre os paralímpicos é Jane Karla Rodrigues, ex-atleta do tênis de mesa e que, desde 2015, representa o país no tiro com arco. Em sua estreia nos Jogos pela nova modalidade, a arqueira por pouco não beliscou o pódio, caindo nas quartas de final do arco composto diante da chinesa vice-campeã mundial Yueshan Lin. A brasileira foi campeã dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015.

"O investimento engloba tudo: equipamentos, viagens. Eu me dedico 100% ao esporte, não tenho outra renda, então ela também mantém a minha casa. Fiz até uma salinha de treinamento"Jane Karla, tiro com arco paralímpico

"A Bolsa Pódio é uma força muito grande para a gente porque no esporte, em geral, é difícil conseguir patrocínio. Se não fosse a bolsa, eu não teria chegado tão longe, e esse novo apoio vai trazer ainda mais resultados", acredita. "O investimento engloba tudo: equipamentos, viagens. Eu me dedico 100% ao esporte, não tenho outra renda, então ela também mantém a minha casa. Fiz até uma salinha de treinamento", conta.

Agora com um ciclo completo pela frente para se dedicar ao tiro com arco, Jane Karla já considera os Jogos de Tóquio 2020 como um grande sonho a ser concretizado. "Quero muito estar lá. Vou disputar uma seletiva no fim do mês, em Goiânia, que vale vaga para o Mundial de setembro, em Pequim. Se Deus quiser estarei representando o Brasil", deseja.

Novos nomes

A relação publicada nesta segunda-feira conta com 10 estreantes na categoria Pódio, um deles beneficiado pela primeira vez dentro do programa Bolsa Atleta. Julio Cesar Agripino, do atletismo paralímpico, disputou os Jogos do Rio 2016. No Circuito Caixa Nacional de 2016, foi campeão nos 1.500m. Já no Circuito Loterias Caixa deste mês, levou o ouro nos 1.500m e nos 5.000m.

Ainda entre os paralímpicos, integram a lista da Bolsa Pódio pela primeira vez: Fábio Bordignon, Cícero Nobre, Gabriela Ferreira, Kesley Teodoro e Mauro Evaristo, todos do atletismo, além de Marcelo dos Santos, prata nas duplas mistas na bocha (BC4), e de Patrícia dos Santos, da natação. Já os dois atletas olímpicos estreantes são Ane Marcelle, do tiro com arco, e Evandro Gonçalves, do vôlei de praia.

No time dos atletas que já eram bolsistas estão os medalhistas Thiago Braz, que conquistou o inédito ouro na prova de salto com vara, além de quebrar o recorde olímpico; o ginasta Arthur Zanetti, ouro nas argolas em Londres-2012 e prata no Rio; Felipe Wu, medalhista de prata na pistola de ar 10m do tiro esportivo; a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs na classe 49er FX, o primeiro ouro feminino brasileiro da vela na história das Olimpíadas; e Poliana Okimoto, bronze em maratonas aquáticas, a primeira medalha do país na modalidade.

Poliana Okimoto avalia que a Bolsa Pódio foi decisiva para conquistar o bronze olímpico. Foto: Francisco Medeiros/MEPoliana Okimoto avalia que a Bolsa Pódio foi decisiva para conquistar o bronze olímpico. Foto: Francisco Medeiros/ME

Poliana acredita que o apoio da Bolsa Pódio teve participação na conquista do bronze no Rio de Janeiro. "Recebo desde 2013 e isso me ajudou muito no último ciclo. Fui para três Olimpíadas, e nas duas anteriores (Londres e Pequim) não tínhamos esse auxílio. Para o Rio 2016, o patrocínio foi fundamental para ganhar a medalha de bronze", destaca a campeã mundial de 2013. "Todo detalhe faz diferença no esporte de alto rendimento. O Bolsa Pódio me deu estrutura, tranquilidade para treinar, para comprar os meus suplementos e equipamentos, fazer as viagens que precisava fazer. Acho que uma parte da medalha foi graças à Bolsa Pódio", acrescenta.

Entre os atletas paralímpicos que já eram bolsistas estão também: Daniel Martins, ouro nos 400m livre (classe T20) e recorde mundial da prova; Phelipe Rodrigues, com quatro medalhas na natação; Antônio Tenório, que conquistou sua sexta medalha paralímpica da carreira com a prata na categoria até 100kg; e Bruna Alexandre, que se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha no tênis de mesa nos Jogos, com o bronze na classe 10.

Novas listas

O prazo para indicação de atletas à Bolsa Pódio neste ciclo olímpico, conforme o primeiro edital, lançado em dezembro de 2016, segue até 10 de outubro. Outras listas de contemplados devem ser publicadas até o fim deste ano. Para concorrer, o atleta deve estar em plena atividade, vinculado a uma entidade de prática esportiva ou a alguma entidade nacional de administração do desporto, e entre os 20 primeiros no ranking mundial da modalidade ou prova específica.

O atleta deve, ainda, ser indicado pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto em conjunto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério do Esporte. Também precisa apresentar declaração de recebimento, ou não, de qualquer tipo de patrocínio de pessoas jurídicas, públicas ou privadas, apontando valores efetivamente recebidos e os períodos de vigência dos contratos. Os bolsistas que conquistaram medalhas na última edição dos Jogos Rio 2016 têm prioridade na renovação das bolsas, conforme determina a Lei nº 12.395, de 2011.

A análise das indicações e dos planos esportivos é realizada pelos grupos de trabalho instituídos pela Portaria nº 456, de 24 de novembro de 2016, do Ministério do Esporte, respeitada a modalidade específica de cada atleta. Após a aprovação da indicação, o atleta é notificado para, em até sete dias úteis, preencher o cadastro on-line e apresentar o plano esportivo.

A permanência do atleta é reavaliada anualmente e está condicionada ao cumprimento do plano esportivo, previamente aprovado pelo grupo de trabalho, e à permanência no ranqueamento da respectiva entidade internacional.

Apoio direto

A categoria Pódio é a mais alta do programa Bolsa Atleta e foi criada, em 2013, com o objetivo de patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais nos Jogos Rio 2016. No período, foram contemplados 322 atletas, num investimento de R$ 60 milhões. Até maio deste ano, o desembolso do programa alcança a marca de R$ 83,5 milhões.

Considerado o maior programa de patrocínio individual do mundo, o Bolsa Atleta, criado em 2005, já concedeu cerca de 51 mil bolsas para 20,7 mil atletas de todo o país. No exercício de 2016, 6.217 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas estão contemplados e outros 1.080 de modalidades não olímpicas e não paralímpicas. Na década, os recursos destinados ao programa superam R$ 890 milhões.

São apoiados pelo programa atletas que tenham obtido bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades. O contemplado recebe o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria: Atleta de Base (R$ 370); Estudantil (R$ 370); Nacional (R$ 925); Internacional (R$ 1.850); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).

O impacto da Bolsa Atleta foi medido nos Jogos Rio 2016. Na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros – a maior campanha da história –, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas. Já nos Jogos Paralímpicos, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio financeiro do Ministério do Esporte.

Ana Cláudia Felizola, Breno Barros e Cynthia Ribeiro - Ministério do Esporte

 
 

Ministro do Esporte anuncia novos contemplados pela Bolsa Pódio

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, anuncia nesta segunda-feira (12.06), no Rio de Janeiro, às 13h, a nova lista de contemplados pela categoria Pódio do Programa Bolsa Atleta. O evento será no Muro dos Campeões, no Parque Olímpico da Barra. A entrada será a partir das 12h30, pelo Portão 7. 

O evento contará com a participação da Karla Cardoso (judô paralímpico), Felipe Gomes (atletismo paralímpico) e Isabel Clark (snowboard), que assinarão o termo de adesão ao programa. Também estarão no evento José Antônio Martins Fernandes, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo; Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis; e Ivaldo Brandão, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, entre outras autoridades.


Mais informações

Assessoria de Imprensa - Ministério do Esporte
+ 55 (61) 3217-1875
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www.esporte.gov.br
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Em reunião plenária, APFut aprova resoluções sobre contrapartidas e antecipação de receitas

Foto: DivulgaçãoFoto: DivulgaçãoA Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut) realizou nesta sexta-feira (09.06), no Rio de Janeiro, a 2ª reunião plenária. Dentre os temas tratados no encontro, destaque para as duas resoluções votadas pelos membros da entidade. A primeira trata do procedimento de fiscalização das entidades esportivas e o cumprimento das contrapartidas estabelecidas pelo Profut. A segunda define o conceito de antecipação das receitas pelas instituições que aderiram ao refinanciamento. 
 
De acordo com o presidente da APFut, Luiz Mello, as resoluções aprovadas são importantes para estabelecer diretrizes sobre temas importantes relacionados às regras  do Profut. “Essas resoluções vão ao encontro dos nossos objetivos e vão ajudar no andamento de nossos trabalhos. Definir, por exemplo, o que é antecipação de receita é fundamental para organizar nossa função de governança”, explicou Mello.
 
Ascom – Ministério do Esporte

Ministro participa da abertura dos Jogos da Baixada no Parque Olímpico da Barra

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participa neste sábado (10.06) da abertura do maior evento socioesportivo da Baixada Fluminense, os Jogos da Baixada. A solenidade será às 9h, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, palco dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016. Com cerca de 3 mil atletas participantes, de 13 delegações do estado, a competição reunirá disputas de oito modalidades, nas categorias sub-14 e sub-17: futebol, handebol, vôlei, atletismo, basquete, xadrez, natação e futsal. Após a cerimônia, terão início as partidas da primeira fase do futsal (masculino) e do handebol (masculino e feminino), na categoria sub-17. As demais competições, que seguem até o dia 16 de julho, serão realizadas na Baixada.
 
Ascom – Ministério do Esporte
Contato: Paulo Rossi – (61) 99672-1036
 

Primeiro Workshop da Lei de Incentivo ao Esporte reúne centenas de pessoas em Brasília

Organizado pelo Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE), o Ministério do Esporte realizou, nesta quinta-feira (08.06), no Centro de Convenções, em Brasília, o 1º Workshop da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). O evento, que contou com palestras durante toda a manhã e tarde, reuniu centenas de representantes de associações, clubes, federações, entes governamentais, institutos e ligas de todo o país, que representam o universo de proponentes da LIE.

Durante todo o dia, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer em detalhes como funciona o ritual de aprovação dos projetos da Lei de Incentivo ao Esporte dentro do DIFE, ouviram esclarecimentos sobre como preparar um projeto de modo a evitar que o processo de análise no Ministério do Esporte seja atrasado por falhas na elaboração e ainda puderam tirar dúvidas sobre a LIE e sobre outros temas ligados aos projetos.

Fotos: Luiz Roberto Magalhães/MEFotos: Luiz Roberto Magalhães/ME

Campeã mundial de basquete em 1994 e dona de duas medalhas em Jogos Olímpicos – prata em Atlanta 1996 e bronze em Sydney 2000 –, entre diversos outros títulos, a paulista Janeth Arcain foi uma das participantes. A ex-jogadora administra o Instituto Janeth Arcain, fundado em 2002, que desenvolve projetos para jovens de 7 a 17 anos e que atua em cinco núcleos: Bragança Paulista (SP), Atibaia ( SP), Cubatão (SP), Santo André (SP) e João Pessoa (PB).

“Trabalho com a Lei de Incentivo ao Esporte desde o primeiro ano, em 2007, e ainda bem que veio essa lei para ajudar o esporte brasileiro”, elogiou Janeth. “Foi essa lei que viabilizou a continuidade dos meus projetos e de várias outras instituições. Achei muito interessante a iniciativa desse primeiro workshop e todas as mudanças que foram feitas para que as pessoas apresentem mais projetos”, continuou. “No nosso caso, o workshop serviu como um update para os nossos projetos. Foi muito esclarecedor, não só para quem já tem projetos, mas, principalmente, para quem nunca apresentou um projeto e quer fazer isso”, concluiu a estrela do basquete nacional.

Formado em gestão pública e atualmente cursando pós-graduação em gestão de esportes, Rômulo Freitas desembarcou em Brasília vindo de Porto Alegre especialmente para acompanhar o workshop.

» Saiba mais sobre a Lei de Incentivo ao Esporte

“Vim para ter um olhar mais detalhado sobre a Lei de Incentivo ao Esporte para tentar contribuir com o meu município. Queremos qualificar as associações para que elas possam buscar fontes de recursos junto à iniciativa privada para projetos diversos no esporte, como reformas de ginásios e outros programas”, explicou.

“Percebi que as melhorias no programa vão ajudar a ampliar os recursos. Achei o workshop maravilhoso e para mim foi uma experiência única. A organização, os funcionários e a comunicação no workshop foram muito eficientes”, elogiou Rômulo.

Demanda reprimida

Diretor Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte, do Ministério do Esporte, José Cândido da Silva Muricy analisou a importância do workshop. “O sucesso é em função da demanda reprimida. A lei foi criada em 2006 e só em 2008, se não me engano, houve um seminário abordando a lei e nunca mais foi feito uma atividade nesse sentido. O que a gente percebeu é que havia uma grande distância entre nós e os proponentes, gerando até uma percepção de um dinheiro, de um recurso ou de instrumento de fomento ao esporte, mas muito distante da realidade e fora do alcance de qualquer um. E o que a gente quer é justamente encerrar isso. Queremos desmistificar, aproximar e criar uma relação para próxima para ajudar a fomentar o esporte no Brasil, utilizando todos os recursos que a gente tem disponível”, esclareceu Muricy.

Sancionada em 29 de dezembro de 2006, a Lei nº 11.438 tornou-se um importante instrumento para o desenvolvimento do esporte brasileiro em todos os níveis. Desde que foi implementada, em 2007, até 2016, a Lei de Incentivo ao Esporte destinou mais de R$ 1,87 bilhão para três vertentes: projetos voltados ao esporte como lazer – chamado de esporte de participação –, ao esporte como instrumento de educação e ao esporte de alto rendimento.

Apenas em 2016, 726 projetos foram publicados e R$ 265.727.473,33 foram captados, o maior valor anual desde a implementação da lei, em 2007. Entretanto, como o limite para a captação de recursos é da ordem de R$ 400 milhões, a LIE ainda tem um grande espaço para que os projetos, uma vez aprovados, possam captar recursos.

Capacidade técnica

Secretário de Esporte e Lazer do Espírito Santo, Max da Mata também participou do workshop. “Nós tivemos um projeto, chamado Esporte pela Paz, que foi o primeiro que fizemos com recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte (em 2013 e 2014). Agora, enviamos um segundo projeto para uma nova edição do Esporte pela Paz”, revelou o secretário.

“A Lei de Incentivo ao Esporte é importantíssima para criar uma cultura mais eficiente de investimentos pela iniciativa privada. Neste workshop ficou claro a capacidade técnica e o comprometimento da equipe do Ministério do Esporte que trata do assunto. As pessoas acham que os projetos só existem com foco em questões políticas, mas isso não é verdade. Esse workshop deixou claro isso. Questões como apresentação do projeto e prestação de contas são tão complexas que os governos deveriam ter em suas equipes técnicos para trabalhar especificamente com projetos via Lei de Incentivo ao Esporte, pois esses recursos podem alavancar muito o esporte nos estados”, analisou Max da Mata.

Uma das instituições mais prestigiadas e reconhecidas no país na formação de atletas, o Grêmio Náutico União (GNU), de Porto Alegre, também enviou representantes para o workshop. Coordenadora de projetos do GNU, Luciana Miotto de Oliveira ressaltou a importância da LIE para sua instituição.

“A Lei de Incentivo ao Esporte é fundamental para os clubes na formação e no desenvolvimento dos atletas”, afirmou Luciana. “O Ministério do Esporte abre essa possibilidade e é na Lei de Incentivo ao Esporte que as empresas têm condições de apoiar. Para nosso clube ela é essencial e o workshop foi muito importante, pois ele esclarece e fundamenta muitos questionamentos que surgem durante a elaboração dos projetos. Quando soubemos que o ministério faria o workshop imediatamente resolvemos participar”, prosseguiu.

Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte 

Mundial Escolar de Triathlon é aberto oficialmente em Aracaju

Com direito a desfiles de delegações internacionais e uma animada roda de forró, a cidade de Aracaju (SE) recebeu na tarde desta quinta-feira (08.06) a cerimônia de abertura do Mundial Escolar de Triathlon. Promovido pela Federação Internacional de Esporte Escolar (ISF, na sigla em inglês), a competição reúne cerca de 300 atletas de 12 países, entre os dias 6 e 12 deste mês. Realizado na Orla de Atalaia, cartão postal da capital sergipana, o Mundial contará com provas de 750m de natação, 10km de bicicleta e 5km de corrida. No último torneio da categoria, realizado em maio de 2015 na França, o Brasil conquistou a medalha de bronze na seleção mista 1999/2000.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

Para o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, a realização de torneios desta amplitude com atletas mais jovens é primordial para o desenvolvimento do esporte brasileiro. “Este é, sem dúvidas, um evento de alcance mundial, que vai ajudar a divulgar os atributos das nossas cidades por todo o mundo. O desporto escolar é fundamental para a detecção de talentos e para a formação dos principais expoentes do esporte brasileiro, além de cumprir a tarefa de qualificar cada vez mais o esporte nas escolas como uma importante ferramenta da educação”, afirmou o ministro.

“É um evento que mexe com tudo em nossa cidade. Mexe com a nossa autoestima, porque Aracaju sedia um evento tão importante, também incentiva a prática do esporte, que é fundamental para o desenvolvimento saudável e para a qualidade de vida e, por fim, movimenta o turismo porque divulga a nossa cidade e atrai turistas para virem conhecer nossas belezas naturais, culinária e festas”, comemorou o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira.

Além das autoridades já citadas, estiveram presentes na cerimônia o Secretário Nacional de Esporte, Leandro Cruz Fróes, o Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Luiz Lima, além do governador de Sergipe, Jackson Barreto, e do representante da ISF, Alex Grey.

Leonardo Picciani: "O desporto escolar é fundamental para a detecção de talentos e para a formação dos principais expoentes do esporte brasileiro". Foto: Francisco Medeiros/MELeonardo Picciani: "O desporto escolar é fundamental para a detecção de talentos e para a formação dos principais expoentes do esporte brasileiro". Foto: Francisco Medeiros/ME

Investimentos

Vinte e nove atletas de modalidades olímpicas/paralímpicas nascidos em Sergipe são patrocinados pelo Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte, em investimento total de R$ 281,9 mil ao ano. Na categoria estudantil, dez sergipanos são contemplados com a Bolsa. Separando apenas por modalidade, o triatlo tem 34 atletas olímpicos e paralímpicos da modalidade patrocinados neste exercício, em investimento é de R$ 474 mil. Ouro no Campeonato Sul Americano de Triathlon, categoria Iniciante, em 2015 e campeã Brasileira em 2012 e 2013, a triatleta e bolsista Bárbara Juliana é natural de Sergipe. Entre os paralímpicos, três triatletas foram contemplados na primeira lista da Bolsa Pódio: André Arenhart Barbieri, Carlos Rafael Fonseca Viana e Fernando Aranha Rocha, em investimento total de R$ 360 mil.

Pedro Ramos - Ministério do Esporte

Ministério do Esporte e governo do Ceará discutem gestão do Centro de Formação Olímpica do Nordeste

O Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO), em Fortaleza (CE), recebeu nesta quinta-feira (08.06) a visita do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, do governador do Ceará, Camilo Santana, além de autoridades locais e do Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Luiz Lima. Durante o encontro, foram discutidas opções para a futura gestão e manutenção do centro de treinamento da capital cearense. Construído em frente à Arena Castelão, o CFO dispõe de uma das estruturas mais modernas do mundo para treinamentos e competições de 28 modalidades olímpicas e paralímpicas, além do futsal – em área total de quase 86 mil m² – e abriga o maior ginásio multiuso climatizado do Brasil, com capacidade para até 20 mil pessoas. 

Fotos: Pedro Ramos/MEFotos: Pedro Ramos/ME

“É uma estrutura extraordinária, sem dúvida uma das melhores do país e a melhor da região Nordeste e, portanto, um espaço fundamental para o desenvolvimento do esporte brasileiro. É uma tarefa do Ministério do Esporte, junto ao governo do estado e outros parceiros, encontrar a melhor forma de atender à população. Vamos pensar juntos o melhor modelo de gestão e muito em breve vamos aplicar as medidas necessárias para o funcionamento pleno do Centro. Nosso dever de casa, agora, é planejar”, apontou o ministro Leonardo Picciani. “O grande desafio para a gente tornar esse equipamento cem por cento eficaz para o desenvolvimento do esporte é uma boa gestão e atingir todos os públicos: a iniciação esportiva, a inclusão social e o esporte de competição, abrangendo toda a sociedade. Esse é o grande segredo do sucesso para um equipamento como este”, completou o secretário Luiz Lima.

“A expectativa é que sejam necessários em torno de R$ 20 milhões por ano para garantir o funcionamento do Centro. O estado tem discutido diversas possibilidades: fazer uma concessão privada do equipamento, uma parceria com o próprio Ministério do Esporte, com o Comitê Olímpico Brasileiro, com as federações. A equipe técnica agora vai buscar encontrar esse caminho”, afirmou o governador Camilo Santana.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

Técnico da equipe de basquete Solar Cearense, Alberto Bial ressaltou a importância da utilização constante do CFO. “É um equipamento que não tem igual na América Latina e que no mundo tem poucos semelhantes. O que a gente precisa é dar vida a ele, colocar gente para fazer com que os atletas e revelações evoluam, trazer grandes craques para treinar aqui, fazer isso aqui pulsar”, afirmou.

Apesar de ainda não ter sido entregue oficialmente, o CFO já recebeu diversos eventos em 2017, como: a 1ª Etapa do Campeonato Cearense de Bicicross 2017, a 2ª Etapa Estadual de Badminton 2017, o Campeonato Cearense de Judô 2017, o 5° Campeonato Brasileiro de Jiu Jitsu Profissional e até uma edição do Ultimate Fighting Championship (UFC). Desde fevereiro deste ano, cerca de 27 mil pessoas já passaram pelo complexo.

No próximo fim de semana, o CFO receberá o Festival das Olimpíadas Especiais, com provas de natação, futsal e atletismo para atletas com deficiência intelectual. De acordo com o Assessor das Olimpíadas Especiais Brasil no Estado do Ceará, Júnior Araújo, cerca de 200 competidores e mais de 250 voluntários devem participar do torneio. “A gente conseguiu tirar isso do eixo Rio-São Paulo, trazer esse legado olímpico e paralímpico aqui para o Nordeste. Uma das etapas que devemos percorrer antes de trazer as Olimpíadas Especiais é fazer este Festival, que vai acontecer aqui nesta sexta e sábado”, explicou Araújo.

Investimento

O CFO recebeu investimentos da ordem de R$ 250,4 milhões, sendo R$ 207 milhões do Ministério do Esporte, R$ 19 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 24 milhões do governo do estado do Ceará. As obras foram iniciadas em 2013 e contaram com recursos da segunda etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC-2), por meio do Plano Brasil Medalhas. As 29 modalidades que podem ser ofertadas na estrutura são: atletismo, natação, badminton, nado sincronizado, basquete, pentatlo moderno, boxe, rúgbi, ciclismo, tênis, handebol, taekwondô, esgrima, tênis de mesa, futebol, tiro com arco, ginástica, triatlo, levantamento de peso, voleibol, hóquei sobre grama, vôlei de praia, judô, polo aquático, lutas, saltos ornamentais, caratê, skate e futsal. Em julho, o projeto Brincando com Esporte será realizado no complexo esportivo.

Pedro Ramos - Ministério do Esporte

Programa de passaporte biológico já está em curso na ABCD

Um dos programas mais recentes na cruzada antidoping, o passaporte biológico já está em processo de implantação no Brasil. Desde 11 de março, o uruguaio José Veloso Fernandez, 56 anos, médico especializado em medicina do esporte e controle de dopagem, com 35 anos de experiência na área, trabalha como consultor na equipe da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e caberá a ele a responsabilidade de coordenar o programa no país.

“O passaporte biológico é uma pesquisa que analisa dados indiretos que podem apontar o possível uso de doping”, resume o Dr. Veloso. “Nós não buscamos detectar diretamente o uso de uma determinada substância proibida e, sim, traçar um perfil individual e longitudinal (vários dados em uma mesma análise), preferencialmente em vetores de sangue e vetores esteroidais na urina”, continua o especialista.

Da esquerda para a direita: o Dr. Veloso, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e Rogério Sampaio. Foto: Francisco Medeiros/MEDa esquerda para a direita: o Dr. Veloso, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e Rogério Sampaio. Foto: Francisco Medeiros/ME

Diretor-médico da Organização Antidopagem do Uruguai, Dr. Veloso acumula uma longa experiência e em seu currículo consta a atuação em cinco Jogos Olímpicos: Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016. No Uruguai, ele iniciou, em 2011, o trabalho com passaporte biológico.

A utilização do passaporte biológico foi formalizada pelo comitê executivo da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) em 1º de dezembro de 2009, mas sua aplicação na América Latina ainda está em estágios iniciais.

Na prática, o programa funciona assim: em um determinado período (em geral de um ano), o atleta tem seu material biológico (sangue e/ou urina) coletado e as amostras são analisadas minuciosamente levando-se em consideração alguns parâmetros pré-estabelecidos.

“Os dados são obtidos pelo módulo hematológico (sanguíneo) de análise de glóbulos vermelhos e outros elementos do sangue, como hematócritos e hemoglobina, por exemplo. Na urina, são obtidos dados pelo módulo esteroidal. A partir daí, nós traçamos um perfil para cada atleta”, detalha o Dr. Veloso.

Exemplo de um perfil dentro da normalidade de um passaporte biológico. Foto: reproduçãoExemplo de um perfil dentro da normalidade de um passaporte biológico. Foto: reproduçãoPara todos os dados analisados, há um limite mínimo e máximo no qual os parâmetros sanguíneos e de urina podem oscilar. Caso os resultados das análises ultrapassem esses limites, uma junta de três especialistas é estabelecida e a partir de suas interpretações o atleta pode se tornar suspeito de uso de doping.

“A análise dos dados é feita por um painel de três especialistas que devem ser unânimes no veredito em um mesmo tempo. Os especialistas não afirmam o uso de doping. O que eles fazem é descartar a hipótese de que as modificações no perfil se devam a condições patológicas (doenças) ou genéticas por conta de raça, sexo ou idade. Isso nos permite chegar à conclusão de que há uma suspeita de doping”, explica o uruguaio.

Essa junta de especialistas deve ser formada, nos casos de análises sanguíneas, por um hematologista clínico, um médico do esporte e um fisiologista do exercício. No caso das análises de urina, é necessário um especialista em análises de laboratório, em doping com esteróides e em endocrinologia clínica.

“O programa do passaporte biológico é o que há de mais moderno no controle de dopagem”, destaca Rogério Sampaio, secretário nacional da ABCD. “A WADA preconiza que as principais NADOS (National Anti-Doping Organizations, organizações nacionais antidoping de cada país, no caso do Brasil a ABCD) dêem início a esse programa e como nós não temos no Brasil alguém com conhecimento nessa área, conseguimos trazer o Dr. Veloso por meio de um convênio com a Unesco. Ele é consultor internacional e vai nos ajudar a implantar o programa do passaporte biológico. Esse ano, o programa já entra em atividade e vai se fortalecer no país nos próximos anos”, continua Rogério.

“A ideia é fazer nesse ano aproximadamente 40 passaportes biológicos, 30 de sangue e 10 de urina. Em cada passaporte nós teremos, nesta fase inicial, aproximadamente quatro controles com o mesmo atleta. Com esse programa, o Brasil se aproxima cada vez mais das principais NADOS do mundo e eu acho que esse passo em direção da execução do passaporte biológico é tão importante quanto a instituição do Tribunal de Justiça Antidopagem. Nós temos avançado a passos largos para que o controle de dopagem no Brasil seja o mais moderno, o mais seguro e que trabalhe no sentido de garantir o jogo limpo para todos os atletas”, prossegue o secretário.

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, também destacou a importância do programa de passaporte biológico no Brasil. “A ABCD toma uma medida muito importante de estar atualizada com as principais técnicas do controle de dopagem, com o que há de mais moderno para garantir o jogo limpo e a segurança e a saúde dos atletas. Receber como consultor um profissional do quilate do Dr. Veloso é algo que certamente engrandecerá muito esse trabalho coordenado pela ABCD”.

Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem

Para o uruguaio, o fato de o Brasil possuir um laboratório acreditado pela WADA, o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), um dos legados dos Jogos Rio 2016, será determinante para o sucesso do programa brasileiro de passaporte biológico.

Flebotomistas participam de certificação da ABCD em Manaus. Foto: ABCD/divulgaçãoFlebotomistas participam de certificação da ABCD em Manaus. Foto: ABCD/divulgação“Isso é um pressuposto fundamental para o programa. Nesse caso, o controle da temperatura das amostras é fundamental. Uma vez coletadas, as amostras devem chegar ao laboratório em no máximo 36 horas para terem valor para o passaporte biológico. Então, ter um sistema ágil de transporte é fundamental e a ABCD tem um plano de transporte de amostras já implantado por conta dos Jogos Rio 2016 que vai ser muito útil”, elogia.

José Veloso Fernandez foi contratado para um período de dez meses de trabalho junto à ABCD. Ele explica que na primeira fase do projeto o objetivo é capacitar flebotomistas, os profissionais que atuam na coleta de amostras de sangue.
Na semana passada, o Dr. Veloso, acompanhado de uma equipe da ABCD, esteve em Manaus capacitando flebotomistas, a exemplo do que foi feito no fim de maio, em Porto Alegre. “O objetivo é que esses oficiais estejam certificados e recertificados (aqueles que já possuem certificação pela ABCD deverão ser reavaliados) em quatro meses para que já em setembro a ABCD comece com os primeiros passaportes”, adianta o Dr. Veloso.

“O Brasil entra em um novo estágio na luta contra o doping com o passaporte biológico”, afirma Alexandre Velly Nunes, diretor de operações da ABCD. “Nossa perspectiva é de que nos próximos 10 a 12 meses nós já tenhamos os primeiros resultados e com certeza seremos destaque na América do Sul no trabalho com passaportes biológicos”, conclui o dirigente.

Luiz Roberto Magalhães - Ministério do Esporte
 

Ministro do Esporte visita em Fortaleza o Centro de Formação Olímpica

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, visita nesta quinta-feira (08.06), às 10h, o Centro de Formação Olímpica (CFO), em Fortaleza (CE). Também participam da agenda o governador do estado, Camilo Santana, e o secretário do Esporte do Ceará, Euler Barbosa, além do responsável pela administração do centro, Vitor Oliveira.
 
Depois de Fortaleza, o ministro segue para Aracaju, onde participa da abertura do Campeonato Mundial Escolar de Triathlon, às 16h. A competição conta com a participação de cerca de 300 atletas de 12 países, sendo mais de 40 competidores brasileiros.
 
Serviço
10h - Visita ao Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO)
Endereço: Av. Alberto Craveiro - Castelão
11h - Coletiva de Imprensa
Local: Lounge em frente às salas das federações no CFO
 
16h - Abertura do Campeonato Mundial Escolar de Triathlon
Local: Projeto Tamar, Oceanário de Aracaju
 
Ascom – Ministério do Esporte
Contato: Paulo Rossi – (61) 99672-1036
 
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