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Seminário discute importância dos Centros de Iniciação Esportiva e gestão de instalações

O Espaço Multiuso da Casa Brasil recebe nesta quarta-feira (14.09), das 10h às 13h, gestores e representantes de prefeitura de todo o país, no seminário que irá debater, principalmente, o Programa do Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), a gestão de instalações esportivas e as experiências exitosas na seleção e construção das obras do CIE.  
 
O evento é promovido pelo Ministério do Esporte e as palestras serão ministradas por técnicos do Departamento de Infraestrutura de Esporte da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento. O evento tem entre os principais objetivos apresentar o programa do CIE e o projeto Vila do Esporte, ambos disponíveis para cessão aos entes públicos interessados; esclarecer dúvidas sobre planejamento da ocupação e os gastos de uma instalação esportiva compartilhar os procedimentos considerados de sucesso no desenvolvimento da iniciativa; e orientar acerca da fiscalização de obras públicas. 
 
Os Centros de Iniciação ao Esporte fazem parte da Rede Nacional de Treinamento e se destinam a identificar talentos, formar atletas e incentivar a prática esportiva em territórios de vulnerabilidade social, com instalações esportivas que seguem requisitos oficiais.  
 
Serão construídos 233 centros em 223 municípios de todo o país e o investimento total será de R$ 840 milhões. O primeiro CIE foi inaugurado no mês de junho, em Franco da Rocha (SP).
 
SERVIÇO:
Palestra sobre os Centros de Iniciação ao Esporte
Data: 14.09.
Horário: das 10h às 13h
Local: Auditório do Armazém 2, Casa Brasil, Pier Mauá, Rio de Janeiro, (RJ)
Mais informações
Assessoria de Imprensa do Ministério do Esporte
Emília Andrade: +55 (61) 99685-1783
 
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Sucessos da época de ouro do rádio encantam visitantes da Casa Brasil

Casa BrasilCasa Brasil
Os visitantes da Casa Brasil relembraram nesta segunda-feira (12) os sucessos musicais que marcaram os 80 anos da Rádio Nacional com o conjunto de choro Época de Ouro. Criado por Jacob do Bandolin no início da década de 1960, o Época de Ouro se mantém como um dos mais tradicionais grupos de choro e samba do país até hoje.
 
Sob a liderança de Jorginho do Pandeiro, com 84 anos de idade, o conjunto lembrou o início dos anos 1940, quando a Rádio Nacional era a emissora com o sinal mais potente do país. Naquela época, o rádio era o principal canal para informação e entretenimento de todas as regiões, até as mais longínquas cidades das fronteiras do Brasil.
 
O Época de Ouro vai ao ar ao vivo às segundas feiras, das 17h às 19h, e recebe músicos e intérpretes convidados. O espetáculo desta segunda-feira contou com a interpretação dos clássicos de compositores como Pixinguinha, Radamés Gnattali, Noel Rosa e Jacob do Bandolin entre outros. Com transmissão ao vivo pela EBC, convidados como o cantor Marcos Sacramento ajudaram a levantar o público da Casa Brasil que lotou o auditório do Armazém 2.
 
O casal Angélica Marchon, 30 anos, assistente administrativa, e Hélio Roberto, 36, analista de redes, esteve se encantou com o espetáculo. "Estava passando pelas outras exposições e quando ouvi a música segui direto o som até chegar ao local da roda de samba. Quando vi já estava sambando", conta Angélica. "Somos fãs da música brasileira, especialmente essa música mais autêntica saudosista, sem aquele apelo comercial", acrescentou Hélio.
 
 

Fonte: Equipe Casa Brasil

Ascom - Ministério do Esporte 

Brasil fica no zero contra o Irã no futebol de 5. Adversário da semi será a China

Danilo Borges/brasil2016.gov.brDanilo Borges/brasil2016.gov.br
A seleção brasileira de futebol de 5, modalidade para deficientes visuais, tentou, chutou várias vezes a gol, perdeu oportunidades de frente para o arqueiro, mas sofreu com a retranca do time do Irã e não conseguiu sair do 0 x 0 contra os asiáticos. O jogo foi disputado sob forte calor, na manhã desta terça-feira (13.09), na arena montada no Parque da Barra.
 
Com o empate, a equipe verde e amarelo garantiu a primeira colocação do Grupo A e enfrentará a China pela semifinal, na próxima quinta-feira (15.09) às 16h. Os adversários da próxima fase saíram após disputa por pênaltis, vencida pelos argentinos por 2 x 1. Em partida realizada na sequência do confronto entre Brasil e Irã, Argentina x China jogaram para definir o primeiro colocado do Grupo B. Os dois países chegaram para o duelo classificados e com campanhas idênticas: vitórias por 1 x 0 contra a Espanha e 2 x 0 sobre o México.
 
No entanto, o empate sem gols entre chineses e argentinos provocou uma situação inusitada. As duas equipes terminaram a primeira fase iguais em todos os critérios de desempate e tiveram que realizar uma disputa por pênaltis. Os asiáticos converteram apenas uma de três tentativas e viram os sul-americanos anotarem as duas primeiras cobranças – sem necessitar bater a terceira - e ganharem por 2 x 1.
 
Antes mesmo de conhecerem os oponentes da fase semifinal, os brasileiros já projetavam um embate complicado contra chineses ou argentinos. “Nós vamos ter um jogo muito difícil, independente de China ou Argentina. Estamos preparados, porque vamos dar o máximo e ter que correr muito”, avaliou Ricardinho, que foi poupado no duelo de hoje e entrou faltando menos de dez minutos para o apito final.
 
“A gente sempre quer estar jogando, mas tem que ter inteligência também. O treinador optou por me deixar no banco por alguns fatores. Primeiro porque o time que jogou tem plenas condições e mostrou um grande futebol e como eu venho de uma lesão recente, há um risco maior para mim de uma nova lesão muscular”, afirmou o ala esquerdo e camisa 10.
 
