Ministério do Esporte Últimas Notícias
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Martine Grael e Kahena Kunze brilham com um ouro emocionante na Baía da Guanabara

Juntas, elas compartilham diversos valores: a tradição familiar na vela, a paixão pelo esporte, o empenho para trabalhar duro visando à evolução e, principalmente, a capacidade de levar o  país ao lugar mais alto do pódio. E foi somando todos esses ingredientes que as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze escreveram, nesta quinta-feira (18.08), mais um episódio dourado e histórico para o Brasil.
 
Martine Grael e Kahena Kunze ganharam única medalha da vela no Rio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Martine Grael e Kahena Kunze ganharam única medalha da vela no Rio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Sob um céu nublado e competindo em condições de vento forte e variante na Baía de Guanabara, a fluminense de Niterói Martine Grael e a paulista Kahena Kunze, ambas de 25 anos, conquistaram uma medalha de ouro inédita para o esporte do país. As duas venceram, de forma emocionante, a final da classe 49er FX – última regata disputada nos Jogos Olímpicos do Brasil – e se tornaram as primeiras campeãs olímpicas da vela brasileira.
 
“Na hora da chegada foi emocionante, nem conseguia nadar, de tanto que o meu coração batia. É indescritível subir e receber essa medalha, com os amigos e familiares gritando por você, os voluntários que fizeram esse evento maravilhoso... Não tem preço. Minha primeira Olimpíada e começar assim? Imagina a segunda!”, vibrou Kahena.
 
Emoção até o fim
 
A sétima medalha de ouro do Brasil na história da vela foi escrita com um roteiro dramático. Muito antes da largada, Martine, Kahena e todos os envolvidos com a modalidade no país já sabiam que a parada seria duríssima. O que ninguém imaginava é que o desfecho seria tão emocionante.
 
Depois de 12 regatas disputadas, quatro países avançaram à Medal Race, como é chamada a prova que define o pódio na vela, em condições de conquistar o ouro no Rio. As espanholas Tamra Echegoyen Dominguez e Berta Betanzos Moro e as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen estavam empatadas com Martine e Kahena na liderança, todas com 46 pontos perdidos. Logo atrás, bem perto  das líderes, vinha a dupla da Nova Zelândia formada por Alex Maloney e Molly Meech, com 47 pontos.
 
Na Medal Race, a pontuação é dobrada. O vencedor perde dois pontos, o segundo colocado perde quatro, e assim por diante. Ao final, o barco que tiver o menor número de pontos perdidos conquista o título.
 
Nesse cenário de quatro barcos tão próximos na briga pelo ouro olímpico no Rio, chegar em primeiro não era o fundamental. Para conquistar o topo do pódio era preciso, apenas, ser mais rápido do que os outros concorrentes.
 
Mas o ouro de Martina e Kahena foi forjado com um triunfo espetacular. As duas, que chegaram a cair para a oitava posição durante a prova, se recuperaram e velejaram por um bom tempo atrás das neozelandesas e das italianas Giulia Conti e Francesca Clapcich.
 
Briga do barco brasileiro com as rivais da Nova Zelândia foi intensa até o final. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Briga do barco brasileiro com as rivais da Nova Zelândia foi intensa até o final. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Ao contornarem a penúltima boia, as italianas ainda estavam à frente e as brasileiras, nesse momento com a prata, passaram pela marca seis segundos atrás do barco da Nova Zelândia. Foi então que, nos instantes finais, Martine e Kahena deram início a uma recuperação que fez as centenas de pessoas que acompanharam a prova na praia prenderem a respiração.
 
As duas ultrapassaram os dois barcos que estavam na ponta, assumiram a liderança e cruzaram a linha de chegada com uma diferença de apenas dois segundos para Alex Maloney e Molly Meech, que levaram a prata. O bronze ficou com as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen.
 
“A gente estava assistindo todas as regatas que tiveram aqui antes e, com algumas informações dos outros dias, a gente viu que estava bem aberto, estava dando os dois lados, o vento estava mais forte, mais fraco... a gente observou bem antes”, contou Martine. “Na quarta perna, a gente montou a boia indo para a esquerda e a galera toda indo para a direta. Foi bom que a dinamarquesa veio com a gente e deu uma segurança, a gente já estava marcando elas, então era uma adversária a menos. No último contravento, a gente foi com tudo para a esquerda, porque a bandeira lá no Forte estava tremulando e a gente viu que ia ser bom”, continuou a velejadora.
 
“Acho que essa foi a nossa chegada mais apertada. Eu só queria que tivesse mais uma medalha para as espanholas”, lamentou Kahena, referindo-se aos dois segundos de diferença para as vice-campeãs e ao esforço que as rivais da Espanha fizeram ao longo de toda a Olimpíada no Rio.
 
“Acho que esse foi o campeonato mais legal da minha vida, não só agora, que a gente ganhou a medalha, mas antes. Hoje (antes da prova) eu vinha já pensando nisso: que tinha sido o campeonato mais legal que eu corri. Nunca foi tão disputado assim entre as primeiras velejadoras”, emendou Martine.
 
Assim que as duas cruzaram a linha de chegada, uma explosão de alegria tomou conta das areias da Praia do Flamengo. O Brasil acabara de ver nascer duas novas heroínas do esporte nacional e a família Grael adicionara mais uma medalha à sua incrível coleção de pódios olímpicos.
 
Antes mesmo de chegar à praia, Martine e Kahena foram parabenizadas na água, por familiares e amigos, que nadaram até as duas para abraçar as campeãs olímpicas. “Só tenho a agradecer todas as pessoas que vieram torcer por nós. Estou muito feliz com a quantidade de amigos, a galera torcendo, parecia o Maracanã, fazendo ola, muito legal”, continuou Martine.
 
Festa na água, com a torcida e no pódio: festival de emoção para Martine e Kahena no Rio. (Fotos: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Festa na água, com a torcida e no pódio: festival de emoção para Martine e Kahena no Rio. (Fotos: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Vela no sangue  
 
Não é exagero afirmar que tanto Martine quanto Kahena têm a vela no DNA. O pai e o tio da primeira dispensam apresentações. Torben Grael é dono de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze) e é um dos 12 bicampeões olímpicos do Brasil. O tio de Martine é Lars Grael, que tem outras duas medalhas de bronze nos Jogos. Para completar, o pai de Kahena, Cláudio Kunze, foi campeão mundial da classe Pinguim em 1973.
 
Em terra, Torben Grael e a mãe de Martine, Andrea Grael, acompanharam o sucesso da filha vivendo fortíssimas emoções. Apesar das cinco medalhas do marido, essa foi a primeira vez que Andrea assistiu de tão perto alguém da família conquistar uma medalha nos Jogos, já que não acompanhou Torben em nenhuma ocasião durante as Olimpíadas que o marido disputou.
 
Para ela, o sucesso da família tem algumas explicações. “Não é segredo. Isso aí é treinamento para caramba. É muita ralação. É óbvio que é muito legal a gente ter isso na família, mas acima de tudo temos o gosto por velejar. O que vem da família mesmo é que todo mundo lá tem sangue de água salgada”, afirmou Andrea, que foi quem levou Martine para velejar pela primeira vez na Baía de Guanabara, quando a hoje campeã olímpica tinha apenas 4 anos.
 
“Eu estava muito nervosa, acordei várias vezes ao longo da noite. Eu pensava que elas seriam medalhistas, mas o ouro é o ouro. Hoje cedo, elas estavam muito tranquilas. Eu abracei as duas e senti que ia dar certo. Eu disse: ‘Façam o que vocês sabem de melhor, que é velejar. E curtam a velejada’. Foi o que elas fizeram”, contou Audrey, mãe de Kahena.
 
Feliz da vida com o sucesso de Martine e Kahena, Torben era só sorriso na praia enquanto aguardava o momento de vê-las repetir algo que ele mesmo experimentou duas vezes: subir ao lugar mais alto do pódio para receber um ouro olímpico.
“São agora oito medalhas na família. É mais do que alguns países”, observou o bicampeão, que revelou que os três times medalhistas na 49er FX treinaram juntos antes do Rio 2016. “Eu acho que isso nos orgulha muito. A gente vem de um clubezinho pequeno em Niterói, o Rio Yacht Club, e justamente na classe delas as três medalhistas estavam treinando juntas, baseadas no clube. Estavam as neozelandesas, as dinamarquesas e elas. Então acho que isso foi decisivo”, opinou.
 
Por último, Torben reconheceu que ficar na praia vendo a filha disputando uma final olímpica é bem mais complicado do que estar no barco defendendo o Brasil. “É muito mais difícil estar aqui do que estar lá disputando. Não tinha como ser mais difícil e emocionante. Ainda bem que acabou com final feliz”, disse.
 
Ao final de tudo, com o objetivo maior alcançado, Martine fez questão de agradecer a parceira que, desde 2012, quando a dupla foi montada, a acompanhou no sonho de um ouro olímpico. “Muita amizade, muita compreensão entre nós. A gente teve uma mudança muito grande no nosso relacionamento. Teve uma ‘profissionalização’. Além de amigas do peito, a gente passou a ser parceiras também. Foi uma parceria muito bonita. Eu não poderia ter tido esse resultado e passado esses quatro anos com mais ninguém. Ela foi ótima”, encerrou a campeã.
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
 
 

Após erros no início da prova, Isaquias Queiroz acelera e fica com o bronze no C1 200m

Definir Isaquias Queiroz com a palavra persistência chega até a ser clichê. Conhecido tanto pelos títulos quanto pela infância difícil, o baiano já sofreu queimaduras, foi sequestrado e perdeu um rim antes de se aventurar com a canoa mundo afora. Debaixo do forte sol desta quinta-feira (18.08), na Lagoa Rodrigo de Freitas, o atleta teve de insistir mais uma vez. Na curta prova do C1 200m, o brasileiro cometeu falhas logo no início e, mesmo acelerando na reta final, achou que o pódio tinha escapado. Justo para ele, que chegou ao Rio com a árdua missão de conquistar medalhas em três categorias. Bravo, Isaquias deu um soco na água. O resultado demorava. Só então ele viu seu nome no telão, em terceiro lugar, e enfim comemorou o bronze.
 
Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brFoto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
 “Saí até bem, sem perder muito tempo, mas acabei dando remadas em falso logo depois. O barco patinou muito e eu vi os caras colocarem meio barco para a frente. Se eu não tivesse errado muito ali, acho que poderia ganhar a medalha de ouro”, acredita. “Quando eu cheguei, joguei o barco e fiquei sem saber, pensando que tinha perdido a medalha. Fiquei com raiva. Quando saiu, fiquei feliz porque uma medalha de bronze é muito importante no currículo do atleta”, destaca Isaquias. Com o tempo de 39s628, o brasileiro foi superado apenas por Iurii Cheban (39s279), da Ucrânia, e Valentin Demyanenko (39s493), do Azerbaijão.
 
A prata no C1 1.000m conquistada na última terça-feira (16) e o bronze de hoje, as únicas duas medalhas da história do Brasil na canoagem, colocaram Isaquias no posto de quinto atleta do país a subir duas vezes no pódio de uma única edição dos Jogos Olímpicos. Foi assim com Guilherme Paraense (ouro e bronze) e Afrânio da Costa (prata e bronze) no tiro esportivo, ainda na Antuérpia, em 1920, e com os nadadores Gustavo Borges (prata e bronze), em Atlanta 1996, e Cesar Cielo (ouro e bronze), em Pequim 2008.
 
É nessa lista que passa a figurar o nome do baiano de Ubaitaba. Ele, no entanto, quer ainda mais. “É uma satisfação muito grande entrar nesse rol dos melhores atletas do Brasil em Jogos Olímpicos. Estar ao lado de caras como o Cesar Cielo me deixa muito feliz, mas espero fazer mais ainda e chegar aonde nenhum brasileiro chegou, que é conquistar três medalhas em uma só edição”, avisa.
 
Nesta sexta-feira (19.09), Isaquias compete ao lado de Erlon Silva nas eliminatórias do C2 1.000m. Carimbando a vaga para a final, a dupla volta à Lagoa Rodrigo de Freitas no sábado (20), em busca de um novo pódio. “A confiança está muito alta, a gente treinou muito. O C2 está ‘mandando muito’ lá em Lagoa Santa, então a gente sabe da possibilidade de medalha”, analisa o atleta, avisando que o tempo de folga ainda terá que esperar.
 
Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brFoto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
 “Hoje à tarde eu vou treinar, quem disse que eu vou descansar? Como seria bom já ir para a Bahia descansar! Já fiz o meu trabalho, ganhei as minhas medalhas e agora quero ir para cima para o meu amigo Erlon também fazer história com o nome deles nos Jogos Olímpicos e ganhar a medalha de ouro, que é a que a gente merece”, ressalta.
 
Força das arquibancadas
 
Ao sair da água e da cerimônia de premiação, Isaquias praticamente não conseguia parar para conceder entrevistas. A todo momento era chamado para fotos com o público e para ouvir que “a próxima será de ouro”. Segundo o atleta, a quantidade de pessoas presentes hoje no Estádio da Lagoa surpreendeu.
 
“É a primeira vez que vejo tanto público. Acho que nem em Mundial na Hungria e na Alemanha estava assim. Hoje o estádio estava lotado, então eu tinha que dar o meu máximo para fazer o Brasil ficar feliz”, comenta o atleta que, apesar de não ter no C1 200m sua principal prova, já foi campeão mundial júnior, em 2011, campeão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, e bronze no Mundial do ano passado nessa distância.
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
 

Ágatha e Bárbara ficam com a prata no vôlei de praia

Quando ainda comemoravam a vitória quase perfeita contra Kerri Walsh e April Ross, Ágatha e Bárbara sabiam que era preciso conter a euforia, baixar a adrenalina e concentrar, porque a final seria menos de 24h depois. Para encerrar a campanha nos Jogos Olímpicos Rio 2016, havia ainda mais um desafio: as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst, líderes do ranking na temporada. Diferentemente da noite anterior, na madrugada desta quarta-feira (17.08), quem impôs o jogo foram as europeias. Kira foi um monstro no bloqueio, Laura mais uma vez defendeu muito bem, ambas sacaram e atacaram muito bem. As brasileiras, atuais campeãs mundiais, erraram muito, não conseguiram repetir a atuação inesquecível contra as norte-americanas e viram a medalha de ouro escorrer pelos dedos. Com o resultado de 2 sets a 0 (21/18 e 21/14), as alemãs se sagraram as rainhas de Copacabana.
 
Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brFoto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
Pouco antes, o Brasil também perdeu outra partida. As americanas Kerri Walsh e April Ross viraram a partida contra Larissa e Talita e venceram por 2 sets a 1 para faturarem o bronze.
 
Poderia se dizer que o vento – que apareceu com mais força nesta noite – soprou contra as anfitriãs, mas apenas como analogia. No vôlei de praia, a cada sete pontos, as jogadoras trocam de lado, e o desafio também muda de mãos. As alemãs aproveitaram bem o elemento extra e abriram caminho para a primeira medalha - e de ouro - de uma dupla europeia feminina no vôlei de praia em Jogos Olímpicos.
 
"Ainda parece irreal. No pódio, percebemos por que estávamos trabalhando tanto nos últimos anos, chegamos ao topo. Foi para o nosso time, para a Alemanha, tudo isso veio à nossa cabeça. Melhoramos jogo a jogo, definitivamente merecemos ganhar, sacamos melhor e usamos o vento a nosso favor", disse Laura.
 
Não foi o final que as brasileiras mais queriam. Muito menos o que desejavam os torcedores que encheram a arena ou que acompanhavam pela TV. Terão que esperar quatro anos para mais uma tentativa de repetir a cena de 20 anos atrás, quando Jacqueline e Sandra subiam ao degrau mais alto do pódio. Mas a prata foi muito comemorada por Ágatha e Bárbara. Muito aplaudidas no pódio, elas se emocionaram.
 
"Foi mágico. Essa prata tem um gostinho muito especial pra gente. Foi nossa primeira vez em Jogos Olímpicos, nossa expectativa estava muito positiva, pelo trabalho que a gente vinha fazendo, pela entrega. Neste jogo, elas jogaram melhor, mereceram, aproveitaram melhor as oportunidades. Mas essa prata é especial, por isso eu chorei tanto ali, a gente colocou para fora toda a pressão, a adrenalina, todo o trabalho que a gente fez. A sensação de gratidão é muito grande", contou Bárbara.
 
No primeiro set, dois ataques de Bárbara e um bloqueio de Ágatha abriram 3/1. O vento foi ficando mais intenso, trazendo um elemento desafiador para a decisão, e Laura fez um ace para passar à frente no placar: 6/7. No tempo técnico, as alemãs lideravam a parcial (10/11). Laura terminou um rali atacando na diagonal e fez 13/15. Paredão de Kira aumentou a vantagem. Laura atacou na paralela e dificultou a vida das brasileiras no set (14/18). Um toque na rede das alemãs deu mais esperança de segurar a parcial (16/18). Kira atacou para chegar ao set point em 17/20. As vaias vieram com força para as alemãs. As brasileiras salvaram uma bola, mas Laura fechou em 18/21.
 
"Temos uma equipe muito forte por trás que nos manteve confiantes, mesmo jogando contra toda essa torcida. Foi difícil. Sabemos que seria alto, com foi na semifinal. Mas focamos em nós mesmas do início até o fim", explicou Laura.
 
As alemãs abriram 6/1 no segundo set e deixaram a situação mais complicada para as anfitriãs. Ágatha diminuiu a diferença em 4/7, mas o vento ajudou a levar o saque de Bárbara para fora. Kira, brilhando no bloqueio, chegou a 4/9.
 
As brasileiras tentavam se animar em quadra: quando Bárbara atacou para 6/11, abraçaram-se fortemente. Em belo ataque na diagonal, a canhota fez 9/14. Laura salvou uma bola impressionante, mas o rali terminou melhor para as brasileiras: 12/15.
 
As alemãs continuavam eficientes no ataque e, para completar, Laura fez um ace (13/18). A medalha de ouro foi ficando mais longe paras as brasileiras. Kira fechou a rede e ganhou o match point. Era preciso salvar a bola sete vezes, mas o Brasil só conseguiu uma. Com saque para fora de Bárbara, as alemãs comemoraram: 14/21 e 2 sets a 0 no placar.
 
"A gente não conseguiu colocar em prática o que imaginávamos. Perdemos na bola mesmo. Estávamos aquecendo e não havia vento nenhum. Quando entramos em quadra, veio aquele vento. A gente tinha uma estratégia e ficou na dúvida. Vamos manter a estratégia ou vamos usar o vento? Elas conseguiram manter a virada delas, enquanto a gente não conseguiu manter a virada com o vento. Elas mereceram e estou super feliz por ter conquistado a prata", afirmou Ágatha.
 
"Eu estava presente quando o Julius (Brink) e o Jonas (Reckermann) ganharam o ouro em Londres 2012. Eu fiquei sem palavras e pensei: se eles podem fazer isso, eu também posso. De lá pra cá, lutamos por quatro anos. A conquista é muito grande... estou esquecendo as palavras. Estou cansada. Acho que preciso de champagne!", disse Laura, já com o ouro no peito.
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
 

Pesquisa mostra que 46% da população é sedentária

Uma pesquisa do Ministério do Esporte apresentada nesta quarta-feira na Casa Brasil apontou que 45,9% dos brasileiros são sedentários. O dado é o último levantado pelo Diagnóstico Nacional do Esporte, que tem o objetivo de ampliar e detalhar as informações sobre a cultura esportiva no país e de incluir o esporte no cotidiano dos brasileiros.
 
 
Entre os praticantes de esporte (54,1%), as mulheres têm leve vantagem: 50,4%. Foram considerados sedentários os entrevistados que declaram não ter feito nenhuma atividade física em 2013, no universo de 8.902 entrevistas domiciliares. Além do perfil dos praticantes de esportes, o diagnóstico investigou mais três grandes variáveis: a infraestrutura, o financiamento e a legislação.
 
"O Brasil estava desprovido de dados. Os países europeus fazem um trabalho há mais de 20 anos para saber exatamente qual é o perfil de praticantes e sedentários. Fizemos uma rede de seis universidades federais. O ponto de partida foi entender o grau de desenvolvimento do esporte no Brasil", explicou Cássia Damiani, à época diretora do Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério do Esporte. A parceria foi realizada com as universidades federais do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Goiás, do Amazonas, de Sergipe e da Bahia. A pesquisa foi coordenada pelo professor Ailton de Oliveira, da Universidade Federal de Sergipe.
 
"Nós detectamos que quanto menor a escolaridade, menor é a prática esportiva. Apresentamos também a questão do abandono. A entrada no mercado de trabalho ou na universidade está levando o jovem a abandonar a prática esportiva. Precisamos repensar também a política de trabalho. São informações que precisam ser debatidas", disse o pesquisador.
A estudante Ana Carolina Costa não pratica qualquer atividade física e aponta a falta de tempo como o principal obstáculo para deixar o sedentarismo: "Já tentei fazer Muai Thai, mas era mais por estética. O horário não bate. Tenho vontade de voltar, mas acho que 24 horas é pouco para um dia", contou.
 
Já o contador Rafael Simão, que joga futebol e faz musculação, listou benefícios da prática esportiva: "Além da saúde, sinto a disposição, a tranquilidade. Sem praticar me sinto cansado. Recomendo e vou continuar praticando", garantiu.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Ministros do Brasil e da França preparam acordo de cooperação entre os dois países

Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontra com Ministro do Esporte da França, Thierry Braillard. Foto: Ivo Lima/MEMinistro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontra com Ministro do Esporte da França, Thierry Braillard. Foto: Ivo Lima/ME
Os ministros do Esporte do Brasil, Leonardo Picciani, e da França, Thierry Braillard, se encontraram nesta terça-feira (16.8) na Casa da França para preparar um acordo de cooperação esportiva entre os dois países.
 
O acordo de parceria e intercâmbio para atletas franceses e brasileiros deve ser discutido em um próximo encontro. Braillard e Picciani programaram nova reunião durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, com início em 7 de setembro.
 
Admirador da cultura francesa, Leonardo Picciani destacou que os dois países já mantém diversos acordos em outras áreas, de modo que uma parceria esportiva fortaleceria ainda mais o relacionamento França-Brasil.
 
"França e Brasil têm um largo histórico de interação em diversos setores: na economia, na área de ciência e tecnologia e no esporte. A França é um dos grandes atores esportivos dos Jogos Olímpicos, prestigiou a Rio 2016 fazendo um grande espaço que tem sido um sucesso entre os cariocas. Muito importante essa interação e o legado cultural", analisou o ministro brasileiro.
 
Os Jogos Olímpicos representaram outro tópico do encontro, já que Paris é candidata para  sediar as Olimpíadas de 2024. Thierry Braillard elogiou a organização que o Brasil fez para a Rio 2016. Na avaliação dele, num patamar acima da Eurocopa de futebol, realizada este ano na França. Braillard elogiou ainda a evolução esportiva brasileira, algo que reforça a ideia de firmar parceria entre os dois países.
 
Leonardo Picciani lembrou que desde a vitória do Rio de Janeiro, em 2009, o Brasil viveu situações econômicas e políticas distintas, mas salientou que o país virou essa página e o compromisso de entregar os jogos foi cumprido.
 
"O ministro francês teve a oportunidade de conhecer um pouco da experiência do Brasil na organização dos Jogos Olímpicos e pude passar a ele alguns dados. Por exemplo, que 60% do valor investido na realização da Rio 2016 veio da iniciativa privada e que conseguimos fazer os jogos mais baratos dos últimos tempos", enfatizou Picciani.
 
No encontro, ainda sobre os Jogos, o ministro Picciani apresentou informações sobre o legado do Rio 2016 para o Brasil. Ele reforçou que as arenas olímpicas formarão o topo da pirâmide da Rede Nacional de Treinamento, no intuito de oferecer lazer e inclusão social, além de reforçar o esporte de alto rendimento.
 
Por sua vez, Braillard levou Picciani para conhecer os projetos da candidatura de Paris à cidade-sede de 2024 em uma apresentação em realidade virtual, uma das atrações da Casa França. No local, o ministro brasileiro conheceu e parabenizou o judoca francês Teddy Riner pelo bicampeonato olímpico na categoria dos pesos pesados.
 
Holanda
 
Logo em seguida, na Arena de Vôlei de Praia, em Copacabana, Leonardo Picciani se encontrou com a ministra do Esporte da Holanda, Edith Schippers, durante a semifinal vencida pelos brasileiros Alison e Bruno, por dois sets a um, contra os holandeses Brouwer e Meeuwsen.
 
Schippers também elogiou a organização dos Jogos Olímpicos e disse que "é um alívio pra um ministro do Esporte quando uma Olimpíada em casa dá certo". Ela destacou ainda projetos sociais-esportivos que visitou em comunidades do Rio de Janeiro.
 
Picciani aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância dos Jogos Paralímpicos como instrumento de inclusão e no sentido dos resultados dos atletas de alto rendimento. Ele consultou Edith Schippers ainda sobre o legado de grandes eventos, a preparação de atletas na Holanda e recebeu os parabéns pela vitória do Brasil no jogo de Vôlei de praia e a tão sonhada vaga na final olímpica.
 
Rodrigo Vasconcelos – brasil2016.gov.br

Contendo o choro para curtir um momento histórico, Thiago Braz recebe a medalha de ouro no Engenhão

Entre suas memórias mais especiais haverá sempre lugar na mente do paulista Thiago Braz para duas datas inesquecíveis e um lugar que o tempo não será capaz de apagar. A primeira é 15 de agosto de 2016, o dia em que, surpreendendo todos os prognósticos, Thiago se tornou, aos 22 anos, no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro (Engenhão), um campeão e recordista olímpico do salto com vara. A segunda data é a terça-feira, 16 de agosto, o dia em que ele voltou ao lugar que o consagrou para ser premiado com a medalha de ouro.
 
O campeão olímpico em dois momentos de descontração após a premiação.(Fotos: Getty Images)O campeão olímpico em dois momentos de descontração após a premiação.(Fotos: Getty Images)
 
Exatamente às 21h, os microfones do Engenhão anunciaram que teria início a cerimônia de premiação da prova do salto com vara masculina. Thiago e os outros dois medalhistas, o francês Renaud Lavillenie, dono de prata, e o norte-americano Sam Kendrics, bronze, saíram do túnel para ocupar seus lugares no pódio.
 
Vestido com o uniforme da delegação nacional, Thiago entrou sob aplausos. Kendrics foi chamado, ocupou seu lugar e foi premiado. Na vez de Lavillenie, uma vaia tomou conta do estádio. Imediatamente Thiago fez um gesto para que as vaias cessassem. E então, sob aplausos e gritos de apoio, ele ouviu seu nome ser anunciado. O paulista subiu ao pódio reverenciado. A medalha dourada lhe foi entregue e pouco depois o Hino Nacional encheu o Engenhão de emoção enquanto a bandeira do Brasil era hasteada no lugar mais alto.
 
Prestando continência, Thiago acompanhou tudo com serenidade impressionante. Ao seu lado, o francês estava aos prantos. “Tive um pouquinho de frio na barriga”, admitiu o paulista após a premiação. “Primeiro que eu já estava imaginando segurar a medalha, porque quando vi a imagem de como ela foi criada, até pensei: ‘Eu quero essa medalha’. Eu estava muito ansioso e estou feliz agora, mais calmo depois que a segurei. Poder participar com o público brasileiro e apreciar esse momento especial foi incrível”, declarou o campeão olímpico.
 
Sobre a medalha em si, ele fez o seguinte comentário: “É pesadinha. Eu achei que seria mais leve, mas não. E isso é legal também. O design... É tudo ótimo. Essa é a medalha perfeita. Não tem outra melhor”.
 
Thiago também falou sobre o pedido que fez para que o público encerrasse as vaias e revelou que, após a premiação, conversou com o lendário russo Sergey Bubka, medalha de ouro nas Olimpíadas de Seul 1988 no salto com vara, 11 vezes campeão mundial e até hoje dono das 13 melhores marcas da história na prova em competições abertas (outdoor), como os Jogos Olímpicos.
 
“Não queria que tivesse uma vaia. Eu estava conversando com o Sergey Bubka agora e falando da prova, de como foi. Ele comentou comigo: ‘Cara, se não fosse o Lavillenie, você não teria jamais saltado 6,03m naquele dia, porque na realidade vocês vinham numa guerra. Ele passava, você passava. Ou seja: um estava empurrando o outro”, revelou Thiago. “Então aquele gesto foi para ter respeito com ele. Ele é um ótimo saltador”, continuou. Por meio da conta no Twitter do Comitê Olímpico Internacional (COI), o presidente da entidade, Thomas Bach, criticou as vaias do público ao francês na cerimônia de premiação: “Foi uma atitude chocante da torcida vaiar Renaud Lavillenie na cerimônia de pódio. É algo inaceitável nos Jogos Olímpicos”, afirmou Bach.
 
Thiago, o francês Renaud Lavillenie e o norte-americano Sam Kendrics. (Fotos: Getty Images)Thiago, o francês Renaud Lavillenie e o norte-americano Sam Kendrics. (Fotos: Getty Images)
 
Thiago revelou também que, após a premiação, se encontrou com o francês e eles conversaram um pouco. O encontro terminou com um abraço. “Conversamos agora, eu, ele e o Sergey. Fazia quase um ano e meio que a gente não estava se falando, mas é que a gente também não estava pegando competições juntos e as competições sempre estavam ficando bem fortes e ele estava concentrado e eu também. Depois, ali, a gente deu um abraço um no outro e ficou tudo em paz”, assegurou.
 
Desde ontem, quando venceu a final olímpica, Thiago tem se mantido forte, no controle das emoções. Nesta noite, na premiação, as lágrimas mais uma vez não vieram. Não que ele não estivesse sendo atravessado por sentimentos fortíssimos. O motivo para conter o choro foi outro.
 
“Eu quis chorar”, admitiu. “Mas na realidade eu estava tão feliz que pensei assim: ‘Cara, se eu começar a chorar aqui vou perder o momento. Então eu queria observar o pessoal, ver tudo o que estava acontecendo e não prestar atenção no meu choro. Na realidade eu estava muito feliz”, encerrou o saltador, que disse também que ainda não se encontrou com a saltadora Fabiana Murer, que não teve a mesma sorte que ele e foi eliminada das Olimpíadas ainda na fase de classificação. “Eu na realidade não a vi. Não vi a prova e então não tenho nem como comentar”, finalizou.
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
 
Ascom Ministério do Esporte
 

Sinônimo de persistência, Robson Conceição se torna o primeiro campeão olímpico do boxe brasileiro

“Nunca desistir. O caminho é longo, mas a vitória é certa”. A frase que inspira Robson Conceição resume a extensa trilha que o baiano de 27 anos percorreu até a consagração nesta terça-feira (16.08). Foram três ciclos olímpicos, contando Pequim e Londres, para ele, enfim, se tornar um medalhista olímpico. O sonho se concretizou no Pavilhão 6 do Riocentro, quando o árbitro levantou o braço do brasileiro e decretou a vitória contra o francês Sofiane Oumiha por decisão unânime na final do peso-leve (até 60kg). 
 
Pódio da categoria até 60kg. O ouro inédito e histórico para o Brasil. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brPódio da categoria até 60kg. O ouro inédito e histórico para o Brasil. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
Assim, o menino que chegou a vender picolé na praia e que continua com voz serena, tranquila e sotaque carregado de baianidade, ser o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro no boxe. O pódio inédito consolida a força da terra dos melhores pugilistas do país, conhecida como “Cuba brasileira”. 
 
“Hoje fiz história, mas é só um reflexo de anos de dedicação e luta. Estou muito feliz. Ainda estou sonhando e não quero acordar nunca”, afirma o campeão, morador agora ilustre do bairro de Boa Vista de São Caetano, em Salvador. O pódio de hoje é o quinto do Brasil na história do boxe olímpico. “Olhando para a minha infância humilde, chegar aqui é tudo. Ter a torcida cantando ‘é campeão’ e me empurrando para a vitória foi uma experiência incrível”, diz o pugilista.
 
A vitória de Robson por decisão unânime. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brA vitória de Robson por decisão unânime. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
Ansiedade
 
A persistência é uma de suas características marcantes. Robson subiu ao ringue em Pequim, em 2008, e em Londres, em 2012. Em ambas, perdeu na luta de estreia. “Eu falo para os outros atletas nunca desistirem. Se fosse pela derrota, eu não estaria aqui. Quando comecei no boxe, fiz dez lutas e perdi todas. Pense no quanto apanhei. Mas, se tivesse desistido, hoje não seria campeão olímpico”, frisa. 
 
Desde quando venceu o seu grande adversário, o cubano Lazaro Alvarez, na semifinal dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Robson Conceição esperava ansiosamente pela final. Manteve os pés no chão e mostrou humildade nas declarações, mas não deixava de acreditar que o ouro poderia ser questão de tempo.
 
Em 2009, ele quase abandonou a modalidade. Na época, o baiano não quis morar em São Paulo para treinar com a seleção. Saiu da equipe principal e perdeu apoio financeiro. A Bolsa Atleta do Ministério do Esporte virou a única fonte de recursos.  
 
Já no ciclo para o Rio, o caminho até o ouro contou com o apoio financeiro do Bolsa Pódio do Ministério do Esporte – no valor de R$ 15 mil mensais –, além de estrutura montada pela confederação para a Seleção. Robson dedicou 100% de suas atenções ao esporte, com foco exclusivo em representar o país no Rio 2016.
 
Foram duas bases de treinos. Uma em São Paulo, com a seleção principal, e outra em Salvador, onde treina com Luiz Dórea – um dos principais treinadores do país, que carrega no currículo grandes nomes do esporte, como o do ex-pugilista Popó e do MMA.
 
Robson durante a luta final contra o francês Sofiane Oumiha. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brRobson durante a luta final contra o francês Sofiane Oumiha. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
Final olímpica
 
A final da categoria até 60kg fechou a noite desta terça-feira no Pavilhão 6 do Riocentro. Foi o primeiro confronto entre os dois pugilistas. O francês vinha de vitória sobre o atleta da Mongólia Otgondalai Dorjnyambuu – segundo melhor do mundo. Na análise de Conceição, a receita foi buscar a vitória clara, sem contestações possíveis, sempre. “Nunca podemos depender dos jurados”, sentencia. 
 
Adversário da final, Sofiane Oumiha reconhece que Robson foi melhor e elogia a participação intensa da torcida brasileira. "Eu tentei dar o meu melhor, mas no fim ele foi o vencedor, mesmo. A prata sempre envolve um grau de desapontamento, mas logo depois percebi como era sortudo de estar onde estou e me sinto orgulhoso", destaca o francês. "Eu nunca havia tido a experiência de ter uma multidão contra mim, mas achei magnífico. O público brasileiro estava o tempo todo com Robson”, completa. 
 
A medalha olímpica soma-se a outras conquistas. Robson foi bronze no Mundial de Doha, em 2015; prata no Mundial de Almaty, em 2013; ouro no Continental Pan-Americano de Santiago, em 2013; prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011; e ouro no Pré-Olímpico da Guatemala, em 2008.
 
Caminho do ouro
 
O caminho até o ouro começou no dia 9 de agosto. O primeiro desafio foi contra o pugilista Anvar Yunusov, do Tajiquistão. O brasileiro venceu por nocaute técnico. Nas quartas de final, Conceição superou por decisão unânime dos árbitros a Hurshid Tojibaev, do Uzbequistão.
 
Passar pela semifinal era o maior desafio desde que ficou desenhado o sorteio da chave. Robson enfrentou um de seus maiores adversários na categoria até 60kg. Combate considerado como final antecipada, o brasileiro venceu o cubano Lazaro Alvarez, número 1 do mundo, tricampeão mundial e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, em decisão dividida.
 
“Estávamos empatados com uma vitória cada. Com o apoio da torcida, mandando eu ir para cima e mandando mensagens nas redes sociais, consegui vencer. Mostrei muita técnica, muita vontade de lutar e penso que impressionei a todos”, ressalta o brasileiro, logo após o combate contra Alvarez.
 
Os sonhos de Robson Conceição não terminaram após a medalha olímpica. Depois do Rio 2016, ele pretende lutar profissionalmente. O desejo é competir até os 35 anos e realizar outro feito: ser campeão do mundo.
 
Trilha olímpica
 
Ao longo do ciclo olímpico atual, nove pugilistas foram contemplados com a Bolsa Pódio, resultado de um investimento total de R$ 1,8 milhão. Além disso, a Bolsa Atleta somou mais de R$ 7,3 milhões entre 2012 e 2015, na concessão de 587 bolsas, nas categorias nacional, internacional e olímpica.
 
O Ministério do Esporte investe na modalidade por meio de convênios com a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe). O primeiro foi em 2010, no valor de R$ 111 mil, e permitiu a aquisição de três ringues, 15 sistemas eletrônicos de pontuação e material esportivo. 
 
“Gostaria de agradecer a todos que me apoiaram e me incentivaram. O trabalho realizado no boxe vem sendo feito há muitos anos. Para se ter resultado não adianta se dedicar em pouco tempo”, finaliza o campeão olímpico.
 
Breno Barros, brasil2016.gov.br
 

Nota de pesar pela morte de João Havelange

Lamento profundamente a morte de João Havelange, ex-atleta e dirigente esportivo. Ele estava com 100 anos de idade e não resistiu a complicações de uma pneumonia.
 
Havelange teve importância fundamental no trabalho de levar o futebol a todas as regiões do planeta, além de ter atuado firmemente no projeto vitorioso da candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
 
Em nome do Ministério do Esporte, presto minhas sinceras condolências aos familiares e aos amigos de João Havelange.
 
Leonardo Picciani
Ministro do Esporte
 

“Eu vim para fazer história”, diz Isaquias Queiroz com primeira medalha da canoagem velocidade no peito

A felicidade por ter conquistado a primeira medalha da história da canoagem velocidade brasileira nos Jogos Olímpicos é visível no sorriso de Isaquias Queiroz, prata na prova do C1 1.000m, no Estádio Olímpico da Lagoa, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (16.08). Mas ela contrasta com a pressa e a preocupação em deixar logo a zona mista para trás e não desagradar seu técnico, o espanhol Jesús Morlan. “Ele já deve estar louco me esperando para eu ir para a água”, diz o brasileiro, rindo, com a prata pendurada no pescoço.
 
Isaquias Queiroz sorri com a primeira medalha da história da canoagem velocidade brasileira no peito. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias Queiroz sorri com a primeira medalha da história da canoagem velocidade brasileira no peito. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br
 
O motivo é nobre. Isaquias tem mais dois compromissos nos Jogos Rio 2016. O brasileiro compete no C1 200m e no C2 1.000, ao lado de seu conterrâneo, o baiano Erlon de Souza. Não há tempo para comemorar agora, e sim focar em fazer o que ele se propôs a alcançar no Rio de Janeiro. “Eu vim para fazer história. E ela está sendo escrita com a primeira medalha do Brasil. Vim aqui para buscar três e acredito que a gente possa conseguir bons resultados nas próximas provas”, afirma Isaquias, apontando para o objeto de desejo de todos os atletas olímpicos.
 
Aos 22 anos, o baiano de Ubaitaba chegou aos Jogos Olímpicos com o status de bicampeão mundial e forte candidato a conquistar ao pódio na canoagem velocidade. O único porém é que sua especialidade, o C1 500m, não faz parte do programa olímpico. Na primeira oportunidade que teve, no entanto, o brasileiro pareceu não se importar. Com o tempo de 3m58s529, perdeu apenas para o alemão Sebastian Brendel, agora bicampeão olímpico com 3m56s926.
 
“A sensação é fantástica. A prova é muito cansativa. Tive que aprender a conciliar o C1 1.000m com o C1 200m e o barco de equipe junto com o Erlon. Tinha um pouco de medo por estar treinando várias provas ao longo do ano para chegar aqui e tentar conseguir três medalhas”, admite Isaquias, falando sobre a prova e elogiando seu adversário.
 
“Controlei bastante o ritmo. Cheguei a ficar em primeiro na metade da prova. Depois dosei a remada. Sabia que o alemão é muito bom. O cara é um fenômeno na água. É muito mais velho que eu e tem mais experiência. Só fiquei atrás de um cara que é bicampeão olímpico, não sei quantas vezes campeão mundial, então, estou satisfeito. Na próxima Olimpíada acho que vai ser muito mais pegado”, projeta o brasileiro, já pensando em Tóquio 2020.
 
Isaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br
 
Depois de cruzar a linha de chegada, Isaquias e Sebastian Brendel trocaram algumas palavras ainda dentro da Lagoa. O campeão olímpico cumprimentou seu principal rival e elogiou o futuro do brasileiro. “Cumprimentei e disse que ele é muito bom, que sou fã. Ele também me deu os parabéns, disse que sou muito novo e tenho muito tempo”, revela o brasileiro.
 
“Tem coisa melhor por vir”
 
Se a prata já é histórica para a canoagem velocidade do Brasil, Isaquias Queiroz ainda não está satisfeito. O brasileiro sabe que tem condições de voltar ao pódio nos próximos dois compromissos que tem no Rio 2016, principalmente no C2 1.000m, com Erlon de Souza.
 
“A gente tá muito focado. Estamos remando muito no C2. Vai depender da gente. Também não adianta treinar muito e não fazer nada na Olimpíada. Mas tem coisa melhor por vir”, ressalta o baiano, falando também da outra prova, o C1 200m. “A medalha está entre 38 segundos. Já consegui fazer 38 baixo, mas vamos esperar a prova, por que treinamento é uma coisa e competição é outra. Vamos ver o que vai acontecer.”
 
No C2 1.000m, Isaquias terá a oportunidade de dar o troco no alemão Brendel, que o venceu na prova individual. Os dois vão remar na mesma bateria na sexta-feira (19.08). Antes, o baiano volta ao Estádio da Lagoa para a disputa das preliminares do C1 200m, nesta quarta (17.08).
 
Torcida e família presentes
 
Dona Dilma Queiroz comemora a prata do filho no Estádio da Lagoa. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brDona Dilma Queiroz comemora a prata do filho no Estádio da Lagoa. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brNas arquibancadas do Estádio da Lagoa, Isaquias encontrou apoio da torcida brasileira. O canoísta conta que ouviu os gritos vindos da arquibancada nos últimos 300 metros da competição. Além disso, ali estavam  algumas presenças especiais, principalmente a de dona Dilma, mãe do atleta, que assistiu a ele competindo pela primeira vez.
 
 “Ela mora na Bahia e tinha medo de vir de avião. Eu falei: ‘a senhora vai vir de avião’. Ela veio e acabou gostando. Estou muito feliz por ela ter prestigiado essa medalha. Dei um abraço e ela ficou muito emocionada. Me matei para deixá-la feliz pelo filho dela”, declara o canoísta.
 
“Ele estava confiante. Falou para mim: ‘mãe, a gente está aqui preparado para tudo’. Ele se preparou para ganhar. A cidade inteira parou para ver”, lembra dona Dilma Queiroz, que veio ao Rio acompanhada da tia, do irmão e do sobrinho do canoísta brasileiro.
 
Acidentes, Segundo Tempo e investimentos
 
A história de Isaquias Queiroz impressiona muito antes de ele começar a remar. A infância do baiano foi recheada de acidentes e histórias de superação. Aos três anos, a queda de uma panela de água fervendo queimou boa parte de seu corpo e o deixou no hospital por mais de um mês. Dois anos depois, o baiano chegou a ser sequestrado em sua cidade natal, mas foi encontrado antes de ser dado para a adoção. Por fim, perdeu um rim ao escalar e cair de uma árvore quando tentava ver mais de perto uma cobra morta presa a um galho.
 
Festa brasileira no Estádio da Lagoa: Isaquias agradeceu barulho da torcida nos metros finais da prova. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brFesta brasileira no Estádio da Lagoa: Isaquias agradeceu barulho da torcida nos metros finais da prova. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br
 
O brasileiro se diz satisfeito por ter superado tantos obstáculos e hoje competir em alto nível e ser medalhista olímpico, mas também minimizou as dificuldades que enfrentou para chegar aonde chegou. “É uma satisfação grande ganhar a medalha depois de passar por tanta coisa na minha vida e na minha carreira. Só tenho um rim e nunca usei isso para chamar a atenção. Para mim é uma coisa normal. No esporte todo mundo tem dificuldade e na vida também”, comenta Isaquias.
 
Outro momento marcante da vida de Isaquias Queiroz foi aos 11 anos, quando ele começou a praticar a canoagem velocidade por meio do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. “Essa medalha tem muito significado para mim por eu ter começado em um projeto social. O esporte pode mudar a vida de vários jovens. Espero que daqui para frente esse meu resultado e o de vários atletas possam abrir os olhos da sociedade”, destaca o canoísta, que também é beneficiado pelo programa Bolsa Pódio do governo federal.
 
Em 2010, o Ministério do Esporte celebrou convênio com a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) no valor de R$ 2,1 milhões para estruturação de centros da modalidade no país. Já por meio do Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual do mundo, entre 2012 e 2015 o Ministério investiu R$ 5,4 milhões na concessão de 433 bolsas, nas categorias Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica. Quatro atletas, entre eles Isaquias Queiroz, são patrocinados pela Bolsa Pódio, a mais alta do programa e criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Rio 2016, num aporte de R$ 960 mil.
 
Vagner Vargas, Michelle Abílio e Rodrigo Vasconcelos – brasil2016.gov.br
 
 
 
 

Grego tem série "limpa" e deixa Zanetti com a prata nas argolas

Uma nota de partida idêntica: 6.800. Os elementos das séries também eram os mesmos, apenas posicionados em sequências diferentes. Era a execução que definiria quem levaria o ouro. Desta vez o maior prêmio das argolas foi para a Grécia, berço dos Jogos Olímpicos, pendurado no pescoço de Eleftherios Petrounias, o mesmo que iniciou a longa caminhada da chama olímpica no mês de abril, em Olímpia. Nesta segunda-feira (15.08), quase quatro meses depois, o ginasta concluiu sua missão, no Rio de Janeiro, dando trabalho e deixando a prata ao rival Arthur Zanetti.
 
Pódio das argolas, com o grego Petrounias, Zanetti e o russo Abliazin. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Pódio das argolas, com o grego Petrounias, Zanetti e o russo Abliazin. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
O brasileiro, contudo, se disse até mais contente com a segunda colocação na Arena Olímpica do Rio do que com o ouro de quatro anos atrás, em Londres. “Competir em casa e defender um título é muito mais difícil, então esse resultado com certeza tem um gostinho a mais”, avalia Zanetti. “Os atletas que conseguem manter o resultado são mitos mesmo. Ontem vi a prova do Usain Bolt e ele é tricampeão olímpico. Para esse cara a gente tem que tirar o chapéu. Trabalhei muito mais duro do que em 2012 e consegui a prata, então vi o quanto foi difícil estar aqui”, compara.
 
Para afastar qualquer cobrança pelo bicampeonato, Zanetti optou por uma estratégia diferente nos últimos dias. “Eu passava na rua e as pessoas falavam ‘traz o ouro’. Não é simples assim. Teve uma pressão a mais. Antes de chegar no Rio, eu me coloquei uma pressão também, mas aqui esqueci tudo, até redes sociais, para me concentrar nos meus treinos e na minha prova”, explica.
 
No início da tarde, os atletas foram apresentados para a final das argolas. O brasileiro seria o último a competir, posição que, assim como em Londres, foi possível ocupar após uma classificatória mais simples, que resultou na quinta colocação e o deixou no segundo bloco dos competidores. Depois de receber o aplauso do público, Zanetti saiu de cena. Foi para o ginásio de aquecimento e só retornou à arena mais perto da hora de subir nas argolas.
 
Mesmo ali dentro, enquanto as notas de sete rivais eram exibidas no telão central, o brasileiro preferiu se isolar. “Eu não olhei a série de ninguém. Quando voltei para o ginásio de competição, sentei na minha cadeira, com a cabeça para baixo, e fiquei pensando em coisas boas e na minha série”, conta. Segundo Zanetti, nem mesmo os 16.000 pontos somados pelo grego, atual campeão mundial, após uma apresentação impecável e com saída cravada do aparelho, ele presenciou.
 
Zanetti durante a prova no Rio. Pequenos erros de execução foram a diferença entre a prata e o ouro. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Zanetti durante a prova no Rio. Pequenos erros de execução foram a diferença entre a prata e o ouro. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
A pontuação, no entanto, seria difícil de bater. Até hoje, o melhor resultado do atleta de São Caetano do Sul foi durante a Copa do Mundo de São Paulo, no ano passado, quando recebeu 16.050 nas argolas. Esse resultado o teria assegurado novamente no topo do pódio olímpico, mas algumas falhas de execução comprometeram a nota final, fechada em 15.766. No evento-teste para os Jogos, em abril, Petrounias também ficou à frente de Zanetti durante a classificatória, mas o brasileiro levou a melhor na final.
 
“O Petrounias foi melhor hoje. Ele está numa fase muito boa da vida dele como atleta e veio aqui para realmente disputar, assim como o chinês, mas que não cravou a saída e acabou ficando fora. Eu achava que os três disputariam os três primeiros lugares”, comenta o técnico Marcos Goto. Yang Liu (15.600) terminou em quarto, deixando o bronze para o russo Denis Abliazin (15.700).
 
Depois de receber um abraço de Zanetti, o grego comemorou a conquista, mas sem considerar a apresentação perfeita. “Não existe perfeição. Foi uma série muito boa, mas mesmo agora, alguns minutos depois, eu sei de algumas coisas que eu gostaria de mudar e fazer um pouco melhor”, argumenta. A pontuação, segundo ele, foi dentro do planejado para a final. “Eu sabia que com essa nota era possível ser campeão. Poucos atletas podem tirar isso, e esse era o objetivo”, explica o novo medalhista de ouro das argolas.
 
Ouro para a Holanda
 
Nem Zanetti nem Petrounias eram considerados tão favoritos ao ouro quanto a norte-americana Simone Biles, na disputa da final da trave, nesta segunda. A ginasta, que já faturou três ouros no Rio de Janeiro, no entanto, sofreu um desequilíbrio durante a apresentação e, por muito pouco, não caiu do aparelho. Assim, somou 14.733, bem abaixo das notas que costuma receber, e ficou com o bronze. “Não estou decepcionada com a medalha, mas sim com a série que eu fiz”, lamenta a estrela dos Estados Unidos.
 
O país viu outra atleta ter um rendimento melhor. Lauren Hernandez recebeu 15.333 e levou a prata. O título de campeã olímpica foi para a holandesa Sanne Wevers (15.466), vice-campeã mundial, com uma série elegante e limpa, capaz de desbancar as duas americanas.
 
Flávia Saraiva durante a série de trave. Quinta colocação e um futuro promissor para a atleta de 16 anos. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Flávia Saraiva durante a série de trave. Quinta colocação e um futuro promissor para a atleta de 16 anos. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
Já Flávia Saraiva não beliscou o pódio por pouco. Depois de dois desequilíbrios, a ginasta ficou com 14.533 pontos e o quinto lugar. “Acho que não era meu dia, mas eu me esforcei ao máximo e dei o meu melhor”, afirma. Mesmo assim, saiu satisfeita com o resultado para uma estreia. “Estou emocionada porque na minha primeira Olimpíada fui a quinta melhor do mundo. Não tem emoção maior do que isso. Ainda sou muito nova e vou treinar mais e mais para a próxima Olimpíada, para que dê tudo certo para mim”, avisa Flavinha.
 
Ana Cláudia Felizola, com colaboração de Rafael Brasil, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla