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Com campeã olímpica e nova geração, Brasil disputa o Pan-Americano de judô no Panamá

Com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro já no passado, quase 60 judocas brasileiros estão em constante avaliação com o objetivo, desde já, de preparar uma equipe para os Jogos de  Tóquio, em 2020. Um dos testes com novos nomes será realizado no próximo fim de semana, entre os dias 28 e 30 de abril, durante o Campeonato Pan-Americano, na Cidade do Panamá.

“Esse evento será um grande laboratório de observação, para entendermos como os mais jovens se comportam sob todos os aspectos: técnico, físico, psicológico, nutricional. Eles terão profissionais os acompanhando bem de perto para nos dar um parecer que nos ajude a melhorar a performance deles”, explica o gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson.

Hoje há 42 atletas na seleção brasileira, incluindo os que competiram no Rio de Janeiro, sendo três por categoria de peso. Além deles, há um projeto paralelo em andamento com aproximadamente 15 judocas que tiveram bons resultados em mundiais pela equipe de base, mas que não conquistaram uma vaga na seleção principal. Os dois grupos deverão ser avaliados e convocados para próximas competições, de olho na renovação do time olímpico.

“Para o Pan, decidimos levar os atletas que têm experiência internacional, mas que são mais jovens. Talvez não possamos esperar o mesmo resultado que teríamos com a equipe principal. É uma competição com rivalidade e pressão muito grandes, e isso pode fazer diferença porque nossos maiores adversários, como Cuba, Estados Unidos, Canadá e Argentina, estarão com os principais atletas”, avalia Ney.

Foram convocados 18 brasileiros para o continental, número máximo permitido pela Federação Internacional de Judô. De todos eles, a única veterana é a campeã olímpica Rafaela Silva (57kg). De acordo com Ney Wilson, a convocação da medalhista de ouro no Rio-2016 tem um objetivo duplo.

“Como campeã olímpica, ela teve uma ressaca mais prolongada por ter compromissos sociais que acabam tirando o foco da área desportiva. Nós conversamos a partir de março, e agora ela está bem focada, deixando os outros projetos de lado”, explica o gestor. “O outro objetivo de tê-la em uma equipe com atletas bem jovens, de 17, 19 anos, é que ela serve como um ponto de referência, equilíbrio e experiência para transmitir aos mais novos”, completa.

Rafaela Silva. Foto: Roberto Castro/MERafaela Silva. Foto: Roberto Castro/ME

Rafaela Silva, eleita a melhor atleta de 2016 no Prêmio Brasil Olímpico, e medalhista de prata no Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia, em março, passou pelo período de concentração com a equipe em Pindamonhangaba (SP) na última semana e afirmou o desejo de focar nos tatames. “Eu quero competir o máximo possível para voltar 100% ao meu ritmo, porque a briga pela vaga olímpica já começou”, analisa, ainda impulsionada pela conquista no Rio. “Lembrar a sensação de estar no topo de um pódio olímpico, ainda mais dentro da minha casa, é o que me motiva a querer isso novamente”, comenta.

Stefannie Koyama. Foto: FIJStefannie Koyama. Foto: FIJ

Entre os mais novos, Stefannie Arissa Koyama (48kg) é apontada como uma das maiores promessas, tendo conquistado duas medalhas de ouro nas três competições internacionais que disputou pelo Brasil: o Grand Slam de Baku e o Grand Prix de Tbilisi. “Eu quero mais”, avisa, já sonhando com os Jogos de Tóquio. “É meu sonho. Quero ganhar lá na Olimpíada”, afirma a judoca de 21 anos.

Filha de brasileiros e com dupla nacionalidade, Koyama nasceu no Japão e pretende retornar à terra natal até terminar os estudos. “Vim em janeiro, quando estava em férias. Vou voltar em maio para o Japão e, quando terminar a minha faculdade, no ano que vem, eu volto para o Brasil e fico até 2020”, planeja a atleta, que compete na categoria ocupada até o ano passado por Sarah Menezes – neste ano, a campeã de Londres-2012 subiu para a categoria até 52kg.

O Pan-Americano vale 700 pontos no ranking para o medalhista de ouro, 490 para quem levar a prata, 350 aos medalhistas de bronze e 252 pontos para os quintos colocados.

Entre os dias 19 a 21 de maio, será a vez de a equipe mais experiente disputar o Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia, que marcará o retorno da duas vezes medalhista olímpica Mayra Aguiar, a única que ainda não voltou a competir desde as Olimpíadas do Rio.

» Convocados para o Pan-Americano:

Feminino

48kg: Stefannie Koyama (Esporte Clube Pinheiros/FPJudo)
52kg: Eleudis Valentim (Esporte Clube Pinheiros/FPJudo)
52kg: Jéssica Pereira (Judô Comunitário Instituto Reação/FJERJ)
57kg: Tamires Crude (Judô Comunitário Instituto Reação/FJERJ)
57kg: Rafaela Silva (Judô Comunitário Instituto Reação/FJERJ)
63kg: Yanka Pascoalino (Esporte Clube Pinheiros/FPJudo)
70kg: Millena Silva (Minas Tênis Clube/FMJ) 
78kg: Samanta Soares (Esporte Clube Pinheiros/FPJudo)
+78kg: Beatriz Souza  (Esporte Clube Pinheiros/FPJudo)

Masculino

60kg: Eric Takabatake (Esporte Clube Pinheiros/FPJudo)
66kg: Daniel Cargnin (Sogipa/FGJ)
73kg: Eduardo Katsuhiro Barbosa (Clube Paineiras do Morumby/FPJudo)
73kg: Lincoln Neves (Secretaria de Esporte e Lazer de São José dos Campos/FPJudo)
81kg: Eduardo Yudy Santos (Esporte Clube Pinheiros/FPJudo)
90kg: Gustavo Assis (Minas Tênis Clube/FMJ) 
90kg: Rafael Macedo (Sogipa/FGJ)
100kg: Leonardo Gonçalves (Sogipa/FGJ)
+100kg: Ruan Isquierdo (Judô Comunitário Instituto Reação/FJERJ)

Ana Cláudia Felizola – Ministério do Esporte

Ministério do Esporte e UFMG realizam encontro de formação técnica

Célio René, coordenador geral de Avaliação de Convênios do Ministério do Esporte. Foto: Jéssica Romero – Ascom/EEFFTO/UFMGCélio René, coordenador geral de Avaliação de Convênios do Ministério do Esporte. Foto: Jéssica Romero – Ascom/EEFFTO/UFMG

Começou nesta quarta-feira (26.04), em Belo Horizonte, o Encontro de Formação das equipes técnicas dos programas Esporte e Lazer da Cidade (PELC) e Vida Saudável (VS). O evento segue até o dia 28 e é organizado pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), do Ministério do Esporte, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O encontro reúne cerca de 80 técnicos que atuam na capacitação, acompanhamento, monitoramento e avaliações dos programas.

Durante a abertura do evento, o coordenador-geral de Avaliação de Convênios do Ministério do Esporte (ME), Célio René, mostrou um panorama atual do programa PELC e ações que vem sendo desenvolvidas pela parceria entre ME e UFMG. Além de mapear os territórios em que o programa está presente, o coordenador apresentou as propostas pedagógicas e a estruturação atual do programa.

“O PELC está consolidado e resiste a todas as crises, pois é um programa de qualidade e que busca constantes melhorias para atender a população. É um trabalho bem construído pela parceria com a UFMG e estamos aqui hoje para ainda mais aperfeiçoamento”, disse René.

Desenvolvidos pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), o PELC objetiva proporcionar a prática de atividades físicas, culturais e de lazer que envolvem todas as faixas etárias e pessoas portadoras de deficiência. Já o Programa Vida Saudável estimula a prática de exercícios físicos, atividades culturais e de lazer para idosos.

O vice diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG, Herbert Ugrinowitsch destacou a importância do evento e a parceria com o ministério. "A parceria do ME com a UFMG está crescendo e nós da EEFFTO trabalharemos o quanto for preciso no projeto, pois o Brasil todo ganha com o trabalho dessa equipe".

Fonte: Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional - UFMG

Ministério do Esporte capacita prefeituras e universidades em políticas de esporte educacional

A Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) do Ministério do Esporte está realizando, desta quarta-feira (26.04) a sexta-feira (28.04), o curso de Capacitação Gerencial – 1ª Turma de 2017, destinado a coordenadores gerais e interlocutores Sistema de Convênios (SICONV). Participam do treinamento cerca de 60 técnicos de prefeituras e universidades parceiras do ministério no desenvolvimento de projetos e programas de esporte educacional.

O objetivo é orientar e discutir os procedimentos de implementação das ações, execução e gestão, abordando aspectos pedagógicos e gerenciais, de forma a qualificar o desenvolvimento dos programas. Com o curso, o ministério também pretende promover a aproximação entre gestores, coordenadores gerais, interlocutores SICONV e demais equipes técnicas.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

Controle e agilização

Para o secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, o curso é importante não só pela capacitação dos servidores do Ministério, mas, também, porque permite ao ministério ter o retorno das entidades que executam programas como o Segundo Tempo, onde estão os gargalos para sua perfeita execução, inclusive na distribuição dos recursos públicos e sua rápida aplicação. “O ministério tem registrado casos em que a formalização da estruturação do programa Segundo Tempo demora entre um e dois anos. Isso é inadmissível. Temos trabalhado duro para reduzir o prazo entre o momento em que o recurso é disponibilizado para o município a efetiva implantação do programa”, destacou Fróes.

Clovis Souza – Ministério do Esporte

Centro de Treinamento Paralímpico recebe três modalidades neste fim de semana

Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brFoto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

O Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, receberá neste fim de semana mais de mil atletas em duas competições do calendário do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). De sexta a domingo (28 a 30 de abril), será realizada a I Copa Brasil de Esgrima em Cadeira de Rodas e de sábado a domingo (29 e 30) haverá a disputa da Regional São Paulo do Circuito Loterias Caixa de atletismo e natação. Ao todo, 1.037 participantes estão inscritos nos eventos.

A Regional São Paulo representa a terceira parada do principal evento do esporte paralímpico brasileiro. Após passar por Recife (Norte/Nordeste) e Brasília (Centro/Leste), o Circuito Loterias Caixa de atletismo e natação estará na capital paulista com seu maior número de participantes até aqui: 993 atletas fizeram suas inscrições - 593 no atletismo e 400 na natação.   

O Circuito ainda prevê a realização da última etapa regional, no Rio de Janeiro (Rio/Sul), nos dias 6 e 7 de maio. Depois, definidos os classificados tanto de atletismo quanto de natação, o Centro de Treinamento Paralímpico será a casa das etapas nacionais, em junho, agosto e outubro.  

A I Copa Brasil abre o calendário nacional da esgrima em cadeira de rodas. Ao todo, estão inscritos 44 atletas para o evento. O destaque fica por conta de Jovane Guissone, medalhista de ouro na espada B nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012 e principal nome do esporte no Brasil. A programação da esgrima em cadeira de rodas no país ainda conta com mais dois eventos até o fim de 2017. De 13 a 16 de julho, será disputada a II Copa Brasil, em Belo Horizonte. O Campeonato Brasileiro fechará o ciclo de competições nacionais, em Porto Alegre, entre os dias 23 e 26 de novembro.  

» Programação

I Copa Brasil de esgrima em cadeira de rodas
Sexta-feira (28/4) - 9h às 17h
Sábado (29/4) - 9 às 17h
Domingo (30/4) - 9h às 13h

Etapa Regional São Paulo do Circuito Loterias Caixa de atletismo e natação
Sábado (29/4) - 8h às 12h e 14h às 18h
Domingo (30/4) - 8h às 12h

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro

Ministério do Esporte e UFMG realizam encontro para formação de técnicos de programas de estímulo à prática esportiva

O Ministério do Esporte e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizam, no período de 26 a 28 de abril, em Belo Horizonte, o Encontro de Formação da Equipe, reunindo gestores das duas instituições, além de formadores, articuladores regionais e integrantes de educação a distância.

O evento, realizado em média uma vez por ano, tem como objetivo a formação da equipe de trabalho que atua na capacitação, acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações dos programas Esporte e lazer da Cidade (PELC) e Vida Saudável (VS).

Desenvolvidos pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), o PELC objetiva proporcionar a prática de atividades físicas, culturais e de lazer que envolvem todas as faixas etárias e pessoas portadoras de deficiência. Já o Programa Vida Saudável estimula a prática de exercícios físicos, atividades culturais e de lazer para idosos.

» Encontro de Formação da Equipe

De 26 a 28 de abril, às 14h
Hotel Mercure Lourdes - Avenida do Contorno, 7315
Bairro de Lourdes, Belo Horizonte (MG)

UFRN conquista o inédito título na Liga do Desporto Universitário de Futebol de 2017

A equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) venceu, pelo placar de 4 x 2, o time da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), de Goiás, na final da Liga do Desporto Universitário de Futebol, no último final de semana, em Campo Grande (MS). O terceiro lugar ficou com a UPIS, do Distrito Federal, que fez 5 x 0 na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), de Minas Gerais.

Ao lado dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), a competição de futebol é o mais tradicional evento da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). Em Campo Grande, disputaram o título 13 equipes de 11 estados, contemplando as cinco regiões do país. Cerca de 300 atletas participaram do torneio.

 Liga do Desporto Universitário de Futebol, realizada entre os dias 17 e 22 de abril, foi organizada pela CBDU em parceria com a Federação Universitária de Esportes do Mato Grosso Do Sul (FUEMS) e contou com apoio do Ministério do Esporte, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul  (Fundesporte).

Foto: FotojumpFoto: Fotojump

Fonte: Confederação Brasileira do Desporto Universitário

Com apoio do Ministério do Esporte, Maricá sedia 2ª Jornada Esportiva e Cultural Indígena

A aldeia Tekoa Ka’ Aguy Ovy Porã (Aldeia Mata Verde Bonita), na cidade de Maricá (RJ) recebeu, entre os dias 20 e 23 de abril, a 2ª Jornada Esportiva e Cultural Indígena (JECI 2017). Com manifestações culturais - como apresentação de danças, música e gastronomia indígenas - e competições esportivas, como cabo de guerra, luta corporal, maracá, natação, arco e flecha, arremesso de lança e futebol , o evento reúne 16 povos de cinco Estados do Brasil. A JECI 2017 tem o apoio do Ministério do Esporte, por meio de convênio com a Prefeitura de Maricá.

Foto: Rafael Brais/MEFoto: Rafael Brais/ME

O Ministério do Esporte, representado pelo secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, esteve presente ao evento nesta sexta-feira (21.04). Foto: Rafael Brais/MEO Ministério do Esporte, representado pelo secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, esteve presente ao evento nesta sexta-feira (21.04). Foto: Rafael Brais/ME

Para o cacique da Aldeia Mata Verde Bonita, Darcy Tupã, a realização da Jornada Indígena é um grande presente para o seu povo e seus parentes. "Estamos nos dedicando desde o ano passado para essa jornada esportiva. Essas lágrimas que estão caindo são de emoção, estou há três dias assim. É uma sensação de dever cumprido", disse. "Maricá vai mostrar para o mundo como derrubar barreiras e preconceitos. Eu sempre falo que a nossa evolução no passado interferiu no nosso presente e Maricá está ajudando a curar essas feridas", afirmou.

De acordo com a prefeitura de Maricá, cerca de 70 profissionais trabalham na organização da Jornada Indígena, que vai deixar um legado para a cidade, como a divulgação da importância da cultura indígenas, o significado das pinturas corporais e a promoção do respeito aos primeiros habitantes do país. Além disso, para evento, a aldeia recebeu iluminação pública definitiva.

O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, salientou a importância do evento para a cidade e para fortalecer a cultura indígena para ia maricaenses e para os próprios indígenas. "Para nós é uma grande satisfação, uma reafirmação e valorização da cultura indígena para os próprios índios e para a própria sociedade. Há uma grande troca cultural, de aprendizado desse povo responsável pela formação do país", comentou.

Para Horta, a JECI 2017 promove, acima de tudo, o relacionamento entre seres humanos. "É uma satisfação para Maricá receber esse evento, que é uma grande troca entre homens e será um grande aprendizado para os visitantes que aqui estarão aqui e, acima de tudo, para valorização da cultura indígena", concluiu.

Abertura

Durante a solenidade de abertura da JECI 2017, na aldeia Mata Verde Bonita, realizada na quinta-feira (20.04), o público presente pode conferir o acendimento da chama olímpica em totem indígena, apresentações da bateria da escola de samba União de Maracá e de cânticos indígenas das delegações participantes. A abertura encerrou com o show da cantora Jô Borges.

Rafael Brais - Ministério do Esporte

Com quebra de recordes mundiais, Open Loterias Caixa termina com 27 atletas classificados para os Mundiais Paralímpicos de atletismo e natação

Disputado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, maior legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo e Natação terminou no domingo (23.04) com os atletas do país tendo quebrado recordes mundiais e conquistado vários índices para os Mundiais das modalidades. O Mundial de Atletismo será disputado em julho, em Londres, e o de Natação, em outubro, na Cidade do México. O Open Loterias Caixa 2017 reuniu 316 atletas, de oito países, durante três dias de competição.

Ao todo, 27 atletas brasileiros (14 do atletismo e 13 da natação) conquistaram índices para os dois Mundiais (veja lista abaixo). Do grupo, dois representantes do atletismo se destacaram, já que estabeleceram novos recordes mundiais.

No sábado (22.04), o paulista Alessandro Rodrigo quebrou o recorde mundial do lançamento de disco F11 (para cegos totais). O atual campeão paralímpico da prova registrou o lançamento de 44,66m e derrubou uma marca que perdurava desde 1998, do espanhol Alfonso Lopes-Fidalgo (44,44m). Alessandro ficou cego após a manifestação de uma toxoplasmose, em 2009.

Alessandro Rodrigo quebrou o recorde mundial na prova do lançamento de disco F11 (para cegos totais). Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIXAlessandro Rodrigo quebrou o recorde mundial na prova do lançamento de disco F11 (para cegos totais). Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

Além dele, o também paulista Thiago Paulino bateu, na sexta-feira (21.04), o recorde mundial do lançamento de disco, classe F57. O paulista foi a estrela da abertura do Open Internacional ao registrar a marca de 48,04m – melhor do que o antigo recorde, que pertencia a ele próprio, de 47,68m.

“Estou muito feliz porque trabalhei bastante para este resultado. Fiquei um pouco frustrado por não conseguir uma medalha no Rio 2016, no arremesso de peso, mas já comecei logo em seguida a preparação para o lançamento de disco. Conseguir este resultado logo na primeira competição do ano leva a minha confiança lá em cima para ir muito bem no Mundial também”, celebrou Thiago, de 31 anos, que teve de amputar a perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010. No ano passado, ele ficou com a quinta colocação no arremesso de peso F57 nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. O lançamento de disco não fez parte do programa da competição.

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, comemorou o sucesso da do evento em São Paulo. “O balanço que fazemos do Open Internacional é muito positivo, já que os atletas têm até junho (atletismo) e agosto (natação) para fazerem os índices e mais da metade conseguiu a classificação neste evento, ainda em abril. Isso mostra a importância do Open realizado no Brasil. Nossa estratégia de subir o nível dos índices agora demonstra estar correta”, declarou.

No atletismo, os índices classificatórios tiveram como base as melhores performances de 2016 – ano dos Jogos do Rio. Mesmo assim, 14 atletas obtiveram a marca A e asseguraram presença no Mundial de Londres, que ocorrerá entre os dias 14 e 23 de julho.

“No sábado, entrei nos 200m e, logo de cara, consegui o índice A para o Mundial. Desta maneira, saiu o peso das minhas costas, a pressão para conseguir a vaga. Consegui também bons resultados nos 100m, então estou emocionado e muito pilhado. Agora tenho de aproveitar e focar já na preparação para Londres”, vibrou Edson Pinheiro, velocista do atletismo da classe T38.

No total, 13 brasileiros garantiram, em São Paulo, índices para o Mundial de Natação Paralímpica, que será disputado em outubro, na Cidade do México. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIXNo total, 13 brasileiros garantiram, em São Paulo, índices para o Mundial de Natação Paralímpica, que será disputado em outubro, na Cidade do México. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

Nas piscinas

Na natação, a quantidade de índices alcançados no Open surpreendeu a comissão técnica. As 13 marcas deixaram o técnico-chefe da Seleção, Leonardo Tomasello, animado para a formação do grupo para o Mundial. “Foi surpreendente por ser a primeira competição que vale índice e estamos em abril ainda. Muitos deles ainda estão fazendo programas para as nacionais e já saiu esse número grande de índices e com os tempos muito bons. Então foi bem animador”, avaliou Tomasello.

Os nadadores ainda terão duas etapas nacionais (em junho e em agosto), além das competições internacionais chanceladas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) que os atletas participarem. E com o prazo mais tranquilo que o do atletismo, Tomasello acredita que muita gente ainda pode aparecer na lista de nadadores com índice.

“Temos a referência de 17 atletas que já fizeram tempo abaixo dos índices e que só precisam confirmar neste ano. Destes, 10 já fizeram e os outros três nadaram abaixo pela primeira vez. Então, acho que podemos levar de 20 a 22 atletas com índice para o Mundial”, explicou o técnico-chefe.

As etapas nacionais do Circuito Loterias Caixa devem definir a lista de convocados das duas modalidades para os Mundiais. No atletismo, os competidores terão até a primeira fase da competição, de 2 a 4 de junho, em São Paulo, para confirmar as marcas estabelecidas pelo CPB. Já os nadadores ainda terão a segunda fase, de 3 a 5 de agosto, para obter o índice mínimo.

» Atletas classificados para os Mundiais

Natação
1- Daniel Dias - 100m livre S5
2- Andre Brasil - 100m livre S10
3- Phelipe Rodrigues - 100m livre S10
4- Joana Neves - 50m livre S5
5- Raquel Viel - 100m costas S12
6- Patrícia Santos - 100m livre S4
7- Cecília Araújo - 100m livre S8
8- Felipe Caltran - 100m borboleta S14
9- Talisson Glock - 100m costas S6
10- Ítalo Gomes - 100m costas S7
11- Edênia Garcia - 50m costas S3
12- Matheus Rheine - 400m livre S11
13- Gabriel Souza - 50m livre S8

Atletismo
1- Renata Bazone - 800m T11
2- Thiago Paulino - lançamento de disco F57
3- Izabela Campos - lançamento de dardo F11
4- Paulo Henrique - salto em altura T13
5- Petrucio Ferreira - 200m T47
6- Mateus Evangelista - 200m T37
7- Rodrigo Parreira - 200m T36
8- Ricardo Costa Oliveira - salto em distância T11
9- Kesley Josué - 200m T13
10- Alessandro Rodrigo - lançamento de disco F11
11- Edson Pinheiro - 200m T38
12- Jonas Licurgo - lançamento de dardo F55
13- Emerson dos Santos Lopes - lançamento de disco F46
14- João Luiz dos Santos - lançamento de disco F46

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro

Atualização da Matriz de Responsabilidade dos Jogos Rio 2016 prevista para junho

Ao participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (19.4), para debater o cumprimento do Plano de Legado do Parque Olímpico e do Parque Radical de Deodoro, o presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), Paulo Márcio Dias Mello, anunciou que a 6ª atualização da Matriz de Responsabilidade, que trata dos custos dos Jogos Rio 2016, deverá ser apresentada em algumas semanas. Ele sugeriu que a apresentação seja feita durante uma nova audiência pública, a ser realizada no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, provavelmente no início de junho.

"Eu tive uma reunião com o Marcelo Pedroso, ex-presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), e ele me garantiu que aproximadamente em 15 dias estaria com essa Matriz de Responsabildiade, a 6ª atualização, e que ela seria entregue à nova direção da AGLO para ser apresentada à população", explicou Paulo Márcio.

Criada no início de março de 2017, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico tem como desafio implementar o Plano de Legado dos Jogos Rio 2016 e terá a responsabilidade de gerir, no Parque Olímpico, as Arenas Cariocas 1 e 2, o Velódromo e o Centro Olímpico de Tênis.

O presidente AGLO, Paulo Márcio Dias Mello. Foto: Lúcio Bernardo Junior/Câmara dos DeputadosO presidente AGLO, Paulo Márcio Dias Mello. Foto: Lúcio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados

Em Brasília, Paulo Márcio afirmou que não há abandono das instalações no Parque Olímpico e ressaltou que, embora a implementação do Plano de Legado seja um anseio da comunidade esportiva e da sociedade, esse nunca é um processo rápido após a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

"Para quem não conhece o nosso legado olímpico, para quem está de fora e para quem vê o que é divulgado na imprensa, dá uma impressão de abandono completo e total do nosso legado. Isso não é verdade. São necessárias adaptações. Isso acontece quando você transforma arenas do porte que a gente tem do modo jogo para o modo legado. Isso acontece sempre, mas não há abandono", afirmou o presidente da AGLO. "Eu convido a todos aqui presentes que compareçam e vocês vão ver que o Parque Olímpico está muito bem cuidado", continuou.

"Não é uma tarefa fácil. A gente precisa caminhar com bastante tranquilidade para que a gente não cometa o erro de atropelar um processo que no mundo inteiro seguiu de forma gradativa. Londres (sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012), por exemplo, demorou dois anos para preparar o legado deles e até hoje enfrenta problemas, principalmente de financiamento público", declarou o presidente da AGLO.

Segundo ele, para que as arenas possam ser usadas após os Jogos são necessárias adequações e isso não se faz da noite para o dia. "Se é verdade que há adequações para o Plano Legado, também é verdade que hoje eu teria condições, ainda que de forma precária, de realizar eventos. E me dizem: 'por que você não faz?' Porque essas adequações, para não colocar em risco a população e os atletas, são necessárias. Isso demanda um estudo e um tempo. O que precisamos fazer é minimizar os investimentos para transformar essa adequação do modo jogo para o modo legado em uma coisa viável", explicou. "Temos duas etapas a apreciar: fazer o legado funcionar de forma adequada e segura e, ao mesmo tempo, em um segundo plano, diminuir os investimentos públicos que a gente tem que fazer para manter esse legado (através de parcerias)."

Eventos

O presidente da AGLO aproveitou a audiência pública para adiantar que o Parque Olímpico, que em fevereiro de 2017 sediou um evento de vôlei de praia em uma quadra montada no Centro Olímpico de Tênis, voltará a receber competições em maio, com a realização do Campeonato Carioca de ciclismo na pista do Velódromo. Ele disse, ainda, que negocia, entre outros eventos, a realização do Campeonato Mundial Júnior de ciclismo de pista no local em agosto e uma etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia. Paulo revelou ainda que o Parque Olímpico deverá receber eventos não esportivos, como a Comic Con, evento de cultura pop que abrange jogos, quadrinhos, filmes e televisão.

Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Foto: Miriam Jeske/Brasil2016Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Foto: Miriam Jeske/Brasil2016

Economia para a União

Ao ser indagado sobre a estrutura da Autoridade de Governança do Legado Olímpico, Paulo Márcio afirmou que a criação da AGLO trouxe uma economia aos cofres públicos. "Quero deixar claro que, na verdade, não houve uma criação de uma nova autarquia propriamente dita. Houve uma transformação do que já existia em uma coisa nova. A Autoridade Pública Olímpica (APO), quando ela existia, tinha uma natureza jurídica e uma finalidade completamente diferente do que acontece com a AGLO. Ela funcionava como órgão fiscalizador para a realização dos Jogos. A AGLO é uma autarquia federal, braço direito do ministério, um órgão executor, com autonomia administrativa e financeira. Nós diminuímos, pegamos um consórcio interfederativo com aproximadamente 180 cargos e hoje temos um órgão executor com 75 cargos. Nós economizamos, com esses cargos retirados da APO, aproximadamente R$ 9,6 milhões para a União", detalhou.

"É fato, também, que outras despesas indiretas que a APO tinha a AGLO não tem. A sede da AGLO é dentro do Parque Olímpico. O legado olímpico deixa, já, outra economia para a União. O escritório de representação do Ministério do Esporte, assim que nós assumimos em termos de cessão, foi transferido imediatamente pelo ministro para dentro do Parque Olímpico. Ele funciona desde janeiro dentro do Parque Olímpico. Isso é um outro fato de economia para a União", encerrou.

Luiz Roberto Magalhães - Ministério do Esporte 

Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem realiza primeira reunião no Ministério do Esporte

Os integrantes do Tribunal de Justiça Antidopagem (TJAD), que tomaram posse em dezembro de 2016, realizaram nesta quarta-feira (19.4) a primeira reunião na sede do Ministério do Esporte, em Brasília, para definir o funcionamento e os próximos passos do órgão. O TJAD será o responsável por receber as denúncias de uso de substâncias ilícitas apuradas pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).

“A ABCD vai funcionar como um órgão de apuração para realizar os testes de controle antidopagem. Se for apurado algum uso de substância ilícita, ela vai comunicar ao presidente do tribunal, que encaminhará à procuradoria essa percepção do exame feito. A procuradoria poderá oferecer denúncia no prazo de dois dias, e então começa o processo”, explica o procurador-geral do TJAD, Bruno Barata. “Outros procuradores serão nomeados em 5 de maio, na reunião do CNE (Conselho Nacional do Esporte), e a partir daí começaremos a funcionar plenamente”, acrescenta.

Foto: Ana Cláudia Felizola/MEFoto: Ana Cláudia Felizola/ME

No último dia 12, a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) comunicou a volta à conformidade da ABCD. O anúncio é resultado da recomendação do Comitê de Revisão de Cumprimento da agência, após a criação do TJAD pelo governo brasileiro. Leia mais sobre o anúncio

De acordo com o presidente do tribunal antidopagem, Luciano Hostins, já foi traçado um calendário fixo de reuniões, além da forma de distribuição dos processos. “Também foi definida uma série de procedimentos em relação ao marco de início dos julgamentos. Processos que estiverem pendentes até 9 de maio de 2017 serão de competência do TJAD. Os processos que foram instaurados antes dessa data serão de competência do tribunal das confederações”, detalha. “A nossa expectativa é de que a partir de maio ou junho a gente já comece a ter processos para julgar e dar resultado às demandas”, estima.

A ex-ginasta Luísa Parente é uma das integrantes do grupo e comemorou a oportunidade de viver o outro lado das avaliações antidopagem. “Eu já fui testada por ter sido medalhista pan-americana, então sei como é o processo lá na ponta, de ser submetida a um teste, uma averiguação de uma potencial infração, para constatar se você está dentro do jogo limpo”, conta. “Do outro lado, a gente quer que esse processo seja o mais justo possível, o mais equânime”, deseja.

Para Luísa, a principal meta é de que o esporte viva um número cada vez menor de uso de substâncias ilícitas. “Há um objetivo maior de prevenção do doping no esporte, então a gente espera encontrar cada vez menos resultados positivos e ter, consequentemente, menos julgamentos”, aponta. O encontro contou com a participação do secretário nacional da ABCD, Rogério Sampaio.

Histórico

Em dezembro de 2016, tomaram posse os nove integrantes do TJAD: Fernanda Bini, Luísa Parente, Marcel de Souza, Luciano Hostins, Guilherme da Silva, Gustavo Delbin, Humberto de Moura, Tatiana Nunes e Eduardo de Rose. Os membros foram escolhidos pela Comissão Nacional de Atletas (CNA), por confederações esportivas e pelo Ministério do Esporte. Leia mais sobre o TJAD

A Justiça Desportiva Antidopagem (JAD) foi criada pela Lei nº 13.322/2016 e é formada por um tribunal e por uma procuradoria. Com a JAD, o Brasil entra em conformidade com a convenção assinada com a Unesco por diversos países no compromisso de criar tribunais únicos para tratar de casos de dopagem. O TJAD tem competência para julgar apenas esses casos, não substituindo os tribunais de Justiça Desportiva das confederações brasileiras.

Ana Cláudia Felizola – Ministério do Esporte

Secretário do Ministério do Esporte participa de Jornada Esportiva e Cultural Indígena em Maricá

O secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, participa nesta quinta-feira (20), às 19h, da abertura da 2ª Jornada Esportiva e Cultural Indígena (JECI 2017). O evento será realizado na aldeia Tekoa Ka’ Aguy Ovy Porã (Aldeia Mata Verde Bonita), na Restinga em São José do Imbassaí, em Maricá (RJ). A jornada tem o apoio do Ministério do Esporte por meio de convênio com a Prefeitura Municipal de Maricá. O evento, que vai até o dia 24 de abril, reúne representantes de 16 povos de diferentes etnias de vários estados do Brasil.

Durante os cinco dias serão realizados shows de artistas locais, além da apresentação de danças, lutas, gastronomia indígena e competições esportivas. A abertura simbólica da 2ª Jornada Esportiva e Cultural Indígena, nesta quinta, terá ainda cerimônia de acendimento da chama olímpica em totem indígena e apresentação de cantos e danças.

Ascom - Ministério do Esporte

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