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Brasileiros conquistam duas medalhas no primeiro dia de competições da Universíade Nápoles 2019

Uma medalha no tatame e outra na piscina. O primeiro dia de competições da Universíade Nápoles 2019 terminou com dois pódios para o Brasil: um bronze com Gustavo Assis, na categoria até 90kg do judô, e uma prata com a equipe masculina de revezamento 4 x 100m livre na natação. Com os resultados, o Brasil está em 12º lugar no quadro de medalhas. O Japão, com três ouros e três pratas, por enquanto lidera a competição.

A honra de conquistar a primeira medalha do Brasil na Universíade 2019 ficou com o mineiro Gustavo Assis. Ele venceu suas três primeiras lutas - contra o húngaro Krisztian Toth, o alemão Falk Petersilka e o usbeque Davlat Bobonov -, mas perdeu a semifinal da categoria até 90kg para o austríaco Johannes Pacher. Na disputa pelo bronze, derrotou Iurie Mocanu, da Moldávia.

Fotos: Raul Vasconcelos/ Ministério da CidadaniaFotos: Raul Vasconcelos/ Ministério da Cidadania

É a terceira medalha de Gustavo em Universíades: três bronzes. Curiosamente, ele também foi o responsável pela primeira medalha do Brasil na edição de 2015. Já em 2017, ele participou do time que ficou em terceiro lugar na competição por equipes. "Fico feliz demais. É uma competição que tenho lutado bem, mas quero mais. Tem por equipes ainda. Acredito que nossa equipe, embora jovem, vem com vontade, e esse é o nosso diferencial", disse o atleta.

Pouco depois de Gustavo garantir a primeira medalha do Brasil, veio a segunda. A equipe formada por Felipe de Souza, Gabriel Ogawa, Luiz Gustavo Borges e Marco Antônio Ferreira conquistou a prata no revezamento 4 x 100m livre da natação. Os brasileiros ficaram atrás apenas dos Estados Unidos, e superaram a anfitriã Itália por centésimos.

"Antes de a gente nadar, a gente pegou junto e falou: 'Estamos nadando pelo Brasil, nadando por mais que uma prova individual. É uma honra. É uma competição que muitos atletas que viraram olímpicos, viraram nomes grandes, já nadaram. Inclusive meu pai nadou em 1995. Então estou muito feliz de estar aqui e nadar pelo Brasil", disse Luiz Gustavo Borges, que é filho do medalhista olímpico Gustavo Borges.

Para Marco Antônio Ferreira, a medalha também foi importante para tirar qualquer pressão por resultado já no primeiro dia de competições. "Foi bem legal também para quebrar um pouco o gelo da galera, mostrar que a gente tá bem e que tem muita coisa boa pela frente ainda", avisou.

Após as premiações, o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Washington Cerqueira, e o chefe de gabinete da Snelis, Sidney Cavalcante, fizeram questão de parabenizar os atletas e reforçar a intenção do governo de investir no esporte universitário. "Políticas públicas devem ser pensadas, elaboradas e, claro, implementadas para que a prática esportiva e o conhecimento adquirido por meio da educação jamais se separem".

O secretário Washington Cerqueira parabenizou pessoalmente os primeiros medalhistas brasileiros em Nápoles. Fotos: Raul Vasconcelos/ rededoesporte.gov.brO secretário Washington Cerqueira parabenizou pessoalmente os primeiros medalhistas brasileiros em Nápoles. Fotos: Raul Vasconcelos/ rededoesporte.gov.br

Agenda desta sexta

Nesta sexta-feira, o Brasil volta a competir na natação e no judô. Além disso, três seleções de modalidades coletivas entram em ação. Às 17h30, o Brasil encara a Polônia no vôlei masculino. Às 20h, é a vez das meninas do vôlei enfrentarem a China. Já às 21h, a seleção masculina de futebol entra em campo para encarar a França.

O Brasil participa da Universíade 2019 com 116 atletas, que vão disputar as competições em sete modalidades: atletismo, natação, judô, taekwondo, futebol, vôlei e ginástica artística. No total, a delegação brasileira conta com cerca de 180 pessoas, entre atletas, comissão técnica e equipe de apoio. Na Universíade de Nápoles, são cerca de 6 mil atletas de 127 países. Estão em disputa 222 medalhas em 18 esportes. Os jogos vão até o dia 14 de julho.

Mateus Baeta - Ministério da Cidadania

Com direito a música italiana e vulcão estilizado, Universíade 2019 tem início em Nápoles

A delegação que representa o Brasil na Universíade 2019 foi muito aplaudida ao entrar no Estádio San Paolo, em Nápoles, nesta quarta (03.07), durante a cerimônia de abertura da 30ª edição do maior evento de esporte universitário do mundo. Com direito a muita música italiana, fogos de artifício e até um vulcão estilizado, a cidade italiana deu início aos jogos com uma festa que contagiou atletas e quem acompanhou a cerimônia nas arquibancadas.

Com a bandeira do Brasil em mãos, o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Washington Cerqueira, e o chefe de gabinete da Snelis, Sidney Cavalcante, entraram junto com a delegação de atletas brasileiros e se emocionaram com a energia da equipe e do público.

“Fiquei muito feliz e emocionado com o convite. Foi uma honra representar o Brasil, não apenas como gestor, mas também dessa forma. Foi ainda mais bacana pelo contato direto com os atletas. Os do futebol pediram para que eu passasse o faro de gols para eles. Então espero que os atletas tenham muita sorte e bons resultados”, disse o secretário.

O secretário da Snelis Washington Cerqueira participa do desfile de abertura da Universíade 2019 no Estádio San Paolo, em Nápoles. Foto: Saulo Cruz/CBDUO secretário da Snelis Washington Cerqueira participa do desfile de abertura da Universíade 2019 no Estádio San Paolo, em Nápoles. Foto: Saulo Cruz/CBDU

O Brasil participa da Universíade 2019 com 116 atletas. Eles disputarão competições em sete modalidades: atletismo, natação, judô, taekwondo, futebol, vôlei e ginástica artística. No total, a delegação brasileira conta com cerca de 180 pessoas, entre atletas, comissão técnica e equipe de apoio. A Universíade de Nápoles tem a participação de cerca de 6 mil atletas, de 127 países. Estão em disputa 222 medalhas, em 18 esportes. Os jogos prosseguem até o dia 14 de julho.

A cerimônia de abertura teve vários momentos emocionantes. Depois da entrada das delegações, os shows lembraram a importância histórica da cidade de Nápoles e a ligação intrínseca da Itália com a Universíade. Afinal, foi no país europeu que ocorreu a primeira edição do evento, em 1959.

No cenário, destaque para uma versão estilizada do vulcão Vesúvio, cartão postal da cidade italiana. A chama dos jogos, na boca do vulcão, foi acesa pelo jogador de futebol Insigne, do Napoli, que chutou uma espécie de bola de fogo até o topo do vulcão para delírio da torcida napolitana presente no estádio.

Outro momento de emoção foi a apresentação do cantor italiano Andrea Bocelli, que cantou a famosa canção italiana Funiculi Funicula, composta pelo napolitano Giuseppe “Peppino” Turco.

A cerimônia também contou com a presença do presidente da Itália, Sergio Matarella, e do presidente da Federação Internacional do Esporte Universitário (FISU), Oleg Matytsin, que em sua fala convidou os atletas a participarem dos jogos com respeito e espírito esportivo.

Mateus Baeta, de Nápoles, na Itália - rededoesporte.gov.br
 

Professoras do IFSC visitam a Secretaria Especial do Esporte para mostrar projeto esportivo bilíngue

O projeto-base para a construção de uma quadra poliesportiva para o Campus Palhoça Bilíngue (Libras-português), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), foi apresentado para o diretor do Departamento de Gestão de Programas de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (DEGEP), Clair Tomé Kuhn, nesta quarta-feira (03.07), na SNELIS. A diretora-geral do IFSC, professora doutora Carmem Cristina Beck, e a chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão, professora doutora Simone Silva, foram as responsáveis pela exposição.

“O projeto é propício para acolher o aluno. Aprecio muito esse engajamento em um projeto bilíngue, no que se refere ao esporte. Há de se ter a inclusão social desses jovens surdos não só na educação, mas na esfera esportiva também”, disse o diretor Clair Kuhn. Ele ressaltou ainda a relevância desse trabalho do Instituto Federal de Santa Catarina, e garantiu que essa demanda será analisada tecnicamente e apresentada aosecretário da SNELIS, Washington Cerqueira.

O projeto político-pedagógico do Campus Palhoça Bilíngue do IFSC traz uma linha de ensino, pesquisa e extensão que busca viabilizar uma efetiva interação entre surdos e ouvintes, no campo educacional e profissional. A professora Simone, que é surda, explicou em Libras que “a intenção é que o campus se torne referência de ensino bilíngue para surdos.”

Nesse campus, durante a aula esportiva, os alunos surdos não conseguem compreender os comandos dos professores, porque são entre “20 e 30 alunos para um professor monitorar, além de um intérprete de Libras”. Assim, conforme a professora, com a repaginação das aulas será possível a inclusão desses alunos. 

Segundo a diretora-geral Carmem Beck, atualmente o campus conta com aproximadamente 900 matrículas, das quais 105 são de alunos surdos, em cursos de ensino médio técnico, graduação, pós-graduação, qualificação profissional e educação de jovens e adultos.

O Coordenador-Geral de Custos e Destinação de Bens (CGCDB), Francis Venturin, também esteve presente na reunião. O DEGEP é um dos dois departamentos da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), da Secretaria Especial do Esporte, cuja atribuição é formalizar convênios. A CGCDB está sob o guarda-chuva do DEGEP.

Nathália Fernandes - Ministério da Cidadania

 

 

Ponta Grossa inaugura sua Estação Cidadania

Localizada no bairro da Chapada, o novo equipamento é dotado de um moderno ginásio de esportes com dimensões oficiais, um espaço para ginástica e dança, além de uma quadra poliesportiva externa iluminada. A Estação Cidadania ocupa uma área de 3.500m², fruto de um investimento da ordem R$ 4,5 milhões, dos quais R$ 3.659.416,54 foram repasses federais. Com a inauguração, Ponta Grossa poderá desenvolver projetos de iniciação e desenvolvimento do esporte para centenas de crianças e adolescentes, além da comunidade em geral.

A Estação Cidadania de Ponta Grossa é o 24º equipamento desse tipo inaugurado no país desde 2016 e junta-se às estações de Franco da Rocha-SP, Uberaba-MG, Maringá-PR, Arapongas-PR, Rio Branco-AC, Petrópolis-RJ, Santana de Parnaíba-SP, Barueri-SP, Uberlândia-MG, Taboão da Serra-SP, Curitiba-PR (duas estações), Itapevi-SP, Cascavel-PR, Praia Grande-SP, Cruzeiro do Sul-AC, Franca-SP, São José do Rio Preto-SP, Pinhais-PR, Caxias do Sul-RS, Guarapuava-PR, Parnaíba-PI e Canoas-RS, sendo que as últimas nove foram inauguradas neste ano.

Fotos: Prefeitura de Ponta GrossaFotos: Prefeitura de Ponta Grossa

Depois de Ponta Grossa, dez Estações Cidadania voltados para o esporte estão na fila para serem inauguradas, nas cidades de Teresina-PI, Santa Cruz do Sul-RS, Cariacica-ES, Muriaé-MG, Campina Grande-PB, Apucarana-PR, Sumaré-SP, Santa Bárbara d'Oeste-SP, Aparecida de Goiânia-GO e São José dos Pinhais-PR.

O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, a vice-prefeita, Elizabeth Schmidt, e o deputado Sandro Alex, atual secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, participaram da inauguração.

“Trata-se de uma estrutura espetacular voltada para o atendimento de crianças e jovens da região do Sabará e Chapada, com programas de iniciação esportiva e o desenvolvimento de projetos para a comunidade, contribuindo para a diminuição dos índices de violência, do consumo de drogas, trazendo saúde e prosperidade à comunidade”, ressaltou Marcelo Rangel.

Investimentos

O Paraná conta com 12 contratos ativos para construção de unidades no estado, fruto de R$ 45,6 milhões em repasses federais. No total, 11 municípios já foram ou serão contemplados: Apucarana, Arapongas, Cascavel, Curitiba (2 unidades), Guarapuava, Maringá, Pinhais, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama.

Sete unidades foram inauguradas, em Maringá, Arapongas, Cascavel, Curitiba (2 unidades), Pinhais e Guarapuava, e, depois de Ponta Grossa, duas devem ser entregues em breve, em Apucarana e São José dos Pinhais.

Em todo o país, são 128 contratos ativos, em 127 municípios contemplados. O investimento total em repasses federais para as Estações Cidadania voltadas para o esporte são de R$ 456,3 milhões.

Ascom – Ministério da Cidadania

Na véspera da abertura da Universíade, secretário Washington Cerqueira se reúne na Itália com presidente da CBDU

Com 116 atletas em sete modalidades, o Brasil começa nesta terça-feira (02.07) sua participação na Universíade 2019. As primeiras a entrar em ação serão as jogadoras da Seleção Brasileira de futebol feminino, atual campeã do torneio, que enfrenta a Irlanda a partir das 16h (de Brasília). A cerimônia de abertura da 30ª edição da maior competição de esporte universitário do mundo está marcada para esta quarta-feira (03.07), a partir das 16h, no Estádio San Paolo, em Nápoles, na Itália.

Nesta terça, véspera da abertura oficial, o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério da Cidadania, Washington Cerqueira, se reuniu em Nápoles com o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral. "É a maior competição de esporte universitário do mundo, a gente sabe que o Brasil sempre disputa bem o evento. É importante fazer esse acompanhamento e estar junto dos nossos atletas", disse o secretário Washington.

O secretário Washington Cerqueira, o presidente da CBDU, Luciano Cabral, e o chefe de gabinete da SNELIS, Sidney Vasconcelos. Foto: Raul VasconcelosO secretário Washington Cerqueira, o presidente da CBDU, Luciano Cabral, e o chefe de gabinete da SNELIS, Sidney Vasconcelos. Foto: Raul Vasconcelos

"É importantíssimo o secretário vir e conhecer os jogos de perto, porque o Brasil ainda conhece muito pouco da Universíade. É importante que as principais autoridades brasileiras venham conhecer os jogos e também ter essa relação de proximidade com a nossa delegação. Além disso, o investimento da Secretaria do Esporte é fundamental, porque o orçamento da CBDU é para o calendário nacional. E esses jogos são muito importantes na formação dos aletas do Brasil, tanto que 53% dos atletas que conquistaram medalhas no Rio 2016 passaram pela Universíade", disse presidente da CBDU.

Para garantir a participação brasileira na competição, a Secretaria Especial do Esporte repassou à CBDU o valor de R$ 3,3 milhões. Os recursos custeiam passagens, taxas de inscrição, materiais de uso pessoal, alimentação, entre outros. Além disso, 39 atletas da delegação são beneficiários do Programa Bolsa Atleta. O investimento anual nesses atletas é de R$ 722 mil.

Metas e expectativas
Na última edição da Universíade, em 2017, em Taipei-China, o Brasil conquistou 12 medalhas, sendo 2 de ouro, 4 de prata e 6 de bronze. No quadro geral de medalhas, o país ficou na 28ª colocação. A meta deste ano é conseguir um desempenho similar, embora muitos fatores contribuam para que a CBDU não tenha definido expectativas altas em relação a resultados.

A delegação brasileira este ano é bem menor - em Taipei foram 183 atletas brasileiros –, e muitas modalidades acabaram ficando fora. "Além disso, essa Universíade historicamente é muito forte, porque é a Universíade que antecede os Jogos Olímpicos. Os países da Europa, Ásia e América do Norte utilizam a competição para treinar suas equipes olímpicas, então aqui estão os atletas que estarão em Tóquio. O Brasil não utiliza a Universíade como plataforma, o que acaba desequilibrando bastante nossa participação", explica o presidente da CBDU, Luciano Cabral.

Por isso, a análise que a CBDU fará vai ser em cima das modalidades que o Brasil disputou na Universíade passada e que vai disputar de novo agora. "Nessa perspectiva, nós temos sim a expectativa de ter um resultado ainda melhor. Nós acreditamos que a natação terá um resultado melhor este ano. O atletismo não teve medalhas na edição passada e deve ter nessa", projeta Cabral.

Destaques do Brasil
As fichas apostadas no atletismo se justificam porque a delegação brasileira da modalidade este ano conta com dois campeões mundiais. Paulo André de Oliveira e Rodrigo Nascimento conquistaram o histórico ouro no 4 x 100m no Mundial de Revezamento em maio. E Paulo já avisou que pretende deixar sua marca também no esporte universitário.

"Eu já disputei quase todos eventos nacionais e internacionais, quero passar por todos e deixar legado, se possível recorde. A Universíade é uma vitrine para aqueles que estão começando a ficar em evidência. É uma competição forte. Quero ir bem para aos poucos ir chegando no topo, e esse evento é uma porta de entrada para que isso aconteça", disse o velocista capixaba.

Além de Paulo e Rodrigo, o atletismo também conta com Gabriel Constantino, que em junho foi bronze nos 110m com barreira em etapa da Liga Diamante, importante competição mundial de atletismo. Já na natação, o destaque é Luiz Gustavo Borges, filho do nadador medalhista olímpico Gustavo Borges.

Universíade
Com 60anos de história, a Universíade chega à 30ª edição de volta ao lugar onde tudo começou: a Itália. Se há seis décadas Turim realizou a primeira Universíade, dessa vez a cidade escolhida para ser sede do maior evento mundial de desporto universitário é Nápoles. De 3 a 14 de julho, a estimativa é que a cidade italiana receba mais de 10 mil pessoas envolvidas no evento.

Os números da trigésima edição dão uma ideia do tamanho da competição. São 5971 atletas, de 127 países, em 18 esportes. com 222 medalhas em disputa. Trata-se do segundo maior evento poliesportivo do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos.

Mateus Baeta - Ministério da Cidadania, de Nápoles (Itália)

Diretor da SNELIS destaca organização dos XIII Jogos da Amizade 2019 em Resende (RJ)

Como representante da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), o diretor do Departamento de Gestão de Programas de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (DEGEP), Clair Tomé Kuhn, participa da 13ª edição dos Jogos da Amizade 2019, evento esportivo, artístico e cultural realizado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, no Rio de Janeiro. A competição, organizada pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx) e pela Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (DEPA), será de 1º a 6 de julho.

Desde 2013, os Jogos da Amizade contam com a parceria da SNELIS, uma das secretarias dentro da Secretaria Especial do Esporte, que integra o Ministério da Cidadania. Segundo o Ministério da Defesa, a pasta “tem garantido uma melhor qualidade à organização dos jogos e, consequentemente, ascensão nos resultados alcançados.”

Clair Tomé Kuhn destacou ainda a importância dos jogos como ferramenta de integração. “Os jogos são importantes porque criam e formam a conduta cidadã e a disciplina. Esses adolescentes estão sendo formados para a vida, porque são ensinados a lidar com a derrota. É possível ver que há competição, mas não há rivalidade”, afirmou o diretor.

Acompanhado pelo secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, Paulo Humberto Cesar de Oliveira, Clair Kuhn acrescentou que há um estímulo especial para o desenvolvimento da compreensão do significado de trabalho em equipe. “É uma ótima oportunidade para promover a inclusão social. As atividades também são supervisionadas por profissionais e executadas pelos próprios alunos, valorizando a iniciativa e a liderança. Os alunos saem da célula familiar e convivem em uma outra esfera com melhores ensinamentos.”

Os Jogos da Amizade são uma iniciativa abrangente e inédita na educação básica pública nacional e integram não apenas atividades desportivas, mas também eventos culturais e sociais. Conforme a DEPA, a competição visa fomentar o interesse pela prática desportiva e promover o intercâmbio cultural entre os alunos provenientes de todas as regiões do país.

Participam dos Jogos 1,6 mil alunos do Sistema Colégio Militar do Brasil, de 13 cidades: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Juiz de Fora (MG), Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Santa Maria (RS). Eles disputarão 11 modalidades desportivas, nas categorias masculino e feminino. São elas atletismo, basquete, futebol, handebol, hipismo, judô, natação, orientação, pentatlo moderno (corrida, natação, hipismo, esgrima e tiro), voleibol e xadrez.

Nathália Fernandes - Ministério da Cidadania

 

Nota de pesar pela morte do jogador de basquete Michael Uchendu

O basquete brasileiro está de luto com a notícia do falecimento do atleta Michael Uchendu, de 21 anos. Formado nas divisões de base do Bauru (SP), o jovem pivô da Seleção Brasileira sub-21 disputou a última temporada pelo La Coruña, da Liga Espanhola. Um trágico acidente de jet-ski na represa do Sistema Cantareira, em São Paulo, causou a morte de Michael, neste sábado (29.06), por afogamento.

Neste momento de consternação, registro, em nome da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, nossos sentimentos de pesar e de solidariedade aos familiares, amigos e comunidade esportiva.

Décio Brasil
Secretário Especial do Esporte 

Surdolimpíadas: as inspiradoras histórias de dois pioneiros do judô para surdos

O carioca Alexandre Fernandes, de 30 anos, é judoca por "teimosia". Ele sabia bem que a mãe, a auxiliar de produção Andréa Soares de Lima, não curtia muito a ideia do filho praticando um esporte longe de onde moravam. "Eu vi uma pessoa usando quimono e perguntei o que era aquilo. Aí falaram que era judô. Essa pessoa me mostrou uma medalha e fiquei super interessado. Eu tinha 14 anos. Minha mãe não quis que eu praticasse porque era muito longe de casa. Ela dizia que ia complicar meus estudos", lembra o atleta.

Resignado, mas nem tanto, Alexandre seguiu apostando na natação e nas atuações como goleiro e volante no futebol de campo. Aos 16 anos, contudo, permitiu-se uma transgressão que mudaria sua trajetória e a história do movimento dos surdoatletas no Brasil. "Fui escondido treinar. Fiz a inscrição. Comecei a praticar. Lutava contra ouvintes e perdia muito", relata Alexandre. "Confesso que fiquei sabendo muito tempo depois. Eu achava o judô perigoso. Até hoje fico nervosa. Cada tombo que ele leva a gente pensa que machuca, por mais que seja só o barulho do tatame", conta Andrea, que hoje acompanha o filho sempre que pode.

Alexandre tornou-se em 2009 o primeiro atleta brasileiro na história a conquistar uma medalha em Surdolimpíadas Internacionais. O feito foi conquistado em Taiwan, nos Jogos de 2009, na categoria -81kg. Uma façanha improvável, principalmente porque ele tinha menos de quatro anos de prática e ostentava uma faixa verde na cintura. "Todos os outros eram faixa preta. E consegui o terceiro lugar. Foi especial para mim. Foi significante, emocionante. Chorei bastante. E as pessoas falaram: 'Você é o primeiro brasileiro a conseguir essa medalha, esse fato inédito'. Eu não esperava, né?", contou.

Alexandre durante as Surdolimpíadas Brasil 2019. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.brAlexandre durante as Surdolimpíadas Brasil 2019. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Realfabetização

Subir ao pódio do evento internacional foi o sinal definitivo de uma reviravolta. Alexandre teve meningite quando tinha um ano e meio. Ficou um mês internado no hospital, numa área de isolamento. Só a família tinha contato. Quando deu entrada na unidade médica, andava sozinho. Quando recebeu alta, não conseguia caminhar. Foram necessários meses para readquirir mobilidade. E, como os médicos indicaram, era possível que houvesse sequelas. Antes de completar dois anos, havia perdido completamente a audição.

"Todos os outros eram faixa preta. E consegui o terceiro lugar. Foi especial para mim. Foi significante, emocionante. Chorei bastante. Eu não esperava, né?"
 
Alexandre Fernandes, primeiro medalhista brasileiro em Surdolimpíadas Internacionais
 
"Eu tinha 18 para 19 anos. Percebemos quando chamávamos e ele não atendia. Uma audiometria confirmou que ele estava 100% surdo. Foi necessário aprender a ajudá-lo. Ele ficou um tempo muito nervoso. Agitado, principalmente porque ele ouvia antes. Precisamos de acompanhamento médico e da ajuda da família", narra Andrea. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) passou a fazer parte do alfabeto dos parentes. Os atendimentos de fonoaudiologia e psicologia se alternavam à escola convencional, para ouvintes.
 
"Foi uma realfabetização para todos. Fico emocionada por ver o processo por que ele passou e hoje estar vivenciando isso tudo. A gente tem de ser forte e dar força", comentou Andrea, na arquibancada de um ginásio em Pará de Minas, cidade a 80 quilômetros de Belo Horizonte, olhando o filho na disputa das Surdolimpíadas Brasil 2019. A competição reuniu 315 atletas de 14 Unidades da Federação para a disputa de 11 modalidades esportivas no último fim de semana. Alexandre não teve concorrentes na categoria dele (-90kg) e recebeu o ouro, mas não teve sorte na categoria Absoluto. Foi eliminado na estreia pelo paulista Cleiton Batista da Silva. "Foi uma surpresa ter perdido, mas parabenizo ele imensamente. Posso perder, posso ganhar. Faz parte. Isso é o esporte", afirmou Alexandre, que também foi bronze nas Surdolimpíadas Internacionais de 2017, na Turquia.


Tensão na Turquia

Na saga como surdoatleta, Alexandre teve um dos momentos mais tensos no aeroporto de Istambul, em junho de 2016, enquanto aguardava uma conexão para a cidade turca de Samsun, sede do Mundial da modalidade naquele ano. Ele e um surdoatleta paulista estavam no terminal no dia 28 de junho, quando uma série de explosões e tiroteios mataram 36 pessoas e deixaram mais de 145 feridos. "Estávamos sentados, descansando. De repente só sentimos a vibração de muitas pessoas correndo. Acordei meu amigo. Não sabíamos o que era nem tínhamos como nos comunicar. Demoramos muito para entender o porquê da correria. E foram várias vezes. Três ou quatro bombas. E tiros", contou Alexandre.

Além da face assustadora da experiência, houve um período longo em que eles não conseguiam se comunicar com familiares e representantes da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) no Brasil. "Não conseguíamos acesso à internet. Só depois de horas achamos um café com wifi para avisar amigos e familiares no Brasil. Estavam todos  apreensivos", disse. "Foi um nervosismo muito grande. Não havia notícia. A gente imagina tudo. Demorou até conseguirmos entrar em contato com eles por uma pessoa da confederação. Os meninos filmavam e mostravam que estavam bem", recorda Andréa. Felizmente, Alexandre seguiu viagem e, no Mundial, conquistou o ouro na categoria -90kg.

Marcele com um dos dois ouros conquistados nas Surdolimpíadas Brasil 2019Marcele com um dos dois ouros conquistados nas Surdolimpíadas Brasil 2019

Pegadas de Rafaela

Marcele Félix tem apenas 21 anos, mas já une experiência de sobra no universo surdolímpico. O judô integra a vida da atleta desde os cinco anos. No início, mais como uma forma de lazer, terapia e inclusão com o universo dos ouvintes. Mais tarde, com perspectiva mais profissional. Aluna do técnico Geraldo Bernardes no Instituto Reação, Marcele abraçou o alto rendimento a partir da adolescência.

"Com 15 anos passei a amar o judô de forma intensa. Já participei de competições internacionais na Bulgária e na Turquia. Disputar essa edição das Surdolimpíadas no Brasil foi uma experiência muito boa. Consegui ser campeã duas vezes em Pará de Minas. Foi inédito para mim", celebrou a atleta, ouro na categoria -70kg e na Absoluta.

O esporte é um modelo bom para se seguir, né? Nós precisamos de mais mulheres. Quero que mais meninas surdas sigam esse caminho"
 
Marcele Félix, primeira judoca surda faixa preta das Américas 

 

No dia a dia, Marcele já teve oportunidades de medir forças em treinos com a campeã olímpica Rafaela Silva, uma de suas referências esportivas e no campo das atitudes. "A Rafaela é um modelo para mim como profissional. Quero absorver todas as técnicas que ela tem. Ela é minha referência. Meu modelo. Já treinamos juntas. Ela é bem forte", enfatizou a judoca.

Mais do que resultados nacionais e internacionais, Marcele ostenta um pioneirismo continental. Ela se tornou a primeira atleta surda das Américas a receber uma faixa preta no judô. "Eu tinha só 17 anos. Era uma coisa que não esperava conquistar. Eu pensava só em ser professora, mas ser a primeira mulher surda a conseguir uma faixa preta em judô nas Américas, eu não esperava", sorriu, com a esperança de influenciar novas meninas com deficiência auditiva na busca dos quimonos. "O esporte é um modelo bom para se seguir, né? Nós precisamos de mais mulheres. Então quero que mais meninas surdas sigam esse caminho".

Estudante de administração, Marcele espera também que o Bolsa Atleta volte a beneficiar os atletas não olímpicos e não paralímpicos, categoria que inclui os surdoatletas, para que tenha chance de se dedicar com mais exclusividade ao esporte. O próximo compromisso de grande relevância dela é o Mundial, que será disputado na França, em 2020. "A Bolsa seria um ganho de uma luta enorme. Sempre acreditamos que era possível conseguir essa conquista. Faz muita diferença", disse.

Durante a Cerimônia de Abertura das Surdolimpíadas, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o Secretário Nacional de Alto Rendimento da Secretaria Especial do Esporte, Emanuel Rego, afirmaram à comundidade dos surdoatletas que a pasta prevê para até o fim do ano o lançamento de um edital do Bolsa Atleta que contemple inscritos de modalidades não olímpicas e não paralímpicas.

Galeria de fotos (imagens disponíveis em alta resolução)

Surdolimpíadas Brasil 2019Surdolimpíadas Brasil 2019

Gustavo Cunha - Ascom - Ministério da Cidadania 

Em período de Copa do Mundo, jogadoras e técnicos debatem realidade do futebol feminino

A Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019, disputada na França, vai conhecer a equipe campeã no próximo domingo (07.07). O torneio nem terminou, mas já deixa marcas na história. O confronto entre a Seleção Brasileira e equipe anfitriã, quando o Brasil foi superado por 2 x 1, bateu o recorde de maior audiência da história das Copas do Mundo Feminina, com 35,2 milhões de pessoas assistindo a partida válida pelas oitavas de final. Aproveitando o momento único, a Secretaria Especial do Esporte promoveu, nesta sexta-feira (28.06), a primeira edição do evento “Futebol e Debate”, que discutiu os desafios do futebol feminino no país. 
 
A técnica Emily Lima e jogadora Mayara Bordin falaram sobre as experiências adquiridas durante as carreiras. Foto: Monique Damasio/ Ministério da CidadaniaA técnica Emily Lima e jogadora Mayara Bordin falaram sobre as experiências adquiridas durante as carreiras. Foto: Monique Damasio/ Ministério da Cidadania
 
No Brasil, a modalidade é marcada por histórias anônimas e famosas de jogadoras que tiveram que driblar as dificuldades e os preconceitos em busca do sonho de fortalecer e difundir o esporte. Durante todo o dia, a treinadora do Santos (SP), Emily Lima, a ex-goleira da Seleção Brasileira Thais Picarte, a jogadora do Málaga (Espanha) Mayara Bordin e o ex-técnico da Seleção Feminina René Simões trocaram experiências, ideias e sugestões para fortalecer, melhorar e formular propostas para aprimorar as condições de trabalho das atletas. 
 
Durante a abertura do debate, o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ronaldo Lima, ressaltou que a proposta do seminário é ventilar ideias, pois o governo federal está dedicado a melhorar o futebol. “Estamos prontos e maduros para possíveis mudanças que o futebol brasileiro requer. Escutamos a mídia e estamos ouvindo a voz dos torcedores. Atualmente, existe uma preocupação muito grande sobre o futuro do nosso futebol”, revelou. 
 
Segundo o secretário especial adjunto do Esporte, Marco Aurélio de Araújo, o desafio do governo é implementar políticas públicas que possam alavancar a modalidade. “Nós temos as ferramentas e uma oportunidade ímpar de aprimorar o futebol feminino”, disse. “Temos a oportunidade de levantar problemas e vocês de apontar as possíveis soluções. Não vamos resolver os problemas do futebol feminino hoje, mas teremos uma luz de qual caminho os gestores do governo devem seguir”, completou.
 
Painéis 
"O Futebol Feminino no tempo de Copa do Mundo” foi o tema do primeiro painel. Mediado pelo treinador e assessor especial da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Kleiton Lima, a técnica Emily Lima e jogadora Mayara Bordin falaram sobre as experiências adquiridas durante as carreiras.
 
 
“A gente sempre fala do Brasil como sendo um país de riquezas naturais. Eu sempre coloquei o futebol feminino como uma das principais riquezas naturais do nosso país. O Futebol em Debate, trazendo como tema os desafios do futebol feminino, vai engrandecer ainda mais o momento em que estamos vivendo. É o momento propício para debater, porque o público brasileiro tem a admiração e o respeito pela modalidade, além das autoridades terem se levantado para apoiar”, analisou Kleiton Lima. 
 
Na oportunidade, Mayara Bordin falou sobre o papel do marketing esportivo no processo de evolução do esporte. A jogadora que atua no clube espanhol acredita que o futebol feminino é um produto de marketing e os clubes são as empresas que têm o papel de potencializar esse produto. “Venho estudando o marketing há bastante tempo. O papel dele é de criar impacto nas pessoas. Assim, gerar emoção, sentimento e atenção do público. Temos que tentar fazer com que o futebol, ou os produtos do esporte, chamem a atenção das pessoas”, explicou.      
 
Para a técnica Emily Lima, o crescimento da modalidade está ligado às diferentes iniciativas e experiências pioneiras que estão sendo feitas no território nacional. “Faço parte do time de uma grande empresa de material esportivo e estamos criando projetos para que meninas e mulheres possam jogar. Temos duas sessões de treinamentos, de 1h30min, com 100 meninas a cada noite semanalmente em São Paulo. Mensalmente, oferecemos treinos para 200 mulheres no estádio do Pacaembu”, contou.     
 
O segundo painel discutiu o tema: os desafios do futebol feminino no Brasil. A ex-goleira da Seleção Brasileira Thais Picarte começou a apresentação falando sobre a sua trajetória, a falta de reconhecimento profissional e a carência de garantias de direitos trabalhistas. “O futebol feminino não era reconhecido. Muitas atletas, quando o clube encerrava seus trabalhos, não tinham nenhum direito assegurado. Essa foi e é a realidade de muitas mulheres”, lamentou. Segundo a atleta, ao longo dos anos a situação foi se adequando e, neste ano, com a Copa do Mundo, foi possível perceber o interesse e a visibilidade que a Seleção Feminina de Futebol recebeu. 
 
 
“O esporte ensina muito, com valores que não se aprende em outro lugar. E é uma das ferramentas que diminui os problemas sociais. É preciso investir no esporte e a modalidade que tem tudo para ser expoente no Brasil”, afirmou. Para Thais, investir no esporte de base é de suma importância. 
 
O ex-técnico da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, René Simões, deu sequência ao painel. Simões chamou a atenção para o fomento ao esporte nas séries iniciais da fase escolar. “Isso faz toda a diferença na vida de um jovem”, afirmou. “É necessário adotar políticas públicas que unam a educação e ao esporte. É dessa forma que podemos mudar o país”. 
 
René Simões fez também algumas sugestões para enfrentar os desafios da modalidade, como combater o preconceito, investir em capacitação para treinadoras de equipes de futebol para mulheres e fortalecimento de campeonatos escolares incluindo a modalidade. “Talvez vocês não usufruam do que estão fazendo hoje, mas serão lembradas como as precursoras, aquelas que deram início à valorização do futebol para mulheres”, finalizou. 
 
Futebol e Debate - 1ª edição - Futebol FemininoFutebol e Debate - 1ª edição - Futebol Feminino
 
Breno Barros e Jéssica Barz
Ascom – Ministério da Cidadania
 
 

Ex-técnico da Seleção Brasileira feminina, Kleiton Lima integra-se à Secretaria Nacional de Futebol

O ex-técnico da Seleção Brasileira feminina de futebol Kleiton Lima acaba de voltar dos Estados unidos para compor a equipe da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor (SNFDT). O profissional, que possui larga experiência na formação e treinamento de atletas tanto femininas quanto masculinos, volta ao Brasil após uma temporada como treinador do Chicago Soccer, em Illinois. Empossado na última quarta-feira (26.06) como assessor especial da SNFDT, Kleiton aceitou o convite do Secretário Nacional Ronaldo Lima para coordenar um grande projeto de desenvolvimento do futebol feminino. 

Kleiton Lima. Foto: Monique Damasio/ Ministério da CidadaniaKleiton Lima. Foto: Monique Damasio/ Ministério da Cidadania

Formado em direito e educação Física, Kleiton Lima iniciou sua carreira como jogador nas categorias de base do Santos e lá se profissionalizou poucos anos mais tarde. Em 1994, com apenas 20 anos, o jogador foi convidado a jogar pelo San Francisco United Soccer, dos Estados Unidos, onde conquistou o campeonato californiano de futebol. No ano seguinte, já de volta ao Brasil, fundou a primeira escolinha especializada em futebol feminino da baixada santista. A experiência rendeu, em 1997, um convite do Santos FC para dirigir a equipe de futebol feminino do clube, onde permaneceu como treinador por 14 anos. Neste período, o já experiente treinador conquistou mais de 20 títulos nacionais e internacionais, com destaque para os bicampeonatos da Copa Libertadores da América e da Copa do Brasil. 

Kleiton Lima e Marta. Foto: CBF/DivulgaçãoKleiton Lima e Marta. Foto: CBF/Divulgação

Em 2007 que Kleiton Lima assumiu um de seus maiores desafios profissionais: treinar a Seleção Brasileira Sub-20 de futebol feminino. Com o time, venceu o Campeonato Sul-Americano Sub-20 e o sucesso no torneio levou, em 2008, à sua promoção para técnico da Seleção Brasileira de futebol feminino principal.

No comando da seleção feminina profissional, Kleiton registrou outros grandes êxitos: foi campeão da Copa América, do Torneio Internacional de Seleções e Campeão Sul-Americano, quando conquistou a classificação do time para a Copa do Mundo de 2011 e para os Jogos Olímpicos de Londres 2012. Soma-se a isso a conquista da medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011.

Após a vitoriosa passagem pela Seleção Brasileira, em 2011 Kleiton Lima foi convidado a dirigir a equipe do Bangu AC pelo Campeonato Carioca (1º semestre) e a equipe do Vitória-PE, pela Copa do Brasil (2º semestre), onde conquistou o vice-campeonato da Copa do Brasil. Um ano mais tarde, em 2012, o treinador assumiria mais 3 desafios: treinar a equipe profissional masculina do Red Bull Brasil durante o Campeonato Paulista da Série A2; o São Caetano, pelo Campeonato Brasileiro da Série B; e o Sport, no Campeonato Brasileiro da Série A. 

Em 2013 vieram novos desafios: foi técnico do XV de Piracicaba durante o Campeonato Paulista da Série A1 e do Sport Recife, onde chegou ao vice-campeonato pernambucano. Em 2014, ainda comandou o Grêmio Barueri no Campeonato Paulista da Série A2.

Mas foi em 2015 que Kleiton acertou seu retorno ao Santos, com a missão de comandar o time masculino sub-23, que posteriormente passou a ser chamado de Santos “B”, onde contribuiu para a transição de diversos jogadores que hoje são protagonistas em vários clubes no Brasil e cenário internacional.

À frente de um ambicioso projeto para estruturação e desenvolvimento de futebol feminino, o assessor especial mostra que tem pressa: “Acredito que a experiência e a visão adquiridas com as distintas realidades das categorias de base e profissionais, assim como dos times masculinos e femininos, contribuirão para o entendimento de como o futebol feminino poderá evoluir ainda mais nos próximos anos".

Kleiton mediou nesta sexta-feira (28.06) a primeira ação nesse sentido. A SNFDT inaugurou um ciclo de palestras sobre o futuro e os desafios do futebol feminino. Batizado de “Futebol e Debate”, o projeto tem por objetivo discutir o universo e a realidade da modalidade no Brasil e no mundo, sob o ponto de vista de quem mais entende do assunto. "Para isso, convidamos técnicos, ex-jogadoras, especialistas e a sociedade em geral para discutir o tema, pois queremos construir algo definitivamente sólido para o crescimento do futebol feminino“, encerrou Kleiton Lima.

 

Adalberto Scigliano – Ministério da Cidadania  

 

Jogos da Amizade promovem integração entre alunos de Colégios Militares

Para promover a integração e fomentar o desenvolvimento dos alunos por meio do esporte, a cidade de Resende, no interior do Rio de Janeiro, recebe a XIII edição dos Jogos da Amizade, que vai reunir 13 Colégios Militares do país a partir da próxima segunda-feira (1º). A competição, que será disputada até sábado (06.07), conta com o investimento de R$ 624.732,23 da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Foto: Divulgação/Exército BrasileiroFoto: Divulgação/Exército BrasileiroO evento vai reunir cerca de 1.800 alunos, entre 15 e 18 anos, que vão disputar as provas de 11 modalidades: atletismo, basquete, futebol society, handebol, hipismo, orientação, tiro, pentatlo moderno, voleibol, xadrez e natação.

Os Jogos da Amizade serão realizados nas instalações da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Aberto ao público, o torneio conta com os alunos dos Colégios Militares de Manaus, Fortaleza, Belém, Recife, Salvador, Brasília, Campo Grande, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Curitiba, Porto Alegre e Santa Maria.

Para o diretor do Departamento de Desenvolvimento e Acompanhamento de Políticas e Programas Intersetoriais da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), Ângelo Costa, a iniciativa dialoga diretamente com a missão de democratizar o acesso ao esporte.

“O evento, além de despertar o hábito de práticas esportivas e culturais, gera muitos resultados positivos que estão em diferentes dimensões: da saúde, atuando no combate ao sedentarismo, obesidade e doenças cardíacas; social, despertando valores e oportunidades que jovens, nesta faixa etária, tendem a levar durante a vida; e de justiça, pois faz um enfrentamento ao uso de drogas e associações indevidas, refletindo diretamente na segurança pública e na diminuição da incidência de crimes”, explicou.

Em paralelo aos Jogos da Amizade, acontece também a competição artístico-cultural ZumZaraVoice, em que cada colégio apresenta diferentes manifestações artísticas, com tema livre, protagonizadas pelos alunos. Segundo Costa, a integração esportiva-cultural faz parte dos direitos sociais fomentados pelo Estado e contribui com a formação da dignidade humana e a integralidade da cidadania.

Jessica Barz
Ascom – Ministério da Cidadania
 

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