Além da lesão, o craque Ricardinho foi preservado do forte calor que castigou os jogadores. “A gente treinava aqui e no sol, mas hoje o cansaço veio um pouco mais rápido. No primeiro dia a gente pegou um pouco de sol, no segundo o clima foi mais ameno e hoje foi o dia mais quente, mas não acredito que tenha influenciado no nosso jogo”, comentou o defensor Damião.
 
Danilo Borges/brasil2016.gov.brDanilo Borges/brasil2016.gov.br
 
Tricampeão paralímpico (Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012), a seleção brasileira é a única a subir no lugar mais alto do pódio. No entanto, terá trabalho para manter a hegemonia na modalidade. Os argentinos foram os adversários da primeira final paralímpica, quando o título veio nos pênaltis, e os chineses foram vice quando sediaram os Jogos.
 
“Será um duelo decidido nos detalhes e temos que estar atentos o tempo todo. A China tem jogadores muito velozes, que se a gente vacilar, eles entram na nossa defesa. A Argentina é um time muito experiente, com jogadores bons na marcação e que podem nos surpreender. Então temos que estar focados o tempo todo”, disse o atacante Raimundo Nonato.
 
No outro duelo da semifinal, marcado para quinta-feira às 20h, o Irã, que garantiu a classificação ao empatar com os brasileiros, e a Argentina medirão forças para decidir quem vai para a disputa pelo ouro. Nesta tarde Marrocos x Turquia e Espanha x México fecham a primeira fase do torneio, para cumprir tabela.
 
Gabriel Fialho - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Com campanha 100%, seleção feminina avança para semifinal no vôlei sentado

Na busca por uma medalha inédita nas Paralimpíadas, a seleção feminina de vôlei sentado entrou em quadra, nesta terça-feira (13.09), para disputar a última partida da fase de classificação. Empurrado pela torcida, o Brasil venceu a Holanda por 3 sets a 0 (25/18, 25/15, 25/20), no Pavilhão 6 do Riocentro.
 
“A vitória contra a Holanda era previsível, pela nossa colocação no ranking internacional, mas a equipe europeia também tem brigado muito com as melhores do mundo. É bom terminar a fase de grupo invicto, mas sem perder nenhum set, é uma grata surpresa”, disse o técnico da seleção brasileira, José Dantas.
 
Para a jogadora Janaína, a conquista coroou o trabalho realizado na busca pelo pódio inédito no vôlei sentado. “Nós queríamos fechar essa campanha invicta. Agora, é decisão. Se perdermos, ficaremos de fora da final. Estamos tentando dosar a ansiedade para chegar bem e tentar fazer um bom jogo na semi”.
 
Na fase de classificação do Grupo A, o Brasil venceu Canadá e Ucrânia por 3 sets a 0 antes do jogo contra a Holanda.  Na semifinal, Brasil vai enfrentar o segundo colocado do Grupo B. Até o momento, os Estados Unidos são os adversários. A definição será após a rodada desta quarta-feira (14). A China lidera o Grupo B. China e Estados Unidos são os finalistas das duas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. As chinesas, atuais bicampeãs, levaram a melhor nos dois últimos confrontos diretos.
 
“Possivelmente os Estados Unidos serão os nossos adversários na semifinal. A China e os Estados Unidos vêm fazendo as finais de competições desde 2008. Na edição de Pequim, elas fizeram a final da Paralimpíada, depois do Mundial e da Copa Intercontinental. São equipes que são primeira e segunda colocadas no ranking mundial. É uma pedreira, mas a gente confia na equipe, que vem crescendo no cenário internacional”, afirma o treinador brasileiro.
 
Breno Barros - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Casa Brasil e a preparação para receber pessoas com deficiência

Rafael Azeredo / Casa BrasilRafael Azeredo / Casa Brasil
A Casa Brasil segue de portas abertas ao público até o próximo domingo (18), dia do encerramento dos Jogos Paralímpicos, e o que pode parecer um detalhe para muitos, na verdade tem sido alvo de elogios. A estrutura da Casa conta com diversas exposições que ressaltam os atrativos e a cultura do país em espaços acessíveis a pessoas com deficiência.
 
"Todos os nossos espaços contam com rampas para acesso de cadeirantes e a sinalização está disponível também em braile. Além disso, os expositores têm tradutores em linguagem de libras à disposição", explica o porta voz da Casa Brasil Jun Yamamoto.
 
O aposentado e cadeirante Severino Pinheiro, 76 anos, visitou a Casa Brasil nesta segunda-feira (12) acompanhado da família e aprovou a acessibilidade do espaço. "Está tudo maravilhoso, o acesso está muito bem feito", disse. A exposição Brasil Junino, que mostra a cultura da festa de São João no Brasil foi a que mais encantou Severino. "Moro há 40 anos no Rio de Janeiro, mas sou nascido no Nordeste. É impossível não me emocionar com as festas juninas", acrescentou o aposentado, que é natural de Recife.
 
Um levantamento do Ministério do Turismo mostra que, entre os visitantes da Casa Brasil, 78% são moradores do Rio de Janeiro, 20% são turistas de outros estados brasileiros e 2% de outros países, com destaque para a Espanha, Argentina, Estados Unidos, Bolívia e França. Na avaliação dos visitantes que também conheceram outras casas temáticas, 49% considerou a Casa Brasil como o melhor espaço de exposições.

Fonte: Equipe Casa Brasil

Ascom - Ministério do Esporte 

Brasil conquista classificação para as quartas mesmo com derrota para a Alemanha

Brandão/Rio2016Brandão/Rio2016
Vencer ou usar a calculadora. Essas eram as opções da Seleção Masculina para chegar à inédita vaga nas quartas de final do basquete em cadeira de rodas de Jogos Paralímpicos. Felizmente, a derrota para a Alemanha por uma pontuação razoável (73 x 61) simplificou a conta e os donos da casa se classificaram no Grupo B pelo saldo mais positivo que o do Irã.
 
Mesmo com a derrota, o Brasil ficou em terceiro na chave, na frente da própria Alemanha, e escapou de um confronto mais duro contra a Espanha, primeira do Grupo A. O adversário será a Turquia, vice-líder da mesma chave, nesta quarta-feira (14.09), a partir das 21h, na mesma Arena Olímpica do Rio.
 
Brandão/Rio2016Brandão/Rio2016
 
O jogo teve todas as características de mata-mata. Marcação pegada, contato forte e clima tenso no ataque e na defesa, e torcida gritando como se fosse mesmo oitavas de final. A casa não estava completamente cheia, mas a torcida fez o papel dela para empurrar o time diante de um desafio tão complicado.
 
As dificuldades foram várias. No início, faltou espaço para arremessar e o aproveitamento acabou baixo (27% no 1º quarto). Depois, os alemães estavam mais atentos aos rebotes (12 a 9 no 2º período), o que rendeu a eles mais chances de pontuar. Mesmo assim, os brasileiros precisavam de um bom saldo para o possível empate triplo, e o primeiro tempo manteve essa missão sob controle, com uma bela reação no fim: 33 x 27 para a Alemanha, com 19 x 18 para o Brasil no segundo quarto.
 
Segundo tempo
Depois de as equipes voltarem dos vestiários, ambas tinham intensidades quase iguais no ataque, então mais uma vez o detalhe da precisão fez a diferença. Apenas uma cesta de 2 pontos (7/15 pra Alemanha, 6/12 para o Brasil) e um lance livre (7/8 para Alemanha, 6/8 para o Brasil) aumentaram a vantagem para a Alemanha ao fim do terceiro quarto: 45 x 54.
 
O equilíbrio voltou a marcar o último período. As duas equipes protegiam bem o garrafão, e com isso tinham dificuldades idênticas no ataque. Vantagem no placar do quarto para a Seleção Masculina nos primeiros 5 minutos, mas apenas de 3 pontos. No fim, o resultado mostrou o quanto pode ser decisivo um período ruim diante de um jogo tão parelho, pois a diferença não variou muito dos sete pontos do começo.
 
No entanto, não só o objetivo de conseguir a classificação foi alcançado, como também a vantagem de avançar em 3º do grupo B. Por isso, o ala-pivô Leandro de Miranda, que fez um duplo-duplo na partida (13 pontos e 12 rebotes) ficou com a sensação de dever cumprido.
 
"O mais importante era a classificação. Lógico que queríamos vencer, mas o foco maior era o resultado de avançar. Uma derrota assim é como se fosse vitória, e nos faz pensar agora na próxima fase", comentou.
 
Para o técnico Tiago Frank, o dia de folga será para pensar no que deu errado contra a Alemanha para que não se repita nas quartas de final. "Agora é ajustar. Temos coisas a corrigir. A Turquia sem dúvida é forte, eliminou a Grã-Bretanha no último Mundial. Tem talentos individuais e o aspecto físico como vantagem na estatura. A gente aposta sempre num sistema defensivo coeso, consistente e intenso, que a gente não conseguiu aplicar hoje. Temos que entrar focados para, quem sabe, almejar uma vaga na semifinal", analisou.
 
O destaque do Brasil foi o ala Erik da Silva, com 21 pontos. Na partida, porém, o cestinha foi o alemão Thomas Bohme, com 26 pontos.
 
Rodrigo Vasconcelos - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Brasil alcança feito inédito, vence a Coreia do Sul e é ouro na classe BC3 da bocha

Danilo Borges/brasil2016.gov.brDanilo Borges/brasil2016.gov.br
Prazer, somos da bocha paralímpica! Os atletas brasileiros apresentaram o esporte, pouco conhecido para a maioria do público, em grande estilo: ouro e prata nas finais por equipes nesta segunda-feira (12.09). O país chegou em duas das três decisões possíveis nos pares e mostrou sua força na modalidade. Na disputa da classe BC3, os estreantes paralímpicos Antônio Leme, Evelyn Oliveira e Evani Soares surpreenderam a favorita Coreia do Sul para conquistar o resultado inédito na categoria.
 
A dimensão do feito não cabia na Arena Carioca 2. Fernando Leme, calheiro de Antônio, o levantou da cadeira de rodas nos braços, o ergueu para a torcida e depois rolou no chão com ele, extravasando as emoções de um jogo decidido na última bola e com controvérsias com a arbitragem. “Eu que pedi”, revela Antônio sobre o gesto do irmão.
 
Os asiáticos são comparados aos Estados Unidos no basquete, ou à China no tênis de mesa, quando se trata da classe BC3, em que os competidores são auxiliados por assistentes para realizar os lançamentos, os chamados calheiros. “A gente treina e trabalha para o ouro, mas, ganhar da Coreia do Sul foi demais. Eles são os nossos exemplos. A gente segue muita coisa que eles fazem”, explicou Renata Santos, assistente e amiga de Evani.
 
A união do time também se fazia presente na mistura de sensações comuns ao trio, expressas na surpresa de Antônio: “Eu não estou acreditando. O Brasil é ouro!”, na alegria de Evelyn: “É fantástico ter essa oportunidade de jogar aqui no Brasil, a experiência de enfrentar os melhores e ter esta partida incrível, estou extremamente feliz”, e na gratidão de Evani: “Ganharmos esse presente, o ouro, é uma sensação única”.
 
Logo no primeiro end (similar ao set no tênis ou no vôlei), os brasileiros fizeram 3 x 0, ou seja, o time da casa conseguiu deixar três bolas mais perto da branca (jack) do que a mais próxima bola dos sul-coreanos. Nos dois ends seguintes, os asiáticos fizeram 1 x 0 e encostaram. Foi no período decisivo que ocorreu uma polêmica com a arbitragem do argentino Adrian Altuna.
 
Danilo Borges/brasil2016.gov.brDanilo Borges/brasil2016.gov.br
 
O juiz decidiu penalizar a equipe do Brasil, alegando que a calha de Evelyn não havia sido movida antes do lançamento, o que é proibido, pois pode significar que a mira para o arremesso já estava pronta. Além de não concordar com a decisão, que paralisou o jogo por alguns minutos, os brasileiros discordaram de o juiz mover as bolas com as mãos para a posição anterior ao arremesso.
 
