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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Arena Olímpica do Rio abre as portas para o jiu-jítsu após os Jogos Rio 2016

Depois de receber competições de ginástica artística, rítmica, de trampolim e de basquete em cadeira de rodas nos Jogos Rio 2016, a Arena Olímpica do Rio, no Parque Olímpico da Barra, abre as portas para o jiu-jítsu. Entre 12 e 13 de novembro, mais de dois mil atletas participam do Abu Dhabi Grand Slam World Tour. O torneio terá lutas com e sem kimono e a entrada para o público é gratuita.

O evento de jiu-jítsu volta ao local um ano após a realização da etapa de 2015. Desta vez com ainda mais atletas inscritos. “O evento já havia sido um sucesso no ano passado, mas, dessa vez, batemos todos os recordes de inscrições. Isso mostra que quando o trabalho é feito com seriedade e respeito, os atletas reconhecem e querem fazer parte disso”, diz Walter Mattos, presidente da Federação Brasileira de Jiu-Jítsu.

Em 2015, Arena Olímpica do Rio recebeu uma etapa do Abu Dhabi Grand Slam World Tour. (Foto: Marcos Furtado/Flashsport)Em 2015, Arena Olímpica do Rio recebeu uma etapa do Abu Dhabi Grand Slam World Tour. (Foto: Marcos Furtado/Flashsport)

As finais envolvendo os atletas faixa-preta serão disputadas a partir das 15h30 dos dois dias do Grand Slam e serão transmitidas ao vivo pelo canal Combate. Uma das atrações é Felipe Preguiça, campeão da etapa de Tóquio do torneio na última semana e que espera repetir o desempenho em casa.

“Ganhei a medalha de ouro contra o lendário Xande Ribeiro. Ele está no nível mais alto, eu tenho muito respeito pelo que ele conquistou no esporte. Estou de volta para o Abu Dhabi Grand Slam no Rio De Janeiro, no meu país de origem, e eu quero ganhar a medalha de ouro de novo para meus fãs no Brasil”, afirma.

Além de medalhas e pontuação para o ranking, o Abu Dhabi Grand Slam World Tour vai distribuir prêmios entre US$ 500 e US$ 2.000 para os campeões. Na categoria faixa preta adulta, os vencedores ainda levam passagens para disputar a próxima etapa da competição, em Abu Dhabi.

Legado do Pan
Construída para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, a Arena Olímpica do Rio é uma das principais instalações da cidade. Além de ter recebido os atletas durante os Jogos Rio 2016, o local é palco constante de grandes eventos, como shows, jogos de basquete e edições do UFC.

Fonte: Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Jovens de Ceilândia têm vidas transformadas pelo sonho olímpico em 2020

O sonho de muitos jovens brasileiros de disputar as Olimpíadas de Tóquio 2020 pode ter começado nos Jogos de Seul, em 1988. Foi pouco depois de conquistar a prata nos 800m na Coreia do Sul – a segunda medalha olímpica na carreira, já que havia levado o ouro em Los Angeles (1984) – que o corredor Joaquim Cruz intensificou suas atividades sociais. Em 1989, fundou o clube dos DescalSOS, que dava apoio material a jovens atletas, iniciativa que levou à fundação de um instituto com seu nome em 2003. Mas foi há cinco anos que o foco do Instituto Joaquim Cruz (IJC) se ampliou com o programa “Rumo ao Pódio Olímpico”, voltado a desenvolver talentos para o alto rendimento.

Atualmente, 16 atletas treinam diariamente no Centro Olímpico de Ceilândia (DF) e nas trilhas da Floresta Nacional buscando índices para as provas de fundo e meio-fundo dos próximos Jogos Olímpicos. Para oferecer a estrutura necessária aos jovens de 15 a 21 anos, o IJC recorreu à Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). Hoje, os meninos contam com vale-transporte e refeição, bolsa aprendizagem, passagem e hospedagem para competir, equipamento e uniforme, plano de saúde e equipe muldisciplinar (assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, dois treinadores e dois assistentes).

“A Lei de Incentivo passou a ser uma fonte de financiamento que abrange as três dimensões do esporte: participação, educação e rendimento. No nosso caso, somos de rendimento. Propiciamos um ambiente para os atletas treinarem continuamente e com tranquilidade e alguns resultados já vêm acontecendo em sul-americanos, pan-americanos e mundiais”, afirma Ricardo Vidal, diretor-executivo do instituto.

Com o apoio de empresas que abateram até 1% do Imposto de Renda devido para investir na iniciativa, o IJC captou, somente em 2016, mais de R$ 1,8 milhão. Os recursos permitem uma preparação de alto nível, em uma fase em que há poucas empresas dispostas a patrocinarem os atletas. “Nós estamos formando garotos. As empresas normalmente aparecem quando eles já estão prontos. Trabalhamos em uma faixa etária em que não há muita visibilidade nem apelo midiático. A Lei de Incentivo permite mudar essa realidade”, diz Vidal.

Peneira
Para chegar ao número atual de competidores, a equipe do “Rumo ao Pódio Olímpico” fez uma seleção criteriosa por alguns meses. A ‘peneira’ começou com 50 atletas. Destes, ficaram 30, após dois meses de avaliações. Hoje, são 16.

Seleção foi rigorosa para chegar ao grupo atual de atletas. (Foto: Francisco Medeiros/ME)Seleção foi rigorosa para chegar ao grupo atual de atletas. (Foto: Francisco Medeiros/ME)

“Boa parte da meninada vem porque gosta de fazer atividade esportiva, mas sem noção do que é o alto rendimento. Então, trabalhar isso com eles é complexo. Têm uns que já vem com essa garra, essa vontade, esse desejo... Treinam pensando na competição e mostram na competição o que são. Outros não deram certo, treinavam bem, mas chegavam na competição e mostravam deficiência naquilo que eles queriam de fato, aí a gente vai fazendo a peneira”, explica Luiz Carlos Santana, coordenador-técnico do IJC.

Mateus Américo, 20 anos, é um dos exemplos de quem não sabia o que era atletismo e, agora, é uma das promessas. “Eu conheci o projeto em 2012, não sabia o que era atletismo, só jogava futebol. O pessoal do Instituto foi na minha escola e falou sobre o programa, me interessei e me inscrevi”, recorda o atleta, que já foi vice campeão sul-americano nos 1.500m, na base, e hoje está entre os dez melhores tempos do país nos 800m.

“Eu não tinha preparo, não sabia o que fazer no dia da seletiva. Cheguei aqui no Centro Olímpico e tinha mais de 1.400 atletas. Vi um monte de corredores na pista e disse: ‘Vamos lá!’. Era um teste de 600m. Na primeira volta saí forte, cansei, mas consegui chegar. Passei nas seletivas seguintes e ganhei todas. Detalhe: corri de chuteira, porque não tinha tênis, e em uma das seletivas estava machucado, mas fui na raça. Até caí na chegada”, descreve Américo, que se interessou pela oportunidade por causa da bolsa oferecida pelo projeto.

“No início era a bolsa que eles estavam dando, porque seria uma oportunidade. Não trabalhava, só ficava na rua. Hoje, com a bolsa que recebo do projeto, posso pagar a faculdade, tenho dois anos cursando educação física, pude dar entrada no meu apartamento e ajudar a minha mãe. Com o projeto também consegui a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, pelo resultado que tive no sul-americano”, completou. A Bolsa Aprendizagem do programa chega a até R$ 920 por mês.

Instituto Joaquim CruzInstituto Joaquim Cruz

Sucesso
Se no início o “Rumo ao Pódio Olímpico” realizava peneiras com jovens do Distrito Federal e Entorno, indo à rede de ensino pública para chamar os estudantes, agora são os atletas que procuram o projeto para tentar uma vaga, tanto que há dois corredores do Espírito Santo e dois de Goiás. “O programa começou a se definir quando a gente começou a mostrar resultados”, explica Santana. “A propaganda natural da qualidade do trabalho fez com que eles quisessem vir para cá”.

Ao lado da pista, os treinadores são, também, espelhos para os iniciantes. Ronaldo Costa foi vencedor da maratona de Berlim em 1998, quando estabeleceu recorde mundial na prova, e Hudson de Souza participou das Olimpíadas de Atlanta 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008 nos 1.500m. “Antes eu estava na pista, agora estou do outro lado, passando a experiência que tive como atleta. É uma oportunidade única atuar na área que sempre trabalhei e passar conhecimento para as pessoas”, descreve Hudson.

“Todo mundo aqui é uma inspiração para a gente: o Hudson, o Ronaldo, eles vão motivando a gente cada dia mais... sou muito grata ao projeto”, conta Karina Gualberto, 20 anos, líder do ranking nacional nos 1.500m, 5.000m e 10.000m em 2015, antes de ficar afastada este ano por lesão. “Os resultados surgem com uma vida voltada aos treinos e competições. Tenho uma rotina bem distinta de outras pessoas da mesma idade. Eu venho para o treino, à tarde vou para a fisioterapia e à noite tenho a faculdade. Não dá tempo de sair, amigos só de vez em quando. Todo mundo entende quando vê os resultados, mas é bem corrido, quase não há tempo para outras coisas”, prossegue.

Hudson: 'Tem bastante garoto aqui com futuro. O objetivo é 2020. Como a estrutura é boa, podemos colocar alguns desses garotos nos Jogos Olímpicos'. (Foto: Francisco Medeiros/ME)Hudson: 'Tem bastante garoto aqui com futuro. O objetivo é 2020. Como a estrutura é boa, podemos colocar alguns desses garotos nos Jogos Olímpicos'. (Foto: Francisco Medeiros/ME)

Outro caso é o de José Miguel de Sousa, 17 anos, que passou a integrar a equipe no ano passado, após passar alguns anos no Clube dos DescalSOS. “O programa abre portas, amplia horizontes. Eu estava no projeto DescalSOS e tinha a visão de correr só corrida de rua, 5Km, aqui eu consigo ver outras modalidades dentro do atletismo", explica o campeão brasileiro nos 1.500m e 3.000m sub 17 e prata nos Jogos Escolares da Turquia 2016.

“Tem bastante garoto aqui com futuro. O objetivo é 2020. Como a estrutura aqui é boa, podemos colocar alguns desses garotos nos Jogos Olímpicos”, analisou Hudson, que projeta um de seus sonhos nos alunos. “Meu sonho como atleta era ter uma medalha olímpica. Como não consegui conquistar, tomara que consiga com esses atletas”.

Gabriel Fialho

Ascom - Ministério do Esporte

Smel Mogi, APP e TRADEF faturam as medalhas de ouro da IV Copa Brasil de Pares e Equipes

Foto: Ande/ DivulgaçãoFoto: Ande/ Divulgação

A primeira competição da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande) realizada no Centro de Treinamento de Paralímpico, em São Paulo, consagrou as equipes Smel Mogi, APP e TRADEF, que conquistaram as medalhas de ouro na IV Copa Brasil de Pares e Equipe.

Dirceu, Eliseu e Fabio conquistaram o tricampeonato para a equipes da TRADEF, nos pares BC4. Eles não deram chances aos adversários e conquistaram o tricampeonato brasileiro, vencendo todas as seis partidas disputadas. A dupla do SESI, formada por Alcides, Adriano e Josiane ficou com o segundo lugar, já a medalha de bronze ficou com Leo Carone e Ercilede Laurinda atletas da ADEFU-MG.

Nos pares BC3, a equipe da APP, de Paranaguá (PR), fez uma campanha perfeita até o último jogo. Richardson Rocha e Fernando Wolfran venceram os cinco primeiros confrontos e perderam apenas para a CDDU, mas a derrota não afetou em nada a dupla da APP, já que a APT-SP, segunda colocada, perdeu para o SESI e não conseguiu alcançar a dupla do Paraná.

A disputa por equipes (BC1/BC2) foi a única que teve divisão de grupos e fase eliminatória. As onze equipes inscritas foram dividas em dois grupos classificando os dois primeiros lugares para as semifinais. Dono da melhor campanha da primeira fase a equipe da SMEL Mogi enfrentou a equipe do SESI na final. O SESI até começou bem e fez um ponto na primeira parcial. Mas a SMEL reagiu, virou o jogo e não deu mais chances para o SESI, que ficou com a medalha de prata. O terceiro lugar ficou com a equipe da APARU-MG.

Fonte: Ande

Ascom - Ministério do Esporte

Instituto de Cegos da Bahia conquista o hepta brasileiro no futebol de 5

Foto: Gaspar Nobrega/CBDV/InovafotoFoto: Gaspar Nobrega/CBDV/Inovafoto

O Instituto de Cegos da Bahia (ICB) conquistou o título da Copa Loterias Caixa de Futebol de 5. A equipe baiana chegou ao heptacampeonato nacional ao vencer a AMC-MT por 2 a 0, neste domingo (06.11), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Após um primeiro tempo bastante disputado e sem gols, o ICB-BA partiu com tudo pra cima da AMC-MT na etapa complementar e com dois gols de Jefinho, medalha de ouro nos Jogos Rio 2016, conseguiu vencer o jogo. O título coloca mais uma vez os baianos no topo, após o vice da competição no ano passado.

Foto: Gaspar Nobrega/CBDV/InovafotoFoto: Gaspar Nobrega/CBDV/Inovafoto

Além do troféu, o ICB-BA se destacou nas premiações individuais. Autor de oito gols na competição, o craque Jefinho foi o artilheiro isolado. E para melhor jogador foi eleito o ala Cássio. O camisa 3 foi fundamental tanto na defesa - com apenas um gol sofrido -, quanto no ataque.

O melhor goleiro foi arqueiro da URECE-RJ Andreonni. O paraibano foi uma verdadeira muralha nas partidas, principalmente na semifinal contra o ICB-BA, com diversas defesas difíceis.

Cássio, da seleção brasileira e medalha de ouro nos Jogos Rio 2016, foi eleito o melhor jogador da competição. (Foto: Gaspar Nobrega/CBDV/Inovafoto)Cássio, da seleção brasileira e medalha de ouro nos Jogos Rio 2016, foi eleito o melhor jogador da competição. (Foto: Gaspar Nobrega/CBDV/Inovafoto)
 
Disputa do 3º lugar
A disputa da medalha bronze foi entre CEIBC-RJ e URECE-RJ. O clássico carioca foi equilibrado do início ao fim. O jogo foi decidido a favor da CEIBC-RJ quando o colombiano Quintero fez grande jogada pela direita e chutou no alto sem chances para Andreonni, dando a vitória por 1 a 0. As equipes rebaixadas foram a ADVC-RJ e CETEFE-DF.

Foto: Gaspar Nobrega/CBDV/InovafotoFoto: Gaspar Nobrega/CBDV/Inovafoto

Classificação final

1º    Instituto de Cegos da Bahia - ICB-BA
2º    Associação Mato-grossense dos Cegos - AMC-MT
3º    Caixa Escolar do Insituto Benjamin Constant - CEIBC-RJ
4º    Urece Esporte e Cultura - URECE-RJ
5º    Associação Gaúcha de Futsal para Cegos - AGAFUC-RS
6º    Associação Paraibana dos Deficientes Visuais - APADEVI-PB
7º    Associação de Pais e Amigos e Deficientes Visuais - APADV-SP
8º    Associação de Deficientes Visuais de Petrolina - ADVP-PE
9º    Associação Paraibana de Cegos - APACE-PB
10º    Associação dos Deficientes Físicos de Pelotas - ASDEFIPEL-RS
11º    Associação dos Deficientes Visuais de Campos - ADVC-RJ
12º    Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial - CETEFE-DF

Fonte: CBDV

Ascom - MInistério do Esporte

Rúgbi em cadeira de rodas vai da reabilitação ao alto rendimento em Curitiba

O trabalho da ONG Saúde Esporte Sociedade Esportiva com o rúgbi em cadeira de rodas, em Curitiba (PR), começou em 2010 com um objetivo claro: atender pessoas que ficaram tetraplégicas e utilizar o esporte como forma de reabilitação e inclusão. Mas a ideia original não demorou para se ajustar a outra realidade. Logo o desejo de competir despertou nos atletas, o que deu início à história de sucesso do Gladiadores Curitiba Quad Rugby.

A equipe foi criada em 2011 para satisfazer a vontade dos integrantes do projeto paranaense, que capta recursos pela Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério do Esporte. “As pessoas com deficiência têm o mesmo espírito de competição que qualquer outra. Nosso grupo foi crescendo, se desenvolvendo e descobrimos talentos dentro da modalidade”, conta Carlos Kamarowski, coordenador do projeto, que começou com sete e hoje atende 21 pessoas, da iniciação ao alto rendimento.

Quando diz “alguns talentos”, Marcelo refere-se ao fato de que o Gladiadores tem vivido uma rotina de ceder jogadores para a Seleção Brasileira da modalidade. Nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, cinco dos 12 convocados eram da equipe, enquanto no Rio 2016 foram três representantes.

Rafael Hoffman saiu do projeto para defender a Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. (Foto: Alexandre Urch/CPB)Rafael Hoffman saiu do projeto para defender a Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. (Foto: Alexandre Urch/CPB)

A Saúde Esporte já trabalhava com outras modalidades paralímpicas, mas quando conheceu o rúgbi em um congresso, em 2009, viu ali uma oportunidade. “Não havia esse atendimento no Paraná. A gente criou para atender uma demanda de alguns grupos, rapazes que a gente já conhecia. O negócio bateu com o talento dos meninos. Talentos que estavam só aguardando a oferta da modalidade”, explica Carlos, que trabalha com o irmão Marcelo, técnico da equipe.

“A gente utiliza a prática esportiva como forma de reabilitação e inclusão. Dentro desse trabalho, alguns se revelam com perfil de alto rendimento. A gente encaminha para outro passo, que é participar da equipe, onde ele pode crescer dentro do esporte”, acrescenta o coordenador do projeto, contando que os 12 atletas do Gladiadores são beneficiados pela Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.

Trabalho capta recursos pela Lei de Incentivo ao Esporte. (Foto: Divulgação)Trabalho capta recursos pela Lei de Incentivo ao Esporte. (Foto: Divulgação)

Além dos resultados
Mesmo com o sucesso nas competições, Kamarowski destaca que a função original do projeto desenvolvido na capital do Paraná ainda é parte fundamental. A ONG tem uma parceria com um hospital de reabilitação do estado e faz visitas semestrais ao local para apresentar o rúgbi em cadeira de rodas a pessoas que estão iniciando a recuperação. Uma maneira de atrair atletas, mas de ajudar no processo.

“A convivência com outras pessoas que sofreram a mesma lesão é interessante. Eles descobrem que não foram só eles que passaram por aquele acidente. O pessoal indica o melhor equipamento para usar, dá dicas e eles convivem com rapazes que são casados, têm filhos. Ali eles descobrem que a vida continua”, exalta Kamarowski.

“O esporte não é só alto rendimento. Tem tantas pessoas que precisam dele muitas vezes até para sair de suas casas e estão em processo de reabilitação. É mais que ganhar medalhas. Isso é algo que me alimenta e me motiva, poder contribuir com outras pessoas, ver uma transformação não só na vida delas, mas da família também”, destaca Moisés Batista, atleta do Gladiadores que competia na natação e participou dos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004 e Pequim 2008. Ele trocou de modalidade em 2012 e tenta passar uma mensagem mais ampla com a experiência adquirida.

Gladiadores perfilados: esporte como ferramenta de transformação das vidas e das famílias. (Foto: Divulgação)Gladiadores perfilados: esporte como ferramenta de transformação das vidas e das famílias. (Foto: Divulgação)

De Curitiba para o Rio 2016
Um dos exemplos dessa recuperação é Rafael Hoffman, atleta do Gladiadores que disputou os Jogos Rio 2016 com a seleção brasileira. Ele ficou tetraplégico após um acidente no mar em 2007 e recorreu ao esporte para se recuperar.

“O grande tesouro foi a troca de informação com outros atletas. Fui vendo outras possibilidades e maneiras de fazer as coisas, como tomar banho e me vestir”, diz Rafael, que foi além. “Por meio do esporte pude fazer faculdade de educação física, tive oportunidade de emprego e viajei o mundo inteiro. O esporte foi fundamental para minha reabilitação e qualidade de vida. E não só a minha, mas do meu ciclo familiar, dos meus amigos. Quando conheci o rúgbi, minha vida mudou para melhor.”

Além da reabilitação e de um novo rumo na vida pessoal e profissional, Rafael viveu o sonho de representar o país nos Jogos Paralímpicos, um momento que considera único. “Foi sensacional. O que mais me marcou foi quando entramos para o primeiro jogo, contra o Canadá. Na hora que tocou o hino, com a arena lotada, é uma imagem que dificilmente sairá da memória”, lembra.

Vagner Vargas

Ascom - Ministério do Esporte

Sétima edição da Brasil Ride leva principais ciclistas do mundo ao sul da Bahia

Foto: Brasil Ride/ DivulgaçãoFoto: Brasil Ride/ Divulgação

Os moradores e turistas que estiveram na Costa do Descobrimento, no sul da Bahia, nos últimos dez dias podem dizer que vivenciaram um momento histórico do ciclismo internacional. A sétima edição da principal ultramaratona de MTB das Américas, realizada com sedes em Arraial d'Ajuda, no município de Porto Seguro, e em Guaratinga, entre 15 e 22 de outubro, levou ao local 500 ciclistas de 23 países e de 24 estados brasileiros. Os atletas disputaram a Brasil Ride por sete dias, além de outros mil participantes da Maratona XCM Brasil Ride, realizada durante a última etapa do evento, no sábado (22.10).

"Depois de seis anos, a Brasil Ride reinventou-se. Veio para a Costa do Descobrimento e realizou mais uma edição histórica. Os melhores mountain bikers do mundo enfrentaram as falésias e as montanhas do sul da Bahia e saíram maravilhados com as belas paisagens e com a receptividade calorosa do povo baiano", agradeceu Mario Roma, fundador da Brasil Ride.

Nove títulos estiveram em jogo na competição. No principal deles, a disputa pela Yellow Jersey da Open, melhor para a dupla da Trek San Marco, formada por Fabian Rabensteiner (ITA) e Alexey Medvedev (RUS), campeões pela primeira vez da Brasil Ride. Na Ladies, outra vitória inédita, das mineiras Isabella Lacerda e Letícia Cândido. Enquanto a American Men foi vencida por Sherman Trezza e Wolfgang Soares, a American Women teve vitória de Janet Correia e Joana Nóbrega.

Foto: Brasil Ride/ DivulgaçãoFoto: Brasil Ride/ Divulgação

Na dupla mista, vitória dos italianos Annabella Stropparo e Piero Pellegrini, em sua quinta participação no evento. Na Máster, o título pelo quatro ano consecutivo foi de Bart Brentjens (HOL) e Abraão Azevedo, parceria de sucesso nascida no evento, coroou o heptacampeonato de Abraão, único ciclista a vencer todas edição. Na Grand Máster ganharam Heleno Borges e Paulo Felipe Vasconcelos, a Corporativa foi vencida por Diego/Edson/Robson e a Nelore teve Gerson Muhlbauer Junior e Marcelo De Oliveira como campeões.

A Brasil Ride é uma competição de mountain bike que conta com o apoio do Ministério do Esporte, anualmente, desde 2013. Neste ano, o investimento foi feito por meio de convênio com o governo da Bahia, no valor de quase R$ 1,9 milhão. A competição integra o calendário oficial da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e é reconhecida pela União Ciclística Internacional (UCI).

Reconhecimento

Responsável por acompanhar a ultramaratona e reportar todos os detalhes da competição junto à UCI, o comissário canadense Jim Bratrud, de 53 anos, não poupou elogios para a organização da Brasil Ride. "Tenho diversos colegas comissários que já vieram à Brasil Ride e em comum ao que eles me passaram, era a boa reputação da prova. Por isso, fiquei muito animado em vir para cá e ver todas as coisas boas sobre a Brasil Ride", contou Jim. "Estou realmente muito impressionado com o evento. A organização é uma das melhores que eu já vi e não estou exagerando. Tudo, desde a comida cinco estrelas até o acampamento, feitos com excelente qualidade. Coisas que não são comuns de encontrar em uma prova de estágios", completou.

"Com todas as dificuldades de você viajar para longe, a acomodação que tínhamos na Vila Brasil Ride em Guaratinga era mais do que excelente. Fiquei impressionado em relação à união das pessoas que trabalham na organização. É uma verdadeira família, com as pessoas muito próxima uma das outras. Tudo que eu precisava e sugeria, eles faziam imediatamente, sem exitar. Em resumo, uma organização ótima e que me deixou bem impressionado", enalteceu Jim. "Voltarei à Brasil Ride, sem dúvidas. Sou fã do açaí e isso foi uma das primeiras coisas que perguntei se teria no evento", concluiu.

Brasil Ride/ DivulgaçãoBrasil Ride/ Divulgação

Números da edição

A sétima edição da Brasil Ride proporcionou aos amantes do ciclismo experiências únicas no interior da Bahia. Por três dias, atletas, estafe, voluntários e membros da organização acomodaram-se em uma verdadeira cidade montada para quase mil pessoas especialmente para a competição, na Fazenda Conjunto Boa Vista, em Guaratinga. Foram 10 mil litros de água distribuídos nas sete etapas, 6,3 mil unidades de fruta, 5,5 mil refeições servidas, 60 tendas, incluindo duas de 500m², 700 barracas de dormir, 16 mil metros de fita bump e 47 veículos percorrendo os percursos das provas, entre carros, motos, quadriciclos, ambulâncias e caminhão.

A estrutura na fazenda contou com: restaurante principal dos atletas, onde foi fornecido café da manhã e jantar; lounge Brasil Ride, para descanso e convivência dos atletas; bar e lanchonete para venda de bebidas e refeições rápidas (massa, hambúrguer, açaí etc); banheiros e chuveiros em oito contêineres; área de massagem; bike wash; bike park; apoio do Suporte Neutro Shimano; posto médico, ponto de energia elétrica para carregar aparelhos eletrônicos; além de ponto de água para consumo.

Mecânica

Enquanto os melhores ciclistas do mundo pedalavam os mais de 550 km com altimetria acumulada em cerca de 11 mil metros nos sete dias da Brasil Ride, os Anjos Azuis da Shimano davam toda assistência necessária aos atletas por meio do Suporte Neutro. Os 16 mecânicos da marca realizaram mais de 1,5 mil atendimentos, utilizando 30 litros de lubrificante. Foram 1,1 mil regulagens de câmbio, 30 suspensões revisadas, 80 sangrias de freio e 40 alinhamentos de rodas. No total, quatro toneladas de equipamentos passaram pelas mãos dos 16 mecânicos que trabalharam nas tendas da Shimano.

Foto: Brasil Ride/ DivulgaçãoFoto: Brasil Ride/ Divulgação

Sobre a Brasil Ride

A sétima edição da Brasil reuniu 250 duplas de 23 países e de 24 estados. No sábado (22.10), a Maratona Brasil Ride, disputada em uma única etapa, teve mais mil ciclistas. Classe S1 na UCI, a competição distribui aos campeões da Open e Ladies 120 pontos no ranking mundial. Competição nascida na Bahia, a ultramaratona foi realizada em seus primeiros seis anos na Chapada Diamantina, até chegar na Costa do Descobrimento em 2016. O evento é uma realização da Roma Comunicação e do Instituto Brasil Ride.

Fonte: Brasil Ride

Ascom - Ministério do Esporte

Canoagem Slalom une profissionais e população em Deodoro

Foto: AndreMotta/ Brasil2016.gov.brFoto: AndreMotta/ Brasil2016.gov.br
 
Em seu primeiro fim de semana de competição oficial após os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, parte do Complexo Esportivo de Deodoro, mostrou por que será importante tanto como legado esportivo como social na região. Além de receber mais de 50 atletas para os campeonatos Sul-Americano e Pan-Americano da modalidade, a instalação foi aberta ao público, que pôde aproveitar a área para se divertir e ter contato direto com o esporte.
 
Os jovens moradores do Rio de Janeiro tiveram a oportunidade não só de nadar em uma área determinada do canal, mas também de assistir aos profissionais competindo e ter contato direto com a modalidade. Após as provas, uma equipe de profissionais ofereceu descidas gratuitas de rafting no canal.
 
“Adorei. Fiquei um pouco ansioso na descida e pensei que a canoa ia virar, mas depois gostei bastante. Para a gente é um orgulho praticar esporte no lugar em que ocorreram as Olimpíadas”, destacou Rodrigo Camargo, de 13 anos. “Foi muito legal. Hoje vou chegar em casa e falar para a galera vir aqui. É muito bom”, elogiou Carlos Eduardo de Souza, morador da região de 17 anos.
 
Foto: André Motta/ brasil2016.gov.brFoto: André Motta/ brasil2016.gov.br
 
Elogios de fora
Além de servir como centro de treinamento para o alto rendimento e de desenvolvimento de jovens talentos, o canal chamou a atenção também das delegações estrangeiras que estiveram em Deodoro. Para eles, o Estádio Olímpico representa uma instalação moderna e mais próxima de casa, com oportunidade de gastar e viajar menos para treinar.
 
“É vital para Brasil, Chile, Venezuela, Peru e Paraguai manter aberta uma pista deste nível, uma pista de nível olímpico. Com certeza vamos estar aqui para treinar”, afirmou Adrián Rossi, técnico da seleção argentina de canoagem slalom.
 
“Nossa parceria com o Ministério do Esporte e a prefeitura do Rio irá transformar esse local numa grande fonte de futuros talentos para o esporte, além de se tornar uma ótima alternativa para equipes do mundo todo que encontram aqui no Rio condições favoráveis de treinamento”, acrescentou João Tomasini, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).
 
Depois de conquistar um inédito sexto lugar na final olímpica do K1 masculino, Pepe volta ao Canal de Deodoro. (Foto: André Motta/ Brasil2016.gov.br)Depois de conquistar um inédito sexto lugar na final olímpica do K1 masculino, Pepe volta ao Canal de Deodoro. (Foto: André Motta/ Brasil2016.gov.br)
 
Domínio brasileiro
Na competição, o Brasil demonstrou toda sua força no continente, conquistando 11 ouros nas 12 finais disputadas. Representantes do Brasil no Rio 2016 e acostumados a treinar no canal de Deodoro, Pedro Henrique Gonçalves, o Pepe, e Ana Sátila confirmaram seus favoritismos no K1 masculino e feminino.
 
Depois de conquistar um inédito sexto lugar na final olímpica do K1 masculino, Pepe voltou a elogiar o canal. “Deodoro é minha casa, é onde quero estar. Aqui me sinto bem e vamos brigar com unhas e dentes para garantir os títulos para o Brasil. Quero levar a canoagem brasileira ao topo mundial e inspirar novos atletas, como essa criançada que está vindo para o piscinão assistir a gente”, disse o canoísta, vencedor da prova com o tempo de 92s30. A prata ficou com o argentino Lucas Rossi, com 98s89, e Guilherme Mapelli, do Brasil, foi bronze com 100s61.
 
Ana Sátila no topo do pódio. (Foto: André Motta/ Brasil2016.gov.br)Ana Sátila no topo do pódio. (Foto: André Motta/ Brasil2016.gov.br)
 
No K1 feminino, Ana Sátila conseguiu superar a frustração após a penalidade que a eliminou dos Jogos Rio 2016 e venceu a prova em 107s27, bem à frente de Maria Luz Cassini, da Argentina, que foi prata com 128s28. Marina Costa completou o pódio com o tempo de 144s14.
 
“Depois (do Rio 2016), tentei erguer a cabeça e continuar treinando, por que a gente ainda tem várias competições até o fim da temporada. Estou feliz por voltar aqui e conquistar um ouro”, comemorou a brasileira, ouro também no C1 feminino, categoria que estará no programa olímpico em Tóquio 2020. No C2 masculino, os campeões foram Charles Corrêa e Anderson Oliveira.
 
A única prova não vencida por um brasileiro foi o C1 masculino. O responsável por quebrar a invencibilidade foi o argentino Sebastian Rossi, 16º colocado nos Jogos Rio 2016. Ele aproveitou o conhecimento do canal e superou Charles Corrêa e Felipe Borges, prata e bronze, respectivamente.
 
Nas demais provas, todas na categoria júnior, o Brasil saiu da água campeão. No C1 Masculino, Denis Quellis levou o primeiro lugar. Omira Estacia, irmã de Ana Sátila, foi a melhor no K1 Feminino. Em 2016 ela ficou em 11o no Mundial Júnior, na Polônia. Já no masculino, Guilherme Rodrigues teve uma descida sem penalidades e ficou em primeiro com folga. Os irmãos Bruno e Arthur Cruz conquistaram a primeira medalha internacional da carreira pelo C2 masculino. Fechando a competição, Beatriz da Motta também garantiu uma medalha dourada no C1 feminino.
 
Confira a galeria de fotos (com opção de download em alta resolução) clicando na imagem abaixo:

Pan-Americano e Sul-Americano de Canoagem - 16.10.2016Pan-Americano e Sul-Americano de Canoagem - 16.10.2016

Ascom Ministério do Esporte

Bolsa Atleta é único patrocínio de 96% dos atletas olímpicos e paralímpicos

Ser patrocinado pelo Bolsa Atleta pode significar o início e a manutenção de uma carreira em alto nível. Segundo o Ministério do Esporte, 96% dos atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros contemplados pelo programa declaram não ter qualquer outro tipo de patrocínio. O dado foi apresentado neste domingo pelo coordenador do Bolsa Atleta, Mosiah Rodrigues, em palestra na Casa Brasil.
 
Foto: Fábio Malta/Casa BrasilFoto: Fábio Malta/Casa Brasil
 
O programa contempla 90,6% dos atletas brasileiros convocados para os Jogos Paralímpicos (262 dos 289 da delegação). Entre os bolsistas estão os responsáveis pelas duas primeiras medalhas brasileiras: Odair Santos, prata no Atletismo, e Ricardo Costa de Oliveira, ouro no Atletismo.
 
O programa concede bolsas que variam entre R$ 370 e R$ 15 mil, alcançado desde competidores estudantis a atletas de alto rendimento. O atleta do tiro esportivo Geraldo Rosenthal havia acabado de chegar da competição na Arena Deodoro e disse que sua carreira só existe por causa da bolsa. "Sem o patrocínio eu não teria me qualificado e não estaria aqui", declarou.
São mais de 17 mil atletas de todo o país patrocinados pelo Bolsa Atleta desde 2005. Com mais de uma década de atuação, o programa concedeu mais de 43 mil bolsas, num investimento superior a R$ 600 milhões. Os valores permitem que os atletas se dediquem exclusivamente aos treinos.
 
"É uma ferramente muito importante no dia a dia do atleta. Nosso papel é tentar garantir que o atleta tenha condições de se preparar", afirmou Mosiah ao fim da palestra.
 
Equipe Casa Brasil
Ascom - Ministério do Esporte
 

Programa prevê investimentos de R$ 840 milhões em 223 municípios

Os modelos de gestão do Programa Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), do Ministério do Esporte, foram tema de um seminário apresentado nesta quarta-feira (14.09), na Casa Brasil. A apresentação voltada a um público formado por representantes de prefeituras municipais serviu para explicar o funcionamento do programa, tirar dúvidas sobre o tema e também para troca de experiências entre os participantes.

Representantes do MInistério do Esporte falaram sobre os CIEs. (Foto: Rafael Azeredo/Casa Brasil)Representantes do MInistério do Esporte falaram sobre os CIEs. (Foto: Rafael Azeredo/Casa Brasil)

Os Centros de Iniciação ao Esporte fazem parte da Rede Nacional de Treinamento e são destinados a identificar talentos, formar atletas e incentivar a prática esportiva em territórios de vulnerabilidade social, com instalações esportivas que seguem requisitos oficiais. Serão construídos 233 centros (há obras em andamento em 38 deles) em 223 municípios em todo o país e o investimento será de R$ 840 milhões. O primeiro CIE foi inaugurado em de junho, no município de Franco da Rocha (SP).

O projeto integra em um único espaço físico atividades e a prática de esportes voltados ao esporte de alto rendimento, estimulando a formação de atletas entre crianças e adolescentes. Silvana Rigolin Ferreira, coordenadora de projetos da Secretaria de Esporte e Lazer de Campinas, aproveitou o encontro para se aprofundar no tema. "Nosso município tem grande interesse em implantar o CIE, mas é um grande desafio. Com as apresentações de hoje encontramos caminhos para fazer avançar o projeto da nossa cidade", disse.

"Não basta apenas construir o centro de treinamento, é preciso também uma gestão planejada e eficiente para garantir a manutenção do espaço. Além disso, é importante assegurar a participação da comunidade, pois quando a população local abraça o projeto a chance de sucesso é muito maior", explicou Débora Caldeira, engenheira do Ministério do Esporte e palestrante do evento.

Equipe Casa Brasil

Ascom- Ministério do Esporte

Daniel Dias conquista a prata nos 100m peito e mantém viva as chances de se tornar o maior medalhista paralímpico da história

O maior medalhista paralímpico brasileiro continua aumentando sua coleção. Daniel Dias chegou ao seu 19º pódio, o quarto nos Jogos Rio 2016, com a prata nos 100 metros peito, classe SB4, disputada na noite de domingo (11.09), no Estádio Aquático do Parque da Barra. Ele ficou atrás apenas do chinês Junsheng Li, em uma das provas mais disputadas da noite. Daniel completou a prova com o tempo de 1m36s13, diferença de 17 centésimos para o campeão. O bronze ficou com o colombiano Moises Fuentes Garcia (1m37s40).
 
Daniel Dias, que agora tem 19 conquistas, e ainda tem mais cinco provas na Paralimpíada. (Foto: HeusiAction/AndreMotta)Daniel Dias, que agora tem 19 conquistas, e ainda tem mais cinco provas na Paralimpíada. (Foto: HeusiAction/AndreMotta)
 
“Eu concretizei meu objetivo inicial de não deixar que o colombiano, o grego e o espanhol concluíssem a primeira volta na frente, mas quando virei, eu vi que o chinês tinha me passado. Eu tentei buscá-lo. A cada respiração eu escutava a torcida gritando e, no final, eu escutava cada vez mais forte. Aí pensei: ‘Eu acho que eu estou chegando’, mas quando eu bati acabou vindo a prata. Não importa, estou extramente feliz, satisfeito com o que eu fiz. Eu dei o meu melhor e ele mereceu. O esporte é isso”, analisou o nadador brasileiro.
 
Daniel não conseguiu largar bem e virou os primeiros 50m na quarta posição. Na volta final, ele deu início a uma reação espetacular, deixando de pé o público presente no Estádio Aquático. “Foi uma estratégia. Meu fim de prova é muito bom, minha volta é muito boa. Quando virei, escutei o grito da torcida, senti que já tinha passado alguns. Eu sairia daqui com uma medalha, nem que tivesse de carregar três pianos".
 
Daniel não largou bem na prova, mas após a virada da piscina consegui melhorar sua performance. (Foto: HeusiAction/AndreMotta)Daniel não largou bem na prova, mas após a virada da piscina consegui melhorar sua performance. (Foto: HeusiAction/AndreMotta)
 
Desconhecido pela maioria dos atletas que disputavam a prova, o chinês Junsheng Li, de apenas 16 anos, ressaltou as dificuldades que oponentes do nível do brasileiro lhe impuseram para chegar ao ouro. “A prova foi muito difícil. Eu estava um pouco preocupado porque a chegada foi lado a lado. Mas estou muito feliz por ter ganhado esta medalha. Eu bati concorrentes muito fortes, como Daniel Dias".
 
Brasileiro consegui a prata, com apenas 17s de diferença para o chinês Junsheng Li. (Foto: HeusiAction/AndreMotta)Brasileiro consegui a prata, com apenas 17s de diferença para o chinês Junsheng Li. (Foto: HeusiAction/AndreMotta)
 
Ovacionado pela torcida do inicio ao fim da prova, Daniel Dias, que é o recordista mundial e paralímpico dos 100 metros peito, agradeceu o apoio do público. “Eu estava concentrado e aí eu comecei a escutar: ‘Daniel, Daniel’. Não tem como não ficar mexido? Eu acompanhei o ritmo balançando minha cabeça, curtindo aquele momento. Pensei: ‘Poxa, eu vou fazer isso por mim e por todos eles’. Eu não tenho dúvidas que todo mundo ficou satisfeito. Foi uma emoção muito grande. Quando eu sai da piscina todos me aplaudiram. Eu até me empolguei e joguei minha touca nem sei para quem”, brincou.
 
A conquista de Daniel mantém viva sua chance de se tornar o maior medalhista da história dos Jogos Paralímpicos. Atualmente, o feito pertence ao nadador australiano Matthew Cowdrey, dono de 23 pódios. O brasileiro, que agora tem 19 conquistas, ainda deve competir em mais cinco provas nos Jogos Rio 2016.
 
Outros resultados
 
Na final dos 100m livre feminino, classe S8, a brasileira Cecilia de Araújo terminou em sexto lugar. Já nos 100m borboleta, classe SB5, os atletas Roberto Rodriguez e Adriano de Lima chegaram em quinto e oitavo lugares, respectivamente. Na prova dos 100m peito SB13, para deficientes visuais, Guilherme Silva alcançou a quinta colocação. Felipe Vila Real ficou em oitavo lugar na disputa dos 200m livre, classe S14, para pessoas com deficiência intelectual.
 
João Paulo Machado - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
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