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Judoca Rafaela Silva ganha primeiro ouro brasileiro no Rio

Esta não é apenas a história de uma medalha de ouro, a primeira do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A narrativa escrita por Rafaela Silva no Parque Olímpico da Barra, na segunda-feira (08.07), tem trechos de determinação, de volta por cima, de segundas chances. Ainda com o filme da campanha em Londres 2012 em mente, quando foi eliminada na segunda rodada e chegou a pensar em abandonar o judô, Rafaela subiu ao tatame da Arena Carioca 2 para exorcizar os fantasmas de quatro anos atrás e, mais uma vez, superar-se.
 
Rafaela: uma aula de como superar adversidades na vida e no esporte, se reinventar e chegar ao auge (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Rafaela: uma aula de como superar adversidades na vida e no esporte, se reinventar e chegar ao auge (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
Em cinco vitórias estrategicamente perfeitas, a carioca se tornou a primeira campeã olímpica e mundial do judô brasileiro e a primeira medalhista de ouro do país nos Jogos disputados em casa. “O ginásio chegava a tremer. Eu via que minhas adversárias sentiam a pressão e eu não podia decepcionar todas essas pessoas que vieram torcer por mim aqui dentro da minha casa. Dedico essa medalha a todo o povo brasileiro que veio aqui torcer, a minha família e a meus amigos que viveram isso comigo diariamente”, emocionou-se.
 
Para Rafaela, a vitória serve também como resposta à enxurrada de críticas que sofreu após o revés nas últimas Olimpíadas. “Essa competição estava bem parecida com Londres. Minha chave caiu parecida. Então, para todos os que me criticaram, que falaram que eu era uma vergonha para a minha família, que não tinha capacidade de estar numa Olimpíada, mostrei que posso estar entre as melhores”, afirmou. Quando questionada se queria mandar um recado a essas pessoas, foi direta. “Não tenho recado para ninguém, eu tenho é uma medalha no meu peito”.
 
Técnico que descobriu Rafaela Silva e atual treinador da seleção olímpica de refugiados, Geraldo Bernardes não se mostrou surpreso. “Eu falei para a Rafaela: um dia eu vou botar você na seleção brasileira. Eu podia falar isso porque estava diante de um diamante bruto. E foi o que aconteceu”, afirmou. “Quando conversei com ela, falei justamente em superação. Para ela poder mostrar para todo mundo de onde ela veio e o que ela conseguiu às custas de superação, trabalho, com muita gente não acreditando. Ela era que nem o Flávio Canto quando comecei a dar treino para ele. O Flávio era o meu sonho que ninguém acreditava. Eu sempre acreditei na Rafa, tenho esse costume de acreditar no improvável”, completou.
 
Rafaela foi taticamente perfeita em todas as lutas. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Rafaela foi taticamente perfeita em todas as lutas. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
Nascida e criada na comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e formada para o esporte em um projeto social, o Instituto Reação, a campeã destacou a importância que a medalha conquistada em casa pode ter, principalmente para os mais jovens. “Acho que é muito bom para as crianças. Se eu puder ajudar a mostrar para elas com esse resultado que uma criança que saiu da Cidade de Deus com cinco anos, começou no judô por brincadeira e hoje é campeã mundial e olímpica, é inexplicável. Se elas têm um sonho, têm que acreditar porque ele pode se realizar”, disse.
 
“Nós todos vivemos um problema sério de desamor, violência. O que a Rafaela fez serve para mostrar que a comunidade pode se transformar, sim, e mostrar ao Brasil que o caminho pode ser através do esporte e da educação”, opinou Geraldo Bernardes.  
Trabalho psicológico 
 
Eliminada na capital inglesa ainda em sua segunda luta pela húngara Hedvig Karakas, sua adversária de hoje nas quartas de final, por executar um golpe considerado ilegal, a judoca conta que teve que se submeter a um intenso trabalho físico e mental para voltar a competir em alto nível.
 
“Eu ia largar o judô. Comecei a fazer um trabalho com a minha coach Nell Salgado. Ela não me deixou abandonar o esporte e meu técnico me incentivava a cada dia. Em 2014 e 2015, não tive bons resultados, estava desacreditada, falaram que eu era uma incógnita porque vinha perdendo para atletas para quem nunca tinha perdido antes, mas treinei o máximo que podia nesses dois últimos anos e o resultado veio”, diz.
 
Em entrevista dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos ao brasil2016.gov.br, Nell Salgado comentou o trabalho com Rafaela e disse uma frase que se mostrou, agora, profética. "A Rafa é um monstro. Se estiver no dia dela ninguém segura, é ouro olímpico", disse Nell Salgado.
 
“A Rafaela procurou não ser atingida com as pressões de fora, a torcida, não se desconcentrar, não tirar o foco dela da luta. Isso foi sempre conversado: entrar sempre focada na luta do começo ao fim. E deu certo”, completou o técnico da judoca, Mario TsuTsui.
 
O caminho do ouro 
 
Na estreia, Rafaela Silva teve pela frente a alemã Miryam Roper, mesma adversária da estreia em Londres 2012. O retrospecto era bastante favorável: em nove lutas, nove vitórias da brasileira. Encaixando um ippon logo aos 46 segundos, a carioca manteve sua invencibilidade e passou com tranquilidade à fase seguinte.
 
Nas oitavas de final, Rafaela enfrentou a sul-coreana Jandi Kim, número dois ranking mundial da categoria. Apesar de ter sido punida três vezes, contra duas advertências para a oponente, a brasileira venceu a luta aplicando um wazari.
Nas quartas de final, na luta contra a húngara Hedvig Karakas, sua algoz nas últimas olimpíadas, o roteiro foi mantido. Mais um wazari vencedor, que outra vez fez explodir a torcida brasileira na Arena Carioca 2.
 
Empatadas em 3x3 em confrontos anteriores, Rafaela Silva e a Corina Caprioriou prometiam um embate equilibrado na semifinal. Prata em Londres 2012 e vice-campeã mundial em 2015, a romena era uma das favoritas ao pódio da competição. Em confronto dramático, com apenas uma punição para cada durante os quatro minutos regulares, a judoca brasileira contou com o apoio da torcida para encaixar um wazari aos 3m06s da disputa no Golden Score para passar à final. “A luta complicada foi a semifinal. Acho que no golden score acho que A Rafaela sentiu um pouco o nervosismo de ganhar e ir para a final, então foi uma luta muito travada”, avaliou Mario TsuTsui.
 
Na decisão, quando enfrentou a mongol Sumiya Dorjsuren, número um do ranking mundial, a estratégia de Rafaela era esperar que a oponente cometesse um erro para buscar uma chance de contra-ataque. Seguindo o planejamento, a brasileira conseguiu encaixar um novo wazari e garantiu a medalha de ouro.
 
Depois da vitória, o choro no pódio. (Foto:Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Depois da vitória, o choro no pódio. (Foto:Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
“Ela já havia lutado com a atleta da Mongólia várias vezes, com algumas lutas ganhas, outras perdidas, era uma luta dura. A gente estudou uma estratégia de poder aproveitar as oportunidades, porque a mongol acaba errando em alguns ataques, e foi o que a Rafaela fez. A mongol atacou, a Rafaela fez um contra-ataque, tanto é que os juízes ficaram em dúvida se o ponto valia ou não, mas valeu. Então foi uma estratégia estudada um pouco antes e acabou dando certo”, explicou Mario. As medalhas de bronze da categoria ficaram com a portuguesa Telma Monteiro e com a japonesa Kaori Matsumoto, campeã olímpica e mundial da prova. 
 
Investimento
 
A campeã olímpica é patrocinada com a Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte. Dos 14 judocas convocados para os Jogos Olímpicos (sete no masculino e sete no feminino), 13 contam com a Bolsa Pódio. Rafael Buzacarini, por sua vez, é contemplado com a Bolsa Atleta na categoria nacional. Durante todo o ciclo olímpico, 34 atletas receberam a Bolsa Pódio, resultando em um investimento de quase R$ 7 milhões. No judô paralímpico, foram 10 contemplados com a categoria pódio (R$ 2,4 milhões). Já na Bolsa Atleta, entre 2012 e 2015 foram concedidas 889 bolsas, nas categorias base, estudantil, nacional, internacional e olímpico/paralímpico. O investimento total no período somou R$ 11,2 milhões. 
 
Outro grande investimento foi a construção do Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA), resultado de um aporte de R$ 43,2 milhões, sendo R$ 19,8 milhões do Ministério do Esporte. A instalação é o maior centro de treinamento das Américas e um dos maiores do mundo da modalidade, e foi inaugurada em julho de 2014. São 20 mil m² de área construída, com toda estrutura necessária para treinos e competições. 
 
Adeus na estreia
 
Na chave masculina dos leves, Alex Pombo viu sua participação nos Jogos Olímpicos ser abreviada no último segundo de sua luta. Enfrentando pela primeira vez o chinês Saiynjirigala, o brasileiro sofreu um controverso yuko e deu adeus ao torneio. Visivelmente abatido, o atleta analisou a disputa.
 
“No primeiro momento eu consegui defender o golpe, eu fui puxar o chinês para a guarda para poder fazer o trabalho de solo, mas o juiz acabou considerando como sequência do golpe dele e dando a pontuação de yuko. Fiquei um pouco revoltado, eu estava bem na luta, me sentindo bem. Foi um descuido ali, mesmo. A gente deixa a dúvida para o árbitro e pode acontecer dele dar a pontuação”, lamentou.
 
Mesmo com a derrota, Pombo elogiou o apoio da torcida. “Foi uma energia muito boa. O tatame chegava até a vibrar com a torcida gritando o seu nome e te empurrando o tempo. Isso ajudou bastante”, afirmou. Entre os homens, o título dos leves ficou com o japonês Shohei Ono, que derrotou Rustam Orujov, do Azerbaijão, na final. Os medalhistas de bronze foram Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, e Dirk van Tichelt, da Bélgica.
 
Nesta terça-feira, o Brasil volta a competir no judô com Victor Penalber e Mariana Silva, na categoria dos meio-médios. 
 
Pedro Ramos, brasil2016.gov.br
 
Ascom - MInistério do Esporte
 
 
 
 

Ritual indígena celebra o esporte e a cultura dos povos do Xingu na Casa Brasil

Foto: Paulino Menezes/MTur/Casa BrasilFoto: Paulino Menezes/MTur/Casa Brasil
 
A diversidade cultural brasileira teve mais uma de suas representações neste sábado (6.08) na Casa Brasil. O ritual Kuarup, mais especialmente a Huka-Huka, uma luta tradicional indígena do Povo Kuikuro foi um dos destaques do evento organizado pela Coordenação-Geral de Políticas Esportivas Indígenas (CGPEIN) do Ministério do Esporte.
 
A proposta do evento é demonstrar a cultura e tradição dos povos indígenas do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, para resgatar e celebrar essas culturas durante os Jogos Rio 2016. Segundo o Secretário Nacional do Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Froes, a Casa Brasil é a embaixada brasileira em território olímpico. "Quando Ministério do Esporte abre a casa para uma manifestação cultural dessa importância esta dizendo ao mundo que no Brasil nós damos importância a cultura indígena, às nossas raízes e a nossa brasilidade. Que damos importância e lutaremos para que o nosso povo indígena tenha direito às políticas de igualdade, participação e inclusão social."
 
Os indígenas percorreram os espaços da Casa Brasil convidando os visitantes para a apresentação. O líder indígena Mutuá, da tribo Kuikuro, ressaltou a importância de representar o ritual e a luta na casa. "A gente veio aqui para mostrar que nos também temos esporte, temos a luta Huka-Huka, por exemplo. Todas as lutas que assistimos na TV vem de fora. Esse evento é uma oportunidade muito importante para nós mostrarmos nossa luta". Ele apontou ainda que a disputa apresenta diversas similaridades com o judô e a luta greco-romana.
 
O Huka-Huka é um dos esportes tradicionais indígenas praticado pelos povos do Xingu. Trata-se de uma luta corporal disputada entre duplas de homens e mulheres. O vencedor é aquele que conseguir pegar na perna do seu oponente e derrubá-lo. A luta ocorre geralmente durante o cerimonial do Kuarup, festa espiritual indígena onde os mortos e ancestrais são reverenciados.
 
Vale lembrar ainda que a Huka-Huka foi um dos destaques da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas, em 2015. Na ocasião, os Kuikuro foram os vencedores da competição.
 
Equipe Casa Brasil
 
Confira o vídeo com a apresentação:
 

Pioneiro do jiu-jitsu no Brasil, Robson Gracie é homenageado na Casa Brasil

Ministro Leonardo Picciani participa do dia do Jiu-Jitsu na Casa Brasil. Foto: Ivo Lima/MEMinistro Leonardo Picciani participa do dia do Jiu-Jitsu na Casa Brasil. Foto: Ivo Lima/ME
O professor Robson Gracie, presidente da Federação de Jiu-Jitsu e um dos pioneiros e principais responsáveis pelo desenvolvimento do estilo da arte marcial no Brasil, foi homenageado pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, neste sábado (06.08), na Casa Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). O evento contou com a participação dos movimentos e federações que apoiam o Jiu-Jitsu no Brasil.
 
"Estou honrado em receber essa homenagem! A família Gracie tem 30 membros atuando nessa luta e se não fossem vocês o Jiu-Jitsu não estaria onde está. É maravilhoso e graças a essa multidão, esses irmãos que estão aqui e levam amor e luta em seus quimonos que nossos sonhos são possíveis", celebra Robson Gracie.
 
O evento faz parte da programação e tem como objetivo divulgar a modalidade. Em junho deste ano, o ministro Picciani criou um grupo de trabalho para preparar uma proposta e apresentar ao Comitê Olímpico, para que o Jiu-Jitsu seja incluído como esporte olímpico. Para o ministro, a cerimônia lança uma campanha que tem a cara do Brasil. "Apesar da sua origem oriental, o jiu-jitsu é conhecido atualmente no mundo inteiro como jiu-jitsu brasileiro, pelo nosso histórico de vitórias, grandes lutadores e pela família Gracie, que modificou o esporte no Brasil. Hoje temos o maior número de praticantes do mundo inteiro e vamos trabalhar para que o jiu-jitsu faça parte do nosso time", acrescenta Picciani.
 
Para o professor Robson Gracie, o Jiu-Jitsu é uma modalidade completa. "O jiu jitsu merece fazer parte do programa olímpico, nós temos todas as regras e treinamos arduamente para isso. Fico honrado em poder ver um aluno e agora ministro do esporte trabalhando para que nosso sonho seja concretizado", celebra Gracie.
 
Durante a cerimônia, o ministro, que é praticante da modalidade e graduado na faixa marrom, recebeu das mãos do professor Gracie a faixa preta, em simbólica graduação. "Eu agora com essa honra de ser faixa preta do mestre Robson Gracie tenho a responsabilidade de dizer que temos que transmitir não só os ensinamentos técnicos, mas os ensinamentos da vida. Tudo é possível com dedicação, técnica e foco. Fico feliz em ver tantas crianças presentes sonhando e treinando para ser um atleta do Jiu-Jitsu", diz Picciani.
 
Crianças da Escola de Lutas José Aldo participaram do evento. João Emanuel Costa, de seis anos, diz que o jiu-jitsu mudou a sua vida e que sonha ser um atleta paralímpico. "Eu fazia natação, mas conheci o jiu-jitsu e estou treinando há quase um ano. Lá precisa ter disciplina e vou treinar direitinho para ser um atleta!". O projeto social, a Escola de Lutas José Aldo, tem como objetivo levar as artes marciais para centenas de crianças carentes, entre 6 e 16 anos, do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
 
Erica Asano, brasil2016.gov.br
 

Wu fatura a prata na pistola de ar 10m, o primeiro pódio do Brasil

Brasileiro Felipe Wu comemora a conquista da medalha de prata na prova de pistola de ar 10m nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.brBrasileiro Felipe Wu comemora a conquista da medalha de prata na prova de pistola de ar 10m nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br
 
 
Na história do Brasil em Jogos Olímpicos, a primeira medalha veio no Tiro Esportivo, com o ouro de Guilherme Paraense, na Antuérpia, em 1920. Agora, 96 anos depois, a modalidade volta a conquistar mais uma medalha histórica para o esporte brasileiro. “Guilherme Paraense era militar. Eu também sou. É legal repetir essa história. Foi um feito enorme na época”, disse Wu, primeiro brasileiro a subir ao pódio na Rio 2016, com a prata na prova de pistola de ar 10m. 
 
No estande construído para o Pan de 2007 e batizado com o nome de Guilherme Paraense, Felipe Wu anotou 202.1 pontos e ficou atrás apenas do vietnamita Xuan Hoang, que conseguiu 202.5 pontos. O terceiro lugar ficou com o chinês Wei Pang (180.4 pontos). “Eu sabia que seria difícil. Eu estava na expectativa, a torcida estava na expectativa e toda a imprensa também. Mas consegui me controlar bem. Eu logo fiquei solto.”  
 
O atirador brasileiro chegou para a competição no topo do ranking mundial, posto que ele assumiu este ano, após vencer a etapa da Copa do Mundo de Bangkok, na Tailândia, onde o vietnamita também saiu com medalha. Em 2015, Felipe Wu conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, e ajudou a dar mais visibilidade à modalidade. 
 
Feliz com o próprio desempenho, o medalhista fez questão de elogiar o campeão. “Quando ganhei a medalha de ouro na etapa de Bangkok, ele estava no pódio. Hoje ele fez pontuações muito boas. Ele tem atirado muito bem. Está sempre entre os finalistas.Vou parabenizá-lo", disse.
 
Felipe Wu é paulistano e tem 24 anos. Atualmente, treina no clube Hebraica, em São Paulo. Para o futuro próximo, pretende retornar para a faculdade de Engenharia em setembro e disputar o mundial da modalidade em 2018. “Eu sou um dos mais novos na competição, espero continuar me dedicando ao esporte e volto para a faculdade em setembro. Eu gosto de estudar. Antes o tiro era meu hobby, agora vivo do tiro esportivo”, disse o medalhista olímpico. 
 
O local da final do tiro esportivo estava lotado. A grande maioria da torcida era de brasileiros, que nos momentos finais gritavam o nome de Wu. Para o atirador, essa presença foi um incentivo importante para o resultado final. “Até hoje pela manhã eu achava que a torcida não fazia diferença. Mas no momento final eu senti muita energia boa e fiquei feliz com o apoio da torcida brasileira”, contou Wu. 
 
Após a cerimônia de premiação, a torcida, à capela, ecoou pelo palco da final o Hino Brasileiro, emocionando Felipe Wu e todos que estavam no local.  “Foi um momento legal. Espero que com a medalha o esporte fique mais conhecido no país”, comentou Wu, que também recebeu um telefonema do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, felicitando o atleta pela conquista.
 
 
Júlio Almeida
Na fase classificatória, o atirador Julio Almeida terminou a competição em 13o lugar, e apenas oito seguiriam para a final. “Não dá para dizer que foi ruim, mas senti um gostinho de derrota, eu tinha condições de chegar na final. Pelo menos 30 atletas tinham condições e só oito entram”, lamentou Julio.
 
Primeiro ouro dos Jogos
Eram 11h deste sábado quando saiu a primeira medalha dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A dona do primeiro ouro foi a norte-americana do tiro de carabina de ar 10m, Virginia Thrasher. Ela entra para a história desta edição após cravar 208.0 pontos na etapa final. “Foi estressante. Meu coração batia acelerado. Eu  só tinha um objetivo que era fazer o melhor.  Estou feliz com o resultado”, comemorou a medalhista de 19 anos. 
 
A prata ficou a chinesa Li Du, com 207.0 pontos. Durante a etapa classificatória, a chinesa, medalha de ouro em Atenas 2004, quebrou o recorde mundial e olímpico da modalidade, com 420.7 pontos. “Fiquei parada por dois anos, não esperava voltar tão bem”, afirmou a chinesa.  A China também conquistou o bronze  com Siling Yi, que acumulou 185.4 pontos. 
 
Já a brasileira Roseane Budag foi a penúltima da classificação geral com 396.9. “Meu batimento cardíaco aumentou, fiquei nervosa e perdi o tempo da prova. Foi uma tragédia!”, lamentou a brasileira. 
 
Investimentos
O governo federal oferece apoio ao tiro esportivo em diversas frentes. Por meio de convênios, os investimentos tiveram início em 2010, quando foi destinado R$ 2,5 milhões foram alocados para a participação em eventos internacionais e para ajudar a preparar a seleção olímpica para os Jogos de 2016, com a estrutura do Centro Nacional de Tiro Esportivo, em Deodoro.
 
Em 2013, um convênio de R$ 2,5 milhões investiu na preparação de cerca de 70 atletas para competições internacionais, incluindo o Mundial de 2014, os Jogos Pan-Americanos de 2015, três edições da Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Os recursos foram destinados à descoberta de talentos e ao custeio da equipe multidisciplinar, da comissão técnica e do pessoal técnico para o Centro Nacional, em Deodoro.
 
O ano de 2014, por sua vez, contou com dois convênios firmados entre a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE) e o Ministério do Esporte. O primeiro deles, no valor de quase R$ 2 milhões, teve o objetivo de proporcionar infraestrutura técnica adequada para a preparação do atleta Cássio Rippel. Já o segundo convênio, de R$ 1,9 milhões, foi voltado à participação da seleção brasileira nas principais competições de tiro ao prato, também com foco na preparação para os Jogos Olímpicos.
 
A Bolsa Pódio beneficiou quatro atletas ao longo do atual ciclo olímpico, investindo um total de R$ 459 mil. Na modalidade paralímpica, mais um atleta foi contemplado (R$ 204 mil). Já na Bolsa Atleta, entre 2012 e 2015 foram 962 bolsas concedidas nas categorias base, nacional, internacional e olímpica/paralímpica, totalizando um aporte de quase R$ 12,9 milhões.
 
Michelle Abílio, brasil2016.gov.br
 
 

Cristo Redentor recebe 122 ministros do Esporte de todo o mundo

Ministro Leonardo Picciani visitou o Cristo Redentor acompanhado de Ministros do Esporte de países estrangeiros (Foto: Francisco Medeiros/ME)Ministro Leonardo Picciani visitou o Cristo Redentor acompanhado de Ministros do Esporte de países estrangeiros (Foto: Francisco Medeiros/ME)Aos pés do Cristo Redentor , uma das sete maravilhas do mundo moderno, 122 ministros do Esporte de várias partes do mundo se reuniram na tarde desta sexta-feira (5.08), recepcionados pelo titular brasileiro da pasta, Leonardo Picciani. “Espero que essa bela cidade e o povo acolhedor do Brasil possam encantar a cada um de vocês  e que cada um de vocês, ao fim dos Jogos Olímpicos, retornem para seus países com uma mensagem do povo brasileiro, de paz, esperança e congraçamento”, afirmou o ministro anfitrião.
 
O reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, levou a saudação do arcebispo do Rio, cardeal  Orani João Tempesta, aos presentes.  “É um dia histórico para o Cristo Redentor, porque tivemos hoje dois grandes acontecimentos: de manhã, recebemos a tocha olímpica e agora recebemos todos vocês nesta tarde especial”, destacou. 
 
Ao som do grupo de samba Chororosambô, que tocou em um palco montado no pátio do monumento, os colegas de pasta interagiam e aproveitavam o momento para trocar e dividir experiências.  “Essa é a lembrança de uma vida. É importante reunir a família do esporte de todo o mundo. Estava aguardando ansiosamente por este momento.  O Rio é incrível, muito melhor do que eu pensava”,  disse a ministra do Esporte da Noruega, Linda Cathrine Helleland.
 
“Os Jogos são isso: a solidariedade, a partilha, o respeito, o  trabalho em equipe, isso é o que importa. O fato de estarmos aqui, todos os países do mundo, mostra que temos que continuar a incutir nas pessoas o espírito olímpico”, ressaltou o ministro de Cabo Verde, Fernando Elísio Freire.
 
O ministro de Botsuana, Thapelo Olopeng, ressaltou esse encontro histórico. “Esse é um encontro muito importante para mim, e ministros do mundo todo. Serve realmente para mostrar quão forte é o esporte. Todos estamos aqui por causa do esporte.”
 
“É importante estarmos juntos para poder criar pontes, criar laços, e daqui saírem respostas conjuntas para muitos problemas. Mas mais do que tudo é uma oportunidade para celebrar os jogos do Rio, ver como a cidade se adaptou e está preparada para os Jogos. Todos os sinais são de que este será um grande evento esportivo. É a primeira vez que uma cidade lusófona tem a oportunidade de receber os Jogos. Para a delegação portuguesa é fantástico poder competir em um país irmão como o Brasil”, enfatizou o ministro de Portugal, Tiago Brandão.
 
Emília Andrade, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte
 

Brasil apresenta o Plano de Legado dos Jogos. Instalações olímpicas integrarão a Rede Nacional de Treinamento

As instalações do Parque Olímpico da Barra da Tijuca e do Complexo Esportivo de Deodoro integrarão a Rede Nacional de Treinamento, dando continuidade ao desenvolvimento do esporte de base e o de alto rendimento, anunciou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, na tarde da última quinta-feira (04.08), ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
 
Arena da Juventude, no Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro)Arena da Juventude, no Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro)
 
Eles apresentaram, no auditório do Rio Media Center, o plano de legado das instalações esportivas construídas e reformadas para os Jogos Rio 2016, e o destino dos equipamentos e materiais esportivos adquiridos para o megaevento. O plano é resultado da parceria entre os dois entes, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil, do Comitê Paralímpico Brasileiro e das diversas entidades esportivas do país.
 
"A formação do legado olímpico é a principal prioridade do Ministério do Esporte. Os Jogos Olímpicos duram 16 dias e os Jogos Paralímpicos duram 11 dias, mas o fundamental é que esses equipamentos fiquem para o Rio de Janeiro, para o país e para as futuras gerações", afirmou Picciani.
 
Segundo o plano apresentado pelo ministro, as instalações na Barra da Tijuca e em Deodoro integrarão os Centros Olímpicos de Treinamento (COT). A gestão e a manutenção das instalações ficarão a cargo da iniciativa privada, do Exército Brasileiro e das confederações esportivas, por meio de convênios com o Ministério do Esporte.
 
"A Rede Nacional de Treinamento será o carro-chefe do nosso plano de legado. Os repasses de recursos estarão vinculados a projetos realizados dentro das instalações da Rede. O Plano de Legado do Governo Federal é baseado nesta rede e vai unificar todos os equipamentos esportivos do Ministério do Esporte no país, desde dos centros de iniciação locais até os centros de alto rendimento", explicou o ministro.
 
Parcerias
 
Na Barra da Tijuca, a responsabilidade será de Parceria Público-Privada (PPP) da Prefeitura do Rio, com a participação de confederações. "É uma concessão que foi lançada no dia 30 de junho. O objetivo desta PPP é a manutenção e operação das instalações do Parque Olímpico. O complexo também ganha uma pista de atletismo que é uma obrigação da PPP na construção do local", ressaltou o prefeito Eduardo Paes.
 
Já no Complexo Esportivo de Deodoro, a gestão vai ser realizada pelo Exército Brasileiro em parceria com entidades esportivas. Na região, o Parque Radical, com os circuitos de canoagem slalom, mountain bike e a pista de BMX, será concedido à Prefeitura do Rio, permitindo o desenvolvimento do esporte - atribuição das confederações - e a oferta de lazer para a comunidade.
 
"A gente reafirma o nosso compromisso de fomentar e promover as atividades esportivas em áreas que estão sob cuidado da prefeitura como o Parque da Barra e o Parque Radical e a prefeitura se compromete a disponibilizar dentro do calendário de competições esses equipamentos para o uso esportivo", disse o ministro do Esporte, Leonardo Picciani.
 
Rede Nacional
 
A Rede Nacional de Treinamento foi criada pela Lei 12.395/2011, com o objetivo de interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas. Também pretende aprimorar e permitir o intercâmbio entre técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte.
 
A gestão das instalações, com foco no desenvolvimento do esporte, da iniciação ao alto rendimento, seguirá as diretrizes da rede, publicadas pelo Ministério do Esporte no Diário Oficial da União na última terça-feira (02.08).
 
A rede será composta por instalações construídas e equipadas pelo Ministério do Esporte, em parceria com entidades esportivas, prefeituras e governos estaduais. Entre elas, instalações fora do Rio de Janeiro (RJ), como o Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA), a Arena Caixa de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP), o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF), o Velódromo de Indaiatuba (SP), o Centro de Canoagem, em Foz do Iguaçu (PR), o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, que comporta 15 modalidades, em São Paulo (SP), o Centro de Desenvolvimento do Handebol, em São Bernardo do Campo (SP) e o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE). E instalações equipadas, como os 16 centros de ginástica, montados em 13 cidades brasileiras e os 29 clubes e ginásios de basquete em todo o país, entre outras.
 
Equipamentos e materiais esportivos
 
Outro importante legado dos Jogos Rio 2016 é formado por 216 tipos de materiais e equipamentos esportivos adquiridos pela União, com investimento de R$ 118,7 milhões. Com o encerramento das competições, parte desses itens ficará com as Forças Armadas e o restante será destinado a prefeituras e governos estaduais, além de confederações. O Ministério do Esporte lançará edital de chamada pública para a seleção de interessados.
 
Entre os itens, estão piscinas e pisos oficiais para badminton, tênis de mesa, handebol, pentatlo moderno, bocha, goalball, boxe, esgrima e rúgbi em cadeira de rodas. Além disso, foram adquiridos materiais esportivos do atletismo, do halterofilismo, do levantamento de peso e do taekwondo.
 
Os mais de 2.800 equipamentos e materiais esportivos adquiridos pelo Comitê Organizador Rio 2016 também poderão ser doados após as competições. No início de julho, o Ministério do Esporte estabeleceu as diretrizes para o processo. Como foram adquiridos com isenção fiscal, esses itens continuarão isentos se forem doados a escolas e universidades (federais, estaduais ou municipais) e às Forças Armadas. Caso a doação seja feita a confederações, clubes ou outras entidades privadas, o Ministério do Esporte certificará a entidade e validará o projeto de uso. De posse do certificado de validação do projeto, o Comitê Rio 2016 encaminha a documentação à Receita Federal para que os equipamentos possam ser doados mantendo-se a isenção fiscal.
 
Laboratório de Controle de Dopagem
 
A construção e a equipagem da nova sede do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), instalado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e a reforma e construção de instalações esportivas em unidades militares no Rio de Janeiro (RJ) completam o legado dos Jogos. Para a construção da nova sede, o LBCD recebeu investimentos de R$ 151,3 milhões do Governo Federal, além de outros R$ 74,6 milhões para a compra de equipamentos e materiais. O laboratório foi reacreditado pela Agência Mundial Antidopagem em maio de 2015, passando a ser o 34º do mundo credenciado pela instituição e o segundo da América do Sul. O outro fica em Bogotá, na Colômbia.
 
A tecnologia do controle de dopagem é a mais sofisticada possível, e cadeias produtivas de vários setores dependem de análises químicas qualificadas como as que são desenvolvidas para essa finalidade. O Brasil, portanto, ganhará conhecimento técnico-científico, porque o LBCD, além de fazer análises de sangue e urina para identificar dopagem, continuará atuando em pesquisas científicas e tecnológicas em diversas áreas, no ensino acadêmico e na formação de profissionais especializados.
 
Os investimentos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ ultrapassaram R$ 200 milhões. As instalações esportivas já estão sendo usadas como locais de treinamento das delegações brasileira e estrangeiras. Após as competições, serão incorporadas à Rede Nacional de Treinamento. Os investimentos em unidades militares foram feitos no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Escola Naval, na Universidade da Força Aérea (Unifa), no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e no Clube da Aeronáutica (Caer).
 
Michelle Abílio - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Carlos Alberto Torres e Edvaldo Valério tomam posse no Conselho Nacional do Esporte

 Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, preside reunião do (Foto: Emília Andrade/ME)Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, preside reunião do (Foto: Emília Andrade/ME)

Dois membros do Conselho Nacional do Esporte, Carlos Alberto Torres e Edvaldo Valério Filho, tomaram posse nesta quinta-feira (4.08), em reunião do colegiado na cidade do Rio de Janeiro. Ambos assumiram vagas de representantes do Esporte Nacional.

 Nascido no Rio de Janeiro, o “Capitão do Tri” (tricampeonato da Seleção Brasileira de futebol masculino na Copa do Mundo de 1970, no México) -como é conhecido Carlos Alberto Torres - foi um dos maiores laterais-direitos que já atuaram na modalidade.

Nas equipes brasileiras, ele jogou pelo Fluminense, Botafogo, Flamengo e Santos, marcando história em todos os times pelos quais passou. Também atuou no New York Cosmos, ao lado de Pelé, repetindo a parceria vitoriosa que realizaram na equipe santista e na Seleção Brasileira. Após se aposentar como jogador, Carlos Alberto Torres tornou-se treinador de várias equipes nacionais e internacionais. No seu primeiro ano como treinador, foi campeão brasileiro pelo Flamengo.

O baiano Edvaldo Valério Filho é um nadador brasileiro medalhista olímpico em Sydney 2000. Ele conquistou o bronze no revezamento 4x100 metros livres. Também obteve o 13º lugar no 4x200m livres, e o 23º lugar nos 50m livres.

Essa foi a primeira reunião presidida pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani. O próximo encontro do CNE está marcado para o dia 1º de setembro, também na sede da pasta localizada na capital fluminense.

Conselho Nacional do Esporte
O Conselho Nacional do Esporte (CNE) é um órgão colegiado de deliberação, normatização e assessoramento, diretamente vinculado ao ministro do Esporte, e parte integrante do Sistema Brasileiro de Desporto, tendo por objetivo buscar o desenvolvimento de programas que promovam a massificação planejada da atividade física para toda a população, bem como a melhoria do padrão de organização, gestão, qualidade e transparência do desporto nacional.
 
Emília Andrade, do Rio de Janeiro

 Ascom - Ministério do Esporte

Com presença de autoridades, Casa Brasil é inaugurada no Pier Mauá

A Casa Brasil foi oficialmente aberta nesta quinta-feira. Local ficará aberto nos armazéns 1 e 2, no novo Boulevard Olímpico, de 4 de agosto a 18 de setembro. A cerimônia contou com a presença de autoridades do governo federal, além de representante do governado do Rio e o prefeito da cidade Eduardo Paes. A partir desta sexta-feira, a visitação, gratuita, estará aberta ao público. Até o dia 18 de setembro, o local oferecerá programação diária com atrações permanentes, shows, eventos culturais, conferências e seminários, além de espaços para negócios.
 
Autoridades discursaram na cerimônia de abertura da Casa. (Foto: Divulgação / Ministério do Turismo)Autoridades discursaram na cerimônia de abertura da Casa. (Foto: Divulgação / Ministério do Turismo)
 
O objetivo da Casa Brasil é aproveitar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro para apresentar o país ao mundo em um espaço interativo e com experiências sensoriais. Espaços semelhantes foram construídos nas Olimpiadas de Pequim, em 2008, de Londres, em 2012, e na Copa do Mundo de futebol, na África do Sul, em 2010. No Rio, o local escolhido, no Boulevard Olímpico, é uma das áreas revitalizadas da cidade. A Casa Brasil tem 12,5 mil m² de área interna e externa.
 
A ideia é exibir a cultura, o turismo, o esporte e o legado olímpico e também propiciar ambiente de negócios. O espaço tem, ainda, mostras permanentes e eventos com foco na sustentabilidade, na inclusão e nas políticas públicas de igualdade.
 
Representando o presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que não poderia haver local melhor para a instalação da Casa. "É uma radiografia do Brasil, que nos mostra sob o ponto de vista da cultura, da vocação esportiva, da riqueza natural. A presença da Casa aqui no Porto também vai dar um novo direcionamento ao Rio como potência econômica", comentou.
 
Já o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, ressaltou o ganho de imagem do país no exterior. "É um espaço de promoção de grande magnitude que permite projetar nossa imagem na percepção do mundo. Não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade".
 
O ministro interino do Turismo, Alberto Alves, celebrou o fato de a Casa Brasil ter sido cuidadosamente pensada para agradar a todos os públicos, podendo atrair investidores e turistas. "Todos os brasileiros e estrangeiros poderão ver um Brasil diverso, colorido e alegre. A Casa concentra atrativos como uma espécie de trailer do que pode ser visto no país", afirmou.
 
A diversidade brasileira também foi apontada como um dos trunfos a serem mostrados na Casa, segundo o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, que considera o espaço um símbolo importante do Brasil nas Olimpíadas: "É um equipamento importantíssimo e instalado numa região revitalizada".
 
Serviço
Quando: de 04 de agosto a 18 de setembro
Horário de funcionamento: das 10h às 20h durante os Jogos e das 14h às 20h entre a Olimpíada e Paralimpíada. Atrações culturais diárias das 19h às 22h.
Onde: Praça Mauá, nas proximidades do último ponto de encontro do Píer Mauá
Entrada: gratuita
Órgãos participantes: Ministérios do Esporte, Turismo, Cultura, Relações Exteriores, Saúde e Educação, Embratur, Apex-Brasil, Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobrás e BNDES.
 
Informações pelo email casabrasil2016@presidência.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Na Mídia - Rigor dos testes antidopagem é essencial para um esporte "mais limpo"

Artigo publicado originalmente no UOL em 4 de agosto de 2016
 
Para entender a importância do combate à dopagem (doping, na língua inglesa) é preciso primeiro considerar os prejuízos causados aos atletas que jogam limpo. Quem se dopa utiliza substâncias e métodos proibidos que constam na Lista da Wada-AMA (Agência Mundial Antidopagem). A dopagem melhora o desempenho físico e/ou psicológico dos atletas que participam de competições.
 
Para o atleta, o ato de subir ao pódio é sempre muito importante. É uma ocasião ímpar que faz com que toda a sua dedicação faça sentido. É uma emoção indescritível, principalmente quando ele ouve o hino de seu país, vê sua bandeira ser estendida e sabe que milhares de pessoas vão reconhecer o seu talento e passar a admirar o seu feito.
 
É para usufruir dessa comemoração e desse sentimento de orgulho e realização que o atleta se dedica diariamente a treinos extenuantes, segue uma dieta rigorosa e cumpre uma agenda que cerceia sua liberdade para se divertir e curtir muitos momentos na companhia de amigos e familiares. Não importa o nível de rendimento no qual ele está: a satisfação da vitória é sempre especial.
 
Quando um atleta que se dopou ganha uma competição, mesmo que o resultado seja descoberto no controle de dopagem – que acontece logo depois das provas mais importantes, na maioria das vezes –, a fraude só é provada quando a cerimônia de premiação já aconteceu. Mesmo devolvendo a medalha e outros prêmios, e que o atleta limpo seja declarado campeão, este "novo" vencedor não poderá mais voltar no tempo para subir no pódio e sentir aquela emoção. Maior ainda é o prejuízo quando a perda envolve o lugar mais alto do pódio ou quando se trata do quarto colocado, que assistiu de fora a entrega da premiação.
 
O justo é que todos possam disputar a prova em igualdade de condições, e não privilegiar o atleta que aceita caminhar por atalhos porque teve acesso a profissionais e substâncias de alto custo para ganhar de adversários que cumpriram as regras.
 
Com a profissionalização dos esportes, as vitórias passaram a representar consideráveis ganhos financeiros e fama. Envolve não apenas os atletas, mas vários outros profissionais, que podem ser treinadores, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas, que também dependem dos resultados de seus clientes para valorizar seu trabalho junto a outros atletas dispostos a participar de fraudes.
 
É uma questão de justo ou injusto, de certo ou errado. Ou seja, é uma questão de ética no esporte. Dopagem existe desde que os homens começaram a disputar competições. Se atualmente estamos vivendo uma época onde muitos escândalos de dopagem estão sendo revelados, é porque as organizações antidopagem de todo o mundo estão aumentando a quantidade de atletas testados, assim como a quantidade de testes realizados em cada atleta.
 
Casos emblemáticos – como o do velocista Ben Johnson, em 1988, na Olimpíada de Seul, do ciclista Lance Armstrong, sete vezes campeão do Tour de France, e, mais recentemente, da equipe de atletismo russa – mostram o tamanho das estruturas que envolvem a dopagem e estimulam jornalistas a investigarem possíveis esquemas de tráfico de substâncias, de equipamentos e toda a logística que pode estar sendo utilizada.
 
A Wada-AMA e as diversas organizações antidopagem estão desenvolvendo uma rede de troca de informações para identificar atletas e demais profissionais envolvidos no doping, e vêm estimulando as pessoas pegas em exames com resultados adversos a denunciarem esquemas e demais participantes em troca da redução das sanções a que estão sujeitas. Isso tem ajudado no combate dos casos adversos.
 
Para prevenir também é preciso educar e conscientizar tanto os atletas que já estão competindo como toda a sociedade, em especial as crianças, a respeito das consequências nefastas que o uso de dopagem provoca na vida de tantas pessoas. Para isso, a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) vem desenvolvendo materiais educativos que pretendemos utilizar junto a diferentes públicos, como familiares dos atletas, treinadores, estudantes, médicos e todos os demais interessados.
 
Outro aspecto fundamental do combate à dopagem é o mal que algumas substâncias causam à saúde, provocando efeitos colaterais que trazem consequências irreversíveis e que podem até mesmo levar à morte. O uso de anabolizantes por frequentadores de academias é bastante preocupante e a ABCD pretende fazer um forte trabalho de alerta e conscientização.
Quem quiser conferir se um medicamento ou seu princípio ativo possui, em sua composição, alguma das substâncias que constam da Lista de Substâncias e Métodos Proibidos da Wada-AMA, basta entrar no site www.abcd.gov.br e procurar pelo "Consulte a Lista".
 
Rogério Sampaio é ex-atleta, campeão olímpico de judô e secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)

Nota à imprensa

Sobre a matéria do diário Lance!, publicada nesta quarta-feira (3) com afirmações do ex-consultor da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) Luis Horta, cabe esclarecer o seguinte:
 
- A acusação é absurda e não tem nenhum sentido. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), vinculada ao Ministério do Esporte, segue estritamente os códigos internacionais e está comprometida em consolidar a política antidopagem no Brasil.
 
- O senhor Luis Horta, cujas declarações beiram a irresponsabilidade, esteve vinculado à ABCD até 30 de junho, quando terminou o seu contrato, e conduziu o Plano de Testes, com acompanhamento direto da WADA. Estranha o fato de que o senhor Luis Horta, como consultor internacional, não tenha apontado em sua gestão problemas que agora ele diz existirem, um mês após sua saída.
 
- Não houve decisão política alguma de interromper testes. O Ministério do Esporte e a ABCD estão empenhados na luta contra a dopagem no esporte no Brasil. Até 22 de junho deste ano, foram realizados 2.227 testes de urina e sangue em competição e fora de competição no país. Com a suspensão do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) pela WADA, em 22 de junho, a realização de testes programados para o período de 1º a 24 de julho (a liberação do laboratório ocorreu apenas em 20 de julho) ficou comprometida, pois as análises não poderiam ser submetidas ao LBCD.
 
- Mesmo com a suspensão do laboratório brasileiro, a ABCD consultou três laboratórios internacionais, com quem mantém acordos, para a possibilidade de receber amostras do Brasil no período de 1º a 24 de julho: o laboratório de Lisboa, no entanto, está suspenso, enquanto os laboratórios de Bogotá e Barcelona alegaram que estavam com capacidade esgotada e não poderiam atender demandas da ABCD. Por conta disso, testes previstos acabaram não sendo realizados neste período.  
 
- A troca no comando da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), com a nomeação do ex-atleta Rogério Sampaio, em 1º de Julho de 2016, e posse no dia 7 do mesmo mês, foi por uma  questão de confiança do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. Além de campeão olímpico do judô, ele jamais teve sua carreira manchada por qualquer acusação de dopagem e  muito menos aceitaria se envolver em questões que não condizem com a ética no esporte, como é o caso das acusações feitas por Luis Horta.
 
- O Ministério do Esporte e a ABCD refutam de forma veemente as acusações do senhor Luis Horta, que será acionado judicialmente para provar suas ilações ou se retratar publicamente.
 
Ascom - Ministério do Esporte

Reformada e tranquila, Unifa se torna o quintal do atletismo brasileiro

Da janela do quarto dá para ver os adversários treinando. São quenianos, portugueses, indianos e venezuelanos que chegam no início da manhã, passam o dia correndo e saltando e vão embora somente à noite. Fora do burburinho do coração dos Jogos Rio 2016, as instalações da Universidade da Força Aérea (Unifa) carrega um clima de cidade do interior dentro da capital fluminense. O conforto e a praticidade foram os atrativos para a escolha do local como a casa do atletismo brasileiro durante os Jogos Rio 2016.
 
Alojamentos da Unifa fica nas proximidades da área de treino. (Foto - Breno Barros/Me)Alojamentos da Unifa fica nas proximidades da área de treino. (Foto - Breno Barros/Me)
 
 
Cada atleta brasileiro vai sair de lá direto para a Vila Olímpica três dias antes de competir. O prédio onde estão instalados os atletas da delegação brasileira de atletismo fica ao lado da pista de treinamento, dentro do complexo da Universidade da Força Aérea (Unifa). Basta acordar, vestir a roupa de treino e descer para o trabalho de lapidação.
A instalação é um dos locais oficias de treinamento dos Jogos Olímpicos. Cerca de 50 atletas de várias partes do mundo realizam os trabalhos físicos e técnicos todos os dias. Nesta segunda-feira (1.8), passaram os atletas do Quênia, Coreia, Gabão, Portugal, Índia e Venezuela.
 
A brasileira Flávia Maria Lima, 23 anos, foi uma das primeiras a se instalar nos quartos da Unifa. Desde o dia 14 de julho a paranaense de Rio Negro vive no local. Serão 30 dias dormindo e treinando nas instalações até a estreia olímpica, quando disputará a prova de 800 metros.
 
"Tá muito bom. Nós temos um espaço só para a gente. Não temos distrações. Estamos perto da pista, não existe o stress de acordar mais cedo, pegar ônibus e enfrentar trânsito. Ficar aqui ajuda muito na recuperação e no descanso do corpo", explica.
 
Estrutura e parceria
 
Outra atleta que deixou a sua casa e foi morar na Unifa foi a paranaense Tábata Vitorino, de 20 anos. Ela vai representar o Brasil no revezamento 4 x 400m. "Temos uma estrutura bem legal. É uma oportunidade treinar aqui, uma experiência grande, principalmente porque dividimos os treinos com atletas de outros países".
O paulista Altobeli Santos, 25 anos, vai enfrentar a prova de 3.000 metros com obstáculos, e encara a aclimatação como um período estratégico. "Com a chegada aqui deu para sentir um pouco do clima. O importante agora é fazer uma ótima aclimatação, pois nos horários das provas o calor é grande", analisa.
 
Outros Esporte
 
A universidade é uma das instalações militares que receberam investimentos para receber os melhores atletas do mundo durante as olimpíadas. O atletismo não é a única modalidade que utiliza o espaço. As seleções de vôlei e de polo aquático também treinam no local.
 
Unifa recebeu investimentos do ME para a construção da pista de atletismo, ginásio, e piscina -Foto Breno BarrosUnifa recebeu investimentos do ME para a construção da pista de atletismo, ginásio, e piscina -Foto Breno Barros
 
 
Localizada na área militar de Campo dos Afonsos, a universidade recebeu investimento de R$ 58,2 milhões para construção da pista de atletismo, do ginásio poliesportivo e da piscina.
 
Os treinos nas quadras de vôlei começaram na última semana. Os primeiros a treinar nas quadras, os cubanos são os jogadores que mais utilizaram a estrutura. "Hoje a gente está recebendo o Japão feminino e o Egito. Provavelmente vamos receber todas as seleções até o fim das olimpíadas", explica o tenente Leandro Rodrigues, coordenador das duas quadras de vôlei da Unifa.
 
A quadra de vôlei conta com ginásio totalmente climatizado. A estrutura recebeu o investimento de R$ 6,9 milhões. Para Rodrigues, a estrutura é um avanço que garantiu a modernização dos espaços esportivos na aeronáutica. "Foi muito importante essa parceria que foi feita com o Ministério do Esporte. Será um grande legado que vai ficar para a força aérea", comemora.
 
 
Investimentos
 
O Ministério do Esporte investiu cerca de R$ 146,1 milhões na construção, reforma e adaptação de instalações esportivas em unidades militares para que sirvam de locais de treinamento à delegação brasileira e às delegações estrangeiras durante os Jogos. Além da Unifa, receberam investimentos o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), a Escola Naval, o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e o Clube da Aeronáutica (Caer).
 
Breno Barros, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
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