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Quatro duplas, quatro pódios: vôlei de praia almeja resultado histórico

No Rio 2016, o vôlei de praia completa 20 anos no programa olímpico. A estreia foi marcada pela final 100% brasileira em Atlanta 1996, quando Jaqueline e Sandra venceram Mônica e Adriana garantindo as duas primeiras das onze medalhas olímpicas que o país conquistou na modalidade. Nas areias de Copacabana, os anfitriões querem fazer história. Com quatro duplas no topo do ranking mundial, o objetivo não é modesto: quatro medalhas nos Jogos de 2016.

“Pelo apoio que a gente tem tido, pela história do voleibol de praia, a meta é buscar medalhas. A gente vai atrás de quatro medalhas. Seria um fato histórico. No feminino, pelo sorteio, só nos encontraremos na final, e estamos tentando monitorar o masculino para que o mesmo ocorra”, disse Franco Neto, ex-jogador e gerente de Seleções de Vôlei de Praia da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Duplas definidas
O planejamento para 2016 conta com um forte aliado: a definição precoce dos times. Os atuais campeões mundiais e líderes do ranking da temporada 2015, Alison e Bruno Schimdt, e as vice-líderes do ranking feminino do ano passado, Larissa e Talita, venceram a chamada corrida olímpica, que contabilizou a pontuação obtida nos nove principais eventos do Circuito Mundial (cinco Grand Slams, três Major Series e o Open do Rio), descartando os dois piores resultados ao longo da campanha. Já no fim de agosto de 2015, os dois times já não poderiam mais ser alcançados pelos oponentes e garantiram a vaga.

Alison e Bruno terminaram 2015 como campeões mundiais e líderes do ranking. (Foto: FIVB)Alison e Bruno terminaram 2015 como campeões mundiais e líderes do ranking. (Foto: FIVB)

Caberia à CBV o anúncio, em janeiro de 2016, das outras duas duplas, definidas pela confederação com base em critérios técnicos. A escolha, entretanto, foi antecipada: Ágatha e Bárbara, campeãs mundiais de 2015 e líderes do ranking mundial da temporada, e Evandro e Pedro Solberg, vice-líderes do ranking masculino, foram oficializados na equipe olímpica em 16 de setembro do ano passado.

“A gente teve a oportunidade de classificar as duplas com antecedência pela primeira vez na história, o que vai dar tranquilidade para a preparação. Tivemos um 2015 excepcional, estamos felizes com a performance. A gente entende que a conquista de qualquer título tem a ver com o planejamento que antecede essa conquista e estamos trabalhando todos os dias para isso”, ressaltou Franco.

Com um bronze no currículo, Larissa vai para a terceira Olimpíada, desta vez ao lado de Talita. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Com um bronze no currículo, Larissa vai para a terceira Olimpíada, desta vez ao lado de Talita. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Planejamento
Participar das principais etapas do Circuito Mundial 2016 é parte essencial da preparação das duplas, segundo Franco, já que elas têm a oportunidade de estudar cada vez mais os adversários.

“A gente vai querer participar e ir bem no Circuito Mundial. A gente vai querer ser campeão mundial de novo, mas a principal competição, sem dúvida, são os Jogos. Damos total confiança para o nosso técnico (Leandro “Brachola”) para fazer o melhor planejamento possível para chegarmos bem no momento dos Jogos”, disse Bruno Schmidt.

Três semanas antes das Olimpíadas, os atletas terão um rápido descanso e, logo depois, se apresentarão para a reta final. “Eles vão passar uma semana em casa e aí uma, duas semanas antes, voltam. A maioria das duplas vai ficar na Esefex (Escola de Educação Física do Exército), na Urca, mas o Alison e o Bruno escolheram ficar na Vila dos Atletas por uma experiência que o Alison identifica que foi positiva. A gente conversou bastante, entendemos o ponto de vista dele e apoiamos. Não sabemos ainda os horários em que as duplas jogam. Pode ser que, se o horário não for tão conveniente, talvez eles (Alison e Bruno) tenham que mudar. E eles estão abertos a isso”, explicou Franco.

Bruno, estreante em Jogos, não teme a pressão e se sente preparado para o desafio olímpico. “Primeiro de tudo, ninguém deu para a gente a vaga, nós é que conquistamos. Isso é uma coisa que ninguém pode tirar de mim, foi mérito. Analisando a parte da pressão, 2015 já foi um teste, porque a gente não começou bem nas três primeiras etapas do Circuito e tivemos que lidar com muita pressão. E quando a pressão foi maior, a gente correspondeu bem, a gente se uniu mais. Demos um salto muito grande”.

Suporte
Os oito atletas que representarão o Brasil nos Jogos Rio 2016 recebem a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. Foram assinados ainda, entre 2010 e 2013, oito convênios entre o ministério e a CBV, no valor total de R$ 26,7 milhões, para viabilizar o treinamento e a participação em competições internacionais, e contratar profissionais (como treinador, preparador físico, fisioterapeuta, estatístico, nutricionista e psicólogo), entre outras formas de apoio.

Ágatha em ação no evento-teste do Rio. Parceria com Bárbara terminou 2015 na liderança do ranking mundial. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)Ágatha em ação no evento-teste do Rio. Parceria com Bárbara terminou 2015 na liderança do ranking mundial. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)

“Eles não tinham justificativa pra dizer que não tinham apoio, porque tiveram todo tipo de apoio e eles reverteram isso em resultado. A gente está feliz e esperar concluir todo esse trabalho, esse ciclo, esse planejamento como num filme com final feliz. Acho que é mais do que justo. Estamos no caminho certo”, afirmou Franco Neto.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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Seleção Brasileira feminina de futebol é convocada para período de treinos

Rafael Ribeiro/CBFRafael Ribeiro/CBF
O técnico da Seleção Brasileira Feminina de futebol, Vadão, divulgou, nesta segunda-feira (04.01), a primeira convocação de 2016. Foram chamadas para o primeiro período de preparação do ano olímpico as 21 jogadoras que integram a equipe permanente. Os treinamentos serão realizados entre os dias 11 de janeiro e 5 de fevereiro, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).
 
O trabalho servirá como preparo para a disputa da Copa Algarve, em Portugal, que será realizada de 1º a 10 de março.
 
Confira a lista das atletas convocadas:
Goleiras
 
Bárbara
 
Luciana
 
Letícia
 
Laterais
 
Fabiana
 
Tamires
 
Poliana
 
Camila
 
Rilany
 
Zagueiras
 
Tayla
 
Bruna Benites
 
Géssica
 
Mônica
 
Volantes
 
Formiga
 
Beatriz Vaz e Silva
 
Andressa
 
Thaísa
 
Meias
 
Maurine
 
Juliete
 
Atacantes
 
Rafaela Travalão
 
Débora
 
Gabriela Zanotti
 
Fonte: CBF
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CBJ apoia criação de academias de judô em aldeias indígenas no interior de Mato Grosso

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) é uma das entidades envolvidas em um projeto que levará o ensino do judô para aldeias indígenas no interior de Mato Grosso. Foi assinado um convênio entre o governo do Estado e a Associação de Judô Estrela da Serra, representada pelo presidente Dario Togo Schimosako e pelo idealizador do projeto, Wilson Verta, para viabilizar a iniciativa. O medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015, David Moura, esteve presente no evento.

“A gente sabe que os índios estão tendo problemas com drogas e álcool e o judô pode mudar essa situação. Por isso, fiz questão de estar presente e participar. Já fui à aldeia, montamos um tatame, treinei com eles e conversei bastante”, contou o judoca peso pesado de Cuiabá.

A Associação de Judô Estrela da Serra existe há 13 anos com o objetivo de resgatar crianças das ruas por meio do esporte e já atendeu cerca de três mil jovens. Agora, a ideia é expandir o projeto para os índios das aldeias Formoso e Rio Verde, da etnia Paresi, localizadas perto de Tangará da Serra, cidade que fica a cerca de 240 quilômetros de Cuiabá. As aulas serão ministradas por instrutores que conheceram o judô por meio do trabalho social da associação.

“Acredito muito que teremos no futuro um campeão indígena. Assim como Davi Moura, nosso grande ídolo atual, quem sabe nós não teremos um ídolo indígena? Eles são guerreiros por natureza”, disse Verta.

A verba destinada pelo governo será utilizada no pagamento dos instrutores e na aquisição de quimonos para os alunos. Já a CBJ e a Federação de Judô do Mato Grosso cederão os tatames para as academias.

Fonte: CBJ
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil enfrenta Montenegro e Alemanha no mesmo dia, após derrota para campeã olímpica

A seleção brasileira masculina de polo aquático estreou no Torneio 4 Nações nesta 2ª feira, em Dubrovnik, e de cara pegou o time da casa, simplesmente, a Croácia, atual campeã olímpica. No final, vitória croata por 12 a 8, num jogo de três quartos bem equilibrados. A exceção foi o primeiro, no qual os croatas ganharam por 4 a 1. Nas outras parciais: 3-3, Croácia 3-2 e 2-2. O Torneio termina nesta terça feira, em que haverá duas rodadas (manhã e tarde). O Brasil enfrenta Montenegro às 8 horas, e a Alemanha às 14h, no horário de Brasília. 
 
Os gols brasileiros foram de Josip Vrlic (3), Gustavo "Grummy" Guimarães (2), Rudá Franco, Ádria Delgado e Guilherme Gomes. Completam o time brasileiro, Slobodan Soro, Vinícius Antonelli, Jonas Crivella, Bernardo Gomes, Paulo Salemi, Felipe Silva, Danilo Correa, Ives Alonso, Gustavo Coutinho e Bernardo Reis. Para a Croácia marcaram Antonio Petkovic (4), Maro Jokovic (4), Luka Bukic (2) e Ante Vukicevic (2). 
 
No jogo inicial do quadrangular, vitória de Montenegro sobre a Alemanha por 11 a 8 (1-0, 5-5, 2-2 e 3-1), com quatro gols do montenegrino Aleksandar Ivovic. 
 
A equipe brasileira viajou para treinar e participar de jogos na Europa no dia 26 de dezembro, após três dias de descanso após um 'training-camp' no Rio de Janeiro. O grupo está composto por 15 jogadores. O desfalque é Felipe Perrone que precisou voltar ao Brasil pra resolver problemas particulares.
 
A competição na Croácia faz parte da preparação brasileira visando os Jogos Rio 2016. Depois o Brasil viaja para treinar e fazer amistosos na Sérvia.
 
Tabela do Torneio 4 Nações (hora de Brasília)
 
Resultados
Dia 4/01 - 2ª feira
Alemanha 8 x 11 Montenegro / Croácia 12 x 8faz parte Brasil 
 
Próximos Jogos
Dia 5/01 - 3ª feira
8h - Montenegro x Brasil / 9h20 - Croácia x Alemanha / 14h - Alemanha x Brasil / 15h20 - Croácia x Montenegro
 
O polo aquático brasileiro conta com recursos dos Correios - Patrocinador Oficial dos Desportos Aquáticos Brasileiros, e ainda do Bradesco/Lei de Incentivo Fiscal, Lei Agnelo/Piva - Governo Federal - Ministério do Esporte, COB, Sadia, Speedo e Universidade Estácio de Sá.
 
Fonte: CBDA
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Atletismo paralímpico planeja entre 11 e 14 ouros no Rio 2016

Marcio Rodrigues/MPIX/CPBMarcio Rodrigues/MPIX/CPB
 
Em se tratando de Jogos Paralímpicos, o Brasil vive uma ascensão contínua no quadro de medalhas nas últimas edições da competição. Até os Jogos de Sydney, em 2000, o país jamais havia se classificado entre os 20 melhores. Depois disso, impulsionados por recursos da Lei Agnelo-Piva, sancionada em 16 de julho de 2001, e beneficiados com outros programas como Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte, e, mais recentemente, Plano Brasil Medalhas e Bolsa Pódio, os esportes paralímpicos se profissionalizaram e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) aperfeiçoou a estrutura.
 
Com isso, o Brasil saltou do 24º lugar geral em Sydney 2000 para o 7º na classificação dos Jogos de Londres 2012. E muito do sucesso se deve a contribuição do atletismo nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. Para 2016, o desempenho da delegação na capital fluminense será determinante para que o país possa alcançar a meta de terminar as Paralimpíadas no top 5. Para turbinar as chances de pódio, o CPB planeja contar com uma delegação recorde.
 
“Até hoje, nossa maior delegação de atletismo foi na edição de Pequim, em 2008, quando competimos com 42 atletas”, afirmou Ciro Winckler, coordenador técnico de atletismo do CPB. “Em Londres 2012, competimos com 35 atletas. Para os Jogos do Rio, planejamos uma delegação com algo entre 50 e 60 atletas. Será a nossa maior delegação da história no atletismo em Paralimpíadas”, disse.
 
Sem vagas garantidas
Assim como no atletismo olímpico, no atletismo paralímpico o Brasil, por ser país-sede, não é beneficiado com vagas. Quem quiser se classificar tem de atingir o índice exigido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) para cada uma das 29 provas (15 no masculino e 14 no feminino) em disputa nos Jogos Paralímpicos. Vale ressaltar que o número de medalhas em jogo vai além das 29 provas, uma vez que uma mesma prova pode distribuir várias medalhas, devido às diferentes classes que separam os atletas de acordo com suas deficiências.
 
Em função da qualidade dos atletas no país, o CPB vai se deparar com uma situação que hoje já é normal para o atletismo paralímpico em grandes competições internacionais. “No nosso caso, só ter o índice não garante que um atleta irá disputar os Jogos. Como cada país tem uma cota máxima, com certeza vamos ter um número muito maior de atletas no Brasil com índice do que a nossa cota de vagas”, ressaltou.
 
Com isso, o CPB levará em conta não apenas o índice, mas o potencial de pódio de cada um antes de decidir quem defenderá o Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio, disputados entre 7 e 18 de setembro. “No Mundial em Doha, no Catar (disputado em outubro), tivemos um número maior de atletas com índice do que tínhamos de vagas. Tivemos que criar um critério que não levava em conta só o índice. O atleta tinha que ter chance real de medalha e para os Jogos Paralímpicos vai ser assim de novo. No Mundial, todos os que foram estavam entre os quatro melhores do mundo”, recordou Ciro Winckler.
 
A data limite para a conquista dos índices é 16 de junho. E, segundo Winckler, o CPB pretende divulgar no dia seguinte o nome de todos os atletas que competirão no atletismo nos Jogos Paralímpicos do Rio.
 
MPIX/CPBMPIX/CPBMetas audaciosas
Para 2016, o CPB planeja dar um novo salto no quadro de medalhas e levar o Brasil ao quinto lugar na classificação geral. E o atletismo terá um papel fundamental para que esse objetivo seja atingido. “Se a gente resgatar historicamente o desempenho do atletismo brasileiro nos Jogos Paralímpicos, vamos ver que ele foi protagonista. Em Atenas 2004, o Brasil ficou na 14ª colocação geral e em 15º na classificação do atletismo. Em 2008, quando o Brasil ficou em 9º lugar em Pequim, o atletismo ficou em 10º. E em Londres 2012, nosso país terminou em sétimo e o atletismo também foi sétimo”, detalhou Winckler.
 
Para ajudar o Brasil a chegar ao top 5, o dirigente já tem em mente quantas medalhas o país precisará faturar no atletismo. “Vamos ter que trabalhar com uma média entre 11 e 14 ouros, sem contar as pratas e bronzes. No total, vamos ter que brigar por algo entre 35 e 40 medalhas”, adiantou.
 
Calendário movimentado
Diferentemente do atletismo olímpico, no qual a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) interfere o mínimo possível no planejamento de treinos e competições dos atletas de elite (que fazem essa programação com treinadores e clubes), no atletismo paralímpico o papel do CPB é mais enfático.
 
“O CPB centraliza as ações para potencializar resultados”, explicou Ciro Winckler. “Primeiro, a gente define o calendário de treinamentos e competições nas quais os atletas vão ter suporte do Comitê Paralímpico, que envia suas equipes multidisciplinares”, continuou. Segundo ele, o planejamento para o primeiro semestre está quase todo fechado.
 
“Na preparação para os Jogos Paralímpicos, vamos trabalhar por áreas. Os fundistas têm as provas específicas e os treinamentos em altitude; os velocistas vão ter os campings de treinamento nos Estados Unidos e competições no Brasil e nos Estados Unidos; e os lançadores vão ter treinos específicos e competições no exterior”, detalhou.
 
Outro ponto importante na preparação será o evento-teste, entre 18 e 21 de maio, organizado pelo CPB. “Vamos ter uns 400 atletas em uma competição de nível internacional”, adiantou Winckler. “Vamos convidar vários estrangeiros e vamos trazer alguns rivais para que nossos atletas possam se preparar da melhor maneira possível. Esse evento-teste será excelente e nos dará um ótimo parâmetro”, encerrou o dirigente.
 
MPIX/CPBMPIX/CPB
 
Retorno do investimento
Dona de seis medalhas em Jogos Paralímpicos, três delas de ouro – nos 200m em Pequim 2008 e nos 100m e 200m em Londres 2012 na classe T11 (para quem tem comprometimento de visão) –, a mineira Terezinha Guilhermina compartilha a confiança de Ciro Winckler e afirma que o atletismo brasileiro fará uma campanha histórica nos Jogos Paralímpicos do Rio.
 
“Eu considero realmente palpável dizer que teremos a melhor participação do Brasil no atletismo”, declarou a velocista. “Hoje, temos mais de 35 atletas entre os três primeiros do mundo e ainda mais uns 20 que estão entre o quarto e quinto lugares e que podem buscar medalhas”, lembrou Terezinha.
 
Para ela, todo o apoio recebido desde os Jogos de Londres 2012 permitiu que o atletismo paralímpico se tornasse ainda mais forte. “Os investimentos do Ministério do Esporte e todo o trabalho que o CPB tem feito nos deu uma base forte. No que depender do atletismo, acredito que temos matéria-prima para conquistar medalhas e ajudar o Brasil a chegar no top 5”.
 
A opinião é a mesma do velocista Yohansson do Nascimento. O alagoano já tem quatro medalhas nos Jogos Paralímpicos no currículo, entre elas um ouro, nos 200m em Londres 2012 na classe T45 (para amputados). Para ele, os pódios conquistados na capital fluminense serão a confirmação de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos ciclos.
 
“Eu tenho 10 anos no esporte. Iniciei em 2005 e vi esse salto acontecendo em todas as modalidades”, disse o corredor. “Em 2008, em Pequim, já foi um sucesso, e em Londres foi do mesmo jeito. Não vai ser diferente em 2016, principalmente porque é aqui em casa. Estamos fazendo uma festa, preparando tudo, e as medalhas vão ser a cereja do bolo. O atletismo hoje tem excelentes representantes que se eu fosse citar ficaria meia hora só falando nomes. Então, é claro que o atletismo tem condições de atingir a meta de medalhas que o CPB traçou para os Jogos de 2016”, finalizou o velocista.
 
O CAMINHO DO ATLETISMO PARALÍMPICO
 
Vagas 
O Brasil não é beneficiado por ser país-sede. Cada atleta tem de conquistar o índice para sua prova exigido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês)
 
Critério de classificação
Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o número de atletas com índices no Brasil será maior do que o número de vagas que o país terá no atletismo. Assim, haverá um critério interno de classificação, que levará em conta a posição no ranking e a chance de medalha. O CPB espera divulgar a lista final para os Jogos no dia 17 de julho.
 
A estrutura da Seleção 
Por enquanto, os atletas treinam em seus clubes, com seus técnicos. Mas, em breve, a Seleção Brasileira terá à disposição o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O local terá capacidade para receber até 282 atletas simultaneamente e estrutura para treinamentos e competições de 15 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.
 
Resultados em Jogos Olímpicos
O Brasil contabiliza 109 medalhas no atletismo em Jogos Paralímpicos, das quais 32 são de ouro, 47 são de prata e 30 são de bronze.
 
Metas para os Jogos 2016
O objetivo é conquistar entre 35 e 40 medalhas no total. Dessas, entre 11 e 14 ouros.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Confederação prevê três pódios movidos pelas braçadas. Atletas são mais otimistas

Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brGabriel Heusi/brasil2016.gov.br
 
Os esportes aquáticos representam uma grande força no cenário esportivo brasileiro. Segundo informações da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), natação, maratona aquática, polo aquático, saltos ornamentais e nado sincronizado contabilizam, juntos, 146 mil federados no país, com presença em todos os estados: 20 mil participam de competições.
 
Existem no Brasil 1.666 agremiações filiadas à CDBA e, nas últimas duas edições olímpicas – Pequim 2008 e Londres 2012 –, a natação respondeu por 12,5% das 32 medalhas conquistadas pelo país. Na China, Cesar Cielo faturou um ouro e um bronze e, na Inglaterra, Thiago Pereira assegurou uma prata e Cielo voltou ao pódio, com um bronze.
 
Agora, na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a CBDA pretende manter a rotina de medalhas na natação e, pela primeira vez, ver um atleta do país subir ao pódio em outra modalidade: a maratona aquática, que estreou na competição em Pequim 2008.
 
A CBDA já tem o planejamento de metas para os Jogos Rio 2016 em cada uma das cinco modalidades. Apenas na natação e na maratona aquática há o objetivo de medalha. As projeções apontam para dois pódios na piscina e um em mar aberto. Além disso, a entidade prevê que dois atletas se classifiquem entre os oito primeiros na maratona aquática e que 21 representantes do país cheguem às finais na natação, com outros nove nas semifinais.
 
“As maratonas e a natação são o carro-chefe”, afirma Ricardo Moura, superintendente executivo da CBDA. O dirigente alerta que será preciso que os atletas estejam prontos para lidar com a pressão e a expectativa de sucesso. “A competitividade tem crescido assustadoramente a cada edição Jogos e é complicado obter medalha. Não podemos queimar etapas. O Brasil vai nadar em casa e a expectativa criada para quem nada em casa é diferente. Ninguém chega a uma medalha (na natação) sem passar pela eliminatória, pela semifinal e pela final. Vai ser preciso lidar com essa pressão a cada etapa”, adianta.
 
Além disso, o horário das finais pode ser outro complicador. “Vamos ter um horário da natação bem diferente. Ninguém nadou nesse horário, das 22h para as finais”, lembra o dirigente. “É preciso que o povo brasileiro tenha noção de que as medalhas não virão facilmente. Estar em uma final já é uma posição muito interessante. O sarrafo que foi colocado pelo COB, que é estar entre os 10 primeiros colocados, não vai ser algo fácil de ser atingido”, conclui.
 
Os esportes aquáticos representam uma grande força no cenário esportivo brasileiro. Segundo informações da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), natação, maratona aquática, polo aquático, saltos ornamentais e nado sincronizado contabilizam, juntos, 146 mil federados no país, com presença em todos os estados: 20 mil participam de competições.
 
Existem no Brasil 1.666 agremiações filiadas à CDBA e, nas últimas duas edições olímpicas – Pequim 2008 e Londres 2012 –, a natação respondeu por 12,5% das 32 medalhas conquistadas pelo país. Na China, Cesar Cielo faturou um ouro e um bronze e, na Inglaterra, Thiago Pereira assegurou uma prata e Cielo voltou ao pódio, com um bronze.
 
Agora, na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a CBDA pretende manter a rotina de medalhas na natação e, pela primeira vez, ver um atleta do país subir ao pódio em outra modalidade: a maratona aquática, que estreou na competição em Pequim 2008.
 
A CBDA já tem o planejamento de metas para os Jogos Rio 2016 em cada uma das cinco modalidades. Apenas na natação e na maratona aquática há o objetivo de medalha. As projeções apontam para dois pódios na piscina e um em mar aberto. Além disso, a entidade prevê que dois atletas se classifiquem entre os oito primeiros na maratona aquática e que 21 representantes do país cheguem às finais na natação, com outros nove nas semifinais.
 
“As maratonas e a natação são o carro-chefe”, afirma Ricardo Moura, superintendente executivo da CBDA. O dirigente alerta que será preciso que os atletas estejam prontos para lidar com a pressão e a expectativa de sucesso. “A competitividade tem crescido assustadoramente a cada edição Jogos e é complicado obter medalha. Não podemos queimar etapas. O Brasil vai nadar em casa e a expectativa criada para quem nada em casa é diferente. Ninguém chega a uma medalha (na natação) sem passar pela eliminatória, pela semifinal e pela final. Vai ser preciso lidar com essa pressão a cada etapa”, adianta.
 
Além disso, o horário das finais pode ser outro complicador. “Vamos ter um horário da natação bem diferente. Ninguém nadou nesse horário, das 22h para as finais”, lembra o dirigente. “É preciso que o povo brasileiro tenha noção de que as medalhas não virão facilmente. Estar em uma final já é uma posição muito interessante. O sarrafo que foi colocado pelo COB, que é estar entre os 10 primeiros colocados, não vai ser algo fácil de ser atingido”, conclui.
 
Satiro Sodré/SSPressSatiro Sodré/SSPress
Nas piscinas
Assim com o ocorre no atletismo, na natação o Brasil não é beneficiado pelo fato de ser o país-sede. Quem quiser disputar os Jogos Olímpicos deve conquistar o índice para cada prova estabelecido pela Federação Internacional de Natação (FINA).
 
Mas só ter o índice não basta. Como cada país só pode enviar dois atletas por prova (no caso das disputas individuais), obter os índices com os melhores tempos torna-se fundamental para os casos em que mais de dois nadadores conquistem a marca exigida pela FINA.
 
O início dessa corrida pela classificação para os Jogos Olímpicos foi dado em dezembro, no Campeonato Brasileiro Sênior e o Torneio Open, disputado em Palhoça (SC). A competição marcou a primeira seletiva da natação brasileira para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
Disputado na piscina da Unisul, o evento terminou com 25 atletas tendo conquistado o índice para defender o Brasil em 17 provas no Rio de Janeiro (veja lista abaixo). Para quem ainda não obteve o índice – como é o caso do campeão olímpico Cesar Cielo – resta mais uma chance de classificação: o Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro, em abril.
 
Por enquanto, em quatro provas – 50m livre masculino, 100m livre masculino, 100m borboleta masculino e 100m peito masculino – mais de dois atletas conquistaram o índice. Assim, a disputa promete ser acirrada.
Além disso, o Brasil disputará as provas do revezamento, para os quais já está confirmado para quatro das seis competições: 4 x 100m livre no masculino e feminino; 4 x 100m medley masculino e 4 x 200m livre feminino. Para essas provas não é preciso ter índice e a escolha dos atletas será feita pela CBDA.
 
Otimismo
Para os Jogos de Londres 2012, o Brasil competiu na natação com 19 atletas (15 homens e 4 mulheres). Agora, a CBDA espera uma delegação recorde para defender o país em casa.
 
Aos 28 anos, o mineiro Nicolas Oliveira sonha com sua terceira participação em Jogos Olímpicos – competiu em Pequim 2008 e em Londres 2012 – e já deu um belo passo rumo a isso na seletiva de Palhoça. Ele conquistou o índice para os 100m e 200m livres e em ambas as provas cravou o melhor tempo.
 
Apesar disso, ele não se sente ainda tranquilo e diz que seguirá treinando forte para a próxima seletiva, pois sabe que só depois do Maria Lenk é que o grupo será fechado. “O objetivo é continuar treinando forte. Pelo fato de serem duas seletivas sabemos que nada está decidido, mas fico feliz de saber que o primeiro passo foi dado”, diz o nadador, que embarcou para os Estados Unidos em 28 de dezembro, onde passará uma temporada aperfeiçoando os treinamentos.
 
“Vou fazer um pouco da minha preparação na Califórnia e devo ficar lá por um mês e meio a dois meses. Depois, volto ao Brasil para retomar a preparação para o Maria Lenk”, detalha. “Devo participar de algum Grand Prix nos Estados Unidos e fazer competições pequenas para ganhar ritmo. O objetivo principal em curto prazo é o Maria Lenk”.
 
Para o nadador, a meta da CBDA de duas medalhas da natação brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio é modesta. Ele confia em uma campanha histórica. “Eu acho que duas medalhas é uma perspectiva mínima. A natação do Brasil deu uma evoluída grande e vejo hoje pelo menos dois revezamentos com chances de medalhas e pelo menos uns quatro ou cinco atletas com chances nas provas individuais. Estou confiante de que vamos fazer a melhor campanha da natação brasileira nos Jogos”, acredita Nicolas.
A opinião é compartilhada pela pernambucana Joanna Maranhão. “Acho que pensar em duas medalhas é um bom começo, mas acredito que a Seleção possa mais. Mas é legal essa ideia de trabalhar com o pé no chão”, avalia.
 
Em Palhoça, a nadadora, de 28 anos, conquistou o índice nos 200m e 400m medley e, com isso, está prestes a disputar a quarta edição de Jogos Olímpicos – esteve em Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012.
 
Joanna foi a única nadadora a conquistar a marca nas duas provas para as quais obteve índice e, por isso, acredita que está em situação confortável. “Minha preparação para o Maria Lenk não vai ser mais naquela obrigatoriedade de estar 100% para conquistar os índices. Já estou me preparando para os Jogos Olímpicos. Pode ser que outra menina venha a fazer os índices para as minhas provas, mas não acredito que isso possa acontecer com marcas abaixo das minhas. Para essas duas provas, acho que com as marcas de Palhoça já garanti vaga. Agora, vou buscar o índice nos 200m borboleta e nos 800m livre e tentar uma vaga no revezamento 4 x 200m livre”.
 
Satiro Sodre/SSPressSatiro Sodre/SSPress
 
Joanna retoma nesta segunda-feira, dia 4, aos treinos. “A periodização é toda com meu técnico, André Ferreira, que trabalha com um grupo de 10 atletas no meu clube, o Pinheiros”, explica Joanna. “Como esse grupo é heterogêneo, o André direciona cada um para suas especialidades. Ainda não tenho confirmação da CBDA sobre as ações que vão ser feitas. Estamos aguardando a programação, mas seja como for pretendo nadar fora do Brasil para ganhar competitividade. Quero fazer de duas a três competições fora até os Jogos Olímpicos, mas vai depender de orçamento da CBDA”, diz a nadadora.
 
Na natação, cada atleta desenvolve seu planejamento de treinos, junto com os técnicos e os clubes. Esses planos são analisados pela equipe técnica da CBDA e depois disso os calendários são fechados. Esse processo de análise está em curso.
 
Atletas com índice para os Jogos Olímpicos Rio 2016
50m livre masculino – Índice: 22s27
» Bruno Fratus – 21s50
» Ítalo Duarte – 22s08
» Marcelo Chierighini – 22s17
» Matheus Santana – 22s17
» Henrique Martins – 22s25
 
50m livre feminino – Índice 25s28
» Etiene Medeiros – 24s71
» Graciele Herrmann – 24s92
 
100m livre masculino – Índice 48s99
» Nicolas Oliveira – 48s41
» Matheus Santana – 48s71
» Marcelo Chierighini – 48s72
» Alan Vitória – 48s96
 
100m livre feminino – Índice 54s43
» Etiene Medeiros – 54s26
 
200m livre masculino - Índice 1min47s97
» Nicolas Oliveira – 1min47s09
» João de Lucca – 1min47s81
 
200m livre feminino – Índice 1min58s96
» Manuella Lyrio – 1min58s43
 
400m livre masculino – Índice 3min50s44
» Luiz Altmir Melo – 3min50s32
 
100m borboleta masculino – Índice 52s36
» Henrique Martins – 52s14
» Marcos Macedo – 52s17
» Nicholas Santos – 52s31
 
200m borboleta masculino – Índice 1min56s97
» Leonardo de Deus – 1min56s14
 
100m costas masculino – Índice 54s36
» Guilherme Guido – 53s09
 
200m costas masculino – Índice 1min58s22
» Leonardo de Deus – 1min57s43
 
100m peito masculino – Índice 1min00s57
» Felipe França – 59s56
» João Gomes Junior – 1min00s00
» Felipe Lima – 1min00s09
» Pedro Cardona – 1min00s14
 
200m peito masculino – Índice 2min11s66
» Thiago Simon – 2min11s29
 
200m medley masculino – Índice 2min00s28
» Henrique Rodrigues – 1min58s26
» Thiago Pereira – 1min58s32
 
200m medley feminino – Índice 2min14s26
» Joanna Maranhão – 2min14s04
 
400m medley feminino – Índice 4min43s46
» Joanna Maranhão – 4min40s78
 
400m medley masculino – Índice 4min16s71
» Brandonn Almeida – 4min14s07
 
O CAMINHO DA NATAÇÃO
 
Vagas 
Na natação, o Brasil não é beneficiado com vagas pelo fato de ser o país-sede. Para competir, os atletas devem conquistar o índice olímpico da prova exigido pela Federação Internacional de Natação (FINA).
 
Torneios classificatórios
Até o fechamento da equipe olímpica, os atletas terão disputados duas seletivas nacionais. A primeira já foi realizada, em dezembro, em Palhoça (SC), e 25 atletas conseguiram índices para 17 provas. A segunda e última seletiva será disputada daqui a quatro meses, no Troféu Maria Lenk, de 15 a 20 de abril
 
A estrutura da Seleção 
Os atletas da Seleção Brasileira treinam em seus clubes ou fora do país, com planejamentos e competições aprovados pela CBDA. Não há um CT específico no país para a equipe nacional.
 
Histórico olímpico
A natação brasileira já conquistou 13 medalhas: um ouro, quatro pratas e oito bronzes.
 
Metas para a Rio 2016
A CBDA tem como objetivo conquistar duas medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio.
 
O CAMINHO DA MARATONA AQUÁTICA
 
Vagas 
A equipe do Brasil para os Jogos Olímpicos já está fechada, com Ana Marcela Cunha, Poliana Okimoto e Allan do Carmo.
 
A estrutura da Seleção
Os atletas da Seleção Brasileira treinam separadamente, com planejamentos de treinos e competições aprovados pela CBDA. Não há um CT específico.
 
Histórico olímpico
O Brasil nunca conquistou uma medalha na modalidade. Em Pequim 2008, Ana Marcela Cunha terminou em quinto e esse é, até hoje, o melhor resultado de um atleta do Brasil na prova.
 
Metas para os Jogos Rio 2016
A CBDA tem como objetivo conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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As prioridades e os desafios na reta final da preparação brasileira

A chegada de 2016 marca, para o Brasil, a reta final de uma saga que teve início formal e simbólico em outubro de 2009, quando o país conquistou o direito de receber os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul. Com a meta no horizonte de ficar entre os dez melhores em número de medalhas (no cenário olímpico) e entre os cinco no quadro geral paralímpico, atletas, técnicos e dirigentes ajustam a intensidade e o ritmo de treinos, definem cronogramas e projetam expectativas para cumprirem suas missões.

O portal brasil2016.gov.br apresenta, a partir desta segunda-feira (4.01), uma série de reportagens especiais que detalha como cada uma das 42 modalidades olímpicas e 23 paralímpicas vão encarar este primeiro semestre, com ênfase nas vagas já asseguradas, nos atletas garantidos, no calendário dos próximos meses, nos investimentos realizados em equipamentos e nas metas de cada modalidade. Dezenas de atletas, técnicos e dirigentes foram ouvidos.

Palcos encaminhados
Segundo informações divulgadas pela prefeitura do Rio de Janeiro em dezembro de 2015, 95% das obras do Parque Olímpico da Barra estão concluídas. Levando em conta também as instalações no Complexo de Deodoro, seis estruturas já foram finalizadas e outras oito superaram os 90% de execução. A mais recente a alcançar este patamar foi o Centro de Tênis, que recebeu o primeiro evento-teste do Parque Olímpico.

As seis instalações com estruturas finalizadas são a Arena do Futuro (handebol e goalball), Centro Internacional de Transmissão (IBC), Campo de Golfe, Pista de Mountain Bike, Pista de BMX e Circuito de Canoagem Slalom.

Outras oito obras atingiram 90% ou mais de conclusão. São os casos, das Arenas Cariocas 1 (96%), 2 (97%) e 3 (98%). O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos chegou a 96%, enquanto o Centro Principal de Mídia atingiu 92%. A Vila dos Atletas, também na Barra da Tijuca, está bem próxima da conclusão, com 97% das intervenções finalizadas. O velódromo está 76% finalizado e a Arena da Juventude, em Deodoro, 75%. O Hotel de mídia tem 88% dos trabalhos feitos.

Nacionalização do legado
No plano dos investimentos, o governo federal tem atuado, desde 2009, para que o legado olímpico contemple todos os estados e o Distrito Federal. Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação de uma Rede Nacional de Treinamento, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões, contribuindo para a formação de novas gerações de atletas.

Somente em infraestrutura física são mais de R$ 3 bilhões. Recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 255 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficiais de atletismo e dez instalações olímpicas no Rio de Janeiro (RJ), além da reforma e a construção, também na cidade do Rio, de locais de treinamento em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Rede de proteção
A eleição promovida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) na Dinamarca, em 2009, marcou o início de uma nova fase da administração esportiva no Brasil. Ser país-sede motivou o governo federal a adotar uma série de políticas no setor que se somaram à Lei Pelé, sancionada em 1998; à Lei Agnelo/Piva, de 2001; à Bolsa Atleta, de 2005; e à Lei de Incentivo ao Esporte, de 2006.

Trinta e dois dias após o término dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Londres, em 2012, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Brasil Medalhas. Assim, o ciclo olímpico atual, iniciado em 2013, teve um adicional de R$ 1 bilhão para investimentos.

O passo seguinte foi a implantação da Bolsa Pódio, nova categoria da Bolsa Atleta, que garante benefícios entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais e que se tornaram fundamentais para que os atletas pudessem contar com estrutura ainda mais profissional na preparação.

Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Seleções de base Femininas iniciam o ano com forte preparação e novas comissões técnicas

As categorias de base das Seleções Femininas de Handebol têm um grande desafio em 2016. Tanto a Júnior quanto a Juvenil disputam os respectivos Mundiais nos meses de julho e agosto, e antes disso participam dos Pan-Americanos da modalidade. Todo o trabalho vai exigir muita dedicação de atletas e das comissões técnicas que foram renovadas para os próximos compromissos. A partir de agora, a Júnior será comandada pelo cubano Daniel Suarez, campeão mundial com a Seleção Universitária em 2014. Já a Juvenil ficará a cargo de Cristiano Rocha, que já integrava as comissões técnicas do Brasil e é treinador também do Clube Português do Recife/AESO (PE).
 
As duas equipes se reúnem já a partir do dia 13 de janeiro no SESI, em Blumenau (SC), onde ficam até o dia 23. A primeira a entrar em quadra em busca de bons resultados é a Júnior, com o Pan-Americano disputado em Foz do Iguaçu (PR) de 18 a 28 de março. O Mundial da categoria será de 3 a 17 de julho na Rússia. 
 
"Estou muito feliz por ter recebido esse convite da Confederação Brasileira", disse Cubano, como é conhecido Daniel Suarez. O treinador destaca a importância das atividades com a Seleção Júnior, já que é a categoria de entrada para a equipe principal. "É um processo natural levar jogadoras da Seleção Júnior para a Adulta e, com certeza, vamos conseguir ter atletas de qualidade para substituir as que estão agora no time principal. O Brasil é um celeiro de boas jogadoras. Vamos fazer um planejamento para as próximas fases, já que este ano temos dois grandes campeonatos. Estou muito animado e contente por fazer parte desse trabalho", complementou Cubano, que em novembro comandou jovens atletas da Seleção Adulta em um amistoso contra o Paraguai, em Assunção, na ausência do técnico Morten Soubak, que se preparava para o Mundial da Dinamarca.
 
A Seleção Juvenil compete no Pan-Americano de 5 a 13 de abril, no México, e no Mundial de 21 de julho a 3 de agosto, na Eslováquia. O técnico Cristiano Rocha, que já fazia parte da comissão técnica da equipe Júnior, também assume o cargo na Juvenil com uma grande expectativa. "Desde 2011 quando recebi o convite para ser auxiliar técnico da Seleção Júnior, acredito que adquiri uma experiência que pode ser somada ao trabalho que faço no clube desde 2000. Nesse tempo, acumulamos algumas experiências de sucesso e revelamos jogadoras para as Seleções de base e adulta, como Samira Rocha, Deborah Hannah e Juliana Malta, que saíram de Recife. Agora, mais recentemente, temos a Renata Arruda que tem figurado em algumas convocações já na adulta. Recebi o convite com muita alegria. Estar na Seleção Brasileira, independente da categoria, concretiza uma etapa da minha vida profissional. Como técnico, acredito que posso colaborar ainda mais com o processo", pontuou. 
 
Por atuar também no clube pernambucano há muitos anos, Cristiano tem um bom conhecimento das atletas com idade para integrar a categoria juvenil, o que deve ajudar no trabalho com a Seleção. "Alguns pontos que serão muito importantes é que conhecemos e acompanhamos muito os campeonatos dessas categorias menores. Tenho participado e acompanhado Mundiais e Pan-Americanos nessa categoria. Continuo sendo técnico das categorias Juvenil e Júnior no meu clube, então conheço muito bem as atletas dessa faixa etária no País. Acho que isso será um ponto favorável para mim na escolha das jogadoras que irão compor a Seleção. Só consigo analisar de forma positiva e otimista essa minha nova fase no trabalho das Seleções de base. Espero poder colaborar com todo o processo e ajudar as jovens a daqui um tempo estar servindo a Seleção principal do Brasil. Estou bem otimista com o que vem por aí nos próximos meses", finalizou.  
 
Seleção Júnior Feminina
Goleiras - Alice Fernandes da Silva (EC Pinheiros-SP), Flávia Lima Gabina (Coper/Unipar/Umuarama-PR) e Maitê de Lima Dias (Apahand/UCS/Caxias-RS).
 
Armadoras - Bruna de Paula (Instituto Buzzo Sport/São José dos Campos-SP), Juliana Borges Lima (Apahand/UCS/Caxias-RS), Mariane Cristina Oliveira Fernandes (Metodista/São Bernardo-SP) e Thalita Kelly Nery Saraiva (Associação Campineira de Handebol-SP). 
 
Centrais - Daniele Silva de Santana (Clube Português/AESO-PE), Gabriela Romero Moraes (EC Pinheiros-SP) e Talita Alves Carneiro (AAU-Concórdia-SC).
 
Pontas - Aline Mayumi Koeke Bedinarski (Associação Brasileira 'A Hebraica'-SP), Ana Cláudia Bolzan e Silva (AAU-Concórdia-SC), Ana Luiza Aguiar Camêlo Borba (AAU-Concórdia-SC), Fernanda Malaquias do Nascimento (Clube Português/AESO-PE) e Nicole Luz Damascena (EC Pinheiros-SP). 
 
Pivôs - Camila Vitória Moraes Gominho Maia (Clube Português/AESO-PE), Jamily Cristina Martins Silva (PM de Matias Barbosa-MT) e Jéssica Louise de Sousa Suzano Costa (Vasco/FAB-RJ).
 
Comissão técnica
Técnico: Daniel Suarez
Auxiliar técnico: Isaias Gomes de Oliveria
Supervisora: Cláudia Monteiro do Nascimento
Preparador físico: Fausto José Steinwandter
Fisioterapeuta: Eduardo Ruhling da Silva
 
Seleção Juvenil Feminina
 
Goleiras - Geandra Leôncio de Souza (ACES-ES), Jéssica Gomes Antunes (Sport Club Corinthians Paulista-SP), Nathália Wünsch (AD Balcan/FMEBC-SC) e Renata Laís de Arruda (Clube Português /AESO-PE). 
 
Armadoras - Amanda Caroline Mittelstadt Stein (Colégio Santa Catarina Novo Hamburgo-RS), Gabriela Causson Bitolo (EC Pinheiros-SP), Giulia de Pieri Santos (Metodista/São Bernardo-SP), Iasmim dos Santos Albuquerque (Clube Português/AESO-PE), Larissa Fernanda Nascimento (PM de Matias Barbosa-MG), Mariana Rodrigues Lemos (EC Pinheiros-SP) e Thalyta Vitória Cardoso Almeida (Colégio Santa Catarina Novo Hamburgo-RS). 
 
Centrais - Gabriela Longarço Mendes (EC Pinheiros-SP), Kadija Casemiro de Oliveira (EC Pinheiros-SP) e Mariah Leite de Oliveira (Clube Português/AESO-PE).     
 
Pontas - Abyda Rafaela Ferreira de Jesus (Campo Verde Handebol Clube-MT), Andressa Johann Widthauper (Colégio Santa Catarina Novo Hamburgo-RS), Handara Vitória Fernandes Walter (Clube Português/AESO-PE), Jamily Beatriz Nascimento Félix (Clube Português/AESO-PE), Maria Eduarda dos Santos (EC Pinheiros-SP) e Wendy Stephany Victor da Silva (Grêmio CIEF-PB).
 
Pivôs - Ana Carolina Pereira (Vila Olímpica/Greip da Penha/MC/Smel-RJ), Bruna Nascimento Baptista (Colégio Eduardo Gomes-SP), Paloma Pereira da Silva (Metodista/São Bernardo-SP) e Rafaela Mendes Faure (EC Pinheiros-SP).
 
Comissão técnica
Técnico: Cristiano Rocha
Supervisor: Álvaro Francisco Herdeiro
Auxiliar técnico: Ruy Gonçalves Sanches
Treinador de goleiras: Danilo Gagliardi Júnior
Preparadora física: Camila Dionísio Ferraz
Fisioterapeuta: Vanessa Soares Cittadini
 
Fonte: CBHb
Ascom - Ministério do Esporte
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Título mundial de Bruna Takahashi reforça filosofia de São Caetano, celeiro de campeões

DivulgaçãoDivulgação
A cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo, se consolidou, nos últimos anos, como um dos grandes celeiros de talentos do tênis de mesa nacional. Com equipe qualificada, material de ponta e uma filosofia de trabalho pensada para motivar os atletas dos mais diferentes níveis, o trabalho reluziu em 2015, com o título mundial infantil de Bruna Takahashi.
 
“Um dos motivos do sucesso é o investimento na comissão técnica composta por mim, Nelson Kuzuoka, Hideo Yamamoto e Lincon Yasuda, todos trabalhando com o objetivo de alcançar o alto nível internacional. Usamos a estratégia de colocar no mesmo local e horário atletas adultos de alto nível com jogadores jovens, com o objetivo de que os adultos sirvam de espelho para os mais novos”, destacou Francisco Arado, mais conhecido como Paco.
 
Atualmente, são muitos os nomes da seleção brasileira, em várias categorias, que passaram pelo centro de treinamento paulista: Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi, Cazuo Matsumoto, Caroline Kumahara, Leticia Nakada e Bruna Takahashi são alguns deles.
 
“Por causa dessa filosofia, São Caetano do Sul ganhou por seis anos consecutivos o Troféu Eficiência do Campeonato Brasileiro, sendo o melhor clube do Brasil. A CBTM entra investindo nos melhores jogadores e também na evolução do técnico, pois somos nós que vamos trabalhar no dia a dia para o desenvolvimento e evolução deles”, apontou Hideo, ex-jogador e atual técnico.  
 
Mas até atingir a elite do país dentre clubes, já se passaram 11 anos de muito trabalho. Nelson Kuzuoka, um dos membros da comissão técnica, lembra do início e fala com orgulho do atual panorama.
 
“Tudo começou em 2004. Éramos eu, Paco e Hideo, com a ideia de fazer um tênis de mesa visando o alto rendimento. Hoje temos um grupo que treina três horas de manhã, faz academia, se junta a outro grupo que treina mais três horas no período da tarde e alguns ainda treinam de noite em outros lugares. É um total de 30 atletas”, enumerou.
 
Kazu, como é conhecido Nelson no meio, foi quem esteve presente em um dos maiores feitos do tênis de mesa brasileiro e de São Caetano: o título do Desafio Mundial de Cadetes, conquistado por Bruna Takahashi no início de dezembro.
 
“Estar com a Bruna no Mundial foi um privilégio. Sabíamos da importância desse título, mas pensamos nisso só depois que acabou a final. Antes pensamos somente jogo a jogo, adversária por adversária, até chegar ao título inédito. Pra mim e com certeza para toda a equipe técnica foi um sonho realizado”, declarou, antes de dar uma exemplo do tamanho da emoção.
 
“Lembro que, logo depois da final, eu estava com a adrenalina em alta e tremia durante horas. Pra falar a verdade, naquela noite eu nem consegui dormir”, completou.
 
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM
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Conceição Oliveira conquista o tetra do Ranking CAIXA CBAt de Corredores

Daniel Ramalho/AdorafotoDaniel Ramalho/AdorafotoA piauiense Conceição de Maria Oliveira comemorou a conquista do quarto título do Ranking CAIXA CBAt de Corredores da carreira, mesmo sem ter participado da tradicional São Silvestre no dia 31 de dezembro. Com 27 pontos de vantagem após a disputa da Maratona Caixa da Bahia, no dia 20 de dezembro, em Salvador, ela antecipou as férias e assistiu a prova paulistana pela TV na cidade de Campo Largo, no Piauí, junto de familiares.
 
A única adversária que poderia alcançá-la na classificação era a maranhense Maria Regina Santos Seguins, que precisava ser a brasileira mais bem colocada na São Silvestre. Maria Regina, porém, optou também por não participar da prova.
 
"Estou extremamente feliz com o título, mas depois de correr na Bahia estava no meu limite. Disputei 20 das 26 provas do Ranking", lembrou a atleta de 40 anos, que liderou a competição desde a quarta etapa, em maio. "Minha missão foi completamente cumprida", completou.
 
Conceição de Maria Oliveira, nascida na cidade de Piripiri e que defende o ASSEM, de São José dos Campos (SP), já havia sido campeã nacional de corridas de rua nas temporadas de 2005, 2008 e 2011. Com o título, ela assegurou um prêmio de R$ 10 mil.
 
No masculino, o pernambucano Wellington Bezerra da Silva (Cruzeiro-MG) já havia assegurado o título por antecipação do Ranking. Foi a primeira vez que o corredor conquistou a competição.
 
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) deve anunciar ainda esta semana os 10 atletas mais bem colocados na classificação final no Ranking no masculino e no feminino. Eles assegurarão participação no Programa Nacional CAIXA de Apoio a Corredores de Elite de 2016.
 
Fonte: CBAt
Ascom - Ministério do Esporte
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Confira entrevista do ministro George Hilton ao jornal francês Le Figaro

O Brasil espera a presença de atletas russos nos Jogos do Rio, Le Figaro 29/12/15

A sete meses dos Jogos Olímpicos, George Hilton, o ministro do Esporte brasileiro, avalia os temas quentes para o Figaro

Martin Couturié

Le Figaro - A sete meses da cerimônia de abertura, como estão os Jogos Olímpicos do Rio?

George Hilton - Nós temos um plano de ação que tem correspondido a tudo o que foi planejado. Neste momento, de 70% a 90% dos trabalhos já foram realizados. Há obras concluídas antes mesmo da data prevista.

Le Figaro - Há críticas quanto à poluição das águas da Baía de Guanabara, onde serão realizadas as provas de vela. O que vocês estão fazendo?

George Hilton - O Governo do Estado do Rio de Janeiro vem tomando medidas para resolver o problema. Foram instaladas ecobarreiras para evitar a passagem de lixo, por exemplo. Quando o Rio ganhou o direito de sediar os Jogos, a água estava poluída a um nível de 80%. Hoje, conseguimos superar o índice de 50% de tratamento das águas que chegam à Baía de Guanabara. O objetivo é chegar aos 80% nos locais onde serão disputadas as regatas, mas esse trabalho continuará sendo realizado após as Olimpíadas.

Le Figaro - Ao pensar nos Jogos Olímpicos, o senhor dorme bem à noite?

George Hilton - Eu durmo muito bem e sonho todas as noites com medalhas olímpicas. Nossa meta é ficar entre os top 10 na classificação por medalhas dos Jogos Olímpicos e entre os cinco melhores nos Jogos Paralímpicos. Desejamos o ouro em esportes coletivos, como o futebol e o vôlei, mas também na natação, lutas, tiro com arco, canoagem...

Le Figaro - Antes da Copa do Mundo, numerosas críticas foram feitas pela população brasileira. Como está a situação antes dos Jogos Olímpicos?

George Hilton - O clima é diferente daquele que precedeu a Copa do Mundo. Agora a população brasileira se dá conta de que podemos organizar grandes eventos corretamente. De 2007 até agora, organizamos os Jogos Pan-Americanos, os Jogos Mundiais Militares, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo, os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, e tudo foi realizado com sucesso.

Le Figaro - Qual a importância dos Jogos Olímpicos para o Brasil?

George Hilton - Eles são importantes pelo legado que o Brasil deseja deixar com sua realização e para reforçar o turismo e os intercâmbios comerciais. Haverá 205 países envolvidos nas Olimpíadas. Já há negócios sendo feitos graças aos Jogos. E o legado será para o Brasil inteiro, pela construção de infraestruturas, de transporte, de estádios, de centros de excelência e de iniciação esportiva que vão permitir a prática do esporte para os jovens.

Le Figaro - Dick Pound, ex-presidente da Agência Mundial Antidoping, disse que os Jogos Olímpicos de Londres tinham sido "sabotados" pelo doping. O senhor se preocupa com o Rio?

George Hilton - Estive recentemente no Canadá, na sede da Agência Mundial Antidoping. E nosso laboratório foi oficialmente reconhecido e reacreditado. É apenas o terceiro no Hemisfério Sul e o primeiro na América do Sul. Os atletas brasileiros são atualmente controlados sem aviso prévio, uma maneira de demonstrar que o Brasil será rigoroso na luta antidoping. Não toleraremos casos de dopagem. Assumimos o compromisso de realizar os Jogos mais limpos da história.

Le Figaro - Qual o orçamento consagrado à luta antidoping para os Jogos do Rio e quantos controles serão feitos?

George Hilton - O Ministério do Esporte terá investido 159,3 milhões de reais (38,6 milhões de euros) nos equipamentos e ações operacionais do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). Entre 2015 e 2016, 5.500 controles terão sido realizados no Brasil, sem contar aqueles que serão feitos durantes os Jogos, de iniciativa do COI.

Le Figaro - Após o escândalo de doping na Rússia, o senhor defende a ausência dos atletas russos no Jogos do Rio?

George Hilton - Eu espero que os atletas russos estejam presentes no Rio. A Rússia é um país importante no esporte. Sua ausência seria uma verdadeira perda. Seremos rigorosos na luta antidoping com a Rússia e também com todos os demais países, os atletas do mundo inteiro. Apoiamos todas as investigações e punições contra o doping decididas pela Agência Mundial Antidoping e pelo Comitê Olímpico Internacional. Nós queremos a vitória do esporte limpo.

Le Figaro - O Brasil vai apoiar a candidatura de Paris para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024?

George Hilton - Encontrei-me recentemente com Thierry Braillard (ministro do Esporte da França) e disse-lhe que o Brasil via com grande simpatia a candidatura de Paris. A relação entre os nossos dois países é forte. E estou certo de que a França reúne todas as condições para ter êxito na realização de grandes Jogos.

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