Brasil apresenta o Plano de Legado dos Jogos. Instalações olímpicas integrarão a Rede Nacional de Treinamento
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Publicado em Sexta, 05 Agosto 2016 11:06
As instalações do Parque Olímpico da Barra da Tijuca e do Complexo Esportivo de Deodoro integrarão a Rede Nacional de Treinamento, dando continuidade ao desenvolvimento do esporte de base e o de alto rendimento, anunciou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, na tarde da última quinta-feira (04.08), ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Arena da Juventude, no Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro)
Eles apresentaram, no auditório do Rio Media Center, o plano de legado das instalações esportivas construídas e reformadas para os Jogos Rio 2016, e o destino dos equipamentos e materiais esportivos adquiridos para o megaevento. O plano é resultado da parceria entre os dois entes, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil, do Comitê Paralímpico Brasileiro e das diversas entidades esportivas do país.
"A formação do legado olímpico é a principal prioridade do Ministério do Esporte. Os Jogos Olímpicos duram 16 dias e os Jogos Paralímpicos duram 11 dias, mas o fundamental é que esses equipamentos fiquem para o Rio de Janeiro, para o país e para as futuras gerações", afirmou Picciani.
Segundo o plano apresentado pelo ministro, as instalações na Barra da Tijuca e em Deodoro integrarão os Centros Olímpicos de Treinamento (COT). A gestão e a manutenção das instalações ficarão a cargo da iniciativa privada, do Exército Brasileiro e das confederações esportivas, por meio de convênios com o Ministério do Esporte.
"A Rede Nacional de Treinamento será o carro-chefe do nosso plano de legado. Os repasses de recursos estarão vinculados a projetos realizados dentro das instalações da Rede. O Plano de Legado do Governo Federal é baseado nesta rede e vai unificar todos os equipamentos esportivos do Ministério do Esporte no país, desde dos centros de iniciação locais até os centros de alto rendimento", explicou o ministro.
Parcerias
Na Barra da Tijuca, a responsabilidade será de Parceria Público-Privada (PPP) da Prefeitura do Rio, com a participação de confederações. "É uma concessão que foi lançada no dia 30 de junho. O objetivo desta PPP é a manutenção e operação das instalações do Parque Olímpico. O complexo também ganha uma pista de atletismo que é uma obrigação da PPP na construção do local", ressaltou o prefeito Eduardo Paes.
Já no Complexo Esportivo de Deodoro, a gestão vai ser realizada pelo Exército Brasileiro em parceria com entidades esportivas. Na região, o Parque Radical, com os circuitos de canoagem slalom, mountain bike e a pista de BMX, será concedido à Prefeitura do Rio, permitindo o desenvolvimento do esporte - atribuição das confederações - e a oferta de lazer para a comunidade.
"A gente reafirma o nosso compromisso de fomentar e promover as atividades esportivas em áreas que estão sob cuidado da prefeitura como o Parque da Barra e o Parque Radical e a prefeitura se compromete a disponibilizar dentro do calendário de competições esses equipamentos para o uso esportivo", disse o ministro do Esporte, Leonardo Picciani.
Rede Nacional
A Rede Nacional de Treinamento foi criada pela Lei 12.395/2011, com o objetivo de interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas. Também pretende aprimorar e permitir o intercâmbio entre técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte.
A gestão das instalações, com foco no desenvolvimento do esporte, da iniciação ao alto rendimento, seguirá as diretrizes da rede, publicadas pelo Ministério do Esporte no
Diário Oficial da União na última terça-feira (02.08).
A rede será composta por instalações construídas e equipadas pelo Ministério do Esporte, em parceria com entidades esportivas, prefeituras e governos estaduais. Entre elas, instalações fora do Rio de Janeiro (RJ), como o Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA), a Arena Caixa de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP), o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF), o Velódromo de Indaiatuba (SP), o Centro de Canoagem, em Foz do Iguaçu (PR), o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, que comporta 15 modalidades, em São Paulo (SP), o Centro de Desenvolvimento do Handebol, em São Bernardo do Campo (SP) e o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE). E instalações equipadas, como os 16 centros de ginástica, montados em 13 cidades brasileiras e os 29 clubes e ginásios de basquete em todo o país, entre outras.
Equipamentos e materiais esportivos
Outro importante legado dos Jogos Rio 2016 é formado por 216 tipos de materiais e equipamentos esportivos adquiridos pela União, com investimento de R$ 118,7 milhões. Com o encerramento das competições, parte desses itens ficará com as Forças Armadas e o restante será destinado a prefeituras e governos estaduais, além de confederações. O Ministério do Esporte lançará edital de chamada pública para a seleção de interessados.
Entre os itens, estão piscinas e pisos oficiais para badminton, tênis de mesa, handebol, pentatlo moderno, bocha, goalball, boxe, esgrima e rúgbi em cadeira de rodas. Além disso, foram adquiridos materiais esportivos do atletismo, do halterofilismo, do levantamento de peso e do taekwondo.
Os mais de 2.800 equipamentos e materiais esportivos adquiridos pelo Comitê Organizador Rio 2016 também poderão ser doados após as competições. No início de julho, o Ministério do Esporte estabeleceu as diretrizes para o processo. Como foram adquiridos com isenção fiscal, esses itens continuarão isentos se forem doados a escolas e universidades (federais, estaduais ou municipais) e às Forças Armadas. Caso a doação seja feita a confederações, clubes ou outras entidades privadas, o Ministério do Esporte certificará a entidade e validará o projeto de uso. De posse do certificado de validação do projeto, o Comitê Rio 2016 encaminha a documentação à Receita Federal para que os equipamentos possam ser doados mantendo-se a isenção fiscal.
Laboratório de Controle de Dopagem
A construção e a equipagem da nova sede do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), instalado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e a reforma e construção de instalações esportivas em unidades militares no Rio de Janeiro (RJ) completam o legado dos Jogos. Para a construção da nova sede, o LBCD recebeu investimentos de R$ 151,3 milhões do Governo Federal, além de outros R$ 74,6 milhões para a compra de equipamentos e materiais. O laboratório foi reacreditado pela Agência Mundial Antidopagem em maio de 2015, passando a ser o 34º do mundo credenciado pela instituição e o segundo da América do Sul. O outro fica em Bogotá, na Colômbia.
A tecnologia do controle de dopagem é a mais sofisticada possível, e cadeias produtivas de vários setores dependem de análises químicas qualificadas como as que são desenvolvidas para essa finalidade. O Brasil, portanto, ganhará conhecimento técnico-científico, porque o LBCD, além de fazer análises de sangue e urina para identificar dopagem, continuará atuando em pesquisas científicas e tecnológicas em diversas áreas, no ensino acadêmico e na formação de profissionais especializados.
Os investimentos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ ultrapassaram R$ 200 milhões. As instalações esportivas já estão sendo usadas como locais de treinamento das delegações brasileira e estrangeiras. Após as competições, serão incorporadas à Rede Nacional de Treinamento. Os investimentos em unidades militares foram feitos no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Escola Naval, na Universidade da Força Aérea (Unifa), no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e no Clube da Aeronáutica (Caer).
Michelle Abílio - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
Carlos Alberto Torres e Edvaldo Valério tomam posse no Conselho Nacional do Esporte
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Publicado em Quinta, 04 Agosto 2016 18:52
Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, preside reunião do (Foto: Emília Andrade/ME)
Dois membros do Conselho Nacional do Esporte, Carlos Alberto Torres e Edvaldo Valério Filho, tomaram posse nesta quinta-feira (4.08), em reunião do colegiado na cidade do Rio de Janeiro. Ambos assumiram vagas de representantes do Esporte Nacional.
Nascido no Rio de Janeiro, o “Capitão do Tri” (tricampeonato da Seleção Brasileira de futebol masculino na Copa do Mundo de 1970, no México) -como é conhecido Carlos Alberto Torres - foi um dos maiores laterais-direitos que já atuaram na modalidade.
Nas equipes brasileiras, ele jogou pelo Fluminense, Botafogo, Flamengo e Santos, marcando história em todos os times pelos quais passou. Também atuou no New York Cosmos, ao lado de Pelé, repetindo a parceria vitoriosa que realizaram na equipe santista e na Seleção Brasileira. Após se aposentar como jogador, Carlos Alberto Torres tornou-se treinador de várias equipes nacionais e internacionais. No seu primeiro ano como treinador, foi campeão brasileiro pelo Flamengo.
O baiano Edvaldo Valério Filho é um nadador brasileiro medalhista olímpico em Sydney 2000. Ele conquistou o bronze no revezamento 4x100 metros livres. Também obteve o 13º lugar no 4x200m livres, e o 23º lugar nos 50m livres.
Essa foi a primeira reunião presidida pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani. O próximo encontro do CNE está marcado para o dia 1º de setembro, também na sede da pasta localizada na capital fluminense.
Conselho Nacional do Esporte
O Conselho Nacional do Esporte (CNE) é um órgão colegiado de deliberação, normatização e assessoramento, diretamente vinculado ao ministro do Esporte, e parte integrante do Sistema Brasileiro de Desporto, tendo por objetivo buscar o desenvolvimento de programas que promovam a massificação planejada da atividade física para toda a população, bem como a melhoria do padrão de organização, gestão, qualidade e transparência do desporto nacional.
Emília Andrade, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
Com presença de autoridades, Casa Brasil é inaugurada no Pier Mauá
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Publicado em Quinta, 04 Agosto 2016 16:49
A Casa Brasil foi oficialmente aberta nesta quinta-feira. Local ficará aberto nos armazéns 1 e 2, no novo Boulevard Olímpico, de 4 de agosto a 18 de setembro. A cerimônia contou com a presença de autoridades do governo federal, além de representante do governado do Rio e o prefeito da cidade Eduardo Paes. A partir desta sexta-feira, a visitação, gratuita, estará aberta ao público. Até o dia 18 de setembro, o local oferecerá programação diária com atrações permanentes, shows, eventos culturais, conferências e seminários, além de espaços para negócios.
Autoridades discursaram na cerimônia de abertura da Casa. (Foto: Divulgação / Ministério do Turismo)
O objetivo da Casa Brasil é aproveitar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro para apresentar o país ao mundo em um espaço interativo e com experiências sensoriais. Espaços semelhantes foram construídos nas Olimpiadas de Pequim, em 2008, de Londres, em 2012, e na Copa do Mundo de futebol, na África do Sul, em 2010. No Rio, o local escolhido, no Boulevard Olímpico, é uma das áreas revitalizadas da cidade. A Casa Brasil tem 12,5 mil m² de área interna e externa.
A ideia é exibir a cultura, o turismo, o esporte e o legado olímpico e também propiciar ambiente de negócios. O espaço tem, ainda, mostras permanentes e eventos com foco na sustentabilidade, na inclusão e nas políticas públicas de igualdade.
Representando o presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que não poderia haver local melhor para a instalação da Casa. "É uma radiografia do Brasil, que nos mostra sob o ponto de vista da cultura, da vocação esportiva, da riqueza natural. A presença da Casa aqui no Porto também vai dar um novo direcionamento ao Rio como potência econômica", comentou.
Já o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, ressaltou o ganho de imagem do país no exterior. "É um espaço de promoção de grande magnitude que permite projetar nossa imagem na percepção do mundo. Não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade".
O ministro interino do Turismo, Alberto Alves, celebrou o fato de a Casa Brasil ter sido cuidadosamente pensada para agradar a todos os públicos, podendo atrair investidores e turistas. "Todos os brasileiros e estrangeiros poderão ver um Brasil diverso, colorido e alegre. A Casa concentra atrativos como uma espécie de trailer do que pode ser visto no país", afirmou.
A diversidade brasileira também foi apontada como um dos trunfos a serem mostrados na Casa, segundo o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, que considera o espaço um símbolo importante do Brasil nas Olimpíadas: "É um equipamento importantíssimo e instalado numa região revitalizada".
Serviço
Quando: de 04 de agosto a 18 de setembro
Horário de funcionamento: das 10h às 20h durante os Jogos e das 14h às 20h entre a Olimpíada e Paralimpíada. Atrações culturais diárias das 19h às 22h.
Onde: Praça Mauá, nas proximidades do último ponto de encontro do Píer Mauá
Entrada: gratuita
Órgãos participantes: Ministérios do Esporte, Turismo, Cultura, Relações Exteriores, Saúde e Educação, Embratur, Apex-Brasil, Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobrás e BNDES.
Informações pelo email casabrasil2016@presidência.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
Na Mídia - Rigor dos testes antidopagem é essencial para um esporte "mais limpo"
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Publicado em Quinta, 04 Agosto 2016 14:00
Artigo publicado originalmente no UOL em 4 de agosto de 2016
Para entender a importância do combate à dopagem (doping, na língua inglesa) é preciso primeiro considerar os prejuízos causados aos atletas que jogam limpo. Quem se dopa utiliza substâncias e métodos proibidos que constam na Lista da Wada-AMA (Agência Mundial Antidopagem). A dopagem melhora o desempenho físico e/ou psicológico dos atletas que participam de competições.
Para o atleta, o ato de subir ao pódio é sempre muito importante. É uma ocasião ímpar que faz com que toda a sua dedicação faça sentido. É uma emoção indescritível, principalmente quando ele ouve o hino de seu país, vê sua bandeira ser estendida e sabe que milhares de pessoas vão reconhecer o seu talento e passar a admirar o seu feito.
É para usufruir dessa comemoração e desse sentimento de orgulho e realização que o atleta se dedica diariamente a treinos extenuantes, segue uma dieta rigorosa e cumpre uma agenda que cerceia sua liberdade para se divertir e curtir muitos momentos na companhia de amigos e familiares. Não importa o nível de rendimento no qual ele está: a satisfação da vitória é sempre especial.
Quando um atleta que se dopou ganha uma competição, mesmo que o resultado seja descoberto no controle de dopagem – que acontece logo depois das provas mais importantes, na maioria das vezes –, a fraude só é provada quando a cerimônia de premiação já aconteceu. Mesmo devolvendo a medalha e outros prêmios, e que o atleta limpo seja declarado campeão, este "novo" vencedor não poderá mais voltar no tempo para subir no pódio e sentir aquela emoção. Maior ainda é o prejuízo quando a perda envolve o lugar mais alto do pódio ou quando se trata do quarto colocado, que assistiu de fora a entrega da premiação.
O justo é que todos possam disputar a prova em igualdade de condições, e não privilegiar o atleta que aceita caminhar por atalhos porque teve acesso a profissionais e substâncias de alto custo para ganhar de adversários que cumpriram as regras.
Com a profissionalização dos esportes, as vitórias passaram a representar consideráveis ganhos financeiros e fama. Envolve não apenas os atletas, mas vários outros profissionais, que podem ser treinadores, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas, que também dependem dos resultados de seus clientes para valorizar seu trabalho junto a outros atletas dispostos a participar de fraudes.
É uma questão de justo ou injusto, de certo ou errado. Ou seja, é uma questão de ética no esporte. Dopagem existe desde que os homens começaram a disputar competições. Se atualmente estamos vivendo uma época onde muitos escândalos de dopagem estão sendo revelados, é porque as organizações antidopagem de todo o mundo estão aumentando a quantidade de atletas testados, assim como a quantidade de testes realizados em cada atleta.
Casos emblemáticos – como o do velocista Ben Johnson, em 1988, na Olimpíada de Seul, do ciclista Lance Armstrong, sete vezes campeão do Tour de France, e, mais recentemente, da equipe de atletismo russa – mostram o tamanho das estruturas que envolvem a dopagem e estimulam jornalistas a investigarem possíveis esquemas de tráfico de substâncias, de equipamentos e toda a logística que pode estar sendo utilizada.
A Wada-AMA e as diversas organizações antidopagem estão desenvolvendo uma rede de troca de informações para identificar atletas e demais profissionais envolvidos no doping, e vêm estimulando as pessoas pegas em exames com resultados adversos a denunciarem esquemas e demais participantes em troca da redução das sanções a que estão sujeitas. Isso tem ajudado no combate dos casos adversos.
Para prevenir também é preciso educar e conscientizar tanto os atletas que já estão competindo como toda a sociedade, em especial as crianças, a respeito das consequências nefastas que o uso de dopagem provoca na vida de tantas pessoas. Para isso, a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) vem desenvolvendo materiais educativos que pretendemos utilizar junto a diferentes públicos, como familiares dos atletas, treinadores, estudantes, médicos e todos os demais interessados.
Outro aspecto fundamental do combate à dopagem é o mal que algumas substâncias causam à saúde, provocando efeitos colaterais que trazem consequências irreversíveis e que podem até mesmo levar à morte. O uso de anabolizantes por frequentadores de academias é bastante preocupante e a ABCD pretende fazer um forte trabalho de alerta e conscientização.
Quem quiser conferir se um medicamento ou seu princípio ativo possui, em sua composição, alguma das substâncias que constam da Lista de Substâncias e Métodos Proibidos da Wada-AMA, basta entrar no site www.abcd.gov.br e procurar pelo "Consulte a Lista".
Rogério Sampaio é ex-atleta, campeão olímpico de judô e secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)
Nota à imprensa
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Publicado em Quarta, 03 Agosto 2016 16:20
Sobre a matéria do diário Lance!, publicada nesta quarta-feira (3) com afirmações do ex-consultor da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) Luis Horta, cabe esclarecer o seguinte:
- A acusação é absurda e não tem nenhum sentido. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), vinculada ao Ministério do Esporte, segue estritamente os códigos internacionais e está comprometida em consolidar a política antidopagem no Brasil.
- O senhor Luis Horta, cujas declarações beiram a irresponsabilidade, esteve vinculado à ABCD até 30 de junho, quando terminou o seu contrato, e conduziu o Plano de Testes, com acompanhamento direto da WADA. Estranha o fato de que o senhor Luis Horta, como consultor internacional, não tenha apontado em sua gestão problemas que agora ele diz existirem, um mês após sua saída.
- Não houve decisão política alguma de interromper testes. O Ministério do Esporte e a ABCD estão empenhados na luta contra a dopagem no esporte no Brasil. Até 22 de junho deste ano, foram realizados 2.227 testes de urina e sangue em competição e fora de competição no país. Com a suspensão do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) pela WADA, em 22 de junho, a realização de testes programados para o período de 1º a 24 de julho (a liberação do laboratório ocorreu apenas em 20 de julho) ficou comprometida, pois as análises não poderiam ser submetidas ao LBCD.
- Mesmo com a suspensão do laboratório brasileiro, a ABCD consultou três laboratórios internacionais, com quem mantém acordos, para a possibilidade de receber amostras do Brasil no período de 1º a 24 de julho: o laboratório de Lisboa, no entanto, está suspenso, enquanto os laboratórios de Bogotá e Barcelona alegaram que estavam com capacidade esgotada e não poderiam atender demandas da ABCD. Por conta disso, testes previstos acabaram não sendo realizados neste período.
- A troca no comando da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), com a nomeação do ex-atleta Rogério Sampaio, em 1º de Julho de 2016, e posse no dia 7 do mesmo mês, foi por uma questão de confiança do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. Além de campeão olímpico do judô, ele jamais teve sua carreira manchada por qualquer acusação de dopagem e muito menos aceitaria se envolver em questões que não condizem com a ética no esporte, como é o caso das acusações feitas por Luis Horta.
- O Ministério do Esporte e a ABCD refutam de forma veemente as acusações do senhor Luis Horta, que será acionado judicialmente para provar suas ilações ou se retratar publicamente.
Ascom - Ministério do Esporte
Reformada e tranquila, Unifa se torna o quintal do atletismo brasileiro
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Publicado em Terça, 02 Agosto 2016 10:09
Da janela do quarto dá para ver os adversários treinando. São quenianos, portugueses, indianos e venezuelanos que chegam no início da manhã, passam o dia correndo e saltando e vão embora somente à noite. Fora do burburinho do coração dos Jogos Rio 2016, as instalações da Universidade da Força Aérea (Unifa) carrega um clima de cidade do interior dentro da capital fluminense. O conforto e a praticidade foram os atrativos para a escolha do local como a casa do atletismo brasileiro durante os Jogos Rio 2016.
Alojamentos da Unifa fica nas proximidades da área de treino. (Foto - Breno Barros/Me)
Cada atleta brasileiro vai sair de lá direto para a Vila Olímpica três dias antes de competir. O prédio onde estão instalados os atletas da delegação brasileira de atletismo fica ao lado da pista de treinamento, dentro do complexo da Universidade da Força Aérea (Unifa). Basta acordar, vestir a roupa de treino e descer para o trabalho de lapidação.
A instalação é um dos locais oficias de treinamento dos Jogos Olímpicos. Cerca de 50 atletas de várias partes do mundo realizam os trabalhos físicos e técnicos todos os dias. Nesta segunda-feira (1.8), passaram os atletas do Quênia, Coreia, Gabão, Portugal, Índia e Venezuela.
A brasileira Flávia Maria Lima, 23 anos, foi uma das primeiras a se instalar nos quartos da Unifa. Desde o dia 14 de julho a paranaense de Rio Negro vive no local. Serão 30 dias dormindo e treinando nas instalações até a estreia olímpica, quando disputará a prova de 800 metros.
"Tá muito bom. Nós temos um espaço só para a gente. Não temos distrações. Estamos perto da pista, não existe o stress de acordar mais cedo, pegar ônibus e enfrentar trânsito. Ficar aqui ajuda muito na recuperação e no descanso do corpo", explica.
Estrutura e parceria
Outra atleta que deixou a sua casa e foi morar na Unifa foi a paranaense Tábata Vitorino, de 20 anos. Ela vai representar o Brasil no revezamento 4 x 400m. "Temos uma estrutura bem legal. É uma oportunidade treinar aqui, uma experiência grande, principalmente porque dividimos os treinos com atletas de outros países".
O paulista Altobeli Santos, 25 anos, vai enfrentar a prova de 3.000 metros com obstáculos, e encara a aclimatação como um período estratégico. "Com a chegada aqui deu para sentir um pouco do clima. O importante agora é fazer uma ótima aclimatação, pois nos horários das provas o calor é grande", analisa.
Outros Esporte
A universidade é uma das instalações militares que receberam investimentos para receber os melhores atletas do mundo durante as olimpíadas. O atletismo não é a única modalidade que utiliza o espaço. As seleções de vôlei e de polo aquático também treinam no local.
Unifa recebeu investimentos do ME para a construção da pista de atletismo, ginásio, e piscina -Foto Breno Barros
Localizada na área militar de Campo dos Afonsos, a universidade recebeu investimento de R$ 58,2 milhões para construção da pista de atletismo, do ginásio poliesportivo e da piscina.
Os treinos nas quadras de vôlei começaram na última semana. Os primeiros a treinar nas quadras, os cubanos são os jogadores que mais utilizaram a estrutura. "Hoje a gente está recebendo o Japão feminino e o Egito. Provavelmente vamos receber todas as seleções até o fim das olimpíadas", explica o tenente Leandro Rodrigues, coordenador das duas quadras de vôlei da Unifa.
A quadra de vôlei conta com ginásio totalmente climatizado. A estrutura recebeu o investimento de R$ 6,9 milhões. Para Rodrigues, a estrutura é um avanço que garantiu a modernização dos espaços esportivos na aeronáutica. "Foi muito importante essa parceria que foi feita com o Ministério do Esporte. Será um grande legado que vai ficar para a força aérea", comemora.
Investimentos
O Ministério do Esporte investiu cerca de R$ 146,1 milhões na construção, reforma e adaptação de instalações esportivas em unidades militares para que sirvam de locais de treinamento à delegação brasileira e às delegações estrangeiras durante os Jogos. Além da Unifa, receberam investimentos o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), a Escola Naval, o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e o Clube da Aeronáutica (Caer).
Ascom – Ministério do Esporte
Trégua Olímpica reforça valores pacíficos dos Jogos
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Publicado em Segunda, 01 Agosto 2016 20:32
Quando idealizou os Jogos Olímpicos da Era Moderna tendo como fonte de inspiração as Olimpíadas da Grécia Antiga, o francês Pierre de Frédy, mais conhecido como o Barão de Coubertin, imaginava, entre outros sonhos, que os ideais do esporte e do olimpismo grego pudessem contribuir para um mundo mais unido e em paz.
Nesse sentido, um dos aspectos mais marcantes dos antigos Jogos Olímpicos na Grécia era a chamada Trégua Olímpica, um acordo que remonta ao século IX A.C. e que determinava a suspensão das guerras de modo que atletas, artistas e suas famílias pudessem viajar em segurança para competir e assistir aos Jogos Olímpicos e, depois, retornar da mesma forma aos seus locais de origem.
Nesta segunda-feira (01.08), a quatro dias da abertura oficial dos Jogos, uma cerimônia realizada na Zona Internacional da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, teve como objetivo reforçar o ideal da Trégua Olímpica quase três mil anos depois de os gregos terem dado esse exemplo ao mundo.
O evento contou com a participação de diversas autoridades, entre elas os presidentes do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach; e do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Philip Craven. Também participaram o ministro do Esporte, Leonardo Picciani; o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; além da presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos Rio 2016, Nawal El Moutawakel. Todos foram recebidos pela prefeita da Vila dos Atletas, Janeth Arcain e, em suas mensagens, ressaltaram a importância dos Jogos para reforçar ideais de paz e união entre os povos.
A cerimônia da Trégua Olímpica também contou com a presença de atletas e representantes do Time de Refugiados, que pela primeira vez disputará os Jogos Olímpicos. No início da cerimônia, todos acompanharam uma apresentação do Coral Infantil Coração Jolie, formado por 26 crianças refugiadas que vivem no Brasil.
O Coral Infantil Coração Jolie, formado por 26 crianças refugiadas que vivem no Brasil, se apresenta na abertura da cerimônia da Trégua Olímpica. Foto: Roberto Castro/ME
Em seu discurso, Thomas Bach usou a Vila dos Atletas como exemplo de tudo o que os Jogos significam e da mensagem que o megaevento pode passar para o planeta. “A Vila Olímpica é o coração dos Jogos Olímpicos. É o lugar onde atletas de todo o mundo vivem em paz e harmonia dividindo emoções. Eles mandam um exemplo de coexistência pacífica. Esse é o espírito verdadeiro da diversidade olímpica”, afirmou.
Os milhares de atletas que disputarão as Olimpíadas no Rio foram representados na cerimônia pela ex-esgrimista alemã Claudia Bokel, que, a exemplo de Thomas Bach, exaltou os valores de igualdade e de paz transmitidos pelos Jogos.
O ministro do Esporte ressaltou o orgulho do Brasil por receber a primeira edição dos Jogos Olímpicos da América do Sul e falou sobre a importância da cerimônia realizada no final da manhã desta segunda-feira no Rio.
O ministro do esporte, Leonardo Picciani, deixa sua mensagem: Mais esporte e mais paz. Foto: Roberto Castro/ME
“A Olimpíada é carregada de símbolos e de bons exemplos. A Trégua Olímpica é uma tradição, um símbolo do que representam os Jogos Olímpicos com o congraçamento dos povos e a paz mundial. Portanto, são exemplos como esse que a humanidade cada vez mais deve exaltar”, disse Picciani, que falou também sobre a contagem repressiva para a cerimônia de abertura, no dia 5 de agosto, no Maracanã.
“A expectativa é a melhor possível. O clima olímpico e o espírito olímpico já estão tomando conta do Brasil e nós aqui no Rio de Janeiro já sentimos essa energia. Tenho certeza de que os Jogos Olímpicos serão extraordinários”, disse o ministro.
Ao fim da cerimônia, Thomas Bach e Carlos Arthur Nuzman inauguraram um mural onde eles e as demais personalidades presentes puderam deixar gravadas suas mensagens para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Refugiados
A Trégua Olímpica dos Jogos Rio 2016 foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em outubro de 2015 e foi apoiada por 180 dos 193 países membros da ONU. Durante aquele encontro da Assembleia Geral, o presidente do COI lembrou da importância da Trégua para a promoção da paz, a tolerância e o entendimento entre os povos. Na ocasião, ele informou ainda que a entidade estava considerando a criação de uma equipe de atletas composta exclusivamente por refugiados, o que se concretizou para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Assim, pela primeira vez na história, uma equipe composta por 10 atletas refugiados participará das Olimpíadas. Os atletas já estão no Brasil e disputarão o evento em quatro diferentes esportes: natação, judô, atletismo e maratona. Eles são refugiados da Síria, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Etiópia e, assim como as crianças do Coral Infantil Coração Jolie, foram forçados a deixar seus países de origem por causa de guerras e perseguições. Os atletas congoleses da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados Popole Misenga e Yolande Bukasa vivem no Brasil e disputarão os Jogos no judô.
“Para mim é ótimo estar aqui porque nosso exemplo dos refugiados é mais um para que o mundo saiba que hoje temos crianças refugiadas em todo o mundo e que elas precisam de mais ajuda”, clamou Popole Misenga, que vive no Rio, é casado com uma brasileira, com quem tem um filho e um segundo já está a caminho.
“Quando me falaram que eu poderia ter a chance de disputar os Jogos Olímpicos, eu pensei: ‘Como vou disputar a Olimpíada? Eu sou um refugiado. Isso nunca aconteceu antes’. E hoje estou aqui, na Olimpíada, na Vila. Nunca vou me esquecer de tudo isso que estou vivendo. Se Deus me ajudar a ganhar uma medalha, gostaria de poder dividi-la ao meio e dar uma parte para o COI e outra parte para toda a delegação dos refugiados”, revelou o judoca.
Vivendo no Brasil há um ano, o pequeno Angelo Sakula, de 12 anos, foi uma das crianças que se apresentou no Coral dos refugiados. Nascido em Angola, ele ficou encantado com a experiência e a chance de visitar a Vila Olímpica e cantar em um evento dos Jogos Rio 2016.
“Achei tudo muito legal. Acho que o coral cantou muito bem e achei esse lugar todo muito bonito”, afirmou Sakula, que elegeu o futebol, as provas de salto do atletismo e o vôlei os esportes preferidos dos Jogos Rio 2016. “Vou torcer muito pelo Brasil”, avisou.
1992: o início
A ideia da Trégua Olímpica nos Jogos da Era Moderna teve início em 1992, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) mobilizou a Organização das Nações Unidas (ONU) para que uma trégua pudesse facilitar a participação dos atletas da antiga Iugoslávia nos Jogos Barcelona 1992. O pedido prosperou e, um ano depois, a primeira resolução da Trégua Olímpica foi aprovada na 48ª Assembleia Geral da ONU, às vésperas dos Jogos de Inverno Lillehammer 1994.
Desde então, a tradição se mantém: a cada dois anos, antes do início dos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno, o presidente da ONU faz um apelo solene aos países-membros da organização. A resolução proposta é intitulada “Construindo um mundo pacífico e melhor por meio do esporte e do ideal Olímpico” e tem como objetivo proteger os atletas e o esporte durante as competições, além de encorajar soluções diplomáticas para conflitos ao redor do mundo.
O texto é reescrito a cada edição do evento, fruto de uma parceria entre o COI, o Comitê Organizador daquela edição dos Jogos e o Escritório do Esporte pelo Desenvolvimento e pela Paz (USNOSDP) da ONU.
Na prática, a resolução pede a paralisação dos conflitos no período entre sete dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos até sete dias depois da cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos.
As nações que concordam assinam o documento – Londres 2012 foi a primeira edição dos Jogos que conseguiu 100% de adesão dos países-membros da ONU. Apesar de não encerrar definitivamente os conflitos, a trégua abre precedentes para que sejam reiniciadas eventuais negociações diplomáticas e que seja enviada ajuda humanitária para a população, o que muitas vezes é decisivo para salvar vidas.
Foi o que aconteceu em 1994, quando, após a ONU escrever aos chefes de estado sobre a trégua Olímpica, o COI enviou uma delegação à cidade de Sarajevo, sede da edição dos Jogos de Inverno de 1984, que vivia uma guerra civil pela dissolução da extinta Iugoslávia.
A incursão visava a alertar ao mundo sobre o conflito nos Balcãs, mas também promover uma pausa para que a população fosse atendida – estima-se que aproximadamente 10 mil crianças foram vacinadas em um único dia. O mesmo apelo contribuiu ainda para um cessar-fogo na guerra entre Exército Popular de Liberação Sudanês e seu governo e para a suspensão do conflito armado da Geórgia com a Abecásia.
Outro momento marcante da história da trégua Olímpica na Era Moderna aconteceu no ano 2000, quando um parágrafo sobre a iniciativa foi incluído na Declaração do Milênio, assinada por 150 países e apoiada por diferentes personalidades mundiais, como os ex-presidentes da África do Sul Nelson Mandela e dos Estados Unidos Bill Clinton, o ator Roger Moore, representantes da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa Grega e mais de 400 chefes de Estado.
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br, com informações do Rio 2016
Ascom - MInistério do Esporte
Nova lei cria a Justiça Desportiva Antidopagem
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Publicado em Sábado, 30 Julho 2016 00:16
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Diário Oficial da União desta sexta-feira (29/07) publicou a sanção da Lei nº 13.322/2016, assinada pelo presidente em exercício Michel Temer. O Brasil terá a Justiça Desportiva Antidopagem (JAD), formada por um Tribunal e uma Procuradoria, dotados de autonomia e independência para o julgamento das violações às regras antidopagem e das infrações, bem como a homologação de decisões estrangeiras.
Com a criação da Justiça Desportiva Antidopagem, o Brasil estará em conformidade com uma convenção assinada na Unesco por diversos países, que se comprometeram a criar tribunais únicos para cuidar dos casos de violações às regras de controle de dopagem.
A JAD não substituirá os tribunais de justiça desportiva das confederações e não terá atuação durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Cuidará apenas dos casos referentes à dopagem e do julgamento de atletas brasileiros. A JAD funcionará junto ao Conselho Nacional do Esporte (CNE) e será composta, de forma paritária, por representantes de entidades da administração do desporto, de entidades sindicais dos atletas e pelo Poder Executivo. Os representantes do Executivo serão nomeados pelo ministro do Esporte. Os demais serão indicados pelo CNE. A composição do JAD também buscará assegurar a paridade entre homens e mulheres.
Os procedimentos para julgamento e a homologação de decisões estrangeiras seguirão o disposto no Código Brasileiro Antidopagem.
Durante os Jogos Olímpicos, que começam a ser disputados na próxima semana no Rio de Janeiro, a coleta e as análises de amostras, bem como a detecção de casos de dopagem, são de responsabilidade do Comitê Olímpico Internacional. Os julgamentos serão feitos por uma seção especial da Corte Arbitral do Esporte. As sanções são as que estão previstas no Código Mundial Antidopagem.
ABCD
A legislação publicada também trata das atribuições da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e dispõe sobre medidas tributárias, referentes à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Foi alterada a Lei nº 9.615/1998 (Lei Pelé), com a definição das responsabilidades da ABCD, como a obrigação de treinar e certificar os agentes de coleta e a decisão sobre a escolha da realização dos testes de controle. A ABCD também passa a ser a única instituição que poderá expedir as Autorizações de Uso Terapêutico (AUTs).
Cláudia Sanz
Ascom – Ministério do Esporte
Ministério do Esporte e prefeitura inauguram Rio Media Center, base de referência para a imprensa
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Publicado em Quarta, 27 Julho 2016 20:50
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, deram as boas-vindas a jornalistas da imprensa nacional e estrangeira na cerimônia de abertura do Rio Media Center (RMC), nesta quarta-feira (27.07). O centro foi construído especialmente para oferecer estrutura física a jornalistas que vão trabalhar na cobertura não esportiva do evento, e funcionará 24 horas durante os 45 dias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
"Vocês terão a oportunidade de narrar a história dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, que acontecem pela primeira vez na América do Sul. São histórias de transformação, para que todos possam se sentir parte deste extraordinário momento de muito orgulho para o Brasil", disse o Picciani.
Ministro Leonardo Picciani, prefeito Eduardo Paes e representantes do governo do estado e da APO na abertura do Rio Media Center. (Foto: Roberto Castro/ME)
O ministro também destacou que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos ficarão marcados pela capacidade do Rio, do Brasil e da América do Sul de fazerem um grande evento. "Com certeza, vamos ter muito sucesso no Rio 2016", disse ele, que elogiou a Prefeitura pela estrutura montada no Rio Media Center, uma parceria com o governo federal para atender à imprensa nacional e internacional.
Eduardo Paes explicou que o RMC será ponto de referência para a imprensa brasileira e estrangeira acompanhar de perto a história da organização da Rio 2016. "Do ponto de vista da cidade e do país, tem uma história que vem antes, da organização da Rio 2016 e dos Jogos propriamente ditos. Aqueles que acompanham as transformações na cidade já perceberam que o evento representa um enorme sucesso para o município. O Rio recebeu um conjunto de instalações urbanas há muito esperadas. Não é uma cidade perfeita, mas é uma cidade muito melhor", afirmou.
Investimentos
O prefeito ressaltou investimentos realizados em áreas com maiores índices de violência e menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), como em Deodoro, bairro no limite do Rio com a Baixada Fluminense e que concentra grande população jovem. A região já foi impactada por transformações urbanas e alternativas de lazer. "Temos um País com desigualdades e desafios, mas que melhorou muito nos últimos anos, tirou muita gente da pobreza e consolidou as instituições. Temos problemas, mas é um país que nós, brasileiros, temos muito orgulho de apresentar ao mundo", disse Paes.
O secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola, que também participou do evento de abertura do RMC, afirmou que o evento acelerou investimentos em transporte público de alta capacidade - barcas, trens e metrô - que beneficiam os moradores do Rio e arredores.
"Temos quatro novas barcas em funcionamento e seis que vão começar a operar. Hoje, 96% da frota de trens é nova, com ar-condicionado. O metrô, a maior obra de infraestrutura urbana da América Latina que está sendo entregue agora no dia 30, vai beneficiar mais 300 mil pessoas por dia. O morador do Rio de Janeiro vai pegar o trem para assistir aos jogos em Deodoro e no Engenhão num transporte de alta qualidade. É uma mudança completa em relação a 2009", afirmou Espíndola.
Rio Media Center vai funcionar 24 horas durante o período dos Jogos e funcionará como base de apoio para jornalistas credenciados e não credenciados no evento. (Foto: Roberto Castro/ME)
Investimento no Esporte
O ministro Leonardo Picciani ressaltou ainda o investimento do Governo Federal no esporte nacional, refletido no tamanho da delegação brasileira. “Costumamos nos prender ao número de medalhas, mas tem um dado importante que é o tamanho da delegação. Já podemos ver o avanço. Em Londres, nossa delegação era de 270 atletas. Nesta, no nosso País, contamos com 462. O resultado é fruto de um trabalho permanente de investimento no esporte, que visa desenvolver a cultura esportiva no Brasil”, destacou.
O ministrou anunciou também que o plano de legado que será apresentado no início de agosto integrará todas as regiões brasileiras. “Vamos unificar os equipamentos esportivos em todas as regiões, aperfeiçoando nossa rede nacional de treinamento, que funcionará de acordo com uma lógica única, para otimizar o uso em benefício da população brasileira em qualquer Estado”, explicou.
Sobre o Rio Media Center
O Rio Media Center reúne uma estrutura de 2.700 m², erguida especialmente para o evento em local estratégico - na Cidade Nova, ao lado do Comitê Rio 2016 e próxima às estações de metrô que oferecem conexão com o VLT. Há 130 estações de trabalho, internet gratuita, telefones, impressoras, salas de reunião, auditórios, dois estúdios de TV e seis de rádio, serviços de broadcasting e pontos para geração de imagem.
Funcionando 24 horas, o RMC terá programação diversificada para jornalistas, com entrevistas coletivas, briefings e press tours. Equipes de atendimento estarão à disposição da imprensa com informações sobre o Brasil, o Rio e as cidades que vão sediar os torneios olímpicos de futebol (Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e São Paulo), além de outros temas de interesse.
Todos os jornalistas, credenciados ou não para a cobertura dos Jogos, estão convidados a utilizar as instalações do Rio Media Center, que segue padrões internacionais adotados em centros abertos de mídia instalados em diversas edições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O modelo surgiu nos Jogos de Atlanta, a partir da necessidade de criar uma estrutura física para jornalistas sem credenciais para os torneios.
Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ressaltou os investimentos em equipamentos e estrutura esportiva que vêm sendo feitos em todo o país. (Foto: Roberto Castro/ME)ENTREVISTA - MINISTRO LEONARDO PICCIANI
História do Rio 2016
Os jornalistas terão nos mais de 50 dias próximos a tarefa, a possibilidade e a oportunidade de narrar essa história dos Jogos Olímpicos de 2016, que pela primeira vez chegam à América do Sul e à cidade do Rio de Janeiro. Terão a oportunidade de levar ao mundo e ao restante do Brasil as histórias e a transformação que ocorrerão durante os Jogos, para que todos possam acompanhar de perto e se sentir parte deste extraordinário momento que o Brasil tem muito orgulho de sediar. Estes são os Jogos do Brasil, que ficarão marcados pelo sucesso e pela capacidade do país, do Rio e da América do Sul de fazer um grande evento, de receber cada uma das delegações, turistas e jornalistas. Com certeza vamos ter muito sucesso nas Olimpíadas.
Momento esportivo
O brasileiro é um apaixonado pelo esporte. Os Jogos serão uma oportunidade para ter contato com algumas modalidades que não são tradicionais. Isso será inspirador para a população praticar mais esporte. O Brasil sem dúvida nenhuma tem condição de fazer sua melhor participação na história dos Jogos. Muita gente só fala das medalhas, mas praticamente dobramos o tamanho da delegação de Londres para o Rio. De modo geral, creio que as Olimpíadas serão uma grande oportunidade de desenvolver a cultura do esporte no país.
Legado
O legado não está apenas na cidade do Rio de Janeiro. Temos Centros de Treinamento e equipamentos que foram construídos e serão destinados a todas as regiões brasileiras. Dentro disso estamos aperfeiçoando a nossa Rede Nacional de Treinamento. A intenção é unificar o funcionamento de todos esses equipamentos em todas as regiões do Brasil, para que os jovens possam usá-las e irem evoluindo ao longo de suas vidas esportivas. O legado será integrado em todo o país e funcionará em uma lógica única.
Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Jogos do Rio devem gerar US$ 200 milhões em turismo
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Publicado em Quarta, 27 Julho 2016 11:24
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro devem gerar US$ 200 milhões em despesas extras de turistas entre julho e setembro. A estimativa foi feita pelo Banco Central e divulgada nesta terça-feira (26.07).
Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico da instituição, explicou que essa projeção de receita adicional leva em conta o que ocorreu e foi registrado nas últimas três Olimpíadas. "Essa é a receita apenas com gastos de estrangeiros com viagem", observou.
Rio já costuma ter um fluxo significativo de turistas estrangeiros em função do turismo. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br
"Existem outros ganhos decorrentes dos Jogos, como os de exposição do País, de turismo, além de outros efeitos de mais longo prazo", ponderou.
Sem detalhar números, ele relatou que o desempenho da Grécia foi bom e que Londres teve resultado um pouco melhor. "Já na China, as receitas foram bem menos significativas", calculou.
Maciel lembrou que o Rio de Janeiro já é uma cidade turística e que recebe grande número de estrangeiros mensalmente. "Nossa estimativa são gastos de estrangeiros no País, considerando todos eles, inclusive as delegações. A cidade já tem um fluxo permanente de receitas de turistas independentemente da Olimpíada".
Emprego durante a Olimpíada
Segundo estimativa da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro devem gerar 4.080 postos de trabalho temporários em empresas cariocas de turismo. Garçons, motoristas e cozinheiros são os profissionais mais demandados.
Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte