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Começam aulas teóricas para 455 jovens que vão trabalhar como aprendizes nas Olimpíadas e Paraolimpíadas

 
Nesta segunda-feira (09.05), será ministrada, na cidade do Rio de Janeiro, a aula magna que dará início ao processo de formação teórica de 455 jovens que trabalharão como aprendizes na organização de eventos esportivos durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016. Eles serão os primeiros beneficiados pelo decreto publicado essa semana no Diário Oficial da União (DOU), que permite às empresas que não têm condições, por não disporem de local adequado aos jovens, fazer a contratação desses meninos e meninas e os liberarem para cumprir as aulas práticas em outro lugar.
 
O Projeto Jovem Aprendiz do Desporto (Jade) visa à formação e à capacitação de jovens e pessoas com deficiência para desempenharem atividades como auxiliares de práticas e administração esportivas, além de organizadores de eventos para atuar nessa área: clubes, vilas olímpicas, academias e todo local em que se promova atividades esportivas. A ação já é realizada em São Paulo e no Distrito Federal, com turmas-piloto, onde eles atuam como auxiliares em aulas de prática esportiva, campeonatos e eventos sociais. Com a nova turma aberta no Rio, mais um estado passa a ser beneficiado. 
 
A iniciativa do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), que já envolvia aprendizes que trabalhavam em bancos de todo o país, passa a incorporar a área esportiva, por meio da Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000). A parceria com o Ministério do Esporte propiciará o acesso a oportunidades de trabalho, qualificação e formação profissional no esporte, de forma praticamente simultânea, a jovens de todo o Brasil.  A mudança irá permitir que mais deles possam exercer o aprendizado, garantindo a agenda escolar e o tempo de profissionalização.
 
De acordo com o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Célio René, o programa oferece aos jovens uma qualificação ampla tanto profissional como esportiva. “O Jade é importante por vários aspectos, um deles é que oferecemos aos jovens a oportunidade de qualificação profissional e a capacitação maior para que eles possam entrar no mercado de trabalho nas áreas esportivas. Além disso, os jovens vão está participando de um dos maiores eventos esportivos do mundo, um misto de emoção, capacitação e aprendizado”, completou. 
 
Para o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, a medida vai beneficiar diretamente aqueles que buscam uma colocação no mercado de trabalho, com qualificação profissional e sem atrapalhar o horário escolar. “O que nós queremos com essa mudança é permitir que mais jovens possam exercer o aprendizado, garantindo tempo de escola e tempo de profissionalização”, disse o ministro. 
 
A coordenadora de Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Ana Alencastro, afirma que a "intenção é firmar convênios com estados e municípios para a contratação de aprendizes do desporto em academias públicas e áreas de lazer. “O nosso objetivo é expandir o projeto para os demais estados até 2018.”
 
A turma que começa nesta segunda, no Rio de Janeiro, terá 400 horas de aulas teóricas, no turno inverso ao da escola, divididas em duas etapas. A primeira terá início dia 9 de maio e vai até 30 de junho, quando serão interrompidas por causa dos Jogos Rio 2016. Os alunos retornarão para a sala de aula após as Paraolimpíadas, no fim de setembro, e concluirão o curso em 21 de dezembro.
 
 
Erica Asano 
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Sob céu colorido por parapentes, tocha olímpica chega a Governador Valadares

Do alto dos seus 1.123 metros de altitude, o Pico do Ibituruna emoldura o cenário de onde, nesta quarta-feira (11.05), a tocha olímpica saltou de parapente e sobrevoou o Rio Doce até pousar no centro de Governador Valadares. Moisés Sodré, o Moka, de 48 anos, fez as vezes do condutor responsável pelo início de um espetáculo que mobilizou moradores daquela que é considerada a capital mundial do voo livre.

Foto: Ivo Lima/Ministério do EsporteFoto: Ivo Lima/Ministério do Esporte

Adenízia da Silva, campeã com a seleção brasileira de vôlei nos Jogos de Londres, em 2012, e o canoísta Sebastián Cuattrin foram dois dos 65 homens e mulheres que empunharam a tocha por 13 quilômetros do município de 264 mil habitantes (dados do IBGE de 2010). A abertura do trajeto teve o céu colorido por parapentes pilotados por atletas amadores do esporte radical que fizeram a escolta da tocha. "Como piloto e atleta, esse foi um momento único que tivemos por aqui e que, na minha geração, certamente, não se repetirá", disse Moka.

Uma bandeira se destacava entre os que aguardavam pela passagem da tocha. Era da cidade de Sobrália, a 45 quilômetros de Governador Valadares. Um grupo de meninos fãs de esporte pegou a estrada especialmente para prestigiar o professor da escolinha de futebol na qual estudam, escalado para transportar a chama dos jogos Rio 2016. Fábio de Oliveira, o mestre, criou o projeto Gol de Placa, que ministra aulas grátis a todos os interessados. "Estamos nos preparando há mais de duas semanas", contou Thiago Pereira da Silva, 10 anos, aluno do projeto.

Foto: Ivo Lima/Ministério do EsporteFoto: Ivo Lima/Ministério do EsporteCom o corpo pintado com jenipapo, Douglas Krenak (foto), de 33 anos, preparava-se para a cerimônia de revezamento já no início da tarde. Morador de uma aldeia a 130 km de Governador Valadares, o filho de índios aprendeu no Rio Doce a remar, praticou futebol de campo e vê na chama olímpica o símbolo de continuidade do esporte entre seu povo e as próximas gerações. "Na minha tribo, o fogo representa o nascimento, o que é muito significativo. É a vida", disse ele, que já participou de jogos indígenas em Guaíra, no Paraná.

Sheila Krenak, irmã de Douglas, resgatou a tradição de pintura da etnia para acompanhá-lo em seu momento de prestígio. "Muitas pessoas acham que fomos extintos, mas estamos aqui, fazendo parte da cidadania brasileira." Emocionada, refletiu sobre a crescente desvalorização da cultura indígena e a natureza atlética dos povos das florestas e matas brasileiras. "Somos esportistas. Vivemos às margens de um rio, caçamos, pescamos, coletamos, nossa religião é voltada para a questão ambiental", relembrou.

Ela estava acompanhando por um grupo de cerca de 50 índios em trajes de festa. Enquanto Douglas aguardava sua vez de conduzir o símbolo olímpico, eles estavam na calçada balançando chocalhos e ensaiando passos ritualísticos. Quando o fogo foi aceso, todos cercaram o condutor em um abraço coletivo. Assim, unidos, cantando e dançando seus passos sagrados, eles percorreram os 200 metros do trajeto.

Ao se aproximarem do ponto de transição, Douglas parou de frente para os outros índios, todos intensificaram o ritual e aumentaram o volume dos cânticos, assistidos com admiração pelo condutor seguinte, o canoísta Cuattrin.

Cuattrin (E) recebeu a chama de Douglas Krenak e a conduziu em um trecho sobre o rio no qual iniciou sua vida na canoagem. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)Cuattrin (E) recebeu a chama de Douglas Krenak e a conduziu em um trecho sobre o rio no qual iniciou sua vida na canoagem. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)

De tão ansioso, Sebastián Cuattrin havia chegado ao local de encontro de condutores duas horas antes do previsto. Cuattrin foi campeão brasileiro – já participou de 132 campeonatos nacionais –, sul-americano, panamericano, e ficou na oitava colocação em um campeonato mundial de canoagem. Seu maior feito, no entanto, foi disputar quatro olimpíadas, conquistando oitavo lugar em uma final. "Conduzir essa chama te remete a tudo que você fez na carreira e o legado que ela deixa é esportivo: as pessoas se voltam para os ideais da disciplina, de fazer melhor, de excelência e vontade de vencer", salientou. Ele já é experimentado na condução de símbolos olímpicos. Em 2004, quando foi realizado o primeiro revezamento internacional, a tocha passou pelo Rio de Janeiro e Cuattrin teve o privilégio de carregá-la.

Cuatrin recebeu a tocha de Douglas Krenak e a levou para um recanto da cidade que faz parte de sua própria história. Ele passou pela Ponte da Ilha, reformada por seu pai, um engenheiro já falecido. Abaixo dela corre o rio onde ele deu suas primeiras remadas. Pouco antes de deixar o fogo olímpico seguir seu caminho, exclamou: "isso aqui é bom demais!"

Sabor especial
Campeã olímpica em Londres há quatro anos, Adenízia teve seu primeiro contato com o vôlei aos 9 anos, a convite de um professor, em Governador Valadares. Tantos títulos conquistados ao longo de duas décadas custaram muito esforço e dedicação da jogadora, mas representar sua modalidade esportiva na condução do símbolo dos Jogos Rio 2016 teve sabor especial. "Correr esses 200 metros na minha cidade foi mais difícil que ganhar uma medalha olímpica", brincou Adenízia, responsável por acender a pira olímpica durante a cerimônia que se repete em todas as noites nas cidades dormitório da tocha.

Adenízia, campeã olímpica em Londres-2012 com a seleção de vôlei, acendeu a pira em Governador Valadares. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)Adenízia, campeã olímpica em Londres-2012 com a seleção de vôlei, acendeu a pira em Governador Valadares. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)

Revezamento da Tocha
Antes de chegar a Valadares, o revezamento da tocha cruzou as ruas de Datas, Serro e Guanhães. Nesta quinta-feira, a chama olímpica segue viagem e passa pela pequena Naque, Coronel Fabriciano e encerra a jornada em Itabira, no Vale do Aço mineiro.

Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Governador Valadares (MG)

Ascom - Ministério do Esporte

Ministério do Esporte lança edital para projetos de Alto Rendimento

O Ministério do Esporte abriu chamada pública para selecionar projetos de alto rendimento, publicado no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (11.05), no valor de R$ 150 milhões para as entidades privadas sem fins lucrativos que apresentarem propostas. O edital tem como objetivo ampliar o legado dos Jogos Rio 2016 e fortalecer a Rede Nacional de Treinamento.

“O Governo Federal tem como diretriz que o legado seja amplo, de forma a beneficiar o maior número de modalidades, da base ao alto rendimento. Este edital integra o investimento histórico que estamos fazendo no esporte brasileiro desde que o país foi escolhido, em 2009, para sediar os Jogos de 2016. Manter esse nível de aporte é necessário para que o esporte nacional mantenha um crescimento sustentável. Quem mais vai se beneficiar com isso serão as futuras gerações de atletas”, comentou Ricardo Leyser, ministro do Esporte.

Os recursos serão destinados para a viabilização de equipe técnica multidisciplinar para os atletas e a participação deles em competições nacionais e internacionais; na realização de treinamentos e intercâmbio; na aquisição, instalação, operação e manutenção de equipamentos e materiais esportivos; ações de ciência e tecnologia aplicadas ao desenvolvimento do esporte; capacitação de recursos humanos para atuação técnica e direta com atletas; e administração e custeio de despesas necessárias a preparação, organização, realização e legado dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos.

» Confira a íntegra do edital

Cada projeto poderá captar no máximo R$ 35 milhões. Para enviar as propostas, as entidades devem estar cadastradas e aptas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv). O Plano de Trabalho deve conter a descrição do objeto, que tem que estar conectado com as metas a serem atingidas; descrição das mesmas metas, quantitativas e mensuráveis, além de atividades ou projetos a serem executados; forma de execução das ações; definição dos indicadores, documentos e outros meios a serem utilizados para a aferição do cumprimento das metas; a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas e; os valores a serem repassados mediante cronograma de desembolso.

Rede Nacional
A Rede Nacional de Treinamento, aposta do governo federal como legado de infraestrutura esportiva e de nacionalização dos efeitos dos Jogos Rio 2016, pretende interligar as diversas instalações existentes ou em construção em todo o país. A Rede contará com diferentes padrões de estruturas e atenderá dezenas de modalidades, desde a fase de detecção e formação de talentos até o treinamento de atletas e equipes olímpicas e paralímpicas.

Parceria entre o governo federal, estados, municípios e Confederações, a Rede foi instituída pela nova Lei 12.395. A ação também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas.

O objetivo é criar um caminho para o atleta desde a sua entrada na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as instalações terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento, garantindo a formação da base para além de 2016, até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções nacionais, com toda a qualificação que isso requer. Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões.  

Ascom - MInistério do Esporte

 

Simpósio em Fortaleza debate gestão de equipamentos esportivos no Brasil

A Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com o Ministério do Esporte, promove o primeiro Simpósio de Gestão do Esporte em Unidades Esportivas. O evento, de quinta a sábado (12, 13 e 14.05) em Fortaleza, vai debater os desafios na formação da Rede Nacional Integrada de Treinamento.  

O secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Guilherme Ângelo Raso, vai abrir o simpósio com a palestra sobre os desafios futuros da Rede Nacional de Treinamento que a pasta está estruturando em todo o país. O objetivo da Rede é interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas.

Desde que o Brasil conquistou, em outubro de 2009, o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o governo federal tem atuado para que o legado do maior evento esportivo do planeta contemple todos os estados e o Distrito Federal. Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação da Rede, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões.

Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões. Toda essa infraestrutura esportiva vai compor a Rede Nacional de Treinamento, criada pela Lei 12.395/2011. São recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 246 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficiais de atletismo e instalações olímpicas no Rio de Janeiro, além de possibilitar a reforma e a construção, também na capital fluminense, de locais de treinamento durante os jogos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O simpósio será voltado para gestores governamentais, prefeituras, secretarias de esportes, confederações, clubes, atletas e interessados. O papel dos clubes na Rede, o modelo de gestão de instalações esportivas e a gestão do conhecimento do esporte no Brasil, da base ao alto rendimento, também serão debatidos.

O assessor especial do Ministério do Esporte Joel Benin vai falar sobre os legados dos Jogos Olímpicos. Já a Cássia Damiani, secretária executiva substituta do Ministério do Esporte, vai falar sobre o Diagnóstico Nacional do Esporte: o grau de desenvolvimento do esporte no Brasil.

Serviço
1° Simpósio de Gestão do Esporte em Unidades Esportivas
Data:de quinta a sábado (de 12 a 14.05)
Local:Hotel Recanto Wirapuru, Av. Alberto Craveiro, 2222 – Castelão, Fortaleza (CE)


Ascom – Ministério do Esporte

Governo Federal lança Guia que busca padronizar e integrar ações para coibir a violência no futebol

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Em dias de clássicos a tensão aumenta e a rivalidade fica acirrada. Atletas e técnicos dizem que é um jogo a parte. Algumas cidades do país se mobilizam dias antes das equipes entrarem em campo. O futebol mexe com a paixão dos brasileiros, compõe a identidade cultural do povo. Mas, também se tornou motivo de preocupação. Muitos torcedores deixam de ir aos estádios com medo da violência. Seja no trajeto, no entorno ou dentro das Arenas, as brigas vem prejudicando o espetáculo.

Na cerimônia de lançamento do “Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas”, nesta terça-feira (10.05), em Brasília, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, comparou as paixões futebolísticas às políticas e disse que se elas não forem canalizadas para serem construtivas se tornam perigosas. “O esporte, assim como a política são focos que a paixão trabalha de uma forma muito intensa. A paixão, quando bem canalizada, é uma energia construtiva. Quando ela é dosada, colocada no seu devido lugar, se transforma em amor, constância, paciência e vitória. Já a paixão, quando ela toma conta e nos deixa cegos, ela enterra: pá e chão. Parece que o Brasil, neste momento, está tendo paixão em excesso, descanalizada, completamente descontrolada. Um momento em que a sociedade parece tomada por rancores, ódio e intolerância e se deixa cegar por completo por aqueles que estimulam, por interesses mais perversos, a paixão negativa”.

Para diminuir esta intolerância, coibir a violência e promover uma cultura de paz, foi elaborado o documento que busca padronizar a ação dos responsáveis pela segurança nos eventos esportivos. “Nós precisamos saber que há coisas que são mais importantes que as nossas vis paixões”, prosseguiu Aragão. “É disso que aqui se cuida, quando se fala de um manual que recomenda para a atuação com paz nos jogos. Precisamos também de paz na política, para centrarmos e saber distinguir quem é que está querendo fazer diferença e quem está querendo se aproveitar. Para que nós não sejamos joguetes das nossas paixões. Para sermos capazes de viver em um ambiente de tolerância. Não joguemos fora nossas conquistas”, completou.

Ministros Ricardo Leyser (esq.) e Eugênio Aragão (dir.) homenageiam ex-jogador Edmilson. (Foto: Roberto Castro/ ME)Ministros Ricardo Leyser (esq.) e Eugênio Aragão (dir.) homenageiam ex-jogador Edmilson. (Foto: Roberto Castro/ ME)

O Guia foi resultado de discussões que envolveram diversos órgãos dos governos Federal, estaduais, municipais, Forças de Segurança, entidades esportivas, representantes da sociedade civil e das torcidas organizadas. Para a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina De Luca, o diálogo necessário para a elaboração do documento é o mesmo caminho que deve ser trilhado para a superação do ódio. “Hoje o que mais se tem é o crime de ódio: não suporto o outro porque ele é diferente, porque torce por um time diferente, porque ele não tem os mesmos gostos que o meu. Temos que nos despir de uma cultura de violência que é imposta todos os dias. Para superarmos isso dentro do futebol, se fizeram necessários vários diálogos. A única forma de superarmos a intolerância é o diálogo. É colocar todos aqueles que têm a ver com o tema na mesma mesa e tolerar que aquele que não tenha a mesma opinião que a minha possa se manifestar e eu acate. Isso que fizemos”.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ MEReuniões, Câmaras Temáticas e Grupos de Trabalho foram alguns dos espaços de diálogo e trabalho que, desde 2010, deram o embasamento necessário para que se chegasse ao resultado final apresentado hoje. O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, citou os esforços conjuntos para a modernização do futebol, como o Profut, os Cursos de Gestão em Esporte, as novas Arenas e o fortalecimento dos clubes para mostrar que a garantia de segurança nos estádios integra o bom funcionamento da indústria do entretenimento. “Eu gostaria de olhar esse lançamento num contexto mais amplo. Quando garantimos a segurança, estamos arrumando uma engrenagem de uma grande indústria, que no caso do futebol faz parte da nossa própria identidade cultural. Um país desenvolvido deve ter indústrias fortes em várias áreas e, dentre elas, a do entretenimento. E para que a nossa indústria esportiva funcione, ela precisa se modernizar”, destacou.

Um dos aspectos que deu impulso ao processo de modernização do futebol brasileiro foi a experiência adquirida na organização da Copa das Confederações de 2013 e na Copa do Mundo de 2014, quando a palavra-chave em segurança foi integração, conforme explicou Fábio Souza, diretor de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública. “Estabelecemos um tripé, que serviu de base para o desenvolvimento do trabalho: diálogo, com a formação de um grupo de especialistas; planejamento, o Estatuto do Torcedor prevê uma série de planos e a gente busca, com o Guia, não deixar que ele se torne letra morta e; integração, quando falamos da necessidade das reuniões preparatórias para as partidas e a ativação do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)”, disse Souza, citando um dos legados da Copa do Mundo.

Os Centros são salas de situação, que reúnem profissionais de diferentes órgãos. Elas são equipadas com computadores e diversos recursos de Tecnologia da Informação, como monitores que mostram imagens de câmeras espalhadas em pontos estratégicos das cidades e nos estádios. De lá, as Forças decidem, em conjunto, as ações de segurança.

Outro legado para a elaboração do manual foram oficinas e cursos, com intercâmbios internacionais, promovidos pela Secretaria Especial de Segurança para Grandes Eventos (Sesge/MJ), formada para coordenar as ações para a Copa do Mundo e para os Jogos Rio 2016.

Homenagens

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ MEO pentacampeão mundial de futebol, Edmilson Gomes foi nomeado embaixador do Marco de Segurança do Futebol. Ele espera poder passar a mensagem de paz que representa o Guia para outros jogadores. “Como embaixador desse marco, pretendo ajudar passando informações aos atletas e federações, além de conscientizar de que, sozinhos, nós não mudamos nada. Juntos, nós chegamos muito mais longe e conseguimos realmente superar esse desafio”, disse o ex-zagueiro, que foi homenageado com a medalha de honra ao mérito Juscelino Kubitschek.

Agraciado com a mesma honraria, Pitágoras Dytz, consultor jurídico do Ministério do Esporte destacou o trabalho realizado pelo Brasil na organização dos megaeventos esportivos, sem deixar de cuidar de outros temas importantes como o combate à violência. “Esse marco de segurança que entregamos hoje é resultado de muitos anos e muitas dedicações, tenho que colocar no plural, porque não é fácil carregar a responsabilidade de construir uma Copa das Confederações, uma Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Paralímpicos e tocar agendas tão importantes como essa de combate à violência nos recintos esportivos”. 

Os secretários da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurélio Klein, e Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ricardo Gomyde, foram um dos que receberam medalhas. “Não era mais possível que um país que sediou a Copa de 2014 e que, daqui a poucos dias, sediará os Jogos Olímpicos, se acostume com esses fatos violentos que infelizmente têm feito parte do nosso cotidiano. O que se tentou até agora não foi tão eloquente quanto este marco lançado hoje", comentou Gomyde.

Guia

A primeira reunião da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue) em 07 de abril deste ano serviu para validar o texto do Guia, que estabelece algumas orientações que atendem ao Estatuto do Torcedor e que poderão ser aplicadas em qualquer parte do país.

As metas são padronizar as ações de segurança, estabelecer a divisão de tarefas, o compartilhamento de informações, integrar as Forças de Segurança, disseminar novas metodologias de trabalho e defender os direitos dos cidadãos.

O guia foi dividido em três partes, sendo que uma trata dos procedimentos prévios aos campeonatos e jogos, outra que define as responsabilidades dos órgãos envolvidos na segurança pública e a terceira que recomenda diversos procedimentos de segurança.

As ações devem iniciar antes do primeiro jogo de determinado campeonato, quando é elaborado um Plano de Ação de Segurança e Contingências para todo o torneio. Este plano será o documento de referência para todos os envolvidos com o espetáculo e deve prever, dentre outras coisas, o acesso ao estádio e a circulação nas arenas, os perímetros de segurança, a proteção dos torcedores no sistema de mobilidade urbana e os níveis de atuação dos agentes públicos e privados.

Já o Plano de Ação Especial será específico para partidas com grande expectativa de público e aquelas que apresentam um maior risco para a segurança, o que pode depender da situação de determinada equipe no campeonato. Com a definição das responsabilidades de cada órgão envolvido, o objetivo final é integrar o trabalho das Forças de Segurança.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Resumo

Plano de Ação de Segurança e Contingências: traz o planejamento de cada partida em determinada competição, com a definição dos papéis e das responsabilidades entre os diversos órgãos públicos e entidades privadas. Prevê ações que envolvam os acessos ao entorno e ao interior do estádio, atribuições genéricas a cada órgão envolvido, a segurança para o sistema de mobilidade urbana, o controle de acesso e a descrição dos níveis de segurança. 

Plano de Ação Especial: planejamento para partidas específicas, com especial expectativa de público ou situação de risco.

Atividades preliminares antecedentes à realização da partida de futebol: pedido de policiamento, elaboração de laudos, realização de vistoria preliminar de segurança, avaliação de risco, reunião preparatória de segurança e ativação do Centro Integrado de Comando e Controle.

Atribuições: secretarias de Segurança Pública, polícias civil, federal e militar, Corpo de Bombeiros, guardas municipais e Polícia Rodoviária Federal.

Procedimentos para: reunião com representantes de torcidas organizadas; ações no Centro Integrado de Comando e Controle; ações integradas na escolta de torcidas organizadas; ações integradas na realização de segurança de dignitários e escoltas; ações integradas no sistema de mobilidade urbana (ônibus, trem, metrô, BRT, VLT etc.); ações integradas na atuação junto a ocorrências envolvendo artefatos explosivos; ações integradas no estádio/entorno (crime comum, pontos de verificação nos perímetros, acesso ao estádio etc.).

Gabriel Fialho

Ascom - Ministério do Esporte

Na Holanda, seleção brasileira de BMX soma pontos para Rio 2016

A seleção brasileira de BMX formada por Anderson Ezequiel, Renato Rezende, Bianca Quinalha e Priscila Carnaval encerrou a participação na etapa de Papendal da Copa do Mundo de BMX Supercross, na Holanda, somando pontos importantíssimos para o país no ranking que leva aos Jogos Olímpicos Rio 2016. 
 
Foto: Divulgação/CBCFoto: Divulgação/CBC
 
Em seu primeiro compromisso oficial com a seleção logo após se recuperar de uma fratura na clavícula, Renato Rezende mostrou que está pronto para ir mais longe e chegou até as semifinais da elite men, que teve Maris Strombergs, da Letônia, como grande campeão. Bianca Quinalha e Priscila Carnaval fizeram uma boa corrida, mas a disputa foi muito equilibrada e acabaram ficando nas quartas de final. O título da etapa na elite women foi para a holandesa Laura Smulders. 
 
Quem não teve um bom dia foi Anderson Ezequiel, que acabou sofrendo uma queda na disputa das oitavas de final e saiu da pista com uma suspeita de fratura na mão esquerda. O brasileiro chegou a completar sua bateria e logo após a corrida recebeu os primeiros socorros e foi encaminhado para o hospital para realizar uma avaliação mais detalhada e definir exatamente a gravidade da lesão. 
 
"O saldo foi bem positivo, todos somaram pontos no ranking mundial para o Brasil e isso é o mais importante. Estamos na reta final da classificação para os Jogos e cada ponto pode ser decisivo na briga por uma vaga. Agora é focar no próximo desafio que será o Campeonato Mundial em Medellín, na Colômbia, que promete ser um dos eventos mais difíceis da temporada", avaliou Guilherme Pussieldi, técnico da seleção.
 
Fonte: CBC
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Revezamento coleciona histórias na passagem pelo Velho Chico

A maré do Velho Chico enfrenta tempos de pouca chuva e água escassa, mas foi diante da altivez do símbolo dos Jogos Rio 2016 que a pequena Pirapora acompanhou, nesta segunda-feira (9.05), o revezamento da tocha olímpica às margens de um dos mais importantes cursos d'água da América do Sul. Até chegar ao São Francisco e ser ancorada no Benjamim Guimarães – um secular barco a vapor que se transformou em ponto turístico da cidade – a chama se manteve acesa e foi conduzida pelas mãos de cidadãos que hoje transformam a realidade local do município do norte mineiro.
 
 
Mãos como a da indígena Iguaracema Kátia Sulamita da Silva. Ex-moradora de rua e mãe de oito filhos, a condutora deu uma guinada na sua difícil trajetória até parar em Pirapora e desenvolver um projeto social voluntário. Às margens do rio, ela dá aulas de zumba e é figura ilustre entre suas dezenas de alunas. Conduzir a tocha, acredita ela, teve um significado pessoal importante que vai muito além do festivo. "É como transportar a chama que eu mantive acesa dentro de mim nos momentos mais difíceis e que me fez superar e vencer, me tornando um ser humano melhor. Apesar de todo o sofrimento, sou uma pessoa alegre e consigo transmitir essa alegria para as pessoas", afirmou Kátia.
 
A hospitalidade mineira tem dado um tom ainda mais alegre ao comboio do revezamento que começou em Brasília, no último dia 3, e que termina no Rio de Janeiro em 5 de agosto – data em que se iniciam os Jogos Rio 2016. O rio que corta cinco estados e abastece 521 municípios brasileiros também é um fio condutor do espírito de união difundido pelo esporte. Esse sentimento tem o ex-atleta de BMX Hudson Peixoto de Souza, de 32 anos, morador da cidade.
 
Depois de viver do esporte por 20 anos, Hudson cuida da peixaria que o pai fundou há mais de cinco décadas. Enfrenta tempos difíceis com a baixa do rio que, desde 2013, sofre com a escassez de chuva na região. Com a maré baixa, o peixe não circula e não procria, o que faz com que o surubim mais famoso do estado falte em seu refrigerador. Orgulhoso por assistir de perto um pedacinho da história olímpica escrita este ano no Brasil, Hudson comentou o sentimento que percebia em seus conterrâneos nas últimas semanas. "A crise tirou um pouco do foco do esporte, mas a passagem da tocha pelo país desperta, principalmente nos jovens, o interesse por mais informações e pelas práticas envolvidas pelas Olimpíadas", ressaltou.
 
Foto: Ivo LimaFoto: Ivo Lima
 
Do lado do comboio
O céu azul e o calor típico da região mineira nesta época do ano não intimidaram os moradores que pararam suas atividades para acompanhar o revezamento em um tour que segue país afora e corta Minas Gerais até a próxima terça. Principalmente nas pequenas cidades, é notável o engajamento e o interesse de crianças e adultos ávidos em ver de perto a condução da chama. Em Pirapora, amendoeiras e árvores frondosas garantiram a sombra no curto percurso de 2 km percorrido, o que permitiu que muita gente acompanhasse de perto toda a trajetória e seus 10 condutores.
 
Muita gente se abrigou no alto das árvores para assegurar um pouco de sombra e um ângulo melhor para as fotos. Em outro ponto da avenida que margeia o rio, crianças tomavam banho e se divertiam no chafariz da Fonte Luminosa. Uma maneira divertida de aplacar os efeitos da alta temperatura e dar um clima de feriado ao dia útil que trazia de volta à rotina aqueles que há mais de um mês se preparavam para a festa.
 
Pedal hereditário
Uma das condutoras foi a piraporense Rafaela Lisboa, de 20 anos. Filha de um casal de ciclistas, ela não conseguiu escapar do esporte. "Está no sangue", brincou. O pai, colecionador de títulos, mudou-se de Belo Horizonte para o norte do estado e por lá construiu uma pista da modalidade. Mesmo no começo de sua trajetória no BMX, Rafaela já conquistou seis títulos mineiros, dois brasileiros e diversos torneios Brasil afora. "Fiquei muito nervosa e emocionada com a escolha do meu nome para levar a tocha olímpica."
 
Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 
Trio da redação
Em seus pontos de transição, os condutores aguardavam seus momentos de participação, mas quem teve o privilégio de tocar na tocha antes deles foi um trio de estudantes. Victoria Nobre, de 17 anos, Rafael Santos, de 14, e Adriene Tatiane, de 11 anos, foram escolhidos para recepcionar a chama olímpica devido ao bom desempenho escolar que tiveram. Os três venceram um concurso de redação promovido pela rede de ensino do município e, no dia D, desfilavam, orgulhosos, seus uniformes com as cores da bandeira brasileira e a #somostodosbrasil.
 
"Essa passagem da chama por aqui é muito importante para valorizar nossas riquezas e, principalmente, o São Francisco, nosso rio maravilhoso", dizia a orgulhosa Victoria. "Também acho que haverá aumento da renda e melhoria social", previu Rafael.
 
Craque
O mais celebrado de todos os escolhidos para a missão de condutor foi Luís Henrique Pereira Santos. Hoje com 42 anos, Luís Henrique foi jogador de futebol com carreira vitoriosa. Defendeu Flamengo, Palmeiras, Bahia e Fluminense, além de integrar a Seleção Brasileira nas edições de 1991 e 1993 da Copa América. "Jogar futebol é uma coisa normal, algo que sempre fiz. Agora, participar de um evento como esse é incrível. O Brasil é o país do futebol, mas também das Olimpíadas", afirmou o ex-craque, escalado para iniciar e encerrar o percurso da pira em sua cidade natal, no porto do vapor Benjamin Guimarães.
 
Pirapora registrava, em 2014, aproximadamente 56 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua economia é movimentada pelas indústrias de ferro, silício e tecido, alguns dos principais produtos exportados pela região do Norte de Minas.
 
Durante a segunda-feira, o fogo simbólico deu um rasante por Varjão de Minas, Pirapora, e ainda seguiu para a cidade de Montes Claros. Os destinos programados para a terça-feira (10/05) são Bocaiúva, Couto de Magalhães de Minas, Diamantina e Curvelo.
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Pirapora (MG)
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol são apresentados

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Os membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut) foram apresentados nesta segunda-feira (09.05), em cerimônia realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ). Eles serão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das contrapartidas dos clubes que aderiram ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). No total são 18 nomes, sendo nove titulares e nove suplentes, além do presidente Cesar Dutra Carrijo, que explicou as próximas etapas do trabalho.
 

Cesar Carrijo, presidente da APFut. (Foto: Roberto Castro/ ME)Cesar Carrijo, presidente da APFut. (Foto: Roberto Castro/ ME)

“A primeira coisa, mais urgente, será a votação do regimento interno, depois, a normatização das contrapartidas, por exemplo, estabelecendo o padrão de demonstrações contábeis para os clubes. Após esse movimento, receberemos os processos que chegarem”, disse Carrijo. O presidente da APFut já enxerga uma nova conjuntura do futebol brasileiro com o novo padrão de Arenas impulsionado pela Copa do Mundo, com o crescimento dos programas de sócio torcedores e com o Profut, para a modernização da gestão das entidades esportivas.
 
“A APFut vai fiscalizar se os clubes estão gastando dentro dos limites, quanto da receita está sendo usada na folha salarial, se há antecipação de receitas, analisar as demonstrações financeiras e solicitar punição para gestão temerária, exigir alternância de mandatos, ingressos a preços populares, investimentos em categorias de base e no futebol feminino. Efeitos que a gente entende que o Profut vai propiciar para a melhoria do futebol”, prosseguiu.
 
O órgão é composto por representantes de oito segmentos (ministérios da Fazenda; do Trabalho e Previdência Social; do Esporte; além de atletas de futebol profissional; dirigentes de clube; treinadores; árbitros; e entidade de fomento ao desenvolvimento do futebol). 
 
Dentre os titulares, serão dois representantes do Ministério do Esporte; um do Ministério do Trabalho e Previdência Social; um do Ministério da Fazenda; um atleta de futebol profissional; um dirigente de clube; um treinador; um árbitro, além de um representante de entidade de fomento ao desenvolvimento do futebol. O trabalho deles não será remunerado e cada membro do Plenário da APFut ficará na função por três anos, podendo ser reconduzido ao cargo uma vez.
 
Para o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, a iniciativa é essencial para preservar os clubes e tornar a cadeia produtiva do esporte sustentável. “Quando construímos estádios, ginásios, construímos uma fábrica, porque são estruturas que movem uma cadeia produtiva. Mas não adianta só termos a infraestrutura para termos grandes marcas, que são os clubes, que vão entregar o produto final. Nós temos as pessoas que vão fazer a máquina funcionar, profissionais que vão dar qualidade. E o Profut busca cuidar desses clubes. Conseguimos dar um passo importante com o Profut e temos visto cada vez mais presente o grau de profissionalismo que o esporte exige”. 
 
O ministro da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, lembrou o esforço que o Governo Federal realizou para criar o Profut. “No final de 2014, a presidenta Dilma recebeu uma comissão de atletas que fizeram um relato da situação do futebol no nosso país. Atletas com salários atrasados, com dificuldades de sobrevivência, que viviam uma precarização da profissão. Depois, a presidenta, na elaboração do programa de governo, pediu para pensarmos um projeto de reorganização do futebol brasileiro. Ela também se comprometeu publicamente quando a Marta a visitou, a iniciar um processo de fortalecimento do futebol feminino. Então, se criou a comissão que fez um amplo debate do que depois se chamou de Profut, um programa de modernização do futebol. Isso é Lei hoje no Brasil”. 
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
O decreto de regulamentação da APFut foi publicado no dia 20 de janeiro deste ano no Diário Oficial da União. A Autoridade receberá as denúncias de atletas, entidades desportivas, sindicatos, Ministério do Trabalho e Emprego e de outras associações e também poderá investigar casos noticiados na imprensa. A APFut ainda poderá requisitar documentos às entidades esportivas e, em caso de descumprimento das obrigações por parte das mesmas, comunicar ao órgão federal responsável para aplicação das sanções, que podem ir de advertência à exclusão do Profut.
 
“A Autoridade é a garantia da sociedade que os clubes vão ter responsabilidade de gestão, pois é um mecanismo de controle, que vai permitir o pagamento das dívidas fiscais e, ao mesmo tempo, vai fortalecer os clubes”, elogiou Ricardo Gomyde, secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.
 
Futebol Feminino
A plateia do auditório da Moacyr de Carvalho Gama, no Campus Gragoatá da UFF, foi formada, em grande parte, por jogadoras dos clubes cariocas, como Flamengo, Vasco e Duque de Caxias. O futebol feminino será um dos maiores beneficiados com o Profut, que prevê como contrapartida dos times o investimento na modalidade. 

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

“Foi uma grande conquista que o Profut tenha como exigência o apoio ao futebol feminino, que passará a receber investimentos como nunca teve antes”, projetou Michael Jackson, ex-jogadora da seleção e coordenadora de Futebol Feminino do Ministério do Esporte, que ressaltou a presença de outras pioneiras da modalidade, como Tânia Maranhão e Marisa na cerimônia. Juntas, as três disputaram as Olimpíadas de Atlanta em 1996. “Hoje eu vi que elas continuam a luta para que o futebol feminino tenha seu espaço”.
 
As ex-jogadoras também foram homenageadas pela representante dos atletas na APFut, Juliana Cabral, que foi capitã da seleção brasileira feminina. “Quem diria que depois de 20 anos (das Olimpíadas de Atlanta) temos uma lei que fará com que o ingresso das meninas no futebol seja mais fácil”, disse Cabral, para citar o exemplo dos Estados Unidos, país com mais títulos nas Olimpíadas e em Copas do Mundo. “Eles conseguiram virar uma potência, quando tiveram uma Lei que determinou que os investimentos para as mulheres em qualquer esporte seriam iguais ao dos homens”.
 
Dentre os times de maior tradição no país, o Flamengo, que está na semifinal do Campeonato Brasileiro de 2016, resolveu investir nas mulheres. O presidente Eduardo Bandeira de Mello, que será representante dos clubes na APFut, expôs as vantagens que o rubro-negro tem tido com o projeto. “Aumentamos a nossa exposição, vamos aumentar o número de torcedores e, além disso, temos a satisfação de estar incentivando o esporte”, afirmou. 
 
O ex-zagueiro Edmílson, agradeceu a oportunidade que o esporte lhe deu para ter um futuro melhor e destacou os efeitos positivos que a modernização dos clubes trará para milhares de crianças. “Esse curso e o lançamento hoje aqui vai dar possibilidade de usar o futebol como canal para ser alguém na vida. O mais importante é que pela universidade possamos formar educadores”, afirmou o pentacampeão mundial com a seleção masculina, citando o curso de Gestão no Esporte, lançado no mesmo evento. 

Composição da APFut:

Presidente
Cesar Dutra Carrijo
 
Clubes
Titular: Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo
Suplente: Modesto Roma, presidente do Santos
 
Ministério da Fazenda
Titular: Fabrício Lima, analista de finanças e controle
Suplente: Rogério Karl, analista de finanças e controle
 
Ministério do Trabalho
Titular: Manoel Messias Mello, secretário de relações de trabalho
Suplente: Marcelo Freitas, assessor especial
 
Ministério do Esporte
Titular: Ricardo Gomyde, secretário do futebol
Titular: Pitágoras Dytz, consultor jurídico
Suplente: Romeu Carvalho, diretor de futebol profissional
Suplente: Sóstenes Marchezine, diretor de defesa dos direitos do torcedor
 
Atletas
Titular: Juliana Cabral, ex-capitã da Seleção feminina
Suplente: Jorge Ivo Amaral, do Sindicato dos Atletas
 
Treinadores
Titular: Marcos Bocatto
Suplente: Fernando Pires
 
Árbitros
Titular: Marco Antonio Martins, presidente da Anaf
Suplente: Salmo Valentim, comissão de arbitragem de Pernambuco
 
Entidades de fomento
Titular: Ricardo Borges, diretor do Bom Senso
Suplente: João Paulo Medina, Universidade do Futebol
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro

Ascom - Ministério do Esporte

Cursos de graduação e mestrado em Gestão do Esporte são apresentados na Universidade Federal Fluminense

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Os profissionais que quiserem se dedicar à carreira de gestores esportivos e de treinadores passarão a contar, a partir do primeiro semestre de 2017, com cursos de formação específicos para a área. A novidade foi apresentada nesta segunda-feira (09.05), na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), pelos ministros do Esporte, Ricardo Leyser, da secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, pelo vice-reitor da UFF, Antônio Cláudio da Nóbrega, e pelo professor João Bouzas Marins.
 
O Governo Federal, em parceria com entidades da sociedade civil e profissionais da área esportiva, oferecerá na UFF os cursos de graduação e de mestrado profissional (stricto sensu) em Gestão do Esporte. Na pós-graduação ainda haverá uma linha de pesquisa voltada para a capacitação de treinadores esportivos. “Quanto mais ações transversais, envolvendo diversas áreas de governo, tivermos, mais conseguiremos realizar. O esporte tem que estar junto com a educação”, disse Leyser. “Hoje, mostramos mais uma vez a importância que o Governo Federal dá às universidades, revelando que elas são grandes beneficiárias do legado olímpico”, completou o ministro, que citou outros investimentos feitos nas instituições de ensino, como o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, pistas de atletismo e outras estruturas esportivas
 
Os cursos foram estruturados por uma comissão, que iniciou os trabalhos no fim do ano passado, e contou com a contribuição de profissionais como o próprio João Bouzas Marins, professor de educação física da Universidade Federal de Viçosa (MG); João Medina, gestor de futebol; Juca Kfouri e Paulo Calçade, jornalistas; Álvaro Melo, especialista em direito esportivo; Jesualdo Pereira Farias, secretário de ensino superior do Ministério da Educação; além dos ministros Edinho Silva e Ricardo Leyser.
 
“Na comissão pensamos aquilo que efetivamente vai criar as condições de mudança estrutural do esporte brasileiro: um curso em universidade pública, para que a gente possa mudar a cultura, não só da gestão, mas a nossa capacidade de formulação técnica. Conversei com diversos especialistas e este curso de treinador de futebol stricto sensu é o primeiro do mundo. Nenhum país teve essa ousadia. Esta é a resposta para aquele 7x1 que nenhum brasileiro engoliu”, afirmou o ministro de Comunicação Social, fazendo referência à derrota do Brasil para a Alemanha na Copa de 2014. 
 
Professor Bouzas explica o trabalho da comissão e os próximos passos para implantação do curso. (Foto: Roberto Castro/ ME)Professor Bouzas explica o trabalho da comissão e os próximos passos para implantação do curso. (Foto: Roberto Castro/ ME)
 
A comissão analisou as deficiências e necessidades educacionais do país na área de gestão esportiva. A pequena oferta de cursos e a alta demanda por especializações no tema foram alguns pontos que motivaram a elaboração do programa geral da graduação e do mestrado. Para o professor Bouzas, a iniciativa vai sanar um dos grandes problemas do esporte brasileiro. “Teremos um grupo de pessoas com base em áreas como administração, economia, comunicação, educação física, engenharia, psicologia que vai ajudar a resolver um dos nossos maiores problemas que é a questão gerencial. Este é um processo de longo prazo e que terá desdobramentos nos próximos anos, onde teremos gestores que poderão atuar em diversos níveis da administração pública, ongs, clubes de diversas dimensões, federações e confederações”, projetou.
 
O objetivo será formar profissionais que possam atuar em todas as esferas do ambiente do esporte, aumentando a eficiência de todo sistema. Por isso, a formação será multidisciplinar, com capacitação em economia, mercado, finanças, gerenciamento de instalações esportivas, marketing, direito, processos envolvidos na cadeia de formação de atletas, organização e execução de eventos esportivos de diferentes magnitudes, administração, contabilidade e pesquisa operacional e aplicações de práticas modernas de gerenciamento e controle do esporte.
 
“Nós temos hoje uma inclusão muito grande de pessoas que antes não tinham acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade. Temos trabalhado de maneira dedicada em participar desse processo de transformação nacional. Neste sentido, ficamos satisfeitos com o convite de abrigar o curso de Gestão do Esporte, porque para nós, são as iniciativas inovadoras que transformam a realidade”, exaltou Antônio Cláudio. A expectativa é que partir da experiência na UFF outras universidades se interessem em ofertar a mesma formação. 
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Detalhamento
Nos próximos meses, o professor João Carlos Bouzas vai iniciar os trabalhos de coordenação dos profissionais responsáveis por elaborar os tópicos específicos, as ementas das disciplinas e definir o perfil dos 20 professores que serão contratados para ministrar as aulas (5 de administração; 2 de direito; 1 de arquitetura; 2 de economia; 2 de comunicação; 5 de educação física, 1 de engenharia e 2 gestores).
 
Além disso, professores estrangeiros serão convidados para apresentar alguns módulos específicos. A elaboração do projeto contou com a parceria e a experiência de entidades como a FIFA (Federação Internacional de Futebol), Uefa (Associação de Futebol da União Europeia), Comitê Olímpico Internacional (COI) e universidades da Austrália, Alemanha, Canadá, China, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e Rússia. A UFF criará uma estrutura própria (departamento, instituto, ou, faculdade) para abrigar os cursos.   
 
Graduação 
O curso de graduação terá duração de quatro anos e meio, sendo um ano e meio de disciplinas básicas de gestão, dois anos de matérias específicas de esporte e futebol e um ano de estágio supervisionado. O objetivo é atender de 30 a 40 estudantes, que ingressarão por meio do Enem. A carga horária prevista para a formação é de 3480 horas, sendo 111 disciplinas ofertadas no total (27 básicas; 68 específicas e 16 gerais).  
 
Mestrado 
Serão disponibilizadas no mínimo 40 vagas para o mestrado profissional (stricto sensu), que terá três linhas de pesquisa: Estratégia e governança no futebol; Estratégia e governança em esporte e; Estratégia de ação do gestor técnico no futebol. Além disso, haverá um módulo internacional com quatro tópicos especiais (Casos de sucesso na governança do futebol; Casos de sucesso na governança em esportes; O futebol como plano de negócio mundial e; Casos de sucesso do coaching no futebol). A duração estimada para a formação completa no mestrado é de um ano e meio, com um total de 24 disciplinas a serem cursadas pelo aluno.
 
Governança
O lançamento do Curso de Gestão no Esporte ocorreu junto à apresentação dos membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut), responsável pela fiscalização do cumprimento das contrapartidas dos clubes que aderiram ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). As medidas integram um conjunto de ações do Governo Federal, que nos últimos anos, tem buscado melhorar a governança no desporto nacional.
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro

Ascom - Ministério do Esporte

Ministérios do Esporte e da Justiça lançam guia de recomendações de segurança em praças desportivas

 
A Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ), em parceria com o Ministério do Esporte, lança nesta terça-feira (10.05), em Brasília, o Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas.
 
O documento é resultado de estudos, debates e diagnósticos promovidos nos últimos anos pela Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue), contando com a participação de especialistas de vários estados do país. 
 
Os ministros do Esporte, Ricardo Leyser, e da Justiça, Eugênio Aragão, participam do evento, às 15h, no Salão Negro do Ministério da Justiça. Também estarão presente a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Luca, e o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Ricardo Gomyde.
 
Considerado o marco de segurança no futebol, o guia propõe procedimentos padronizados e integrados a serem aplicados pelas secretarias de segurança; por policiais civis, militares, federais e rodoviários federais; bombeiros militares e guardas municipais, em conjunto com entidades organizadoras de campeonatos, partidas e torcidas. 
 
Serviços
Evento: Lançamento do Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças de Futebol
Data: 10.05 ( terça-feira)
Horário: 15h
Local: Salão Negro do edifício sede do Ministério da Justiça. Esplanada dos Ministérios. Brasília/DF
Ascom - Ministério do Esporte  
 

Brasil está pronto para realizar o controle de dopagem dos Jogos Rio 2016

 
O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) deu início oficial às operações para os Jogos Rio 2016, nesta segunda-feira (09.05). A previsão é que cinco mil amostras sejam coletadas durante as Olimpíadas e cerca de 1,2 mil nas Paralimpíadas, gerando mais de dez mil análises no período. Demanda que o LBCD está preparado para atender nos níveis exigidos pelas autoridades internacionais, garantiu o secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurelio Klein. 
 
“É uma grande felicidade chegarmos neste momento, após uma longa caminhada, não sem desafios e muito trabalho para termos este laboratório, que chamo, de ‘cinema’ e que tem total confiança do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI)”, ressaltou Klein. O Laboratório chega ao 11º mês após a reacreditação tendo recebido 2,6 mil amostras. “O LBCD ganhou musculatura para os Jogos. Este é um dos maiores legados para o governo e para a ciência brasileira”, prosseguiu.
 
A cerimônia, que contou com as presenças dos ministros do Esporte, Ricardo Leyser, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, e da reitora em exercício da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Nascimento, também serviu para apresentar as instalações à imprensa. 
 

O ministro Ricardo Leyser fez um balanço do processo para tornar o LBCD em um centro de excelência e destacou o objetivo do Governo Federal em gerar um legado público para o país. “Neste momento, em que o Laboratório se torna olimpicamente operacional, devemos fazer um balanço da política antidopagem. Em 2009, quando o Rio foi escolhido para sediar os Jogos de 2016, criamos a ABCD para superar os desafios na área, como o passaporte biológico, a coleta e análise de amostras, a formação de profissionais, para dar conta dessa nova realidade”, afirmou Leyser. “No início, tivemos muitas propostas para terceirizar o trabalho de controle de dopagem durante os Jogos, mas a aposta no LBCD, para constituir um legado para o país, se deu por vontade política da presidenta Dilma”, prosseguiu.
 
Com a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos em 2016, o Governo Federal investiu R$ 151,3 milhões na construção de um novo prédio para abrigar o Ladetec, onde está o LBCD. Do total investido, R$ 112,7 milhões são recursos do Ministério do Esporte e R$ 38,5 milhões do Ministério da Educação. Além desse montante, foram destinados R$ 74,6 milhões para a compra de novos equipamentos, materiais, insumos, mobiliário e operação (sendo R$ 60 milhões do Esporte e R$ 14,6 milhões da Educação). 
 
Profissionais de outras universidades estão sendo capacitados para atuarem no LBCD e durante as Olimpíadas e Paralimpíadas, atuarão ao lado de cem nomes do exterior, referências na área. Para a reitora em exercício da UFRJ, os investimentos no Laboratório irão fortalecer a pesquisa no Brasil. “Quase todos os aparelhos são importados e, boa parte, será destinada a universidades federais e outras instituições públicas após os Jogos. Além da análise de sangue e urina, os equipamentos servem para outros processos, em áreas como biologia, engenharia de alimentos e, para capacitação de professores”, disse Denise Nascimento. A UFRJ fez concursos para contratar pesquisadores e dezenas de outros profissionais (químicos, biólogos, farmacêuticos, técnicos de laboratório de áreas diversas, entre outros). 
 
Há, ainda, um aporte de R$ 43,6 milhões (R$ 28,6 milhões do ME e R$ 15 milhões do MEC) exclusivo para a operação olímpica. Até julho, um mês antes dos Jogos, a ABCD deve certificar entre 130 e 140 Oficiais de Controle de Dopagem e Oficiais de Coleta, sendo que 96 já concluíram o processo. “A quantidade de análises durante os Jogos, equivale a quase um ano inteiro do LBCD. Isso mostra a nossa capacidade”, explicou Leyser. Para o ministro, o objetivo é que a delegação brasileira não tenha casos de doping nos Jogos. “Por isso temos feito muitos testes, inclusive fora das competições, e realizando trabalho de conscientização e orientação”. 
 
A ABCD realiza campanhas entre os atletas, da base ao alto rendimento, e coleta 40% das amostras fora dos locais de competição. O percentual será o mesmo durante os Jogos, com testes sendo realizados durante treinos e período de aclimatação das equipes. “Este é um momento muito importante para o esporte e para a educação. É uma alegria testemunhar este legado dos Jogos e que mostra o país vai se beneficiar dos Jogos”, ressaltou o ministro Edinho Silva.
 
Durante os Jogos Rio 2016, o laboratório vai funcionar 24 horas, sete dias por semana, em todo o período de competições das Olimpíadas e das Paralimpíadas. O LBCD integra o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ, e atua em ensino, pesquisa e extensão. 
 
A estratégia da ABCD tem como base a coleta de informações, que permite a construção de ações de educação, a prevenção e a inteligência – análise das atuações que indicarão as melhores ações a serem trabalhadas adiante.
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 
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