“A gente ficou um pouco indignado no momento. Segundo o Antônio e a parceira, foi uma decisão equivocada do árbitro. Aí a Evelyn chamou ele e disse: ‘Vamos jogar!’”, revela Fernando. Com a punição, os sul-coreanos ganharam duas bolas a mais para arremessarem. Como os calheiros ficam de costas para a quadra e não podem olhar os arremessos para evitar interferências, a agonia para eles foi ainda maior durante os lançamentos "extras" dos oponentes.
 
“Se já é difícil para ele que estava vendo, imagina para mim que estou de costas. Fiquei ali, escutando o barulho da torcida. A cada barulho era um erro deles, mais um barulho, mais um erro, até que acabaram as bolas e a medalha era nossa”, conta Fernando, aliviado com o 2 x 0 no último end e o 5 x 2 no placar final. 
 
Danilo Borges/brasil2016.gov.brDanilo Borges/brasil2016.gov.br
 
O outro lado
Se o Brasil aprendeu com os sul-coreanos para vencê-los, o país viveu a sensação inversa quando enfrentou a Eslováquia na final da classe BC4. Bicampeão paralímpico da categoria nas edições de Pequim 2008 e Londres 2012, o time brasileiro formado por Dirceu Pinto e Eliseu Santos, que ganhou a companhia do estreante e irmão Marcelo Santos, foi derrotado pela Eslováquia.
 
A idolatria de Samuel Andrejcik, destaque do time europeu, pelo brasileiro Dirceu também ajuda a explicar a dimensão da vitória eslovaca. “É um sentimento incrível vencer o Brasil nas Paralimpíadas. Vi vários jogos do Dirceu nas Paralimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012, além de outros torneios, e ele dificulta muito a vida dos adversários. Aprendi muito vendo como ele joga”.
“O Samuel vem crescendo muito nos últimos dois anos. No Open no mês passado, em Portugal, ele foi campeão. Vamos dizer que ele varreu todo mundo, ganhou de mim, do Eliseu... Sabíamos da capacidade dele”, analisa Dirceu, que foi reserva na final por decisão dos treinadores. A estratégia foi apostar nos irmãos Marcelo e Eliseu, mais fortes em bolas longas, características dos eslovacos. 
 
“Eliseu e Marcelo são excelentes atiradores de bola de fundo. É que hoje foi o dia da Eslováquia e tiraram o nosso ponto na última bola do segundo end e no quarto, o Samuel jogou uma bola perfeita”, completou Dirceu. 
 
O Brasil fez 2 x 0 no primeiro end, mas os europeus devolveram o placar no segundo e levaram os dois seguintes por 1 x 0, fechando o placar em 4 x 2. "Estamos felizes com a prata que também é um resultado excelente. Nossa meta era o pódio e divulgar a bocha no Brasil, para que outras pessoas vivam seus sonhos e saiam de suas casas", concluiu Dirceu. 
 
Gabriel Fialho - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

A vigésima é de ouro: Daniel Dias vence os 50m livre e chega a 20 medalhas paralímpicas

Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
Em três edições dos Jogos Paralímpicos, Daniel Dias já somava 19 medalhas, sendo 11 de ouro, seis de prata e duas de bronze. Nesta segunda-feira (12.09), o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos lotado testemunhou o nadador aumentar sua coleção, chegando ao emblemático número de 20 medalhas paralímpicas. Depois de somar um ouro, duas pratas e um bronze no Rio 2016, a vigésima vez no pódio precisava ter um toque dourado. Exigência do próprio Daniel.
 
“Eu estava querendo mais de mim mesmo. Sabia que poderia mais e hoje dei esse mais que estava, sim, engasgado. Essa vigésima medalha tinha que ser de ouro”, declarou o nadador, depois de vencer os 50m livre da classe S5 com o tempo de 32s78, suficiente para deixar para trás o vietnamita Thanh Tung Vo, prata com 33s94, e o norte-americano Roy Perkins, bronze com 34s42. Clodoaldo Silva, outro brasileiro na final, foi o sétimo, com 36s27.
 
O multicampeão não escondeu a emoção por voltar a pendurar uma medalha de ouro no pescoço, especialmente depois do terceiro lugar conquistado nos 50m borboleta S5. “Foi onde eu fiquei mais sentido”, admitiu. “A gente passa alguns momentos difíceis por nadar muitas provas, momentos emocionais, e hoje eu falei que queria dar uma alegria maior a essa torcida. Quando ganhei o bronze, me emocionei com o apoio que eles deram. Falei: ‘eles merecem, eu mereço e vamos cantar o hino juntos’”, contou o nadador, que cumpriu a promessa e ouviu o Estádio Aquático repetir cada frase do Hino Nacional com ele.
 
A torcida, por sinal, é algo que Daniel não cansa de elogiar. O atleta foi enfático ao creditar parte de seu sucesso no Rio 2016 à força que as arquibancadas têm proporcionado toda vez que ele cai na água. “Ontem foi nítido. Eu estava exausto, mas a cada respirada parecia que eles estavam falando: ‘vai, cara, vai’. No fim, quase consegui pegar o chinês. A gente tem sentido isso, essa vibração, esse estádio tremendo. Está sendo incrível não só para mim, mas para todos os brasileiros. Acredito que o esporte paralímpico nunca mais vai ser o mesmo após esses Jogos”, afirmou Daniel Dias.
 
A comemoração após a cerimônia de pódio também foi especial. Repetindo a cena protagonizada por Michael Phelps nos Jogos Olímpicos, Daniel quebrou o protocolo e subiu até a arquibancada para abraçar e beijar os filhos Asaf e Daniel. Segundo ele, no entanto, a comemoração não foi a la Phelps. “Foi a la Daniel Dias. Tenho dois filhos, ele tem só um. Estou ganhando dele nisso aí”, brincou o brasileiro.
 
Com cinco medalhas em cinco finais, Daniel Dias tem outras quatro provas para tentar estender seu legado e tentar se tornar o atleta paralímpico com o maior número de medalhas da história. Até o fim dos Jogos Rio 2016, ele disputa os revezamentos 4 x 100m livre e 4 x 100m medley 34 pontos, os 50m costas S5 e os 100m livre S5. Ele precisa manter os 100% de aproveitamento para superar o nadador australiano Matthew Cowdrey, dono de 23 medalhas paralímpicas.
 
Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brGabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
 
Para chegar lá, Daniel conta com dois dias sem provas para conseguir descansar e estar inteiro quando voltar a cair na piscina. “Hoje senti os dias de competição. No final doeu muito e estou com dor até agora. Por isso quero aproveitar ao máximo esse descanso de amanhã (terça-feira) para poder voltar com tudo no revezamento. Aí tenho mais um descanso para poder nadar minhas provas individuais. Com esse programa de provas e dois descansos, vai ser muito bacana”, comentou.
 
Daniel volta a competir na quarta-feira (14.09) na final dos 4 x 100m livre 34 pontos. Na sexta (16.09), o brasileiro terá o revezamento 4 x 100m medley 34 pontos e os 50m costas S5. A última prova de Daniel no Rio 2016 serão os 100m livre S5, no sábado (17.09).
 
Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brGabriel Heusi/Brasil2016.gov.brO bronze e o desabafo de Andre Brasil
Um momento de silêncio que durou quase meio minuto, tempo precioso em uma final da natação paralímpica. Mas foi esse tempo que o nadador veterano Andre Brasil, já relaxado após conquistar a medalha de bronze nos 100m borboleta S10 com a marca de 56s50, usou para responder o turbilhão de perguntas que viriam.
 
“Foi uma angústia. Eu disse que ia sair a medalha. Ela demorou um pouquinho mais do que eu esperava, mas dei tudo o que eu podia. Nos últimos 15 metros eu não aguentava mais nadar”, desabafou o atleta, que perdeu as primeiras posições para o mais novo campeão paralímpico e recordista mundial, Denys Dubrov (54s71), e o compatriota ucraniano, Maksym Krypak (54s90).
Até a manhã desta segunda, o recorde era do próprio Andre Brasil (55s99), que encara com naturalidade a perda da marca para Dubrov, que já o havia superado nas eliminatórias. “Esporte é renovação, é crescimento e querer mais. Aos 32 anos, continuo melhorando meus tempos, continuo evoluindo e longe de mim pensar em aposentadoria ainda. Vou seguir tentando melhorar sempre”.
 
O experiente nadador, com três participações paralímpicas (Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016) e 11 medalhas (sete de ouro, uma de prata e três de bronze), deu sequência ao desabafo. “Quando você está na m... é complicado, e era assim que eu me sentia por ter pego dois quartos lugares. Mas quando a gente dá a volta por cima, aprende a agradecer aqueles que estão do nosso lado. Só posso agradecer aqueles que ainda acreditam, que me empurraram durante a prova, mesmo eu estando cansado”.
 
A comemoração de Andre Brasil após o pódio ocorreu de maneira peculiar. Ao receber a medalha, o brasileiro se dirigiu até a piscina e mergulhou o prêmio na água. “Eu sempre faço isso. É uma forma de agradecimento por esse momento. Hoje foi um dia em que os deuses da água conspiraram para que tudo desse certo. É um gesto simbólico que já faço há anos pelo simples fato de agradecer”, explicou.
 
Prata que vale ouro
Fechando as finais do dia, a nadadora Joana Neves conquistou a medalha de prata após uma disputa acirrada com a chinesa Li Zhang nos 50m livre S5. O tempo de Joaninha foi de 37s13, contra 36s87 da vencedora. “Foi uma experiência sensacional. Uma medalha de prata com gosto de ouro. Estou satisfeita com o meu resultado e a minha medalha”, disse a atleta do Brasil, acrescentando que continuará treinando para conseguir ocupar a primeira posição do pódio. “Ninguém é invencível. Todos nós temos a chance de fazer o nosso melhor. Para quem busca com dedicação, a hora sempre chega”.
 
Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
Mesmo muito feliz e agradecida pela prata, Joana Neves fez a sua autocrítica. “Acho que não consegui ter uma saída tão boa quanto pela manhã, mas a medalha de prata é bem vinda e acho que não deixei a desejar. Agora é focar mais nos treinos para lapidar os erros”.
 
Xodó da natação, Joaninha repetiu a prata conquistada no revezamento 4 x 50m livre 20 pontos ao lado dos companheiros Daniel Dias, Clodoaldo Silva e Susana Schnarndorf. Além das duas medalhas, os vencedores ganham o mascotinho dos Jogos Paralímpicos, o Tom, com o cabelo personalizado de acordo com a cor da medalha. E as duas pelúcias recebidas pela atleta, até agora, já têm destino certo. “Uma é da minha filha e a outra é da minha mãe. Elas são as mulheres mais importantes da minha vida. Não vou ficar com nenhum porque já tenho as medalhas e a gente tem que aprender a dividir”, disse Joana Neves.
 
Talisson aguarda o bronze
Em sua primeira Paralimpíada, Talisson Glock não só conquistou a vaga para a final dos 200m medley, como está na briga pelo terceiro lugar do pódio. O brasileiro chegou em quarto lugar na final com o tempo de 2m44s94, mas, após a desclassificação do nadador colombiano Nelson Crispin, que havia batido em terceiro, Talisson chegou a ser anunciado como o medalhista de bronze da categoria. A premiação, porém, não foi realizada porque a Colômbia entrou com recurso.
 
“Não nadei pensando na medalha, nadei pensando em fazer o meu melhor e saio satisfeito da prova. A desclassificação ou não mostra que a medalha é consequência e, seja como for, eu fico contente com o quarto lugar”, disse jovem nadador de 21 anos. Sobre o motivo que levou o adversário a ser possivelmente desclassificado, Talisson explicou que, no estilo medley, muitas falhas podem ocorrer. “Pode ter sido uma pernada intercalada, uma virada errada, uma ondulação a mais. Agora é só esperar”, disse.
 
A noite dos recordes
Os nadadores brasileiros não foram os únicos inspirados nesta segunda-feira no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. Em 16 finais disputadas, oito recordes mundiais e dois recordes paralímpicos foram quebrados.
 
Nos 400m livre S13, o bielorrusso Ihar Boki nadou em 3m55s62, conquistando o ouro e o recorde paralímpico. O ucraniano Dmitriy Horlin, bronze, estabeleceu o recorde paralímpico da classe S12 com 4m06s63. No feminino, a norte-americana Rebecca Meyers foi a primeira a quebrar um recorde mundial na noite, com o tempo de 4m19s59.
 
Depois de Meyers, a inspiração pareceu tomar conta dos atletas. O neozelandês Cameron Leslie venceu os 150m medley SM4 em 2m23s12, novo recorde mundial. Olga Sviderska, da Ucrânia, repetiu o feito na classe SM3 com o tempo de 2m54s14. Nos 50m livre feminino S11, a chinesa Li Guizhi é a nova detentora da melhor marca do mundo com 30s73.
 
Na prova em que Andre Brasil foi bronze, o ucraniano Denys Dubrov baixou a marca que ele mesmo havia estabelecido pela manhã ao completar os 100m borboleta S10 em 54s71. Entre as mulheres, Sophie Pascoe, da Nova Zelândia, é a nova recordista paralímpica com 1m02s65.
 
Michelle Konkoly, dos Estados Unidos, quebrou o recorde mundial dos 100m livre S9 com 1m00s91, enquanto Sascha Kindred e Ellie Simmonds, da Grã-Bretanha, superaram os melhores tempos do mundo nos 200m medley SM6 masculino e feminino, com 2m38s47 e 2m59s81, respectivamente. Por último, a chinesa Shiyun Pin encerrou a chuva de recordes mundiais ao cravar 28s41 nos 50m borboleta S7.
 
Vagner Vargas e Valéria Barbarotto - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Alessandro Rodrigo “brinca” no Engenhão, bate recorde paralímpico e leva o ouro no arremesso de disco

Francisco Medeiros/ brasil2016.gov.brFrancisco Medeiros/ brasil2016.gov.br
Para Alessandro Rodrigo da Silva, o lançamento de disco, um dos mais tradicionais eventos do atletismo, é tão divertido quanto uma brincadeira. E ao disputar a final da prova na classe F11 (deficientes visuais) na noite desta segunda-feira (12.09), no Estádio Olímpico do Rio, parecia mesmo que o brasileiro estava brincando. Em seis tentativas, Alessandro poderia escolher duas para garantir a medalha de ouro. Seu segundo melhor arremesso, de 41.81m, já alcançou quase um metro a mais do que a marca do medalhista de prata, o italiano Oney Tapia, que fez 40.89m.
 
Cleber Mendes/CPBCleber Mendes/CPBMas Alessandro foi além do ouro. Com um lançamento de 43.06m no Engenhão, ele ainda garantiu o recorde paralímpico da prova. “Lançar é como brincar. É gostoso. Quando você vai mal, você quer acertar, e quando acerta você não quer parar”, contou o paulista de Santo André, explicando como superou o começo ruim na prova rumo ao topo do pódio. “No primeiro (lançamento) eu fui muito mal, no segundo também. Mas como você só precisa de um para ganhar, esse um veio”, comemorou.
 
Ovacionado pela torcida, ele pegou uma bandeira do Brasil e deu a volta na pista, para completar a festa. “A sensação é inexplicável. Além de ser uma medalha de ouro, é um recorde paralímpico dentro do nosso país. Eu acho que não tem como explicar, só quem vive esse momento sabe o quanto é especial. O quanto eu fiz para estar onde eu estou”.
 
Quando tinha 25 anos, Alessandro contraiu toxoplasmose, doença que o deixou cego. Quatro anos depois, conheceu seu atual técnico, Walter Agripino, que o chamou para treinar. Já na primeira competição, conseguiu o terceiro lugar. E a partir daí treinou manhã, tarde e noite para desenvolver o potencial. “O esporte mudou minha vida. Depois da minha família e de Deus, o esporte é tudo para mim. O esporte é onde eu consigo ter felicidade”, contou.
 
Bronze que virou prata
A noite de medalhas do atletismo brasileiro no Estádio Olímpico começou com o revezamento 4 x 100m masculino T42-47, para atletas com amputação nos membros superiores ou inferiores. A equipe formada por Alan Fonteles, Petrucio Ferreira, Yohansson Nascimento e Renato Nunes conquistou a medalha de prata, com o tempo de 42s04.
 
Os brasileiros cruzaram a linha de chegada na terceira posição, mas foram beneficiados por um erro da equipe norte-americana, que havia batido o recorde mundial (40s61), mas acabou eliminada por conta de uma falha na área de transição. Com a exclusão, os alemães (40s82) ficaram com a medalha de ouro e o Japão (44s16) herdou o bronze que seria brasileiro.
 
Cleber Mendes/CPBCleber Mendes/CPB
 
“A conquista, sem dúvida, foi para lavar a alma. Para mim, estar correndo ao lado desses caras aqui foi uma experiência muito grande. A gente conquistou a prata em Pequim, a prata em Londres quando fomos desclassificados, e aqui estamos em casa correndo novamente. Ganhamos o bronze, estávamos comemorando muito, e depois a gente percebeu que a gente tinha ganhado a prata e aí começou uma nova comemoração”, disse Alan Fonteles.
 
O revezamento deu a Fonteles sua única medalha na Rio 2016. Um dos principais nomes do atletismo paralímpico brasileiro, e que ficou internacionalmente conhecido ao vencer o sul-africano Oscar Pistorius na final dos 200m em Londres 2012, disse que sai da Paralímpiada de cabeça erguida, mesmo tendo ficado de fora das finais dos 100m e 200m.
 
“Eu dei a cara para bater nessas Paralímpiadas e estou me levantando, erguendo a cabeça. Agora é olhar para Tóquio. A minha história está aí para ser contada. Sou um ser humano normal, como qualquer um. Tenho meus altos e baixos e infelizmente no Rio foi o meu baixo, mas estou saindo com a medalha de prata”.
 
Um dos destaques brasileiros na prova foi Petrucio Ferreira, de 19 anos. O atleta que compete a primeira Paralimpíada da carreira já tinha ganhado um ouro nos 100m T47. “Eu fico bastante feliz, porque eu diria que está sendo um sonho de criança se realizando em casa. Eu sempre falei que sonhava representar meu país, minha bandeira, e estou realizando esse sonho. Ontem (domingo) conquistei uma medalha, e hoje, quando entrei na pista, entrei mais confiante, porque quando eu olhava para a largada, tinha o Renato, quando eu olhava para a reta, era o Yohansson, e quando olhava para frente, era o Alan. Isso me passou uma confiança ainda maior”, afirmou o atleta.
 
Perguntado sobre qual atleta teria sido o mais veloz, Yohansson Nascimento decidiu destacar o trabalho em equipe. “Eu acho que essa pergunta de ser o mais rápido não existe no revezamento, porque se for falar assim, digamos que eu seja o mais lento, mas se eu não correr, não tem revezamento. Então não tem isso de melhor ou pior, é uma equipe”, concluiu o velocista, que se despede do Rio 2016 com a prata e um bronze nos 100m T47. “Eu digo que estou saindo daqui 100%. Eu fiz duas provas e coloquei duas medalhas no peito. Estou feliz. São 4.350 atletas aqui e quantos estão voltando para casa sem nenhuma medalha? Eu estou com duas, um bronze e uma prata. Será que se eu juntar dá um ouro?”, brincou.
 
Mais brasileiros 
Outros brasileiros estiveram em ação na noite desta segunda-feira no Engenhão. Terezinha Guilhermina venceu sua prova na semifinal dos 200m rasos da classe T11 e garantiu vaga na final, que vai ser disputada nesta terça-feira (13.09). Jhulia Santos e Jerusa Santos também participaram, mas não se classificaram.
 
Na semifinal dos 1.500m T54, Maria de Fátima e Aline Rocha terminaram suas baterias na oitava e sexta colocação, respectivamente, e também não avançaram para a final. No lançamento de dardo F56/57, Cícero Nobre ficou em quarto. Na mesma prova, Claudiney Batista dos Santos foi o quinto. No salto em altura T44, o brasileiro Jeosah Santos ficou em sexto, com a marca de 1.85m. Márcio Braga Leite disputou o lançamento de disco F11 com Alessandro Silva e terminou na quinta posição.
 
Mateus Baeta e João Paulo Machado - brasil2016.gov.br
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Comitê Paralímpico Internacional e Rio 2016 fazem balanço e celebram o sucesso da primeira semana das Paralimpíadas

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Com a primeira semana dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 tendo se encerrado neste domingo (11.9) com maciça participação do público nas arenas, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), Philip Craven; o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; o diretor de comunicação do Rio 2016, Mario Andrada; e o chefe do departamento de mídia do IPC, Craig Spence, concederam, nesta segunda-feira (12.9), uma entrevista coletiva em que fizeram um balanço dos primeiros cinco dias do megaevento.
 
Os quatro falaram sobre temas que marcaram os Jogos até aqui, como o sucesso na venda dos ingressos, o envolvimento dos brasileiros com a competição, a participação inédita de atletas refugiados nas Paralímpiadas, o ótimo desempenho dos atletas, que quebraram diversos recordes e impressionaram por desempenhos superiores até mesmo ao dos atletas olímpicos, e também sobre a importância do envolvimento dos ministros do esporte e da educação de diversos países no Rio 2016 e seus papeis no desenvolvimento do paradesporto em nível mundial.
 
"Esses são os Jogos do povo”, afirmou Philip Craven. “A ligação entre o espírito paralímpico e os cariocas está presente. Está fabuloso. Estou muito feliz”, disse o dirigente, que destacou a marcante vitória do argelino Abdellatif Baka, no domingo, nos 1.5000m, quando o corredor conquistou o ouro na classe T3 (para atletas com baixa visão) com um tempo de 3min48s29.
 
A marca, um novo recorde mundial e das paralimpíadas para a prova, é inferior aos 3min50 do norte-americano Matthew Centrowitz, que levou o ouro na mesma prova nos Jogos Olímpicos Rio 2016. “Os atletas da prova de 1.500m correram mais rápido do que nos Jogos Olímpicos, um feito fantástico. É uma conquista para esporte paraolímpico”, comemorou Philip Craven.
 
"Temos um número extraordinário de atletas, com recordes e performance que impressiona pelo desenvolvimento do esporte paraolímpico. Estou impressionado com a preparação dos comitês nacionais. Temos medalhas conquistadas por atletas de países dos cinco continentes. O movimento paralímpico vem tendo evolução no Brasil. Isso mostra um país aberto ao esporte olímpico e paralímpico", reforçou Carlos Arthur Nuzman.
 
Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brGabriel Heusi/brasil2016.gov.br
 
Ingressos e recordes
Outro aspecto muito celebrado durante a conversa com os jornalistas diz respeito à venda de ingressos, que se aproximam da barreira dos 2 milhões de entradas, o que motivou públicos recordes no Parque Olímpico no fim de semana.
 
“Nós vendemos um total de 1.904.000 ingressos. Ontem (domingo, 11 de setembro), nós vendemos 40 mil entradas. O número de ingressos vendidos para o Parque Olímpico da Barra ontem foi de 162 mil. Hoje, o nosso último número era menos impressionante: 76 mil ou 61% das entradas disponíveis. Como vocês sabem, as crianças não estão de férias. Então, elas voltaram para as escolas. Para o Estádio Olímpico nós temos 41% de ocupação até agora, mas esse número ainda está em contagem”, disse Mario Andrada, que também fez um balanço dos recordes batidos até o momento nas Paralimpíadas.
 
“Os recordes mundiais até agora são 117 na natação, 30 no atletismo de pista, 12 ciclismo de estrada e 9 no levantamento de peso. E 28 recordes foram estabelecidos apenas ontem”, lembrou o dirigente.
 
Refugiados e ministros
Assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos, os Jogos Paralímpicos do Rio foram marcados pela presença, inédita, de atletas refugiados. Entretanto, apenas dois estrangeiros – o nadador sírio Ibrahim Al-Hussein e o iraniano Shahrad Nasajpour, do lançamento de disco – integraram o Time de Refugiados Paralímpicos, contra 10 que formaram a mesma equipe nas Olimpíadas.
 
Ainda assim, Philip Craven exaltou a iniciativa e falou sobre a dificuldade de ter mais atletas refugiados nas Paralimpíadas. “Eu acho que foi fabuloso. Mas se você tem uma deficiência e tem que procurar um esporte em um lugar que foi ou que continua sendo uma área de conflito, isso é algo muito, muito difícil de acontecer”, destacou. “Então eu não estou surpreso com o fato de termos apenas dois. Eu espero que não tenhamos nenhum da próxima vez (em Tóquio 2020), pois gostaria que não houvesse conflitos armados. Mas acho que que essa esperança é pequena e muito provavelmente não se materialize”, continuou o presidente do IPC, que destacou a importância da presença de diversos ministros do esporte e da educação no Rio 2016.
 
“Nunca houve tantos ministros de esportes de tantos países ao redor do mundo nos Jogos Paralímpicos. Para o paradesporto se desenvolver em qualquer país, o envolvimento dos governos, seja com os ministros do esporte ou com os ministros da educação, é absolutamente vital. Assim, essa é uma interação que nós realmente promovemos, mas que às vezes leva tempo”, disse Craven, que exaltou todo o trabalho que foi feito nesse sentido no Rio 2016.
 
“Existe uma enorme, uma enorme ênfase na educação e eu sei que houve uma grande ênfase em programas educacionais por parte do Rio 2016 aqui nas favelas e em várias outras áreas. Isso é crucial. Para mim, cada nação deveria ter um ministro do esporte conectado proximamente ao ministro da educação”, sugeriu.
 
Apesar do sucesso dos Jogos Paralímpicos do Rio, o IPC reconhece que incentivar o paradesporto em nível mundial ainda é um desafio. E quando isso se concretizar a presença de atletas nas Paralimpíadas será ainda maior.
 
“Dez países aqui participaram com 46% dos atletas. Os outros 54% vieram dos outros 149 países e do Time dos Refugiados. Quando se olha para essas estatísticas, fica claro o porquê de necessitarmos que mais atletas e de que mais países participem do esporte paraolímpico”, lembrou Craig Spence.
 
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Projeção de filmes do Canal 100 revive glórias do futebol

Uma ideia na cabeça e uma bola no pé. Entre os dias 12 e 14 de setembro, a Casa Brasil exibe 10 curta-metragens com cenas restauradas do acervo do Canal 100, oferecendo ao público uma oportunidade imperdível de reviver a emoção de grandes jogos realizados entre as décadas 1960 e 1980. O programa foi o responsável por imortalizar a música "Na Cadência do Samba", de Luis Bandeira.
 
"Depois de mais de 2 anos de pesquisa, tínhamos todo o acervo preparado, mas faltava o testemunho de quem estava lá", disse Alexandre Niemeyer, filho do idealizador do Canal 100, Carlos Niemeyer. Ele teve a ideia de criar o canal em 1959, registrando o melhor do esporte brasileiro.
 
De acordo com Felipe Lima, da produtora Ovo em Pé, responsável pelo desenvolvimento dos documentários, 20 craques do futebol brasileiro foram levados para os estúdios da Quanta, em São Paulo, onde ficaram em uma sala escura simulando um cinema, com uma tela projetando as imagens do Canal 100.
 
 
"Dá a sensação que eles estão no cinema. Os jogadores vão contando as histórias conforme as imagens vão aparecendo. Pegamos os depoimentos e criamos 10 documentários de 22 minutos cada. O material foi exibido nos canais ESPN, batendo recorde de audiência. O Canal 100 fazia uma cobertura de cinema, diferente das outras transmissões da época. Até a Copa do Mundo do México de 1970, o Canal 100 era a única opção de ver os jogos novamente fora do estádio", explica.
 
Os curtas exibidos na Casa Brasil incluem depoimentos de jogadores, com imagens registradas ainda em película 18 mm e 35 mm e que foram ao ar nas maiores salas de cinema do país.
 
No projeto foram inseridos, por processos de rotoscopia (animação com base em filmagens reais), logos históricas da Petrobrás, patrocinadora, em algumas cenas dos filmes, compatíveis com cada época retratada.
 
Confira a programação
12 de setembro
- Reviva a Espera do Milésimo (Sobre o milésimo gol de Pelé)
- Reviva o Fla-Flu Épico
- Reviva as Feras do Saldanha (Sobre a formação da seleção campeã do mundo em 1970)
 
13 de setembro
- Reviva os Invencíveis (sobre a Academia do Palmeiras nos anos 60 e o Inter campeão brasileiro invicto em 79)
- Reviva os Inesquecíveis (Sobre o Cruzeiro dos anos 60)
- Reviva os Conquistadores (Sobre os títulos da Libertadores de Santos - 62/63 e Flamengo 81)
 
14 de setembro
- Reviva o Caminho da Vitória (sobre o Corinthians campeão paulista 77)
- Reviva os Templos do Futebol (sobre a construção dos estádios do Maracanã, Pacaembu, Morumbi, Beira Rio e Mineirão)
- Reviva o Maior de Mundo (Sobre a história do Maracanã)
- Reviva a época do Barão (sobre a família Fittipaldi)
 
Serviço
Projeção de filmes do Canal 100
12, 13 e 14 de setembro, às 19h
Endereço: Boulevard Olímpico - Praça Mauá - Auditório do Armazém 2 na Casa Brasil
Entrada Franca
 
Equipe Casa Brasil 
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Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla