Ministério do Esporte Últimas Notícias
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Após melhor desempenho da história, governo garante sequência de investimentos

Com sete medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze, o esporte brasileiro alcançou, no Rio de Janeiro, a sua melhor participação na história dos Jogos Olímpicos. Foram 19 pódios no total e a décima terceira posição no quadro geral. Do total de medalhas conquistadas, 11 foram inéditas, sendo 10 em modalidades individuais.

O país disputou 50 finais no Rio de Janeiro, contra 36 em Londres. E houve avanços significativos em modalidades em que não havia tanta tradição, casos, por exemplo, da canoagem de velocidade, em que o país somou três pódios, todos com a presença de Isaquias Queiroz, um feito inédito e expressivo.

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME

Em outros esportes, mesmo sem pódio, houve resultados históricos, melhores marcas pessoais e recordes nacionais. Entram nessa conta casos como o do levantamento de peso, da esgrima, do atletismo, da canoagem slalom, da marcha atlética e do ciclismo de estrada, para citar apenas alguns. Em todas elas, o Brasil se firmou entre os top 5 ou top 10 da modalidade.

Desde 2009, o Governo Federal investiu cerca de R$ 4 bilhões na consolidação da infraestrutura esportiva, por meio da Rede Nacional de Treinamento, e no apoio específico a atletas. "Agora, neste último dia de competições, podemos dizer que o Brasil teve no Rio seu melhor desempenho numa Olimpíada, que começou pelo número recorde de nossa delegação. Aqui no Rio, foram 465 atletas brasileiros participando dos Jogos, contra 259 em Londres (2012) e 277, em Pequim (2008)", afirmou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, durante entrevista coletiva no Rio Media Center.

De acordo com o ministro, os programas de patrocínio individual de atletas promovidos pelo Governo Federal, como a Bolsa Atleta do ministério do Esporte, estão entre as explicações para os ótimos resultados no Rio. "Dos 465 esportista, 358 (cerca de 77%) recebem Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, com investimento de R$ 18 milhões", disse Picciani.

Ele confirmou a continuidade dos programas para o próximo ciclo olímpico. "Vamos manter a Bolsa Atleta, e vamos buscar mecanismos para que o Bolsa Pódio seja mais eficiente, modalidade a modalidade. É preciso que o esporte seja visto como política pública necessária para o desenvolvimento do país", afirmou.

A Bolsa Pódio é a categoria mais alta do Bolsa Atleta, destinada a esportistas com chances de medalhas em Jogos Olímpicos. Ao todo, são oferecidos seis tipos de bolsas, nas classes Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paralímpico, além da categoria Pódio. "Nós entendemos que o Ministério do Esporte cumpriu sua missão de apoiar o esporte de alto rendimento".

Legado Esportivo Durante a coletiva, Leonardo Picciani também ressaltou que o legado das Olimpíadas não será apenas para o Rio de Janeiro, mas para todo o país. "O legado olímpico não está só no Rio. Há equipamentos esportivos em todas as regiões do Brasil. Conseguimos atrair para a realização dos Jogos Olímpicos cerca de 60% de capital privado. O Velódromo, a Arena Carioca 2 e o Centro Olímpico de Tênis farão parte da Rede Nacional de Treinamento", disse.

A Rede Nacional de Treinamento é uma iniciativa do ministério do Esporte que interliga as diversas instalações esportivas existentes ou em construção de todo o país que visa formar novos talentos e dar condições adequadas de treinamento para atletas equipes olímpicas e paralímpicas.


As obras de infraestrutura e mobilidade urbana realizadas no Rio de Janeiro também foram destacadas por Picciani. De acordo com o ministro, o Boulevard Olímpico, na região do Porto Maravilha, foi eleito pelos torcedores e visitantes como o melhor local turístico da cidade, à frente da praia de Copacabana e do Cristo Redentor. "Isso mostra que tivemos a requalificação da região portuária e da praça Mauá, que era uma área esquecida e degradada da cidade".

"Como carioca, não posso deixar de manifestar o orgulho pela maneira como os moradores do Rio souberam participar dos Jogos e receber os turistas estrangeiros e de todo o Brasil da forma mais amigável possível. Chegamos ao último dia dos Jogos Olímpicos com a certeza de que cumprimos nosso papel", concluiu Leonardo Picciani.
 

João Paulo Machado
Ascom - Ministério do Esporte

Exceto os do futebol, Bolsa Atleta patrocina todos os medalhistas brasileiros

À exceção das do futebol, todas as 17 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio até este sábado (20.8)  foram de patrocinados pelo Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Assim pode-se resumir o sucesso da iniciativa, que teve um balanço apresentado na Casa Brasil, no seminário “O Bolsa Atleta e a Evolução do Esporte Brasileiro”. São mais de R$ 600 milhões em uma década, completada em 2015, permitindo a cerca de 17 mil atletas se dedicarem aos treinamentos em alto nível.
 
Felipe Wu, primeiro medalhista brasileiro nestes Jogos. Foto: Francisco Medeiros/MEFelipe Wu, primeiro medalhista brasileiro nestes Jogos. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
Em 2016, são 6.152 atletas contemplados com investimento de R$ 80 milhões. Nos primeiros 10 anos, o programa concedeu mais de 43 mil bolsas. No encontro, estiveram presentes mais de 40 atletas olímpicos e paralímpicos. Um exemplo do que o incentivo pode significar na carreira foi dado por Felipe Wu, primeiro medalhista brasileiro nos Jogos de 2016, com a prata no tiro esportivo. Ele representou os atletas na cerimônia e explicou que o patrocínio, que recebe há oito anos, permitiu a manutenção dos treinamentos. “Melhorou meu nível pelo simples fato de não depender mais do meu pai. Desde que comecei a receber a bolsa, ajudou bastante no meu desenvolvimento”, contou.
 
O ex-ginasta olímpico Mosiah Rodrigues, coordenador do Bolsa Atleta, afirma que o grande diferencial do programa é que o atleta é o gestor dos recursos. “Cumprimos o papel de apoiar diretamente o atleta, sem passar por confederações ou entidades”, apontou.
 
Ex-atleta olímpico pela natação, Luiz Lima, atual secretário de Esporte de  Alto Rendimento do Ministério do Esporte, foi bolsista e frisou as dificuldades enfrentadas por quem pretende disputar uma Olimpíada. “É sacrificante. É preciso estar no lugar certo, ter clube, técnico, família apoiando, patrocínio. Não tenho dúvida de que o programa é um sucesso e tem um impacto muito bacana na vida dos atletas”, declarou.
 
Atletas do Badminton, Donnians Lucas, de 15 anos, e Ygor Coelho de Oliveira, que disputou os Jogos do Rio aos 19, explicam bem esse impacto. “A questão financeira da família melhora, principalmente para quem não tem estrutura”, diz Donnians. Carioca, Ygor disse que foi graças ao Bolsa Atleta que pôde morar três meses na Dinamarca e treinar hoje em Campinas. “Ajuda na minha alimentação, na estadia. Sem a bolsa, acho que não estaria nas Olimpíadas. Não conseguiria ser um atleta de alto rendimento”, concluiu.
 
Equipe Casa Brasil
 
 
 

Enfim, um dos mais aguardados ouros veio esculpido na química entre torcida e seleção

Demorou mais de seis décadas, cinco jogos, o desenrolar de 120 minutos e dez cobranças de pênaltis, mas enfim o Brasil encontrou os 18 ourives capazes de esculpir a medalha de ouro no futebol masculino. Vários chegaram perto de acertar a medida precisa. Erraram a mão em algum momento e a química não funcionou. Em Los Angeles 1984, Seul 1988 e Londres 2012, a cor saiu no tom prata. Em Atlanta 1996 e Sydney 2000, com a coloração bronze. Desta vez, a bancada era o Maracanã, o amarelo das arquibancadas indicava como a joia deveria ser feita e o placar de 1 x 1 no tempo normal, 0 x 0 na prorrogação e 5 x 4 nas penalidades contra a Alemanha deram o resultado perfeito.
 
Neymar corre para comemorar com os jogadores do banco o gol que definiu o título olímpico.(Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Neymar corre para comemorar com os jogadores do banco o gol que definiu o título olímpico.(Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
 
A medalha vale mais que o peso. A espera, entrega e sofrimento até o grito de “é campeão” neste sábado (20.08), no penúltimo dia dos Jogos Rio 2016, tem gostinho ainda mais especial. O alívio após a cobrança de Neymar, a última da série de cinco para cada time, após o alemão Nils Petersen desperdiçar a penalidade anterior, foi como uma catarse coletiva no Maracanã e pelo país.
 
"Essa é a conquista que almejávamos há muito tempo, um anseio grande, uma responsabilidade que todo time olímpico carrega por ser o desporto número um do pais. Acredito que essa fase passou e no futuro teremos tranquilidade maior para lidar com essa situação. Nosso futebol não está morto, acredito no potencial dos nossos jogadores e que podemos oferecer muito ao futebol mundial", afirmou o técnico da seleção olímpica, Rogério Micale.
 
Antes da disputa de pênaltis, o camisa 10 abrira o placar, em cobrança de falta perfeita, aos 26 minutos do primeiro tempo. O empate da Alemanha veio em tabela pela lateral que achou o camisa 7, Meyer, livre na área para completar para o fundo das redes, aos 13 minutos da segunda etapa. Uma jogada que silenciou o estádio e lembrou o recente pesadelo dos 7 x 1 na Copa de 2014.
 
» Leia também: Boulevard Olímpico ficou lotado para a comemoração histórica
 
"Foi uma marca muito difícil para o nosso futebol. Uma situação que gerou ampla discussão no nosso meio futebolístico. Mas, encaramos o jogo como uma partida de Olimpíadas, para enfrentar um time alemão que hoje tem excelência em fazer futebol. Mas tínhamos o sentimento de ter que dar uma resposta para o nosso povo e para o meio do futebol", afirmou Micale. 
Junto a técnico e time, o público se reergueu, voltou a incentivar, mas o gol não saía. As enfiadas de bola eram feitas, mas os atacantes Gabriel, Gabriel Jesus e Luan não concluíam bem.  Veio a prorrogação, o Brasil se mostrou melhor fisicamente, a Alemanha trocava passes na defesa sob vaias, mas diante da ansiedade da seleção, levou a partida para os pênaltis.
 
Nas duas primeiras batidas dos alemães, Weverton foi na bola e por pouco não defendeu. Um a um os atletas foram convertendo as cobranças, até que Petersen parou no goleiro do Brasil. Estava nos pés do nosso atleta mais talentoso inscrever o nome do país na medalha. Neymar deslocou o goleiro e bateu no alto. Agora, as peças estão no peito de todos os brasileiros.
"A gente tinha muita confiança de que dependia somente de nós. O jogo foi extremamente difícil, mas em nenhum momento a gente perdeu a concentração. Confiamos no propósito que a gente tinha e no trabalho que foi feito. Passamos uma dificuldade muito grande no começo, superamos, chegamos à final e conseguimos fazer um belíssimo jogo, com várias oportunidades, e coroamos com o título nos pênaltis, com uma emoção muito grande", comentou o zagueiro Rodrigo Caio.
 
Choro de Neymar após o pênalti que garantiu a ouro ao Brasil. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Choro de Neymar após o pênalti que garantiu a ouro ao Brasil. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Além disso, o título acaba com o tabu de a seleção nunca ter subido ao lugar mais alto do pódio, mesmo tendo tido grandes craques e equipes olímpicas. "Esse sonho não era só nosso, era de todo brasileiro e vai muito além de ganhar uma medalha", analisou o atacante Luan.
 
A pressão pela conquista inédita voltava à tona de quatro em quatro anos. A seleção mais vitoriosa em Mundiais, era também a única a vencer a Copa sem ter o ouro – considerando a Inglaterra como integrante da Grã-Bretanha. O meio-campista Renato Augusto deu a dimensão pessoal do feito alcançado nesta noite. "Nem no meu melhor sonho, teria sonhado com um momento tão especial".
 
Campanha
 
A seleção brasileira chegou para a disputa da final sem ter levado gol. Após dois empates em 0 x 0, contra África do Sul e Iraque, ambos no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, a equipe goleou a Dinamarca por 4 x 0 na Fonte Nova, em Salvador, pela terceira rodada do Grupo A. O resultado garantiu a classificação na liderança da chave.
 
Nas quartas de final, um duelo contra a Colômbia, que trouxe à tona os recentes embates entre as duas seleções principais na Copa de 2014, com vitória brasileira por 2 x 1, e na Copa América 2015, quando os colombianos venceram por 1 x 0. Nas Olimpíadas, a rivalidade, principalmente com Neymar, ficou clara e a partida teve vários momentos tensos. No fim, melhor para o Brasil, que venceu por 2 x 0.
 
Na semifinal, a seleção teve um reencontro especial com o Maracanã e com grande atuação ofensiva não deu chances à Honduras, goleando por 6 x 0 e garantindo a volta ao estádio três dias depois.  
 
Pódio de ouro brasileiro na única conquista do futebol que o Brasil ainda não tinha. (Foto: Brasil2016.gov.br)Pódio de ouro brasileiro na única conquista do futebol que o Brasil ainda não tinha. (Foto: Brasil2016.gov.br)
 
Rivalidade
 
A rivalidade entre Brasil e Alemanha, ampliada pela goleada na Copa do Mundo de 2014, é tema recorrente nas conversas entres os torcedores. Para uns, o jogo de hoje era uma oportunidade de vingança. Para outros, apenas a conquista do ouro interessava.
 
A armação gigante de seus óculos e a roupa confeccionada com bandeiras do Brasil destacavam da multidão o artista de rua Fábio Costa, o "Fabinho Caxotada". Ele compôs uma música para homenagear a seleção e pensa que a final olímpica foi o cenário perfeito para o Brasil apagar a história recente com os alemães. “Depois dos 7 x 1, o Brasil tem que ganhar hoje e mostrar seu valor. Não esquecemos aquela derrota. Ela mexeu muito com o brasileiro”, declarou, antes da partida.  
 
O alagoano, que mora no Rio de Janeiro há nove anos, ganha a vida com “serviços artísticos” em eventos, o que inclui, como traz seu cartão de visitas, atuações como sanfoneiro, músico de qualquer estilo, DJ, animador e até palhaço. Após executar sua composição e atrair olhares dos torcedores que chegavam ao estádio, Caxotada previu, com precisão: “É a hora da revanche”.
Grande fã de esporte, o analista de sistemas João Gilberto Teixeira trouxe o filho João Pedro, de 10 anos, para ver a tão aguardada disputa da medalha de ouro. Eles viajaram de São José dos Campos-SP especialmente para o Brasil x Alemanha e contavam os minutos para a abertura dos portões do Maracanã. “Final olímpica é uma experiência única, muito emocionante para nós”, analisou.
 
O alemão Rùdi Schuch veio de Frankfurt para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Ele andava pelos arredores do Maracanã chamando a atenção. Com balões presos a um chapéu nas cores da Alemanha, Rùdi a todo instante parava para tirar fotos. A viagem ao Brasil, segundo ele, está sendo maravilhosa. “Falaram de problemas da cidade, mas para mim está tudo ótimo. As pessoas são muito boas e cordiais”, elogiou. 
 
O alemão acredita que a rivalidade entre os países só existe no esporte e brinca com a goleada na Copa. “Primeiramente, desculpe pelos 7 x 1”, provocou. “Na verdade, essa rivalidade existe só dentro de campo e estou sendo muito bem tratado aqui”, afirmou. 
 
 
Gabriel Fialho e Rafael Brais. Colaborou Ana Cláudia Felizola - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 
 

Brasil e Japão discutem acordo de cooperação esportiva entre os países

Com o objetivo de discutir parcerias esportivas e aproveitar a experiência brasileira na organização dos Jogos Rio 2016, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontrou, nesta sexta-feira (19.08), no Museu Cidade Olímpica, ao lado do Estádio Olímpico (Engenhão), no Rio de Janeiro, com o ministro da Educação, Cultura, Ciências, Tecnologia e Esporte do Japão, Hirokazu Matsuno.
 
Ministro Leonardo Picciani recebeu representantes do governo japonês na Nave do Conhecimento, ao lado do Estádio Olímpico. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brMinistro Leonardo Picciani recebeu representantes do governo japonês na Nave do Conhecimento, ao lado do Estádio Olímpico. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
"O Japão tem uma ligação histórica com o Brasil por conta dos milhares de imigrantes nipônicos que ajudaram a construir o nosso país. Vários esportes de origem japonesa também são amados pelos brasileiros como, por exemplo, o judô e o jiu-jítsu. Portanto, o Brasil está sempre disposto a colaborar com o Japão, principalmente no esporte", afirmou Leonardo Picciani.
 
O Japão receberá a próxima edição dos Jogos Olímpicos, em 2020, na capital Tóquio. Por isso, o ministro japonês garantiu que uma cooperação entre os dois países seria importante para a comunidade olímpica. "O Brasil está realizando uma edição excepcional dos Jogos Olímpicos. Queremos aprender com a experiência brasileira". Ainda de acordo com Matsuno, "O Brasil e o Rio de Janeiro souberam utilizar as olimpíadas como plataforma de desenvolvimento social e econômico".
 
Leonardo Picciani destacou para o ministro japonês que, em decorrência da parceria entre governo e iniciativa privada, os Jogos do Rio de Janeiro foram um dos mais baratos da história. "Precisamos ressaltar: os Jogos Rio 2016 foram baratos, sem gastos exagerados. Contamos com um grande apoio da iniciativa privada", contou Picciani.
 
Torcida por Neymar
 
Ao fim da reunião, o ministro Hirokazu Matsuno disse a Picciani que os japoneses estão ansiosos e torcem pela vitória da seleção brasileira diante da Alemanha, na final do torneio olímpico de futebol masculino, marcada para este sábado (20.08), às 17h30
 
Em Tóquio-2020, cinco novos esportes vão fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos: beisebol/softbol, caratê, skateboard, alpinismo e surfe.
 
João Paulo Machado, Brasil2016.gov.br

Prata ao lado de Erlon, Isaquias se torna primeiro brasileiro com três medalhas em apenas uma edição dos Jogos

Isaquias Queiroz já era o maior atleta da história da canoagem de velocidade no Brasil antes mesmo de os Jogos Olímpicos Rio 2016 começarem. O baiano de Ubaitaba foi o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha em um Mundial da modalidade. Na terça (16.08), também se tornou o primeiro brasileiro a subir ao pódio na modalidade em Olimpíadas ao levar a prata na C1 1000m. Mas Isaquias foi além. Conquistou o bronze na C1 200m e outra prata, neste sábado (20.8), desta vez na C2 1000m, ao lado de Erlon Souza. Com isso, se tornou o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição de Jogos Olímpicos.

Isaquias (dir) passou a ser o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas na mesma Olimpíada. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Isaquias (dir) passou a ser o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas na mesma Olimpíada. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)

O feito é tão impressionante que uma campanha nas redes sociais sugeriu mudar o nome da Lagoa Rodrigo de Freitas para Lagoa Isaquias Queiroz. “Fiquei surpreso para caramba, mas fiquei muito feliz. Um atleta que nunca tinha ganhado medalha na Olimpíada e o pessoal ter esse carinho”, festejou Isaquias, que entrou nos Jogos Olímpicos com o objetivo de três medalhas em três provas. “Eu me dediquei para tentar fazer história e a gente conseguiu. É a força de vontade de querer mostrar o trabalho da canoagem do Brasil. As três medalhas não são só minhas. São do Brasil, da canoagem, da Bahia”, disse o atleta de 22 anos, que começou no esporte quando tinha 11, por meio do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Com o resultado expressivo, Isaquias foi anunciado nesta sábado como porta-bandeira da delegação brasileira na Cerimônia de Encerramento dos Jogos, marcada para este domingo, no Maracanã.

A dimensão das conquistas de Isaquias também pode ser medida com uma brincadeira que costuma ser feita com multimedalhistas olímpicos como Bolt e Phelps. Se o canoísta brasileiro fosse um país, em que posição ele estaria no quadro de medalhas dos Jogos Rio 2016? Com duas pratas e um bronze, Isaquias estaria, até a tarde deste sábado, em 61º lugar, à frente de países como Irlanda, México, Noruega, Israel e Portugal.

Carinho da torcida 

Os agradecimentos de Isaquias incluíram, especialmente, seu companheiro na C2 1000m, Erlon Souza, e a torcida brasileira. “Queria ajudar o Erlon a ganhar uma medalha porque ele me ajudou muito durante esses três, quatro anos. Eu acho que ele merecia sair daqui com a medalha. Queria que fosse de ouro, mas acho que a de prata está de bom tamanho”, afirmou o canoísta. “A minha medalha de ouro foi o público, o carinho da torcida. Ver esse público cantar o hino nacional, vir todos os dias aqui. Estou muito feliz e tenho que agradecer muito à torcida brasileira.”

A torcida que lotou as arquibancadas da Lagoa Rodrigo de Freitas no último dia da canoagem velocidade nos Jogos Olímpicos Rio 2016 fez festa para Isaquias e Erlon desde o início das competições até a despedida final dos atletas. “Olelê! Olalá! O Isaquias vem aí e o bicho vai pegar”, cantavam os torcedores antes da dupla entrar na água. Quando a prova começou, às 9h22, aplausos e gritos de incentivo durante os 3 minutos, 44 segundos e 819 centésimos que os brasileiros levaram para cruzar a linha de chegada.

Após cruzar a linha de chegada, Isaquias agradece à torcida, enquanto Erlon não consegue conter as lágrimas. Fotos: Danilo Borges/Brasil2016Após cruzar a linha de chegada, Isaquias agradece à torcida, enquanto Erlon não consegue conter as lágrimas. Fotos: Danilo Borges/Brasil2016

Embora tenham liderado a prova desde o início, Isaquias e Erlon não conseguiram evitar o ouro dos alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey, que com um arranque impressionante nos últimos 150 metros, ultrapassaram os brasileiros e garantiram o primeiro lugar ao terminar a prova com 3min43s912. O bronze foi para os ucranianos Ianchuk e Mishcuk, com 3:45.949.

Para os brasileiros, a prata teve um sabor especial. “A gente sabe o que a gente passou e o que a gente passa no centro de treinamento. Não é fácil carregar uma medalha dessa. Não é fácil dormir e acordar pensando no treino. Então eu acho que é merecida. Não deu para conter as lágrimas no final, porque a gente batalhou muito. Quando você chega no fim e vê que seu trabalho foi concluído, não dá para não se emocionar e agradecer”, disse Erlon.

Depois da prova, os dois canoístas também receberam muito calor dos torcedores. Muitas pessoas fizeram questão de ir até as grades da zona mista para ver os atletas passarem, tentar uma selfie e gritar palavras de carinho. Antes de ir para a entrevista coletiva, Isaquias fez questão de ir para o meio do povo que o esperava, posar para fotos e distribuir sorrisos e acenos. Erlon também foi muito aplaudido.   

Férias merecidas

Também baiano, mas de Ubatã, Erlon Souza foi descoberto no programa Segundo Tempo, assim como seu parceiro de prova. Como só competiu na C2 1000m, o canoísta não escondeu que estava ansioso para entrar na água após ver o amigo Isaquias brilhar. “Desde segunda estou querendo entrar na água, competir. E conforme Isaquias foi competindo e eu vendo que estava dando tudo certo, a ânsia por uma medalha foi crescendo. Graças a Deus a gente conseguiu esse feito histórico. Estamos saindo com sentimento de dever cumprido e agora é férias”, brincou Erlon.

Perguntado quanto tempo de férias vai tirar, o canoísta disse que vai depender do técnico Jesús Morlan. Mas Isaquias avisou que já acertou com o treinador espanhol. “Já combinei férias até janeiro. O treinador falou que se eu conseguisse duas medalhas, teria férias até novembro. Falei então que com três seria até janeiro”, divertiu-se.

Após o merecido descanso, será a hora de recomeçar. A meta é chegar à sonhada medalha de ouro nos próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020. “Com certeza vamos buscar o ouro em Tóquio”, projetou Isaquias. “Aqui não deu, mas acho que em Tóquio esse ouro vem”, completou Erlon.

Investimentos

Em 2010, o Ministério do Esporte celebrou convênio com a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) no valor de R$ 2,1 milhões para estruturação de centros da modalidade no país. Já por meio do Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual do mundo, entre 2012 e 2015 o Ministério investiu R$ 5,4 milhões na concessão de 433 bolsas, nas categorias Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica. Quatro atletas, entre eles Isaquias e Erlon, são patrocinados pela Bolsa Pódio, a mais alta do programa e criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Rio 2016, num aporte de R$ 960 mil.

 

Mateus Baeta - brasil2016.gov.br

Promessa para Vitória: Maicon Siqueira destaca apoio familiar no caminho que o levou à medalha de bronze

Muito mais que um nome marcante, Vitória Andrade foi reconhecida pelo filho Maicon Siqueira como pilar fundamental nas vitórias no taekwondo. A mais importante da carreira veio no sábado (20.08): o bronze que o consagrou como último medalhista olímpico do Parque Olímpico da Barra na Rio 2016.
 
A importância de Vitória para Maicon já estava evidente logo depois que ele derrotou o britânico Mahana Cho na última luta. A medalha saiu quase imediatamente do pescoço dele para o da mãe na arquibancada da Arena Carioca 3.
 
Naquele momento, o abraço premiado representou uma promessa cumprida. Em 2014, Vitória foi hospitalizada com diagnóstico de câncer de mama. Maicon conta que ver a mãe naquele estado, sem os cabelos por conta da quimioterapia, foi um choque, mesmo para quem já estava acostumado a lidar com as dificuldades de trabalhar como ajudante de pedreiro e garçom pra sustentar a família.
 
Apoio da mãe foi fundamental na coquista da medalha de bronze. (Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br)Apoio da mãe foi fundamental na coquista da medalha de bronze. (Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br)
 
Naquele momento, ele pensou em desistir da carreira para cuidar da mãe. Mesmo na cama de hospital, Vitória foi forte para dar apoio ao filho e fazer com que ele insistisse no sonho olímpico. A preocupação era tanta que ela pediu para a irmã de Maicon não avisá-lo sobre a internação.
 
"Lembro que falei com ela que iria desistir, já tinha falado com meu treinador. Ela falou: 'Não desiste por causa da minha doença. Eu vou superar, e se Deus quiser, vou estar nos Jogos Olímpicos com você'. Eu respondi: 'Mãe, vou realizar esse sonho, vou levar a senhora para os Jogos Olímpicos e vou colocar a medalha no seu pescoço'. E foi o que aconteceu", contou Maicon.
 
Dali surgiu o combustível para que o mineiro de Justinópolis (distrito de Ribeirão das Neves) seguisse determinado. A promessa encontrou barreiras até que fosse cumprida. Maicon deixou de disputar torneios importantes no ciclo olímpico, como o Pan-Americano e o Mundial de taekwondo, em função de uma fratura na perna. Ele precisou então de um esforço ainda maior para subir no ranking a ponto de lutar por vaga na seletiva para os Jogos.
 
Antes do torneio em março, Maicon ainda lidou com a possibilidade de enfrentar Anderson Silva, que planejava ir para a Rio-2016 no taekwondo, mas o campeão do UFC desistiu. O principal rival na categoria (+80kg) era Guilherme Felix, a quem ele derrotou na primeira luta. No fim, após vencer André Bilia, ele cumpriu a primeira parte da promessa.
 
Maicon segue a filosofia de que os treinos representam a maior dificuldade, e que a competição deve ser encarada com alegria para que o atleta dê seu melhor. Só que o torneio olímpico mandou mais um obstáculo forte ao sonho do lutador: as quartas-de-final contra Abdoulrazak Issoufou Alfaga, do Níger. Ele precisou de força mental e do apoio da psicóloga para lidar com a derrota que o levou à repescagem.
 
"Muitos não sabem lidar, tem que ter cabeça forte. Eu disse para a Cris (psicóloga) que perdi essa luta mas a guerra não acabou. Mentalizei minha luta, ela me pediu pra manter a frieza e buscar o Maicon que estava com sangue nos olhos. Consegui puxar o Maicon do início da competição. Só consegue fazer isso com muito trabalho, é uma técnica complexa. Além disso, ainda fiquei de olho na luta do britânico que foi meu adversário depois que venci o francês", comentou.
 
A própria luta final quase encerrou o sonho da medalha. Contra o britânico Mahama Cho, o brasileiro travou uma luta tensa, em que marcou o primeiro ponto, mas viu o adversário virar para 3 x 1. Maicon não se intimidou, reverteu a vantagem do rival, fez 4 x 3 e, ao final, chegou ao bronze com uma vitória por 5 x 4.
 
Naquela hora, passou um filme na cabeça de tudo que Maicon fez, as dificuldades e alegrias da carreira. Naturalmente, a promessa em 2014 surgiu à mente depois de cumprida, e na hora da "transmissão" da medalha, ele disse: "Essa é sua, mãe".
"Minha mãe é a base de tudo, é meu pilar. Quando estou em dúvida, ela sempre tem uma resposta. O mínimo que posso fazer por ela é cumprir essa promessa. Não conseguiria nem em três gerações fazer por ela o que ela fez por mim", afirmou Maicon, em coletiva após a vitória.
 
Maicon Siqueira se prepara agora para a sequência da carreira pós-medalha. O plano dele é trabalhar com os técnicos rumo aos Jogos de Tóquio-2020. Até lá, ele tem noção de que se tornou uma referencia no taekwondo.
 
"Consegui alcançar o objetivo. Tivemos referência da Natalia e do Diogo, mas o masculino ainda não tinha medalha olímpica. Sinto, sim, a responsabilidade. Isso motiva todo mundo, a modalidade vai crescer ainda mais com a visibilidade da medalha. Pessoas vão olhar mais pro taekwondo", analisou.
 
Rodrigo Vasconcelos, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Esporte e educação são tema de seminário na Casa Brasil

A Casa Brasil recebeu na tarde do sábado (20.08) o seminário "Esporte Educacional: Programas Estratégicos", realizado pela Secretaria de Esporte, Lazer e Inclusão Social (SNELIS) do Ministério do Esporte. O objetivo foi mostrar a importância do esporte educacional na formação de crianças e jovens, apresentando diversas ações estratégicas.
 
Projeto Segundo Tempo foi destaque em Seminário sobre esporte e educação. (Foto: Rafael Azeredo/Casa Brasil)Projeto Segundo Tempo foi destaque em Seminário sobre esporte e educação. (Foto: Rafael Azeredo/Casa Brasil)
 
O projeto Segundo Tempo, o primeiro divulgado no evento, é um dos maiores programas do gênero em nível mundial e já atendeu, aproximadamente, 4 milhões de crianças e adolescentes. Mais de 29.700 profissionais foram treinados presencialmente. "Através deste projeto, buscamos apresentar a vida para as crianças e jovens através do esporte", disse o doutor em Educação Física, Amauri Bassoli. Na sequência, o coordenador-geral de Avaliação de Convênios do Ministério do Esporte, Célio René, conversou com o público sobre lutas, esportes de combate e defendeu a arte marcial como elemento pedagógico.
 
O professor Ormandino Barcelos, conhecido por ser um dos maiores responsáveis pela identificação de talentos do atletismo entre crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, também palestrou e apresentou seu programa social. Ele afirmou que acredita na capacidade de superação através do esporte e no seu poder de influenciar a vida de jovens e crianças. "Não existe o impossível quando se tem um ideal. Enquanto nos emocionamos com o que fazemos, é possível", disse, entusiasmado, ao falar sobre a influência de seu projeto na vida de crianças e jovens e na formação deles como cidadãos.
 
O comandante da Marinha, José Reis, concordou com o professor Ormandino e ainda complementou que todos estes projetos sociais, que buscam o esporte como um dos alicerces da educação, permitirão que o Brasil ainda se torne uma potência olímpica. José Reis acredita na possibilidade que verdadeiros atletas de alto rendimento sejam identificados muito cedo. "Acredito na transformação do Brasil em um país melhor do que hoje, por meio de um esforço conjunto, de todas as esferas e por meio do esporte", salientou o comandante.
 
O último palestrante da tarde foi Luis Fernando de Paula, que buscou abordar a real importância dos valores psicológicos para os esportistas. O ex-atleta, que também recebeu auxílio de programas sociais no início de sua carreira, diz acreditar muito no que um projeto social faz na vida de um cidadão. "Eu sou prova disso", afirmou, encerrando o evento.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Ministério do Esporte debate sobre o “Esporte Educacional: Programas Estratégicos”

 
O funcionamento de um centro de treinamento para identificação de atletas, o desenvolvimento desses talentos no esporte, conjugado a uma estrutura escolar e psicológica, serão os temas do seminário: “Esporte Educacional: Programas Estratégicos”. O evento é promovido pela Secretaria de Esporte, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), do Ministério do Esporte, que será  realizado neste sábado (20.08), de 14 às 16h, no Armazém 2, da Casa Brasil (RJ).
 
 
Estarão presentes o Secretário Nacional de Educação, Esporte, Lazer e Inclusão Social (Snelis), do Ministério do Esporte, Leandro Cruz e terá como palestrantes o Coordenador Geral de Avaliação de Convênios (ME) , Célio René; do doutor em Educação Física, da Universidade Estadual de Maringá (PR), Amauri Bássoli; e do Professor Ormandinho Rodrigues Barcelos, da Comissão de Desportos da Aeronáutica, idealizador do Núcleo Desportivo de Atletismo para crianças carentes, programa social de incentivo à prática esportiva, apoiado pelo Ministério do Esporte.
 
Programação
 
14h – Abertura do Seminário - Caio Márcio de Barros Filho - Coordenador Geral de Integração de Políticas e Programas do Ministério do Esporte. 
14h05 - Boas Vindas aos participantes - Leandro Cruz Fróes da Silva -  Secretário Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social.
14h15 – Esporte Educacional - Palestrante – Amauri Aparecido Bássoli Oliveira - Professor Doutor da Universidade Estadual de Maringá (PR).
14h35 – Lutas, artes marciais – Esportes de combate - Palestrante – Célio René Trindade Vieira - Coordenador Geral do Departamento de Desenvolvimento e Acompanhamento de Políticas Intersetoriais do Ministério do Esporte
14h55 – A identificação de talentos do atletismo em locais de vulnerabilidade social –       Palestrante – Professor Ormandino Rodrigues Barcelos  
15h10  - O funcionamento de um Centro de Atendimento - Palestrante - Comandante José Reis, do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes CEFAN) - RJ
15h25 – O aspecto psicológico no desenvolvimento de um atleta oriundo de programa social - Palestrante - Luis Fernando de Paula -  professor e técnico do atleta olímpico Paulo Roberto de Paula,   beneficiado pelo Programa Segundo Tempo / Forças no Esporte
 
Serviço: Seminário Esporte Educacional: Programa Estratégico da SNELIS
Data: 20.08 (sábado) 
Horário: 14h às 16h
Local: Casa Brasil – Armazém 02- Praça Mauá, centro, RJ
Informações: Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte - Valéria Barbarotto (11) 973141508
 
 

Aviso de Pauta - Atletas falam sobre o apoio do Programa Bolsa Atleta em suas carreiras

 
Neste sábado (20.08), das 10h às 12h, acontece no Armazém 2, da Casa Brasil, um bate-papo interativo sobre o Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual de atletas do mundo.
 
O  evento terá a participação do Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, do Ministério do Esporte, o ex-atleta e ex-bolsista, e nadador Luiz Lima, prata no Pan de 1995, nos 400m e 1.500m livre;  do coordenador do Programa, o ex-ginasta Mosiah Rodrigues, prata e bronze no Pan de Santo Domingo em 2003, e dos bolsistas e atletas do tiro com arco, Marcelo da Silva Costa Filho e, Ane Marcelle Gomes dos Santos, participante dos Jogos Rio 2016.
 
No encontro serão apresentadas as diretrizes do Programa, e os relatos das experiências dos atletas que recebem o incentivo do Governo Federal. Estarão presentes mais de 40 atletas olímpicos e paralímpicos e de diversas modalidades e categorias do programa.
 
O Bolsa Atleta beneficia aproximadamente 17 mil atletas e paraatletas brasileiros. Nesta edição das Olimpíadas, 77% da delegação, recorde do Brasil na história dos Jogos, contam com o patrocínio do programa. Entre os beneficiados estão os responsáveis pelas duas primeiras medalhas brasileiras: Rafaela Silva, ouro no judô, e Felipe Wu, prata no tiro esportivo.
Com mais de uma década de atuação, o programa concedeu mais de 43 mil bolsas, num investimento superior a R$ 600 milhões. Somente no exercício de 2016, 6.152 atletas estão contemplados, o que representa um investimento de R$ 80 milhões.
 
Serviço: Apresentação do Programa Bolsa Atleta
Data: 20.08 (sábado) 
Horário: 10h às 12h
Local: Casa Brasil – Armazém 02- Praça Mauá, centro, RJ
Mais informações:  Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte 
Valeria Barbarotto – (11) 97314-1508
 
Ascom - MInistério do Esporte
 
 

O final feliz da fábula “O Mamute e o Mágico”: Alison e Bruno são ouro no vôlei de praia

Era uma vez um Mamute e um Mágico. Eles tinham a mesma paixão: o vôlei de praia. Grandão, com 2.03m, o Mamute era o terror dos adversários, um paredão muitas vezes intransponível. O Mágico, por sua vez, baixo para os padrões do esporte (1,85m), aprendeu a defender de forma tão incrível que só a magia poderia explicar. Como atletas, compartilhavam o sonho de ganhar o ouro olímpico. Pouco depois de passar perto disso, em Londres 2012, o Mamute viu no Mágico o parceiro que poderia acompanhá-lo na nova tentativa.

Alison e Bruno emocionados no pódio na Arena de Copacabana. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Alison e Bruno emocionados no pódio na Arena de Copacabana. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)

Já amigos de outras épocas, tendo jogado juntos no início da carreira, os dois foram criando sintonia, fazendo crescer a parceria. Na noite desta quinta (18.08), o Mamute foi ainda mais gigante – no bloqueio e na superação –, e o Mágico usou seus truques como nunca. Eles venceram os italianos Nicolai e Lupo por 2 sets a 0 (21/19 e 21/17) na Arena de Copacabana e se tornaram campeões olímpicos do vôlei de praia nos Jogos Rio 2016. O bronze ficou com os holandeses Brouwer e Meeuwsen.

Passaram-se 12 anos desde a conquista de Ricardo e Emanuel, em Atenas 2004. Mais do que devolver o Brasil ao lugar mais alto do pódio, Alison e Bruno o fizeram diante da torcida brasileira, que resistiu à chuva para testemunhar a história. Copacabana está em festa.

"Quem fez a diferença nesta Olimpíada foi a torcida, mereceu, esteve no nosso lado nos momentos difíceis. Se fizer a retrospectiva dos nossos jogos: vento, chuva, jogos à meia-noite, quatro da tarde, onze da manhã, teve de tudo. Mas um atleta tem que passar por isso para ser campeão, com humildade e acreditando", disse Alison, que também teve que lidar com uma torção no tornozelo no terceiro jogo.

O caminho até a decisão

Nicolai e Lupo perderam dois jogos na primeira fase e tiveram que passar pela repescagem para seguir na competição. Na sequência, venceram os compatriotas Ranghieri e Carambula nas oitavas e derrotaram duas duplas russas até chegarem à decisão. Já os brasileiros sofreram apenas uma derrota, para os austríacos Doppler e Horst, na fase de grupos. No mata-mata, passaram por espanhóis, norte-americanos – com o campeão de Pequim 2008, Phil Dalhausser, em quadra – e holandeses no caminho até a final.  

"Eu batalhei tanto para estar aqui, mas não sabia que ia ser tão difícil. As chaves que a gente pegou, ter os americanos logo nas quartas, o sonho podia ter acabado ali com uma dupla com o  Phil. Então estou exausto. Tive que lidar com tanta ansiedade. Eu não dormi. De ontem para hoje eu acho que dormi umas duas horas só. Todo mundo dizendo 'traz a medalha, é ouro, é ouro', querendo ajudar, mas de certa forma é muita pressão. Você acaba se cobrando mais, não aceitando seus erros. Realmente foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, mas também veio com o melhor gostinho”, revelou Bruno.

Bruno Schmidt salta para defender o ataque dos italianos. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Bruno Schmidt salta para defender o ataque dos italianos. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)

Foram os 15 dias das maiores angústias da minha vida, não só pelo que eu estava sentindo, mas pela importância do evento, pela responsabilidade e por tudo o que o Bruno estava sentindo. Ficou 15 dias sem dormir, ligando para a gente de noite, passando mensagem. Esse menino passou por uma Via Crucis, e o mais importante é que conseguiu se superar dentro de quadra. É a força de um campeão", completou Luiz Felipe Schmidt, pai, responsável por Bruno ter começado no esporte e o maior alicerce do pequeno Mágico. 

"Todo mundo sabe a dificuldade de um jogador do meu porte de permanecer no esporte. Cada dia foi uma luta, e às vezes era uma luta cansativa demais. Eu comentava com meu pai e perguntava: ‘Não estou perdendo tempo? Estou insistindo numa coisa em que não sou bem-vindo?’ Ele nunca me deixou manter esse pensamento, nunca me deixou parar. Eu dedico muito a ele, que sempre acreditou em mim mais do que eu mesmo", afirmou Bruno.

O jogo

Sob chuva, os italianos forçaram o saque, fizeram um início de jogo impecável e abriram 1/5. Os brasileiros pediram tempo e, na volta, Nicolai errou o serviço. Alison e Bruno respiraram. Um ace de Bruno levantou a torcida, que estava tensa, e um ataque italiano para fora fez os anfitriões encostarem (5/6). Alison se agigantou na rede para empatar em 8/8 e Bruno atacou no fundo para deixar os brasileiros na frente. A arena tremeu. Bruno mandou a bola no fundo de quadra para encerrar belo rali e fazer 13/10. Alison pediu mais gritos.

A pressão aumentou para os italianos. O Mamute soltou o braço na diagonal (17/14), mas errou dois ataques logo depois e os europeus empataram (17/17). Jogando em cima de Alison, os italianos fizeram 18/19.  Nicolai não se perdoou ao atacar para fora e dar o set point aos adversários (20/19). Tempo. Na volta, só deu tempo para o Mamute fazer o paredão e encerrar a parcial (21/19).

No segundo set, um ace de Alison fez 3/2 e os italianos decidiram parar o jogo. Foi a deixa para a torcida crescer de novo. Nicolai foi o paredão da vez para empatar em 4/4. A estratégia continuava a ser o jogo em Alison, testando os limites do brasileiro, que viu os italianos abrirem 8/11. Uma pancada do Mamute diminuiu a diferença em 9/11 e, com seus 2,03m, parou Lupo duas vezes no bloqueio para empatar (11/11).

Alison sobe alto para o bloqueio: Mamute foi decisivo na vitória que rendeu o ouro olímpico. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Alison sobe alto para o bloqueio: Mamute foi decisivo na vitória que rendeu o ouro olímpico. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)

O equilíbrio foi a tônica dos pontos seguintes, até que – de novo ele – Alison bloqueou para abrir 16/14. Se os italianos queriam testá-lo, ele respondia com pontos. O Mágico completava o time pegando tudo que passava pelos braços do parceiro. O ouro foi se desenhando. Bruno atacou no fundo e fez 19/15. Os italianos reagiram. Era a hora da calma. A arena virou vaias. Nicolai sacou para fora: match point. Teve rali e teve emoção no último ponto: nem deu para saber direito o que o juiz marcou, mas o braço indicava o ponto para os brasileiros: 21/17. O Mamute e o Mágico conseguiram.

A superação e o auge

Esta foi a segunda Olimpíada de Alison e a estreia já foi com pódio: com Emanuel, conquistou a prata em Londres 2012. A parceria com Bruno teve início no fim de 2013. Alison passou por uma cirurgia no joelho direito no fim de 2014 e ainda teve que encarar uma apendicite em março, mas o processo de recuperação só fortaleceu a dupla. O time fez quatro torneios ruins no retorno, mas não demorou a “embalar” e conquistou o Campeonato Mundial, em julho de 2015, superando a dupla anfitriã na Holanda. Ainda venceram mais quatro etapas do circuito no segundo semestre e foram campeões da temporada. A vitória no World Tour Final, em outubro, coroou o ano de superação e conquistas. O auge viria meses depois, no Rio 2016.

"Você não vem a uma Olimpíada apenas saindo de  casa, você  tem que ter uma história. Em 2014, compramos um terreno. Em 2015, subimos a nossa casa. Em 2016, nós a pintamos. Superamos grandes dificuldades. Parei para operar o joelho, quando ia para a reestreia, tive apendicite. Na volta, foram quatro resultados ruins. Em nenhum momento, um deixou de acreditar no outro. E tudo começou a dar certo. As derrotas ensinam. Batemos recordes, ganhamos seis torneios consecutivos. Nunca deixamos de acreditar e esse é o diferencial do nosso time", afirmou Alison.

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

 
 
Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla