Ministério do Esporte Fique por dentro
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

Jogos Escolares reúnem atletas de famílias tradicionais do tênis de mesa do país

Os Jogos Escolares da Juventude são o principal palco da nova geração de atletas do país. A edição de 2019 conta com jovens que carregam sobrenomes tradicionais na história do tênis de mesa. Giulia Takahashi, de 14 anos, irmã caçula da mesatenista da Seleção Brasileira Bruna Takahashi, e Felipe Doti Arado, 13 anos, filho dos ex-atletas e atuais treinadores Mônica Doti e Francisco Arado (Paco), são os destaques da modalidade na fase nacional da competição, disputada em Blumenau (SC). Os dois jovens defendem a escola Educandário Santo Antônio de São Paulo.

Giulia Takahashi e Felipe Arado: tradições familiares no tênis de mesa. Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaGiulia Takahashi e Felipe Arado: tradições familiares no tênis de mesa. Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

Takahashi participa pela segunda vez da principal competição escolar do país. A primeira participação da jovem foi em 2018, no evento disputado em Natal. Ela voltou para casa com três medalhas de ouro: individual, duplas mistas e equipe. Em 2019, a paulista busca outras três medalhas de ouro. “O meu objetivo é conquistar três medalhas, da mesma forma como foi no ano passado. Darei o meu melhor para conquistar os três ouros novamente”, disse.

Pela pouco idade, Giulia Takahashi fez pela primeira vez a sua inscrição para pleitear o benefício financeiro do programa Bolsa Atleta da Secretaria Especial de Esporte do Ministério da Cidadania em 2019. O auxílio vai contribuir para o aprimoramento dos treinos da jovem atleta.

“Achei bem legal ter participado do meu primeiro campeonato escolar no ano passado. Amei o centro de convivência e toda a estrutura. Eu nunca tinha participado de um evento desse tamanho. A competição foi muito boa, porque foi o meu primeiro e ganhei três ouros que disputei”, explicou.

Giulia é uma grande expoente da modalidade. Neste ano, ela conquistou quatro medalhas de ouro no Campeonato Sul-Americano Sub15. “No primeiro semestre viajei também para a Europa. Foi a primeira vez que treinei fora do país, passando por Alemanha e Polônia. No segundo semestre voltei para a Europa e passei mais dois meses treinando e jogando”, revelou Giulia.

Em 2019, a paulista disputou o Campeonato Mundial na Polônia. A jovem foi eliminada nas oitavas de final, quando foi superada por uma jogadora da Coreia do Sul. Em 2020, a paulista vai jogar o último ano na categoria infantil e espera repetir o feito da irmã, que conquistou o título mundial na despedida da categoria.

“No ano que vem eu quero conquistar o Sul-Americano e depois competir o Latino Americano. Será o meu último ano no infantil. O meu objetivo mesmo é conquistar o título no Campeonato Mundial no meu último ano do infantil da mesma forma que a minha irmã ganhou. Então, vou treinar para conquistar o mesmo feito da minha família. O Mundial será disputado na Tailândia”, projetou.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

Estreia de Arado
Arado é outro sobrenome conhecido no universo do tênis de mesa. Felipe Doti Arado encara pela primeira vez o desafio de disputar a principal competição estudantil do país. “É bem legal disputar os Jogos Escolares. É uma experiência nova para mim. Comecei a brincar de tênis de mesa aos 6 anos, mas eu preferia jogar futebol. Comecei a treinar mesmo no ano passado e neste ano fiz a minha inscrição na federação. A minha família influenciou muito, pois o meu pai é técnico e a minha mãe também. Eu treino com o meu pai em São Caetano”, afirmou.

Os últimos dias dos Jogos Escolares da Juventude Blumenau 2019 reservam muitas emoções aos atletas. De 27 a 29 de novembro, a cidade catarinense abrigará competições de seis modalidades esportivas diferentes (ciclismo, ginástica rítmica, natação, tênis de mesa, vôlei de praia e xadrez) e, com isso, outros grandes talentos do esporte terão a chance de mostrar o seu valor.

Galeria de fotos (imagens disponíveis em alta resolução. Uso editorial gratuito. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania)

Jogos Escolares da Juventude 2019Jogos Escolares da Juventude 2019

Breno Barros, de Blumenau (SC) – Ministério da Cidadania

Por meio da Lei de Incentivo, Pedala Green reúne centenas de ciclistas no bairro da Mooca em São Paulo

O Parque da Mooca, em São Paulo, recebeu o passeio ciclístico Pedala Green no último domingo (24). Em um clima de festa e diversão, crianças e adultos percorreram o trajeto de dez quilômetros. A iniciativa foi realizada pela Associação Pedala Brasil de Ciclismo com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

O percurso começou na arena montada no Parque da Mooca e percorreu as ruas do bairro e, após duas horas de duração, terminou no mesmo ponto de partida. A segurança dos ciclistas foi garantida com o apoio de ambulâncias e dos órgãos municipais de trânsito e guarda civil metropolitana. 

“O saldo do evento foi muito positivo e estamos muito felizes”, afirmou o presidente da Pedala Brasil, Wanderley Gonzales. “Oferecemos gratuitamente atividades e atrações incentivando a prática de exercícios físicos como qualidade de vida e cuidados com a saúde, além de conscientizar sobre o uso de transportes não poluentes”, concluiu Wanderley.

Durante o passeio ciclístico, os participantes puderam fazer uma parada na “Oficina da Bike”, espaço para avaliar a manutenção da bicicleta e ter acesso a serviços básicos, como ajustes de freio e calibragem de pneus. Triciclos no espaço “Sem Rodinhas” também divertiram e orientaram a criançada sobre regras de trânsito.

Além das atividades próprias para os ciclistas e para as crianças, o Pedala Green também ofereceu uma estrutura voltada para prevenção. O Espaço Saúde proporcionou oportunidade para massagem, aferição de pressão, teste de glicemia e avaliação física com bioimpedância.

A arena contemplou ainda espaço para entretenimento com uma pista de autorama onde os carrinhos são movidos a pedaladas, além da apresentação de uma banda de música que animou crianças, adolescentes, adultos e idosos

Ascom - Ministério da Cidadania

 

Projeto social de Toledo (PR) se consolida como força do badminton nos Jogos Escolares

Foi-se o tempo em que as competições de badminton nos Jogos Escolares da Juventude eram dominadas completamente pelos atletas do Piauí. Ainda que o estado nordestino siga como principal referência na modalidade, outro projeto, da Região Sul do país, tem chamado a atenção nas últimas edições do evento: a Ação Social São Vicente de Paulo, de Toledo (PR).

Criado em 2006 e liderado pelo professor Valdecir Anacleto Barbosa, o projeto social trouxe quatro atletas para Blumenau (SC) e tem revelado grandes talentos, como Willian Guimarães e Rafael Faria, que já estão na seleção brasileira de base e, no último final de semana, foram campeões sul-americanos sub-19, em Guayaquil (Equador), nas duplas - Willian ainda venceu na chave de simples, derrotando os três principais favoritos do torneio.

Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COBFoto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COB

Enquanto os meninos do São Vicente de Paulo representavam o país no exterior, outras duas atletas do projeto, Natasha Cunha, 13, e Tainara Lima, 14, se enfrentavam em uma final 100% paranaense nos Jogos Escolares, em Blumenau (SC).

“O Willian e o Rafael vinham de duas finais consecutivas nos Jogos Escolares, mas este ano não puderam vir por causa do Sul-americano. E tivemos essa primeira final feminina só com paranaenses, o que é muito importante para nós”, diz Valdecir, que viu Natasha vencer o jogo por 2 a 0 (21/17 e 21/14).

A Ação Social São Vicente de Paulo atende cerca de 300 crianças e jovens, que participam de diversas atividades, caso do badminton, cujas aulas ocorrem às terças e quintas-feiras. Os principais destaques dessas aulas são convidados a treinar nas escolinhas, no início da noite.

E pensar que, há alguns anos, ter tantos atletas no cenário nacional era algo impensável.

“Quando começamos o projeto em 2006, não sabíamos nada. Era tudo uma aventura. Entramos no projeto para fazer que com as crianças praticassem um esporte. Passados cinco anos, começamos a ver que algumas delas tinham habilidade e fomos procurar treinamentos para os professores. É muito bom ter atletas desse nível porque eles são espelho para todos que estão na entidade e precisam de uma oportunidade”, afirma Valdecir.

Natasha deixa a competição com duas medalhas: ouro no individual e bronze na dupla feminina. Tainara, por sua vez, conquistou três: prata no individual, além do bronze na dupla feminina e na dupla mista.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)

Paralimpíadas Escolares terminam com 458 classificações funcionais de novos atletas

Principal legado de infraestrutura dos megaeventos para o esporte paralímpico do Brasil, o Centro de Treinamento Paralímpico já está ficando pequeno para a demanda. A opinião é do vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ivaldo Brandão. "Por incrível que pareça, o CT hoje já está ficando pequeno, pela quantidade de ações que fazemos aqui. Durante o ano, são quase 450 intervenções para ações de confederações, eventos esportivos, treinamentos de seleções adultas e de base. O CT hoje trabalha full time, com aproximadamente 60 mil refeições por ano. Não é uma coisa pequena, é gigantesca. Para os Jogos Escolares, por exemplo, está pequeno", disse.

Classificação funcional determina contra quem o atleta vai competir em igualdade de condições. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaClassificação funcional determina contra quem o atleta vai competir em igualdade de condições. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

A edição de 2019 dos Jogos Escolares terminou na sexta-feira, 22.11, e mobilizou mais de 1.200 atletas, de todas as unidades da federação. É o maior evento realizado anualmente pelo CPB. No alojamento do CT, com 86 apartamentos e capacidade para 300 hóspedes, ficaram os atletas com maior dificuldade de locomoção, em geral cadeirantes. Os demais ficaram em um hotel da capital paulista, o que demanda uma logística complexa de transporte acessível.

Para os dirigentes do CPB, um dos sintomas da efervescência do movimento paralímpico no país é a quantidade de classificações funcionais realizadas no evento escolar de 2019. Foram 458. "A gente tem sido surpreendido bastante com os Jogos Escolares. Temos visto uma renovação extremamente grande. Fizemos quase 500 novas classificações. Isso quer dizer 500 novos atletas no esporte escolar paralímpico. É motivo de grande satisfação", afirmou Alberto Martins, diretor técnico do CPB desde 2017.

Alberto Martins no CT Paralímpico de São Paulo: a casa do esporte paralímpico nacional. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaAlberto Martins no CT Paralímpico de São Paulo: a casa do esporte paralímpico nacional. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

Centros regionais

Para dar vazão a esse crescimento e preservar a essência de casa do esporte paralímpico do CT de São Paulo, a intenção do CPB é que até 2025 existam pelo menos 27 Centros Regionais de Referência do esporte paralímpico país afora. "Já temos 14 previstos para funcionar até o fim de 2020. Estamos preocupados não com 2020, porque 2020 na verdade já acabou. Quem está lá em Tóquio, já está. Nosso olhar estratégico é para os ciclos de 2024 e 2028", avaliou Alberto Martins.

Mais do que permitir o treinamento em alto rendimento fora da capital paulita, a intenção dos centros regionais é que eles sirvam para que os atletas brasileiros possam fazer grande parte de sua preparação próximos de suas famílias e que se tornem referência locais. "Não podemos ter excelência só em São Paulo. Temos de chegar ao país todo", disse Ivaldo Brandão.

"O CT para nós tem representatividade simbólica. Os atletas paralímpicos sabem que têm aqui uma das maiores estruturas do mundo. O que queremos é aproveitar o legado da Rio 2016 e da Copa de 2014. Há instalações que estão hoje com utilização ainda pequena. Não tenho a ingenuidade de querer um CT como o de São Paulo em cada lugar do país, mas um mini CT que permita que os atletas não precisem morar aqui, e possam viver com sua comunidade, ser ídolos em sua região", completou Alberto Martins.

Paralelamente, há uma outra ação feita para dar mais consistência ao trabalho nos estados, a partir das capacitações de técnicos e professores de educação física. "Já capacitamos mais de três mil pessoas de forma presencial e temos 16 mil inscritos no nosso sistema de ensino a distância. A meta é chegar a 100 mil em 2025. Quanto mais técnicos e professores qualificarmos, maior qualidade teremos. Acho inclusive que esse número de 458 classificações funcionais este ano é efeito disso. Os professores estão fazendo o trabalho com o paralímpico nas escolas", disse Alberto.

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

Virou espelho

De qualquer forma, o CPB já vive, atualmente, a situação de deixar de ser uma entidade que corre atrás dos modelos estrangeiros de gestão e treinamento e passa se tornar referência internacional. A segunda colocação no Mundial de Atletismo de Dubai, no início do mês, com a presença no pódio de oito dos nove atletas jovens da delegação, seria, segundo o vice-presidente da entidade, um desses sintomas.

"Outros países têm nos pedido para vir aqui copiar o nosso modelo. Isso é se tornar referência. Para nós é até ruim porque passamos de perseguidores a perseguidos no processo de quadro de medalhas, mas é sinal de que o trabalho está sendo feito", afirmou Ivaldo Brandão.

Esse espelho também se reflete na experiência entre novatos e atletas da seleção. Se na abertura das Paralimpíadas Escolares Petrúcio Ferreira e Verônica Hipólito serviram de referência para os futuros atletas de campo e pista no atletismo, durante o evento escolar os atletas do tênis de mesa tiveram a oportunidade de dividir o salão de prática com os integrantes da seleção que vai a Tóquio em 2020 e os meninos e meninas do judô tiveram treino aberto com integrantes da seleção.

"Eu joguei quatro edições das Paralimpíadas Escolares e gostava muito. Nunca tive esse privilégio de jogar ao lado da seleção. Muitos aqui olhavam para a gente com aquele olhinho brilhando de quem quer estar aqui um dia. Muitos tinham vergonha de conversar, mas pediam para tirar fotos, postavam nas redes e aí faziam perguntas. Fiz questão de bater papo, tirar dúvidas. Tento ser próxima", afirmou Jennyfer Parinos, da seleção paralímpica de tênis de mesa.

Estrutura do CT

Inaugurado em 23 de maio de 2016, o CT ocupa uma área de 95 mil metros quadrados e conta com piscina coberta com dimensões olímpicas e arquibancada para mil torcedores, ginásio multiuso frequentemente usado para goaball, basquete em cadeira de rodas e badminton, campos de futebol de cinco (para deficientes visuais) e de futebol de sete (paralisados cerebrais).

O atletismo tem à disposição uma pista de certificação 1 da Federação Internacional de Atletismo e arquibancada para mil torcedores, além de pista indoor para aquecimento. Completam a estrutura do CT as quadras de tênis em cadeiras de rodas, os espaços para bocha, judô, tênis de mesa, halterofilismo e taekwondo, além das áreas de fisioterapia e regeneração física de atletas, além de um alojamento com 86 apartamentos e capacidade para quase 300 hóspedes

O investimento total foi de R$ 305 milhões, com 187 milhões do então Ministério do Esporte e o restante do governo de São Paulo. A gestão é feita pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Gustavo Cunha - Ascom  

Embora São Paulo leve o título mais uma vez, há grande pulverização de protagonistas nas Paralimpíadas Escolares

Com 128 inscritos e representantes em quase todas as modalidades, São Paulo mais uma vez levou o título das Paralimpíadas Escolares, encerradas nesta sexta-feira, 22.11, na capital paulista. Os 583 pontos que deram aos anfitriões o oitavo título da competição, o quinto consecutivo, escondem, contudo, uma profusão de protagonistas que quebram o paradigma dessa dominância irrestrita. Nas modalidades coletivas, por exemplo, o único ouro dos paulistas foi no vôlei sentado misto. 

No basquete 3 x 3 em cadeira de rodas, os protagonistas, pelo terceiro ano consecutivo, vêm da Região Centro-Oeste. Depois de vencer em 2017 e 2018 com a camisa do Distrito Federal, João Vitor comandou desta vez a seleção de Goiás para chegar a um tricampeonato emocionante sobre seu ex-time, da capital federal. A decisão terminou em 16 x 15, definida na prorrogação com a cesta de ouro. O terceiro lugar ficou com a equipe do Paraná. "Isso demonstra a força do basquete que desenvolvemos no Centro-Oeste", afirmou o técnico de Goiás, André Barbosa, que havia sido o comandante do DF nos títulos de 2017 e 2018.

Festa da equipe potiguar no goaball masculino: bicampeonato para o Rio Grande do Norte. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaFesta da equipe potiguar no goaball masculino: bicampeonato para o Rio Grande do Norte. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

No futebol de cinco, para deficientes visuais, o pódio foi 100% composto por equipes do Nordeste. O título ficou com a equipe de Paraíba, que venceu a seleção do Maranhão por 4 x 1 na decisão. O terceiro lugar foi ocupado pelo Ceará. Aos gritos de "Uh, Uh é o Nordeste", os atletas celebraram no pódio a consistência do trabalho realizado na região.

No goalball, São Paulo foi surpreendida nas duas finais. Com atletas que já integram a seleção brasileira de jovens, o time masculino foi superado pelo Rio Grande do Norte, que venceu a decisão por 12 x 8 e chegou ao bicampeonato do torneio. "Foi emocionante. Muito difícil, principalmente por saber que lá do outro lado tinha três atletas da seleção. Foi um jogo emocionante, pegado. Nosso diferencial foi a defesa e a força", afirmou Sharlley Silva, de 17 anos, um dos atletas da equipe potiguar. O Rio Grande do Norte ainda teve o goleador da competição, Lucas Araújo, que anotou 31 gols na competição.

Equipe da Paraíba foi campeã no futebol de cinco, para deficientes visuais. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaEquipe da Paraíba foi campeã no futebol de cinco, para deficientes visuais. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

No feminino, a vitória ficou para a equipe de Santa Catarina, que superou as paulistas na partida decisiva por 3 x 1. O time que treina em Blumenau foi capitaneado por Sinara Pedroso, destaque da equipe. Sinara iniciou no esporte paralímpico pelo atletismo e começou a trabalhar com o goalball em 2016. "Conquistei 27 medalhas de ouro no atletismo, em provas de 100m a 400m e no salto em distância. Desde 2016 passei para o goalball e agora chegou nossa vez", disse Sinara, hoje com 17 anos, que tem apenas cinco por cento da vista direita, efeito de uma deficiência visual congênita.

No futebol de sete, modalidade voltada para atletas com paralisia cerebral, o título ficou com a equipe do Distrito Federal, que superou a seleção de São Paulo numa vitória emocionante, por 5 x 4. A medalha de bronze ficou para a equipe do Pará. Um dos destaques da modalidade em 2019 foi a presença de atletas femininas inscritas.

O vôlei sentado misto foi o único esporte coletivo em que São Paulo conquistou o ouro, numa final vencida por 2 sets a 0 contra a equipe do Espírito Santo, em parciais de 25/20 e 25/20. A medalha de bronze ficou com a equipe de Santa Catarina.

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

Novos valores

Para Alberto Martins da Costa, diretor técnico do CPB desde 2017, a edição de 2019 das Paralimpíadas Escolares mostrou uma efervescência de novos valores de várias regiões do país. "Fizemos 458 novas classificações funcionais durante o evento. Isso quer dizer 458 novos atletas no esporte escolar paralímpico. É motivo de grande satisfação. Um dos nossos objetivos do planejamento estratégico é aumentar o número de jovens no esporte paralímpico", afirmou.

Para ele, outro aspecto fundamental do evento é perceber o resultado de capacitações feitas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro em vários estados. "Já capacitamos mais de 3 mil pessoas presencialmente. Temos 16 mil inscritos no ensino a distância. A meta é chegarmos a 100 mil até 2025. São novos técnicos, novos professores. Acredito que esse número de crianças novas já é fruto dessa capacitação. Os professores nas escolas estão começando a trabalhar o esporte paralímpico", comentou.

Gustavo Cunha - Ascom - Ministério da Cidadania 

 

Estande da ABCD no CT Paralímpico foi um dos "hits" das Paralimpíadas Escolares 2019

Veio a atleta da bocha em cadeira de rodas e lançou o dardo na coragem. Veio o menino da Classe 7 do tênis de mesa e acertou na ética. O integrante do goalball do Rio Grande do Norte mirou e atingiu a diversão e a alegria. Logo ali ao lado estava a representante catarinense do vôlei sentado jogando um quiz sobre valores essenciais do controle de dopagem. Com bandeira em punho e vestindo a camisa do #jogolimpo, também marcaram presença muitos dos integrantes da delegação de Rondônia.

Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaFoto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

De forma resumida, essa é a descrição do intenso fluxo de atletas, técnicos, familiares e coordenadores no estande da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) nos três dias de disputa das Paralimpíadas Escolares. Considerado o maior evento esportivo do planeta para atletas com deficiência em idade escolar, a competição reuniu em São Paulo mais de 1.200 atletas entre 12 e 17 anos. Foram 12 modalidades disputadas no Centro de Treinamento Paralímpico entre os dias 20 e 22 de novembro. Nesse período, 650 pessoas, de todos os esportes e de todas as delegações, foram recebidas no espaço de 20 metros quadrados na entrada do CT.  

Segundo Maria Fernanda Carraca, oficial da ABCD, o conceito adotado no estande foi aproveitar a competição para trabalhar um dos pilares da ABCD, a questão da educação. "É levar aos atletas de forma lúdica valores como ética, solidariedade, trabalho em equipe, honestidade, a questão da saúde, da coragem, princípios que são a base do programa de prevenção à dopagem", afirmou.

Por ser uma competição em âmbito escolar, em que o foco é menos o alto rendimento e mais a iniciação, a ABCD não realiza testes de dopagem, mas enfatiza, nas conversas com meninos e meninas, que a preocupação com alimentação, suplementação e ingestão de medicamentos é um processo natural para atletas que sobem para o degrau do alto rendimento.

"A gente aproveita a passagem deles para perguntar se eles conhecem o tema do controle de dopagem, se já ouviram falar, e conversamos sobre a responsabilidade de um atleta de alto rendimento sobre tudo aquilo que ingere", explicou Maria Fernanda. "Com isso, a gente tenta mostrar, pegando como exemplo os ídolos da modalidade que eles praticam, que o controle de dopagem é algo natural nessa progressão de carreira".

Quiz sobre valores e conceitos do controle de dopagem. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaQuiz sobre valores e conceitos do controle de dopagem. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

Abordagem lúdica

Para atrair a atenção dos meninos e meninas, o estande montado na entrada principal do CT Paralímpico montou um jogo de dardos em que o alvo era repleto de valores intrínsecos ao jogo limpo. Paralelamente, a ABCD trouxe um Quiz em uma grande tela touchscreen para que os adolescentes brincassem num jogo de adivinhações produzido pela Agência Mundial Antidopagem.

"Eles se divertem muito. No painel, a gente joga dardos com ventosas, tudo de maneira adaptada a todo tipo de deficiência, e temos o Quiz da Wada. A gente trabalha valores do espírito esportivo. Eles se divertem e ganham brindes, como o boné da campanha #jogolimpo. Aí a gente convida eles a fazerem fotos e publicarem com a hashtag. Muitas vezes, eles vêm, mostram as fotos e as curtidas. Assim, além de eles aprenderem, a gente propaga a campanha", contou Maria Fernanda.

Delegação de Rondônia faz festa no estande: efeito multiplicador. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaDelegação de Rondônia faz festa no estande: efeito multiplicador. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

A ação da ABCD nas Paralimpíadas Escolares se repete, também, nos Jogos Escolares da Juventude, que estão sendo realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil em Blumenau, em Santa Catarina, e em outros eventos voltados para as categorias de base. "A ABCD tem a sua atividade intrínseca da controle de dopagem, mas todos entendemos que a educação vem antes. Se a gente consegue fazer a prevenção nessa idade escolar, a gente resguarda os atletas quando eles chegam na fase competitiva. Estamos plantando uma semente de educação, conceitos, valores e princípios e apostando no efeito multiplicador desses valores", concluiu Maria Fernanda.

Vitória paulista

A edição de 2019 das Paralimpíadas Escolares terminou com a vitória da seleção de São Paulo, que somou  583 pontos. O estado de Santa Catarina terminou em segundo lugar (465,5 pontos), seguido pelo Distrito Federal (350 pontos). Os paulistas são os mais vitoriosos da história competição, com oito títulos no total. Esta é a quinta temporada consecutiva em que o estado termina na frente. Os paulistas também haviam sido os melhores em 2006, 2009 e 2011.

Ascom - Ministério da Cidadania 

São Paulo vence as Paralimpíadas Escolares de 2019

O Estado de São Paulo conquistou o título de campeão da 13ª edição das Paralimpíadas Escolares. O maior evento do planeta para atletas com deficiência em idade escolar reuniu por três dias mais de 1.200 competidores em 12 modalidades no Centro de Treinamento Paralímpico, na cidade de São Paulo.

Foto: Douglas Magno/Exemplus/CPBFoto: Douglas Magno/Exemplus/CPB

São Paulo venceu com 583 pontos. Santa Catarina terminou em segundo lugar (465,5 pontos), seguido do Distrito Federal (350 pontos). Os paulistas são os mais vitoriosos da história competição, com oito títulos no total. Esta é a quinta temporada consecutiva em que o estado termina na frente. Os paulistas também haviam sido os melhores em 2006, 2009 e 2011.

O método utilizado pela organização da competição é de somar pontos por cada colocação no ranking, desde o primeiro colocado, com 12 pontos, ao oitavo colocado (um ponto) em cada prova. Aos 13 anos de idade, o paulista Lucas Arabian participou pela segunda vez das Paralimpíadas Escolares no tênis de mesa e contribuiu para a vitória do time de São Paulo com dois ouros (no individual e duplas).

"Adoro a modalidade. Pretendo, um dia, se Deus quiser, ser da Seleção Brasileira, assim como o Guilherme Costa [campeão do Parapan de Lima], um dos atletas que mais admiro. Recebi um convite para treinar com a Seleção no ano que vem e já até o conheci", disse o atleta, que teve um tumor na médula no primeiro ano de vida.

Miriam Vitória de Campos Chagas, 16, também conquistou duas medalhas para São Paulo. Ela é de Mairinque, tem paralisia cerebral (por falta de oxigenação no cérebro na hora do parto) e é atleta das Escolinhas Paralímpicas, projeto do CPB de iniciação desportiva para jovens com deficiência. Está no nono ano do ensino fundamental e participa das primeiras Paralímpiadas Escolares.

"Fiquei um pouco nervosa na hora da prova, mas me senti feliz de ter ganhado. Acho que você tem olhar pra frente, confiar em si mesmo, acreditar e lembrar que têm pessoas que acreditam em você também. Pretendo continuar no esporte. Comecei a praticar aqui no Centro de Treinamento e quero seguir no atletismo no resto de toda a minha vida."

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

 

 

O anúncio da campeã foi feito na cerimônia de encerramento, nesta noite de sexta-feira, 22, no Pavilhão Oeste do Centro de Exposições do Anhembi, em São Paulo. "Quero parabenizar os chefes de delegação, técnicos e principalmente os atletas. As Paralimpíadas Escolares mostraram que a deficiência também é um estímulo, um motivador para superar limites e fazer coisas que achávamos que não eram possíveis", disse a secretária estadual dos direitos da pessoa com deficiência de São Paulo, Célia Leão.

Uma das novidades da edição 2019 das Paralimpíadas Escolares foi o advento da disputa para crianças com síndrome de Down. Cinquenta e cinco jovens participaram das provas de atletismo e natação, em uma classe específica para os atletas com este comprometimento. "Foi muito bom tê-los aqui essa semana! Dividimos um evento de inclusão, de muitas alegrias e de resultados importantes. Agradeço a todos os chefes de delegação que incluíram atletas com síndrome de Down. Espero que no próximo ano tenhamos mais participantes", disse o segundo vice-presidente do CPB, Ivaldo Brandão.

Além da briga por medalhas, a direção técnica do Comitê Paralímpico Brasileiro selecionou os melhores atletas para integrar o projeto do Camping Escolar Paralímpico 2019, que promove semanas de treinamento intensivo e de alto rendimento para os jovens contemplados.



Classificação geral

1º lugar - São Paulo
2º lugar - Santa Catarina
3º lugar - Distrito Federal
4º lugar - Goiás
5º lugar - Minas Gerais
6º lugar - Paraíba
7º lugar - Pará
8º lugar - Ceará
9º lugar - Espírito Santo
10º lugar - Mato Grosso do Sul
11º lugar - Rio de Janeiro
12º lugar - Rio Grande do Norte
13º lugar - Maranhão
14º lugar - Paraná
15º lugar - RioGrande do Sul
16º lugar - Pernambuco
17º lugar - Bahia
18º lugar - Rondônia
19º lugar - Amazonas
20º lugar - Amapá
21º lugar - Sergipe
22º lugar - Alagoas
23º lugar - Tocantins
24º lugar - Mato Grosso
25º lugar - Acre
26º lugar - Roraima
27º lugar - Piauí

TODOS OS CAMPEÕES
2006 – São Paulo
2007 – Rio de Janeiro
2008 - Não houve
2009 – São Paulo
2010 – Rio de Janeiro
2011 – São Paulo
2012 – Rio de Janeiro
2013 – Rio de Janeiro
2014 – Santa Catarina
2015 – São Paulo
2016 – São Paulo
2017 - São Paulo
2018 - São Paulo
2019 - São Paulo

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro 

No duelo que opôs atletas bicampeões, Goiás bate o DF e leva o título do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares

Elias e João Vitor bem que avisaram. A final do basquete 3 x 3 em cadeira de rodas nas Paralimpíadas Escolares 2019 seria resolvida no detalhe, na consistência de quem errasse menos e fizesse uma defesa melhor. A decisão que opôs os dois bicampeões como parceiros pelo Distrito Federal rezou essa cartilha. A partida foi intensamente equilibrada nos três quartos de cinco minutos, a ponto de terminar o tempo normal em 15 x 15. Na prorrogação em "golden point", houve duas chances para cada lado antes que o novato Matheus, de 14 anos, selasse o placar em 16 x 15 para Goiás, a nova equipe de João Vitor, que se consolidou como tricampeão da competição.

Festa da delegação goiana pelo título do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaFesta da delegação goiana pelo título do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

A vitória foi a senha para cenas simbólicas. Enquanto João Vitor chorava e abraçava integrantes da delegação goiana que invadiram a quadra, Carlos, o terceiro integrante do trio goiano, se lançou da cadeira ao chão do ginásio em celebração. Ele teve sintomas de infecção estomacal nos últimos dias. Jogou as quartas com 38° de febre. Quase foi internado na noite anterior à final, mas melhorou dos sintomas após avaliação do setor médico da competição. Elias e João Vitor se abraçaram em reconhecimento aos esforços de ambos. As equipes de Goiás e do DF se uniram num grito pelo esporte do Centro-Oeste, puxado pelo técnico André Barbosa, campeão em 2017 e 2018 pelo DF e agora, em 2019, por Goiás. A medalha de bronze ficou com a equipe do Paraná, que superou a seleção da Paraíba por 12 x 7.

"Qualquer um que ganhasse aqui estava justo. A gente sabe do sacrifício dos professores lá no Distrito Federal, vive o sacrifício que a gente tem em Goiás. Conhecemos a luta que a gente passa todos esses dias para chegar até aqui. Foi uma final que honrou o basquete do Centro-Oeste e brasileiro, né?", avaliou André Barbosa. "Ter o Elias e o João Vitor em times diferentes foi bom para todos perceberem o quanto eles jogam. E o Carlos eu até me emociono em falar. Ele ia para o hospital e seria internado ontem. Só conseguimos a liberação para o jogo hoje cedo. Esse título representa muito".

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

Para João Vitor, o duelo foi exatamente o que ele imaginou. "A gente sabia que ia ser pegado. No início, sendo sincero, as duas defesas estavam ruins, mas depois melhoramos. O Elias estava com a mão calibrada e fez três cestas de fora. Eles distanciaram, conseguimos buscar, fizemos bandejas, cavamos faltas. E o novato, o Matheus, teve a maturidade para matar a bola decisiva", avaliou o tricampeão.

"Erramos algumas bolas fáceis, estouramos algumas vezes os 14 segundos de posse e toda bola que a gente errava eles pegavam o rebote e convertiam. Foi no detalhe, mas gostei muito. Todos sabiam que não seria fácil. Foi merecida a vitória deles", avaliou Elias, que recebeu o troféu de cestinha da competição, com 51 pontos anotados no torneio.

João Vitor e Elias entraram em quadra como bicampeões. João ficou com o tri. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaJoão Vitor e Elias entraram em quadra como bicampeões. João ficou com o tri. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

Seleção no horizonte

A partida parou o Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo. Atletas de várias modalidades se deslocaram para acompanhar o duelo, que foi transmitido ao vivo pelo Comitê Paralímpico Brasileiro com direito a comentários do técnico da Seleção Brasileira, Sileno Santos.

"Chamou a atenção o nível técnico dos jogadores em quadra. Foi um duelo muito disputado e muitos participantes demonstraram potencial, talento e habilidade que podem ser desenvolvidas ao longo dos anos. Certamente atletas como o Elias e o João Vitor têm um futuro esportivo promissor. Além de já demonstrarem personalidade, são talentos para o basquete do Brasil. Certamente os veremos defendendo a seleção no próximo Mundial Sub-23 em 2021", comentou Sileno.

João Vitor e Elias: adversários em quadra, amigos assim que o apito soa: futuro na seleção. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaJoão Vitor e Elias: adversários em quadra, amigos assim que o apito soa: futuro na seleção. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

O treinador da seleção também elogiou a quantidade de atletas e a variedade de estados presentes. "Tivemos oito estados inscritos e a presença de quatro meninas. São evoluções que fazem com que o evento cresça a cada ano", disse. "Acredito que as Paralimpiadas Escolares, com a inserção do basquete em cadeira de rodas, é uma das principais ações para que possamos alcançar melhores posições no cenário internacional no futuro", disse.

Gustavo Cunha - Ascom - Min. Cidadania


  

Atletismo, badminton, futsal e vôlei abrem o segundo bloco de competições dos Jogos Escolares da Juventude

Como habitualmente ocorre nos Jogos Escolares da Juventude, o quinto dia de evento é marcado pelo fim do primeiro bloco de competições. Em Blumenau 2019, após basquete, handebol, judô e wrestling, agora será a vez de atletismo, badminton, futsal e vôlei. As provas começam nesta sexta-feira (22) e vão até segunda (25).

As novas delegações já começaram a desembarcar na cidade catarinense e aproveitar todas as atividades disponíveis no Centro de Convivência, situado na Vila Germânica, como basquete 3x3, escalada esportiva, surfe e jogos de realidade virtual.

Até o momento, os Jogos Escolares têm sido um sucesso. No judô, o medalhista olímpico Carlos Honorato presenciou a conquista de um de seus alunos no clube Paineiras do Morumby, Francisco Gorgulho, filho do ator Paulo Gorgulho, enquanto o bicampeão mundial João Derly e o treinador Kiko Pereira, da Sogipa, acompanharam a nova geração de judocas gaúchos.

Foto: Ana Patrícia/COBFoto: Ana Patrícia/COB

No handebol, quem dominou os torneios femininos foi o Colégio Anglo Líder (PE), que venceu as categorias 12 a 14 anos e 15 a 17. Por sinal, uma das revelações do torneio foi Raquel Ladeia, 13, que nasceu em Goiânia e se mudou para Recife a convite do treinador da seleção brasileira júnior, Cristiano Rocha.

O basquete, por sua vez, teve uma supremacia de São Paulo, que levou os dois títulos no 12 a 14 anos e foi duas vezes finalista no 15 a 17. Além disso, pudemos conhecer belas histórias, como a do Porãbask/Colégio Elite (MS) e a de Dannyel Russo e João Gabriel, que se dividem entre o Colégio Batista e o Basquete Cearense, ambos de Fortaleza.

Por fim, o wrestling teve como principal novidade a inclusão da luta greco-romana no programa dos Jogos. Guilherme Porto, do Mato Grosso, foi o maior destaque individual, tendo conquistado dois ouros, mas os lutadores de Atalaia do Norte (AM) e a brasiliense Geovania Marques também chamaram a atenção.

Para este segundo bloco de competições, estarão presentes três novos Embaixadores: Paulo André (atletismo), campeão Mundial de Revezamentos; Jaqueline Lima (badminton), bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018; e Gustavo Endres (vôlei), campeão olímpico em Atenas 2004. Além disso, estão confirmadas as presenças dos seguintes Observadores, indicados pelas respectivas confederações: Alexandre Moratto (atletismo), Norma Rodrigues (badminton), Abel Silva Junior (vôlei) e Luiz Carlos da Silva (vôlei).

Vale lembrar ainda que as provas de atletismo vão acontecer em Timbó (SC), no Complexo Esportivo do município (endereço: Rua Gustavo Piske, s.n.). Todas as provas têm entrada franca.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil

Final do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares deixa atuais bicampeões em lados opostos


Elias e João há dois anos, nas Paralimpíadas Escolares de 2017: título na prorrogação sobre São Paulo. Fotos: Alexandre UrchElias e João há dois anos, nas Paralimpíadas Escolares de 2017: título na prorrogação sobre São Paulo. Fotos: Alexandre Urch

Nos últimos dois anos, o domínio do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares foi do Distrito Federal. A equipe da capital federal venceu São Paulo nas decisões de 2017 e 2018 e teve como principais destaques nas duas ocasiões dois atletas: Elias Emanuel de Souza Moura e João Vitor de Souza Nascimento. Em 2017, João Vitor foi o cestinha do campeonato e fez a cesta da vitória por 11 x 10 contra os paulistas. Ano passado, Elias foi o cestinha da competição, com 33 conversões, e João Victor ficou em segundo, com 31. Os dois, na mesma ordem, foram eleitos os melhores do torneio. 

Em 2019, os dois estão novamente na final. Desta vez, contudo, em lados opostos. João Vitor, agora, é o principal atleta do time de Goiás, estado que também levou do DF o atleta Carlos Cassimiro, integrante do elenco campeão em 2018, além do técnico André Barbosa Ramos, que esteve à frente dos títulos em 2017 e 2018.

João Victor é natural de Ariquemes, em Rondônia, mas vive em Goiás há tempos. Quando vivia em Rio Verde, treinava e jogava na capital federal por falta de colegas em seu estado. Hoje, vive na zona metropolitana de Goiânia e conseguiu formar o trio para representar o estado no evento escolar que mobiliza mais de 1.200 atletas em torno de 12 modalidades.

O time goiano garantiu vaga na decisão do basquete 3 x 3 ao derrotar, na semifinal, a equipe da Paraíba por 16 x 5. Elias e seus parceiros no DF passaram pelo Paraná na disputa pela vaga na final, com vitória por 17 x 11. A definição do troféu será a partir das 9h desta sexta-feira, no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo.

Bicampeão pelo DF, João Vitor, agora, lidera a equipe de Goiás. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaBicampeão pelo DF, João Vitor, agora, lidera a equipe de Goiás. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

"Eu prevejo um encontro respeitoso e equilibrado. Sabemos da qualidade e dos defeitos de cada um. Quem errar menos vai ganhar. São dois times de potencial enorme", disse João Vitor, que perdeu a perna esquerda num acidente num terminal rodoviário no Acre quando tinha 12 anos. O motorista do ônibus deu a partida quando o adolescente havia subido apenas com uma das pernas na escada do veículo.

João se define como um pivô de garrafão, do tipo que gosta de atuar no "um contra um", buscando a infiltração e a bandeja. "Trabalho para buscar o espaço e chutar quando ficar livre. Na defesa, tenho como característica a agressividade, a vontade", disse o atleta, que treina cinco vezes por semana, em média três horas e meia por dia. "Quero muito chegar à seleção e buscar o máximo que puder. Faço de 350 a 500 arremessos por dia. Sou daqueles que chega antes do treino e fica depois", contou.

Elias segue como o comandante das ações na equipe do DF. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaElias segue como o comandante das ações na equipe do DF. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

Elias também prevê um duelo equilibrado. "Esse encontro na final era o que queríamos desde o início. Independentemente do resultado, a amizade permanece. Vai ser um jogo pegado, brigado, lá e cá. Eles evoluíram muito", disse o atleta, que tem dificuldade de mobilidade por uma má formação congênita. "A gente se conhece desde 2017. Antes, nem eles nem nós tínhamos atletas suficientes, por isso nos juntamos. Queríamos o tri com eles, porque eles são sensacionais e jogam muito, mas vai ser bacana. A essência dos Jogos Escolares é isso. Criar amizades, vínculos para a vida toda", completou.

Com um histórico de carga afetiva com os atletas dos dois lados, o treinador André Barbosa celebra o crescimento do número de atletas na modalidade no Centro-Oeste e nas Paralimpíadas Escolares, que tiveram oito equipes inscritas. "Claro que há uma mistura de sentimentos. Sou natural de Brasília e fui bicampeão com eles, mas estou treinando Goiás agora. Eu acho, de verdade, que quem ganha é o basquete. Esses meninos compõem uma geração promissora, que tem grandes chances de aparecer nos próximos anos nas seleções. Eles treinam muito, se dedicam muito. Nesta final, quem ganhar está bem ganho. Vou deixar o coração e trabalhar com a razão", afirmou.

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

Adaptações

O basquete paralímpico 3 x 3 é disputado em três períodos de cinco minutos. Cada equipe tem 14 segundos de posse de bola para converter o arremesso. Cada cesta vale apenas um ponto. A exceção são os arremessos da linha de três, que valem dois pontos. Sempre que uma equipe pega o rebote do arremesso do adversário, precisa sair da linha de três pontos antes de iniciar o ataque.

Gustavo Cunha - Ascom - Min. Cidadania  

 

Estreante nas Paralimpíadas Escolares, badminton atrai 36 competidores

Pela primeira vez, o parabadminton integra o programa das Paralimpíadas Escolares. A modalidade estreante tem 36 competidores entre os cerca de 1.220 atletas participam do evento, vindos de 26 estados e do Distrito Federal. A competição segue até esta sexta-feira, 22, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Foto: Douglas Magno/CPB/ExemplusFoto: Douglas Magno/CPB/Exemplus

A delegação de Santa Catarina conta com quatro jogadores. Um deles é Leonardo França, 14 anos, que disputa na classe SS6, para atletas com nanismo. “Um professor da escola me chamou para jogar badminton há dois meses. Antes eu fazia atletismo”, relatou o jovem que cursa o sétimo ano do Ensino Funtamental.

Natural de Maravilha, em Santa Catarina, Leonardo ainda disputará sua medalha nesta sexta-feira, 22. “É uma experiência nova estar aqui, porque é outra rotina. O que mais gostei mesmo foi de competir”, comentou.

Quem também pratica a modalidade há menos de um ano é Lariane Campos, 15 anos. Natural de Três Lagoas, ela compõe a delegação do Mato Grosso do Sul. “É minha primeira competição. É muito legal, estou impressionada com o tanto de gente. Na escola só tem eu e uma menina que usa cadeira de rodas”, comentou Lariane, que tem má-formação no braço esquerdo.

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

O parabadminton fará sua estreia no programa dos Jogos Paralímpicos na edição de Tóquio 2020. A modalidade fez sua estreia também nos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, e o Brasil levou dez medalhas: quatro ouros, quatro pratas e dois bronzes.

As Paralimpíadas Escolares são consideradas o maior do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar. Neste ano, são ofertadas 12 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas (formato 3x3), bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. A faixa etária contemplada para as disputas é de 12 a 17 anos.



Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla