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De projeto social de vela para os Jogos Olímpicos da Juventude


Com menos de três anos de windsurf, o jovem Daniel Pereira, de 14 anos, já pode se considerar um vencedor. Em poucos anos dedicados ao esporte, o jovem viu a sua vida transformada pela modalidade. “Eu nunca pensei que em algum dia eu iria viajar tanto, sair do país para disputar uma prova. Por muito tempo o meu foco eram os estudos. Quando entrei para o projeto, eu passei a conhecer muita gente e tive uma evolução muito rápida. Tenho certeza de que se não tivesse entrado para o windsurf eu não teria a oportunidade de viajar e conhecer tantos lugares legais”, revela o brasileiro, único representante na modalidade.

O velejador é fruto de projeto social de windsurf na cidade de Búzios, no Rio de Janeiro (Foto: Breno Barros/ME)O velejador é fruto de projeto social de windsurf na cidade de Búzios, no Rio de Janeiro (Foto: Breno Barros/ME)O sonho olímpico veio rápido para Daniel. O velejador conquistou o direito de representar o país nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, durante o Campeonato Sul-Americano disputado na Argentina. Enfrentando 40  velejadores do continente, o carioca garantiu uma das duas vagas disponibilizada para o continente.

O jovem teve o primeiro contato com o esporte no projeto social do velejador olímpico Ricardo Winicki, conhecido como Bimba. A ação oferece aulas do esporte na cidade de Búzios, no litoral fluminense, com o objetivo de dar oportunidade aos jovens de praticar o esporte radical, saudável e ecologicamente correto. O diferencial da ação é que os alunos têm a chance de treinar com grandes nomes do esporte nacional.

Sonho virando realidade
“Não é qualquer pessoa que tem a oportunidade de treinar com atleta olímpico. Me sinto privilegiado. Estou aqui na China, mesmo com pouca experiência, mas estou achando tudo muito bom. Tenho contato com várias culturas diferentes, atletas de vários países. É uma boa experiência para mim”, conta o velejador, que compete a partir do dia 18 de agosto.

A experiência na China é uma oportunidade de mostrar o trabalho que o jovem vem desempenhando na vela nacional. “Hoje eu sou o número 2 do país. A minha meta é ser o melhor do Brasil.  Como sou novo eu não tenho muita bagagem de competição internacional. Competir nas Olimpíadas da Juventude para mim é um sonho e ao mesmo tempo uma oportunidade para evoluir”, analisa.

Confira a série de matérias sobre a participação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos da Juventude.
 

Breno Barros, de Nanquim, na China
Ascom – Ministério do Esporte
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Atletas do tênis de mesa terão base de treinos na Alemanha e na China

Secretário Ricardo Leyser com o presidente da CBTM, Alaor Azevedo (Foto: Divulgação)Secretário Ricardo Leyser com o presidente da CBTM, Alaor Azevedo (Foto: Divulgação)Todos os jogadores da Seleção Brasileira de tênis de mesa passam a morar e treinar na Alemanha a partir da próxima temporada europeia, que se inicia em setembro e segue até maio de 2015. Colocar os atletas para defender clubes na Liga Alemã, hoje a mais forte do mundo na categoria masculina, faz parte do planejamento da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). A novidade foi repassada pelo presidente da CBTM, Alaor Gaspar Azevedo, ao secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, em Brasília.

O presidente da CBTM trouxe o relatório das mais importantes medalhas internacionais conquistadas por seu esporte em 2013. Foram 66 de ouro, 33 de prata e 67 de bronze, dos olímpicos; 31 de ouro, 30 de prata e 47 de bronze, dos paraolímpicos.

A evolução do tênis de mesa tem sido rápida, com grandes resultados também este ano, como a chegada da Seleção feminina à divisão de elite no Mundial por Equipes, em Tóquio, entre abril e maio. Pela primeira vez, as duas seleções, feminina e masculina, estão na divisão principal – a seleção masculina já tem o 12º lugar como melhor colocação na história no ranking da Federação Internacional (ITTF, na sigla em inglês). As garotas chegaram à elite com Caroline Kumahara, Lígia Silva, Gui Lin e Jéssica Yamada.

Como os Mundiais são intercalados ano a ano, entre a competição individual e por equipes, o Mundial Individual será em 2015, em Suzhou, na China. Mas neste ano o Brasil também já mostrou evolução individual. Em maio, pela primeira vez na história, três jogadores estavam entre os 100 do mundo: Gustavo Tsuboi, que pulou do 69º posto para o 36º , Cazuo Matsumoto, 83º, e Hugo Calderano, de 18 anos, 78º e terceiro do mundo no ranking juvenil. Em agosto, o Brasil já tinha os três entre os 70 do mundo. Tsuboi subiu para 35º – a melhor colocação da história do tênis de mesa brasileiro –, Calderano passou a 64º e Matsumoto a 68º.

Trabalho planejado
O secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, comentou que, além dos resultados, deve ser destacado o trabalho de planejamento, feito para subir ano a ano. “Todo mundo quer ser campeão mundial, mas um campeonato sul-americano também tem seu valor”, disse.

Para Alaor Azevedo, quando foi possível unir a experiência a recursos, em 2010/2011, no caso do governo federal – a partir da escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016 –, o tênis de mesa evoluiu rapidamente. “Foi um salto!”, avaliou o presidente, explicando que, a partir da aprovação de convênios com o Ministério do Esporte, pôde contratar um consultor internacional para traçar um plano estratégico da CBTM.

Pela experiência e por resultados, o acordo foi feito com o francês Michel Gadal para o ciclo olímpico que vai até os Jogos Rio 2016, incluindo os Jogos Olímpicos da Juventude, que começam neste sábado (16.08), na China, os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, no Canadá, e o Mundial Individual da Malásia, em 2016.

Traçado o que se chamou de Plano Estratégico, foi contratado o técnico Jean-René Mounier, também francês e campeão olímpico, para dirigir a Seleção masculina. “De acordo com o volume de recursos obtidos, fizemos o projeto visando a etapas anuais, o que incluiu uma equipe multidisciplinar e acompanhamento individual dos atletas”, explicou Alaor Azevedo.

Além da equipe multidisciplinar, foram chamados consultores, com contratos por um determinado número de dias espalhados pelo ano, como François Ducasse, ex-tenista francês que hoje é um dos grandes nomes do mundo na psicologia do esporte. “O contratado mais recente é o técnico sueco Peter Karlsson, que foi pentacampeão mundial, para trabalhar com a gente por 50 dias no ano”, informou Alaor Azevedo.

Base na Alemanha
Agora, como os consultores franceses que eram do Insep (Centro de Alto Rendimento da França) passaram a trabalhar na Alemanha, os brasileiros também mudarão seus treinos na Europa, já em setembro.

“Nossa base será na cidade de Ochsenhausen. Lá treinarão os atletas brasileiros, que passarão a defender clubes na Liga Alemã. Hugo Calderano será do próprio Ochsenhausen. Além dele, lá estarão treinando Gustavo Tsuboi, Cazuo Matsumoto, Vitor Ishii e Eric Jouti. Tiago Monteiro, que mora em Argentan, na França, também fará treinamentos na nossa base alemã”, afirmou o dirigente. “O técnico Mounier, o preparador físico Mikael Simon e o fisioterapeuta Stef Mathieu, todos franceses, comandarão os trabalhos.”

O Plano Estratégico previu várias ações como a vinda de sparrings diversos para treinar com os atletas no Brasil, no Centro de Treinamento de São Caetano, onde fica o técnico cubano Francisco Arado, o “Paco”. São dez dias a cada dois meses – “principalmente jogadores defensivos, que exigem paciência dos adversários” – e intercâmbio internacional dos brasileiros – para as garotas, por exemplo, serão períodos de dez a 15 dias no clube Luneng, na China, participando da Superliga Chinesa como o time CBTM-State Grid Brasil.

Caça de talentos na base
Ao mesmo tempo, a CBTM trabalha com a base no Brasil. O português Ricardo Faria é o técnico das equipes juvenis e de novos talentos, entre 7 e 11 anos, responsável também por um trabalho continuado com técnicos brasileiros. Para 2015, haverá dois períodos anuais de treinamento conjunto para garotos.

“Seguimos o modelo francês, mesmo com apenas 10% do número de jogadores que eles têm lá”, disse o dirigente, com fases regionais de campeonatos na faixa entre 7 e 9 anos, para depois acompanhar diretamente aqueles considerados talentos. “A França tira oito de 8.000. Aqui, começamos com 180, com seletivas em 2013. Este anos, tiramos 16 talentos para um mês de treinos na Europa e um mês na China.”

O dirigente destaca que no Sul-Americano Infantil e Juvenil, em maio de 2013, em Rosário, na Argentina, o Brasil ficou com 13 das 14.

“Nossa meta, claro, é o Rio 2016. Queremos chegar como oitava equipe no ranking mundial para ter a vantagem de não enfrentar de cara os países mais tradicionais e fortes, o que aconteceria se chegássemos às vésperas dos Jogos Olímpicos numa posição de nono a 16º”, explicou o dirigente.

Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
Confira o Portal Brasil 2016, site do governo federal sobre os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016
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Marcus Vinicius será o porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos Nanquim 2014


 

Marcus Vinicius (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)Marcus Vinicius (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
O arco e a flecha do atleta Marcus Vinicius D´Almeida ganharam a companhia ilustre da bandeira do Brasil. O atirador foi escolhido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como o porta-bandeira da delegação  brasileira na Cerimônia de Abertura do Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014. A celebração acontece neste sábado, dia 16, às 20h (9h horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Nanquim, na China. O porta-bandeira do Brasil coleciona resultados expressivos no cenário internacional e, com apenas 16 anos, já ocupa a nona colocação no ranking mundial adulto do tiro com arco.
 
Marcus Vinicius não escondeu a emoção ao receber a notícia da escolha através da chefe da missão brasileira, Adriana Behar, nesta sexta-feira, dia 15. “É uma honra representar o meu país e ser o eleito para levar a bandeira do Brasil. É um sonho realizado. Tinha comentado com o meu técnico: 'Imagina se eu levar a bandeira do Brasil na abertura?'. Estar nos Jogos Olímpicos e ser o escolhido para levar a bandeira do meu país é algo único, que vou guardar para o resto da minha vida. É uma emoção diferente de todas que já senti", celebrou Marcus.    
 
Levando-se em conta apenas as quatro etapas da Copa do Mundo, o carioca é o segundo melhor atirador com arco do mundo neste ano. O atleta será ainda o primeiro brasileiro a disputar uma final de Copa do Mundo na categoria arco recurvo. A disputa acontece em setembro, na Suíça. Em março passado, nos Jogos Sul-americanos Santiago 2014, o prodígio pulverizou o antigo recorde sul-americano de 1.264m, alcançando os 1.342m. No momento, o foco do atleta está na China. “Todos nós estamos aqui em Nanquim para dar o nosso melhor. Sou apenas mais um entre todos os atletas brasileiros", pontuou o jovem, que começou a praticar tiro com arco aos 12 anos na cidade de Maricá (RJ), no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Tiro com Arco.
 
Inspirado em seu ídolo Ayrton Senna, Marcus Vinicius vem chamando a atenção no meio esportivo e já desponta com uma das grandes promessas do esporte brasileiro. A meta em Nanquim é conquistar o ouro. Já para o futuro, o sonho é uma inédita medalha olímpica para a modalidade na edição para adultos dos Jogos Olímpicos. O carioca espera que o sonho se realize dentro de casa, no Rio 2016. "Agora eu só espero melhorar o meu desempenho. Estou tendo todo o apoio do COB, do Ministério do Esporte e da Confederação Brasileira de Tiro com Arco. Tenho tudo a meu favor, então é foco total para o Rio 2016 para conquistar uma medalha", projetou Marcus, que treina em Campinas (SP).
 
E não é só competindo que Marcus chama a atenção. Apesar da pouca idade, o jovem demonstra uma maturidade acima do normal para sua faixa etária. A postura também foi um dos fatores que levaram à sua escolha como porta-bandeira do Time Brasil em Nanquim. "O Marcus Vinicius vem demonstrando ser um atleta de grande potencial e é um motivo de orgulho para nós tê-lo em nossa delegação. Além disso, ele vem dando um exemplo de conduta fora das competições que serve de exemplo para os outros atletas. Espero que ele desfrute muito deste momento que poucos atletas têm a oportunidade de vivenciar", disse Adriana Behar.
 
Competições
O Time Brasil estreará em 11 modalidades nos Jogos Olímpicos da Juventude, neste domingo, dia 17. Badminton, ciclismo, esgrima, ginástica artística, levantamento de peso, natação, remo, tênis, tênis de mesa, triatlo e vôlei de praia abrem a participação do país na competição. As primeiras chances de medalhas do Brasil serão na esgrima, com Gabriela Cecchini, bronze no Mundial Cadete de 2013; no levantamento de peso, com Emily Figueiredo; e na prova feminina de triatlo, com Barbara Santos. Na natação, o Brasil compete no revezamento 4x100m livre misto e nos 200m medley feminino, com finais marcadas para a noite deste domingo na China. As outras sete modalidades com estreia neste domingo terão suas fases preliminares em disputa.
 
Na segunda-feira, dia 18, haverá participação brasileira no badminton, basquete 3x3, ciclismo estrada, ginástica artística, judô, natação, remo, tênis, tênis de mesa, vela e vôlei de praia.
 
O Brasil será representado por 97 atletas com idade entre 15 e 18 anos em 24 modalidades. O país tem a segunda maior delegação do evento, atrás apenas do país anfitrião, a China. Os Jogos Olímpicos da Juventude serão realizados entre 16 e 28 de agosto.
 
Confira a série de matérias sobre a participação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos da Juventude.

Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte
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Jogos de Nanquim são o último evento esportivo do COI antes do Rio 2016


 

Nanjing Olympic Sports Centre StadiumNanjing Olympic Sports Centre StadiumCom o slogan “Compartilhe os Jogos, compartilhe nossos sonhos”, os Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 significam mais do que reunir os melhores atletas com idade entre 15 e 18 anos. A competição é a oportunidade de disseminar valores, o espírito olímpico e o intercâmbio cultural entre os jovens que serão o futuro do esporte mundial.

O evento esportivo, que começa neste sábado (16.08), é o último promovido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) antes das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Para os 97 atletas da delegação nacional é um sonho olímpico antecipado. Os atletas se juntarão a mais de 60 mil pessoas esperadas no, para a cerimônia de abertura da segunda edição da competição juvenil.

Nos próximos 12 dias, jovens de 204 países e regiões participarão também de eventos culturais e educacionais durante todo o período dos Jogos de Nanquim. O combate contra a dopagem, demonstração dos valores olímpicos de excelência, amizade e Nanjing Olympic Sports Centre Stadium respeito, transmissão do espírito olímpico e orientações educativas sobre assédio e abuso sexual no esporte são alguns temas que serão tratados.

Como é tradição nos grandes eventos esportivos, os Jogos de Nanquim contam com uma mascote chamada de “Lele”, que significa felicidade, em mandarim. Além das provas esportivas, a competição também oferecerá aos atletas experiência com culinária, música e promoção da sustentabilidade.

Apresentação do Rio 2016

Com os olhos esportivos do mundo voltados para Nanquim, nesta sexta-feira (15.08) o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou para os presidentes das federações esportivas internacionais, em evento fechado, os detalhes do projeto Olímpico do Brasil para receber a primeira vez os Jogos Olímpicos na América do Sul.

Confira a série de matérias sobre a participação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos da Juventude.

 

Breno Barros, de Nanquim, na China
Ascom – Ministério do Esporte
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Jogos da Juventude de Nanquim podem revelar talentos para as Olimpíadas Rio 2016

Foto: COB/DivulgaçãoFoto: COB/DivulgaçãoDesde que a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura, em 2010, mostrou-se como uma prévia, pelo menos em alguns esportes, do que se veria nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, pode-se imaginar que a segunda edição, em Nanquim (China), tenha aumentado as expectativas dos 3.800 inscritos de 204 países e do público em geral. Garotos e garotas entre 15 e 18 anos vão competir em 28 modalidades a partir deste sábado (16.08).

Nanquim oferece a chance de observar atletas que poderão brilhar já nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, mas com maiores possibilidades de brigar por medalhas olímpicas em Tóquio 2020 e nos Jogos de 2024.

Um exemplo é Chad Le Clos, que conquistou o ouro dos 200m borboleta em Cingapura 2010 e se tornou campeão olímpico em Londres 2012 (foi prata nos 100m). Em 2013, o nadador sul-africano se sagrou campeão das duas provas no Mundial de Barcelona.

Para o Comitê Olímpico Internacional (COI), os Jogos da Juventude fazem parte de um movimento de rejuvenescimento. Por isso, haverá demonstrações de skate e escalada, por exemplo. São esportes que não constam do programa olímpico, mas são disputados ao ar livre, o que o COI considera um atrativo para os mais jovens, espectadores e também praticantes, em contraponto aos esportes em recintos fechados, com público mais passivo.

Delegação maior e mais modalidades
O Brasil está com a segunda maior delegação dos Jogos de Nanquim, atrás apenas da anfitriã China. São 97 atletas brasileiros inscritos em 24 modalidades, contra 81 que participaram de 21 modalidades em Cingapura 2010 (foram conquistados três ouros, três pratas e um bronze).

Esse aumento no número de brasileiros nos Jogos Olímpicos da Juventude revela que o trabalho maior que vem sendo feito na base mostra resultados, como observa o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser: "É um indicador, um reflexo do apoio ao desenvolvimento de esportes, com equipamentos entregues pelo país e montagem de equipes multidisciplinares".

Parte do que está sendo estruturado pelo Brasil a partir da eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016 faz parte do legado olímpico e até já está sendo usada. Assim, acrescenta o secretário, o Brasil tem atletas em Nanquim que podem surpreender, mas a realidade para essa faixa etária serão os Jogos Olimpicos de Tóquio 2020 e os de 2024.

Para os Jogos da Juventude de Nanquim, o Brasil não obteve classificação em boxe, pentatlo moderno, trampolim, golfe e tiro esportivo. Mas o secretário Ricardo Leyser também lembra que desta vez foram conquistadas vagas em modalidades sem tradição no país: badminton, luta olímpica e tiro com arco.

Há quatro anos, sete medalhas
As sete medalhas do Brasil nos Jogos de Cingapura 2010 foram os dois ouros de Caio Cezar Fernandes, no salto em distância e no revezamento medley do atletismo, e de David Lourenço da Costa, da categoria até 69kg do boxe; a prata, de Flávia Gomes, da categoria até 63kg do judô; de Thiago Braz da Silva, do salto com vara; e de Felipe Wu, da carabina de ar 10m, do tiro esportivo, mais o bronze da seleção feminina de handebol (Ana Eduarda Vieira, Caroline Martins, Deborah Nunes, Elaine Barbosa, Fernanda Marques, Francielle da Rocha, Gabriela Constantino, Isadora Garcia, Juliana de Araújo, Keila Alves, Laís da Silva, Larissa Araújo, Patrícia da Silva e Thayanne Lopes).

Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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Estudantes do Distrito Federal têm aulas de golfe e tênis de praia

Pedro Nascimento: talento no minigolfe (Foto: Divulgação)Pedro Nascimento: talento no minigolfe (Foto: Divulgação)Os conteúdos disciplinares esportivos do golfe e do tênis de praia foram incorporados à grade horária do Programa Segundo Tempo (PST)/Forças no Esporte para estudantes beneficiados no Grupamento dos Fuzileiros Navais de Brasília. Desde o mês de junho, cerca de 100 alunos passaram a utilizar a estrutura esportiva do Clube Naval para praticar as duas modalidades, ainda pouco difundidas no cenário esportivo nacional.

Três vezes por semana, alunos aprendem as técnicas e treinam o minigolfe utilizando equipamentos que incluem taco, bolas e estrutura física, cedidos pelo Clube Naval. O golfe regular conta com 18 buracos e duração de três a quatro horas por partida. No caso do minigolfe ajustado para a pratica dos pequenos atletas, o formato é de 10 buracos e as partidas duram entre 20 e 30 minutos.

Pedro Henrique Nascimento, 10 anos, filho de mãe costureira e morador da Vila Planalto, explica que o jogo é dividido em duas etapas. Ele aprendeu que “drive” é a jogada que reúne força e direção. Por meio de uma tacada, a bola é jogada o mais longe possível do atleta e fica próxima do buraco, no “green”. A segunda fase é denominada “putting green” e consiste em encaçapar a bola no buraco feito na grama.

O mais difícil, que é acertar o buraco numa única tacada, o menino Pedro já conseguiu. Ele executa a proeza até duas vezes por jogo. “Fui terceiro colocado no 1º Aberto de Minigolfe do Clube Naval e, a partir de agora, quero treinar bastante para vencer todas as competições daqui em diante”, sonha o promissor atleta.

Leonardo Queiroz e Paulo André: promessas do tênis de praia (Foto: Divulgação)Leonardo Queiroz e Paulo André: promessas do tênis de praia (Foto: Divulgação)Adaptação
Já no “beach tennis”, as grandes promessas são os adolescentes Paulo André dos Santos e Leonardo Queiroz, moradores do Varjão, que formam uma dupla e praticam tênis nos Fuzileiros Navais. Jogar a nova modalidade para eles está sendo fácil, uma vez que o esporte é adaptado às regras do tênis tradicional e praticado em quadras de vôlei de areia.

A parceria, que teve atuação brilhante e emplacou medalha de ouro no torneio Batalha Naval Riachuelo de Beach Tennis, realizada em junho, agora se prepara para participar do Circuito dos Correios de Tênis. Leonardo jogará na categoria simples, 16 anos, e Paulo Andre, na categoria simples, 14 anos. O torneio será realizado de 23 a 27 de agosto, em Cuiabá.

Criado na Itália em 1980 e jogado em duplas, o tênis de praia chegou a Brasília em 2009, e o Clube Naval recebeu o primeiro torneio do esporte.

Carla Belizária
Ascom – Ministério do Esporte
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Ginastas fazem últimos treinos para disputar os Jogos Olímpicos da Juventude, na China

Flávia Saraiva será uma das representantes da ginástica brasileira nos Jogos de Nanquim (Foto: CBG/Divulgação)Flávia Saraiva será uma das representantes da ginástica brasileira nos Jogos de Nanquim (Foto: CBG/Divulgação)Os atletas da ginástica artística Lucas Cardoso e Flávia Saraiva participarão da segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, que começa no próximo dia 16, em Nanquim, na China. Eles disputarão a modalidade no período de 17 a 23 de agosto. Na ginástica rítmica, cujas provas estão marcadas para os dias 26 e 27, a representante será Mayra Siñeriz.

A ginástica artística terá a participação de 84 ginastas, de 59 países, no individual geral e na disputa por aparelhos. A dupla brasileira está em Tóquio desde a última quarta-feira (06.08), juntamente com atletas de outras modalidades, para o período de aclimatação.

Na ginástica rítmica, 48 atletas, de 19 países, buscam o título do individual geral. Mayra segue em preparação no Brasil, antes de partir para a China.

Segundo a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Luciene Resende, a experiência será única na vida desses talentos, que vêm conquistando bons resultados em competições nacionais e internacionais, como campeonatos brasileiros e sul-americanos.

“Este é o evento mais importante para os atletas da faixa etária de 15 a 18 anos. Eles vão vivenciar o clima dos Jogos Olímpicos, o que, com certeza, contribuirá na preparação visando à edição de 2016, no Rio de Janeiro, quando já estarão na categoria adulta. Os ginastas são talentosos e têm todas as características para representar o Brasil”, afirmou Luciene.

Na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, realizada em Cingapura, em 2010, Arthur Nory Mariano, atualmente na Seleção Brasileira adulta de ginástica artística, foi o quarto melhor no salto e o 21° no individual geral, enquanto Harumi de Freitas conseguiu a quinta colocação na trave, a sexta no salto e a 11ª no individual geral. Na ginástica de trampolim, Daienne Lima foi a oitava colocada no trampolim individual.

Cleide Passos
Ascom – Ministério do Esporte
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Delegação brasileira já está na Vila Olímpica dos Jogos da Juventude Nanquim 2014



Primeiros atletas brasileiros chegam à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 (Foto: Alexandre Castello Branco/COB)Primeiros atletas brasileiros chegam à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 (Foto: Alexandre Castello Branco/COB)O Time Brasil já se encontra na Vila Olímpica dos Jogos da Juventude Nanquim 2014. Os primeiros atletas do país que entraram na Vila foram do atletismo e da natação, nesta terça-feira (12.08). Ao todo, 25 jovens vieram de Macau, onde participaram de um período de aclimatação. Ainda nesta terça, desembarcam na cidade chinesa os atletas do tênis e da vela. A delegação brasileira ficará completa na quarta-feira (13.08), quando chegam os atletas que realizaram a aclimatação em Tóquio. O Brasil será representado por 97 atletas com idade entre 15 e 18 anos em 24 modalidades. Os Jogos Olímpicos da Juventude serão disputados entre os próximos dias 16 e 28.

A Vila Olímpica será a casa do Time Brasil até o dia 28 de agosto e a empolgação já toma conta dos jovens brasileiros em seus primeiros momentos como atletas olímpicos. “Eu achei que a proporção que os Jogos tomam na cidade é muito grande. Desde a hora em que saímos do aeroporto tem muitos cartazes espalhados sobre o evento. E a estrutura montada aqui na Vila é igual a dos Jogos Olímpicos dos adultos”, destacou Mirna Marques, do atletismo. A velocista de 17 anos, que correrá a prova dos 100m rasos, se impressionou também com a diversidade cultural encontrada na Vila Olímpica.

A grandiosidade da Vila Olímpica foi uma das primeiras impressões dos atletas na chegada a Nanquim. “É muito diferente do que eu imaginava. Não sabia que seria esta dimensão toda, então a sensação é inexplicável. Ver pessoas de outros países, de outros continentes, é uma coisa que vai trazer muita experiência positiva para a gente”, comentou o nadador Matheus Santana, recordista mundial júnior dos 100m livre.

Primeiros atletas brasileiros chegam à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 (Foto: Alexandre Castello Branco/COB)Primeiros atletas brasileiros chegam à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 (Foto: Alexandre Castello Branco/COB)Mesmo para quem já está acostumado ao ambiente olímpico, entrar em uma Vila Olímpica é uma sensação especial. É o caso da chefe da Missão brasileira, a medalhista olímpica Adriana Behar. “A estrutura da Vila é fantástica. Eu vejo no rosto de cada jovem exatamente a emoção e o sonho realizado de fazer parte de um grupo seleto de atletas. Tenho certeza de que para estes atletas será uma experiência que ficará marcada para a vida toda e uma excelente inspiração para continuarem lutando e se dedicando cada vez mais para poder ter de novo esta experiência, quem sabe, nos próximos Jogos Olímpicos de 2016, 2020 ou 2024”, afirmou Adriana.

Aclimatação em Tóquio
Também nesta terça chega ao fim o período de aclimatação do Time Brasil em Tóquio. Durante uma semana, 42 atletas de sete modalidades (esgrima, ginástica artística, handebol, lutas associadas, judô, levantamento de peso e vôlei de praia) treinaram no Centro Nacional de Treinamento Ajinomoto, um dos mais modernos do mundo, graças a um acordo de cooperação entre o Comitê Olímpico Brasileiro e o do Japão. O grupo sai de Tóquio na quarta pela manhã rumo a Nanquim.

A grande marca deste período de aclimatação em Tóquio foi o intercâmbio entre atletas brasileiros e japoneses. “Foi uma semana de treinamentos intensos e muitos aprendizados. Tenho certeza de que estes jovens atletas brasileiros levarão a experiência adquirida nesta aclimatação para o resto de suas promissoras carreiras. Gostaria, em nome do Comitê Olímpico Brasileiro, de agradecer ao Comitê Olímpico Japonês pela forma carinhosa como fomos recebidos em seu centro de treinamento e parabenizá-los pela excelente estrutura oferecida aos atletas”, disse Adriana Behar.

Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte
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Primeiro salto para a elite do esporte, Jogos Olímpicos da Juventude começam neste sábado

A segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude começa no próximo sábado (16.08), em Nanquim, na China. Cerca de três mil garotos e garotas, com idade entre 14 e 18 anos, representarão os 204 países filiados ao Comitê Olímpico Internacional (COI). O Brasil terá a segunda maior delegação, com 97 atletas em 24 modalidades, atrás apenas da China.

Em 2014, a delegação nacional aumentou significativamente em relação à primeira edição, disputada em Cingapura 2010. Na ocasião, o Brasil contou com 81 atletas em 21 modalidades, conquistando sete medalhas – três de ouro, três de prata e uma de bronze. Na China, o Brasil não terá representantes no boxe, pentatlo moderno, ginástica de trampolim, golfe e tiro esportivo.

Emily Figueiredo na aclimatação antes dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)Emily Figueiredo na aclimatação antes dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)

Segundo o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, os Jogos de Nanquim 2014 mostram um maior trabalho de base sendo feito, assim como a importância de parte do legado dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, que já está sendo utilizada. “Dos atletas em Nanquim, temos alguns que até podem surpreender em 2016, mas a realidade, para eles, será Tóquio 2020, ou 2024”, analisa.

Leyser destaca ainda que, além da maior quantidade de atletas, o Brasil conseguiu classificação para modalidades em que o país não tem tradição, como o badminton, a luta olímpica e o tiro com arco: “Esse é mais um indicador do trabalho que está sendo feito. Um reflexo do apoio às categorias de base, de desenvolvimento, da estruturação de equipes multidisciplinares, e também da entrega de equipamentos para os diversos esportes.”

O superintendente técnico do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marcus Vinícius Freire, também vê a melhora no trabalho de base. “Estamos com uma molecada melhor, já para 2020 e 2024. Nosso foco é o Rio 2016, onde precisamos ir bem e para onde vai a maior parte dos recursos. Mas temos um grupo que trabalha parte do tempo para 2024, agora com a consultora inglesa Su Campbell, que até Londres 2012 cuidou dessa faixa entre 12 e 16 anos em seu país”, disse.

Assim, os Jogos da Juventude são uma espécie de termômetro do que está sendo feito pelo esporte no país. Do esporte escolar, os garotos com mais potencial passam à faixa intermediária, que está a caminho da confirmação para o alto rendimento.



Na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura 2010, o Brasil voltou com sete medalhas: ouro de Caio Cezar Fernandes, no salto em distância e no revezamento medley do atletismo, e de David Lourenço da Costa, da categoria até 69 kg do boxe); prata de Flávia Gomes, da categoria até 63 kg do judô, de Thiago Braz da Silva, do salto com vara, e de Felipe Wu, da carabina de ar 10 m, do tiro esportivo, e bronze da seleção feminina de handebol (com Ana Eduarda Vieira,  Caroline Martins, Deborah Nunes, Elaine Barbosa, Fernanda Marques, Francielle da Rocha, Gabriela Constantino, Isadora Garcia, Juliana de Araújo, Keila Alves, Laís da Silva, Larissa Araújo, Patrícia da Silva, e Thayanne Lopes).



Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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Gustavo Tsuboi atinge marca histórica no ranking mundial

O tênis de mesa brasileiro segue fazendo história no cenário internacional. No ranking mundial divulgado pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), o mesatenista brasileiro Gustavo Tsuboi saltou da 36ª para a 35ª posição, a melhor classificação de um atleta latino-americano em todos os tempos. Com um bônus de 139 pontos, Tsuboi chegou a 2.245 pontos.

“Ganhar mais uma posição é sempre bom e estou muito contente. Mas fiquei emocionado mesmo quando subi da 69ª para a 36ª colocação, após a participação no Mundial por Equipes, no Japão, e alcancei a melhor colocação de um latino-americano na história”, lembrou Tsuboi, que embarcou na segunda-feira (11.08) para a Alemanha.

“Vou iniciar os treinamentos de olho na disputa da Bundesliga (Liga Alemã) e no Aberto da República Tcheca, que acontece no fim de agosto. É o reinício da temporada. Essa subida no ranking me faz ficar mais motivado e animado para seguir treinando e disputando os torneios”, ressaltou Tsuboi.

Outros dois brasileiros estão entre os 100 primeiros colocados do ranking mundial e ambos também subiram em relação à lista anterior. Hugo Calderano chegou a 2.126 pontos e está em 64º, sua melhor posição na carreira. Já Cazuo Matsumoto soma 2.116 e é o 68º colocado.

No feminino, Caroline Kumahara segue como a brasileira mais bem ranqueada de todos os tempos. Ela ocupa a 107ª posição, com 2.157 pontos.

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Rankings de base
Os novos rankings mundiais das categorias de base não tiveram significativas mudanças para os brasileiros. Destaque para Hugo Calderano: quinto colocado no Sub-18. O atleta tem a possibilidade de subir na lista por conta de sua participação nos Jogos Olímpicos da Juventude, que acontecerão de 16 a 28 deste mês, em Nanquim, na China.

Fonte: CBTM
Ascom – Ministério do Esporte
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Organização e atletas avaliam o evento-teste de vela para os Jogos Rio 2016

Foto: Leonardo DallaFoto: Leonardo DallaChegou ao fim neste sábado (09.08) o primeiro evento-teste para os Jogos de 2016, a Regata Internacional de Vela, que garantiu ouro para o Brasil na classe 49er FX, com Martine Grael e Kahune Kunze. Em entrevista coletiva, o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Organizador Rio 2016, a Federação Internacional de Vela (ISAF) e a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) avaliaram o primeiro de uma série de 45 eventos-teste que serão realizados antes dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro.

“Estamos satisfeitos com a missão que foi determinada para este primeiro dos 45 eventos-teste que serão realizados. A ideia era entregar o evento no padrão, conforme como tinha sido planejado e alcançamos isto. Recebemos de todos os organizadores, atletas e entes governamentais uma avaliação positiva do que esperávamos testar. Nossa missão foi concluída”, declarou Rodrigo Garcia, diretor esportivo do Rio 2016.

Para Walter Boddener, chefe de competição de vela do Rio 2016, algumas lições foram aprendidas com este primeiro evento no Brasil. “Trabalhamos muito com a ISAF e com os oficiais técnicos internacionais. Como principal objetivo, pudemos realmente testar a nossa equipe de gerenciamento de regata dentro da água. Saímos com um aprendizado e com evolução durante a semana. Testamos, finalmente, as raias para que a Federação possa tomar suas decisões. Ainda, aprendemos muito os processos e métodos e o que esperam de nós aqui no Brasil”.

Alastair Fox, chefe de competição da ISAF, também avaliou bem o primeiro teste na Baía de Guanabara. “Todos nós saímos muito satisfeitos com as condições que apresentaram. Estamos agora trabalhando muito próximos com o Comitê Organizador Rio 2016 e vamos trabalhar agora para o evento-teste de 2015. Começar a trabalhar dois anos antes foi muito importante para garantirmos os procedimentos de segurança e para que os atletas conhecessem as zonas de competição”.

Em agosto de 2015 será realizado o segundo e último evento-teste de vela antes dos Jogos de 2016. “Este não foi um evento como será em 2015 e infelizmente perdemos um dia de competição pela falta de vento. Temos que garantir que os atletas tenham os equipamentos e as condições necessárias para competirem. Gastamos bastante tempo discutindo o que precisa ser melhorado e teremos bastante tempo para organizar um evento ainda melhor em 2015”, declarou Alastair.

Ainda sobre o próximo evento-teste, Walter Boddener explica que deverá seguir um modelo mais parecido com o que ocorrerá em 2016. “Teremos dias de reserva e mais dias de regatas para que possamos completar de forma proveitosa”.

A semana de vela no Rio de Janeiro reuniu 32 campeões olímpicos, que aproveitaram para, também, avaliar a água e as provas. "A competição ocorreu de uma forma muito boa. Os estrangeiros elogiaram bastante. Não tivemos problemas com a água e conseguimos completar 9 regatas, das 11 propostas. Quase todo o programa correu perfeitamente. E também temos uma variedade grande de vento e mar, o que tornou o evento bastante completo", avaliou o brasileiro Robert Scheidt, bicampeão olímpico, que terminou o evento-teste em quarto lugar na classe laser.

Sobre a qualidade da Baía, condição que preocupava os atletas e a organização antes do evento, Rodrigo Garcia explicou que o planejamento de limpeza do espaço foi apresentado em 29 de julho para os atletas e participantes. O chefe de competição da ISAF, Alastair Fox, avaliou de maneira positiva. “A ISAF estava preocupada com a qualidade da água, assim como os atletas, mas ficamos surpresos com o que nos foi apresentado. Foi uma semana muito boa para podermos ver, de perto, as condições da Baía”.

Para o atleta francês Jonathan Lobert, bronze na classe Finn nas Olimpíadas de Londres, em 2012, as condições da Baía melhoraram nos últimos meses. “Foi muito bom participar de uma competição no Rio. Estivemos aqui em maio por três semanas. Para ser honesto, as condições apresentadas na Baía estão bem melhores”, avaliou.

Scheidt avaliou, ainda, o que será necessário para a organização do evento do próximo ano. "É claro que sempre há detalhes para melhorar, mas para isso serve um evento-teste. Acho que foi importante para que as comissões de regata entendam como é difícil gerir um dia curto de inverno no Rio, com poucas horas de vento necessário para termos uma regata. É necessário, então, uma comissão de regata ágil e eficiente para conseguir fazer as duas regatas propostas para um dia".

Preparação para 2016
O desempenho da equipe brasileira foi elogiado pelo presidente da CBVela, Marco Aurelio Sá Ribeiro. “A atuação da equipe foi muito boa. Estamos em um processo de ciclo olímpico de preparação para os Jogos de 2016 e tivemos nove tripulações dentro da regata de medalha. E foi boa também por termos conseguindo uma medalha de ouro, mesmo em fase de preparação, além de termos chegado perto de ganhar outras medalhas”.

Sobre o preparo nos próximos dois anos, Marco Aurélio afirma que estão no meio do preparo, que será intenso até 2016. “Minha avaliação é positiva. A equipe continua motivada e este é o meio de um trabalho intenso que iremos fazer. Sabemos que no nosso esporte o que conta é a nossa atuação nos Jogos e vamos nos preparar cuidadosamente. Vamos apresentar uma equipe olímpica com nível para competição”.

“Não tivemos sorte na classe Finn, quando o barco do Jorge quebrou. Mesmo assim ele ficou em quarto lugar atrás de dois ingleses. Se estivéssemos nas Olimpíadas, ele teria pego o bronze. Já o Scheidt não teve uma atuação excepcional, mas tem capacidade para mostrar uma performance superior”, avaliou Torben Grael, lembrando que na preparação dos próximos anos serão levados em conta os novos atletas com bom rendimento no esporte.

COB e CBVela anunciam novo método de escolha de equipe
A CBVela irá usar um novo critério de avaliação para definir a equipe que disputará os Jogos de 2016. O anúncio foi feito pelo presidente da confederação, Marco Aurelio Sá Ribeiro, e pelo treinador chefe da seleção brasileira de vela, Torben Grael, após a Regata Internacional.

Segundo Marco Aurelio, o critério será mais complexo do que subjetivo e será feito por um conselho técnico da confederação que envolve técnicos, atletas e ex-atletas. “Todos os atletas já foram informados sobre este método, que foi concebido pelo nosso comitê técnico dois anos antes das Olimpíadas. Consistirá na participação de uma série de eventos nacionais e internacionais, quando eles (os atletas) serão observados pelo nosso comitê que fará um relatório. Ao final de 2015, o comitê técnico de vela sugerirá ao diretor técnico da confederação os nomes que deverão participar dos Jogos de 2016”, explicou o presidente.

Torben Grael ressaltou ainda que esta avaliação já começou e a Copa do Brasil, em dezembro do próximo ano, servirá como evento eliminatório. “Utilizamos como primeiro evento a Copa do Brasil, em janeiro deste ano, para inserir este novo método. De lá pra cá, todos os eventos que os atletas participarem serão levados em conta e eles serão avaliados”.

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Leonardo Dalla – Portal Brasil 2016, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte
Confira o Portal Brasil 2016, site do governo federal sobre os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016
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