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Seleção Olímpica masculina enfrenta Nigéria e África do Sul

Marlon Costa/CBFMarlon Costa/CBF
Estão confirmados os dois próximos amistosos da Seleção Brasileira Olímpica masculina. De olho na preparação para os Jogos Rio 2016, o Brasil enfrentará a Nigéria no dia 24 de março, às 19h, em Cariacica, no Espírito Santo. Depois, o rival é a África do Sul, no dia 27, às 18h30, em Maceió (AL).
 
Assim como o Brasil, Nigéria e África do Sul, que estão classificadas para os Jogos Olímpicos, estarão com seus times sub-23 para os amistosos desta data FIFA. O primeiro deles, contra a Nigéria, será disputado no Estádio Kleber Andrade. Já a partida contra os sul-africanos será no Estádio Rei Pelé.
 
A delegação brasileira se apresenta para estas duas partidas no dia 20, diretamente no Espírito Santo. A lista de convocados será divulgada no dia 4 de março, um dia após a convocação da Seleção Principal para os dois próximos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo 2018.
 
Fonte: CBF
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Luta Olímpica conquista quatro medalhas no Pan-americano sênior 2016

Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
 
A seleção brasileira de Luta Olímpica conquistou quatro medalhas no Pan-Americano Sênior 2016, disputado no último fim de semana em Frisco, Texas, Estados Unidos. No estilo livre feminino, Lais Nunes garantiu a medalha de ouro na categoria olímpica até 63kg; Giullia Penalber, a prata na categoria até 55kg e Aline Silva, o bronze na categoria até 75kg. Já no estilo greco-romano, Eduard Soghomonyan foi prata na categoria até 130kg. 
 
O torneio foi uma prévia do pré-olímpico as Américas que acontece de 04 a 06 de março, também em Frisco, e classifica os dois primeiros colocados de cada categoria olímpica nos três estilos olímpicos da modalidade: livre masculino,livre feminino e greco-romano.
 
“O sentimento é de gratidão, primeiramente a Deus e a todos que têm me apoiado, família, treinadores e companheiras de seleção. A sensação é de colher o que é plantado diariamente nos treinamentos. Mas o momento é de olhar para frente, em busca do objetivo que é terminar entre as duas primeiras no pré-olímpico”, afirmou a goiana Lais Nunes, 23 anos, pela primeira vez campeã continental. A lutadora faz parte do programa Bolsa Atleta do Ministério do esporte. 
 
No pré-olimpico, países já classificados em determinada categoria não disputam a seletiva. Por exemplo, Aline Silva do estilo livre até 75kg, garantiu uma vaga para o Brasil no Campeonato Mundial 2015 e, portanto, não participa da seletiva. Fator que pode ajudar os brasileiros a conquistar vaga. Na categoria até 130kg do estilo greco-romano, Eduard Soghomonyan não enfrentará os atletas de Cuba e Estados Unidos, que já alcançaram a vaga.
 
“A categoria até 130kg é a única que tem dois países das Américas já classificados, Estados Unidos e Cuba. Tenho certeza que posso garantir a vaga para o país no pan-americano e depois tentar uma medalha nos Jogos Olímpicos. Vamos ter uma semana para treinar e nos preparar”, explicou Eduard Soghomonyan.
 
Confira os medalhistas brasileiros no Pan-Americano sênior 2016:
 
Lais Nunes até 63kg do estilo livre feminino – 1º lugar
Giullia Penalber até 55kg do estilo livre feminino – 2º lugar
Eduard Soghomonyan até 130kg do estilo greco-romano – 2º lugar
Aline Silva até 75kg do estilo livre feminino – 3º lugar
 
 
Fonte: Confederação Brasileira de Wrestling (CBW)
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Duda fica muito próximo de índice e Fabiana Murer comemora outra vitória no Rio

 
Fabiana Murer salta em frente ao Museu do Amanhã  (Mauricio Val/FOTOCOM.NETFabiana Murer salta em frente ao Museu do Amanhã (Mauricio Val/FOTOCOM.NET
 
Mauro Vinícius da Silva, o Duda, e Fabiana Murer conquistaram bons resultados na disputa do Super Salto, evento realizado na manhã deste domingo (28.2), no Rio. Fabiana foi a vencedora do salto com vara, com a marca de 4,63 m, e Duda mostrou que está em evolução, ao ficar com a medalha de prata (8,14 m) no salto em distância e a apenas um centímetro do índice olímpico. 
 
Duda está voltando de um longo período de inatividade por causa de uma lesão na cartilagem do joelho esquerdo, sofrida em 2015 e que o levou a uma cirurgia. Mas já conseguiu alcançar a marca de 8 metros na temporada. No sábado, no Torneio FPA realizado em São Bernardo do Campo, saltou 8,02 m. E, no dia seguinte, alcançou os 8,14 m no último dos quatro saltos a que tinha direito, muito perto dos índices que busca na temporada: o olímpico (8,15 m) e do Mundial Indoor de Portland (8,18 m). 
 
O saltador aprovou a "jornada dupla" planejada por ele e seu técnico, Aristides Junqueira. "Foi como acontece nos Mundiais: você salta um dia para a qualificação e no outro é a final. Foi isso que pensamos. Eu esperava saltar acima de 8 metros, e o 8,14 m veio em excelente hora. É uma marca que, no outdoor, eu não alcançava desde 2013. Isso mostra que estou preparado para conseguir os índices. Agora é treinar certinho e não perder essa performance, corrigir o que não foi corrigido. Não foi um salto perfeito, mas eu já gostei."
 
O campeão foi o alemão Markus Rehm, atleta paralímpico que alcançou 8,24 m, com o uruguaio Emiliano Lasa em terceiro lugar (7,97 m). No salto em distância feminino, Keila Costa, outra atleta do Clube BM&FBOVESPA, fez sua primeira competição na temporada e ficou com a prata (6,39 m), atrás da americana Funmi Jimoh (6,63m).
 
Fabiana Murer venceu com 4,63 m, mas fez boas tentativas a 4,73 m e 4,83 m - pelo formato do evento, cada atleta tinha direito a saltar quatro vezes, com cada chance em uma altura diferente. As americanas Katie Nageotte e Demi Payne ficaram empatadas na segunda colocação, com 4,43 m. Além disso, o público pôde acompanhar a prova bem de perto. 
 
"A competição foi muito legal. Tinha muita gente assistindo, todo mundo torcendo. Já fiz outras competições como essa, na rua, mas aqui o pessoal é bem mais animado. Foi bem legal", disse a saltadora, que sofreu com o calor da manhã carioca. "Estava muito quente, um calor bem forte. Tive de manter a concentração e secar bem a mão na hora de saltar, por causa da cola, e para estar bem firme. Então, o calor cansou bastante. Mas fiz excelentes saltos e fiquei muito contente com a vitória. Tentei saltar 4,83 m, não deu, mas fiquei feliz. Saio daqui contente com a vitória e com os excelentes saltos que eu fiz." Fabiana fica um curto período no Brasil antes do Mundial Indoor de Portland, que será disputado entre os dias 17 e 20 de março.
 
No salto com vara masculino, Augusto Dutra foi o segundo colocado, com 5,30 m. O vencedor foi o argentino German Chiaraviglio, com 5,50 m. O grego Kostadinos Filippidis, atual campeão mundial indoor, errou as quatro tentativas a que tinha direito.
 
Fonte: BM&FBOVESPA
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Tiro com arco brasileiro estreia nas Paralimpíadas já mirando medalha

Luciano Rezende faturou a medalha de ouro no arco recurvo no Parapan de Toronto 2015. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Luciano Rezende faturou a medalha de ouro no arco recurvo no Parapan de Toronto 2015. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

Para uma equipe que nunca esteve nos Jogos Paralímpicos, só participar do Rio 2016 já poderia deixar o tiro com arco brasileiro satisfeito. Mas a seleção não se contentou. No Mundial da Alemanha, em agosto do ano passado, o time confirmou as vagas nos arcos recurvo open e composto open (masculino e feminino) a que o Brasil poderia ter direito por ser sede, e ainda conquistou mais, totalizando oito atletas já garantidos nos Jogos.

“Somos o segundo país das Américas com mais vagas até agora. Apenas os Estados Unidos têm mais que nós e isso nos dá orgulho. Ainda vamos tentar mais vagas no torneio da República Tcheca. Queremos chegar aos Jogos bem preparados e acreditamos que podemos levar pelo menos uma medalha”, diz Henrique Campos, coordenador técnico da seleção paralímpica de tiro com arco.

Medalhistas de ouro no Parapan de Toronto, Jane Karla (arco composto feminino open) e Luciano Rezende (recurvo masculino open) são os atletas que, segundo a comissão técnica, têm mais chances de chegar ao pódio. Jane, Luciano e mais três arqueiros – Andrey Muniz e Júlio César de Oliveira, no composto masculino open, e Fabíola Dergovics (recurvo feminino open) – já estão pré-convocados para a seleção que vai disputar os Jogos. Eles obtiveram o número de pontos estabelecido pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) em campeonatos nacionais, além de terem cumprido o índice mínimo estimulado pelo Comitê Paralímpico Internacional. Os demais atletas do país ainda terão oportunidades nos próximos meses para chegarem ao índice.

“Esses atletas que atingiram os índices estipulados são o que terão prioridade nas competições internacionais antes dos Jogos. Precisamos dar experiência internacional a esses arqueiros. Mas os recursos são limitados e temos que viajar com os mais bem preparados. Se não fizerem índice no Brasil, não adianta levar para o exterior”, afirma Henrique Campos.

Jane Karla conquistou o ouro no arco composto para atletas sentados no Parapan. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Jane Karla conquistou o ouro no arco composto para atletas sentados no Parapan. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

Competições e investimento
O planejamento da seleção de tiro com arco inclui a participação na Arizona Cup, nos Estados Unidos, em abril. Em maio, a equipe viaja para o Parapan-americano da modalidade em San José, na Costa Rica. No mês seguinte, a seleção participa do Torneio de Nove Mesto, na República Tcheca, última oportunidade de ampliar o número de vagas no Rio 2016.

Henrique explica que, neste último ciclo paralímpico, houve um aumento de investimento que possibilitou mais participações em competições internacionais. Mas conseguir viajar com o tamanho ideal da equipe e realizar treinamentos com toda a seleção reunida ainda são desafios que a modalidade enfrenta. O que faz a diferença, segundo o coordenador, é o programa Bolsa-Atleta, que permite a muitos arqueiros uma dedicação maior ao esporte. Atualmente, 13 atletas do tiro com arco paralímpico recebem o benefício, incluindo a esperanças de medalha, Jane Karla. O investimento anual é de R$ 188,7 mil.

“A partir do momento em que você tem um investimento como esse do governo, você quer mostrar resultado, manter os bons resultados, e o incentivo é grande. Tem arqueiro que vive da bolsa e pode se dedicar mais, comprar o material que precisa. No caso da Jane, quando ela trocou de modalidade, perdeu os patrocinadores, passou por um momento difícil. Se não fosse a bolsa-atleta, possivelmente não teria continuado”, diz o coordenador da seleção.

Das bolinhas para as flechas
Henrique acompanha de perto o treinamento de Jane em Goiânia. Ele se impressiona com a dedicação da atleta, que não descansa enquanto não dispara cerca de 400 flechas por dia. Acostumada ao vai-e-vem das bolinhas no tênis de mesa – esporte pelo qual disputou duas edições de Paralimpíadas – Jane mudou de modalidade no fim de 2014 e os primeiros resultados do ano passado já indicaram que a troca seria recompensada.

“Foi tudo muito rápido. No fim de janeiro de 2015, eu já estava batendo índice no treino, e depois veio medalha de ouro na primeira participação, na Arizona Cup, com recorde do evento. Foi um estímulo: ´Jane, este é o esporte mesmo, vamos com tudo’. Eu me preparei para o Parapan, fui ouro. A gente vê que o caminho está certo para 2016”, conta a atleta, eleita a melhor da modalidade em 2015.

A medalha que não veio no tênis de mesa em Pequim 2008 e Londres 2012 é o grande sonho da atleta para o Rio 2016. E ela espera casa cheia – ou melhor, o sambódromo lotado- para ajudar no desafio.

“Pequim era a casa do tênis de mesa, vi um ginásio gigante torcendo, aquela energia passando para os atletas deles, e falei: é isso que eu quero no meu país, um dia quero viver isso. Não deu no tênis de mesa, mas vai ser no tiro com arco. Que todo mundo participe, torça pela gente, é maravilhoso ver o atleta paralímpico, é muita garra. E é alto rendimento. Quero ver tudo lotado, igual eu vi em Pequim 2008. É lindo”, diz.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

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Doda Miranda conquista o bronze no GP no Festival Equestre de Inverno, nos Estados Unidos

Getty ImagesGetty Images
O medalhista olímpico Doda Miranda – bronze nos saltos por equipe nos Jogos de Atlanta-1996 e bronze nos saltos por equipe em Sydney-2000 – conquistou, no sábado (27.2), a terceira colocação no GP Suncast do CSI5*, evento disputado no Palm Beach International Equestrian Center, nos Estados Unidos, e que distribuiu 380 mil dólares em prêmios.
 
Montando AD Cornetto K, com dois percursos sem faltas e com o tempo de 45s90 no desempate, Doda Miranda só foi superado pelo norte-americano McLain Ward no dorso de HH Azur, que foi o mais rápido com um duplo zero em 42s99. A segunda colocação ficou com o holandês Harrie Smolders e Apollonia 21 ( 0/0 - 45s64).
 
Ao todo, 44 conjuntos participaram do GP. Mas apenas quatro zeraram o percurso na primeira passagem, que teve tempo concedido de 85s. Outros três conjuntos não cometeram falta, mas ficaram com um ponto de excesso de tempo, provando o alto nível técnico do percurso desenhado pelo espanhol Santiago Varela. Doda Miranda foi o primeiro conjunto da primeira volta e consequentemente o primeiro do desempate. Ficou na liderança até a entrada de Harrie Smolders, que tirou seu tempo por apenas 26 centésimos. Depois foi a vez de McLain Ward com HH Azur assumir a liderança e assegurar a vitória.
 
“Ele é um cavalo muito bom, talvez um dos melhores que eu já tenha montado até hoje. Fiquei muito feliz com as duas passagens. No desempate, eu decidi ir rápido, mas não tomar muito risco porque eu não o conheço muito bem ainda. Estou muito feliz, especialmente por ver um bom conjunto que merece ganhar”, comentou Doda, que está montando AD Cornetto K, de 10 anos, há apenas cinco meses.
 
Fonte: Assessoria de imprensa do atleta
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Brasil bate Bélgica e assume liderança do grupo E no mundial por equipes

 
O time masculino da seleção brasileira segue demonstrando que lutará pelo título da segunda divisão do Mundial por equipes, em Kuala Lumpur, na Malásia. Nesta segunda-feira (29), o Brasil venceu a Bélgica por 3 partidas a 0 e assumiu o primeiro lugar do grupo E.
 
“Acho que ganhar da Bélgica por 3 a 0 é um desempenho muito bom, porque eles têm uma equipe jovem que pode ser muito perigosa. Estou muito satisfeito com os três jogadores e temos que continuar assim amanhã”, elogiou o técnico Jean-René Mounie.
 
No primeiro duelo, Hugo Calderano (74º colocado no ranking mundial) bateu Robin Devos (129º) por 3 a 0 - 11/4, 11/6 e 11/4 -, abrindo caminho para a vitória brasileira de forma incontestável.
 
“Hugo começou muito bem, acho que a própria Bélgica não estava esperando um nível tão alto dele. Ele jogou o seu melhor e isso afetou a confiança deles para a sequência”, destacou o treinador.
 
Thiago Monteiro (124º) foi o segundo a ir à mesa e encarou o oponente melhor ranqueado, Cedric Nuytinck (118º), que atua pelo Hagen, na Liga Alemã. Mesmo assim, mais um triunfo em sets diretos – parciais de 11/5, 11/8 e 11/5.
 
“Assim como Calderano, o Thiago fez um jogo muito bom, teve o controle total da partida. Seu adversário não teve nenhuma chance com ele jogando da forma que jogou”, afirmou Jean-René.
 
Por último, Cazuo Matsumoto (132º) começou perdendo o jogo, mas conseguiu se recuperar diante de Florent Lambiet (211º). No terceiro set, o belga esteve perto de ficar na frente novamente com um 10/6, mas o paulista conseguiu uma virada incrível e depois fechou a contagem – 3 a 1 (10/12, 11/5, 14/12 e 12/10).
 
“A partida do Cazuo foi muito difícil e ele teve problemas com o saque do Lambiet e não conseguiu propor o seu melhor nível. Por outro lado, jogou com muito coração, se esforçou muito e conseguiu vencer”, apontou o francês.
 
O resultado deixou o Brasil na liderança isolada do grupo E, seguido do Irã, que também não perdeu ainda no torneio. Na próxima rodada o adversário será a Tailândia, às 2h da madrugada de terça (1º de março), e depois a seleção fecha sua participação na fase de grupos contra o Irã, na quarta-feira, às 8h30 (horários de Brasília).
 
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM 
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Rúgbi paralímpico: atenção especial com as cadeiras de rodas

As colisões podem assustar quem não está acostumado com o jogo, mas elas são fundamentais para a estratégia das equipes e garantem boa parte da adrenalina de praticar ou assistir a uma partida de rúgbi em cadeira de rodas. Construídas especialmente para o esporte, as cadeiras são customizadas individualmente de acordo com as necessidades de cada atleta e precisam de manutenção constante. “Elas precisam ser bem protegidas e muitas cadeiras são até temperadas. Ela é fabricada e depois colocada no forno para ter mais resistência. Tudo para aguentar o impacto”, explicou o capitão da seleção brasileira da modalidade, Alexandre Taniguchi.

Soldadora está disponível em oficina para reparar estragos nas cadeiras de rodas dos atletas. (Foto: Buda Mendes/GEtty Images/Ottobock)Soldadora está disponível em oficina para reparar estragos nas cadeiras de rodas dos atletas. (Foto: Buda Mendes/GEtty Images/Ottobock)

No Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, evento-teste da modalidade disputado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, havia uma oficina dentro da instalação para providenciar serviços e reparos nos equipamentos dos atletas, área que está sendo testada pela primeira vez para os Jogos Rio 2016.

“A gente está vendo o que a gente realmente precisa: se o material que a gente trouxe é suficiente, se a rede elétrica está conforme a gente precisa para a soldadora, se o espaço que a gente tem é adequado. A partir daí a gente pode passar informações para o Comitê Olímpico.  E a infraestrutura está totalmente dentro do que a gente precisa, estamos felizes”, disse Thomas Pfleghar, da empresa responsável pelos reparos. Ele será diretor-técnico do setor nos Jogos Rio 2016.

Thomas Pfleghar (E) auxilia atleta na oficina instalada na Arena Carioca 1. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)Thomas Pfleghar (E) auxilia atleta na oficina instalada na Arena Carioca 1. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)

Thomas explica que, durante os Jogos, haverá uma oficina principal de sete mil metros quadrados instalada na Vila Olímpica, onde serão feitos os principais reparos. Outras 13 oficinas menores serão distribuídas pelas instalações. Serão 77 técnicos, de 28 países, dos quais dez brasileiros. “Vamos ficar abertos 16 horas por dia e em cada turno a gente terá em torno de 20 pessoas trabalhando. Além disso, nas instalações a gente terá uma minioficina que só vai atender as pessoa que estiverem jogando”, contou.

Além de consertos em cadeiras de rodas, os técnicos farão reparos em próteses e órteses. “Se tiver algum problema no encaixe da prótese, o encaixe que entra o membro residual do atleta, a gente tem condições de fazer outro totalmente novo, do zero. A gente tira o molde, a medida, e faz um novo. Se há problema na lâmina de corrida, uma rachadura, aí tem que trocar. A gente tem possibilidade de fazer reparo no hidráulico, no sistema inteiro e, se não tem como reparar, a gente troca por uma nova”, explicou Thomas.

Durante os Jogos Paralímpicos, os trabalhos de manutenção de equipamentos para atletas serão feitos pela empresa alemã Ottobock. A estimativa é de sejam realizados cerca de dois mil reparos no período. Nove toneladas de equipamentos, aproximadamente 15 mil peças, virão da Alemanha.

Bob Hirshfield, do Canadá, troca as rodas da cadeira de um atleta durante partida do evento-teste. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)Bob Hirshfield, do Canadá, troca as rodas da cadeira de um atleta durante partida do evento-teste. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)

Ajuda durante as partidas
A oficina de reparos complementa o trabalho que é feito pelos mecânicos de cada equipe. Cada seleção conta com um time de profissionais especializados em fazer a manutenção e consertar as cadeiras de rodas. No caso do rúgbi, a atuação dos técnicos é fundamental em caso de problemas durante os jogos.  “Temos que trocar os pneus e também reparar as cadeiras enquanto o jogo está correndo. Depois dos jogos, também temos que fazer alguns reparos nas cadeiras”, contou o chefe da equipe de mecânica do Canadá, Bob Hirshfield.  

Para Bob, a importância dos mecânicos para o time é comparável à dos treinadores. Quando a equipe sai vitoriosa ou ganha uma medalha, a sensação de conquista é compartilhada pelos mecânicos. “Eu me sinto muito próximo dos atletas. Eu cuido para que tudo esteja certo com as cadeiras e tudo que eles precisam se preocupar é em jogar. Isso é o que faz eu me sentir bem. Quando eles vencem, também me sinto parte da vitória”, afirmou.

Mateus Baeta, do Rio de Janeiro - brasil2016.gov.br

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Brasileiros vencem Aberto de MTB XCO na Argentina

O domingo (28) foi de festa para Ricardo Pscheidt e Raiza Goulão. Os atletas da Seleção Brasileira de MTB subiram ao lugar mais alto do pódio do Abierto del NOA XCO, em Tucumã, na Argentina. A competição, classe 1 da UCI, somou pontos importantes no ranking que leva aos Jogos Olímpicos do Rio/2016.
 
Na elite masculina, Pschiedt (Trek Brasil Racing) largou muito bem e assumiu a liderança ainda na primeira volta. O brasileiro chegou a ter problemas com um galho que engatou no câmbio, mas, mesmo perdendo algumas posições, voltou motivado para a disputa e fez uma bela prova de recuperação. Na última volta, o atleta levou a melhor encima dos argentinos Dario Gasco, segundo colocado (1h46min25s50), e Rodrigo Altamiranto, terceiro (1h48min29s57), e cruzou a linha de chegada em 1h46min15s11.
 
"A pista era praticamente 80% single tracks, com muitas partes técnicas e subidas duras. Começei bem, tive um pequeno problema, mas deu pra contornar e consegui administrar e chegar no final com uma vantagem de 20s sobre os argentinos. Foi uma grande vitória e o mais importante foram os pontos somados. Agradeço imensamente meu treinador e toda minha equipe que fez um excelente trabalho hoje", contou o atleta, que está na 85ª posição do ranking mundial.
 
Já na elite feminina, Raiza Goulão mostrou que está em excelente forma e liderou a prova de ponta a ponta, chegando com 5 minutos de vantagem para a segunda colocada, a argentina Agustina Apaza (1h45min14s31), e a 13 minutos da terceira, a chilena Evelyn Muñoz (1h53min33s50). A brasileira cruzou a linha de chegada em 1h40min17s95. 
 
"A prova contou com atletas muito fortes do país sede, então tentei largar bem, fazer o meu melhor para passar bem em todas as voltas. Fiquei muito feliz com o meu desempenho, senti bem os efeitos do novo treinamento e o resultado é consequência da dedicação. Os pontos conquistados hoje foram fundamentais na busca pela vaga olímpica então estou muito feliz mesmo com a vitória", afirmou a atleta, que é a melhor do Brasil no ranking mundial de MTB, figurando na 18ª colocação. 
 
Também representaram o Brasil no circuito de Monte Bello em San Pedro de Colalao José Gabriel (Audax), bronze na categoria sub-23 e 10º colocado na classificação geral, e Erick Brusque (Specialized), quinto colocado também na Sub-23. 
 
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Evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas termina com vitória britânica e evolução brasileira

Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
 
Com três das melhores equipes do mundo na competição, o Brasil não conseguiu vencer uma partida durante o Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, mas o evento-teste da modalidade, disputado neste fim de semana na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, terminou neste domingo (28.02) com saldo positivo dentro e fora de quadra.
 
Tanto os atletas estrangeiros – do Canadá, Austrália e Reino Unido – quanto os brasileiros foram unânimes em elogiar a estrutura do evento e, principalmente, o nível de acessibilidade alcançado não só no ginásio, mas também no hotel e durante os trajetos entre aeroporto, local de hospedagem e instalação.
 
“Tudo foi perfeito, todos ajudaram bastante, e a cidade é absolutamente linda. O estádio é fantástico e mal posso esperar para ver esse lugar lotado durante os Jogos”, disse Jim Roberts, artilheiro da competição com 136 gols marcados e campeão com o time do Reino Unido. “Está tudo nos conformes, tudo bacana. O ginásio e o Parque Olímpico estão bem acessíveis”, completou o brasileiro Lucas Junqueira.
 
Para Lucas, uma emoção ainda maior do que jogar na instalação que será utilizada durante os Jogos Rio 2016 foi sentir de perto o apoio da torcida. “É um orgulho jogar dentro de casa, ter uma torcida dessa empurrando a gente. Foi uma oportunidade muito diferente que nós pudemos experimentar. Minha família teve a oportunidade de vir conhecer, de ver um jogo de alto nível, então foi muito emocionante para mim, sentir a galera empurrando. Houve momentos em que a gente estava brigando para tentar fazer um ponto ou bloquear e a torcida empurrando foi algo muito significativo para mim”, disse Junqueira.
 
Apesar de o Brasil ter perdido as seis partidas que disputou – duas vezes para cada time da competição -, o atleta enxerga uma evolução no jogo da Seleção Brasileira. “Nós sentimos uma evolução. São equipes que a gente não costuma enfrentar, então foi uma oportunidade de conhecê-los melhor, entende a tática de jogo deles. A nossa principal meta era diminuir a diferença de gols, e a gente conseguiu fazer isso, principalmente contra o Canadá, o que foi excelente”, afirmou Lucas. “O Brasil melhorou muito desde que jogamos pela última vez, acho que faz dois anos. Eles evoluíram bastante”, concordou o britânico Jim Roberts.
 
Durante três dias, as seleções do Brasil, Canadá, Austrália e Reino Unido se enfrentaram em turno e returno. No final, a equipe britânica conquistou o primeiro lugar, com a Austrália em segundo e o Canadá em terceiro.
 
Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
 
Balanço
Quinto evento-teste realizado na Arena Carioca 1, o campeonato de rúgbi em cadeira de rodas teve foco na acessibilidade e não registrou grandes problemas durante os três dias de competição. Atletas, membros das comissões técnicas e dirigentes do Comitê Rio 2016 saíram satisfeitos com o trabalho e previram poucos ajustes para os Jogos Paralímpicos 2016.
 
“O transporte é um dos itens que foi testado quanto à acessibilidade. Eles estão operando com rampas não somente no aeroporto, mas no hotel e na instalação, para mensurar tempo de embarque e desembarque e para poder projetar isso numa dimensão maior. Posso adiantar que foi um sucesso e que o pessoal gostou bastante”, afirmou Augusto Fernandes, coordenador de acessibilidade do Comitê Rio 2016.
 
Para ele, os principais ajustes que precisam ser feitos são em relação à sinalização para pessoas com necessidades especiais. “A gente tem algumas melhorias a serem feitas, principalmente a sinalização, que não é a mesma que será usada nos Jogos. A gente tem observado que isso traz falhas de comunicação, então precisamos ajustar para a informação correta seja transmitida da melhor maneira possível”, explicou.
 
Na avaliação de Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Rio 2016, o único problema detectado durante o evento-teste foi em relação à alimentação. “A gente não teve nenhuma grande questão, só um probleminha operacional de alimentação. As equipes são responsáveis por sua própria alimentação, mas a gente tem que prover a estrutura para que eles possam se alimentar. A gente tem food trucks na instalação e um deles teve um problema, mas a gente já remediou. Isso é parte da operação de um evento, evento-teste acontece isso mesmo, e assim a gente pode melhorar não só a nossa operação, mas também a dos nossos fornecedores”, disse.
 
Garcia destacou as melhorias em acessibilidade em relação ao evento-teste do basquete em cadeira de rodas. “Embora a arena tenha sido testada várias vezes, a equipe de gerenciamento da competição é outra. A acessibilidade em quadra a gente modificou um pouquinho, e foi legal, melhorou bastante nesse ponto. Alguns ajustes na parte de estrutura também foram realizados com sucesso. Mas o mais importante para a gente é poder estar aqui e ver atletas desse nível, campeões olímpicos, mundiais, jogando com o Brasil, uma grande oportunidade para que a equipe brasileira possa vivenciar esse ambiente. Para a gente, é uma satisfação imensa receber o retorno desses atletas”, completou.
 
Augusto Fernandes lembrou que a acessibilidade não é importante apenas para os atletas, mas também para os espectadores, voluntários e profissionais que vão assistir aos jogos ou trabalhar nas instalações. “É muito importante que a gente saiba os fluxos de cada área funcional. Apesar de não ser um evento com foco em espectador, é importante a gente observar isso”, explicou.
 
Um exemplo dessa preocupação é a implantação de boxes para pessoas com mobilidade reduzida nos banheiros. Esses boxes servem para os idosos que têm dificuldade, para os obesos. “As pessoas acham que aqueles boxes são destinados aos cadeirantes, mas na verdade o box dos cadeirantes é fora do banheiros coletivos, para não gerar nenhum problema de fluxo”, disse Augusto, lembrando que o evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas foi o que teve maior número de cadeirantes voluntários, com seis no total. “Isso é um ganho. A gente tem que se preocupar com a acessibilidade para os voluntários também”.
 
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No "resta um" do evento-teste da marcha, sobraram os equatorianos

Se o olhar do espanhol Luis Saladie pudesse se restringir ao que ele viu neste domingo no âmbito técnico e estético do evento-teste da marcha atlética, o relatório dele como delegado-chefe da Federação Internacional de Atletismo seria estritamente racional. O gradeamento poderia sair de dentro do circuito por onde correm os atletas para cima dos paralelepípedos. Assim, árbitros e atletas teriam mais espaço e os jornalistas, uma vista mais limpa para fotos e vídeo. Em outra frente, o espaço de técnicos, profissionais de imprensa e convidados seria melhor definido.
 
A impressão final dele, contudo, tem como ingrediente um componente medido em umidade e graus Célsius: o calor do Verão do Rio de Janeiro fez com que 11 dos 18 atletas que largaram para os 50km abandonassem a prova. "Estamos no verão. Em agosto, na época dos Jogos, vai ser muito menor a temperatura. Tem de ser menor”, afirmou, em tom de brincadeira, Saladie.
 
Vencedor da prova, Claudio Villanueva Flores se refresca ao longo dos 50km da marcha atlética. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Vencedor da prova, Claudio Villanueva Flores se refresca ao longo dos 50km da marcha atlética. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
 
Ao fim, o pódio foi integralmente equatoriano, com Claudio Flores em primeiro, seguido por Rolando Pani e Jonnathan Cabrera. “Cumpri o objetivo, que era ganhar a prova, mas realmente o calor foi um adversário importante. Já tenho a marca para a Olimpíada e quero estar aqui de novo nos Jogos”, disse Flores, que treina ao lado dos colegas na altitude de 2.550m de Cuenca. Uma dimensão da influência do clima na modalidade se reflete no tempo. Flores tem como melhor marca pessoal 3h50min25s. No Rio, venceu com 4h23min37s, mais de meia hora acima.
 
Gradeamento e piso
Fora a temperatura, que também teve o efeito de tirar da prova os sete brasileiros que largaram, os testes foram considerados bem sucedidos. “Claro que há algumas coisas por fazer, o que é normal, já que faltam cinco meses, mas está tudo na linha do que se propõe. O piso está ótimo, perfeito. Eu só gostaria que a pista fosse um pouco mais larga, porque o evento-teste teve 18 atletas, e na Olimpíada serão 60”, disse.
 
“Vamos afastar um pouco as grades para aumentar o espaço na pista. Se tiro da parte interna e coloco acima da calçada, automaticamente amplia a sensação de abertura. Visualmente fica melhor, mais limpo”, afirmou Martinho dos Santos Nobre, gerente de atletismo do Comitê Rio 2016. “E o circuito, que era o mais importante, foi aprovado pelos atletas. Disseram que é plano, rápido, sem inclinação. Muito bom para eles”, completou.   
 
Percurso de dois quilômetros montado ao lado da praia é o mesmo que será usado nos Jogos Olímpicos Rio 2016. (Foto: Brasil2016.gov.br)Percurso de dois quilômetros montado ao lado da praia é o mesmo que será usado nos Jogos Olímpicos Rio 2016. (Foto: Brasil2016.gov.br)
 
De fato, o trajeto rendeu elogios desde sábado, quando foi disputada a prova de 20km da Copa Brasil. Sem oscilações, foi considerado técnico e adequado. “É tranquilo. Bom mesmo. Não tem muita subida e descida. Na Olimpíada vai ser bom”, afirmou Claudio Richardson dos Santos, que abandonou a prova deste domingo na metade do trajeto. “Estava desgastante. Perdi ritmo, levei duas advertências dos árbitros (com três o atleta é eliminado) e preferi parar. Tem outra oportunidade na Eslováquia, dia 19, e quero estar bem”. 
 
 O índice olímpico dos 50km é de 4h06min. Por enquanto, só Caio Bonfim e Mario José dos Santos Jr. chegaram lá. Cada país pode correr com até três integrantes.  A data limite para alcançar o tempo é 8 de maio. O mineiro Rudney Dias Nogueira, que neste domingo deixou a prova sentindo problemas estomacais, pretende estar lá. “Hoje não foi o que a gente planejou, mas agora é descansar porque mês que vem tem competição na Europa. Vou tentar lá”, avisou. 
 
Visual da Praia do Pontal, no Rio de Janeiro, recebeu elogios dos organizadores da prova. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Visual da Praia do Pontal, no Rio de Janeiro, recebeu elogios dos organizadores da prova. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
 
Chips e placares
Na face tecnológica, a prova serviu para avaliar o funcionamento de cronômetros, placares eletrônicos, chips nos tênis dos atletas que registram o tempo e o número de voltas completadas e o sistema de transmissão de dados. “Toda essa parte de tecnologia e de transmissão das faltas funcionou perfeitamente. Podemos dizer que foi um sucesso”, disse Martinho Nobre dos Santos, gerente de atletismo do Comitê Rio 2016.
 
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Caio Bonfim, o "Messias anunciado" por Gianetti Sena, é penta na Copa Brasil de marcha atlética

Ivo Lima/MEIvo Lima/ME
 
Há instantes em que uma correntinha no pescoço sintetiza tão bem uma história de preparação olímpica quanto detalhes de placar, som, cronômetro, pista, sinalização, sistema de resultados e gradeamentos. Se a listagem de itens técnicos indica o foco dos organizadores no evento-teste da marcha atlética, na região do Pontal, no Rio de Janeiro, o adereço de Gianetti Oliveira de Sena é símbolo da dedicação familiar de décadas sob um lema que é mantra entre eles: "excelência e caráter”.
 
“Eu mandei fazer. Aqui estamos eu e o Caio juntos. Eu brinco que sou a João Batista da Marcha Atlética. Anunciei a vinda de um grande atleta”, afirma Gianetti. Fundista de origem e pioneira da marcha feminina, mesmo tendo começado tarde, aos 29 anos (quando engravidou), ela encerrou a carreira aos 43 com um legado de oito títulos nacionais. Hoje, ao lado do marido e treinador João Sena, decide em conjunto com o filho o ritmo, a frequência e as prioridades da carreira do jovem de 24 anos.  
 
A trinca familiar teve neste sábado mais um motivo para julgar que o caminho é promissor. Caio Bonfim fechou os 20km da Copa do Brasil em 1h26min12s e conquistou o quinto título seguido do torneio, mais de quatro minutos à frente do segundo colocado, José Alessandro Bagio.  “A marcha é um componente desde sempre dentro de casa. Não têm pessoas melhores para me treinar do que eles. Querem sempre evoluir, buscar bons resultados e trabalham com excelência e caráter. Muitas pessoas me disseram para treinar com outros. E muitos disseram a eles que deveriam me liberar. Mas temos conseguido juntos fazer acontecer, com amor, renúncia e temperança”, disse Caio.  
 
Ivo Lima/MEIvo Lima/ME“Eu sempre disse em casa quando fizemos essa opção: não vamos ficar ricos, não vamos ser assediados na rua, mas amamos o que fazemos. Adoro acompanhá-lo e pensar em tudo o que pode ser melhor para ele. É um garoto que sabe o que quer. Gosta do que faz. Treina todo dia, não falta”, diz Gianetti, que cita os investimentos na modalidade como elos estratégicos na lapidação do potencial de Caio. “Ele não tem patrocínio privado, tem a Bolsa Atleta na categoria olímpica, e a ajuda do governo do DF, do Comitê Olímpico do Brasil e da Confederação Brasileira de Atletismo”, listou. Essa base, mais investimentos da própria família, permitiu que Caio cumprisse 12 provas do calendário internacional em 2015.
 
Os resultados esportivos recentes são, segundo o próprio atleta, a síntese da consistência desse discurso. À quinta estrela nacional que ele poderia bordar na camisa, some-se o bronze no Pan de Toronto, o sexto lugar no Mundial de Atletismo de 2015 e os índices olímpicos confirmados nos 20km e 50km da marcha. 
“Eu faço os 50km para melhorar minha prova de 20km, que é o meu foco. Vou correr as duas e dar tudo nos Jogos Olímpicos, mas é nos 20km que venho batendo perto há tempos". O cronograma até os Jogos inclui uma prova de 50km na Eslováquia, uma fase de treinamento na altitude em Serra Nevada, na Espanha, e a participação em provas internacionais de 20km em Portugal e Roma.  
 
“Quero vir para o Rio um mês antes dos Jogos para treinar mais nesse percurso. A prova foi boa para já mapear tudo e o circuito está ótimo, perfeito. Há um pouquinho de elevação e um pouquinho de descida, como em qualquer circuito de rua. Se eu puder fazer essa aclimatação e contar com o calor da temperatura e do povo brasileiro, chances de ir bem aumentam”, afirmou o atleta. “Em Toronto perdi no Pan para dois canadenses que conheciam cada trecho do percurso porque treinaram direto lá um mês antes”. 
 
Teste oficial
O evento-teste propriamente dito da marcha será neste domingo. A prova de 50km, que valerá como o Campeonato Sul-Americano, reúne 15 atletas de sete países e tem largada prevista para 6h30. Representantes de Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, além de Congo e China, que vieram como convidados, darão 25 voltas num circuito de dois quilômetros. O Brasil terá Claudio Richardson dos Santos (AABB-RN), nove vezes campeão da Copa Brasil, Rudney Dias Nogueira (USIPA-MG), Luiz Felipe dos Santos (ASSEM-SP) e Samir Cesar Sabadin (Curitiba SMELJ-PR).
 
O teste avalia desde os ajustes especiais de trânsito realizados pela prefeitura até o circuito, que teve o asfalto aplicado nos últimos dias, depois que foram retirados trechos de paralelepípedo e quinas perto na praça que dá acesso à Praia do Pontal. Também entram na lista de itens monitorados o gradeamento e a cronometragem, que será feita pela Omega, empresa responsável pela área na Olimpíada do Rio. Serão testados ainda os chips dos marchadores, o placar eletrônico de faltas e a apuração dos resultados.  
 
Ivo Lima/MEIvo Lima/ME
 
Investimentos
Além de Caio Bonfim, outros 17 atletas da marcha atlética recebem a Bolsa Atleta em todo o país, num investimento que totalizou R$ 208 mil em 2015, segundo informações do Ministério do Esporte. 
 
No plano da infraestrutura, a Rede Nacional de Treinamento em fase de implantação pelo governo federal tem 47 pistas oficiais de atletismo incluídas entre as prioridades. O Centro de Treinamento de Atletismo de São Bernardo do Campo, inaugurado em 2015, recebeu R$ 19,5 milhões e conta com pista nível 1 certificada pela Federação Internacional de Atletismo. São quase 30 mil metros quadrados de área construída. O espaço recebe atualmente 80 atletas de alto rendimento, além de 150 jovens de escolinhas e categorias de base.
 
Dois convênios com a CBAt, um realizado em 2011 e outro em 2015, são voltados para a estruturação de centros de treinamento, locais, regionais e nacionais, contratação de profissionais e compra de equipamentos necessários à preparação de atletas. Ao todo, somam R$ 38,9 milhões.
 
"Temos uma parceria forte na nacionalização da rede de treinamento, em pistas de atletismo e em materializar uma estrutura passível de revelar novos talentos. Além desse investimento físico é importante ressaltar o investimento nas pessoas. O Bolsa Atleta como programa atinge desde a categoria de base até o alto rendimento”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Esporte, Marcos Jorge, que representou o ministro George Hilton no evento deste sábado.
 
Ascom - Ministério do Esporte
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