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Comissão do Esporte na Câmara debate proposta que transforma clubes de futebol em empresas

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados realizou, nesta quarta-feira (09.10), um debate sobre a proposta de transformação dos clubes de futebol em empresas. Com a presença de deputados, representantes do governo federal, presidentes de clubes e dirigentes esportivos, a mesa redonda ampliou a discussão de um projeto de lei em formatação pelo relator, o deputado federal Pedro Paulo, que propõe incentivos aos clubes para deixarem de ser associações civis e virarem empresas. O encontro foi realizado no Plenário 4 do Anexo II da Câmara, em Brasília.

Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/ Ministério da Cidadania

A mesa, presidida pelo deputado Fábio Mitideiri, contou com a presença do secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Ronaldo Lima, e do representante do Ministério da Economia, Júlio César Carneiro; dos presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do Corinthians, Andres Sanchez; e o diretor jurídico da Confederação Brasileira de Futebol, Luiz Felipe Santoro. 

“Todos nós queremos que o futebol brasileiro seja cada vez mais forte e que não fique para trás. Não queremos ver o Brasil perdendo seu protagonismo. A gente espera que esse debate possa ajudar nesse sentido, e o que a Câmara dos Deputados quer é fazer seu papel de Casa Legisladora. Sabemos que o projeto ainda não é o definitivo, mas é o que está sendo construído. O certo é que algo tem que ser feito em prol do futebol brasileiro”, afirmou Mitidieri na abertura da audiência. 

A proposta de Pedro Paulo é um substitutivo ao Projeto de Lei 5082/2016, de autoria de Otavio Leite e Domingos Sávio. Pela nova formatação, os clubes teriam a possibilidade de trocar o modelo de associação civil para uma empresa, com chance de refinanciamento de dívidas públicas, que seriam assumidas pelas novas empresas criadas. “É importante ressaltar que a mudança não será obrigatória”, indicou o deputado.

O secretário Ronaldo Lima explicou que o tema ainda precisa ser debatido de forma mais ampla. “Enquanto governo, não podemos e não devemos focar apenas nos sintomas. Precisamos enfrentar as causas. Não passa pela Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor a ideia de que somente transformar os clubes em empresas resolverá os problemas do futebol brasileiro. Existem tantos outros clubes que fazem parte do contexto do futebol brasileiro que não estão entre os 20 da Série A e os 20 da Série B. São cerca de 700 clubes, que precisam ser trabalhados com a mesma atenção. Isso não pode ser tratado com pressa. Por isso não entendemos que é necessário esse açodamento”, disse Lima. 

“A Secretaria Especial do Esporte está trabalhando para instituir dez câmaras temáticas, que debaterão 140 problemas que encontramos no futebol brasileiro hoje. Nossa ideia é propor aperfeiçoamentos de pontos da legislação atual. Até junho de 2021, debateremos com especialistas em suas áreas de atuação. São eles representantes de clubes, federações, atletas, juristas e a CBF, entre outros. Faremos estudos e ações sobre o marco regulatório na área do futebol e apresentaremos soluções e inovações para o desenvolvimento. No fim teremos um Estatuto do Futebol”, acrescentou o secretário nacional. 

Galeria de fotos - Audiência pública na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados 

Audiência pública na Comissão do Esporte da Câmara dos DeputadosAudiência pública na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados

Ascom - Ministério da Cidadania  

Grand Slam de Judô: todos os 17 medalhistas brasileiros recebem a Bolsa Atleta

Encerrado na última terça-feira (08.10), o Grand Slam de Judô em Brasília marcou o retorno do torneio ao país após uma lacuna de sete anos. Entre 2009 e 2012, as quatro edições realizadas no Rio de Janeiro somaram aos brasileiros um total de 61 medalhas, sendo 11 ouros, 19 pratas e 31 bronzes. Desta vez, a seleção brasileira deixou os tatames com a conquista de 17 medalhas, todas faturadas por judocas contemplados pelo programa Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

O investimento total nos bolsistas é de mais de R$ 1,2 milhão ao ano. Dos 17, oito foram atendidos pela mais alta categoria, a Pódio, neste ano: Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), David Moura (+100kg), Rafaela Silva (57kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg). Além disso, dos 56 convocados para a competição – já que o Brasil, enquanto país-sede, podia inscrever quatro atletas por categoria –, 36 fazem parte do programa, resultando em um aporte mensal de R$ 133.275 e anual de quase R$ 1,6 milhão.

Suelen e Bia: briga direta pela vaga olímpica no pesado feminino. Foto: Roberto Castro / rededoesporte.gov.brSuelen e Bia: briga direta pela vaga olímpica no pesado feminino. Foto: Roberto Castro / rededoesporte.gov.br

Os recursos federais ajudaram ainda na própria realização do evento, que recebeu 316 atletas (176 homens e 140 mulheres), de 55 países. Por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) captou R$ 2 milhões, enquanto outros R$ 3 milhões resultaram de emendas parlamentares. “Esse Grand Slam traz um significado muito grande do desenvolvimento esportivo que nós estamos implementando junto com as confederações e a Secretaria do Esporte”, destaca o secretário especial do Esporte, Décio Brasil.

Os quatro ouros, as nove pratas e os quatro bronzes da seleção brasileira fizeram com que o país encerrasse a competição em casa na liderança do quadro geral de medalhas. Na sequência aparecem Japão (2 ouros e 2 bronzes), Grã-Bretanha (1 ouro, 1 prata e 2 bronzes), Cuba (1 ouro, 1 prata e 1 bronze) e Itália (1 ouro e 1 prata), na lista dos cinco primeiros colocados.

Apesar do resultado ter ficado distante das 34 medalhas que o Brasil conquistou na edição do Rio de Janeiro em 2012, melhor resultado da equipe na história do evento, os pódios alcançados na capital federal foram comemorados pela comissão técnica. “Não dá para comparar o que foi lá e o que é aqui. O nível dos atletas que lá estavam era bem fraco. Hoje a competição estava muito forte”, afirma o gestor de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson, ressaltando a participação de medalhistas olímpicos e mundiais. “Eu digo que as 17 medalhas conquistadas aqui foram muito superiores às 34 de lá”, reforça.

Além disso, nas outras quatro participações em etapas do Grand Slam neste ano, os judocas conquistaram, ao todo, 14 medalhas. “Com este evento ganhamos mais medalhas do que em todo o ano. Isso, em uma briga pela vaga olímpica que é bastante acirrada, alavanca bastante os nossos atletas”, destaca o dirigente.

Galeria de fotos (imagens disponíveis em alta resolução)

Grand Slam de Judô Brasília 2019Grand Slam de Judô Brasília 2019


Ranking atualizado
O Grand Slam é o terceiro evento a distribuir a maior pontuação aos atletas na corrida pela classificação olímpica, que será definida em maio do ano que vem. Foram mil pontos ao campeão de cada categoria, uma soma especialmente relevante nos casos em que mais de um brasileiro disputam, ponto a ponto, a soberania no ranking mundial. A listagem da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês) foi atualizada logo após o evento em Brasília.

Com a inédita vitória em cima de Maria Suelen Altheman, na final do pesado feminino, Beatriz Souza subiu uma posição e agora é a sétima do ranking, enquanto Suelen segue em terceiro. Uma rivalidade vista também entre David Moura e Rafael Silva (+100kg), que já haviam travado um duelo parecido na classificação para os Jogos do Rio. Vencendo Baby na semifinal em Brasília e terminando com a prata, depois de perder para o francês Teddy Riner na decisão, David também subiu um degrau e agora é o quinto do mundo, enquanto Rafael continua em quarto.

“A vaga olímpica ainda não está consolidada em nenhuma categoria”, alerta Ney Wilson. “A dificuldade vai ser para a gente, para poder selecionar quem vai aos Jogos Olímpicos. Mas isso é sempre bom porque, quem sair, sai como candidato a uma medalha olímpica”, aposta.

O ouro de Daniel Cargnin (66kg) também o fortalece na categoria, agora em 5º lugar. Representante do país no Rio 2016, Charles Chibana é o 34º. Também campeã em Brasília, Ketleyn Quadros (63kg) deu um importante salto e passou do 31º para o 18º lugar, superando Alexia Castilhos, que era a 28ª colocada e agora é a 20ª. A evolução mais impressionante, contudo, talvez seja a de Allan Kuwabara (60kg), que conquistou o ouro em seu primeiro Grand Slam e passou da 202ª colocação para a 45ª. Ao vencer a campeã olímpica Rafaela Silva (57kg) e terminar com a prata, Keteleyn Nascimento subiu 74 posições e agora é a 53ª da categoria. Resultados que reforçam a confiança na renovação da seleção.

“Nós nos preocupamos bastante com esse processo de renovação porque a gente tem uma geração muito vencedora, com muitos resultados tanto no feminino quanto no masculino. O masculino tem uma lacuna que está começando a recompor e mostrou aqui que vem bem”, analisa o gestor, salientando que todos os judocas que competirão no Mundial Júnior de Marrakech, entre os próximos dias 16 e 19, disputaram o Grand Slam de Brasília. “Com certeza eles farão um belo Campeonato Mundial Júnior. Acho que eles saem daqui fortalecidos, com uma cabeça diferente”, acredita Ney Wilson.



Ana Cláudia Felizola – rededoesporte.gov.br

Washington Cerqueira participa do 16° Festival Recreativo Especial, no DF

Fotos: Marcia SerfimFotos: Marcia Serfim
O secretário nacional de Educação, Esporte, Lazer e Inclusão Social, Washington Cerqueira, participou da abertura do Festival Recreativo Especial (FREC), em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, nesta terça-feira (8.10). No FREC, realizado anualmente, Centros de Ensino Especial locais desenvolvem, durante quatro dias, atividades esportivas e lúdicas para alunos com deficiência. Apresentações artísticas de alunos dos Centros de Ensino Especial 01 e 02 de Ceilândia; 01 do Guará; 01 de Samambaia; Centro e Centro Educacional 07 de Ceilândia, além de participantes das instituições AMPARE, APAED e Pestalozzi, deram início aos festejos.
 
Marcia Serafim, coordenadora do FREC, conta como foi o convite ao secretário Washington Cerqueira. “Eu disse ao secretário que gostaria muito que ele conhecesse as nossas escolas. Estamos em um governo novo. Então, deputados, secretários e senadores ainda não nos conhecem. Sempre que o governo muda, nós precisamos conhecê-los para que possamos contar com esse apoio.”
 
Fotos: Marcia SerfimFotos: Marcia Serfim
 
Na quarta-feira, o FREC seguirá para a Universidade Católica de Brasília, onde terá o apoio dos estudantes do curso de educação física para a realização de atividades voltadas a alunos com deficiência intelectual, transtorno global do desenvolvimento e autismo, de oficinas pedagógicas e com deficiências múltiplas, desde a educação precoce – de 3 a 15 meses – até os 57 anos.
 
Na quinta, o encontro está marcado no Parque Nacional de Brasília, onde os alunos terão atividades aquáticas. O encerramento, na sexta-feira, terá ações internas em cada centro, com festa de comemoração do Dia das Crianças.
 
Ascom – Ministério da Cidadania
 

Para a Agência Mundial Antidopagem, Brasil é potência em ações de prevenção e educação

Foto: Monique Damasio - Ministério da CidadaniaFoto: Monique Damasio - Ministério da Cidadania
 
O secretário Especial do Esporte, Décio Brasil, e a secretária nacional da Autoridade Brasileira do Controle de Dopagem, Luísa Parente, receberam, nesta quarta-feira (09.10), a diretora do escritório latino-americano da Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês), Maria José Cutri, para apresentar as ações desenvolvidas pela ABCD.
 
Décio Brasil destacou a relevância da visita como forma de trocar conhecimento e experiências. Além disso, o secretário sinalizou a possibilidade de o país ser sede do Seminário Legal Antidopagem Latino-Americano, em 2021. “Estamos ampliando o trabalho da ABCD e os resultados já estão aparecendo. Ter um evento-referência sediado no Brasil é mais uma forma de fortalecermos nossas políticas públicas antidopagem”, falou Décio Brasil. 
 
A secretária Luísa Parente enfatizou o trabalho voltado a ações de prevenção e educação antidopagem, como cursos, palestras e materiais educativos para atletas. “Queremos educar nossos atletas e futuros atletas. Estamos trabalhando na tradução para a língua portuguesa de manuais e cursos on-line disponibilizados na plataforma mundial para que atletas tenham conhecimento antidopagem e para que possamos aproximar o Brasil do programa mundial”, explicou. Para ela, o encontro foi excelente por saber da referência do Brasil diante dos países latino-americanos, além de proporcionar novas ideias e parcerias para ações antidopagem. 
 
Durante todo o dia a diretora da WADA conheceu os espaços da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania e conversou com a equipe que atua na ABCD. Maria José parabenizou o trabalho realizado no Brasil e destacou a campanha Jogo Limpo - que vem sendo aplicada pela ABCD - como exemplar. “O Brasil é um país-potência e referência para a Agência Mundial Antidopagem, não só na América Latina, mas no mundo todo”, afirmou. Maria José salientou que a Agência Mundial quer ajudar a equipe brasileira antidopagem e cooperar com ela, ao destacar a importância desses encontros para que o trabalho desenvolvido seja aprimorado. 
 
Jéssica Barz – Ministério da Cidadania
 
 

CBJ compartilha experiência da Lei de Incentivo com técnicos da Secretaria Especial do Esporte

O judô é a modalidade olímpica brasileira mais vitoriosa em Jogos Olímpicos, com 22 medalhas. Fora dos tatames, o esporte é também referência na busca de recursos para mais bem garantir a evolução e a preparação dos atletas. Durante o evento Café com Incentivo, nesta quarta-feira (09.10), a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) compartilhou com técnicos da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania a experiência em elaboração, captação e execução de projetos com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte.



Os números mostram a força do judô. O esporte conta com mais de 2,5 milhões de praticantes no Brasil, 1.942 clubes, 3.631 instituições e 85.645 atletas federados em todo o país. A CBJ é a terceira entidade que mais captou recursos desde o surgimento da Lei de Incentivo. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a expectativa é que, com a inclusão da disputa por equipes, o país contará com 15 possibilidades de pódios e chances reais em todas as categorias.

O diretor de Marketing e Eventos Internacionais da confederação, Maurício Carlos dos Santos, explicou como o mecanismo legal possibilitou que o esporte crescesse no país. “A Lei de Incentivo veio para mudar os paradigmas do esporte no Brasil. Tínhamos uma linha de trabalho até ter a oportunidade do recurso incentivado. Muito foi feito até aqui, mas ainda podemos fazer muito mais. No mercado de captação de recursos só existe a medalha de ouro – que é o recurso captado, dinheiro na conta e projeto executado”, disse.

O secretário nacional do Esporte, Décio Brasil, ressaltou a troca de experiência entre os atletas e os funcionários da pasta. “O Café com Incentivo é uma atividade muito importante para o proponente e para os funcionários da secretaria. É uma oportunidade para mostrar aos atletas quem trabalha na análise de projetos. Existe no Congresso Nacional uma proposta de mudança na lei e estamos lutando para passar de 1% para 3% o aporte para pessoa jurídica, e de 6% para 9% para pessoa física. Isso será um atrativo maior para os empresários e empresas patrocinarem o nosso esporte”, afirmou.

A Confederação de Judô utiliza o mecanismo legal para custear recursos humanos, passagens aéreas nacionais e internacionais, equipes técnicas, equipe de trabalho, pagamento de arbitragem, equipe multidisciplinar e treinamento de campo.

O judoca Rafael Silva, o Baby, teve a oportunidade de transmitir a visão dos atletas beneficiados diretamente por meio do mecanismo legal. “Comecei a competir nas categorias de base, há 13 anos, e a diferença é gritante de como o esporte foi evoluindo e como toda a estrutura foi mudando com o tempo. Os atletas aqui tiveram a vida transformada por meio do esporte. Todo mundo tem um grande sonho, de ir para uma Olimpíada, de trazer um ótimo resultado para o país. A Lei de Incentivo existe para transformar o esporte de uma forma fantástica. Antes, os atletas da seleção disputavam cerca de quatro competições internacionais por ano e hoje a gente participa, contando com as categorias de base, de eventos toda semana”, acentuou.

“Quando o atleta entra para a Seleção de Base ele não tem mais despesas, pois a confederação arca com todos os custos. A entidade arca com passagens aéreas, hospedagens, alimentação para participar dos principais eventos do circuito mundial. A seleção tem cerca de 70% das despesas com recursos oriundos pela Lei de Incentivo ao Esporte”, destacou Maurício.



“Quanto ao marketing esportivo, se você quiser milhões na conta, você precisa ser visto por milhões de pessoas. A conta é essa e é uma conta direta. Por isso que o instrumento televisão é tão importante no mercado do esporte. Em termos de transmissão de televisão, a CBJ vem buscando a cada ano manter a sua visibilidade. O Grand Slam, em Brasília, teve uma transmissão para 146 países”, acrescentou o diretor.

A CBJ também elaborou projeto para comprar equipamentos esportivos para equipar as 27 federações estaduais de judô. O kit conta com tatame, áreas oficiais para competição, vídeo replay e toda a instrumentalização de uma competição de alta rendimento. Com os equipamentos, todos os estados do país têm condições de promover eventos nacionais.

Além da presença do secretário Décio Brasil, a primeira edição de 2019 do Café com Incentivo contou com a presença do secretário especial do Desenvolvimento Social, Lelo Coimbra, do secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Washington Cerqueira, do secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ronaldo Lima dos Santos, e da secretária da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Luísa Parente.

Breno Barros - Ministério da Cidadania

Teddy Riner derrota David Moura na final e chega a 152 lutas de invencibilidade

A invencibilidade que remonta ao ano de 2010 até pareceu ser ameaçada nesta terça-feira (08.10), último dia do Grand Slam de judô em Brasília. Dez vezes campeão mundial e bicampeão olímpico, Teddy Riner não encontrou uma chave fácil em seu caminho. Na busca por pontos importantes para uma recolocação no ranking mundial, depois de um longo período de fora do circuito, o francês, no entanto, exibiu mais uma vez a razão pela qual é conhecido como a lenda do judô. Desbancando os adversários e derrotando o brasileiro David Moura na final em apenas 18 segundos, Riner chegou a 152 vitórias consecutivas.

“Estou feliz. Hoje é um grande dia, mas é importante que eu tenha um grande dia assim para os Jogos Olímpicos porque eu quero a medalha de ouro. Eu não quero bronze ou prata. Quando você luta assim, acho que é bom para o futuro”, comenta o francês. Em julho deste ano, Riner marcou a volta às competições no Grand Prix de Montreal, quando teve dificuldades para superar o tcheco Lukas Krpalek, campeão olímpico (-100kg) e mundial (+100kg) na semifinal, em um duelo com seis minutos de golden score.

Final de Teddy (de branco) com David durou apenas 18 segundos: ippon do francês. Foto: Francisco Medeiros/ rededoesporte.gov.brFinal de Teddy (de branco) com David durou apenas 18 segundos: ippon do francês. Foto: Francisco Medeiros/ rededoesporte.gov.br

“Se você olhar o torneio do Canadá e o de agora, é diferente porque eu trabalhei muito, treinei muito”, compara. Ainda assim, Riner teve uma grande batalha logo na estreia em Brasília. Diante do japonês Kokoro Kageura, de 23 anos, prata no Grand Prix de Budapeste e bronze no Grand Slam de Paris neste ano, o bicampeão olímpico se viu novamente em um confronto com quase 10 minutos de duração no total (5min52s de golden score), definido com um waza-ari.

Na sequência, encontrou menos dificuldades para derrotar o russo Inal Tasoev, novamente por waza-ari, e o próprio Krpalek. A luta mais aguardada do torneio, embalada pelo silêncio de um público nervoso, acabou definida nas punições, com três shidos para o tcheco. Já na decisão, Riner encontrou o brasileiro David Moura, que havia superado Freddy Figueroa, do Equador, Yakiv Khammo, da Ucrânia, e o compatriota Rafael Silva. Foi necessário apenas encaixar o primeiro golpe para que o francês marcasse o ippon e levasse um novo ouro na carreira.

“Todos os dias em que pratico com o oponente em competição, eu aprendo. O treino e a competição são totalmente diferentes”, avalia Riner. Assim, e como ainda precisa de mais pontos para a classificação olímpica, o judoca avalia competir no Grand Slam de Abu Dhabi, em outubro, e no Open da Oceania, em Perth (Austrália), em novembro. Tudo pela meta de Tóquio 2020 e, quem sabe, de Paris 2024, para ter a oportunidade de encerrar a incontestável carreira dentro de casa, com a possibilidade de um inédito tetracampeonato olímpico.

“Eu quero terminar em Paris, mas primeiro o projeto é Tóquio. Depois, se meu corpo e minha mente estiverem bem, vou para Paris. E depois disso, nunca mais Teddy no judô”, avisa, rindo.

A vitória de Riner em cima de David Moura foi a quarta na história de quatro duelos entre os dois, de 2014 a 2019. “Ele é um grande atleta e o cara a ser batido. É sempre bom lutar com ele. Acredito que fico sempre mais próximo de vencer”, afirma David. Com a medalha de prata, o brasileiro conquistou pontos fundamentais na disputa interna pela vaga olímpica com Rafael Silva. “São pontos importantíssimos na corrida olímpica para conquistar a minha vaga. Acho que hoje foi um grande dia, digno de comemoração”, ressalta.

Antes do torneio de Brasília, Baby ocupava a quarta colocação no ranking, enquanto David era o sexto. “É uma competição que vale muitos pontos. Ir bem aqui seria bastante importante para mim. Estava na frente no ranking, provavelmente agora ele me passe, mas até o fim do ano tenho mais três competições para correr atrás do prejuízo”, afirma Rafael.

Baby venceu Rakan Zaidan, do Cazaquistão, e o romeno Vladut Simionescu, antes de ser derrotado na semifinal por David ao receber três shidos. Na disputa pelo bronze, foi superado pelo russo Inal Tasoev. “Não consegui ir tão bem, mas acho que o Brasil teve um ótimo desempenho e é muito importante a gente ter um evento dessa magnitude em casa. Estou bastante feliz com a seleção. Meu desempenho não foi tão bom, preciso voltar a fazer meu dever de casa, tratar dos meus machucados direitinho e voltar com força total”, avalia Baby, que sentiu dor no joelho, lesionado há duas semanas no Troféu Brasil.

Ainda no peso pesado, Juscelino Nascimento Jr. venceu o alemão Sven Heinle, antes de cair para Krpalek. Na repescagem, foi superado pelo russo Tasoev. Já Tiago Palmini foi eliminado na estreia, também por Tasoev. Krpalek levou o outro bronze da categoria.

Antes do torneio de Brasília, Baby ocupava a quarta colocação no ranking, enquanto David era o sexto. “É uma competição que vale muitos pontos. Ir bem aqui seria bastante importante para mim. Estava na frente no ranking, provavelmente agora ele me passe, mas até o fim do ano tenho mais três competições para correr atrás do prejuízo”, afirma Rafael.

Baby venceu Rakan Zaidan, do Cazaquistão, e o romeno Vladut Simionescu, antes de ser derrotado na semifinal por David ao receber três shidos. Na disputa pelo bronze, foi superado pelo russo Inal Tasoev. “Não consegui ir tão bem, mas acho que o Brasil teve um ótimo desempenho e é muito importante a gente ter um evento dessa magnitude em casa. Estou bastante feliz com a seleção. Meu desempenho não foi tão bom, preciso voltar a fazer meu dever de casa, tratar dos meus machucados direitinho e voltar com força total”, avalia Baby, que sentiu dor no joelho, lesionado há duas semanas no Troféu Brasil.

Ainda no peso pesado, Juscelino Nascimento Jr. venceu o alemão Sven Heinle, antes de cair para Krpalek. Na repescagem, foi superado pelo russo Tasoev. Já Tiago Palmini foi eliminado na estreia, também por Tasoev. Krpalek levou o outro bronze da categoria.

Primeiro ouro
No peso pesado feminino, o Brasil conseguiu colocar as duas principais atletas da categoria na decisão. Depois de vencer a alemã Renee Lucht e a francesa Julia Tolofua, Beatriz Souza encontrou Maria Suelen Altheman na final, de quem havia perdido nas quatro oportunidades que teve no passado. Nesta terça-feira, Bia conseguiu a primeira conquista em cima da compatriota e, de quebra, o primeiro ouro da carreira em um Grand Slam.

“É inexplicável. Isso está mostrando que estou no caminho certo e que todo o meu trabalho está dando resultado, mas tem muito chão pela frente ainda na briga pela vaga”, projeta. “Uma vitória sempre dá aquele ‘up’ na autoestima e na confiança. Agora é treinar para ficar ainda mais forte”, completa. Até a última atualização do ranking, Bia ocupava a oitava colocação, enquanto Suelen era a terceira.

Antes da final, Maria Suelen venceu por ippon a chinesa Yanan Jiang, e ainda superou, no golden score, uma luta dura com Rochele Nunes, brasileira que defende Portugal. “Um Grand Slam é sempre muito forte. Estou muito feliz, fiz a final com a Bia, que é do mesmo clube que eu (Pinheiros), e garantimos duas medalhas para o Brasil”, frisa.

As outras brasileiras no peso pesado, Sibilla Faccholli e Luiza Cruz, foram eliminadas na estreia, diante da alemã Jasmin Grabowski e da francesa Julia Tolofua, respectivamente. Os bronzes ficaram com Julia Tolofua e Rochele Nunes.

Prata para Buzacarini
Rafael Buzacarini conseguiu uma campanha praticamente perfeita em Brasília. Aplicou um ippon em Daniel Dichev, da Bulgária, e em Niiaz Bilalov, da Rússia, este já no golden score. Na semifinal, administrou a luta até que Ramadan Darwish, do Egito, sofresse três punições. Na decisão, contudo, não conseguiu anular o japonês Kentaro Iida, de 21 anos, que em fevereiro deste ano já havia conquistado o ouro no Grand Slam de Dusseldorf.

Ainda assim, o brasileiro comemorou a oportunidade de lutar novamente em casa, com o apoio do público. “É uma sensação incrível. Vivi isso também nas Olimpíadas, com a torcida vibrando e vindo junto. Consegui passar bem na chave e veio a medalha de prata, mas eu queria o ouro para tocar o Hino Nacional”, lamenta. Os bronzes ficaram com Kirill Denisov, da Rússia, e com Miklos Cirjenics, da Hungria.

Buzacarini (de branco) foi derrotado apenas na final, pelo japonês Kentaro Iida. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brBuzacarini (de branco) foi derrotado apenas na final, pelo japonês Kentaro Iida. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Na mesma categoria, Leonardo Gonçalves estreou com vitória em cima do chileno Thomas Briceno, antes de ser imobilizado por Denisov. Na repescagem, perdeu para Cirjenics e não teve chance de lutar por medalha. Lucas Lima foi superado na segunda rodada pelo japonês Kentato Iida, enquanto André Humberto foi desclassificado pela arbitragem na estreia, sob a alegação de ter colocado em risco a integridade física do americano L.A Smith (EUA), que deixou o tatame sentindo o cotovelo.

Longe do pódio
O Brasil não avançou para o bloco das finais no -90kg (masculino) e no -78kg (feminino). Rafael Macedo estreou com vitória em cima do americano Colton Brown, mas em seguida foi imobilizado pelo sueco Marcus Nyman. Na repescagem, não conseguiu superar o italiano Nicholas Mungai. Já Clayanderson Silva, Eduardo Bettoni e Igor Morishigue não passaram da estreia.

O ouro ficou com o espanhol Nikoloz Sherazadishvili e a prata com o cubano Ivan Morales, repetindo o resultado do Mundial de Baku em 2018. Os bronzes foram para Mikail Ozerler, da Turquia, e Nemanja Majdov, da Sérvia.

Com a ausência da bicampeã mundial Mayra Aguiar, que sofreu uma lesão no joelho esquerdo no último treino para o Grand Slam, o meio pesado feminino brasileiro ficou longe do pódio. Samanta Soares estreou com vitória por waza-ari em cima da russa Antonina Shmeleva, mas, diante da britânica Natalie Powell, a brasileira tinha a vantagem de um waza-ari quando recebeu três punições. Na repescagem, perdeu para a francesa Audrey Tcheumeo, dona de uma prata e um bronze olímpicos, que havia sido derrotada pela alemã Anna Maria Wagner.

Na mesma categoria, Camila Ponce perdeu na estreia para Tcheumeo, enquanto Giovanna Fontes foi eliminada pela cubana Kaliema Antomarchi, que mais tarde faturaria a medalha de ouro. A prata ficou com Natalie Powell, e os bronzes foram para Anna Maria Wagner e Audrey Tcheumeo.

Balanço
Primeiro Grand Slam realizado no Brasil desde 2012, o torneio de Brasília rendeu 17 medalhas ao país: quatro de ouro, nove de prata e quatro de bronze, na liderança do quadro geral. Um resultado considerado muito positivo pela comissão técnica. “Foi bem acima do esperado. Em quatro Grand Slams deste ano, nós ganhamos ao todo 14 medalhas. Só neste ganhamos 17”, compara Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

O melhor resultado já alcançado pelo Brasil no torneio foi no Rio de Janeiro, em 2012, quando o país conquistou 34 medalhas, sendo cinco de ouro, 11 de prata e 18 de bronze. “Não dá para comparar o que foi lá e o que é aqui. O nível dos atletas que lá estavam era bem fraco. Hoje a competição estava muito forte”, afirma o dirigente. “Eu digo que as 17 medalhas conquistadas aqui foram muito superiores às 34 de lá”, completa.

O Grand Slam contou com R$ 2 milhões captados via Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Outros R$ 3 milhões vieram por emendas parlamentares. Além disso, entre os brasileiros inscritos, 36 são beneficiados pela Bolsa Atleta do Governo Federal. O investimento mensal no grupo é de R$ 133.275, totalizando quase R$ 1,6 milhão por ano.

Ana Cláudia Felizola – rededoesporte.gov.br

Confederações esportivas desenvolvem novo Planejamento Estratégico visando Jogos de Paris 2024

O programa Gestão, Ética e Transparência (GET) do Comitê Olímpico do Brasil (COB) deu mais um passo no caminho da maturidade administrativa das Confederações Brasileiras Olímpicas. Trinta delas completaram o Planejamento Estratégico de suas entidades, após trabalho desenvolvido ao longo de seis meses, com suporte de três especialistas do COB, e que já servirá de base para o próximo ciclo olímpico, que culmina com os Jogos Paris 2024.

“Oferecemos conhecimento técnico para que as confederações pudessem definir ou aprimorar seus Planejamentos Estratégicos. Você não constrói um atleta de um ano para o outro. É preciso ter todo um acompanhamento de onde você quer chegar a longo prazo para que você defina e implemente ações durante o ciclo olímpico, que garantirão o atingimento destes resultados. É imprescindível que as Confederações sejam suportadas por um Planejamento Estratégico”, disse o gerente do Escritório de Projetos do COB, Paula Neri.

O GET tem cinco áreas do conhecimento, uma delas é estratégia. Com dois anos de projeto, o COB percebeu a dificuldade das confederações em aprimorarem processos de estratégia. Com aporte de recursos do COB e da Solidariedade Olímpica Internacional, foram contratados três especialistas focados durante todo o ano de 2019, até setembro, em apoiar o desenvolvimento do Planejamento Estratégico das Confederações. Todo este material será utilizado como base para a definição dos projetos que serão executados pelas Confederações no ano de 2020 com os recursos da Lei Agnelo Piva.

Foram diversas reuniões remotas para definir sete elementos: “Missão, Visão e Valores”, “Análise de SWOT”, “Objetivos Estratégicos”, “Mapa Estratégico”, “Indicadores 2020”, “Metas 2020”, e “Processo de Monitoramento”. Entre as Confederações de destaque nesta ação estão: Ciclismo, Esgrima, Golfe, Hóquei, Pentatlo, Surf, Tênis, Triathlon, Desportos no Gelo e Voleibol.

“O GET vem sendo fundamental no processo de autoanálise e, como consequência, indutor no aprimoramento de boas práticas de governança, gestão, ética e transparência na CBGolfe. Neste contexto, encontra-se a relevância do Planejamento Estratégico, que nos possibilita divulgar as principais diretrizes institucionais como a missão, visão e valores, para que todos tenham uma visão única do propósito da organização”, afirma Euclides Gusi, presidente da CBGolfe.

Desenvolvido pelo COB para aprimorar os processos administrativos das confederações utilizando um modelo de referência, o GET já conseguiu trazer diversos benefícios às entidades que aderiram ao programa, como evolução organizacional estruturada, maximização da utilização dos recursos disponíveis, e aumento da transparência para patrocinadores e sociedade, entre outros.

Das 32 confederações que aderiram ao GET, 30 ampliaram a representatividade de atletas nas Assembleias e implementaram um canal de Ouvidoria; 20 definiram Código de Ética e 21 possuem Portal da Transparência. Todas as confederações que implementaram o GET já possuem Comissão de Atletas e, agora, Planejamento Estratégico. O planejamento definido para o final do ciclo, até 2020, ajudará na estruturação e priorização do investimento de acordo com os objetivos estratégicos traçados.

A atualização do Planejamento Estratégico para o novo ciclo 2021 – 2024 será feito dentro do Curso Avançado de Gestão Esportiva (CAGE Plan), do Instituto Olímpico Brasileiro, que começará no ano que vem.

Entendemos que, por se tratar de um documento vivo, dinâmico, as adaptações no Planejamento Estratégico são constantes e fundamentais para a boa manutenção dos objetivos estratégicos contidos no documento, assim como, o fiel cumprimento às boas práticas de governança e uma gestão profissional”, disse, Virgílio de Castilho, diretor geral da Confederação Brasileira de Triathlon. “O GET nos auxilia, a curto, médio e longo prazo a elevarmos o nível de maturidade de governança da nossa entidade. Tudo isso, resulta em uma condução transparente e responsável, sempre em conformidade com o esperado de uma organização esportiva olímpica”, disse o ex-atleta.

“Os resultados para as confederações são muitos, entre eles visão a longo prazo e otimização dos recursos. Principalmente para as novas modalidades olímpicas, o apoio do COB através do GET foi fundamental para o alinhamento de informações, para a transparência e conformidade com os processos éticos, alguns dos pilares administrativos incentivados pelo COB”, disse o presidente Paulo Wanderley Teixeira.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)

Brasileiras exibem boa fase do meio-médio e país leva mais quatro medalhas

O meio-médio feminino sempre foi considerado uma categoria mais complicada para a seleção brasileira de judô. Nela o país não tem, por exemplo, nenhuma medalha olímpica ou em mundiais sênior. Mariana Silva chegou perto, no Rio 2016, quando disputou o bronze, mas terminou em quinto lugar. Nesta segunda-feira (07.10), o Grand Slam de Brasília deu sinais de que um novo capítulo dessa história pode estar próximo. Das quatro brasileiras na categoria, três chegaram às disputas por medalhas. Atleta da casa, Ketleyn Quadros saiu coroada com o ouro.

“Estou muito feliz pela conquista desse evento que soma pontos tão importantes para quem está na caminhada olímpica. E ter o privilégio de ser na terrinha, na cidade do coração, é uma vantagem que a gente tem. Tem clima a favor, família, torcida. Isso não é determinante, mas influencia muito”, comemora a brasiliense, que contou com muita força do público para chegar ao primeiro ouro da carreira em um Grand Slam. “A população de Brasília veio apoiar em peso em plena segunda-feira. Estou muito feliz de me tornar campeã dentro de casa”, completa a medalhista de bronze em Pequim 2008, quando defendia a categoria -57kg.

Ketleyn (de azul) abraça a companheira de clube Alexia Castilhos após vencer o combate. Foto: Roberto Castro/ rededoesporte.gov.brKetleyn (de azul) abraça a companheira de clube Alexia Castilhos após vencer o combate. Foto: Roberto Castro/ rededoesporte.gov.br

Depois de passar pela italiana Edwige Gwend por um waza-ari seguido por imobilização, e de superar a russa Daria Davydova no golden score, a brasiliense avançou para a semifinal. Com um waza-ari, venceu a chinesa Junxia Yang, garantindo um posto na decisão contra a compatriota Alexia Castilhos, com quem disputa, ponto a ponto, a superioridade no ranking mundial, de olho nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na última atualização da listagem, Alexia ocupava a 28a colocação, enquanto Ketleyn estava em 31o lugar.

“As duas estarem na final mostra que o trabalho está sendo feito e o quanto está sendo competitivo. Desde que a gente esteja disputando medalhas, é sinal de que as duas estão muito bem”, comenta Ketleyn. “Não dá para descansar, o trabalho precisa continuar”, acrescenta. As duas judocas treinam no mesmo clube, a Sociedade de Ginástica de Porto Alegre (Sogipa).

Antes de ser superada por Ketleyn na decisão, Alexia passou por Inbal Shemesh, de Israel, Maylin Del Toro, de Cuba, e ainda venceu a também brasileira Mariana Silva na semifinal, após 1min40s de golden score. “Perdi a final, mas estou feliz com a minha caminhada ao longo da competição. Eu venho treinando muito e competindo bem. De peça em peça vou construindo o meu caminho”, comenta Alexia, de 24 anos.

Mariana Silva, que retorna ao circuito internacional depois de dois anos afastada por lesões, tenta recuperar pontos para se reposicionar no ranking. Após a derrota para Alexia, Mariana disputou o bronze com a britânica Amy Livesey, mas acabou sofrendo o ippon. Na mesma categoria, Ryanne Lima parou na segunda rodada depois de levar três punições também contra Amy.

David Lima é prata
Número 76 do ranking mundial, David Lima (-73kg) surpreendeu e chegou à decisão do leve masculino. O judoca, de 22 anos, superou o francês Benjamin Axus na estreia e, em seguida, aplicou um ippon em Tommy Macias, da Suécia, e um waza-ari em Giovanni Esposito, da Itália. Na semifinal, forçou três punições ao suíço Nils Stump para se garantir na final. David só não foi páreo para o russo Musa Mogushkov, dono de duas medalhas de bronze em mundiais, que conseguiu o ippon em 34 segundos de luta. “O Grand Slam é uma competição muito dura e sair daqui com o segundo lugar para mim foi uma boa participação”, avalia o brasileiro.

Na mesma categoria, Marcelo Contini foi parado por Mogushkov na segunda rodada, já no golden score. Eduardo Barbosa foi eliminado por um waza-ari do francês Guillaume Chaine, enquanto Jeferson Santos Júnior sofreu três punições e perdeu para Bilal Ciloglu, da Turquia.

David Lima foi derrotado apenas na final, pelo russo Musa Mogushkov. Foto: Roberto Castro/ rededoesporte.gov.brDavid Lima foi derrotado apenas na final, pelo russo Musa Mogushkov. Foto: Roberto Castro/ rededoesporte.gov.br

Maria Portela é bronze
A última brasileira a subir no pódio nesta segunda-feira foi Maria Portela (70kg). Depois de passar pela cubana Onix Aldama, a judoca sofreu um ippon de Yuri Alvear, da Colômbia, nas quartas de final, e teve que seguir para a repescagem. Para manter vivo o sonho da medalha, superou Maria Perez, de Porto Rico. Na disputa pelo bronze, a brasileira conseguiu um waza-ari em cima da canadense Kelita Zupancic.

“A gente tem que virar a página, como se fosse uma nova competição. Eu queria muito estar no pódio, então voltei para a repescagem bastante focada. Eu tinha perdido no Campeonato Pan-Americano para a atleta de Porto Rico no último segundo, então desta vez estava muito determinada e concentrada para sair vencedora”, comemora.

Também nos 70kg, Amanda Oliveira chegou à segunda rodada, mas foi superada pela britânica Gemma Howell por imobilização. Já Ellen Santana e Luana Carvalho foram eliminadas na estreia, diante da chinesa Xiaoqian Sun e de Kelita Zupancic, respectivamente.

Portela precisou fazer um torneio de superação para voltar da repescagem e chegar ao bronze. Foto: Roberto Castro/ rededoesporte.gov.brPortela precisou fazer um torneio de superação para voltar da repescagem e chegar ao bronze. Foto: Roberto Castro/ rededoesporte.gov.br

Shimidt e Yudy param na repescagem
O Brasil não conseguiu avançar para o bloco das finais no meio-médio masculino, categoria que já teve os medalhistas olímpicos Flávio Canto e Tiago Camilo. Eduardo Yudy Santos caiu nas quartas de final por uma chave de braço do japonês Takanori Nagase. Na repescagem, precisou enfrentar o russo Khasan Khalmurzaev, campeão olímpico no Rio 2016, e sofreu um waza-ari.

Atleta de Brasília, Guilherme Schimidt também não beliscou um pódio por pouco. Depois de vitórias em cima do italiano Antonio Esposito e do americano Nicholas Delpopolo, Schimidt levou três shidos e perdeu para Vedat Albayrak, da Turquia, nas quartas de final. Na repescagem, não conseguiu superar o russo Alan Khubetsov.

Representante do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio e que retorna aos tatames após uma sequência de lesões, Victor Penalber estreou com vitória diante do canadense Etienne Briand, mas em seguida sofreu dois waza-aris do italiano Christian Parlati. Já Guilherme Guimarães, apelidado como Passarinho, venceu o dominicano Medickson Cortorreal antes de ser superado pelo português Anri Egutidze.

Com as nove do último domingo, o Brasil já soma agora 13 medalhas no Grand Slam. Nesta terça-feira (08.10), estarão em ação os atletas das categorias -78kg, +78kg (feminino), -90kg, -100kg e +100kg (masculino). A seleção terá o importante desfalque a bicampeã mundial Mayra Aguiar, que sofreu uma lesão parcial de ligamento no joelho esquerdo durante o último treino para o torneio.

Entrega de equipamentos para federações de judô. Fotos: Francisco Medeiros/Ministério da CidadaniaEntrega de equipamentos para federações de judô. Fotos: Francisco Medeiros/Ministério da Cidadania

Apoio a federações
A tarde desta segunda-feira teve ainda a realização da abertura oficial do evento, com a presença de autoridades. “É uma ação muito grande do poder público colaborar com recursos para a realização de um evento como este. Isso é fruto da Lei de Incentivo ao Esporte, que proporciona a realização de eventos e a inclusão de atletas nas mais diferentes modalidades”, discursou o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil.

O Grand Slam contou com R$ 2 milhões captados via Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Outros R$ 3 milhões vieram por emendas parlamentares. Além disso, entre os brasileiros inscritos, 36 são beneficiados pela Bolsa Atleta do Governo Federal. O investimento mensal no grupo é de R$ 133.275, totalizando quase R$ 1,6 milhão por ano.

“Não foram pequenos ou poucos os esforços para chegarmos a esse espetáculo que estamos vendo hoje. No ano em que a confederação completa 50 anos, este evento vem coroar essa comemoração, bem como fazer o retorno do Brasil aos grandes eventos mundiais”, afirmou Silvio Acácio Borges, presidente da CBJ. O último Grand Slam realizado no Brasil tinha sido há sete anos, no Rio de Janeiro.

Ainda nesta segunda-feira, a CBJ entregou kits de equipamentos às federações de judô, adquiridos por meio da LIE, em um investimento de mais de R$ 1 milhão. Participaram da cerimônia o secretário nacional de Alto Rendimento, Emanuel Rego; o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Washington Cerqueira; a secretária da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Luisa Parente; e o secretário nacional de Futebol e Direitos do Torcedor, Ronaldo Lima.



Ana Cláudia Felizola – rededoesporte.gov.br

Com 100% de transmissões ao vivo, NBB CAIXA 2019/2020 promete ser o melhor da história

O NBB CAIXA 2019/2020 está prestes a começar. Nesta segunda-feira (07.10), foi realizado em São Paulo o evento de lançamento da competição que já é considerada a maior edição da história do torneio de basquete. Neste ano, 100% dos jogos terão transmissão ao vivo, nas mais diversas plataformas. O torneio é promovido por meio de recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Com o intuito de sempre evoluir, o NBB CAIXA 2019/2020 cresceu e contará com 16 equipes na disputa do troféu mais cobiçado do basquete nacional. O número representa um aumento de dois times em comparação à temporada passada, em que participaram 14 clubes.

Paloma Tocci, da Band, apresentou o evento de lançamento do NBB CAIXA 2019/2020 (Foto: João Pires/LNB)Paloma Tocci, da Band, apresentou o evento de lançamento do NBB CAIXA 2019/2020 (Foto: João Pires/LNB)

Ao todo, seis estados, além do Distrito Federal, serão representados na elite do basquete brasileiro. Com as saídas de Vasco da Gama e Joinville, entraram Pato Basquete, São Paulo FC, Renata/Rio Claro e Basquete Unifacisa. Dentre os quatro, apenas o Rio Claro já disputou a elite do basquete nacional.

Com a permanência do Basquete Cearense e a chegada da Unifacisa, a competição volta a ter dois representantes do Nordeste, algo que não acontecia desde a saída do Vitória do NBB CAIXA.

100% das transmissões
Nesta temporada, com a manutenção do modelo multiplataforma, a Liga Nacional de Basquete realizou um sonho antigo e conseguiu o tão sonhado 100% dos jogos transmitidos. A Band seguirá a emissora de TV aberta, a ESPN e o Fox Sports as emissoras de TV fechada, além das transmissões via streaming, com Facebook, Twitter, e no DAZN, com mais de 120 jogos exclusivos.

Para Sérgio Domenici, Superintendente da Liga Nacional de Basquete, a iniciativa faz parte de um plano que almeja massificar cada vez mais o basquete no Brasil. “Isso é importante, pois um dos principais objetivos que nós temos é aumentar a base das pessoas que acompanham o basquete e, naturalmente, também joga. Sabemos que temos um público de pessoas que se interessam na modalidade de cerca de 40 milhões de pessoas no Brasil. Precisamos chegar nessas pessoas e cobrir 100% dos jogos, nas principais mídias que existem, ainda mais com esse conceito multiplataforma, é a maneira mais eficaz de chegar neste universo de amantes da modalidade”, reiterou.

Quem gostou bastante da novidade foram os jogadores. O ala Alex Garcia, do Minas Tênis Clube, esteve presente em todas as edições do NBB CAIXA e viu de perto todas essas mudanças, principalmente em relação às transmissões. Para ele, isso é um reflexo de todo o trabalho feito pelos clubes e pela LNB.

“É muito bom ter 100% dos jogos transmitidos. Isso mostra a importância que o NBB está tendo, a importância que os clubes estão dando de investir e de se fortalecer. Enfim, chama a atenção de todo mundo. A gente fica muito feliz com isso, sabemos da importância dos jogos transmitidos para ampliarmos nosso leque de praticantes e amantes de basquete. Nossa responsabilidade é a de fazer grandes jogos para agradar esse público”, afirmou o ala da equipe minastenista.

Leandrinho Barbosa, do Minas Tênis Clube, está na sua segunda temporada na equipe mineira (Foto: João Pires/LNB)Leandrinho Barbosa, do Minas Tênis Clube, está na sua segunda temporada na equipe mineira (Foto: João Pires/LNB)

Experiência internacional
Nesta edição do NBB CAIXA seis times disputarão, além da elite do basquete nacional, competições internacionais (Sul-Americana e Champions).

Os três primeiros colocados da última edição da competição (Flamengo, Sesi Franca Basquete e Mogi das Cruzes) disputarão a Basketball Champions League, competição que substituirá a Liga das Américas.

Já os outros três, do quarto ao sexto colocado (Botafogo, Corinthians e Pinheiros), disputarão a Liga Sul-Americana. Com a estreia marcada na competição internacional já nesta terça-feira, o Corinthians voltará a uma competição internacional após 22 anos.

“Para nós, jogadores, é muito bom. É um intercâmbio com outras equipes, outras maneiras de jogar, com mais contato, além de ser um jogo mais lento, só que mais inteligente. Será muito bom para gente e especialmente para o clube. Já fazia 22 anos que o Corinthians não participava de campeonatos internacionais e isso vai ser muito bom para o restante da temporada”, disse Ricardo Fischer, do Corinthians.

Outras quatro equipes também já vivenciaram a experiência, mas ainda na pré-temporada, pelo Torneio Interligas: Sendi/Bauru Basket, Basquete Cearense, Pato Basquete e Universo/Brasília

Quatro times de camisa
Outra novidade no NBB CAIXA é o aumento dos times de camisa na competição. Nesta edição teremos Corinthians, Flamengo, Botafogo (presentes na última edição do campeonato) e São Paulo, estreante na competição.

Com um poder de alcance relevante, devido as suas grandes torcidas, as equipes contribuem de forma ativa para a massificação do basquete em meios antes não tão acessíveis. Para Gustavo De Conti, treinador do Flamengo, isso impacta muito.

“É muito legal. É a maior torcida do Brasil e isso impacta. É muito importante a presença dos times de futebol também na competição, especialmente no Flamengo, que é um dos clubes fundadores da competição, hoje tradicionalíssima no Brasil”, afirmou.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com os patrocínios oficiais da CAIXA, Budweiser, Unisal, INFRAERO, Nike, Penalty, Plastubos e os apoios do Açúcar Guarani e Pátria Amada Brasil – Governo Federal.

Fonte: Liga Nacional de Basquete

Em São José dos Pinhais (PR), jovens participam de ações para fortalecer o futebol feminino

A cidade de São José dos Pinhais (PR) recebeu, neste sábado (5), uma ação pioneira que utilizou o esporte como ferramenta de cidadania. No mês em que o país se mobiliza em prol da conscientização sobre o câncer de mama, a Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, subordinada à Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, promoveu ações de fomento ao futebol feminino e de esclarecimento acerca da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

Foto: Rodolfo Vilela/Ministério da CidadaniaFoto: Rodolfo Vilela/Ministério da Cidadania


No Estádio do Pinhão, cerca de 180 jovens, com idade entre 10 e 17 anos, tiveram a oportunidade de participar da clínica de futebol feminino. As aulas foram ministradas por dez treinadoras, com experiências nos cenários nacional e internacional. Entre as profissionais, a clínica contou com a presença de Simone Jatobá, técnica da Seleção Brasileira de Futebol Feminino Sub-17.

Com a proposta de mostrar a importância da mulher dentro do futebol e levantar a bandeira da conscientização da prevenção do câncer de mama, o dia também contou com o painel Esportivo Futebol e Mulher.

Para o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, o evento teve um caráter especial. “Aqui temos vários projetos se juntando para um só objetivo, que visa o bem da sociedade e o fortalecimento da cidadania. O programa Em Frente Brasil, conduzido pelo Ministério da Justiça, em parceria com outras pastas, incluindo o Ministério da Cidadania, proporcionou este encontro com a sociedade, incluindo a conscientização da campanha Outubro Rosa. Tivemos aqui a clínica de Futebol e Mulher que possibilitou trazer um time de craques do futebol feminino para ensinar o futebol”, ressaltou Décio Brasil.

Por fazer parte do programa federal “Em Frente Brasil”, além de contar com uma nova geração promissora de jogadoras de futebol, o município paranaense foi escolhido para receber as ações. No domingo, a iniciativa será encerrada com uma partida entre jogadora da região no Estádio do Pinhão.

A ação contou com a parceria da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A secretária da pasta, Cristiane Britto, falou sobre a importância desse tipo de seminário para aproximar os gestores públicos da realidade das jogadoras.



“Foi uma oportunidade incrível conversar com as atletas, entender as necessidades e identificar quais políticas públicas teremos que construir para esse seguimento. Tivemos a oportunidade de falar sobre saúde das mulheres, falar da importância de enfrentar o assédio no esporte e o engajamento do combate à violência contra as mulheres”, explicou.

“Temos a grata satisfação de perceber como as mulheres estão evoluindo nas últimas décadas no esporte, se qualificando e, principalmente, vencendo barreiras. As mulheres que participaram do painel transmitiram um grande conhecimento, com histórias que emocionam. Assim, elas mostraram que o governo está no caminho certo em investir no futebol feminino, pois o esporte chegou para ficar”, explicou o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ronaldo Lima.

Segundo o secretário, a ideia do governo é expandir as ações desenvolvidas em São José dos Pinhas (PR) para outras cidades brasileiras. “Foi o primeiro Outubro Rosa, em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres e apoio da prefeitura local. A primeira edição nos motiva a promover outros eventos em diferentes partes do país”, revelou.

Futebol salvando vidas
As participantes do painel tiveram a oportunidade de conhecer a história que mostra como o esporte ajudou a jovem Nátali de Araújo Lima a superar o diagnóstico de câncer de mama. A paulista foi curada da doença, ela entendeu o papel do esporte na vida, teve a autoestima resgatada e atualmente trabalha para promover a autoestima de outras mulheres que passam pela mesma doença.

A jovem descobriu o nódulo em 2012, quando ela tinha 26 anos. Foi no estádio do Pacaembu durante o jogo entre Corinthians e São Paulo. Quando surgiu um empurra empurra na torcida, ela tentou proteger os seios e sentiu que tinha algo diferente. “Cheguei em casa e marquei uma consulta médica. Foi o momento que foi detectado mesmo que eu estava com a doença. Foi aí que utilizei a minha paixão pelo futebol para salvar a minha vida”, recorda.

Nátali fazia quimioterapia nas segundas e nas quartas ela assistia aos jogos do Corinthians na Libertadores das Américas. “Acompanhei toda a melhor fase do Corinthians, até o clube ser campeão. Eu estava no estádio no dia que o time conquistou o título da Libertadores. Foi um momento de muito emoção para mim, porque eu tinha a certeza de que o futebol tinha salvado a minha vida, porque foi uma válvula de escape para eu não entrar em uma depressão”, explicou.


A partir daí o futebol virou uma missão. Ela conheceu dirigentes do clube paulista e idealizou o projeto Marque esse Gol: futebol contra o câncer de mama. Com apoio de patrocinadores, ao longo do mês de outubro, a iniciativa leva um caminhão equipado com um mamógrafo por dois dias em cada estádio de futebol participante da iniciativa. Em média são atendidas 60 mulheres por dia, com acesso à mamografia e ultrassom gratuitamente. Quando os nódulos são identificados, as mulheres são encaminhadas ao hospital da cidade.

Além das ações nos estádios de futebol, a iniciativa realiza encontros para as mulheres se comunicarem e celebrarem a vida. As organizadoras e voluntárias acreditam que isso é fundamental não só para conscientização, como também para levar leveza ao processo de tratamento do câncer.

A iniciativa Marque esse Gol é promovida desde 2015. Assim como Nátali, o grupo de voluntárias é formado por mulheres que já passaram pela doença. Com depoimentos de cura, elas não só falam do significado do projeto, como também acolhem as mulheres recém-diagnosticadas.

“Se o futebol salvou a minha vida, eu quero que outras mulheres sejam salvas também por meio do esporte. O que eu levo hoje é um pouco da minha história, para plantar no coração das mulheres a esperança e para poder mostrar que o câncer pode acontecer na vida de qualquer pessoa, sem escolher idade ou classe social. Eu fico muito feliz em saber que no mês de outubro todos os clubes de futebol do Brasil estão apoiando o Outubro Rosa”, comemorou.

Foto: Rodolfo Vilela/Ministério da CidadaniaFoto: Rodolfo Vilela/Ministério da Cidadania

Breno Barros, de São José dos Pinhais (PR)

Ascom – Ministério da Cidadania

Secretário Décio Brasil recebe visita do presidente da CBJ, Sílvio Acácio

O secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, recebeu, nesta sexta-feira (4.10), em Brasília, visita de cortesia do presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Sílvio Acácio Borges. Durante o encontro, o dirigente esportivo convidou o secretário para prestigiar a realização do Grand Slam de Judô, com a presença de mais de 340 judocas de 60 países, entre domingo (6) e terça-feira (8), na capital federal.

Foto: Francisco Medeiros/ Min. CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/ Min. Cidadania

Durante o encontro, Décio Brasil e o presidente da CBJ conversaram sobre projetos que visam ao desenvolvimento do esporte no país, além das fontes de financiamento na preparação dos atletas. “A Lei de Incentivo ao Esporte tem um grande papel no desenvolvimento do esporte nacional e vem ajudando bastante. Grandes eventos, como o circuito de vôlei de praia e o Rally dos Sertões, são realizados por meio da Lei de Incentivo”, ressaltou Décio Brasil. O Grand Slam de Brasília teve R$ 2 milhões captados por meio de projeto aprovado pela Lei de Incentivo ao Esporte.

“A estrutura do Grand Slam está bonita. Estamos trabalhando duro para deixar tudo pronto. Em uma competição dessa magnitude, a organização tem que montar toda a estrutura, e não é só chegar e posicionar os tatames. Os japoneses foram os primeiros atletas que chegaram a Brasília”, disse o presidente. 

Sílvio Acácio Borges ressaltou que o mecanismo legal garante uma melhor preparação para os atletas brasileiros, o que garante vantagem em relações a outros países. “Eu estava conversando com o presidente da confederação da Costa Rica e falei sobre as nossas fontes financiamento. Esses mecanismos não existem em outros países das Américas. Gosto de frisar que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, não cansa de enfatizar a importância das parcerias da Lei de Incentivo ao Esporte e da Lei Agnelo/Piva”, frisou.

Entrega de equipamentos

Durante o Grand Slam em Brasília, a CBJ vai entregar equipamentos esportivos para as 27 federações estaduais de judô, com o objetivo de garantir a realização de competições de alto nível e desenvolvimento da modalidade em todo o território nacional. Os equipamentos foram adquiridos por meio de projeto captado com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte.

Breno Barros - Ministério da Cidadania 

 

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