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Feira de Artesanato Indígena dita moda nos Jogos dos Povos Indígenas 2013, em Cuiabá

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

Trajes exóticos, pinturas extravagantes, roupas coloridas, adereços confeccionados com penas de pássaros ditaram a moda nos Jogos dos Povos Indígenas de Cuiabá. Todos esses produtos foram comercializados na Feira de Artesanato Indígena, que oferecia peças para todos os gostos, desde a mais simples até a mais sofisticada. A interação na arena Sucuri, onde eram realizadas as apresentações culturais, acontecia com muita espontaneidade, e com esses gestos estava consolidado o lema dos Jogos Indígenas 2013, o importante não é competir, e sim celebrar.

Na Feira de Artesanato, as pessoas se acotovelavam para disputar os produtos indígenas, distribuídos em 32 estandes. Eles eram oferecidos a preços populares, mas também podiam ser encontradas peças de maior valor, como o cocá, uma espécie de chapéu indígena, que dependendo do tipo de pena usado na confecção chegava a custar até R$ 500. Além das peças das etnias brasileiras, eram comercializados produtos confeccionados por etnias de outros países, como Equador e Bolívia.

Jovens, crianças, idosos e indígenas conversavam, explicavam os costumes de suas etnias, e assim os visitantes conheciam um pouco da vida dos descendentes dos primeiros habitantes do Brasil. Mas a interação não parava por aí, tanto os índios como os não-índios disputavam espaço para tirar fotografias, uma lembrança preferida pela maioria das pessoas que participavam do evento.

Outra lembrança muito procurada pelos visitantes, brasileiros e estrangeiros, era a tatuagem indígena. Ela podia ser feita por pessoas de várias etnias por valores baixos, mas tudo dependia muito da negociação com o tatuador, do tipo de tinta usada, e ainda dos desenhos a serem utilizados. As pessoas podiam optar por pequenas figuras ou por tatuagem até de corpo inteiro.

Neste sábado (16.11), último dia dos Jogos Indígenas, a feira está lotada e as pessoas aproveitam para fazer a pechincha. Pulseiras que custavam R$ 10,00 podiam ser compradas por R$ 5,00. Os artesãos indígenas aproveitavam a oportunidade para liquidar suas mercadorias e voltar pra casa com dinheiro no bolso.

 

 

Cleide Passos, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Corrida de fundo reúne centenas de indígenas no último dia dos Jogos Indígenas 2013

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosA manhã do último dia dos Jogos dos Povos Indígenas, neste sábado (16.11), foi marcada pela corrida de 1.800 metros. A competição, realizada na Avenida Antártica, sentido ida e volta, teve largada em frente ao portal de acesso à arena dos jogos. O guerreiro corredor de 24 anos Thiago Howpy, da etnia Kanela, do Maranhão, sagrou-se campeão da modalidade tradicional de 2013. O atleta superou o potencial de 300 índios de 48 etnias participantes, apesar de ter passando mal ao ultrapassar a linha de chegada.

O jovem campeão correu usando meias, vestiu calção vermelho e na pele usou pinturas corporais na cor preta retirada da seiva do sapoti. Após ser atendido pela equipe médica disponibilizada por duas ambulâncias, Thiago Kanela comemorou o resultado. “Cuiabá está muito quente e, somado ao grande esforço que fiz, não poderia dar em outra. Mesmo assim estou muito contente com o resultado”, justificou, sorrindo.

Trinta minutos antes da corrida masculina aconteceu a prova feminina. A guerreira Raiane Aphure Parkatejê, do Grupo Gavião, do estado do Pará, levou o título de campeã, quando  deixou  para traz cerca de 190 guerreiras concorrentes. Após o toque do apito pela equipe técnica autorizando o início da competição, Raiane Parkatejê correu descalça e repetiu a mesma façanha das edições anteriores dos Jogos Índígenas de que participou. “Em Paragominas, no Pará, e em Porto Nacional, no Tocantins, também fui a primeira a cruzar a linha de chegada”, destacou a guerreira, feliz com a conquista.

Entre os expectadores da corrida de 1.800 metros dos estava a estudante Juliana Tupinambá, da Aldeia Barra, no Sul da Bahia. Na avaliação da indígena, foi uma competição tranquila. “O tempo, que estava frio, esquentou, mas o importante é que houve aparato médico suficiente com bombeiros e enfermeiros, em ambulâncias. Estão todos de parabéns: os atletas, que demonstraram potencial esportivo, e a organização dos Jogos, não deixou nada a desejar”, avaliou.

Carla Belizária
Foto: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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Indígenas mostram talento na canoagem durante os Jogos de Cuiabá

 

Os melhores canoístas indígenas do Brasil mediram forças nesta sexta-feira (15.11), feriado da Proclamação da República, durante a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas, em Cuiabá. Num clima de muita integração e lazer, a concentração da competição reuniu, às margens do Rio Cuiabá – que corta os fundos da aldeia dos Jogos – moradores ribeirinhos, delegações indígenas e a imprensa, transformando o local num formigueiro humano.

Num belo dia ensolarado, muita gente que foi assistir à competição – crianças, jovens e adultos – se divertia saltando de dois balanços presos às copas das árvores, num refrescante mergulho radical. A atuação de fotógrafos e cinegrafistas também chamava a atenção. Alguns subiam em arvores, outros transitavam em lanchas e também havia os que preferiam atuar sozinhos, remando e carregando seus equipamentos em caiaques, tudo isso com o objetivo de captar a melhor imagem.

A canoagem e a travessia de rio (natação) – competição que abriu o dia de esportes aquáticos – contaram com a atuação de uma eficiente equipe de segurança. Dez homens do Corpo de Bombeiros, com três lanchas à disposição, estavam a postos para resgate e remoções. Havia também duas ambulâncias, com médicos e enfermeiros, para atendimento dos atletas caso fosse preciso.

Novidades
Na platéia, um pequeno espectador estava ansioso. O morador ribeirinho Luiz Felipe da Silva, 7 anos, levou sua cadela vira-lata de nome “Princesinha” para assistir à disputa de canoagem. O menino, que cursa a 2ª série na Escola Municipal Fernanda Helen, gostou do movimento. “Nunca vi tanto índio diferente junto. Tô achando tudo muito legal. Quando crescer, quero estudar e ser um grande atleta remador, igual a esses guerreiros”, afirmou,  apontando para os  índios Pataxó, da Bahia.

 

Luiz Felipe, 7 anos, e a cadela Princesinha: "Quando crescer, quero ser um grande remador, igual a esses guerreiros"


Cleuzk Kaingang, 22 anos, integra a delegação dos povos que habitam o Paraná e participa pela primeira vez dos Jogos Indígenas, com o marido e a filha Ana Cláudia, de 2 anos. A guerreira afirmou estar achando tudo muito interessante porque está conhecendo coisas que nunca viu antes. “Além do futebol de cabeça e da corrida de tora, a canoagem e a natação são novidades porque em nossa região não há rios largos para praticar os dois esportes. Os que existem são riachos muito rasos”, explicou.

Resultados
Na modalidade tradicional de canoagem dos Jogos dos Povos Indígenas, não há etapa final. São apontados vencedores os canoístas que vencem as baterias da competição. O povo Erikibaktsa, de Mato Grosso, venceu a primeira bateria. Os índios Enawenê-Nawê, também mato-grossenses, remaram conforme suas tradições – em pé na canoa – e conquistaram a segunda bateria. A terceira foi vencida pelos Kuntanawá, do Acre.

A quarta bateria foi conquistada pelos índios da etnia Arakbut, do Peru, representada pelos remadores Kembre e David, que fizeram festa erguendo a bandeira de seu país. O povo Suruí Paíter, do Acre, representado pelos atletas Cláudio e Edson, venceu a quinta bateria, numa disputa acirrada com os guerreiros Terena. “Eles bem que tentaram, tiraram até tinta de nossa canoa, mas não conseguiram”, disse, brincando, a dupla vencedora.

A sexta bateria foi conquistada pelo povo Wapixana, de Roraima, e a sétima, pelo povo Umutina, da região da Barra do Bugre, Mato Grosso. A oitava e ultima bateria teve como vitoriosos os Wai Wai, do Pará.

Carla Belizária
Fotos: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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Nos Jogos Indígenas, povo Gavião utiliza ingredientes da culinária tradicional em rituais de lazer

 

Um dos ingredientes mais usados na culinária indígena brasileira, a mandioca – conhecida nas regiões Norte e Nordeste como macaxeira – é peça fundamental na celebração do ritual de lazer entre guerreiros e guerreiras paraenses. Os indígenas a utilizam numa comemoração que leva o nome de “Ritual da Macaxeira”, uma espécie de brincadeira, com a participação de homens e mulheres, para agradecer aos deuses pela fartura da colheita e o alimento de cada dia.

O rito realizado pelos povos Gavião Ikóloéhi, de Rondônia, começa com o barulho do maracá, que dita o ritmo da dança. Os participantes entram enfileirados na aldeia montada para receber a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas. Posicionam-se frente a frente, homem e mulher, até que elas, num movimento brusco, saem do ritmo da dança e formam um círculo, encostando ombro a ombro, como forma de proteção de uma raiz de mandioca, plantada no centro da roda.

A brincadeira simula uma luta corporal e consiste na tentativa de os homens quebrarem a barreira de proteção feita pelas mulheres. O bloqueio é repetido pelos guerreiros, que alcançam o centro e a raiz enterrada. Vence quem conseguir furar o bloqueio primeiro e pegar a macaxeira.

Já na brincadeira do mamão, os indígenas da etnia Gavião Parkatejê, do Pará, utilizam a fruta ainda verde – porque é mais dura e se assemelha a uma bola. O povo Gavião entra na arena enfileirado e se posiciona frente a frente para dar inicio ao jogo. Em certo momento, um guerreiro joga o mamão nas mãos de uma guerreira, como forma de desafiá-la e convidá-la para o embate.

Ela devolve o mamão ao guerreiro, que abraça a fruta sem segura-la com as mãos. "Cabe à mulher tentar tomar a fruta dele. Como na maioria das vezes ela não consegue, a indígena convoca o irmão, a mãe ou um parente mais próximo para ajudá-la", explica ao público o locutor Pacífico Júnior.

Carla Belizária, de Cuiabá
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte
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Confira a agenda esportiva deste fim de semana

Alguns atletas brasileiros não terão feriado prolongado. A maior competição interclubes de judô será disputada no Clube Pinheiros, em São Paulo. A fase final da Liga Nacional Feminina de handebol será em Cabo Frio, no litoral do Rio de Janeiro. No exterior, os atletas brasileiros irão competir em provas de vela, tênis de mesa, canoagem, vôlei feminino e ginástica.

Confira a programação completa do fim de semana:

Vela
Começa neste domingo (17) o Campeonato Mundial da Classe Laser de Vela, na cidade de Muscat, em Omã. Após 8 anos sem competir na classe, Robert Scheidt volta a encarar a competição. O país também será representado por Bruno Fontes e Matheus Dellagnelo.

Entre os dias 15 e 17 de novembro o Veleiros do Sul irá sediar o Brasileiro de J/24. O evento também será válido como seletiva para os Jogos Sul-Americanos da Odesur, que serão disputados no Chile, em 2014.

Vôlei feminino
A Seleção Brasileira de vôlei entra em quadra no Japão durante a Copa dos Campeões. A equipe nacional é a favorita ao título. São seis equipes no torneio. No sábado, o Brasil enfrenta a Rússia e no domingo, os donos da casa.

Canoagem
A cidade de Rotorua, na Nova Zelândia, recebe até o dia 24 de novembro o Campeonato Mundial de Rafting 2013. O Brasil conta com equipes em quatro categorias. Três equipes de Brotas, interior de São Paulo, e uma do Rio Grande do Sul representam o Brasil nas categorias sub-23 e no aberto masculino e feminino.

Judô
O ginásio do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, recebe neste fim de semana 12 equipes de judô que vão encarar a maior competição interclubes do calendário da modalidade nacional – o Grande Prêmio Nacional. Nos dias 23 e 24 de novembro, será a vez de sete clubes se enfrentarem pelo título feminino, na sede da Sogipa, em Porto Alegre.

Handebol
A cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, terá um grande espetáculo esportivo na próxima semana. A cidade receberá a fase final da Liga Nacional Feminina de handebol e espera, mais uma vez, lotar o Ginásio Poliesportivo Alfredo Barreto. Na disputa pelo título da competição, estão Metodista/São Bernardo (SP), Santo André (SP), Supergasbras/UNC/Concórdia (SC) e Blumenau/FURB (SC), que se enfrentam na segunda e terça-feira (18 e 19.11). A grande decisão será na quinta (21).

