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Rúgbi brasileiro convoca as seleções masculina e feminina para o Rio 2016

Foto: Divulgação/CBRuFoto: Divulgação/CBRu
 
A Confederação Brasileira de Rugby anunciou, nesta sexta-feira (08.07), a relação dos atletas das seleções feminina e masculina convocados para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Os 24 jogadores listados, sendo 12 de cada gênero, representarão o país no retorno do esporte ao maior evento multiesportivo do mundo após 92 anos.
 
As atletas do time feminino convocadas são: Paula Ishibashi (capitã), Amanda Araújo, Beatriz Futuro, Claudia Teles, Edna Santini, Haline Scatrut, Isadora Cerullo, Júlia Sardá, Juliana Esteves, Luiza Campos, Raquel Kochhann e Tais Balconi. O técnico da equipe é o neozelandês Chris Neill.
 
Os jogadores convocados pelo técnico argentino Andres Romagnoli para a disputa dos Jogos Rio 2016 são: Lucas Duque (capitão), André Silva, Arthur Bergo, Daniel Sancery, Felipe Sancery, Felipe Silva, Gustavo Albuquerque, Juliano Fiori, Laurent Bourda-Couhet, Martin Schaefer, Moisés Duque e Stefano Giantorno.
 
O torneio de rúgbi será disputado entre 6 e 11 de agosto no Estádio Olímpico de Deodoro. As meninas da equipe verde e amarela entram em campo antes do time masculino: elas estão no Grupo C da competição e estreiam diante da Grã-Bretanha, às 12h,  no dia 6 de agosto. Na mesma data, às 17h30, encaram o Canadá. No dia seguinte, às 12h, o Brasil mede forças diante do Japão. O restante da tabela será definido conforme a classificação dos times.
 
Já os Tupis estão no Grupo A dos Jogos Olímpicos e estreiam no dia 9, contra Fiji, às 13h30. Na mesma data, os Estados Unidos são o adversário do time verde e amarelo. Na primeira fase, o Brasil encerra a sua participação no dia 10, às 13h, no clássico diante da Argentina.
 
No retorno aos Jogos Olímpicos após 92 anos, o rúgbi será disputado com sete atletas por equipe. O esporte já foi praticado em quatro edições, mas na modalidade XV, com 15 atletas de cada lado. 
 
Confira o perfil dos convocados:

Foto: Divulgação/CBRuFoto: Divulgação/CBRu

Seleção Feminina

 
Paula Ishibashi (capitã) (Apelido: Paulinha)
Data de Nasc: 14/02/1985 (31 anos)
Naturalidade: São Paulo, SP
Peso (Kg): 58.00 / Altura (m): 1.56
Clube: SPAC (Pratica desde: 2000)
Posição: Abertura/Half scrum (Seleção desde: 2004)
 
Amanda Araújo (Apelido: Amandinha)
Data de Nasc: 23/02/1990 (26 anos)
Naturalidade: Camaragibe (PE)
Peso (Kg): 54.00 / Altura (m): 1.56
Clube: SPAC (Pratica desde: 2000)
Posição: Abertura/Half scrum (Seleção desde: 2004)
 
Beatriz Futuro Muhlbauer (Apelido: Baby)
Data de Nascimento: 26/02/1986 (30 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro
Peso (Kg): 68.00 / Altura (m): 1.72
Clube: Niterói Rugby (Pratica desde: 1998)
Posição: Pilar (Seleção desde: 2004)
 
Claudia Teles(Apelido: Claudinha)
Data de Nascimento: 02/01/1992 (24 anos)
Naturalidade: Paulista – PE
Peso (Kg): 57.00 / Altura (m): 1.66
Clube: Niteroi Rugby
Posição: Ponta  (Seleção desde: 2014)
 
Edna Santini(Apelido: Edninha)
Idade: 23 anos / Nasc.: 15/07/1992 (23 anos)
Naturalidade: Jacarei, SP
Peso (Kg): 55.00 / Altura (m): 1.52
Clube: São José Rugby (Pratica desde: 2002)
Posição: Half-Scrum (Seleção desde: 2008)
 
Haline Leme Scatrut(Apelido: Hali)
Data de Nascimento: 09/08/1992 (23 anos)
Naturalidade: Bombinhas, SC
Peso (Kg): 64.00 / Altura (m): 1.69
Clube: Curitiba
Posição: Centro/Ponta (Seleção desde: 2013)
 
Isadora Cerullo(Apelido: Izzy)
Data de Nascimento: 24/03/1991 (24 anos)
Naturalidade: Dupla nacionalidade (EUA/BRA)
Peso (Kg): 59.00 / Altura (m): 1.58
Clube: Niterói
Posição: Half / Abertura (Seleção desde: 2014)
 
Júlia Sardá
Data de Nascimento: 01/12/1982 (33 anos)
Naturalidade: Florianópolis, SC
Peso (Kg): 63.00 / Altura (m): 1.74
Clube: Desterro Rugby Clube (Pratica desde 2004)
Posição: Pilar (Seleção desde: 2004)
 
Juliana Esteves(Juka)
Data de Nascimento: 27/01/1984 (32 anos)
Naturalidade: São Paulo, SP
Peso (Kg): 75 / Altura (m): 1.77
Clube: Bandeirantes
Posição: Pilar (Seleção desde: 2010 )
 
Luiza Gonzalez da Costa Campos
Data de Nascimento: 30/07/1990 (25 anos)
Naturalidade: Porto Alegre, RS
Peso (Kg): 64.00 / Altura (m): 1.63
Clube: Charrua
Posição: Hooker (Seleção desde: 2012)
 
Raquel Cristina Kochhann
Data de Nascimento: 06/10/1992 (23 anos)
Naturalidade: Saudades, SC
Peso (Kg): 70 / Altura (m): 1.72
Clube: Charrua
Posição: Pilar/Centro (Seleção desde: 2013)
 
Tais Bernal Balconi (Apelido: Tatá)
Data de Nascimento: 11/04/1991 (24 anos)
Naturalidade: Florianópolis, SC
Peso (Kg): 61.00 / Altura (m): 1.64
Clube: Desterro Rugby Clube
Posição: Centro/Ponta (Seleção desde: 2012)
 
Foto: Divulgação/CBRuFoto: Divulgação/CBRu
 

Seleção Masculina

 
Lucas Duque (capitão)(Apelido: Tanque)
Idade: 32 / Nasc: 15/03/1984
Naturalidade: São José dos Campos, SP
Peso (Kg): 84.00 / Altura (m): 1.70
Clube: São José
Posição: Half/Abertura (Seleção desde: 2005)
 
André Luiz Silva(Apelido: Boy)
Data de Nascimento: 22/03/1988 (28 anos)
Naturalidade: São Paulo, SP
Peso (Kg): 70.00 / Altura (m): 1.70
Clube: SPAC
Posição: Back (Seleção desde: 2011)
 
Arthur Bergo
Data de Nascimento: 07/03/1994 (22 anos)
Naturalidade: São Paulo, SP
Peso (Kg): 83.00 / Altura (m): 1.83
Clube: SPAC
Posição: Terceira Linha/ Lock (Seleção desde: 2011)
 
Daniel Sancery
Data de Nascimento: 27/05/1994 (21 anos)
Naturalidade: Campinas, SP
Peso (Kg): 92.00 / Altura (m): 1,82
Clube: São José
Posição: Fullback (Seleção desde: 2016)
 
Felipe Sancery
Data de Nascimento: 27/05/1994 (21 anos)
Naturalidade: Campinas, SP
Peso (Kg): 90.00 / Altura (m): 1.82
Clube: São José
Posição: Centro (Seleção desde: 2015)
 
Felipe Silva (Apelido: Alemão)
Data de Nascimento: 28/02/1986 (30 anos)
Naturalidade: São Paulo, SP
Peso (Kg): 78.00 / Altura (m): 1.70
Clube: Pasteur
Posição: Half (Seleção desde: 2005)
 
Gustavo Albuquerque (Apelido: Rambo)
Data de Nascimento: 28/06/1991 (25 anos)
Naturalidade: Maringá, PR
Peso (Kg): 85.00 / Altura (m): 1.72
Clube: Curitiba
Posição: Ponta/Hooker (Seleção desde: 2010)
 
Juliano Fiori (Apelido: Thor/Tarzan)
Data de Nascimento: 27/06/1985 (31 anos)
Naturalidade: Dupla nacionalidade (ING/BRA)
Peso (Kg): 107.00 / Altura (m): 1.91
Clube: Richmond FC
Posição: Pilar/ 6/8 (Seleção desde: 2014)
 
Laurent Bourda-Couhet
Data de Nascimento: 12/07/1994 (22 anos)
Naturalidade: Dupla nacionalidade (FRA/BRA)
Peso (Kg): 75.00 / Altura (m): 1.71
Clube: Bandeirantes
Posição: Scrum Half (Seleção desde: 2013)
 
Martin Schaefer
Data de Nascimento: 18/10/1989 (27 anos)
Naturalidade: São Paulo, SP
Peso (Kg): 93.00 / Altura (m): 1.83
Clube: Rio Branco
Posição: Centro (Seleção desde: 2011)
 
Moisés Duque
Data de Nascimento: 21/12/1988 (28 anos)
Naturalidade: São José dos Campos, SP
Peso (Kg): 87.00 / Altura (m): 1.74
Clube: São José Rugby
Posição: Back (Seleção desde: 2005)
 
Stefano Giantorno
Data de Nascimento: 27/09/1991 (25 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro, RJ
Peso (Kg): 80.00 / Altura (m): 1.70
Clube: Na.For Rugby (Seleção desde: 2015)
 
Fonte: CBRu
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Estrelas de diversas modalidades prestigiam a passagem da chama pela capital gaúcha

 
Futebol, golfe, natação, judô, esgrima, ginástica e vôlei foram apenas algumas das modalidades dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos representadas durante o revezamento da tocha em Porto Alegre nesta quinta-feira (7.7). Atletas do presente e do passado se emocionaram com a chama e dividiram o momento com milhares de pessoas ao longo de 15 quilômetros. A calorosa festa pelas ruas e parques foi suficiente para aquecer quem estava por perto.
 
Ponto de largada do revezamento dentro da cidade, o verde do Parcão, nome popular do Parque Moinhos de Vento, foi ofuscado pelo azul dos torcedores do Grêmio. Isso porque o técnico Roger Machado conduziu a chama saindo de lá. “Sendo o esportista que fui e trabalhando com esporte, isso me deixa muito lisonjeado”, diz. Recebido pelos gritos e animação da escolinha do time, Roger acredita que o grande legado desse momento para o país são os novos talentos. “As crianças representam a essência do espírito olímpico. Importante que já vivam isso desde agora”, finaliza.
 
Como não seria justo Grêmio sem Internacional, o revezamento também teve Gre-Nal, mas a torcida colorada estava bem longe dos gremistas, em casa, no estádio Beira-Rio. O ex-jogador Paulo César Tinga recebeu o fogo olímpico ouvindo os gritos de guerra dos torcedores e curiosos, bem em frente à arena que também recebeu jogos da Copa do Mundo FIFA 2014. “Conduzir a tocha e ainda na minha cidade, na minha casa, onde eu vivo e vivi as minhas maiores alegrias como jogador, é uma grande emoção”, comemora.
 
Antes do percurso pelo centro da cidade, a chama deu um pulinho no bairro São João, onde os atletas Felipe Kitadai e Graciele Hermann prestigiaram seu patrocinador e acenderam a chama. Bronze em Londres-2012, o judoca foi o primeiro condutor em Porto Alegre, cidade onde mora. O paulista disse estar com boas expectativas para os Jogos no Rio. “A gente sempre treina mirando o ouro. A equipe do judô está preparada, todo mundo tem chance de fazer uma grande Olimpíada no Brasil!”, assegura.
 
Felipe passou a chama para a nadadora Graciele, que disputará sua segunda olimpíada e já está convocando um apoio reforçado. “Conto com a torcida de todo mundo porque isso que vai dar o gás final na minha prova. Brasileiro é um povo quente, vamos juntos”, vibra.
 
Campeão olímpico em Barcelona 1992 com a Seleção Brasileira de vôlei, Marcelo Negrão (terceiro da direita para a esquerda) vibra com a Tocha Olímpica. Foto: Francisco Medeiros/MECampeão olímpico em Barcelona 1992 com a Seleção Brasileira de vôlei, Marcelo Negrão (terceiro da direita para a esquerda) vibra com a Tocha Olímpica. Foto: Francisco Medeiros/ME
 

Golfe nos Jogos

 
Considerada a melhor jogadora de golfe do país, Elizabeth Nickhorn conduziu a tocha olímpica e diz que foi o troféu que faltava. “Foi maravilhoso. Foi para coroar minha carreira de golfista”, comemora. A recordista mundial, com 13 participações no Troféu Espírito Santo e 15 vezes campeã brasileira, de 1967 a 1998, lamentou não ter podido participar dos Jogos. Mas deseja boa sorte para a nova geração. A ex-atleta recebeu a chama da jornalista esportiva e porto-alegrense Cristiane Dias no bairro Bom Fim.
 

Geração de ouro

 
Em 1992, nos Jogos de Barcelona, a equipe de vôlei masculino levou ouro histórico, se tornando a primeira geração dourada do vôlei nacional. Em 2016, Marcelo Negrão e Paulão se uniram novamente, mas agora com reforço das novas gerações para conduzir a tocha em Porto Alegre.
 
No grupo, o levantador Marlon, campeão mundial com a seleção em 2010, e os filhos de Paulão, Pedro e Pietra. Os cinco percorreram o parque Farroupilha, o mais tradicional e popular da cidade.
 

Beijo de espadas

 
Jovane Guissone era só alegria antes do revezamento. “Nunca cheguei perto dela”, brincava, ao pegar a tocha olímpica nas mãos. Sem os movimentos das pernas por causa de um tiro que levou ao reagir a um assalto, o atleta da esgrima em cadeira de rodas foi um dos condutores da chama olímpica em Porto Alegre. “A tocha não vai passar na minha cidade natal, que é Barros Cassal, mas eu vou levá-la para lá e vou continuar o desfile”, revelou.
 
Com apenas oito anos de dedicação à modalidade, Jovane coleciona conquistas importantes, como a liderança do ranking mundial e o ouro nas Paralimpíadas de Londres 2012. “Com todas as dificuldades, eu fui para Londres. Eu tinha sonhos de conseguir uma medalha, de conseguir levantar a modalidade e de mudar de vida”, conta o atleta, ao lembrar que levava três horas para chegar ao treino, depois de pegar três ônibus e um trem. “Eu cheguei sem patrocínio. Foi bem duro, muitas vezes tive que pagar viagem do meu próprio bolso e fazer vaquinha, pedir ajuda dos amigos para viajar”, completa.
 
 
Hoje, com dois patrocinadores e já classificado para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 nas categorias espada e florete, ele comemora as conquistas. “Fico muito feliz pelas grandes mudanças na minha vida, na da minha família e na minha carreira”. Depois das emoções com a Tocha Olímpica, o momento é de focar nos próximos objetivos. “Tenho treinado forte e me dedicado bastante. São quatro anos de muito trabalho e vamos tentar a segunda medalha paraolímpica”, promete.
 
Ele passou a chama para o também esgrimista Guilherme Toledo. Especialista em florete, o porto-alegrense irá participar da segunda olimpíada e garante que agora é “força total na reta final dos Jogos Olímpicos”.
 

Revezamento

 
Ao longo do percurso, muita arte, cultura e música, como a escola de samba em frente ao estádio Beira-Rio. Na Praça das Armas, foi a vez de Mayra Aguiar conduzir a chama, ao som da banda da marinha e acompanhada por uma multidão. A judoca, campeã mundial e bronze em Londres 2012, é uma das grandes esperanças de medalha no Rio de Janeiro.
 
Já no bairro Praia de Belas, a velejadora Fernanda Horn, 18 vezes Campeã Brasileira (1996, 1999 a 2015), participou do revezamento e disse estar se preparando intensamente para sua quinta participação em Jogos Olímpicos (Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012). Em Pequim, ela foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha (bronze) na vela.
 
Revezamento da Tocha - Porto AlegreRevezamento da Tocha - Porto Alegre

Acendimento da pira

 
O encerramento ficou por conta da ex-ginasta Daiane dos Santos, que recebeu a chama da jornalista Patrícia Poeta. Primeira brasileira da modalidade, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Campeonato Mundial, Daiane chegou radiante ao Largo Glênio Peres, no centro histórico de Porto Alegre. Diante da multidão, ela agradeceu o carinho do público após acender a pira olímpica. "Vocês dão forças para a gente fazer tudo o que fazemos", afirma.
 
Integrante da primeira seleção brasileira completa a disputar uma edição olímpica, em Atenas 2004, Daiane também relembra alguns fatos históricos em sua carreia que explicam o verdadeiro espírito olímpico.
 
"Tive muitos momentos que me marcaram, mas o melhor foi a final por equipes que fizemos, pois foi o momento do grupo e de mostrar que a ginástica do Brasil não era apenas uma ginasta", afirma. A ginasta possui dois movimentos com seu nome por ser a primeira no mundo a realizá-los: o duplo twist carpado, ou Dos Santos I, e a evolução deste primeiro: o duplo twist esticado, ou Dos Santos II.
 
Lorena Castro e Lilian Amaral – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
 

Seleção Brasileira de ginástica artística é convocada para o Rio 2016

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) anunciou nesta sexta-feira (08.07) as Seleções de Ginástica Artística que irão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. É a primeira vez que o País contará com as duas equipes completas na maior competição esportiva do Mundo.
 
No masculino, os convocados são Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior e Sérgio Sasaki. Todos os ginastas fazem parte do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. Caio Souza e Lucas Bitencourt são os reservas. Antes mesmo de embarcarem para o Rio de Janeiro, os ginastas já fizeram história, já que farão a estreia de uma equipe masculina completa em uma edição de Olimpíada.
 
Fotos: Divulgação/COBFotos: Divulgação/COB
 
O coordenador da Seleção de Ginástica Artística masculina da CBG, Leonardo Finco, comentou que chegar a esses nomes foi uma tarefa árdua. A modalidade vive um dos melhores momentos, ao contar com uma geração de atletas bastante talentosos e de destaque internacional. Além dos convocados, um bom número de ginastas foi observado durante todo o ciclo em competições e avaliações periódicas.
 
“Essa configuração da equipe se deve ao estudo do maior número possível de finais para o Brasil e, consequentemente, de medalhas. Esses ginastas foram os melhores nas últimas avaliações que fizemos”, explicou Leonardo. Do grupo de convocados, Zanetti, Diego e Sasaki já têm experiência em Jogos Olímpicos.
 
Pelo feminino, as ginastas que vão aos Jogos Olímpicos são as mesmas que conquistaram o ouro por equipe no evento-teste, em abril. Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade (Carolyne Pedro como reserva) serão as representantes e buscam superar a oitava colocação por equipe em Pequim 2008. Da equipe, quatro recebem o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, sendo Flávia Saraiva, Rebeca Andrade e Lorrane Oliveira sendo Bolsa Pódio. 
 
No individual geral e por aparelhos, as ginastas do País já avançaram às finais, mas ainda não subiram ao pódio. Daniele e Jade já participaram de Olimpíadas.
 
Fotos: Divulgação/CBGFotos: Divulgação/CBG
 
“A nossa equipe foi muito bem no evento-teste e não tínhamos dúvidas em relação às convocadas. Agora, a nossa decisão se baseia em quais ginastas irão competir cada prova, mas esse é nosso segredo, como parte da estratégia. Queremos o maior número de finais possíveis para estarmos perto das possibilidades de medalhas. Todas as meninas estão bem para isso. Quando estivermos em Curitiba (a partir do dia 14 de julho) nós faremos treino de controle e serão definidas os aparelhos que cada atleta fará. O Alexander Alexandrov, treinador-chefe da Seleção Feminina, estuda todas as possibilidades e faz muitas contas”, ressaltou Georgette, que está com as brasileiras na Holanda para a preparação final e também para um amistoso neste sábado (9).
 
As provas de ginástica artística nos Jogos Olímpicos serão de 6 a 16 de agosto, na Arena Olímpica do Rio, na Barra da Tijuca. No dia 6, serão as classificatórias do masculino. O Brasil faz parte da primeira subdivisão, que será das 10h30 às 13h, e inicia a disputa nas argolas. No dia 7, será a vez das meninas. Na terceira subdivisão, das 14h30 às 16h, as atletas começam na trave.
 
Programação das Seleções Brasileiras de Ginástica Artística até os Jogos Olímpicos:
 
Ginástica Artística Masculina 
Estágio de treinamento em São Bernardo do Campo (SP): 5 a 24 de julho 
Jogos Olímpicos: 6 a 16 de agosto
 
Ginástica Artística Feminina
Estágio de treinamento e avaliações em Beekbergen, na Holanda: 6 a 10 de julho
Estágio de treinamento nos clubes no Rio de Janeiro (RJ): 11 a 14 de julho 
Estágio de treinamento em Curitiba (PR): 14 a 30 de julho 
Jogos Olímpicos: 6 a 16 de agosto
 
Fonte: CBG
Ascom – Ministério do esporte
 
 

Bolsista disputa Copa do Mundo de ginástica de trampolim antes do Rio 2016

Classificado para os Jogos Olímpicos Rio 2016, o goiano Rafael Andrade, 30 anos, encara a Copa do Mundo de Ginástica de Trampolim de Coimbra, Portugal. O último evento antes do Rio 2016 terá papel de termômetro para o brasileiro que se prepara para conquistar uma boa colocação nas Olimpíadas.  O ginasta recebe o benefício do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. 
 
Para Rafael, o objetivo é manter-se focado na eficiência das apresentações - no trampolim individual, são duas séries, sendo uma com elementos obrigatórios e outra livre.
 
Foto: Ricardo Bufolin/CBGFoto: Ricardo Bufolin/CBG
 
“Eu espero que os meus saltos sejam os mais sólidos possíveis, sem grandes falhas. Nas últimas três semanas, participei de três competições e apresentei uma progressão nas minhas performances. Esse ritmo forte de preparação pode me fazer ter uma competição melhor do que as outras”, explicou Rafael.
 
No fim de semana passado, Rafael, que treina na Inglaterra, esteve no campeonato nacional do país, que serviu como a última seletiva para definir a equipe olímpica dos britânicos.
 
“Fiz uma boa prova e fiquei bastante feliz com as minhas séries. Competi melhor do que nas outras duas etapas de Copas do Mundo que fiz nesse período, com mais segurança e execução melhor”, frisou. Antes do nacional inglês, o goiano participou da Copa do Mundo da Suíça, quando ficou em 20°, com 100,700 pontos. No trampolim sincronizado, modalidade não olímpica, foi finalista ao lado de Ramires Pala. Já na Itália, em junho, foi o 36º, com 96,435.
 
Nesta sexta-feira, Rafael e os companheiros de seleção brasileira Ramirez Pala e Camilla Gomes fazem as classificatórias do trampolim individual, com 32 ginastas pelo masculino e 38 pelo feminino. Os oito melhores em cada categoria vão para as finais de sábado. 
 
Fonte: CBG
Ascom – Ministério do Esporte
 

Pista de atletismo recebe “carimbo” dos aros Olímpicos

Aros pintados na reta dos 100m, prova nobre do atletismo (Foto: Rio 2016/Gabriel Nascimento)Aros pintados na reta dos 100m, prova nobre do atletismo (Foto: Rio 2016/Gabriel Nascimento)
 
A pista de atletismo do Estádio Olímpico está devidamente “carimbada” para os Jogos Rio 2016. Pouco antes do meio-dia desta quinta-feira (7.7), o italiano Alessandro Genta deu o último retoque com seu rolinho de tinta nos aros Olímpicos pintados na reta dos 100m, num espaço que receberá algumas das maiores estrelas do esporte mundial a partir do dia 12 de agosto, quando começam as competições do atletismo.
 
A tradição de pintar os aros Olímpicos na pista de atletismo começou em Atenas 2004. Mas os anéis abrem uma exceção para o esporte nobre dos Jogos Olímpicos, porque perdem as tradicionais cinco cores: eles ficam camuflados em cor única na pista para não atrapalhar os atletas. No caso do Engenhão, os aros se destacam discretamente em um tom de azul mais claro.
 
Para pintar os aros, foram necessários dois dias. Na metade da reta dos 100m fica o ponto central do aro do meio. Dele sai a medição para os outros quatro aros. Com uma trena, são traçadas as circunferências, em linha dupla. Essas circunferências, então, serão preenchidas com cerca de 15 litros de tinta, num trabalho que leva 48 horas.
 

Alessandro Genta, que também é topógrafo, passou 18 de seus 36 anos pintando pistas pelo mundo. Ele lembra a primeira vez que acompanhou o pai, aos 14 anos: “Ele disse: ‘nada de férias, você vai pintar comigo'. Foi em Cagliari, na Sardenha”, recorda. “Desde então, quantas pistas eu já pintei? Ah, mais de 100, com certeza”.
 
De seu trabalho no Rio, ainda falta pintar a pista de aquecimento do Engenhão e outras de Centros de Treinamento, na Unifa (Universidade da Força Aérea), em Campo dos Afonsos e no CAer (Clube de Aeronáutica), na Barra. Depois, Alessandro volta para casa, de onde acompanhará estrelas de seu país nos Jogos Olímpicos. Entre elas a nadadora Federica Pelegrini, que será a porta-bandeira da Itália no desfile da cerimônia de abertura.
 
Para pintar os aros, foram necessários dois dias. Na metade da reta dos 100m fica o ponto central do aro do meio. Dele sai a medição para os outros quatro aros. Com uma trena, são traçadas as circunferências, em linha dupla. Essas circunferências, então, serão preenchidas com cerca de 15 litros de tinta, num trabalho que leva 48 horas.
 
Alessandro Genta, que também é topógrafo, passou 18 de seus 36 anos pintando pistas pelo mundo. Ele lembra a primeira vez que acompanhou o pai, aos 14 anos: “Ele disse: ‘nada de férias, você vai pintar comigo'. Foi em Cagliari, na Sardenha”, recorda. “Desde então, quantas pistas eu já pintei? Ah, mais de 100, com certeza”.
 
De seu trabalho no Rio, ainda falta pintar a pista de aquecimento do Engenhão e outras de Centros de Treinamento, na Unifa (Universidade da Força Aérea), em Campo dos Afonsos e no CAer (Clube de Aeronáutica), na Barra. Depois, Alessandro volta para casa, de onde acompanhará estrelas de seu país nos Jogos Olímpicos. Entre elas a nadadora Federica Pelegrini, que será a porta-bandeira da Itália no desfile da cerimônia de abertura.
 
Mudança próxima
Martinho Nobre, gerente de Atletismo do Comitê Rio 2016, diz que parte de sua equipe de 25 pessoas já se muda na segunda-feira (11.7) para o Estádio Olímpico. “Todos os 220 oficiais técnicos nacionais estão treinados e foram avaliados no Troféu Brasil, na semana passada, em São Bernardo do Campo”, afirma o gerente. Os equipamentos para as provas de pista e campo vêm de diversos países, como Alemanha, Polônia, Suécia, Hungria, Itália, Espanha, China e Índia.
 
Fonte: Rio 2016
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Seleção masculina de handebol é definida para os Jogos Olímpicos

Técnico da seleção brasileira Jordi Ribera (foto: Divulgação/CBHb)Técnico da seleção brasileira Jordi Ribera (foto: Divulgação/CBHb)
 
A semana continua decisiva para as seleções de handebol que se preparam para disputar os Jogos Olímpicos do Rio. Após a revelação das convocadas da equipe feminina para a competição, agora chegou a vez do masculino definir os atletas que irão representar o País em casa. O técnico Jordi Ribera divulgou nesta quinta-feira (07.07) a lista com 14 nomes e mais um reserva, que fará os treinamentos, mas não entrará na Vila Olímpica. 
 
Apesar do grupo contar com atletas com muitas passagens pela Seleção, somente o goleiro Maik Santos esteve em outra edição dos Jogos Olímpicos, em Pequim-2008. O pivô Vinícius Teixeira será o 15º jogador e que ficará na reserva. 
 
A equipe finaliza nesta sexta-feira (8) mais uma fase de treinamentos preparatória para os Jogos. A etapa foi dividida em duas partes, com uma interdisciplinar, que mesclou atividades como canoagem, escalada, lutas e o trabalho de mindfulness, realizada em Atibaia, interior paulista, e outra com treinos na quadra em Arujá.  
 
 
O próximo passo da equipe é uma fase na Dinamarca a partir do dia 12, onde irá fazer dois amistosos com a Seleção da casa. 
 

Confira os jogadores que disputarão os Jogos Olímpicos do Rio: 

 
Goleiros: César Almeida "Bombom" (Fraikin BM. Granollers-Espanha) e Maik Santos (Taubaté/FAB/Unitau-SP). 
 
Armadores: Haniel Langaro (Naturhouse La Rioja-Espanha), José Guilherme de Toledo "Zé" (Wisla Plock-Polônia), Leonardo Santos (Ademar Leon-Espanha), Oswaldo Guimarães (Villa de Aranda-Espanha) e Thiagus Petrus dos Santos (Mol-Pick Szeged-Hungria).  
 
Centrais: Diogo Hubner (São Caetano-SP), Henrique Teixeira (Fraikin BM. Granollers-Espanha) e João Pedro Francisco da Silva (Chambéry Savoie-França).
 
Pontas: André Martins Soares "Alemão" (Taubaté/FAB/Unitau-SP), Fábio Chiuffa (Assoc. Dep. Ciudad de Guadalajara-Espanha) e Lucas Cândido (Taubaté/FAB/Unitau-SP).  
 
Pivôs: Alexandro Pozzer "Tchê" (Fertiberia Puerto Sagunto-Espanha) e Vinícius Teixeira (Taubaté/FAB/Unitau-SP).
 
Fonte: CBHb
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Robert Scheidt: aos 43 anos, ele sonha com o tricampeonato olímpico

 
Robert Scheidt sentiu o coração disparar, como se ele fosse saltar pela boca. Tudo havia acontecido rápido demais e quando ele se refez do susto uma dúvida angustiante lhe atravessa o espírito.
 
Ele ainda era um jovem de 23 anos e a bordo de seu barco da classe Laser vivia, naquele 17 de julho de 1996, a expectativa da contagem regressiva para o início das competições de vela dos Jogos de Atlanta. Tudo corria bem no litoral da cidade de Savannah, na costa do estado norte-americano da Geórgia – um local distante 400 quilômetros de Atlanta e onde as competições da vela olímpica seriam disputadas – quando Robert Scheidt se viu diante de uma situação apavorante para ele.
 
Ao realizar um movimento em seu barco, a corrente de prata que ele trazia pendurada no pescoço enroscou em alguma parte da pequena embarcação e partiu-se. O reflexo aguçado do velejador impediu que a correntinha escapulisse para as águas do Atlântico Norte e se perdesse para sempre naquela imensidão azul. A primeira sensação foi de alívio. Mas rapidamente uma agonia tomou conta de Robert Scheidt. Ele estava prestes a disputar sua primeira Olimpíada. Mas como poderia encarar o maior desafio de sua vida sem levar no peito aquela corrente, que para ele tinha um significado muito além de um simples adorno?
 
"Eu tenho uma correntinha, que é essa correntinha de prata aqui (passados 20 anos do episódio, Scheidt ainda a traz no pescoço e a tira de baixo da camisa para mostrá-la ao entrevistador), que a minha mãe me deu há muitos anos. Ela sempre foi um amuleto para mim. Por algum motivo, eu a enrosquei no barco e ela quebrou. Por sorte, consegui salvar e ela não caiu na água e afundou. Mas eu fiquei com a corrente quebrada. Ia começar a Olimpíada em dois dias e eu não tinha quem consertasse aquilo. E o meu técnico, o Cláudio, pegou um fio dental e conseguiu unir os elos da corrente e amarrar. Eu corri com essa corrente com o fio dental nos Jogos de Atlanta e isso meu deu a energia que eu precisava, porque eu sabia que sem ela eu não ia seguro para a regata", recorda Scheidt.
 
A ideia engenhosa de Cláudio Biekarck – um experiente velejador que foi campeão mundial na classe Pinguim em 1970 e que tem no currículo várias medalhas em Jogos Pan-Americanos, entre elas o ouro na edição de Caracas 1983, na classe Lightining –, que treinou Scheidt entre 1996 e 2004, tranqüilizou Robert e deu ao jovem a paz de espírito para que ele pudesse se concentrar apenas na missão que ele teria pela frente. Ao final daquela aventura, a vela do Brasil celebraria sua quarta medalha de ouro olímpica.
 

A disputa com Peter Tanscheit

Quando desembarcou nos Estados Unidos naquele verão de 1996 para disputar os Jogos Olímpicos de Atlanta, Robert Scheidt, apesar de ainda muito novo, estava longe de ser apenas um atleta promissor na classe Laser. Pelo contrário. Ali, o paulista já era um dos melhores do planeta e havia acumulado diversas conquistas internacionais, entre elas dois títulos mundiais, conquistados em 1995, na Espanha, e naquele ano olímpico, na África do Sul.
 
Robert Scheidt, com seu amuleto da sorte: correntinha quase se perdeu no Atlântico Norte, mas terminou de volta no pescoço do brasileiro depois de ser unida com um fio dental. Foto: brasil2016.gov.brRobert Scheidt, com seu amuleto da sorte: correntinha quase se perdeu no Atlântico Norte, mas terminou de volta no pescoço do brasileiro depois de ser unida com um fio dental. Foto: brasil2016.gov.br
 
Além do bom desempenho nas competições, Scheidt sentia-se fortalecido emocionalmente. A disputa interna pela vaga olímpica na classe Laser no Brasil tinha sido apertada e superar o rival Peter Tanscheit só reforçou no paulista a ideia de que ele poderia, de fato, almejar algo grandioso em Atlanta.
 
"Uma coisa muito importante para mim, ainda prévia para minha primeira Olimpíada, foi a rivalidade que eu tive, tão intensa, com um velejador aqui do Rio de Janeiro, o Peter Tanscheit. Ele já era campeão mundial de Laser, era campeão pan-americano de Laser, e quando eu comecei ele era uma espécie de atleta imbatível. Então foi um grande exemplo para mim", lembra Scheidt, que fala de Peter como uma grande influência.
 
"Eu comecei a viajar para fora do Brasil para competir com ele, me espelhei muito na seriedade e na disciplina que ele tinha. Ele foi o primeiro a começar a se dedicar muito para a parte física do esporte, a praticar esportes paralelos à vela, como corrida, natação, bicicleta, e eu fui na trilha dele. Até o momento em que eu comecei a velejar próximo do nível dele e a gente teve a seletiva para 1996, que foi duríssima. Naquele momento, nós estávamos entre os melhores velejadores de Laser do mundo, mas só um poderia ir para os Jogos. Foi aqui no Rio aquela seletiva, em março de 1996. Foi muito dura, mas eu acabei conseguindo vencer e me classifiquei para a Olimpíada", detalha Robert.
 
"Então, o fato de eu já ter superado um obstáculo tão difícil quanto esse já me preparou muito para o desafio mental dos Jogos de Atlanta. Apesar de serem meus primeiros Jogos, eu já cheguei maduro. Já cheguei com dois títulos mundiais e com uma disputa duríssima com o Tanscheit", reforça.
 

 

Favorito aos 23 anos

Disputar as Olimpíadas pela primeira vez é sempre uma experiência inesquecível. Para a maioria dos novatos, trata-se de uma oportunidade de pavimentar o caminho rumo a pretensões de um dia chegar ao pódio nos Jogos. No caso Robert Scheidt, contudo, ele partiu para sua estreia olímpica carregando o peso do favoritismo.
 
"Eu já cheguei como o favorito porque já tinha dois títulos mundiais e já tinha vencido a Pré-Olímpica em Atlanta, no mesmo local dos Jogos um ano antes, quando eu fui primeiro e o Tanscheit foi segundo. Então eu já cheguei como favorito", reconhece.
 
E não tardou para que ele percebesse que, em se tratando de Jogos Olímpicos, tudo ali era completamente diferente do que ele havia vivido até então em qualquer outra competição.
 
"Foi uma ansiedade grande antes dos Jogos, principalmente uma semana antes das Olimpíadas. Eu não estava acostumado a falar tanto com a imprensa e a imprensa começou a me assediar mais, porque já estavam me cotando como medalhista olímpico. Então houve um maior assédio e a gente teve que conviver com isso naquela semana antes da Olimpíada. Mas no momento em que começou a Olimpíada eu me concentrei bem, fiquei focado na regatas", conta Scheidt.
 

Lembranças do desfile de abertura

De sua primeira participação olímpica, Robert Scheidt traz viva na memória a lembrança de praticamente tudo o que experimentou naqueles Jogos. "A gente partiu de São Paulo com a equipe de vela. Primeiro fomos para Atlanta. A gente chegou umas duas semanas antes dos Jogos e de Atlanta a gente teve que se deslocar para Savannah, onde a parte da vela foi organizada, que era mais ou menos 400 quilômetros de Atlanta. Então foi uma viagem grande de ônibus até Savannah, onde a gente se preparou", lembra.
 
"Depois, teve a cerimônia de abertura e a gente fez essa viagem de ônibus de novo. Hoje em dia, o pessoal fala que ir para cerimônia desgasta muito. Mas daquela vez a gente teve que sair de manhã, porque a cerimônia foi à noite, e retornamos para nossa base em Savannah na madrugada com praticamente o sol nascendo no dia seguinte. Então foi bem desgastante. Mas foi uma emoção enorme estar naquele estádio, entrar com a delegação brasileira e ver aquela apresentação maravilhosa, com o Muhammad Ali acendendo a Pira Olímpica e estando em companhia de grandes atletas. Foi ali que eu conheci o Fernando Meligeni, que ficou meu grande amigo depois, mais pra frente. E ali eu senti realmente que estavam começando os Jogos. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia que não podia ficar inebriado com o clima dos Jogos, que aquilo não bastava. Eu tinha que ir para a água e executar aquilo que eu sabia", prossegue.
 

Nasce a rivalidade com Ben Ainslie

Passadas as emoções do desfile de abertura, era hora de entrar em ação. E as regatas da classe Laser em Savannah nos Jogos de 1996 marcaram o início da carreira olímpica de duas lendas da vela: Robert Scheidt e Ben Ainslie, que se transformaria no velejador olímpico mais bem-sucedido da história, com quatro medalhas de ouro seguidas (2000, 2004, 2008 e 2012).
 
O britânico, então com apenas 19 anos, também estreava em Olimpíadas e não tardou para que ele e Scheidt monopolizassem a batalha pelo ouro. No total, foram disputadas 11 regatas na classe Laser em 1996. Na estreia, Scheidt começou bem, com um segundo lugar, enquanto Ainslie patinou e cruzou a linha de chegada na modesta 28ª colocação entre os 56 barcos concorrentes.
 
Mas a partir daí, Robert Scheidt e Ben Ainslie trataram de dar as cartas. Nas nove regatas seguintes, Scheidt venceu três (a quinta, a nona e a décima) e Ainslie faturou duas (a sexta e a oitava). O brasileiro ainda terminaria entre os três primeiros em três ocasiões (um segundo lugar na oitava regata e duas vezes em terceiro, na terceira e na sexta provas), enquanto o britânico fez isso mais quatro vezes (foram quatro segundo lugares, nas quarta, quinta, sétima e décima regatas).
 
Com isso, os dois brigavam pelo ouro quando a 11ª e decisiva regata foi disputada no dia 30 de julho. Na noite anterior, Robert Scheidt viveu outra experiência diferente. Em Savannah, ele descobriu, pela primeira vez, como a véspera da disputa de um título olímpico é desconfortável.
 
"No dia do aniversário do meu pai, que é 29 de julho, eu já garanti uma medalha olímpica. Eu garanti no mínimo a prata. E para o dia seguinte ficou a disputa pelo ouro", conta Scheidt. "Eu acho que qualquer atleta que fala que dorme perfeitamente bem (antes de uma final olímpica) está mentindo. É uma noite de muita ansiedade. É um resultado importantíssimo para a sua vida no dia seguinte. Mas eu acho que eu já estava bem maduro para aquele momento. Eu já tinha consciência de que se eu velejasse o que eu sabia eu tinha condições de ganhar. Havia uma certa ansiedade até o momento da regata, mas no momento em que começasse o procedimento da largada eu ia focar nas coisa que funcionam ali na hora. Foi uma noite difícil, eu pensei muito, mas não afetou a maneira que eu velejei no dia seguinte e isso é o que é importante. Ansiedade todos os atletas vão enfrentar. Como você lida com ela é o que faz a diferença", ensina.
 

Declassificação dourada

Em 30 de julho de 1996, Robert Scheidt acordou com tudo o que ele tinha que fazer muito bem mapeado na cabeça. Os outros 54 rivais não existiam para o brasileiro. Naquele dia, ele entraria em seu barco para travar uma batalha particular com Ben Ainslie. Ao final, o brasileiro sabia que um dos dois voltaria para terra consagrado e levaria para casa a medalha de ouro. O desfecho, entretanto, se desenhou de uma maneira completamente inesperada.
 
"A nossa estratégia naquele último dia era ficar próximo ao inglês. Porque a única chance de eu não ganhar a medalha de ouro era se o inglês colocasse cinco posições entre ele e eu", recorda Scheidt.
 
Robert Scheidt, no desembarque no Brasil com a medalha de ouro conquistada em Atlanta. Foto: Sergio Tomisaki/OGloboRobert Scheidt, no desembarque no Brasil com a medalha de ouro conquistada em Atlanta. Foto: Sergio Tomisaki/OGlobo
 
"Então era uma situação bem difícil para ele. Ele ia ter que fazer uma coisa muito especial para ganhar a regata e me colocar em sexto lugar. A nossa estratégia era colar no inglês. No momento da largada, a gente teve uma chamada geral, porque muitos atletas estavam escapando na largada", prossegue o brasileiro. Na verdade, depois de quatro saídas invalidadas pelo fato de muitos barcos terem queimado, a organização determinou que quem voltasse a queimar seria desclassificado.
 
"Na largada final, eu estava próximo a ele (Ben Ainslie ) e nós dois queimamos, porque ele não queria que eu largasse na frente. Ele sabia que eu largasse na frente eu iria tirar o vento dele e ele provavelmente não iria conseguir chegar na frente da regata", continua Scheidt.
 
"Ele não queria deixar isso acontecer e foi chegando mais próximo da linha. Eu puxei mais um pouco, ele puxou mais um pouco e os dois acabaram cruzando a linha de largada antes do tempo e fomos os dois desclassificados", prossegue o paulista.
 
E esse foi o final da história. Com Ben Ainslie fora da parada, Robert Scheidt, mesmo também tendo sido desclassificado da regata final, se tornou, naquela sexta-feira, o novo campeão olímpico do Brasil. Scheidt reconhece que não foi o final que ele esperava. Mas o objetivo maior havia sido alcançado.
 
"Foi uma situação um pouco de anticlímax ganhar uma Olimpíada assim, sendo desclassificado da última prova. Mas é o tal negócio: você é o medalhista de ouro e aquilo é o mais importante. Não é muito como você ganhou, mas o fato de você ter ganho", ressalta o paulista.
 
"Eu esperava correr a regata e no final acabou acontecendo de um jeito que eu não estava esperando. Então demorou um pouco para cair a ficha de que eu tinha ganho. Um velejador amigo meu, que compete pelo Chile (Luis Echenique), passou por mim e falou: 'Olha Robert, você e o inglês largaram escapados e você ganhou a medalha de ouro'. Eu falei: 'É? Deixa eu lá ver na losa, na comissão de regata'. E realmente estava lá: GRB (Great Britain), Brasil e mais alguns outros e com isso a gente nem teve que correr a regata final", detalha.
 
"O que é importante é a regularidade na vela. Não adianta você ir muito bem em uma prova e mal na outra. Então eu consegui manter uma média e a disputa com o inglês foi até o final. Ele era ainda mais jovem do que eu e vinha em uma ascensão muito grande nos últimos meses antes das Olimpíadas. Mas felizmente eu cheguei com um descarte melhor. Eu podia descartar duas regatas e os meus descartes eram melhores do que os dele", encerra Scheidt.
 

Emoção indescritível

Não importa o quão articulado um atleta seja. Traduzir em palavras o sentimento de subir ao pódio para receber uma medalha de ouro olímpica é um exercício que exige um esforço considerável de muitos campeões. Com Robert Scheidt não é diferente. Passados 20 anos de seu primeiro triunfo nos Jogos, ele ainda encontra dificuldades para explicar o que sentiu naquele 30 de julho quando recebeu a medalha dourada.
 
"Você se sente no topo do mundo. É uma sensação difícil de descrever. Naquele momento ainda demorou um pouco para cair a ficha porque eu não tive que correr a regata. Então não foi aquela adrenalina da regata, do tempo de uma hora da regata toda. De repente, naquela situação, tudo foi definido ali em um tempo muito menor do que eu esperava. Então demorou para cair a ficha. Mas quando eu voltei pra terra e o pessoal começou a me abraçar e me jogaram na água, me enrolaram na bandeira do Brasil, e depois já teve uma cerimônia de pódio logo em seguida, ali eu comecei a sentir uma emoção muito forte mesmo. Passei pelo barco onde minha mãe e meu pai estavam assistindo a regata, eles estavam lá, de espectadores, e foi incrível, porque eu devo tudo a eles. Eles foram a minha base e me fizeram chegar lá", agradece.
 
"Eu acho que eu comecei a valorizar mais essa sensação quando eu era mais maduro na vida, quando eu tinha mais pra perto de 30 anos. Ali eu comecei a descobrir como era único aquele momento. Como em 1996 era a minha primeira Olimpíada e eu já vinha ganhando muitos torneios antes da Olimpíada, naquele momento eu me senti muito bem, muito feliz, mas era uma vitória a mais. Naquele momento eu ainda não conseguia sentir como era importante. Depois que eu perdi a regata final em Sydney (nos Jogos Olímpicos de 2000) para reconquistar depois em Atenas (em 2004) foi que eu fiquei muito mais emocionado e entendi mais o significado e a importância do que era uma medalha de ouro olímpica".
 

Retorno e mudança de planos

Robert Scheidt era um jovem campeão olímpico quando retornou ao Brasil. E o impacto da mudança ele sentiu logo que desceu do avião. "Quando eu cheguei ao Brasil, a quantidade de pessoas que recebeu a gente no aeroporto era impressionante. Amigos do clube, amigos da escola, da faculdade, pessoas que você não via havia muito tempo, a imprensa toda esperando a gente... Depois, a gente fez um giro por São Paulo em carro aberto. E aquilo era início de agosto, tinha uma frente fria, estava bem frio, e eu só com uma camisetinha", lembra Scheidt, que se recorda com carinho de uma companhia inesquecível que ele teve naquele dia.
 
"Passamos um frio danado no carro aberto, mas foi uma emoção. A gente passou pela Avenida Paulista, pela Faria Lima, por toda a cidade, e onde a gente estava tinha gente na rua acenando. E foi muito especial porque eu sobrinho Nicholas esteve comigo lá no carro. Era o sonho dele andar em um carro de bombeiro. Ele estava com cinco, seis anos, e andar em um carro de bombeiro foi o máximo e também por estar ali com o tio dele. A parada final foi no Yacht Club Santo Amaro, que é onde eu iniciei na vela. Os sócios do clube estavam lá e tinha muita gente esperando. Ai eu falei algumas palavras para o pessoal e a gente teve uma comemoração, uma festa, uma homenagem e foi noite adentro".
 
O britânico Ben Ainslie e Robert Scheidt: eternos rivais, eles também disputam o ouro em Sydney 2000. Foto: Getty ImagesO britânico Ben Ainslie e Robert Scheidt: eternos rivais, eles também disputam o ouro em Sydney 2000. Foto: Getty Images
 

O bi que quase veio em Sydney

Se houve uma consequência determinante da medalha de ouro em Atlanta na vida de Robert Scheidt foi que aquele resultado nas Olimpíadas mudou completamente todo o seu futuro como atleta. Afinal, os planos profissionais já estavam traçados quando ele embarcou para os Jogos Olímpicos de 1996.
 
"Antes da Olimpíada, a minha carreira profissional estava mais ou menos assim: Eu vou para a Olimpíada em 1996 e depois eu vou trabalhar. Eu me formei em administração de empresas um pouco antes de ir para a Olimpíada e a minha ideia era trabalhar. Mas depois que eu voltei com a medalha de ouro eu pensei: 'Agora eu vou largar tudo isso e vou trabalhar? Não sei se eu vou ser feliz. Eu gosto de velejar'", narra Scheidt.
 
Decidido a seguir por mais quatro anos até os Jogos de Sydney 2000 e com os ânimos reforçados pela conquista de mais um título mundial na Laser em 1997, no Chile, Robert Scheidt manteve-se entre os melhores do mundo naquele ciclo. E quando chegou à Austrália para as Olimpíadas de Sydney, ele estava voando baixo e com a confiança em patamares elevadíssimos devido à recente conquista do quarto título mundial na Laser naquele ano, no México.
 
Na Oceania, Robert Scheidt esteve muito perto de repetir o triunfo de quatro anos antes em Atlanta. Novamente seu principal rival, Ben Ainslie, estava lá para travar com o brasileiro uma luta pelo ouro. Nas 10 primeiras regatas, Scheidt mostrou-se superior ao rival. À vitória na primeira prova seguiram-se outras quatro, na quarta, sexta, nova e décima disputas.
 
Do outro lado, Ben Ainslie alternava bons resultados, como os primeiros lugares na segunda e terceira regatas, com colocações irregulares para um atleta de seu padrão, já que, à exceção de um terceiro lugar na quarta prova, ele não ficou mais entre os três primeiros em nenhuma das outras sete regatas.
 
Isso tudo somado fez com que Robert Scheidt partisse para a 11ª e última regata na Oceania com enormes chances de chegar à segunda medalha de ouro olímpica. Mas como bem se lembram os que acompanharam aqueles Jogos, as Olimpíadas de Sydney foram cruéis com os brasileiros, que retornariam para casa sem nenhuma medalha dourada pela primeira vez desde a edição de Montreal 1976.
 
"Se eu chegasse entre os 20 primeiros, ele precisava chegar seis posições na minha frente. Se eu chegasse atrás do 20º lugar, o resultado dele não importava. Ele já ganhava (o ouro)", lembra Scheidt, referindo-se à matemática antes da largada para a última regata. "Então, para ele, era muito mais fácil tentar me atrapalhar para eu chegar atrás do 20º lugar do que velejar livre e contar com seis velejadores entre eu e ele. Ele sabia que com a velocidade que eu tinha isso era muito difícil", continua.
 
"No final, ele optou por fazer uma regata muito agressiva para tentar me jogar para trás. A gente, a 10 segundos da largada, teve uma colisão e esse foi o meu grande erro: eu acreditei que naquela regra eu tinha sido o culpado pela colisão e eu fiz uma penalidade. Com isso, eu fiquei para trás na regata. Ele começou a me marcar e ali eu perdi a chance de chegar entre os 20 primeiros. O meu grande erro foi ter feito aquela penalidade no início. Eu deveria ter feito a regata e depois ido para o protesto e para o júri decidir. Ia ser muito mais difícil você mudar o resultado de uma Olimpíada no júri do que você correr a regata inteira já largando atrás. Eu aprendi muito com aquilo", explica o velejador.
 
"A grande realidade é que eu não estava pronto para uma estratégia tão agressiva dele. Depois daquilo eu comecei a estudar muitos livros sobre aquele tipo de estratégia, melhorei muito como velejador, mas doeu muito aquele momento. Foi muito frustrante saber que a medalha de ouro estava tão próxima e ela escapou. Aquela Olimpíada para mim foi onde eu mais amadureci pela derrota. Foi onde eu mais sofri por aquilo que aconteceu. Eu fiquei, em um primeiro momento, muito triste até aquela noite da final. Eu saí andando pelas ruas de Sydney assim, meio sem rumo. Tudo é muito relativo na questão do resultado. Quando você sente que está muito próximo do ouro, a prata tem um sabor diferente. Já em Beijing (Jogos Olímpicos de Pequim 2008, quando Scheidt competiu pela primeira vez na classe Star ao lado de Bruno Prada) foi uma sensação de superação. Eu vinha em oitavo lugar, muito longe da medalha, e acabar com a prata foi uma vitória. Então é muito relativa essa sensação", desabafa o velejador.
 
Com o ouro em Atenas: Scheidt foi o segundo brasileiro na história a chegar ao bicampeonato olímpico. Foto: Getty ImagesCom o ouro em Atenas: Scheidt foi o segundo brasileiro na história a chegar ao bicampeonato olímpico. Foto: Getty Images

A coroação em Atenas

Com um ouro e uma prata olímpica na conta, quatro títulos mundiais na Laser no currículo e as lições das Olimpíadas de Sydney ainda latentes, Robert Scheidt voltou para casa determinado a se preparar para tentar alcançar, quatro anos depois, em Atenas 2004, a medalha dourada que escapou na Austrália. 
 
Em seu terceiro ciclo olímpico, Robert Scheidt engatou as marchas e tornou-se ainda mais veloz e produtivo. Vieram os títulos mundiais em 2001, na Irlanda; outros dois em 2002, (naquele ano foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da ISAF, a Federação Internacional de Vela, e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt) e, finalmente, o oitavo título mundial em 2004, na Turquia. No geral, o enredo era bem parecido com o de quatro anos antes, na preparação para Sydney. Só que, desta vez, as Olimpíadas de Atenas reservavam um final espetacular para Robert Scheidt.
 

Sem o rival na cola

Nos Jogos de Atenas 2004, Scheidt experimentou, pela primeira vez, a sensação de disputar uma Olimpíada sem ter que se preocupar com o arquirrival Ben Ainslie. O britânico tinha migrado para a classe Finn e, sem ele na parada, o brasileiro cumpriu muito bem a estratégia de manter uma regularidade durante todas as 11 regatas que teria pela frente.
 
"Atenas eu acho que foi meu auge físico, de experiência mental, de agüentar pressão. Eu estava com 31 anos, já vinha para minha terceira Olimpíada, já tinha chegado a duas Olimpíadas como favorito, já tinha ganho o ouro, já tinha ganho a prata, já tinha ganho oito Mundiais quando cheguei lá e, no ano de 2004, eu não perdi nenhuma competição que eu participei. Eu disputei seis competições antes dos Jogos e ganhei todas", recorda Robert, que foi obrigado a fechar a boca na reta final da preparação.
 
"Eu cheguei como o grande favorito na Olimpíada. Mas a Olimpíada foi disputada em uma condição que eu não gostava, que era com vento fraco. Então eu tive que fazer um grande sacrifício. Eu fiz um regime enorme. Baixei para 77, 78 quilos e o meu peso normalmente é 81, 80. Eu já sou um cara magro e então é difícil perder mais peso ainda. Foi duro. Eu comia muito pouco, fazia muito esporte aeróbico, mas valeu a pena porque eu comecei a velejar muito rápido também no vento fraco. Eu supri essa deficiência que eu tinha e fiz uma Olimpíada muito regular. Não fiz uma Olimpíada excepcional em termos de resultado. Só ganhei uma regata (na terceira prova), mas eu estava ali sempre entre os 10 primeiros. Eu fiz uma regata muito estratégia, muito pensando na média", detalha.
 

No rastro de Adhemar

Para Scheidt, a 11ª e decisiva regata foi tão marcante que ele ainda hoje é capaz de narrá-la com incrível precisão de detalhes. "Alguns velejadores, como o austríaco que foi medalhista de prata (Andreas Geritzer), ganharam várias regatas, mas foram mal em outras. Então eu cheguei à última regata em uma posição não tão extremamente confortável, mas com uma certa distância para o austríaco. Bastava eu chegar até seis posições atrás dele", relembra.
 
"Foi uma regata final muito tensa, porque no último dia não tinha vento. Então a gente foi para a água meio-dia e ficamos esperando até quatro horas da tarde sob um sol escaldante em Atenas, 40 graus em agosto. Eu me lembro ficando no bote de borracha esperando embaixo de uma sombrinha com o meu técnico. E às 16h30 era o limite para largar a regata. Se desse quatro e meia da tarde não ia mais ter a regata e eu era campeão olímpico. Então aquela espera, das quatro horas finais, fazia você pensar: 'Vai ter regata, não vai ter regata...'", continua.
 
"Eu comecei a me forçar a pensar: 'Vai ter a regata, porque se eu ficar torcendo para não ter a regata, se ela chegar a acontecer eu já vou entrar derrotado'. Então eu fiquei me forçando e o Cláudio tentou me tirar daquela situação, passou a contar a história dele, falar histórias de outras coisas que estavam acontecendo, falar sobre futebol, falar sobre outros esportes dos Jogos Olímpicos, tudo para fazer o tempo passar mais rápido para mim", prossegue.
 
Como se não bastasse a angustiante espera, a prova, depois de iniciada, teve de ser interrompida em uma situação que beneficiou Scheidt. "Teve uma primeira largada, quando tinha vento, mas o vento logo depois acabou. Eu não estava indo bem na regata e ela foi anulada, por sorte. Nós voltamos, fizemos um novo procedimento, e aí largamos para a regata. Eu tive que tomar uma decisão que foi crucial naquele momento. O austríaco estava indo para o lado esquerdo da raia e o inglês que estava em terceiro lugar (Paul Goodison, que terminou os Jogos em quarto) foi para o lado direito. Aí eu tive que dar aquela olhadinha e disse: 'Acho que tem mais vento na esquerda, vamos pra lá'. E meu instinto acertou. Eu fui para o lado esquerdo. Foi uma regata muito curta, porque não tinha vento. Eu já montei em décimo lugar, mas na frente do austríaco e na frente do inglês. Recuperei até sexto, sempre olhando o inglês e o austríaco, e ali foi só cruzar a linha de chegada".
 
No dia 22 de agosto de 2004, um domingo, Robert Scheidt chegou ao bicampeonato olímpico, enchendo o Brasil de orgulho. Mais do que isso, fez história por ter ido além do ouro em Atenas, o primeiro dos cinco que o país conquistaria na Grécia.
 
Ao cruzar a linha de chegada em sexto, Scheidt encerrou uma espera que se arrastava por 48 anos. Naquela data, o paulista igualou o feito do lendário Adhemar Ferreira da Silva, ouro no salto triplo em Helsinque 1952 e Melbourne 1956 e, até então, o único atleta do Brasil a ter conquistado duas medalhas douradas em Jogos Olímpicos.
 
Ao contrário dos Jogos de Sydney 2000, as Olimpíadas de Atenas se mostrariam generosas para os brasileiros. E ao fim daquela edição, além de Scheidt o país celebraria a glória de outros quatro bicampeões olímpicos: Torben Grael e Marcelo Ferreira, na vela; e Maurício e Giovane, no vôlei.
 
Sobre esses resultados tão marcantes, Robert Scheidt faz questão de frisar uma feliz coincidência dos bastidores das Olimpíadas de Atenas:
 
"Eu me lembro que quando eu cheguei à Vila a gente tinha as casas, que eram bem grandes, de vários andares. E a casa em que a gente ficou hospedado ficou também o Bernardinho (técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei), o Ricardo com o Emanuel (do vôlei de praia), o Torben e o Marcelo, e eu. Todo mundo ganhou medalha de ouro. Acho que nenhuma casa tem 100% de acerto", diz.
 
Atenas ficará marcada como uma das passagens mais especiais de sua vida. "Talvez esse tenha sido o auge da minha carreira. Eu tinha sempre aquela coisa engasgada na garganta de ter perdido em Sydney quatro anos antes. Então, ter esperado quatro anos, trabalhado tudo de novo para tentar conseguir chegar ao meu auge e conseguir essa medalha foi o momento máximo da minha carreira. Foi o momento em que eu me senti mais completo e mais satisfeito com a minha performance e onde eu consegui colher todos os frutos de todo o trabalho que eu fiz desde que eu tinha começado a velejar com 9 anos. Foi aquele momento único, especial, que nunca mais vai acontecer".
 
Fotos: Getty ImagesFotos: Getty Images
 

Coroação no pódio

"O pódio foi muito especial porque em Atenas a gente teve um local próprio para o pódio, no estilo bem grego mesmo. Então foi como uma coroação de um atleta grego de 100 anos antes. A gente recebeu aquela coroa de louros na cabeça e foi uma cerimônia onde estavam todos os brasileiros da vela. Eles não estavam tendo regata naquela hora, foi um final de tarde maravilhoso, com um pôr do sol ali naquela marina olímpica, com todo mundo ali, minha família, meus pais... Eu fechei os olhos rapidinho e falei: 'Nossa! Esse momento tem que durar pra sempre...' Mas passa. E depois a gente já pensa em outro objetivo".
 

O reconhecimento no Brasil

Ao retornar para casa após o triunfo em Atenas, Robert Scheidt, mais do que em nenhum outro momento em sua carreira, recebeu o carinho dos brasileiros, que passaram a reconhecer o bicampeão onde quer que ele fosse.
 
"Aquela medalha me colocou em outro patamar. Eu comecei a ter muito mais reconhecimento nas ruas. Foi a primeira vez que eu comecei a sair em São Paulo e o pessoal me reconhecer. Logo depois que eu voltei da Olimpíada, tinha um show (Charlie Brown e Linkin Park) que eu tinha prometido levar minha sobrinha lá no Morumbi. Ela tinha comprado os ingressos, porque eu tinha chegado um dia depois da Olimpíada para ir ao show, e então a gente estava com ingresso para a arquibancada. Aí o segurança me viu e já falou: 'Não, você vem por aqui!'. E já levou a gente para o camarote e a gente ficou na frente ali do palco", conta, divertindo-se com a história.
 
"Depois eu peguei meu carro e fui para Ilha Bela, que é um lugar que eu vou no fim de semana normalmente. O pessoal do pedágio me reconhecia, do posto de gasolina, o cara que operava a balsa... Todo mundo me parava, queria uma foto, queria um autógrafo", segue Scheidt.
 
Para ele, alguns fatores colaboraram para toda aquela popularidade, além do feito da medalha em si. Entre eles está um telefone especial que ele recebeu após a conquista do ouro na Grécia. "Acho que foi pelo fato de a regata ser transmitida na televisão em um domingo. E ainda teve uma ligação do Lula ao vivo ali naquele momento. Isso contribuiu. Eu não estava nem entendendo que eu estava falando com o presidente da República. Eu não sabia nem o que falar. Eu estava tão emocionado que você não sabe nem o que falar. São momentos únicos e a gente tenta guardar lá no fundo essas sensações para o resto da vida".
 

O retorno à Laser

Após a conquista do ouro em Atenas, Robert Scheidt passou a se dedicar a uma nova fase da carreira, agora na Star. Nessa classe, ele disputou, ao lado do parceiro Bruno Prada, dois Jogos Olímpicos e voltou a subir ao pódio com a prata em Pequim 2008 e o bronze em Londres 2012. O plano era seguir nesse caminho, mas como a classe Star deixou de fazer parte do programa olímpico, Robert Scheidt, para poder competir em casa, encarou o retorno à Laser.
 
"Sem dúvida, continuar na Star teria sido o caminho ideal para nós. Eu e o Bruno Prada já tínhamos uma dupla bem consagrada, com três títulos mundiais, duas medalhas olímpicas, e o caminho já estava marcado para mais uma Olimpíada. Então foi um baque muito grande essa notícia do Star fora dos Jogos. Principalmente porque a gente recebeu essa notícia antes dos Jogos (de Londres 2012). Então a gente já competiu sabendo que seria a nossa última Olimpíada. Depois, politicamente ainda tentaram reverter essa situação, mas não conseguiram", conta.
 
A decisão de voltar para os barcos da Laser não foi fácil. "Em setembro de 2012, eu estava de novo naquela situação: 'E agora? A Star está fora e o que eu vou fazer?'. Eu fiquei oito anos na Star. Eu velejei algumas vezes de Laser, mas se foram dez vezes por ano era muito. Eu velejava ocasionalmente quando alguém me chamava para fazer um treino. Aí, quando acabou a Olimpíada de Londres, eu estava ali meio sem saber o que fazer e um atleta da Itália falou: 'Olha, vai ter um campeonato italiano de Laser, por que você não vem correr?' E eu falei: 'Não... Você está maluco...' E ele disse: 'Não, vem correr. É aqui perto, na Toscana, é um lugar bonito. Traz a sua família...' Aí eu peguei, botei o Laser em cima do carro e fui lá para esse campeonato italiano. Cheguei praticamente com pouco treino, velejei só uns cinco dias antes e ganhei todas as regatas desse campeonato italiano. E tinha um atleta que estava entre os 15 primeiros do ranking mundial. Quer dizer: não foi um campeonato de nível baixo. Ali eu falei: 'Poxa, será que dá para fazer isso ainda?' E aí começou aquela minhoca na cabeça: 'Será que dá? Eu já estou com 39 anos... Mais uma Olimpíada de Laser? Será que dá para fazer essa loucura?' Aí eu falei: 'Bom, em 2013 eu vou me dedicar e aí eu vou ver até onde eu chego. 2013 vai ser um ano termômetro para ver se eu tenho alguma chance de ser competitivo em 2016', conta o bicampeão.
 
"Em 2013, eu fui vice-campeão na Semana de Kiel (Alemanha), na Semana de Hyères (França), e em quase todos os campeonatos que eu competi eu fui medalhista. E eu ganhei o Campeonato Mundial em Omã (na cidade de Mussanah), com 40 anos, o que era um recorde na Laser. Nunca ninguém tinha ganho um Mundial acima de 35 anos. Aí foi o início, foi onde eu falei: 'Vou encarar para o Rio 2016'".
 

Contagem regressiva

Falta pouco para Robert Scheidt chegar ao final de sua trajetória olímpica. Em poucas semanas, ele velejará na Baía de Guanabara e perseguirá o sonho de fazer história mais uma vez e tornar-se um tricampeão olímpico. Mas ele sabe que as dificuldades serão imensas.
 
"Para essa Olimpíada eu tenho uma situação um pouco diferente. Não que eu seja um atleta pior do que eu era antes. O nível todo aumentou. Hoje você está lutando muito mais por cada ponto, por cada metro e por cada situação da regata. E tem que ter a consciência disso. Eu sei que essa Olimpíada vai ser muito mais difícil porque eu não tenho aquela vantagem toda que eu tinha em 1996 e 2004. Mas isso também deixa essa Olimpíada mais especial. Porque se eu chegar ao resultado isso vai mostrar que eu superei uma coisa maior do que eu tinha superado antes, quando estava no meu auge", ressalta.
 
"E é isso que estimula: Eu sei que o jogo vai ser mais duro do que antes, eu sei que vou ter que lutar e cada detalhe vai ser importante em cada regata. Mas eu vou estar competindo aqui embaixo do Cristo, né? E embaixo do Pão de Açúcar. E nessa cidade. Esse foi o fator que foi diferencial de encarar esse ciclo: o fato de ser no Brasil. Provavelmente se essa Olimpíada fosse na China ou em Londres eu não estaria encarando de Laser e estaria fazendo outra coisa. Mas o fato de ser aqui no Rio me motivou a seguir no Laser e tentar mais uma vez. Eu me sinto um privilegiado de poder chegar a competir na idade que eu estou, na minha sexta Olimpíada, no Rio de Janeiro, e ser competitivo ainda. Tudo isso faz essa Olimpíada ser, talvez, a mais especial da minha vida", encerra o bicampeão.
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Brasil vence a primeira partida no Mundial Júnior Feminino de handebol

O Brasil garantiu a primeira vitória no Mundial Júnior Feminino de Handebol nesta quarta-feira (06.07). A equipe passou muito bem pela Tunísia, com o placar de 37 a 26 (18 a 12 no primeiro tempo), na partida válida pela terceira rodada da competição disputada em Moscou, na Rússia. Com o resultado, a equipe nacional passa a ocupar a quarta colocação do grupo B e segue na briga pela classificação para a próxima fase. 
 
O Brasil começou abrindo o placar e a partida seguiu equilibrada nos primeiros minutos, apesar de uma efetividade bem maior das brasileiras no ataque. Bruna de Paula, na armação esquerda, foi bastante acionada desde o início, tanto é que terminou o duelo com a artilharia, com oito gols. 
 
Foto: Divulgação/CBHbFoto: Divulgação/CBHb
 
Bruna, que é uma das mais experientes da equipe, tendo inclusive feito parte do elenco que disputou o Mundial Adulto de 2015, comemorou o resultado. "Hoje fizemos um bom jogo. Estamos no Mundial e seguimos com toda a raça e toda a vontade. Com certeza vai dar tudo certo", resumiu a armadora. 
 
Na sexta-feira (8), as brasileiras fazem o quarto confronto da fase classificatória contra a Áustria, que ainda não venceu no campeonato, e fecham a primeira fase contra a França, no sábado (9). 
 
Gols do Brasil: Bruna (8), Ana Luíza (6), Cecília (4), Lígia (4), Daniele (3), Ana Cláudia (3), Camila (2), Nicole (2), Talita (2), Gabriela (2) e Marilene (1). Gols da Tunísia: Chaima (11), Rakia (5), Oumayma (3), Mariem (2), Jawaher (2), Aya (1), Soumaya (1) e Noura (1).
 
Fonte: CBHb
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Grand Prix: Brasil atropela a Rússia e se classifica para a semifinal

A seleção brasileira feminina de vôlei atropelou a equipe da Rússia nesta quinta-feira (07.07) e venceu por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/10 e 25/21, em 1h21 de partida pela fase final do Grand Prix, em Bangcoc, na Tailândia. Como já havia superado as donas da casa, o Brasil se classificou em primeiro no grupo J1 e aguarda o adversário para a partida semifinal, no próximo sábado (09.07).

Foto: FIVB/DivulgaçãoFoto: FIVB/Divulgação

A Rússia, em processo de renovação, jogou sem uma das grandes estrelas do time, a ponteira Tatiana Kosheleva, que sentiu dores nas costas e foi dispensada do restante do Grand Prix para realizar tratamento em Moscou. Mas estava em quadra Nataliya Goncharova, oposta que é uma das principais pontuadoras da competição. A equipe europeia, porém, falhou bastante na recepção e no ataque e foi intimidada pela consistência da seleção brasileira.

Do lado verde e amarelo, destaque para a oposta Sheilla, a maior pontuadora da partida, com 14 pontos. A equipe caprichou na recepção, sobretudo com Natália, e a líbero Léia teve papel importante, passando tranquilidade para as demais jogadoras. Fernanda Garay (10 pontos) e Natália (12 pontos), na ponta, viraram bolas importantes. A regularidade no saque, sobretudo no arrasador segundo set, fez a diferença. Thaísa, com 13 pontos, sendo quatro de bloqueio, também contribuiu bastante para o resultado que deixa a seleção confiante para a próxima fase do Grand Prix.

“Primeiramente, estou muito orgulhoso da minha equipe, jogamos uma partida muito boa.  Ainda precisamos melhorar, mas agora é esperar para saber o adversário. Temos que manter a concentração”, disse o técnico José Roberto Guimarães logo após a partida. O adversário da semifinal sairá do grupo que tem Estados Unidos, China e Holanda.

Fonte: brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Senado aprova lei que atualiza legislação de controle de dopagem

Em sessão deliberativa realizada nesta quarta-feira (06.07), o Senado aprovou a Medida Provisória 718, que compatibiliza a legislação do país e as normas internacionais sobre controle de dopagem. O texto viabiliza a atuação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. O texto (MPV 718/2016) sofreu mudanças e ainda passará pela sanção do presidente da República.
 
A MP transforma em lei as atribuições da ABCD definidas em decreto. A entidade poderá conduzir testes de controle de doping; certificar e identificar profissionais, órgãos e entidades para atuar no controle de doping; e informar à Justiça Desportiva Antidopagem (JAD), criada pela MP, as violações às regras.
 
Atualmente, a Lei Pelé (Lei 9.615/1998) já estabelece sanções como advertência; eliminação; exclusão de campeonato ou torneio; e multa para quem foi pego no exame antidoping. A MP determina, ainda, o cancelamento de títulos, premiações, pontuações, recordes e resultados desportivos; e a devolução de prêmios, troféus, medalhas e outras vantagens obtidas pelo infrator.
 
Emenda aprovada na Câmara incluiu a aplicação dos testes de controle de dopagem nos períodos entre as competições para aumentar a fiscalização nos momentos de preparação do atleta. A violação de regras seguirá restrições como a proibição de pena disciplinar para menor de 14 anos e de penas em dinheiro para atletas não profissionais.
 
Justiça Antidopagem
A Justiça Desportiva Antidopagem será composta por um tribunal e uma procuradoria para julgar violações a regras contra a dopagem, aplicar infrações e homologar decisões de organismos internacionais relacionadas ao tema. A JAD funcionará junto ao Conselho Nacional do Esporte (CNE) e será composta de forma paritária por representantes de entidades de administração do desporto, sindicais dos atletas e do Poder Executivo.
 
Os mandatos terão duração de três anos com uma recondução por igual período e os integrantes membros não poderão atuar junto à JAD por um ano após o término dos mandatos. Para cobrir parcialmente os gastos do órgão, poderão ser cobrados valores para a realização de atos processuais conforme a complexidade da causa.
 
Fonte: Senado e Agência Câmara
Ascom – Ministério do Esporte
 
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