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Natação faz jus a título de carro-chefe e conquista mais duas pratas nas Paralimpíadas

Washington Alves/CPBWashington Alves/CPB
Nas redes sociais os brasileiros pedem: #PódioTodoDia. Dentro da piscina do Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, os atletas brasileiros cumpriram, pela segunda noite seguida, o desejo da torcida. Foram duas medalhas de prata na noite desta sexta-feira (09.09). A primeira foi com Phelipe Rodrigues. O nadador subiu ao pódio nos 50 metros livre S10. A segunda foi conquistada pelo quarteto formado por Clodoaldo, Daniel Dias, Joana Maria e Susana Ribeiro, na prova de revezamento 4x50m estilo livre misto.
 
A prova mista, que encerrou a segunda noite de natação, levantou a torcida. A equipe brasileira entrou na água com o incrível histórico de 30 medalhas Paralímpicas na soma de conquistas dos atletas. Dos medalhistas do revezamento, três recebem o apoio financeiro do Bolsa Pódio e um Bolsa Paralímpica do Ministério do Esporte.
 
"O meu caminho até aqui foi difícil. Passa um filme na cabeça da gente. Eu lembrei de tudo que aconteceu, toda a minha luta para estar aqui. Essa medalha tem um valor muito especial. A natação paralímpica é a minha vida. Quero agradecer muito a minha família, ao meu técnico Felipe, que me ensinou a nadar de novo e me ajudou a estar aqui. Essa medalha é para eles", dedicou Susana Ribeiro, de 48 anos, que sofre de múltipla falência dos sistemas. Uma doença rara que deteriora dois ou mais órgãos e afeta a mobilidade.
 
Gaúcha de Porto Alegre, Susana ficou emocionada ao recordar das superações que a impulsionaram até o pódio. "Tenho muita falta de coordenação motora. Então, tenho que pensar muito no que eu estou fazendo. Eu estava muito concentrada, não olhava para ninguém só para a piscina. Assim, o dia 9 de setembro de 2016 é o dia mais especial da minha vida", comemora.
 
A prova foi vencida pela China, com direito a quebra de recorde mundial, com o tempo de 2min18s03. O bronze foi para a Ucrânia, com 2min30s66.
 
Washington Alves/CPBWashington Alves/CPB
 
Phelipe
A segunda medalha de prata foi conquistada por Phelipe Rodrigues, na prova dos 50 metros livre S10, com o tempo de 23s56. Foi o quarto pódio Paralímpico na carreira do atleta, que recebe o patrocínio financeiro do Ministério do Esporte por meio da Bolsa Pódio.
 
"Eu esperava uma medalha de uma cor diferente, uma medalha de ouro. Eu queria fazer o melhor tempo da minha vida, mas foi uma sensação indescritível estar aqui representando o Brasil. Ganhar uma medalha na frente da nossa nação, do povo brasileiro, que é um povo que gosta de festa, é surreal. Acredito que ainda virão muitas coisas boas pela gente", disse.
 
No Rio 2016, Phelipe Rodrigues disputa mais três provas, entre elas a de 100m livre, sua especialidade. A medalha de ouro no 50m livre ficou com o atleta da Ucrânia Maksym Krypak, com o tempo de 23s33. O bronze foi para Denys Dubrov, 23s75.
Por três centésimo de segundos
 
Na final dos 50 metros livre, o Brasil quase teve dois atletas no pódio. André Brasil, que estreou no Rio 2016, ficou a três centésimos de segundo do pódio, ao cravar 23s78, que garantiu a quarta colocação. "Eu não sei o que aconteceu. A prova não encaixou. Essa é a melhor explicação. Tenho certeza de que poderia fazer muito melhor. Erros acontecem e não vou tirar os méritos dos adversários, do meu companheiro de trabalho, Philipe, que é meu amigo. Mérito daqueles que souberam aproveitar as oportunidades", avaliou.
 
O nadador é o atual recordista mundial nos 50, 100 e 800 metros estilo livre e nos 50 e 100 metros borboleta. O atleta conta com sete medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos.
 
Outros brasileiros
Oito brasileiros entraram na piscina do Parque Aquático na noite desta sexta (09). Talisson Glock foi primeiro a pular na água. O catarinense disputou a prova dos 50 metros borboletas S6, prova que não é a sua especialidade. Ele terminou na oitava colocação, com o tempo de 33s14. O pódio foi todo Chinês. Com o recorde paralímpico, 29s89, Qing Xu levou a medalha de ouro. A prata foi para Tao Zheng (29s93) e o bronze para Lichao Wang (30s95).
 
"Eu sabia que não tinha chance de medalha. A prova não é minha especialidade. Eu uso ela pensando nos 200m medley. Foi uma boa prova, pois nadei perto da minha marca pessoal. Não gostei do meu 100m costas de ontem e hoje consegui colocar a cabeça no lugar", analisou Talisson.
 
Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, o desempenho dos chineses nas Paralimpíadas é incrível. "A gente está sempre preparado para eles virem com surpresas. Eles usam como estratégia ficar quatro anos competindo praticamente dentro da China, pouco internacionalmente. Os nadadores disputam somente o necessário fora do país para conseguir a classificação para os Jogos. Eles têm 200 milhões de pessoas com deficiência e trabalham muito bem o esporte paralímpico", informou.
 
Na prova feminina de 100 metros livre S10, o Brasil foi representado por Mariana Ribeiro. A nadadora terminou na sétima colocação, com o tempo de 29s30.
 
Apoio
Desde 2010, o Ministério do Esporte celebrou 17 convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que somam R$ 67,3 milhões. Os convênios contemplam a preparação das seleções permanentes de várias modalidades, entre elas a natação. A preparação incluiu a realização de treinamento no Brasil e no exterior e a participação em competições internacionais.
 
A natação é a segunda modalidade que mais rendeu glórias ao Brasil ao longo das edições dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, o país soma mais de 80 pódios. Na primeira edições dos Jogos, em Stoke Mandeville 1984, foram sete medalhas.
 
Breno Barros e João Paulo Machado - brasil2016.gov.br 
Ascom - Ministério do Esporte
Gustavo Cunha e Vagner Vargas - brasil2016.gov.br 
Ascom - Ministério do Esporte

A ilimitada persistência de Verônica Hipólito se transforma em prata no Engenhão

 Marcio Rodrigues/MPIX/CPB Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
A combinação entre AVC, tumor no cérebro, cirurgia complexa, remédios fortes, efeitos colaterais, vômitos diários, dores e lesão não parece rimar com performance, prata, pódio, bandeira brasileira e Estádio Olímpico. Mas Verônica Hipólito não costuma, mesmo, caber em rótulos fáceis. A brasileira de 20 anos, 1m58 e 48kg driblou uma lista de obstáculos complexa para chegar, na noite desta sexta-feira, ao segundo lugar mais alto do pódio em sua primeira participação paralímpica.
 
Verônica fechou os 100m da categoria T38 com o tempo de 12s88, pouco atrás da recordista mundial e paralímpica, a britânica Sophie Hahn, que cumpriu a distância em 12s62. O bronze ficou com outra britânica, Kadeena Kox, com 13s01.
"Teve muita gente que, de verdade, duvidou, mas muito mais gente que me apoiou e acreditou. O que valeu foram essas pessoas que falaram que dava. São as mesmas que, quando eu sair daqui, vão me dar um puxão de orelha e dizer que poderia ter sido melhor", afirmou a velocista, enrolada na bandeira brasileira após a conquista do pódio inédito para o atletismo paralímpico nacional na categoria T38.
 
"Se eu tiver de operar de novo, posso fazer porque sei que vou voltar. Se no período pré-cirurgia eu corria em 13s, no pós passei a correr em 12s. Se fizer mais uma cirurgia (bate na madeira), acho que vou correr em 11s", brincou Veronica.
 
Perfeccionista, a atleta paulistana fez uma rigorosa lista de "pecados" que teria cometido na final. "A gente estava emparelhada até os 30m, 40m de prova, mas a minha saída é muito melhor do que a que fiz. É bem melhor do que a da Sophie. Eu treino com homens para melhorar isso. Eu pequei. Acho que não soube a hora de continuar tracionando, fiquei nervosa, olhei para o lado. São coisas para corrigir. Mas se errando tanto fiquei com a prata, imagina quando acertar tudo", afirmou.
 
Ainda que tenha autocrítica afiada, Verônica não deixa de elogiar a adversária. Até porque é exatamente a qualidade de Sophie Hahn que faz com que ela tenha energia adicional para os treinos. "É isso que não te deixa se acomodar. Assim como eu sei que não deixo ela se acomodar também. Se eu não fosse ameaça, ela não teria feito forte a semifinal. Nós somos amigas fora da pista. Dentro também, mas fica aquela rivalidade Brasil x Inglaterra". Na semifinal, Verônica bateu o recorde paralímpico na primeira eliminatória, e Sophie quebrou a marca na parcial seguinte.
 
"Depois do tempo que fiz na semifinal de ontem, eu pensei como seria incrível repetir a performance na final, e não posso acreditar que isso aconteceu. Estou absolutamente extasiada. Nunca imaginei vir aqui e ganhar o ouro paralímpico. É demais", afirmou Hahn. 
 
A sequência de tempos das duas nos últimos tempos, aliás, é mais um motivo para Verônica ter razões para acreditar em sucesso no futuro. "A Sophie está há um ano correndo 12s62, 12s63. Eu estou há poucos meses do pós-cirurgia e reduzindo um décimo, dois décimos, quatro décimos. Vai ter uma hora que vou alcançar ela, e isso vai surpreender todo mundo. Eu vou dizer para vocês: 'Estão vendo como dava?'".
 
 Marcio Rodrigues/MPIX/CPB Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
 
Fora das pistas
A saga de Verônica teve início no ano passado e foi narrada em detalhes pelo brasil2016.gov.br. Ela, que foi diagnosticada com um tumor no cérebro em 2008 e depois sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que afetou movimentos do lado direito do corpo, viveu um momento crítico às vésperas do Parapan de Toronto.
 
A velocista descobriu que tinha uma síndrome rara chamada Polipose Adenomatosa Familiar e que teria de passar por uma cirurgia para retirar o intestino grosso. Ela optou por adiar o procedimento e competir no Canadá. Trouxe de Toronto três ouros (nos 100m, 200m e 400m T38), uma prata (no salto em distância T20/37/38) e três recordes: dois Parapan-Americanos (100m e 200m) e um das Américas (400m).
 
Na volta, depois do procedimento, perdeu peso, não conseguia se recuperar, teve que voltar ao hospital várias vezes por conta da anemia e das dores. Adicionalmente, lidou com a possibilidade de ter que operar a cabeça, já que o tumor havia crescido. A outra opção era aumentar a dose dos medicamentos, caminho pelo qual optou.
 
A adaptação ao aumento de dose do remédio foi demorada, o que atrasou ainda mais o retorno às pistas e chegou a colocar a carreira em dúvida. "Fiquei com medo de não voltar. Sempre pensei que se você tem o problema, mas tem a solução, está tudo bem. Só que às vezes não é tão fácil. Estava com dor, vomitava quase todos os dias. Cheguei a pensar que seria melhor operar e não ir aos Jogos, mas meus pais, meu irmão, meu namorado e meus amigos entraram em cena. Foi um dos momentos mais críticos", conta Veronica, que ainda experimentou uma lesão muscular no retorno às pistas.
 
A insistência, contudo, valeu a pena. Em maio, restabelecida, ela teve a primeira experiência em um torneio oficial exatamente no palco dos Jogos Paralímpicos. O Open foi o último passo rumo à recuperação. Nos 100m, ela completou a prova em primeiro, em 13s27, até então uma das três melhores marcas do mundo na temporada. Nos 400m, venceu em 1min04s95.
 
Foi por isso que, quando perguntada sobre o que pensaria quando estivesse recebendo a medalha, logo uma resposta com foco no coletivo veio à mente da jovem velocista. "Quero que o pensamento seja de que a medalha não é só minha, não é só da Veronica. É de todo mundo que acreditou. Tinha muita gente gritando no estádio, gente que eu nem conhecia: 'Vai Magrela'. Eu quero que todos se sintam lá também. É a primeira medalha da categoria T38 no Brasil. E o primeiro passo de uma história que posso fazer", disse.
 
Gustavo Cunha e Vagner Vargas - brasil2016.gov.br 
Ascom - Ministério do Esporte

Com o coração na garganta, Daniel Dias garante primeiro ouro para o Brasil na natação. Ítalo Pereira consegue um bronze

Daniel Dias chegou aos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com um currículo recheado de glórias: maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas, ele já somava dez medalhas de ouro, quatro de prata e um bronze. Mas, para o campeão, nenhuma dessas conquistas se compara ao que ele viveu na noite desta quinta-feira (08.09), no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, quando garantiu o primeiro lugar nos 200m livre e foi ovacionado pela torcida.
 
Daniel Dias conquistou sua 11ª medalha de ouro em Paralimpíadas. (Foto: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)Daniel Dias conquistou sua 11ª medalha de ouro em Paralimpíadas. (Foto: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)
 
 “Nunca senti uma emoção como essa. Eu achei que além de explodir, meu coração ia sair pela garganta, pular para fora. Foi fantástico, incrível”, festejou o nadador da classe S5 após a premiação. “Quase que eu dei um grito ali (na hora do pódio). É uma emoção grande, é um momento único que a gente está vivendo. Acho que a gente tem que desfrutar de tudo isso, com alegria e responsabilidade, e fazer o que a gente ama, por nós, pela família, por todo esse povo que está aí torcendo pela gente”.
 
Quando caiu na piscina, Daniel também queria quebrar o recorde da prova, que já é dele (2:26.51). Para alcançar o objetivo, contou até com um “empurrãozinho” dos colegas da equipe brasileira de natação paralímpica, que foram para a beira da piscina incentivar o nadador. A marca acabou não vindo (ele venceu com 2:27.88), mas a certeza de ter dado tudo de si deixou o campeão satisfeito. “Foi como eu esperava, como eu sonhava, até maior, com todo esse apoio, essa torcida, minha família. Era um sonho ter um filho me acompanhando e Deus me agraciou com dois filhos”, disse Daniel, que saiu da piscina e procurou a família nas arquibancadas.  
 
Daniel em ação nos 200m nado livre, classe S5. Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.brDaniel em ação nos 200m nado livre, classe S5. Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br
 
O boneco de pelúcia do mascote Tom que Daniel recebeu, com os cabelos dourados em alusão à cor da medalha, já tem dono. E se tudo sair como planejado, ninguém vai precisar brigar para ver quem vai ficar com ele. “De repente, na empolgação, vai que eu jogo um para a torcida, não sei, mas o objetivo é levar para casa, porque tenho filhos, esposa, sogra, cachorro, todos vão querer”, brincou Daniel.
 
A quantidade de provas que ele vai disputar ainda é “surpresa”, mas pelo menos mais cinco competições estão nos planos. Nesta sexta (09.09), ele está escalado para o revezamento misto 4 x 50m estilo livre. “Agora é soltar, descansar, ir para a Vila, comer direito, ter uma boa noite de recuperação. O tempo que eu tiver para descansar, eu vou descansar. Procuro me divertir e dar o meu melhor, vamos ver o que vai dar. Vamos nadar dia após dia e no dia 17 a gente vê quantas eu consegui”, afirmou.
 
Para ele, mais do que colecionar medalhas, importa mostrar a todos o valor do esporte paralímpico e da pessoa com deficiência. "Acho que a grande mensagem aqui é mostrar que nós, assim como qualquer outra pessoa, queremos apenas uma oportunidade para realizarmos nossos objetivos. Acima do ouro, o que vale é a gente conquistar o respeito do próximo, do ser humano, do povo brasileiro”, completou.
 
Montanha-russa
 
O ouro de Daniel Dias não foi a única medalha brasileira do dia no Estádio Aquático. Nos 100m costas classe S7, Ítalo Pereira conquistou um bronze e vibrou muito na piscina. “Ainda não caiu a ficha que eu conquistei essa medalha, mas estou muito feliz”, disse o atleta de Porto Nacional (TO), criado em Goiânia, após a prova.
 
Ítalo Pereira conquistou o bronze nos 100m costas classe S7 e comemorou muito na piscina. (Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)Ítalo Pereira conquistou o bronze nos 100m costas classe S7 e comemorou muito na piscina. (Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)
 
O sabor de garantir a primeira medalha em Paralimpíadas foi ainda mais especial para Ítalo porque o bronze veio em casa, com apoio da torcida. “Acho que isso é inesquecível. Ganhar uma medalha dentro do seu país, com toda a torcida a seu favor, não tenho palavras. Essa não é uma conquista só minha, é de todos que estão assistindo e também dedico a todos os que trabalham comigo”.
 
Para explicar como é a sensação de ganhar uma medalha em um estádio lotado de brasileiros, Ítalo usou uma metáfora curiosa. “É como quando você vai ao parque, na montanha-russa. Você fica na fila e escuta quando a montanha-russa desce e todo mundo faz ‘uuuuuh’. A gente fica ali no balizamento e escuta a torcida. Então você fica ainda mais motivado para entrar na piscina”, contou.
 
Dos 12 atletas brasileiros que disputaram as eliminatórias do primeiro dia da natação, sete passaram para finais. Talisson Glock e Caio Oliveira ficaram com o quarto lugar nos 100m costas S6 e nos 400m livre S8, respectivamente. Maiara Barreto, em sua primeira Paralimpíada, chegou em oitavo nos 100m livre S3. Thomaz Matera foi o sexto lugar nos 100m borboleta S13. E Joana Maria Silva ficou em sexto nos 200m livre S5.
 
Carinhosamente chamada de Joaninha pelos amigos e colegas, a nadadora se emocionou ao falar dos sacrifícios que fez para viver o sonho de disputar os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Na reta final de preparação, ela não falou com a filha Jaline Vitória, de 9 anos. “É um momento muito delicado falar dela. Tem um mês que não falo com ela. Eu sou fraca no psicológico de mãe, então eu prefiro ter o psicológico de atleta. Vou falar com ela no dia 17, quando terminar os 100m livre. A primeira pessoa que quero falar é com ela”, desabafou. “Vou falar para ela que valeu a pena todas as saudades que a gente viveu e que valeu a pena ela falar que me ama e eu a ela”, completou.
 
Enquanto não fala com Jaline, Joana aproveita o carinho da torcida para fazer seu melhor na piscina. “Você fica emocionado em sair e ter um monte de gente gritando seu nome. Eu não tenho ninguém da minha família aqui, então eu me sinto como se algumas pessoas fossem minha mãe, meu pai. Vejo crianças me chamando e penso na minha filha. Então é muito bom, ver que tudo que a gente tem feito tem dado resultados bons”.  
 
Nesta sexta, a partir das 9h42, oito brasileiros disputam provas individuais. Ítalo Pereira volta à piscina para os 50m livre S7. Talisson Glock compete nos 50m borboleta S6. Phelipe Rodrigues faz sua estreia nos 50m livre S10, mesma prova de André Brasil. Nos 50m livre S10 feminino, Mariana Ribeiro será a representante brasileira. Regiane Nunes Silva vai disputar os 100m costas S11. Camille Cruz vai entrar na piscina para a prova dos 400m livre S9. Nos 100m borboleta S8, Gabriel Sousa vai representar o Brasil. Por fim, será disputado o revezamento misto 4 x 50m livre. 
 
Mateus Baeta, Michelle Abílio e Valéria Barbarotto - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

É prata! Odair Santos conquista primeira medalha do Brasil no Rio 2016 nos 5.000m

No Mundial de Atletismo Paralímpico de Doha, em 2015, Odair Santos sofreu com uma hipertermia, caiu três vezes, levantou-se e completou os 5.000m T11 (deficientes visuais) carregado por seu guia. Menos de um ano depois, Odair correu até o fim, completou o percurso em 15m17s55 e conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a primeira do Brasil no evento. O ouro ficou com o queniano Mushai Kimani (15m16s11), enquanto o bronze foi para Bil Wilson, também do Quênia, com 15m22s96.
 
Odair Santos (E) e o queniano Klmani cruzaram a linha de chegada dos 5.000m T11 muito próximos. Brasileiro ficou com a prata. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos (E) e o queniano Klmani cruzaram a linha de chegada dos 5.000m T11 muito próximos. Brasileiro ficou com a prata. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
 “Tenho tempo mais baixo que o de hoje, 15m11s, infelizmente não consegui repetir. Mas foi minha segunda melhor marca no ano, então estou muito satisfeito. Fico frustrado pelo fato de não ter vencido, mas fico feliz por ter conquistado a primeira medalha para o meu país”, disse Odair.
 
O drama vivido no Catar no ano passado é um borrão na memória do brasileiro. Odair disse não se lembrar direito da prova no Mundial. “Me disseram que fui bastante ovacionado. Eu estava inconsciente, desmaiado. Acordei e estava no hospital”, lembrou.
 
No Engenhão, a história foi outra. Odair liderava na última volta e acabou ultrapassado, mas desta vez pôde comemorar e ouvir os aplausos que vieram da arquibancada para o primeiro medalhista do país nos Jogos Rio 2016. “Hoje foi a redenção. Entrei bastante focado e acabei conquistando a medalha”, comemorou, destacando o público brasileiro no estádio.
 
“É uma energia fantástica. O povo brasileiro é diferenciado, inigualável. Em nenhum lugar do mundo você vai encontrar esse calor humano. Só tenho que dar parabéns a todo esse pessoal que veio prestigiar o esporte paralímpico”, comentou o medalhista de prata, que correu com fotos das filhas Júlia e Milena estampadas nas lentes dos óculos.
 
Odair Santos homenageou as filhas com fotos delas nas lentes dos óculos que usou na prova. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos homenageou as filhas com fotos delas nas lentes dos óculos que usou na prova. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
“Elas correm comigo na lente e no coração. Hoje não ia ser diferente. Quis fazer essa homenagem. Elas estão aqui no estádio e
têm muita participação nessa medalha”, destacou Odair.
 
Com o resultado no Engenhão, Odair conquistou sua oitava medalha paralímpica, a quarta de prata. Ele ainda tem outras quatro de bronze. O brasileiro lamentou ter sido ultrapassado por Kimani na última volta dos 5.000m, mas não deixou de comemorar mais um pódio em sua carreira.
 
O brasileiro volta à pista do Estádio Olímpico no domingo (11.09) para disputar os 1.500m T11. Odair é o atual bicampeão mundial da distância e conquistou a medalha de prata nos Jogos de Londres 2012. “Agora é focar e descansar bastante. Vou entrar com tudo e, quem sabe, conquistar mais uma medalha para o meu país”, declarou.
 
A prova
 
O percurso de 5.000m tem 12 voltas e meia. Odair se manteve na maior parte da prova em quarto lugar, mas no primeiro pelotão junto com os outros três atletas quenianos. Quando faltavam menos de três voltas, o brasileiro assumiu a ponta e levou o Engenhão à loucura. Ele liderou até os últimos 150m, quando o queniano Mushai Kimani acelerou para vencer a prova. Odair cruzou a linha de chegada em segundo e garantiu a primeira medalha brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O bronze foi para o queniano Bil Wilson.
 
“Adotei essa estratégia de dosar um pouco mais no início para fechar um pouco mais forte. Infelizmente acabou não dando certo. O queniano é um pouco mais veloz e acabou me surpreendendo no fim”, explicou o brasileiro.
 
Primeiro ouro
 
Na final do salto em distância da classe F11 (deficientes visuais), Ricardo Costa ficou com o ouro ao conquistar a marca de 6.52m na sexta e última tentativa. A prata foi para o norte-americano Lex Gillette, que liderava até o último salto com 6.44m. O bronze ficou com o ucraniano Ruslan Katyshev, com 6.20m.
 
Odair Santos - Medalha de prata (Foto: Andre Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos - Medalha de prata (Foto: Andre Motta/Brasil2016.gov.br)
 
Brasileiras nas semifinais
 
Nas eliminatórias dos 100m rasos feminino classe T 11 (deficientes visuais), as três brasileiras se classificaram para as semifinais. Lorena Spoladore venceu a sua série com 12s49 e Jerusa Santos fez o mesmo com o tempo de 12s34. Terezinha Guilhermina ficou em segundo na sua eliminatória, mas com o tempo de 12s19 também se qualificou para a próxima fase.
“Estou realmente motivada para fazer melhor na hora certa. É uma corrida para quebrar o gelo da estreia, com certeza amanhã vou estar bem melhor. Mas estou feliz com este tempo, é o melhor deste ano”, disse Terezinha, atual recordista mundial e paralímpica.
 
Recordes desta manhã
 
Nos 100m feminino da classe T12 (também para deficientes visuais), a atual recordista mundial, a cubana Omara Duran, venceu a sua série em 11s58 e bateu o recorde paralímpico, que era da chinesa Guohua Zhou  (11s91) de Londres 2012.  A brasileira Alice Correa foi para as semifinais com o tempo de 12s31, melhor marca pessoal.
 
No arremesso de peso classe F32 (paralisados cerebrais), o grego Athanasios Konstantinidis bateu o recorde mundial com a marca de 10.09m. Já na classe F12 (deficientes visuais), Caio Vinícius (5º)  e Alessandro Rodrigo (10º) ficaram fora do pódio.
Outro recorde mundial veio na eliminatória dos 100m classe T53 (competidores em cadeiras de rodas): a chinesa bateu sua própria marca ao terminar a prova em 16s19.
 
Vagner Vargas e Carol Delmazo – Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte

Trunfo Brasil 2016 aproxima público e atletas

Torcer pelos atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros ficou ainda mais divertido. Foi lançado nesta segunda-feira, na Casa Brasil, o Trunfo Brasil 2016. O jogo de cartas mundialmente famoso agora ganhou versão eletrônica para as plataformas Android e iOS com mais de 150 atletas consagrados.
 
Luiz Lima apresenta ao público jogo eletrônico que reúne 150 atletas brasileiros. (Foto:Francisco Medeiros/ME)  Luiz Lima apresenta ao público jogo eletrônico que reúne 150 atletas brasileiros. (Foto:Francisco Medeiros/ME)
 
O objetivo da iniciativa é aproximar os atletas do público e divulgar as modalidades esportivas. São 113 atletas olímpicos e 37 paralímpicos, todos patrocinados pelo programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Outras sete cartas são homenagens a grandes nomes do esporte brasileiro, como o ex-meio-fundista Joaquim Cruz e a ex-jogadora de vôlei Paula Pequeno.
"É uma experiência dinâmica e divertida. E uma forma de estimular nossos jovens a praticar esporte. É mais que uma homenagem", afirmou o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima.
 
Atletas da seleção olímpica de nado sincronizado, Luisa Borges e Duda Miccuci fazem parte do jogo e acompanharam o lançamento. "Voltamos um pouco à nossa infância. O Trunfo nos coloca em contato com o público, que pode aprender mais sobre os atletas", comentou Luisa.
 
Luisa e Duda ressaltaram a importância do apoio do Bolsa Atleta para os treinamentos e a performance nos Jogos. "Tenho certeza que ajudou muito no nosso desempenho", afirmou Duda. Sobre o Trunfo, ela completa: "Joguei muito quando era pequena. É muito bacana e permite conhecer outros atletas".
 
O aplicativo traz a biografia dos atletas e suas principais conquistas. O jogo permite partidas com amigos ou desconhecidos. Os jogadores escolhem atributos do atleta como força, por exemplo, e os valores são comparados entre as cartas. Além das cartas dedicadas a 157 atletas, outras três difundem o conhecimento sobre o Portal Brasil 2016, o Bolsa Atleta e a Rede Nacional de Treinamento.
 
O coordenador do Bolsa Atleta, Mosiah Rodrigues, frisou que 77% dos atletas olímpicos e 90,6% dos paralímpicos nos Jogos Rio 2016 são patrocinados pelo programa. "O papel do Trunfo Brasil é importante no sentido de aproximar o ministério do atleta. Desburocratizamos um pouco o contato. É muito importante que consigamos acompanhar a evolução do esporte e da sociedade", disse.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, fala sobre os Jogos Paralímpicos no Rio Media Center nesta terça-feira

 
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participa de entrevista coletiva nesta terça-feira (06.09), no Rio Media Center, às 15 horas, para falar sobre os Jogos Paralímpicos Rio 2016. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, também estará presente.
 
A abertrua oficial dos Jogos Paralímpicos será na quarta-feira (07.09) e as compeitções se iniciam no dia seguinte e prosseguem até o dia  18. Em duas   duas semanas de evento serão distribuidas 528 medalhas, em 23 modalidade. Ao todo, são mais de 4 mil atletas de 160 países.
 
A delegação brasileira é composta por 289 atletas sendo que 90,6% deles recebem apoio financeiro através do Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. O país vai encarar o desafio de se manter entre as potências paralímpicas com o maior número de representantes nacionais na história dos Jogos. Esta será a primeira edição em que o Brasul irá competir em todas as 23 modalidades que compõem o programa paralímpico. 
 
Serviço: Coletiva de imprensa com Ministro do Esporte, Leonardo Picciani e presidente do CPB, Andrew Parsons.
Data: 06.09 ( terça-feira)
Horário: 15h
Local: Rua Madre Tereza de Calcutá, s/nº - Cidade Nova
 
Ascom - Ministério do Esporte

Programa Segundo Tempo - Forças no Esporte apresenta o funcionamento de seus núcleos no Rio de Janeiro

 
Os núcleos de esporte educacional do Programa Segundo Tempo – Forças no Esporte (PST), promovidos pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), do Ministério do Esporte em parceria com o Ministério da Defesa, serão apresentados nesta quarta-feira (31.08), das 8h às 12h30, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) e no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), no Rio de Janeiro. 
 
No CPOR os beneficiados têm a oportunidade de participar de oficina de jardinagem e, de atividades complementares com dança e reforço escolar (aulas de Português e Matemática). No CEFAN, 40 alunos participam de aulas de levantamento de peso olímpico, sendo que alguns são atletas e, já tiveram destaque em competições no Brasil e no exterior, como por exemplo, Aline Facciola que conquistou o ouro e Luana Madeira que ficou com a prata na prova de arranco, em Lima no Peru (seleção sub-17), em abril de 2015. 
 
Ainda na modalidade levantamento de peso olímpico, oriunda do Programa Segundo Tempo - Forças no Esporte, o destaque é Monique Araújo. Ela é 3º sargento e vice-campeã dos Jogos Sul-Americanos no Chile e foi a primeira brasileira a bater recorde internacional na categoria 75 kg.
 
Além da presença do secretário da Snelis, Leandro Cruz, também estão confirmadas as presenças do presidente da Comissão de Desporto Militar (CDMB), vice-almirante Paulo Martino Zuccaro; do comandante do CEFAN e presidente da Comissão de Desportos da Marinha, contra-almirante Carlos Chagas Vianna Braga; comandante do CPOR-RJ, coronel de infantaria Luiz Cyrillo de Lima Júnior; e dos atletas militares (Time Brasil) Maria Eduarda Miccuci e Luisa Borge, do nado sincronizado; e Juliana Veloso, dos saltos ornamentais e da judoca Mayra Aguiar, medalha de bronze no judô durante a Olimpíada Rio2016.
 
Informações dos núcleos
 
Cada uma das Organizações Militares possui dois núcleos do Programa Segundo Tempo -Forças no Esporte, os quais atendem aproximadamente 400 crianças e adolescentes a partir de práticas esportivas diversas de caráter educacional como: 
 
CPOR - 2 núcleos
Turmas ALFA: capoeira, atletismo, basquete e voleibol;
Turmas BRAVO: atletismo, capoeira, hóquei na grama e rugby;
Turmas CHARLIE: atletismo, capoeira, hóquei na grama e rugby.
 
CEFAN - 2 núcleos 
Turmas ALFA: luta greco-romana, natação e futebol;
Turmas BRAVO: luta greco-romana, natação e futebol;
Turmas CHARLIE: luta greco-romana, natação e futebol.
 
Programa Segundo Tempo
 
O Segundo Tempo tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.
 
Programa Forças no Esporte
 
O programa Forças no Esporte busca promover a integração social e o desenvolvimento humano por meio da prática esportiva. O Ministério do Esporte é responsável pelo material esportivo e pelo pagamento de professores e estagiários. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por sua vez, responde pela alimentação.
 
Serviço: Apresentação do Programa Segundo Tempo- Forças no Esporte
Horário da visita: 08h às 12h30
Quando: dia 31.08 (quarta-feira)
Núcleos que serão visitados na cidade do Rio de Janeiro: 
Centro de Preparação de Oficiais da Reserva – CPOR: Av. Brasil, nº 5292, Bonsucesso
Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes – CEFAN: Avenida Brasil , 10590, Penha 

Mais informações –  Valéria Barbarotto (61) 99800 1508

Ascom - Ministério do Esporte
 

Seis atletas são acrescentados à delegação brasileira dos Jogos Paralímpicos Rio 2016

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou, nesta quinta-feira (25,08), a inclusão de mais seis atletas na delegação que representará o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Os nomes foram convocados depois da realocação de vagas promovida pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) após a suspensão da Comitê Paralímpico da Rússia e uma desistência ocorrida na modalidade tiro com arco.

Foto: Divulgação/CPBFoto: Divulgação/CPB

Mariana D’Andrea (halterofilismo), Ronystony Cordeiro, Adriano de Lima, Alan Augusto Santos (natação), Vanderson Chaves (esgrima) e Patrícia Layolle (tiro com arco) são os novos integrantes. Assim, a delegação brasileira agora será composta por 285 atletas (185 homens e 100 mulheres) – recorde absoluto nas participações do Brasil em Jogos Paralímpicos.

Com os 23 acompanhantes e 195 oficiais, a equipe verde e amarela será composta por 503 pessoas.

Missão Nos Jogos Rio 2016, o Brasil tem como objetivo chegar ao quinto lugar no quadro geral de medalhas. A melhor participação até o momento ocorreu em Londres 2012, quando a delegação brasileira conquistou o sétimo lugar – foram 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze.

A cerimônia de abertura está marcada para o dia 7 de setembro. Os Jogos serão realizados até o dia 18. São esperados cerca de 4.350 atletas de 160 países na competição. Estarão em disputa 528 medalhas.

Fonte: CPB
Ascom – Ministério do Esporte

Brasil conquista tri no vôlei masculino e coroa líbero Serginho

Todos jogaram por ele e ele por todos, como repetiram os atletas em vários momentos durante a campanha nos Jogos Rio 2016. No último dia de disputas do vôlei masculino, neste domingo (21.08), a seleção brasileira subiu ao topo do pódio olímpico, na quarta final consecutiva e após 12 anos do bicampeonato em Atenas 2004, com um personagem que esteve em todas as decisões desde a edição na Grécia. Aos 40 anos, Serginho foi o mais festejado e era o mais emocionado no Maracanãzinho, após a vitória por 3 sets a 0 contra a Itália, com parciais de 25/22, 28/26 e 26/24, em 1h37 de partida. O bronze ficou com os Estados Unidos que venceram a Rússia por 3 sets a 2.
 
Ponto da consagração e do tricampeonato olímpico. (Foto:Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Ponto da consagração e do tricampeonato olímpico. (Foto:Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
As Olimpíadas em casa também marcaram a despedida do líbero, que quase “morreu” na caminhada rumo ao título, mas foi salvo pelos companheiros. O Brasil chegou à última rodada da fase de classificação precisando de uma vitória contra os franceses para avançar. “Quando a gente teve o jogo contra a França, eu falei para eles: 'Estou me sentindo como se estivesse na UTI.' E eu tinha perguntado para eles se já tinham visto alguém na UTI. Todos disseram que não. Eu disse que já tinha visto. Então falei para eles que nesta Olimpíada eu vou lutar pela minha vida e que eles iriam me tirar desta UTI. E os caras entenderam e fizeram isso. Porque era minha última Olimpíada, última tentativa de ser bicampeão. Eles têm outro ciclo olímpico e eu não vou ter mais essa chance”, recordou.
 
Serginho se tornou o maior medalhista olímpico do Brasil em modalidades coletivas, com os ouros de Atenas 2004 e Rio 2016, além das pratas em Pequim 2008 e Londres 2012. Ele é o décimo terceiro bicampeão brasileiro em Olimpíadas, se juntando aos parceiros de modalidade Maurício Lima e Giovane Gávio, campeões em Barcelona 1992 e Atenas 2004. “Passou um monte de coisas na cabeça, o ace do Marcelo Negrão em 1992 e eu saindo na rua da minha casa gritando, querendo ser ele. Não tinha nem chinelo. Depois em 2001 eu dividi quarto com Maurício e em 2004 ser campeão olímpico com ele e com o Giovane. Chorei, queria ser igual aos caras. Depois mais duas finais com duas pratas e agora conquistar... É ir para casa, tomar Tubaína, comer frango com pirão da minha mãe e bolo de chocolate”, disse o aliviado líbero.
 
Quando o ataque da Itália parou no bloqueio do Brasil, decretando o tricampeonato olímpico do país, Serginho caiu no chão e chorou. Ele foi jogado para cima pelos companheiros e, já no pódio, com os olhos fechados sentia a emoção de estar novamente no topo. “Mais do que um amigo e um irmão, ele é um exemplo, de suma importância para esta geração, não só pela experiência, mas pela alma que ele coloca em cada treino, em cada jogo. Isso agrega, incentiva”, descreveu o levantador Bruninho, que chegou à sua terceira final e ao primeiro ouro.
 
De 12 em 12
 
O vôlei entrou no programa olímpico na edição de Tóquio 1964. Foram vinte anos até a primeira medalha brasileira com a prata em Los Angeles. Geração que abriu caminho para o ouro de Barcelona 1992, com Tande no time. “Simplesmente vai passando de geração em geração e chega neste momento. Uma final olímpica no Brasil, uma equipe que estava quase fora e de repente voltou. Pareceu a campanha das meninas em 2012, que perderam dois jogos também, passaram e ganharam moral. Aqui chegaram na semifinal contra a Rússia e venceram. Na final foi a vitória da superação”, analisou.
 
Emoção no pódio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Emoção no pódio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Presente no Maracanãzinho, o atleta, que hoje é comentarista, esperava o início da partida imaginando como a equipe se preparava para a decisão contra a Itália. “O que eles estão fazendo naquele momento no vestiário? Brincando, conversando, outro mais sério, mais tenso, ao mesmo tempo esta superação”, conta Tande, que ao lado de outros ícones da primeira geração de ouro, como Giovane, Marcelo Negrão e Maurício, abriram portas para novos jogadores depois de vencerem a Holanda na decisão por 3 sets a 0.
 
Foram 12 anos até o ouro seguinte, em Atenas. Ainda estavam na equipe Geovane e Maurício, passando experiência a jovens talentosos como Giba e Dante. Na final, os mesmos adversários desta tarde, a Itália, que perdeu por 3 sets a 1. “Lembrei (de 2004), chorei, me emocionei. As Olimpíadas aqui no Brasil são especiais, vendo a minha modalidade ser campeã, vendo o Serginho largar a seleção. Enfim, um filme que passou na minha cabeça. Fiquei muito feliz por ouvir o Hino Nacional de novo”, revela Giba, que se despediu da seleção após os Jogos de Londres.
 
“Todo mundo perguntou e eu disse: ‘Olha, esse jogo é 3 x 0’. Esse era o resultado que deveríamos ter feito há quatro anos. No terceiro set eu tenho certeza que eles lembraram de Londres, mas jogaram concentrados em busca da vitória, como deveríamos ter feito. Me senti de alma lavada”, comemora Dante.
 
Foram outros 12 anos, com duas pratas consecutivas, para vir outra geração que levou o país ao topo do pódio olímpico. O fio condutor de um ouro a outro foi Serginho, que sente que o tempo passou rápido. “Do nada você acha que o Giba está ao lado e você vai ver não está, está o Lipe. Mas eles tiveram uma grande postura, o Lipe parecia o Giba, o Lucarelli parecia o Dante. O Bruninho, o que ele jogou hoje... O que o Wallace fez nesta Olimpíada... O grupo como um todo. Foi uma vitória de um grupo que merecia, que ganhou tudo e faltava o ouro olímpico”, afirmou o líbero.
 
Nova Geração
 
Somente o líbero Serginho, o levantador Bruninho, o oposto Wallace e o central Lucão tiveram experiência olímpica anterior aos Jogos Rio 2016. Os outros oito jogadores são estreantes. Uma nova geração que chegou para as Olimpíadas sob o trauma da decisão contra a Rússia em 2012. Um dos mais jovens do time, Lucarelli acompanhou pela TV a final de Londres, quando o Brasil levou uma virada inesperada, após dois match points, quando vencia por 2 sets a 0. “Quando a gente fez 2 a 0 e estava no finalzinho do terceiro, eu comecei a pensar um pouco em Londres e pedir para que não acontecesse de novo”.
 
Consagração do líbero Serginho. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Consagração do líbero Serginho. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Mais experiente pela idade, 37 anos, mas também estreante olímpico, o levantador William se emociona com o sonho concretizado. “Olimpíada é sonho de criança. Em 1992 pensava, os caras são campeões, hoje sou eu”, disse. “Talvez a gente não tenha sido uma geração virtuosa como a que passou, show o tempo todo, mas a gente trabalhou duro, no sentido de lutar por um objetivo em comum. Ser vice não é demérito, brasileiro é um pouco mal acostumado em relação a isso. O vôlei ganha faz dez anos e a cobrança é normal, mas tenho orgulho dos vices na Liga Mundial, no Campeonato Mundial. Eu guardo estas medalhas com a maior honra e a de ouro tem um sabor especial. É o fim de um trabalho longo com resultado excepcional”.
 
Um time jovem, que obrigou o técnico Bernardinho, característico por sua maneira enérgica de comandar à beira da quadra, a mudar de postura. “Foi um ciclo difícil, após uma derrota em 2012, da forma como ela veio, sofrida, dura. É uma geração que substitui grandes jogadores. É uma geração que não deveria sofrer mais pressão do que já sofria, da minha parte. Tentei ser um Bernardo diferente para os jogadores”, revelou o treinador que não sabe se continua à frente do cargo que ocupa desde 2001, após dois bronzes na seleção feminina (Atlanta 1996 e Sydney 2000) e que, agora, tem seis medalhas em sequência. No entanto, ele garante que a nova geração manterá o alto nível do Brasil na modalidade. Está provado.
 
CAMPANHA
Primeira fase
Brasil 3 x 1 México
Brasil 3 x 1 Canadá
Brasil 1 x 3 EUA
Brasil 1 x 3 Itália
Brasil 3 x 1 França
Quartas de final
Brasil 3 x 1 Argentina
Semifinal
Brasil 3 x 0 Rússia
Final
Brasil 3 x 0 Itália
 
Gabriel Fialho - Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 

Enfim, um dos mais aguardados ouros veio esculpido na química entre torcida e seleção

Demorou mais de seis décadas, cinco jogos, o desenrolar de 120 minutos e dez cobranças de pênaltis, mas enfim o Brasil encontrou os 18 ourives capazes de esculpir a medalha de ouro no futebol masculino. Vários chegaram perto de acertar a medida precisa. Erraram a mão em algum momento e a química não funcionou. Em Los Angeles 1984, Seul 1988 e Londres 2012, a cor saiu no tom prata. Em Atlanta 1996 e Sydney 2000, com a coloração bronze. Desta vez, a bancada era o Maracanã, o amarelo das arquibancadas indicava como a joia deveria ser feita e o placar de 1 x 1 no tempo normal, 0 x 0 na prorrogação e 5 x 4 nas penalidades contra a Alemanha deram o resultado perfeito.
 
Neymar corre para comemorar com os jogadores do banco o gol que definiu o título olímpico.(Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Neymar corre para comemorar com os jogadores do banco o gol que definiu o título olímpico.(Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
 
A medalha vale mais que o peso. A espera, entrega e sofrimento até o grito de “é campeão” neste sábado (20.08), no penúltimo dia dos Jogos Rio 2016, tem gostinho ainda mais especial. O alívio após a cobrança de Neymar, a última da série de cinco para cada time, após o alemão Nils Petersen desperdiçar a penalidade anterior, foi como uma catarse coletiva no Maracanã e pelo país.
 
"Essa é a conquista que almejávamos há muito tempo, um anseio grande, uma responsabilidade que todo time olímpico carrega por ser o desporto número um do pais. Acredito que essa fase passou e no futuro teremos tranquilidade maior para lidar com essa situação. Nosso futebol não está morto, acredito no potencial dos nossos jogadores e que podemos oferecer muito ao futebol mundial", afirmou o técnico da seleção olímpica, Rogério Micale.
 
Antes da disputa de pênaltis, o camisa 10 abrira o placar, em cobrança de falta perfeita, aos 26 minutos do primeiro tempo. O empate da Alemanha veio em tabela pela lateral que achou o camisa 7, Meyer, livre na área para completar para o fundo das redes, aos 13 minutos da segunda etapa. Uma jogada que silenciou o estádio e lembrou o recente pesadelo dos 7 x 1 na Copa de 2014.
 
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"Foi uma marca muito difícil para o nosso futebol. Uma situação que gerou ampla discussão no nosso meio futebolístico. Mas, encaramos o jogo como uma partida de Olimpíadas, para enfrentar um time alemão que hoje tem excelência em fazer futebol. Mas tínhamos o sentimento de ter que dar uma resposta para o nosso povo e para o meio do futebol", afirmou Micale. 
Junto a técnico e time, o público se reergueu, voltou a incentivar, mas o gol não saía. As enfiadas de bola eram feitas, mas os atacantes Gabriel, Gabriel Jesus e Luan não concluíam bem.  Veio a prorrogação, o Brasil se mostrou melhor fisicamente, a Alemanha trocava passes na defesa sob vaias, mas diante da ansiedade da seleção, levou a partida para os pênaltis.
 
Nas duas primeiras batidas dos alemães, Weverton foi na bola e por pouco não defendeu. Um a um os atletas foram convertendo as cobranças, até que Petersen parou no goleiro do Brasil. Estava nos pés do nosso atleta mais talentoso inscrever o nome do país na medalha. Neymar deslocou o goleiro e bateu no alto. Agora, as peças estão no peito de todos os brasileiros.
"A gente tinha muita confiança de que dependia somente de nós. O jogo foi extremamente difícil, mas em nenhum momento a gente perdeu a concentração. Confiamos no propósito que a gente tinha e no trabalho que foi feito. Passamos uma dificuldade muito grande no começo, superamos, chegamos à final e conseguimos fazer um belíssimo jogo, com várias oportunidades, e coroamos com o título nos pênaltis, com uma emoção muito grande", comentou o zagueiro Rodrigo Caio.
 
Choro de Neymar após o pênalti que garantiu a ouro ao Brasil. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Choro de Neymar após o pênalti que garantiu a ouro ao Brasil. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Além disso, o título acaba com o tabu de a seleção nunca ter subido ao lugar mais alto do pódio, mesmo tendo tido grandes craques e equipes olímpicas. "Esse sonho não era só nosso, era de todo brasileiro e vai muito além de ganhar uma medalha", analisou o atacante Luan.
 
A pressão pela conquista inédita voltava à tona de quatro em quatro anos. A seleção mais vitoriosa em Mundiais, era também a única a vencer a Copa sem ter o ouro – considerando a Inglaterra como integrante da Grã-Bretanha. O meio-campista Renato Augusto deu a dimensão pessoal do feito alcançado nesta noite. "Nem no meu melhor sonho, teria sonhado com um momento tão especial".
 
Campanha
 
A seleção brasileira chegou para a disputa da final sem ter levado gol. Após dois empates em 0 x 0, contra África do Sul e Iraque, ambos no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, a equipe goleou a Dinamarca por 4 x 0 na Fonte Nova, em Salvador, pela terceira rodada do Grupo A. O resultado garantiu a classificação na liderança da chave.
 
Nas quartas de final, um duelo contra a Colômbia, que trouxe à tona os recentes embates entre as duas seleções principais na Copa de 2014, com vitória brasileira por 2 x 1, e na Copa América 2015, quando os colombianos venceram por 1 x 0. Nas Olimpíadas, a rivalidade, principalmente com Neymar, ficou clara e a partida teve vários momentos tensos. No fim, melhor para o Brasil, que venceu por 2 x 0.
 
Na semifinal, a seleção teve um reencontro especial com o Maracanã e com grande atuação ofensiva não deu chances à Honduras, goleando por 6 x 0 e garantindo a volta ao estádio três dias depois.  
 
Pódio de ouro brasileiro na única conquista do futebol que o Brasil ainda não tinha. (Foto: Brasil2016.gov.br)Pódio de ouro brasileiro na única conquista do futebol que o Brasil ainda não tinha. (Foto: Brasil2016.gov.br)
 
Rivalidade
 
A rivalidade entre Brasil e Alemanha, ampliada pela goleada na Copa do Mundo de 2014, é tema recorrente nas conversas entres os torcedores. Para uns, o jogo de hoje era uma oportunidade de vingança. Para outros, apenas a conquista do ouro interessava.
 
A armação gigante de seus óculos e a roupa confeccionada com bandeiras do Brasil destacavam da multidão o artista de rua Fábio Costa, o "Fabinho Caxotada". Ele compôs uma música para homenagear a seleção e pensa que a final olímpica foi o cenário perfeito para o Brasil apagar a história recente com os alemães. “Depois dos 7 x 1, o Brasil tem que ganhar hoje e mostrar seu valor. Não esquecemos aquela derrota. Ela mexeu muito com o brasileiro”, declarou, antes da partida.  
 
O alagoano, que mora no Rio de Janeiro há nove anos, ganha a vida com “serviços artísticos” em eventos, o que inclui, como traz seu cartão de visitas, atuações como sanfoneiro, músico de qualquer estilo, DJ, animador e até palhaço. Após executar sua composição e atrair olhares dos torcedores que chegavam ao estádio, Caxotada previu, com precisão: “É a hora da revanche”.
Grande fã de esporte, o analista de sistemas João Gilberto Teixeira trouxe o filho João Pedro, de 10 anos, para ver a tão aguardada disputa da medalha de ouro. Eles viajaram de São José dos Campos-SP especialmente para o Brasil x Alemanha e contavam os minutos para a abertura dos portões do Maracanã. “Final olímpica é uma experiência única, muito emocionante para nós”, analisou.
 
O alemão Rùdi Schuch veio de Frankfurt para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Ele andava pelos arredores do Maracanã chamando a atenção. Com balões presos a um chapéu nas cores da Alemanha, Rùdi a todo instante parava para tirar fotos. A viagem ao Brasil, segundo ele, está sendo maravilhosa. “Falaram de problemas da cidade, mas para mim está tudo ótimo. As pessoas são muito boas e cordiais”, elogiou. 
 
O alemão acredita que a rivalidade entre os países só existe no esporte e brinca com a goleada na Copa. “Primeiramente, desculpe pelos 7 x 1”, provocou. “Na verdade, essa rivalidade existe só dentro de campo e estou sendo muito bem tratado aqui”, afirmou. 
 
 
Gabriel Fialho e Rafael Brais. Colaborou Ana Cláudia Felizola - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 
 
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