Já a Seleção Brasileira Júnior Feminina de Handebol disputa o Campeonato Sul-Americano, em Assunção, no Paraguai, ao enfrentar o Uruguai no sábado (16).

Ciclismo
O Campeonato Paranaense de Pista será neste domingo (17) no Velódromo de Curitiba (PR), no Jardim Botânico.

Tênis de mesa
A delegação brasileira de tênis de mesa disputa o Aberto da Alemanha, uma das mais badaladas e concorridas etapas da temporada promovidas pela Federação Internacional de Tênis de Mesa, na cidade de Berlim, na Alemanha. O Brasil é representado por oito atletas no evento: Gustavo Tsuboi, Thiago Monteiro, Hugo Calderano, Eric Jouti e Vitor Ishiy no masculino e Caroline Kumahara, Jessica Yamada e Kátia Kawai no feminino.

Saltos ornamentais
O fim de semana será de muitos saltos na piscina do Fluminense, no Rio de Janeiro. Trata-se do Campeonato Brasileiro de Saltos Ornamentais para grupos C e D. O grupo C tem atletas de 12 e 13 anos, enquanto o D conta com crianças e pré-adolescentes até 11 anos. Nove clubes de cinco estados participarão da competição, totalizando 41 atletas.

Polo aquático
Com expectativa de grande público e a presença do novo técnico da Seleção Brasileira adulta masculina, o croata Ratko Rudic, será realizada neste sábado (16), mais uma rodada tripla da VI Liga Nacional Polo Aquático/II Super Liga Nacional Correios/Bradesco-Lei de Incentivo de Polo Aquático Masculino 2013, na piscina do Bolão, em Jundiaí (SP).

Ginástica
O 22º Campeonato Mundial Age Group de Ginástica de Trampolim, em Sofia, na Bulgária, conta com representantes brasileiros em todos os aparelhos. As apresentações vão até domingo (17), com qualificatórias e finais em todos os dias. No total, estão inscritos 811 ginastas de 46 países, com idade de 11 a 18 anos.

A última etapa do Circuito Caixa de Ginástica será neste domingo (17), em Aracaju, com alguns dos atuais destaques da ginástica artística feminina e masculina e da ginástica rítmica. Antes disso, cerca de 90 pequenos atletas da ginástica artística masculina e feminina irão mostrar seu talento no Campeonato Brasileiro Pré-Infantil, nesta sexta-feira e sábado (15 e 16.11).

Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
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Guerreiro Pataxó encanta ministro com assovios, ao imitar o canto dos pássaros

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

O grande guerreiro Ubiranan Pataxó é um dos personagens que mais chama a atenção dos visitantes nos Jogos dos Povos Indígenas, em Cuiabá. Com seus assovios emitidos por vários apitos, cabelos longos, colares com dentes de onça, e pintura corporal, o jovem índio encantou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em visita à Feira do Artesanato. Ao parar para cumprimentá-lo, o ministro ouviu sons dos pássaros entoados pelo jovem índio de 28 anos. E para surpresa dos visitantes, até o hino nacional foi assoviado pelo guerreiro, que também contou um pouco da história de sua aldeia.

Com esses sons Ubiranan ensina alunos da aldeia e de escolas públicas da cidade de Porto Seguro (BA), a distinguir os cantos dos pássaros, que para os índios têm significados distintos, e também a respeitar a natureza. Os bem-te-vi são os guardiões da floresta, o sabiá é o pássaro que admira a floresta, o coki, pássaro de penas escuras, com seu canto bonito mostra que coisas boas vão acontecer. A coruja, quando está na mata fechada, deixa as crianças com medo, e em outros lugares seu canto pode mostrar acontecimentos bons ou ruins.

Mas além desses conhecimentos, Ubiranan ensina as crianças a usarem a flecha, as armas indígenas e as zarabatanas, e tenta resgatar a linguagem patxchoran, praticada pelos antigos, que estava praticamente perdida. Outro costume que o guerreiro tenta passar para os mais novos é o ritual do casamento. Ele afirma que para o casamento ser realizado o noivo precisa carregar uma tora equivalente ao peso da noiva; se não conseguir erguer a tora, ele não está preparado para casar-se. Se conseguir, sai em busca de flores e de caça para oferecer à amada e provar que já pode casar.

A aldeia Pataxó se veste e se pinta com adereços coloridos, que para eles têm vários significados. Usam colares vermelhos para espantar as coisas ruins, pois essa cor para eles representa o sangue do guerreiro. Os colares, com dentes de animais, significam guerreiros caçadores e bons de flecha. Ubiranan, que no dialeto pataxó significa filho de guerreiro, está representando sua aldeia e também aproveitando a oportunidade para expor e vender os produtos de sua aldeia.

A confraternização entre os povos indígenas culmina em atitudes, como a da índia Kaiapó, que, ao contemplar a beleza do guerreiro, disponibilizou-se a tatuar o corpo dele com a pintura típica de sua tribo. Como forma de respeito ele vai recompensá-la, levando consigo a tatuagem que lhe foi presenteada para mostrar aos seus familiares.

 

 

Cleide Passos, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Prefeitura lança licitação da Arena de handebol para o Rio 2016

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou nesta quinta-feira (14.11) o edital de licitação para a construção da Arena de Handebol dos Jogos Olímpicos de 2016. O projeto, desenvolvido pela Empresa Olímpica Municipal (EOM), a Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe) e o Ministério do Esporte, segue um conceito inovador de arquitetura nômade, inédito nos Jogos.
 
Com a preocupação de não erguer construções permanentes que ficassem subutilizadas após os Jogos, a Prefeitura e o Ministério do Esporte definiram que a Arena de Handebol seria temporária. Para garantir o melhor uso de recursos públicos, a equipe envolvida no projeto trabalhou para definir antecipadamente a utilização futura da estrutura. Por suas características, a Arena de Handebol adequou-se ao conceito de arquitetura nômade. Assim, após o megaevento esportivo, a instalação será desmontada e seus componentes serão remontados, dando origem a quatro escolas municipais, cada uma com capacidade para 500 alunos.
 
Esta é a primeira vez que este conceito de arquitetura nômade é utilizado nos Jogos Olímpicos, garantindo que até mesmo uma instalação temporária deixe legado tangível para a cidade.
 
Desde o início, o projeto da Arena de Handebol foi desenvolvido prevendo sua transformação posterior em quatro escolas. O vencedor da licitação será responsável pela construção, operação e desmontagem da instalação olímpica e pela montagem das escolas em 2017. As obras de construção estão orçadas em R$ 121,1 milhões. Outros R$ 6 milhões serão investidos na operação; R$ 19,7 milhões na desmontagem, e R$ 31,2 milhões na montagem das novas escolas. Assim, o Governo Federal vai transferir ao Município cerca de R$ 178 milhões, conforme acordo de cooperação técnica assinado entre o Ministério do Esporte e a Prefeitura em maio de 2012. Os recursos, do Programa de Aceleração do Crescimento, serão repassados pela Caixa Econômica Federal.
 
A Arena de Handebol será erguida em uma área de cerca de  35 mil metros quadrados do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Com capacidade para 12 mil espectadores, receberá as competições de handebol dos Jogos Olímpicos e de goalball dos Jogos Paraolímpicos. As obras estão previstas para começar no primeiro semestre de 2014 e terminar no segundo semestre de 2015.
 
No Dossiê de Candidatura, documento de 2009, a Arena de Handebol seria uma instalação permanente – o quarto pavilhão esportivo do Centro Olímpico de Treinamento (COT) – e tinha estimativa de investimento na construção de cerca de R$ 160,6 milhões (valor atualizado pelo INCC-DI do período de janeiro de 2009 a outubro de 2013). Porém, a Prefeitura e o Governo Federal avaliaram que três pavilhões já atenderiam à demanda do COT e optaram por construir uma arena temporária, eliminando o alto custo futuro de manutenção de um equipamento permanente. Para reforçar o princípio de que os Jogos Olímpicos devem servir à cidade e prolongar o benefício gerado pelo investimento na instalação temporária, a Prefeitura desenvolveu o conceito de arquitetura nômade.
 
Este conceito mostra que o rigoroso planejamento para os Jogos Olímpicos também permite soluções ousadas e criativas. A Arena de Handebol é um exemplo de que é possível reaproveitar construções com destinação prévia bem definida em outros locais, com outra função e com boa relação entre custo e benefício. Esta decisão está alinhada com a visão da Prefeitura e do Governo Federal de privilegiar economicidade, simplicidade e praticidade na preparação da cidade para os Jogos Olímpicos.
 
Para que a transformação de uma instalação olímpica em quatro novas escolas seja possível, a construção foi totalmente planejada para viabilizar o reaproveitamento de sua estrutura e seus componentes. Escolhido por meio de concorrência pública, o Consórcio Rio Projetos 2016, composto por: Lopes Santos & Ferreira Gomes Arquitetos, MBM Serviços de Engenharia e DW Engenharia, desenvolveu os projetos básico e executivo da Arena de Handebol e das escolas.
 
A localização das escolas foi definida em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Três beneficiarão estudantes da região da Barra. A primeira ficará perto do Parque Olímpico; a segunda, em um terreno na Avenida Salvador Allende; e a terceira, perto do Parque Carioca, onde será realocada parte dos moradores da comunidade Vila Autódromo. A quarta escola será montada em um terreno em São Cristóvão.
 
Exemplos de reaproveitamento de elementos da Arena de Handebol nas escolas:
• Reaproveitamento das rampas e escadas pré-moldadas da arena para uso nos acessos e áreas de circulação;
• Uso da estrutura do telhado da arena, composta por vigas metálicas e telhas com tamanho padronizado para a reutilização nos telhados;
• Padronização das dimensões dos painéis de fechamentos internos e fachadas da arena para reutilização.
 
Parque Olímpico

O Parque Olímpico da Barra é o coração dos Jogos Rio 2016 e receberá competições de 16 modalidades olímpicas e 10 paraolímpicas. O projeto prevê que, até 2030, equipamentos esportivos e novos empreendimentos formarão um bairro residencial que será referência em termos de sustentabilidade para a cidade, com novos componentes de eficiência energética e acessibilidade. Atendido por duas das novas linhas de BRT, a TransOlímpica e a TransCarioca, será um bairro aberto, ao contrário da maioria dos condomínios da Barra.

Na construção de todas as instalações esportivas permanentes, a Prefeitura e o Governo Federal buscarão certificação LEED (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental). Este sistema de classificação de edificações, desenvolvido pela americana Green Building Council para medir o desempenho ambiental de design, construção e operação de edifícios, busca reduzir o impacto ambiental das edificações.
 
Parcerias
Para a construção do Parque Olímpico da Barra, foram feitas duas parcerias. Uma Parceria Público-Privada (PPP) permitirá a construção e manutenção (por 15 anos) da infraestrutura do Parque Olímpico, além da construção de três pavilhões esportivos que após os Jogos farão parte do Centro Olímpico de Treinamento, do Centro Principal de Imprensa (MPC), do Centro Internacional de Transmissão (IBC), de um hotel e da infraestrutura da Vila dos Atletas, que também está sendo erguida na Barra da Tijuca.

Para viabilizar a construção das demais instalações – Centro Aquático, Centro de Tênis, Velódromo e a Arena de Handebol –, a Prefeitura assinou acordo de cooperação técnica com o Governo Federal. A União vai aportar os recursos para as obras das arenas que estão fora do escopo da PPP, sendo que a Prefeitura financiou os projetos básico e executivo e é responsável pela execução das obras.
 
Obras
O trabalho no terreno de 1,18 milhão de metros quadrados começou no dia 6 de julho de 2012 com a remoção dos elementos que compunham o antigo Autódromo de Jacarepaguá, como arquibancadas, pavimento de asfalto e estruturas auxiliares (grades de proteção, pneus, muros internos de concreto e cercas). As obras de infraestrutura – redes de drenagem, água, esgoto, incêndio e elétrica – estão dentro do cronograma, e a terraplenagem encontra-se em fase final. A construção do Centro de Tênis começou no fim de outubro. Mais adiantadas e já na fase de implantação das estacas estão as obras do IBC, do MPC e dos três pavilhões esportivos que, após os Jogos, farão parte do COT. No primeiro semestre de 2014 começarão a ser erguidas as demais instalações esportivas do Parque Olímpico da Barra: Velódromo, Centro Aquático e Arena de Handebol.

Ascom – Ministério do Esporte
 

Aldo Rebelo visita a primeira composição do VLT em Cuiabá

 

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, visitou na quarta-feira (13.11) a primeira composição do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá. Ao lado do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, e de deputados estaduais, o ministro conheceu o interior do primeiro trem do novo modal, que já está instalado nos trilhos assentados no Centro de Manutenção, em Várzea Grande.

Aldo Rebelo, que foi a Cuiabá para prestigiar os Jogos dos Povos Indígenas, destacou o projeto de mobilidade urbana: “Cuiabá é um canteiro de obras, e antes do primeiro jogo já marcou o primeiro gol”.

Ricardo Sanches, representante da CAF, uma das cinco empresas que compõe o Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande, responsável pelo material rodante fabricado na Espanha, explicou que primeiramente a composição vai passar por testes estáticos, os mesmos que foram feitos na fábrica antes de serem embarcados, em Bilbao. Posteriormente, serão feitos os testes dinâmicos.

No local, só na área que está o pátio de estacionamento e será implantado o Centro Administrativo Operacional, serão construídos 10 quilômetros de trilhos. Outros 90 quilômetros de trilhos permanentes já estão sendo transportados para Mato Grosso.

O Consórcio VLT conta atualmente com mais de 1.400 homens trabalhando em todo o processo de implantação. Além das obras de trincheiras, viadutos e pontes, o VLT contará com 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, e uma estação diferenciada no bairro do Porto para integração com o transporte coletivo.

O sistema terá o total de 40 composições para atender os dois eixos. Cada composição tem a capacidade para transportar 400 passageiros. Das 39 composições restantes, 25 já estão prontas na fábrica na Espanha, sendo que quatro estão em navegação rumo ao Brasil. Até o fim de abril, todos os veículos estarão em Mato Grosso.

Fonte: Secopa-MT
Foto: Josi Pettengill/Secom-MT
Confira o Portal da Copa, site do governo federal sobre a Copa 2014
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Jogos Mundiais dos Povos Indígenas estão confirmados para julho de 2015, no Brasil

 

Em clima de muita festa e alegria, líderes estrangeiros de 17 países e índios de 48 etnias nacionais receberam na manhã desta quarta-feira (13.11), na Oca do Saber, na arena Sucuri, em Cuiabá, a visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que firmou um acordo com o Comitê Intertribal (ITC), e o governo do estado, para a realização dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, previstos para julho de 2015, no Brasil.

Para Aldo Rebelo, mais do que um evento, os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas serão da humanidade. “Esses Jogos serão a valorização e o reconhecimento de algo saudável e permanente, da troca de valores e de experiências civilizatórias firmadas entre os povos de várias nações, inclusive da China, da Austrália, e da Rússia, que já confirmaram a participação”, disse o ministro.

Acompanhado de várias autoridades brasileiras e estrangeiras, Aldo recebeu os cumprimentos e foi apresentado a todos os líderes, que mostraram e agradeceram a oportunidade de estar participando dos Jogos dos Povos Indígenas, em Mato Grosso.

Líder canadense, ex-atleta e primeiro índio a cursar a universidade e primeiro representante de seu povo na Organização das Nações Unidas (ONU), Willie Littlechaild afirmou emocionado: “Há 35 anos, os nossos ancestrais sonhavam com esse momento. Mas foi em uma reunião na Suécia com um brasileiro que esse momento se iniciou. Este é um grande sonho que está sendo realizado hoje”, afirmou o cacique canadense.

Em pronunciamento, o ministro ressaltou que os Jogos dos Povos Indígenas não são um grande momento apenas para as etnias, mas para Mato Grosso, para o Brasil e para o mundo. “A sobrevivência dos povos indígenas é um contraponto a essa sociedade de consumo. As relações humanas não se resumem aos valores do mercado, mas aos valores e direitos humanos. Celebramos hoje, no Brasil, a preservação da história, da memória, da cultura, da arte, da relação com a natureza e com o mundo”, afirmou Aldo Rebelo.

Aldo enfatizou ainda que a realização dos Jogos não paga a dívida da sociedade brasileira com os indígenas. “Nós o fazemos como uma medida de preservação, pois ao os preservar, estamos preservando a nossa sobrevivência. Que esse momento seja um compromisso firmado por nós, pelo estado e pelo governo brasileiro”, concluiu. 

Candidatura

Segundo o diretor do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, Marcos Terena, a escolha da cidade que sediará os Jogos Mundiais Indígenas deverá sair no mês de janeiro de 2014. Antes, o Ministério do Esporte e o Comitê Intertribal se reúnem para definir os critérios da escolha. No momento pleiteiam sediar os Jogos Mundiais em 2015 as cidades de Belém, Palmas, Petrópolis (RJ), Bertioga (SP) e Cuiabá.

Cleide Passos, de Cuiabá
Foto: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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Guerreiras indígenas demonstram força no ritual Yamaricumã

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

A população de Cuiabá pôde conhecer a força da mulher indígena brasileira, durante a prova de cabo de força e a apresentação do ritual Yamaricumã, em que as guerreiras da etnia Kuikuro, do Alto Xingu, no Mato Grosso, entraram produzidas com suas melhores vestes na arena dos Jogos Indígenas, cantando e dançando ao ritmo da primeira guerreira da fila, que carregava uma lança nas mãos. A apresentação seguiu tranquilamente, até que as mulheres investiram-se contra os homens presentes, indígenas ou não. “Não há homem que fique parado. Elas correm atrás da gente e, quando nos alcançam, batem em nossas costas, e por isso a gente foge”, explicou Carlos Gouvêa, da etnia Asurini (Tocantins), supervisor desportivo do evento.

Ritual indígena

Segundo umalenda do Povo Kuikuro, o ritual Yamaricumã faz referência a um dia da revolta das mulheres, o “Dia do Basta”, quando todos os homens de uma aldeia saíram para pescar, deixando mulheres e crianças sozinhos, e não retornaram na data combinada. Como todas ficaram muito preocupadas com o sumiço deles, um  menino, que permaneceu no povoado indígena com a mãe, saiu, sozinho, pela floresta à procura dos homens. Quando a criança os encontrou, eles estavam transformados em animais peludos e ferozes.

O garoto voltou assustado para a aldeia e avisou às mulheres, que prepararam um ritualpara adquirir força e coragem para matá-los. E foi o que aconteceu. A população masculina da etnia somente teve continuidade a partir do crescimento dos meninos que permaneceram na aldeia e se transformaram em homens bons.

Hoje, a revolta das mulheres indígenas é comemorada anualmente em um dia especial, escolhido pelas próprias guerreiras. Na data elas não trabalham, não fazem comida e não cuidam dos filhos para comemorar  e celebrar o Yamaricumã.

Cabo de guerra

Depois do momento de descontração, as equipes do cabo de guerra, formadas por 12 guerreiras, entraram para a disputa na arena. As Bororo venceram as Asurini; as Enawenê-nawê, as Rrikbaktsa; as Javaé, as Guarani kaiowá; as Paresi halití, as Kurâ bakairi; a delegação peruana, as Kuikuro; e as Xavante, as Kariri-xocó.

 

Carla Belizária, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Bolsista ganha ouro e bate recorde sul-americano nos 50m borboleta em Pequim

Bolsista Nicholas Santos bate recorde sul-americano nos 50m borboleta (Foto: Satiro Sodré)Bolsista Nicholas Santos bate recorde sul-americano nos 50m borboleta (Foto: Satiro Sodré)

A piscina do ‘Cubo D’Água’, na China, é o palco da última etapa da Copa do Mundo da FINA em Piscina Curta deste ano. O mesmo local que serviu para a natação dos Jogos Olímpicos de 2008 e nesta quarta-feira (13.11), assistiu a três medalhas brasileiras. Nicholas Santos, que faz parte do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte, venceu os 50m borboleta (22s13) superando o próprio recorde sul-americano de 2009 (22s16). O sul-africano Roland Schoeman (22s37) e o americano Thomas Shields (22s78) completaram o pódio.

Ainda em provas individuais, o também bolsista João Gomes Júnior faturou o bronze nos 50m peito (26s65).  Schoeman (25s95) e o australiano Christian Sprenger (26s59) conquistaram a medalha de ouro e prata. Nesta mesma prova, Felipe Lima foi o quarto colocado (26s70) e Raphael Rodrigues (27s13) o sexto.

O revezamento 450m medley misto deu a terceira medalha ao Brasil (1m42s07). Guilherme Guido, Felipe Lima, Larissa Oliveira e Graciele Herrmann levaram o bronze. Os dois primeiros tempos foram da Austrália (1m38s23) e da China (1m39s55).


Fonte: CBDA
Ascom – Ministério do Esporte
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