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Natação faz jus a título de carro-chefe e conquista mais duas pratas nas Paralimpíadas

Washington Alves/CPBWashington Alves/CPB
Nas redes sociais os brasileiros pedem: #PódioTodoDia. Dentro da piscina do Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, os atletas brasileiros cumpriram, pela segunda noite seguida, o desejo da torcida. Foram duas medalhas de prata na noite desta sexta-feira (09.09). A primeira foi com Phelipe Rodrigues. O nadador subiu ao pódio nos 50 metros livre S10. A segunda foi conquistada pelo quarteto formado por Clodoaldo, Daniel Dias, Joana Maria e Susana Ribeiro, na prova de revezamento 4x50m estilo livre misto.
 
A prova mista, que encerrou a segunda noite de natação, levantou a torcida. A equipe brasileira entrou na água com o incrível histórico de 30 medalhas Paralímpicas na soma de conquistas dos atletas. Dos medalhistas do revezamento, três recebem o apoio financeiro do Bolsa Pódio e um Bolsa Paralímpica do Ministério do Esporte.
 
"O meu caminho até aqui foi difícil. Passa um filme na cabeça da gente. Eu lembrei de tudo que aconteceu, toda a minha luta para estar aqui. Essa medalha tem um valor muito especial. A natação paralímpica é a minha vida. Quero agradecer muito a minha família, ao meu técnico Felipe, que me ensinou a nadar de novo e me ajudou a estar aqui. Essa medalha é para eles", dedicou Susana Ribeiro, de 48 anos, que sofre de múltipla falência dos sistemas. Uma doença rara que deteriora dois ou mais órgãos e afeta a mobilidade.
 
Gaúcha de Porto Alegre, Susana ficou emocionada ao recordar das superações que a impulsionaram até o pódio. "Tenho muita falta de coordenação motora. Então, tenho que pensar muito no que eu estou fazendo. Eu estava muito concentrada, não olhava para ninguém só para a piscina. Assim, o dia 9 de setembro de 2016 é o dia mais especial da minha vida", comemora.
 
A prova foi vencida pela China, com direito a quebra de recorde mundial, com o tempo de 2min18s03. O bronze foi para a Ucrânia, com 2min30s66.
 
Washington Alves/CPBWashington Alves/CPB
 
Phelipe
A segunda medalha de prata foi conquistada por Phelipe Rodrigues, na prova dos 50 metros livre S10, com o tempo de 23s56. Foi o quarto pódio Paralímpico na carreira do atleta, que recebe o patrocínio financeiro do Ministério do Esporte por meio da Bolsa Pódio.
 
"Eu esperava uma medalha de uma cor diferente, uma medalha de ouro. Eu queria fazer o melhor tempo da minha vida, mas foi uma sensação indescritível estar aqui representando o Brasil. Ganhar uma medalha na frente da nossa nação, do povo brasileiro, que é um povo que gosta de festa, é surreal. Acredito que ainda virão muitas coisas boas pela gente", disse.
 
No Rio 2016, Phelipe Rodrigues disputa mais três provas, entre elas a de 100m livre, sua especialidade. A medalha de ouro no 50m livre ficou com o atleta da Ucrânia Maksym Krypak, com o tempo de 23s33. O bronze foi para Denys Dubrov, 23s75.
Por três centésimo de segundos
 
Na final dos 50 metros livre, o Brasil quase teve dois atletas no pódio. André Brasil, que estreou no Rio 2016, ficou a três centésimos de segundo do pódio, ao cravar 23s78, que garantiu a quarta colocação. "Eu não sei o que aconteceu. A prova não encaixou. Essa é a melhor explicação. Tenho certeza de que poderia fazer muito melhor. Erros acontecem e não vou tirar os méritos dos adversários, do meu companheiro de trabalho, Philipe, que é meu amigo. Mérito daqueles que souberam aproveitar as oportunidades", avaliou.
 
O nadador é o atual recordista mundial nos 50, 100 e 800 metros estilo livre e nos 50 e 100 metros borboleta. O atleta conta com sete medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos.
 
Outros brasileiros
Oito brasileiros entraram na piscina do Parque Aquático na noite desta sexta (09). Talisson Glock foi primeiro a pular na água. O catarinense disputou a prova dos 50 metros borboletas S6, prova que não é a sua especialidade. Ele terminou na oitava colocação, com o tempo de 33s14. O pódio foi todo Chinês. Com o recorde paralímpico, 29s89, Qing Xu levou a medalha de ouro. A prata foi para Tao Zheng (29s93) e o bronze para Lichao Wang (30s95).
 
"Eu sabia que não tinha chance de medalha. A prova não é minha especialidade. Eu uso ela pensando nos 200m medley. Foi uma boa prova, pois nadei perto da minha marca pessoal. Não gostei do meu 100m costas de ontem e hoje consegui colocar a cabeça no lugar", analisou Talisson.
 
Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, o desempenho dos chineses nas Paralimpíadas é incrível. "A gente está sempre preparado para eles virem com surpresas. Eles usam como estratégia ficar quatro anos competindo praticamente dentro da China, pouco internacionalmente. Os nadadores disputam somente o necessário fora do país para conseguir a classificação para os Jogos. Eles têm 200 milhões de pessoas com deficiência e trabalham muito bem o esporte paralímpico", informou.
 
Na prova feminina de 100 metros livre S10, o Brasil foi representado por Mariana Ribeiro. A nadadora terminou na sétima colocação, com o tempo de 29s30.
 
Apoio
Desde 2010, o Ministério do Esporte celebrou 17 convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que somam R$ 67,3 milhões. Os convênios contemplam a preparação das seleções permanentes de várias modalidades, entre elas a natação. A preparação incluiu a realização de treinamento no Brasil e no exterior e a participação em competições internacionais.
 
A natação é a segunda modalidade que mais rendeu glórias ao Brasil ao longo das edições dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, o país soma mais de 80 pódios. Na primeira edições dos Jogos, em Stoke Mandeville 1984, foram sete medalhas.
 
Breno Barros e João Paulo Machado - brasil2016.gov.br 
Ascom - Ministério do Esporte
Gustavo Cunha e Vagner Vargas - brasil2016.gov.br 
Ascom - Ministério do Esporte

A ilimitada persistência de Verônica Hipólito se transforma em prata no Engenhão

 Marcio Rodrigues/MPIX/CPB Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
A combinação entre AVC, tumor no cérebro, cirurgia complexa, remédios fortes, efeitos colaterais, vômitos diários, dores e lesão não parece rimar com performance, prata, pódio, bandeira brasileira e Estádio Olímpico. Mas Verônica Hipólito não costuma, mesmo, caber em rótulos fáceis. A brasileira de 20 anos, 1m58 e 48kg driblou uma lista de obstáculos complexa para chegar, na noite desta sexta-feira, ao segundo lugar mais alto do pódio em sua primeira participação paralímpica.
 
Verônica fechou os 100m da categoria T38 com o tempo de 12s88, pouco atrás da recordista mundial e paralímpica, a britânica Sophie Hahn, que cumpriu a distância em 12s62. O bronze ficou com outra britânica, Kadeena Kox, com 13s01.
"Teve muita gente que, de verdade, duvidou, mas muito mais gente que me apoiou e acreditou. O que valeu foram essas pessoas que falaram que dava. São as mesmas que, quando eu sair daqui, vão me dar um puxão de orelha e dizer que poderia ter sido melhor", afirmou a velocista, enrolada na bandeira brasileira após a conquista do pódio inédito para o atletismo paralímpico nacional na categoria T38.
 
"Se eu tiver de operar de novo, posso fazer porque sei que vou voltar. Se no período pré-cirurgia eu corria em 13s, no pós passei a correr em 12s. Se fizer mais uma cirurgia (bate na madeira), acho que vou correr em 11s", brincou Veronica.
 
Perfeccionista, a atleta paulistana fez uma rigorosa lista de "pecados" que teria cometido na final. "A gente estava emparelhada até os 30m, 40m de prova, mas a minha saída é muito melhor do que a que fiz. É bem melhor do que a da Sophie. Eu treino com homens para melhorar isso. Eu pequei. Acho que não soube a hora de continuar tracionando, fiquei nervosa, olhei para o lado. São coisas para corrigir. Mas se errando tanto fiquei com a prata, imagina quando acertar tudo", afirmou.
 
Ainda que tenha autocrítica afiada, Verônica não deixa de elogiar a adversária. Até porque é exatamente a qualidade de Sophie Hahn que faz com que ela tenha energia adicional para os treinos. "É isso que não te deixa se acomodar. Assim como eu sei que não deixo ela se acomodar também. Se eu não fosse ameaça, ela não teria feito forte a semifinal. Nós somos amigas fora da pista. Dentro também, mas fica aquela rivalidade Brasil x Inglaterra". Na semifinal, Verônica bateu o recorde paralímpico na primeira eliminatória, e Sophie quebrou a marca na parcial seguinte.
 
"Depois do tempo que fiz na semifinal de ontem, eu pensei como seria incrível repetir a performance na final, e não posso acreditar que isso aconteceu. Estou absolutamente extasiada. Nunca imaginei vir aqui e ganhar o ouro paralímpico. É demais", afirmou Hahn. 
 
A sequência de tempos das duas nos últimos tempos, aliás, é mais um motivo para Verônica ter razões para acreditar em sucesso no futuro. "A Sophie está há um ano correndo 12s62, 12s63. Eu estou há poucos meses do pós-cirurgia e reduzindo um décimo, dois décimos, quatro décimos. Vai ter uma hora que vou alcançar ela, e isso vai surpreender todo mundo. Eu vou dizer para vocês: 'Estão vendo como dava?'".
 
 Marcio Rodrigues/MPIX/CPB Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
 
Fora das pistas
A saga de Verônica teve início no ano passado e foi narrada em detalhes pelo brasil2016.gov.br. Ela, que foi diagnosticada com um tumor no cérebro em 2008 e depois sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que afetou movimentos do lado direito do corpo, viveu um momento crítico às vésperas do Parapan de Toronto.
 
A velocista descobriu que tinha uma síndrome rara chamada Polipose Adenomatosa Familiar e que teria de passar por uma cirurgia para retirar o intestino grosso. Ela optou por adiar o procedimento e competir no Canadá. Trouxe de Toronto três ouros (nos 100m, 200m e 400m T38), uma prata (no salto em distância T20/37/38) e três recordes: dois Parapan-Americanos (100m e 200m) e um das Américas (400m).
 
Na volta, depois do procedimento, perdeu peso, não conseguia se recuperar, teve que voltar ao hospital várias vezes por conta da anemia e das dores. Adicionalmente, lidou com a possibilidade de ter que operar a cabeça, já que o tumor havia crescido. A outra opção era aumentar a dose dos medicamentos, caminho pelo qual optou.
 
A adaptação ao aumento de dose do remédio foi demorada, o que atrasou ainda mais o retorno às pistas e chegou a colocar a carreira em dúvida. "Fiquei com medo de não voltar. Sempre pensei que se você tem o problema, mas tem a solução, está tudo bem. Só que às vezes não é tão fácil. Estava com dor, vomitava quase todos os dias. Cheguei a pensar que seria melhor operar e não ir aos Jogos, mas meus pais, meu irmão, meu namorado e meus amigos entraram em cena. Foi um dos momentos mais críticos", conta Veronica, que ainda experimentou uma lesão muscular no retorno às pistas.
 
A insistência, contudo, valeu a pena. Em maio, restabelecida, ela teve a primeira experiência em um torneio oficial exatamente no palco dos Jogos Paralímpicos. O Open foi o último passo rumo à recuperação. Nos 100m, ela completou a prova em primeiro, em 13s27, até então uma das três melhores marcas do mundo na temporada. Nos 400m, venceu em 1min04s95.
 
Foi por isso que, quando perguntada sobre o que pensaria quando estivesse recebendo a medalha, logo uma resposta com foco no coletivo veio à mente da jovem velocista. "Quero que o pensamento seja de que a medalha não é só minha, não é só da Veronica. É de todo mundo que acreditou. Tinha muita gente gritando no estádio, gente que eu nem conhecia: 'Vai Magrela'. Eu quero que todos se sintam lá também. É a primeira medalha da categoria T38 no Brasil. E o primeiro passo de uma história que posso fazer", disse.
 
Gustavo Cunha e Vagner Vargas - brasil2016.gov.br 
Ascom - Ministério do Esporte

Lúcia Teixeira repete a campanha de Londres 2012 e leva o judô brasileiro ao pódio no Rio

O judô brasileiro conquistou, nesta sexta-feira (9.9), na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra, sua primeira medalha nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A paulista Lucia Teixeira repetiu a campanha das Paralimpíadas de Londres 2012 e ficou com a medalha de prata na categoria -57kg. O ouro foi para a ucraniana Inna Cherniak e completaram o pódio, com as medalhas de bronze, a japonesa Junko Hirose e a sul-coreana Hana Seo.
 
O pódio da categoria -57kg: objetivo de Lucia, agora, é trabalhar nos próximos quatro anos para mudar a cor da medalha em Tóquio 2020.(Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)O pódio da categoria -57kg: objetivo de Lucia, agora, é trabalhar nos próximos quatro anos para mudar a cor da medalha em Tóquio 2020.(Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Três judocas brasileiros se apresentaram na Arena Carioca 3 nesta sexta e apesar do apoio da torcida, que pelo segundo dia seguido praticamente lotou o ginásio para torcer pelos atletas da casa, somente Lucia conseguiu triunfar.
Aos 21 anos, o potiguar Abner Oliveira foi o primeiro a se apresentar, ainda pela manhã, na categoria -73kg. Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, ele enfrentou o venezuelano Mauricio Briceno e não teve sucesso, sendo superado por ippon.
 
O segundo brasileiro a lutar, pela categoria -81kg, foi veterano Harlley Arruda, 37 anos, atleta de São Paulo e bronze no Parapan de Toronto. Diante do argentino José Effron, – prata nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, prata no Parapan de Toronto e bronze no Mundial de 2010 –, Harlley teve o mesmo destino de Abner e sofreu um ippon. Tanto Harlley quanto Abner ainda tinham a chance de avançar à repescagem. Mas como seus algozes perderam as lutas seguintes e eles dependiam de vitórias do argentino e do venezuelano para manter vivas as chances de chegar ao bronze as Paralimpíadas Rio 2016 acabaram sendo breve para ambos.
 
Restava, então, uma única esperança para o Brasil seguir na briga pelo primeiro pódio do judô nas Paralimpíadas do Rio: Lucia Teixeira, 35 anos, medalha de prata em Londres 2012 e vice-campeã mundial em 2010.
 
Lucia pisou no tatame da Arena Carioca 3 pela manhã para uma estreia complicada na categoria -57kg contra uma rival acostumada a brilhar nos Jogos Paralímpicos: a chinesa Lijing Wang, ouro em Pequim 2008 e prata em Londres 2012 (pela categoria -52kg).
 
Muito aplaudida pela torcida, Lucia Teixeira adotou uma postura ofensiva desde o início, ao contrário da chinesa, que sofreu três advertências por falta de combatividade. Com isso, a brasileira conquistou a primeira vitória no Rio 2016 e avançou para a semifinal, já que a chave feminina começou nas quartas de final. Ali, Lucia já tinha assegurado o direito de, no mínimo, brigar pelo bronze. Mas esse não era o plano da paulista.
 
Lucia Teixeira vibra com a medalha de prata: torcida a amparou após o revés para a rival ucraniana.(Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Lucia Teixeira vibra com a medalha de prata: torcida a amparou após o revés para a rival ucraniana.(Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Na semifinal, ainda pela manhã e novamente impulsionada pelos gritos dos torcedores, Lucia enfrentou a japonesa Junko Hirose e a luta acabou com um ippon da brasileira, o que levou o público nas arquibancadas ao delírio. A judoca repetia, assim, sua caminha de quatro anos atrás e estava garantida na final das Paralimpíadas. Quando se classificou, ela já sabia que brigaria pelo ouro com a ucraniana Inna Cherniak, atual campeã mundial, que, na primeira semifinal havia derrotado a coreana Hana Seo.
 
Ao final do confronto contra Cherniak, Lucia, ainda emocionada com o carinho que recebeu dos torcedores, que ao fim da disputa pelo ouro ovacionaram a judoca, disse que essa atitude teve um significado tão forte que foi impossível se deixar abater pelo revés.
 
“Eu não tive tempo de ficar triste. Quando você perde uma disputa de ouro bate aquela depressão. Mas logo depois (da final) a torcida começou a gritar o meu nome e então não deu tempo. Eu tive um aconchego do povo brasileiro e então não deu para ficar triste”, agradeceu a paulista, que afirmou ainda que o carinho que recebeu foi tão forte que foi difícil até manter o foco quando entrava no tatame.
 
“Foi muito emoção. Tive que controlar tudo isso para entrar no dojô (com também é chamado o tatame), esquecer da torcida e concentrar no que eu estava fazendo. Mas o primordial foi quando eu saí da disputa do ouro e tive esse aconchego todo. Foi fantástico”, continuou.
 
Lucia Teixeira adiantou que prosseguirá no Rio por mais dez dias para acompanhar o restante dos Jogos Paralímpicos e depois irá tirar férias. Quando voltar, reinicia o ciclo visando as Paralimpíadas de Tóquio 2020. “Sigo para um ciclo. Essa era uma decisão que eu só iria tomar depois (do Rio 2016) e agora passou eu posso dizer que vou para mais um ciclo. Tenho quatro anos para tentar mudar a cor da medalha. De preferência para o ouro, né?”, disse às gargalhadas.
 
Lucia Teixeira e a ucraniana Inna Cherniak na final: oponente foi mais forte e conseguiu imobilizar a brasileira.(Fotos: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Lucia Teixeira e a ucraniana Inna Cherniak na final: oponente foi mais forte e conseguiu imobilizar a brasileira.(Fotos: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Escrita se mantém
 
Em Jogos Paralímpicos, o judô brasileiro é um esporte com tradição de pódios. Antes de Lucia disputar a final nesta sexta-feira, o país havia conquistado 18 medalhas: quatro de ouro, cinco de prata e nove de bronze. Mas em meio a tantos resultados de expressão algumas escritas esperavam para ser quebradas no Rio de Janeiro. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu.
Apesar de todo a força que recebeu das arquibancadas, Lucia viu a ucraniana Inna Cherniak se impor deste o início. E com apenas 1min20s se combate, a rival imobilizou a paulista, selando a vitória por ippon.
 
Com a segunda prata de Lucia, o Brasil segue sem que nenhuma de suas judocas tenha conseguido chegar ao lugar mais alto do pódio no maior evento paralímpico do planeta. Na verdade, o país só produziu um campeão nos Jogos: o paulista Antônio Tenório, um fenômeno e ouro em Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008, além de ser medalhista de bronze Londres 2012. Aos 45 anos, Tenório luta neste sábado (10.9) no Rio 2016 para tentar ampliar sua coleção de conquistas.
 
Lucia por Lucia
 
Nascida em São Paulo em 17 de junho de 1981, Lucia da Silva Teixeira Araújo sofre de toxoplasmose congênita, uma infecção que se produz durante a gravidez causada pelo protosoário Toxoplasma gondii e que é passada da mãe ao feto. O parasita se alojou nos olhos de Lucia e resulta daí seu problema de visão (ela não é totalmente cega).
 
Aos 15 anos, influenciada pelos dois irmãos, que eram praticantes de judô, Lucia começou a treinar a modalidade. Mas apesar de apaixonada pelo esporte, a judoca interrompeu os treinos quando tinha 19 para 20 anos e foi levada a outros caminhos até que o judô novamente entrou em sua vida de uma forma inesperada. Essa é uma história que a própria Lucia contou ao brasil2016.gov.br durante os Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e que pode ser conferida no vídeo abaixo:
 
Entenda o judô paralímpico
 
A modalidade, única arte marcial no programa dos Jogos Paralímpicos, é disputada por atletas com deficiência visual divididos em categorias de acordo com o peso corporal. Existem três divisões de classes: B1, para cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância; B2, para atletas com percepção de vultos; e B3, para aqueles que conseguem definir imagens.
 
Com até cinco minutos de duração, as lutas acontecem sob as mesmas regras utilizadas pela Federação Internacional de Judô, entretanto com pequenas modificações em relação ao judô convencional. A principal delas é que o atleta inicia a luta já em contato com o quimono do oponente e a disputa é interrompida quando os lutadores perdem esse contato. Não há punições para quem sai da área de combate. No Brasil a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom -Ministério do Esporte

Tecnologia e talentos nacionais são armas da seleção brasileira de goalball na busca pelo ouro

Danilo Borges/Brasil2016.gov.brDanilo Borges/Brasil2016.gov.br
Duas traves. O objetivo é fazer gol. Variações táticas. Estudo minucioso dos adversários. O Brasil é uma referência neste esporte. Para quem não conhece, pode parecer que o goalball se restringe à troca de arremessos entre os três jogadores de cada time. No entanto, cada vez que a bola azul vai de um lado para o outro, não é apenas o guizo dentro dela que marca a trajetória para os atletas, deficientes visuais. A cada jogada, há uma pessoa que está captando todos os movimentos em quadra.
 
O analista de desempenho da seleção brasileira masculina, Altemir Trapp, coleta e processa as informações para que a comissão técnica melhore cada vez mais o rendimento da equipe, campeã mundial em 2014 e que busca o inédito ouro paralímpico em casa. "Meu trabalho durante os jogos é realizar o levantamento de informações quantitativas da nossa equipe, dentro dos critérios de rendimento, que são bolas no alvo, bolas para fora e bolas no centro, para identificar como está o poderio ofensivo e o comportamento defensivo do time", explica Trapp, sentado na arquibancada da Arena do Futuro, enquanto trabalha no confronto entre Finlândia e Lituânia pela primeira rodada do Grupo B. Além dos jogos da seleção brasileira, ele acompanha todos os duelos dos outros times.
 
"Eles são nossos possíveis adversários em uma fase decisiva. Então vale a pena fazer esse levantamento de falhas, de pontos a serem explorados e o que devemos ter cuidado quando nos confrontarmos com eles", disse o analista, projetando um duelo em jogos eliminatórios, já que o Brasil está no Grupo A e pode cruzar com os europeus nas próximas fases.
 
Os finlandeses foram os adversários dos brasileiros nas decisões das Paralimpíadas de Londres, quando os europeus venceram, e do último Mundial, quando a seleção verde e amarelo deu o troco. Mas, quem está em ascensão são os lituanos, que ganharam por 13 x 6, com destaque para Genrik Pavliukianec, considerado um dos melhores jogadores do mundo ao lado do brasileiro Leomon Moreno. Eles, inclusive, serão companheiros de time, o Sporting de Portugal.
 
Com uma câmera fixa no guarda-corpo e um tablet nas mãos, Trapp vai marcando cada arremesso dos europeus. A ideia é captar a direção dos tiros, o local em que a bola atinge a área adversária. Para isso, o gol, que é da largura da linha de fundo, é dividido, imaginariamente, em seis partes. São dois programas, em plataforma iOS, utilizados pelo brasileiro. Um deles, criado pelo analista, que o batizou com o nome da esposa: Ana Carolina Duarte, atleta da seleção feminina de goalball.
 
"Nós utilizamos dois softwares. Um para identificar a origem e o alvo do arremesso, que é uma adaptação de um programa usado no vôlei (Vôlei Data) e criamos um programa para fazer análise técnica dos nossos atletas. Utilizamos essas duas ferramentas e as imagens dos jogos, onde posteriormente vamos apresentar como foi a nossa atuação e o que precisamos corrigir", detalha Trapp, mestrando em engenharia de sistemas.
 
Ferramentas desenvolvidas com a criatividade nacional e que fizeram a equipe subir de produção. No entanto, a análise de desempenho não é uma arma exclusiva do Brasil. Na Arena do Futuro há uma área reservada na arquibancada para estes profissionais. "Hoje as grandes equipes trabalham com a análise de desempenho nas modalidades coletivas. E isso faltava para nós. A partir do momento que trouxemos o Altermir, passamos a ter informações de todas as equipes e passamos isso para os atletas. Aos poucos fomos fazendo alguns ajustes, porque nos treinos a gente entendia que tinha que tirar um item, acrescentar outro e chegamos ao modelo atual", comenta o técnico Alessandro Tosim.
 
Gabriel Fialho/Brasil2016.gov.brGabriel Fialho/Brasil2016.gov.br
 
Tempo real
As partidas de goalball são disputadas em dois tempos de 12 minutos com três de intervalo, podendo haver pedidos para pausas técnicas. São nestas paradas que o treinador, já com as informações fornecidas em tempo real por Trapp, tem condições de orientar o time e, se necessário, mudar de estratégia.
 
"Nós passamos de maneira objetiva e pontual esses dados. Durante os jogos, o assistente técnico Rafael Loschi fica posicionado no banco de reservas. Utilizando uma plataforma de transferência de arquivos, passamos todas as informações e ele encaminha para o Alessandro, que nos tempos técnicos repassa aos atletas. Nos treinamentos, também fazemos esta análise e apresentamos para os jogadores o desempenho individual e coletivo", conta Trapp.
 
Na estreia contra a Suécia, a seleção brasileira chegou a abrir 7 x 2 no placar, mas teve uma queda de rendimento, cometeu algumas penalidades e viu os europeus anotarem três gols seguidos. Sabendo a origem e o alvo dos arremessos, o treinador identificou os locais a serem explorados. "Alguns pontos são importantes para nós. O primeiro é a quantidade de bolas no alvo, a partir da numeração que a gente coloca na quadra. Teve um momento que tivemos uma queda muito grande neste quesito e ficamos com 50% de bola no alvo", exemplificou Tosim, que após os tentos suecos colocou Leomon em quadra novamente. O Brasil fez dois gols e venceu por 9 x 6.
 
Outra ação importante na dinâmica da partida é a defesa com domínio, ou seja, sem rebater a bola. Desta forma, a equipe, que tem dez segundo para realizar o arremesso sem sofrer um pênalti, tem mais tempo para trabalhar a bola. "A gente também analisa este aspecto na equipe adversária, para saber qual jogada irão fazer quando realizarem uma defesa com domínio", completa o técnico.
 
 
Preleção
Na véspera dos confrontos, a comissão técnica faz uma reunião com o grupo para analisar os adversários e motivar o time. São transmitidos vídeos aos atletas, pelo método de audiodescrição, com o resumo dos pontos fortes e fracos dos oponentes. A análise envolve a participação dos próprios jogadores, que mentalizam e "constroem" o jogo com as estratégias a serem aplicadas em quadra.
 
"O treinador observou quais jogadores seriam titulares na Suécia. E aconteceu como ele falou, que o ala direito ia bater sempre na posição 4 e 5, entre o nossos pivô e o ala esquerdo, sempre com uma bola pesada. Também disse que o pivô deles tem uma variação de bola e o ala esquerdo sempre bate no contra pé. No segundo tempo eles fizeram uma substituição e a orientação foi manter a defesa e buscar o cara que tinha entrado frio. Obedecemos taticamente as orientações e chegamos à vitória", analisa José Roberto Oliveira, pivô da seleção. Subsídios, que aliados a união do grupo e habilidade dos atletas colocam o Brasil como um dos favoritos ao topo do pódio.
 
Gabriel Fialho - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

A volta mais rápida do mundo de Daniel Martins no Engenhão

Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
O refrão da trilha sonora citada por Daniel Martins como perfeita para emoldurar os 47s22 que separaram a largada dele do ouro paralímpico tem um quê de redenção, persistência, insistência. "É uma música do Projota chamada Muleque de Vila, que me pediam para ouvir e passei a me identificar muito", disse, pouco depois de proporcionar o momento mais sonoro do Engenhão na manhã desta sexta (09.09), com vitória e recorde mundial nos 400m da Classe T20.
 
Por "não ter medo do pior", o jovem de 20 anos e 1,77m adotou ao pé da letra a tática da comissão técnica, ainda que ela tivesse um potencial "suicida". "Fiz o que o treinador pediu. Os primeiros 300 metros muito fortes e os últimos, na base do 'Seja o que Deus quiser'".
 
Como não há fita métrica para vontade divina, o que se destacou desde o início foi a força das passadas do velocista nos três primeiros quartos da volta na pista do Estádio Olímpico. O ritmo significou, de fato, uma vantagem confortável. E Daniel soube dosar o fim de prova para cruzar a linha de chegada num tempo bem abaixo dos 47s78 que ele mesmo havia cravado para vencer o Mundial de Doha, no Qatar, em 2015, até então a melhor marca do mundo. A prata ficou com o venezuelano Luis Arturo Paiva (47s83) e o bronze com Gracelino Barbosa, de Cabo Verde (48s55).
 
"Foi nessa garra mesmo. A torcida não pesou, só incentivou, e foi a primeira vez que alcancei essa marca. Nos treinos, já tinha feito no máximo 47s49, 47s48", celebrou o atleta natural de Marília (SP), que tinha como mantra nas declarações após a vitória o desejo de descanso, condizente com quem "prosperou com suor do próprio trabalho e lutou sem buscar atalho", como indica a música que ele escolheu para embalar a conquista.
 
"É um sonho realizado. Agora é descansar e torcer para os amigos. Meu sonho era ser campeão mundial. Agora realizei outro e vou aproveitar. O próximo sonho é descansar", disse, em momentos distintos da conversa com jornalistas. Por descanso, Daniel entende a possibilidade de festejar com colegas da Vila dos Atletas, comer uns bolinhos de chocolate proibidos na temporada regular, dormir mais e visitar o sítio de um amigo nos arredores de Marília. "Gosto de andar a cavalo. Não sou cavaleiro, mas dá para tocar uns boizinhos", brincou.
 
Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
No coração
A trilha que levou Daniel ao atletismo teve flertes anteriores com futebol e capoeira. "Não consigo explicar bem esse início, mas o atletismo está no meu coração faz tempo", disse. São três anos de dedicação mais intensa. A opção pelos 400m, uma das mais duras provas do atletismo, por conjugar velocidade numa distância que já é quase de fundistas, veio naturalmente, de acordo com Daniel. "Foi meio por acaso. Eu fazia provas de fundo. Um dia tentei arriscar nos 400m e deu certo. Fiquei até hoje", concluiu o campeão da classe voltada para atletas com deficiência intelectual. O ouro de Daniel foi o terceiro da delegação nacional nos Jogos Paralímpicos do Rio. Os outros dois haviam sido conquistados por Ricardo de Oliveira, no salto em distância T11, e por Daniel Dias, na natação S5.
 
Trio de recordes
Nos 100m T53, para cadeirantes, Ariosvaldo Fernandes da silva, o Parré, venceu a primeira bateria da semifinal e avançou para a decisão com 14s69, o terceiro melhor tempo. A marca do brasileiro chegou a ser o novo recorde paralímpico que, no entanto, durou pouco. O tailandês Pongsakorn Paeyo, com 14s56, e o canadense Brent Lakatos, em 14s43, bateram o tempo de Parré na segunda e terceira baterias, respectivamente.
 
"Esse é o nível que vai ser a final, muito elevado. Vamos só concentrar para tentar estar entre os três. A gente está no caminho, já subimos um degrau nesse projeto, agora vamos dar o melhor para fazer um bom resultado"Ariosvaldo Fernandes
"Esse é o nível que vai ser a final, muito elevado. Vamos só concentrar para tentar estar entre os três. A gente está no caminho, já subimos um degrau nesse projeto, agora vamos dar o melhor para fazer um bom resultado", disse o paraibano. A disputa pelo pódio ocorre a partir das 19h22.
 
Quase lá
Estreante em paralimpíadas, Kesley Teodoro, de 23 anos, ficou com a quarta posição nos 100m T13. Bicampeão paralímpico e recordista mundial, o irlandês Jason Smyth venceu a prova, seguido por Johannes Nambala, da Namíbia, e pelo australiano Chad Perris. Para o brasileiro, a atuação é apenas o início de uma carreira promissora. "Tenho certeza de que ainda vou dar muito prazer para esta nação. Não vou ser só coadjuvante. Eles já olharam para a minha cara e me marcaram. A emoção pesa na balança, mas acredito que na próxima vou estar muito melhor psicologicamente", opinou.
 
Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
Terezinha Guilhermina, com o terceiro melhor tempo, e Jerusa Geber, com o quarto, garantiram vaga na final dos 100m T11. A decisão, nesta sexta a partir das 18h52, terá as duas brasileiras enfrentando duas chinesas, Cuiqing Liu e Guohua Zhou, na briga pelo pódio. Lorena Spoladore, com o quinto tempo, ficou de fora.
 
Já na classe T12, Alice de Oliveira conseguiu a quarta e última vaga para a decisão. Empolgada, a carioca projeta a disputa pelo pódio. "É um sonho estar entre as quatro melhores do mundo. Elas vão ter que correr muito para tirar essa medalha de mim", apostou. A final será às 18h58. Outro atleta nacional que carimbou vaga para a disputa por medalhas foi Fábio da Silva, nos 100m T35. Com 12s78, o segundo melhor tempo da semifinal, o carioca garantiu presença na decisão, logo mais, às 17h30. "Tenho boas expectativas. Vi que na outra bateria o atleta ucraniano conseguiu bater o recorde mundial, mas o atletismo é na pista e depende do momento. Vou fazer de tudo para batê-lo e trazer um ouro", disse.
 
Na final dos 100m T36, para atletas com paralisia cerebral, Tascitha Oliveira chegou a liderar grande parte da prova, mas acabou ficando sem medalha, com o sexto lugar. Yanina Andrea Martinez, da Argentina, Claudia Nicoleitzik, da Alemanha, e Liliana Hernandez, da Colômbia, nesta ordem, formaram o pódio da prova.
 
Dardo e peso
No lançamento de dardo F54, disputado por atletas em cadeiras de rodas, o mineiro José Rodrigues, de 45 anos, terminou a prova na quarta posição. Campeão mundial, o grego Manolis Stefanoudakis ficou com o ouro, seguido pelo mexicano Luis Alberto Zepeda, prata, e o bielorusso Aliaksander Tryputs, com o bronze.
 
No arremesso de peso F41, para esportistas com nanismo, Kelly Cristina Peixoto terminou na quinta colocação. O pódio contou com dobradinha tunisiana: Raoua Tlili e Samar Ben Koelleb ficaram com a primeira e segunda posições. A australiana Claire Keffer levou o bronze.
 
Pedro Ramos e Gustavo Cunha - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

De virada, Brasil vence Marrocos na busca pelo tetra no futebol de 5

André Motta/brasi2016.gov.brAndré Motta/brasi2016.gov.br
A Seleção Brasileira de futebol de 5 entrou em campo, nesta sexta-feira (09.09), no primeiro desafio em busca da quarta medalha de ouro paralímpica. De cara, os jogadores da equipe verde e amarela sentiram que não será fácil manter a hegemonia conquistada em três edições de Jogos Paralímpicos. No campo montado na quadra 1 do Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra, o Brasil superou o bloqueio defensivo de Marrocos e venceu a partida por 3 a 1, de virada, com gols de Ricardinho, Jefinho e Nonato.
 
“Nós começamos tocando bem a bola. Como a gente saiu perdendo, tivemos que acelerar o jogo e procurar as jogadas individuais. O nosso grupo mostrou mais uma vez que está preparado para as adversidades do futebol. Não tem jogo fácil. Nem sempre a gente começa ganhando. Foi um jogo difícil. O Luan pegou bolas complicadas e ajudou a segurar o placar. Entretanto, no segundo tempo o nosso futebol sobressaiu e encaixamos os gols”, analisou Ricardinho, camisa 10 do Brasil e autor do gol de empate.
 
A equipe tricampeã de futebol para cegos mostrou um jogo ofensivo, com os africanos fechados na defesa. A seleção manteve a posse de bola a maior parte do tempo. Para o técnico da Seleção Brasileira, Fábio Vasconcelos, a estreia mostrou que o torneio paralímpico será difícil.
 
“Sabemos que nas Paralimpíadas não têm jogo fácil. Teoricamente, o Marrocos é a seleção que tem menos experiência no grupo, mas mostrou que é uma equipe perigosa, fez um gol e dificultou a nossa vida. O bom é que fica de lição que brigamos o tempo todo pela vitória”, afirma.  
 
André Motta/brasil2016.gov.brAndré Motta/brasil2016.gov.br
 
O Jogo
Nas arquibancadas silêncio. No campo o barulho do guizo da bola e as orientações dos técnicos, guias e goleiros. No país do futebol, acompanhar a partida de futebol de 5 é uma experiência única. Gritos? Só quando a bola para e nos gols. Os torcedores viram muitos dribles, passes, roubadas de bolas, belas jogadas e gols.
 
A seleção brasileira entrou em campo com Luan, Cassio, Definho, Nonato e Ricardinho — eleito duas vezes o melhor jogador do mundo (2006 e 2014).   
 
Aos 13 minutos, o Marrocos abriu o placar com Abderrazak Hattab. Atrás no marcador, o Brasil, com time ofensivo com três atacantes, pressionou os africanos. A equipe nacional chegou a perder três pênaltis antes de empatar a partida.
 
O gol brasileiro saiu somente no segundo tempo. Ricardinho foi o primeiro a balançar a rede. Cinco minutos depois, Jefinho virou o placar para o Brasil. O último gol veio dos pés de Nonato.
 
“A torcida nos ajudou muito. Foi o diferencial para termos força de reverter o placar. Demos um bom passo para o começo dessa história que espero que termine com a medalha de ouro”, disse o capitão Ricardinho.
Na primeira fase, a seleção enfrenta a Turquia, no dia 11, e o Irã, no dia 13 de setembro. Desde a estreia do futebol de 5 nos Jogos Paralímpicos, em Atenas 204, todas as edições foram vencidas pelo Brasil. Depois da conquista do tricampeonato consecutivo em Londres, a equipe recebeu o prêmio do Paralympic Sport Awards, do Comitê Paralímpico Internacional.
 
Desde 2010, o Ministério do Esporte celebrou 17 convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que somam R$ 67,3 milhões. Os convênios contemplam a preparação das seleções permanentes de várias modalidades, entre elas, a de futebol de 5. A preparação incluiu a realização de treinamento no Brasil e no exterior e a participação em competições internacionais.
 
Sobre o futebol de 5
O goleiro é o único que tem visão total. Os jogadores usam uma venda nos olhos. O chamador, como é conhecido o guia, fica atrás do gol orientando os jogadores. O técnico e o goleiro também auxilia os jogadores. O jogo tem 25 minutos e intervalo de 10 minutos.
 
Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte

Projeto de ciclismo assistido da UnB vai representar o Brasil nas Olimpíadas Biônicas

DivulgaçãoDivulgação
No palco do Rio Media Center, nesta quinta-feira (08/09), o atleta paraplégico Estevão Carvalho pedalou um triciclo com suas próprias pernas, sem uso de motores de qualquer tipo. E Estevão não é capaz de dar apenas algumas pedaladas. Em outubro, ele irá competir no ciclismo nas "Olimpíadas Biônicas", a Cybathlon, na Suíça, como único representante da América Latina. O feito é uma conquista do Projeto EMA - Empoderando Mobilidade e Autonomia - dos departamentos de Engenharia Elétrica e Fisioterapia da Universidade de Brasília (UnB).
 
O Projeto EMA, cujo foco principal é o uso de estimulação elétrica funcional, faz parte do Núcleo de Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e Inovação da UnB (NTAAI), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Atualmente, alguns participantes contam com bolsa da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). "O melhor de participar deste projeto é saber que a tecnologia conquistada não vai ficar limitada a atletas de alto rendimento, mas poderá ser experimentada por outros usuários. Além disso, tem o fator psicológico: é um estímulo elétrico, mas quem está fazendo o movimento sou eu. Isso é sensacional", contou Estevão.
 
O trabalho teve início com o desenvolvimento de uma tecnologia de estimulação elétrica para contrair os músculos de pessoas com lesão medular. Em parceria com um fabricante do Rio de Janeiro, um triciclo comum foi adaptado, dando origem ao EMA Trike. O equipamento funciona com a aplicação de pulsos elétricos de baixa energia em terminações nervosas usando eletrodos de superfície. Esses impulsos possibilitam movimentos coordenados pelas pernas, necessários para as pedaladas por pessoas paraplégicas.
 
O coordenador do projeto, o professor Antônio Padilha, detalhou durante a coletiva que o projeto pretende expandir a aplicação da tecnologia assistiva a outros esportes, como o remo. Outra vertente futura do projeto é auxiliar em movimentos específicos do cotidiano de pessoas com paraplegia, como transferir-se de uma cadeira, por exemplo.
 
O projeto tem parceria com a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE). É de lá que veio o atleta escolhido para pilotar o equipamento no Cybathlon. Outros atletas com paraplegia também foram selecionados para participar de um protocolo de exercícios mais longo, com o objetivo de levantar evidências científicas dos benefícios do exercício com estimulação elétrica.
 
O Cybathlon
O Cybathlon é uma competição com seis categorias em que os participantes devem correr contra o tempo para realizar tarefas cotidianas auxiliadas por diferentes tecnologias. A ideia é justamente mostrar o estado da arte da tecnologia assistiva. Após um processo rigoroso para comprovar a maturidade da tecnologia, o Projeto EMA foi a única equipe da América Latina selecionada para a disputa.
 
Ascom - Ministério do Esporte

Verônica Hipólito faz melhor marca da vida e avisa campeã mundial: "Vai ter que correr muito"

André Motta/brasil2016.gov.brAndré Motta/brasil2016.gov.br
Verônica Hipólito correu os 100m da classe T38 em 12s84, o melhor tempo de sua carreira e o novo recorde paralímpico, estabelecido nesta quinta-feira (08.09), no Engenhão. Mas nem comemorou. Ficou entre o túnel de saída da pista e a zona mista, de olho na bateria seguinte, que definiria as outras finalistas. O motivo atendia pelo nome de Sophie Hahn. A britânica atual campeã e recordista mundial seria a próxima a correr e a brasileira sabia que sua marca recém-conquistada estava ameaçada. Não deu outra. Hahn completou os 100m em 12s62, novo recorde paralímpico, muito perto da própria marca de 12s60, a melhor do mundo.
 
Nada que tenha surpreendido a brasileira. Verônica revelou uma conversa com a rival antes da prova e reconheceu a superioridade da adversária. No entanto, o título de Hahn está em risco, nas próprias palavras da velocista do Brasil. “Ela realmente é a melhor do mundo. Quase bateu o recorde mundial de novo. Mas amanhã ela vai ter que correr muito, porque vou correr muito”, prometeu, explicando a estratégia para superar a britânica.
 
“Eu queria ver a corrida dela. Os 100m não são uma prova que dá para pensar, mas dá para ver qual é a parte mais forte das adversárias. Vi que o meio e o final dela são incríveis. A tática é começar bem, fazer o meio bem, fazer o final bem e dar uma volta no estádio muito bem também”, riu a brasileira.
 
O bom humor de Verônica Hipólito é justificável. Classificada para a final com o melhor tempo de sua vida, a brasileira tirou um peso das costas. “Depois de hoje fiquei orgulhosa de mim. Muita gente falou que eu nem chegaria nos 12s93. Fiz 12s84 tirando o pé. Fiquei feliz com o resultado. Amanhã (dia da final) sei que vai ser difícil, mas por isso vai ser divertido”.
Forte candidata a uma medalha na final dos 100m T38, Verônica está prestes a alcançar um feito inédito no atletismo paralímpico brasileiro. A velocista pode ser a primeira de sua classe a subir ao pódio dos Jogos. “Quero fazer história. Nenhuma T38 ganhou medalha. Quero muito”, afirmou a atleta, que espera baixar ainda mais os 12s84 na final. “Quero fazer o meu melhor, baixar meu tempo de 12s70. Se o meu melhor for uma medalha de ouro, não reclamo e vai ter churrasco”, declarou.
 
O sonho de baixar o tempo na final é factível. A própria Verônica contou que, durante os últimos treinos para os Jogos Paralímpicos, conseguiu quebrar o recorde mundial de Sophie Hahn. Mas nada que tranquilize a brasileira. “Os 100m são uma prova cruel. Se você erra o mínimo, perde muito. Vou entrar com a cabeça de que não posso errar”, disse.
 
O fim da história tem data e hora marcada: nesta sexta-feira (09.09), às 17h42, no Engenhão. Além de Verônica e Sophie, a final dos 100m T38 contará ainda com as britânicas Kadeena Cox e Olivia Breen, a brasileira Jenifer Santos, a alemã Lindy Ave, a australiana Ella Azura Pardy e a chinesa Junfei Chen.
 
André Motta/brasil2016.gov.brAndré Motta/brasil2016.gov.br
 
Alegria no último salto
No salto em distância T47 (amputados e outros), a cubana Yunidis Castillo – que tem quatro ouros paralímpicos - liderava até a quinta tentativa com a marca realizada no segundo salto: 5.59m. Mas a neozelandesa Anna Grimaldi surpreendeu e atingiu 5.62m na última oportunidade, aumentando em 21cm a melhor marca da carreira, tirando o ouro de Cuba e conquistando a primeira medalha da Nova Zelândia no Rio 2016.
 
“Nunca havia sentido algo parecido. É uma emoção muito grande, completamente diferente de quando eu ganhei o bronze no Mundial de Doha. Antes do último salto, eu sabia que já estava com o terceiro lugar e é um sentimento louco, você salta já sabendo que tem uma medalha. Dei o meu máximo e deu certo”, contou a atleta de 19 anos, que entrou para o atletismo paralímpico apenas em 2013.
 
“Eu assisti aos Jogos de 2012 e fiquei inspirada. Meus pais disseram que seria um bom caminho a seguir porque eu sempre amei esportes. Eles sugeririam que eu deveria ir para o esporte paralímpico, e aqui estou eu”, disse Grimaldi,  que nasceu sem a mão direita.  A brasileira Sheila Finder ficou em nono com 5.00m.
 
Demais provas de campo
No arremesso de peso, classe F41 (anões), o brasileiro Jonathan Santos ficou em quarto, com a marca de 11.71m.  Na final da classe F57 (competidores em cadeiras) – que também tinha atletas da F56 -  Nadia Medjmedj, da Argélia, bateu o recorde mundial da F56  com a marca de 9.92m. A brasileira Roseane Santos, a Rosinha, terminou a prova em sétimo, com 8.36m.
 
No lançamento de disco, o uzbeque Khusniddin Norbekov superou a melhor marca do mundo na classe F37 (paralisado cerebrais) com 59.75m, e o brasileiro João Victor Teixeira terminou em sétimo com a melhor marca da carreira (45.10m).
 
Mais resultados e recordes
A brasileira Taschitha Cruz avançou à final dos 100m T36 (paralisados cerebrais) com o segundo melhor tempo: 14s53.  Já na categoria T44 (amputados), na mesma distância, Alan Fonteles ficou em quarto em sua série com 11s26, a melhor marca dele na temporada. Com o mesmo tempo, o norte-americano Nick Rogers ficou com a oitava e última vaga para a final: ele superou Alan no desempate pelos milésimos. O outro brasileiro na prova, Renato Cruz, também não se classificou.
 
Dois recordes paralímpicos saíram nos 100m nesta noite: o britânico Jonnie Peacock fez a melhor marca na competição para a classe T44 (10s81) e o neozelandês Liam Malone, para a classe T43 (10s90). Ambos disputam a competição da T44 nos Jogos, já que não há a disputa da T43, mas os recordes valem em separado para cada classe.
 
Nos 100m classe T13 (deficientes visuais), os dois brasileiros não ficaram entre os três primeiros de suas séries, mas foram à final por tempo: Kesley Josué (11s10) e Gustavo Araújo (11s16). Nos 100m T37 (paralisados cerebrais), com 13s39, a britânica Georgina Hermitage igualou o recorde mundial que já era dela. Ainda na pista, Daniel Tavares foi para a final dos 400m T20 (deficientes intelectuais) com a segunda melhor marca: 48s70. O recorde mundial nessa prova é do brasileiro (47s78) e foi obtido no mesmo Engenhão durante o evento-teste para o Rio 2016, em maio deste ano.
 
Vagner Vargas e Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Com o coração na garganta, Daniel Dias garante primeiro ouro para o Brasil na natação. Ítalo Pereira consegue um bronze

Daniel Dias chegou aos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com um currículo recheado de glórias: maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas, ele já somava dez medalhas de ouro, quatro de prata e um bronze. Mas, para o campeão, nenhuma dessas conquistas se compara ao que ele viveu na noite desta quinta-feira (08.09), no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, quando garantiu o primeiro lugar nos 200m livre e foi ovacionado pela torcida.
 
Daniel Dias conquistou sua 11ª medalha de ouro em Paralimpíadas. (Foto: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)Daniel Dias conquistou sua 11ª medalha de ouro em Paralimpíadas. (Foto: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)
 
 “Nunca senti uma emoção como essa. Eu achei que além de explodir, meu coração ia sair pela garganta, pular para fora. Foi fantástico, incrível”, festejou o nadador da classe S5 após a premiação. “Quase que eu dei um grito ali (na hora do pódio). É uma emoção grande, é um momento único que a gente está vivendo. Acho que a gente tem que desfrutar de tudo isso, com alegria e responsabilidade, e fazer o que a gente ama, por nós, pela família, por todo esse povo que está aí torcendo pela gente”.
 
Quando caiu na piscina, Daniel também queria quebrar o recorde da prova, que já é dele (2:26.51). Para alcançar o objetivo, contou até com um “empurrãozinho” dos colegas da equipe brasileira de natação paralímpica, que foram para a beira da piscina incentivar o nadador. A marca acabou não vindo (ele venceu com 2:27.88), mas a certeza de ter dado tudo de si deixou o campeão satisfeito. “Foi como eu esperava, como eu sonhava, até maior, com todo esse apoio, essa torcida, minha família. Era um sonho ter um filho me acompanhando e Deus me agraciou com dois filhos”, disse Daniel, que saiu da piscina e procurou a família nas arquibancadas.  
 
Daniel em ação nos 200m nado livre, classe S5. Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.brDaniel em ação nos 200m nado livre, classe S5. Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br
 
O boneco de pelúcia do mascote Tom que Daniel recebeu, com os cabelos dourados em alusão à cor da medalha, já tem dono. E se tudo sair como planejado, ninguém vai precisar brigar para ver quem vai ficar com ele. “De repente, na empolgação, vai que eu jogo um para a torcida, não sei, mas o objetivo é levar para casa, porque tenho filhos, esposa, sogra, cachorro, todos vão querer”, brincou Daniel.
 
A quantidade de provas que ele vai disputar ainda é “surpresa”, mas pelo menos mais cinco competições estão nos planos. Nesta sexta (09.09), ele está escalado para o revezamento misto 4 x 50m estilo livre. “Agora é soltar, descansar, ir para a Vila, comer direito, ter uma boa noite de recuperação. O tempo que eu tiver para descansar, eu vou descansar. Procuro me divertir e dar o meu melhor, vamos ver o que vai dar. Vamos nadar dia após dia e no dia 17 a gente vê quantas eu consegui”, afirmou.
 
Para ele, mais do que colecionar medalhas, importa mostrar a todos o valor do esporte paralímpico e da pessoa com deficiência. "Acho que a grande mensagem aqui é mostrar que nós, assim como qualquer outra pessoa, queremos apenas uma oportunidade para realizarmos nossos objetivos. Acima do ouro, o que vale é a gente conquistar o respeito do próximo, do ser humano, do povo brasileiro”, completou.
 
Montanha-russa
 
O ouro de Daniel Dias não foi a única medalha brasileira do dia no Estádio Aquático. Nos 100m costas classe S7, Ítalo Pereira conquistou um bronze e vibrou muito na piscina. “Ainda não caiu a ficha que eu conquistei essa medalha, mas estou muito feliz”, disse o atleta de Porto Nacional (TO), criado em Goiânia, após a prova.
 
Ítalo Pereira conquistou o bronze nos 100m costas classe S7 e comemorou muito na piscina. (Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)Ítalo Pereira conquistou o bronze nos 100m costas classe S7 e comemorou muito na piscina. (Fotos: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br)
 
O sabor de garantir a primeira medalha em Paralimpíadas foi ainda mais especial para Ítalo porque o bronze veio em casa, com apoio da torcida. “Acho que isso é inesquecível. Ganhar uma medalha dentro do seu país, com toda a torcida a seu favor, não tenho palavras. Essa não é uma conquista só minha, é de todos que estão assistindo e também dedico a todos os que trabalham comigo”.
 
Para explicar como é a sensação de ganhar uma medalha em um estádio lotado de brasileiros, Ítalo usou uma metáfora curiosa. “É como quando você vai ao parque, na montanha-russa. Você fica na fila e escuta quando a montanha-russa desce e todo mundo faz ‘uuuuuh’. A gente fica ali no balizamento e escuta a torcida. Então você fica ainda mais motivado para entrar na piscina”, contou.
 
Dos 12 atletas brasileiros que disputaram as eliminatórias do primeiro dia da natação, sete passaram para finais. Talisson Glock e Caio Oliveira ficaram com o quarto lugar nos 100m costas S6 e nos 400m livre S8, respectivamente. Maiara Barreto, em sua primeira Paralimpíada, chegou em oitavo nos 100m livre S3. Thomaz Matera foi o sexto lugar nos 100m borboleta S13. E Joana Maria Silva ficou em sexto nos 200m livre S5.
 
Carinhosamente chamada de Joaninha pelos amigos e colegas, a nadadora se emocionou ao falar dos sacrifícios que fez para viver o sonho de disputar os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Na reta final de preparação, ela não falou com a filha Jaline Vitória, de 9 anos. “É um momento muito delicado falar dela. Tem um mês que não falo com ela. Eu sou fraca no psicológico de mãe, então eu prefiro ter o psicológico de atleta. Vou falar com ela no dia 17, quando terminar os 100m livre. A primeira pessoa que quero falar é com ela”, desabafou. “Vou falar para ela que valeu a pena todas as saudades que a gente viveu e que valeu a pena ela falar que me ama e eu a ela”, completou.
 
Enquanto não fala com Jaline, Joana aproveita o carinho da torcida para fazer seu melhor na piscina. “Você fica emocionado em sair e ter um monte de gente gritando seu nome. Eu não tenho ninguém da minha família aqui, então eu me sinto como se algumas pessoas fossem minha mãe, meu pai. Vejo crianças me chamando e penso na minha filha. Então é muito bom, ver que tudo que a gente tem feito tem dado resultados bons”.  
 
Nesta sexta, a partir das 9h42, oito brasileiros disputam provas individuais. Ítalo Pereira volta à piscina para os 50m livre S7. Talisson Glock compete nos 50m borboleta S6. Phelipe Rodrigues faz sua estreia nos 50m livre S10, mesma prova de André Brasil. Nos 50m livre S10 feminino, Mariana Ribeiro será a representante brasileira. Regiane Nunes Silva vai disputar os 100m costas S11. Camille Cruz vai entrar na piscina para a prova dos 400m livre S9. Nos 100m borboleta S8, Gabriel Sousa vai representar o Brasil. Por fim, será disputado o revezamento misto 4 x 50m livre. 
 
Mateus Baeta, Michelle Abílio e Valéria Barbarotto - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Ministro Picciani se reúne com ministros do Esporte kuwaitiano e francês

 
No Rio de janeiro, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontrou com o ministro da Informação e dos Assuntos da Juventude do Kuwait, Salman Sabbah al-Salem al-Hammud al-Sabbah, na tarde desta quinta-feira (08.09), na Casa Brasil. Em seguida, o ministro também se reuniu com o secretário do Esporte francês, Thierry Braillard, na residência do cônsul-geral da França.  
 
De acordo com Picciani, o titular da pasta kuwaitiana elogiou a organização da Rio 2016. “Ele destacou, sobretudo, a maneira como foram recebidos pelos brasileiros, com muita festa e alegria. Isso nos leva a reafirmar que, nestes Jogos Olímpicos e Paralímpicos, quem sempre leva a medalha de ouro é a população brasileira e do Rio de Janeiro, que tem recebido com muita cordialidade e festa os visitantes”, frisou.
 
Os dois ministros debateram ainda sobre a experiência do Brasil na área do esporte, em especial nos setores voltados para pessoas com deficiência, da importância da inclusão social desse grupo de pessoas e o esporte como fator fundamental para que essa inclusão seja bem-sucedida.
 
Secretário do Esporte francês, Thierry Braillard, e ministro Leonardo Picciani se encontram no Rio. Foto: Francisco Medeiros/MESecretário do Esporte francês, Thierry Braillard, e ministro Leonardo Picciani se encontram no Rio. Foto: Francisco Medeiros/MEJá no encontro com o secretário francês, ambos discutiram detalhes acerca da assinatura de um acordo de cooperação internacional. “Tivemos a oportunidade de nos encontrar durante os Jogos Olímpicos e ficou decidido desde então que França e Brasil vão assinar um acordo de cooperação internacional”, ressaltou Braillard.  
 
Para o ministro do Esporte brasileiro, a expectativa sobre a assinatura desse acordo é muito positiva. “No momento, a proposta passa por análise técnica das secretarias de Esporte de Alto Rendimento, e de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, para que, no mais breve espaço de tempo possível, possa ser assinada. O documento vai possibilitar o intercâmbio de equipes, de atletas e de treinadores, com um país que tem uma tradição esportiva muito forte, que envolve muitas modalidades e um trabalho de excelência.  
 
Emília Andrade, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte  
 

O voo de Ricardo Oliveira para o topo do pódio: brasileiro é ouro no salto em distância

O nome de Ricardo Oliveira foi mais uma vez anunciado no Engenhão. O público vibrou e o atleta se encheu de energia. Era a sexta e última tentativa na final do salto em distância da classe F11 (deficientes visuais) nesta quinta-feira (08.09), primeiro dia de competições de atletismo nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Ele não sabia, mas naquele momento Ricardo tinha 6.43m, enquanto o atual campeão mundial e recordista, o norte-americano Lex Gillette, estava com o ouro no peito por um centímetro (6.44m). Era preciso saltar como nunca. E Ricardo voou para o lugar mais alto do pódio. Saltou 6.52m para garantir o primeiro ouro do Brasil na competição.
 
Ricardo Oliveira voa para o ouro: na última tentativa, brasileiro alcançou a marca de 6.52m e conquistou o título paralímpico no Engenhão. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Ricardo Oliveira voa para o ouro: na última tentativa, brasileiro alcançou a marca de 6.52m e conquistou o título paralímpico no Engenhão. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
“Acreditei que foi um bom salto a partir do momento que eu fiz a fase de voo. Geralmente, eu conto 1 e fecho a fase, e nesse último salto deu tempo de contar 1 e meio. Quando eu finalizei o salto eu senti que era o ouro se eu não tivesse queimado”, contou.  “Estou muito emocionado, um momento que vou levar para o resto da minha vida. É algo incomparável”, resumiu.
 
A sede de vitória era grande e Ricardo queria garantir logo um bom salto. Ele queimou o primeiro e aquilo o incomodou. “Fiquei mais pilhado e pensei: ‘agora não vou errar mais nenhum’. E fui para cima”, contou. Na segunda tentativa, conseguiu 6.41m, a melhor marcada validada da carreira. Até o quarto salto, ele liderava a prova. Na quinta oportunidade, Lex Gillette saltou 6.44m e Ricardo fez 6.43m logo depois. Mas o brasileiro contou que não sabia esses números.
 
"Eu não me preocupo com os adversários, meus guias são orientados a isso. Concentro eu, meu guia e a prova.  Meu técnico (Everaldo Braz) disse: ‘Ricardo, você ficou em segundo’. Ele não falou ‘ele saltou x’. Ele disse: ‘Ricardo, você está a um centímetro de diferença’, mas não falou número nem nome, porque aí eu me concentro e coloco em prática o que eu vim para fazer”, explicou.
 
No salto em distância para os cegos, o silêncio é importante porque os atletas são orientados na execução do movimento. Mas assim que Ricardo fez o sexto salto, o público explodiu. “Fiquei muito emocionado, agradeço a todos que torceram por mim, me ajudou muito e me deixou com aquela pegada de brasileiro”, afirmou o atleta, que ficou totalmente cego na adolescência em decorrência da doença de Stargardt.
 
Lex Gillette ficou com a quarta prata paralímpica consecutiva da carreira no salto em distância com 6.44m. O bronze foi para o ucraniano Ruslan Katyshev (6.29m).
 
Aos 34 anos, Ricardo está apenas em sua segunda grande competição. Estreou no Mundial de Doha, em 2015, e ficou em quarto. O “quase” nos Emirados Árabes Unidos deu ainda mais estímulo para o Rio 2016. O sul-mato-grossense de Três Lagoas ainda vai disputar os 100m T11 neste sábado (10.09) e promete dar trabalho aos oponentes. Mas a maior expectativa da família a partir de agora não está em cima dele.
 
Com a bandeira do Brasil, Ricardo comemora o primeiro ouro paralímpico da carreira. (Foto:André Motta/Brasil2016.gov.br)Com a bandeira do Brasil, Ricardo comemora o primeiro ouro paralímpico da carreira. (Foto:André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
Irmãos dourados?
 
O brasileiro tem duas irmãs que também são deficientes visuais. Uma delas divide com Ricardo a paixão pelo esporte. Atual campeã mundial na mesma classe do feminino, Silvânia Costa é a caçula e vai competir no dia 16 de setembro.
 
“Eu sempre quis ter um irmão, e a Silvânia, por ser a caçula e estar sempre do meu lado, preencheu esse espaço sem dificuldade. Somos muitos unidos, até no material de esporte. Eu comecei primeiro, chamei a Silvânia, ela foi melhorando e um foi incentivando o outro. A gente chegou aonde chegou através de superação e confiança”, contou.
 
Confiança não falta de que o próximo ouro paralímpico da família está próximo. Mas o primeiro já está garantido: o menino que, por causa da deficiência, viveu por tanto tempo isolado, sem querer sair de casa, viu no esporte a libertação e um estímulo para ir cada vez mais longe. Talvez não imaginasse que o voo mais alto seria tão perto de casa.
 
Carol Delmazo e Vagner Vargas, Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

É prata! Odair Santos conquista primeira medalha do Brasil no Rio 2016 nos 5.000m

No Mundial de Atletismo Paralímpico de Doha, em 2015, Odair Santos sofreu com uma hipertermia, caiu três vezes, levantou-se e completou os 5.000m T11 (deficientes visuais) carregado por seu guia. Menos de um ano depois, Odair correu até o fim, completou o percurso em 15m17s55 e conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a primeira do Brasil no evento. O ouro ficou com o queniano Mushai Kimani (15m16s11), enquanto o bronze foi para Bil Wilson, também do Quênia, com 15m22s96.
 
Odair Santos (E) e o queniano Klmani cruzaram a linha de chegada dos 5.000m T11 muito próximos. Brasileiro ficou com a prata. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos (E) e o queniano Klmani cruzaram a linha de chegada dos 5.000m T11 muito próximos. Brasileiro ficou com a prata. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
 “Tenho tempo mais baixo que o de hoje, 15m11s, infelizmente não consegui repetir. Mas foi minha segunda melhor marca no ano, então estou muito satisfeito. Fico frustrado pelo fato de não ter vencido, mas fico feliz por ter conquistado a primeira medalha para o meu país”, disse Odair.
 
O drama vivido no Catar no ano passado é um borrão na memória do brasileiro. Odair disse não se lembrar direito da prova no Mundial. “Me disseram que fui bastante ovacionado. Eu estava inconsciente, desmaiado. Acordei e estava no hospital”, lembrou.
 
No Engenhão, a história foi outra. Odair liderava na última volta e acabou ultrapassado, mas desta vez pôde comemorar e ouvir os aplausos que vieram da arquibancada para o primeiro medalhista do país nos Jogos Rio 2016. “Hoje foi a redenção. Entrei bastante focado e acabei conquistando a medalha”, comemorou, destacando o público brasileiro no estádio.
 
“É uma energia fantástica. O povo brasileiro é diferenciado, inigualável. Em nenhum lugar do mundo você vai encontrar esse calor humano. Só tenho que dar parabéns a todo esse pessoal que veio prestigiar o esporte paralímpico”, comentou o medalhista de prata, que correu com fotos das filhas Júlia e Milena estampadas nas lentes dos óculos.
 
Odair Santos homenageou as filhas com fotos delas nas lentes dos óculos que usou na prova. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos homenageou as filhas com fotos delas nas lentes dos óculos que usou na prova. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
“Elas correm comigo na lente e no coração. Hoje não ia ser diferente. Quis fazer essa homenagem. Elas estão aqui no estádio e
têm muita participação nessa medalha”, destacou Odair.
 
Com o resultado no Engenhão, Odair conquistou sua oitava medalha paralímpica, a quarta de prata. Ele ainda tem outras quatro de bronze. O brasileiro lamentou ter sido ultrapassado por Kimani na última volta dos 5.000m, mas não deixou de comemorar mais um pódio em sua carreira.
 
O brasileiro volta à pista do Estádio Olímpico no domingo (11.09) para disputar os 1.500m T11. Odair é o atual bicampeão mundial da distância e conquistou a medalha de prata nos Jogos de Londres 2012. “Agora é focar e descansar bastante. Vou entrar com tudo e, quem sabe, conquistar mais uma medalha para o meu país”, declarou.
 
A prova
 
O percurso de 5.000m tem 12 voltas e meia. Odair se manteve na maior parte da prova em quarto lugar, mas no primeiro pelotão junto com os outros três atletas quenianos. Quando faltavam menos de três voltas, o brasileiro assumiu a ponta e levou o Engenhão à loucura. Ele liderou até os últimos 150m, quando o queniano Mushai Kimani acelerou para vencer a prova. Odair cruzou a linha de chegada em segundo e garantiu a primeira medalha brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O bronze foi para o queniano Bil Wilson.
 
“Adotei essa estratégia de dosar um pouco mais no início para fechar um pouco mais forte. Infelizmente acabou não dando certo. O queniano é um pouco mais veloz e acabou me surpreendendo no fim”, explicou o brasileiro.
 
Primeiro ouro
 
Na final do salto em distância da classe F11 (deficientes visuais), Ricardo Costa ficou com o ouro ao conquistar a marca de 6.52m na sexta e última tentativa. A prata foi para o norte-americano Lex Gillette, que liderava até o último salto com 6.44m. O bronze ficou com o ucraniano Ruslan Katyshev, com 6.20m.
 
Odair Santos - Medalha de prata (Foto: Andre Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos - Medalha de prata (Foto: Andre Motta/Brasil2016.gov.br)
 
Brasileiras nas semifinais
 
Nas eliminatórias dos 100m rasos feminino classe T 11 (deficientes visuais), as três brasileiras se classificaram para as semifinais. Lorena Spoladore venceu a sua série com 12s49 e Jerusa Santos fez o mesmo com o tempo de 12s34. Terezinha Guilhermina ficou em segundo na sua eliminatória, mas com o tempo de 12s19 também se qualificou para a próxima fase.
“Estou realmente motivada para fazer melhor na hora certa. É uma corrida para quebrar o gelo da estreia, com certeza amanhã vou estar bem melhor. Mas estou feliz com este tempo, é o melhor deste ano”, disse Terezinha, atual recordista mundial e paralímpica.
 
Recordes desta manhã
 
Nos 100m feminino da classe T12 (também para deficientes visuais), a atual recordista mundial, a cubana Omara Duran, venceu a sua série em 11s58 e bateu o recorde paralímpico, que era da chinesa Guohua Zhou  (11s91) de Londres 2012.  A brasileira Alice Correa foi para as semifinais com o tempo de 12s31, melhor marca pessoal.
 
No arremesso de peso classe F32 (paralisados cerebrais), o grego Athanasios Konstantinidis bateu o recorde mundial com a marca de 10.09m. Já na classe F12 (deficientes visuais), Caio Vinícius (5º)  e Alessandro Rodrigo (10º) ficaram fora do pódio.
Outro recorde mundial veio na eliminatória dos 100m classe T53 (competidores em cadeiras de rodas): a chinesa bateu sua própria marca ao terminar a prova em 16s19.
 
Vagner Vargas e Carol Delmazo – Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte

Seis edições, seis medalhas: Tenório vai atrás do pódio final em Paralimpíadas

O judoca Antônio Tenório (-100kg) chega ao Rio 2016 com 45 anos e cinco medalhas paralímpicas (quatro ouros e um bronze) no histórico, mas garante que a empolgação é parecida com a que tinha aos 25, quando conquistou o primeiro pódio em Atlanta, 1996. No próximo 10 de setembro, na Arena Carioca 3, ele quer acrescentar mais uma medalha à sua coleção.
“Minha expectativa é a mesma, a ansiedade é a mesma, estou chegando para lutar por um lugar no pódio, respeitando todos os adversários. Quero representar bem o meu país”, disse.
 
Tenório em dois momentos: em ação em Pequim 2008 e com a medalha de bronze de Londres 2012. (Fotos: Flickr CPB)Tenório em dois momentos: em ação em Pequim 2008 e com a medalha de bronze de Londres 2012. (Fotos: Flickr CPB)
 
A diferença está no fato de competir em casa, algo que Tenório encara com tranquilidade e cautela, para não se empolgar demais com a torcida. O judoca também está mais maduro, com a segurança de ter feito uma boa preparação.
“Eu sempre fui atleta, desde os sete anos. Com nove, comecei a competir, então para mim foi só manter o nível de treinamento. E eu tenho um grupo de trabalho muito bom que me manteve até hoje nesse nível. Tenho nutricionista, preparador físico, clínico geral que cuidam da minha saúde”, explicou Tenório, que perdeu a visão do olho esquerdo aos 13 devido ao descolamento de retina. Seis anos mais tarde, uma infecção no olho direito deixou-o totalmente cego.
 
Willians com uma das várias medalhas conquistadas ao longo do último ciclo: agora é a vez de tentar o ouro paralímpico. (Foto: Guto Marcondes/CPB)Willians com uma das várias medalhas conquistadas ao longo do último ciclo: agora é a vez de tentar o ouro paralímpico. (Foto: Guto Marcondes/CPB)
 
Sucessores
 
Tenório vai se despedir nos Jogos Paralímpicos no Rio, mas planeja disputar mais um Mundial. Na seleção brasileira, ele vê diversos nomes que podem consolidar carreiras  de sucesso.  “O Willians (Araújo) é um que tem chance de medalha (no Rio 2016). Tem também o Arthur (Cavalcante), o Abner (Oliveira) e temos uma menina fortíssima no feminino que é a Alana (Maldonado), vocês vão gostar dela”, apostou.
 
Carioca de 24 anos, Willians (+100kg) sentiu-se honrado por ter o nome citado pelo ídolo. Mais um estímulo para quem saiu de Londres 2012 desanimado e contou com a família para se reerguer. “Tive um empurrãozinho do meu irmão Wellington. Em 2012, voltei lesionado (rompimento da clavícula) e ele me abraçou, chorou e disse: ‘Você é meu herói, você representa 200 milhões de pessoas, você é meu ídolo’. Não tem como não emocionar, naquele momento foi um empurrão enorme”, contou.
 
Willians chega com outro espírito ao Rio 2016. “O Willians de Londres evoluiu, está em 1º lugar do ranking, medalhas em todas as competições deste ciclo, e isso mostra amadurecimento não só fisicamente, como psicologicamente e tecnicamente, então isso é muito legal. Minha meta é estar no pódio, não vai faltar raça e vontade. Quero lutar bem. Eu vim para fazer história”, disse o judoca, que perdeu a visão aos 10 anos em acidente com tiro de espingarda e pratica o esporte desde 2009.
 
Se a delegação brasileira fica mais confiante por estar em casa, Willians se sente mais em casa ainda. Criado no Complexo do Alemão, ele quer ser exemplo para todo o país, mas em especial para a comunidade onde passou a maior parte da vida.
“Em toda comunidade tem dois caminhos, o do bem e o do mal, e graças a Deus tive a oportunidade de seguir o caminho do bem e hoje estar representando o país, a cidade, o bairro de Olaria, o Alemão nos Jogos do Rio. Para mim é um momento importante, eu fico feliz em ser um exemplo para essas pessoas que cresceram e estão crescendo no Complexo do Alemão.
Acho que realmente é possível mudar o nosso futuro, basta querer e as oportunidades aparecerem”, afirmou.
 
Falando em oportunidade, Willians não quer perder a chance de ter um resultado histórico no mesmo dia de Tenório. Ambos vão lutar em 10 de setembro e o carioca quer levar para casa não só a medalha. “É um cara que eu admiro bastante, é um grande ícone do judô paralímpico, uma referência para todos nós brasileiros e até internacionalmente. Vai ser no mesmo dia, vai ser marcante. Seria legal ter essa foto: eu com a medalha e ele com a dele para mostrar os meus filhos e netos”, disse.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 

Brasil inicia sua busca pela ousada meta do top 5 paralímpico

 
Abertura da Paralimpíada emocionou aos participantes e ao público. (Foto:Getty Imagens/Brasil2016.gov.br)Abertura da Paralimpíada emocionou aos participantes e ao público. (Foto:Getty Imagens/Brasil2016.gov.br)
 
A frieza dos números elenca 4.432 atletas, 20 instalações esportivas, 23 modalidades e 528 eventos com medalhas, com representantes de 159 países e dois atletas refugiados sob a bandeira do Movimento Paralímpico Internacional. A objetividade estatística indica que os Jogos Paralímpicos do Rio serão vistos por uma audiência acumulada de até 4 bilhões de espectadores mundo afora, em 154 países, um aumento de 3,8 milhões em relação a Londres (2012) e Pequim (2008). 
 
Mas, para quem prefere transcender a matemática pura e simples, os Jogos são um manancial de histórias. Histórias que contemplam muito do que o ser humano é capaz de alcançar e produzir quando transforma limitações em expressão vazia, pronta para ser transmutada em conquista ou competitividade e a receita inclui persistência, engenhosidade, treinamento qualificado e desenvolvimento técnico.
 
Histórias que se contam, sim, com medalhas e pódios, porque os atletas são de altíssimo rendimento. Mas que nem por isso impedem exemplos de transcendência. Casos como do arqueiro Matt Stutzman, medalhista de prata pelos Estados Unidos nos Jogos Paralímpicos de Londres no tiro com arco. Isso atirando com a boca e os pés, já que não tem os dois braços. Ou do egípcio Ibrahim Hamadtou, que joga tênis de mesa com a raquete na boca, por não ter os braços, e sonha com pódio no Rio na Classe 6.
 
No plano da força, o iraniano Siamand Rahman chega à capital fluminense com oito recordes mundiais batidos nos últimos dois anos e a pretensão de levantar nada menos que 300kg no halterofilismo. Já na face geopolítica, o angolano Maurício Dumbo perdeu a visão em função do sarampo em meio à guerra civil em seu país. Numa janela de oportunidade, veio parar no Brasil, foi alfabetizado, naturalizado, se formou em direito e se fixou como um dos talentos nacionais no futebol de cinco. Talento a ponto de ter sido convocado na última hora para representar a equipe brasileira, atual tricampeã da modalidade e que estreia na sexta, contra o Marrocos, na busca pelo tetra em casa.
 
"Esses serão os jogos do povo. Você não poderia estar num país mais apaixonado por esporte, mas você precisa conquistar o coração dos brasileiros. Eu acho que o aumento massivo na venda de ingressos mostra que os brasileiros e os cariocas estão prontos para os Jogos e querem muito ver a delegação brasileira alcançar grandes resultados", afirmou Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional. Segundo eles, quase 1,7 milhão de entradas foram vendidas, o que vai superar a marca de Pequim (2008). 
 
Ambição
 
Anfitriã dos Jogos, a delegação brasileira pretende conjugar boa parte desses ingredientes durante os 12 dias de competições a partir desta quarta-feira (08.09). Com a ambiciosa meta de chegar ao Top 5 no quadro de medalhas, o país chega com 289 atletas e representantes em todos os esportes. Até hoje, o melhor resultado obtido pelo Brasil foi o sétimo lugar nos Jogos de Londres, quatro anos atrás. 
 
Durante o ciclo até 2016, a preparação das seleções paralímpicas permanentes contou com apoio financeiro do Ministério do Esporte. Desde 2010, houve 17 convênios entre o governo federal e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os valores somam R$ 67,3 milhões. O investimento federal proporcionou o treinamento de atletas no Brasil e no exterior, além da participação em competições internacionais.  
 
Uma das beneficiárias do investimento, Bruna Alexandre, do tênis de mesa, é uma das esperanças de medalha da delegação. Ela é uma das estreantes do país nesta quarta, a partir das 16h, diante da australiana Andrea McDonnell, no Pavilhão 3 do Riocentro.
 
"Minha classe são só dois grupos. A estreia é com a australiana e vai ser difícil. Espero conseguir encaixar tudo o que venho treinando e estou conseguindo colocar na mesa e manter o foco e a disciplina", disse a atleta, que também tem na chave a chinesa Qian Yang, prata nos Jogos de Londres no individual e ouro por equipes, além da croata Mirjana Lucic.
 
Recorde feminino 
 
Bruna e suas adversárias representam um contingente de 1.621 mulheres inscritas nos Jogos. É a maior participação feminina na história da competição, 12% superior a Londres e mais do que o dobro das 790 mulheres que estiveram em Atlanta, há 20 anos, segundo Philip Craven, presidente do IPC. 
 
Além do tênis de mesa, o Brasil estreia nesta quarta no atletismo, na natação, no goalball, no judô, no futebol de sete e no basquete em cadeira de rodas (veja lista completa abaixo). 
 
A fase final de preparação de boa parte dos atletas foi realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. O complexo na capital paulista é o maior do mundo em número de modalidades contempladas: são 15 no total. O equipamento, um dos principais da Rede Nacional de Treinamento, conta com 86 alojamentos, capazes de receber cerca de 280 pessoas. A unidade está dividida em 11 setores, que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.  
 
O empreendimento recebeu investimento de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões em recursos federais. Do total do aporte do Ministério do Esporte, R$ 167 milhões foram investidos na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem.
 
Confira a agenda do Brasil nesta quarta:
 
Goalball Masculino
9h - Brasil X Suécia
Local: Arena do Futuro (Parque Olímpico da Barra)
Natação
Local: Estádio Aquático Olímpico
Classificatórias - manhã
9h30 – 100m costas masculino S6 – Talisson Glock
9h46 – 400m livre masculino S8 – Caio Oliveira
10h01 – 400m livre feminino S8 – Cecília Jerônimo de Araújo
10h17 – 100m peito masculino SB9 – Ruan Felipe Lima de Souza e Lucas Lamente Mozela
10h42 – 100m livre feminino S3 – Maiara Regina Pereira Barreto
10h54 – 100m costas masculino S14 – Felipe Vila Real
11h10 – 100m borboleta masculino S13 – Thomaz Rocha Matera
11h31 – 200m livre masculino S5 – Daniel Dias
11h43 – 200m livre feminino S5 – Joana Maria Silva e Susana Schnarndorf Ribeiro
11h56 – 100m costas masculino S7 – Italo Pereira
Finais - tarde *caso se classifiquem
17h30 – 100m costas masculino S6 – Talisson Glock
17h44– 400m livre masculino S8 – Caio Oliveira
17h54 – 400m livre feminino S8 – Cecília Jerônimo de Araújo
18h05 – 100m peito masculino SB9 – Ruan Felipe Lima de Souza e Lucas Lamente Mozela
18h41 – 100m livre feminino S3 – Maiara Regina Pereira Barreto
19h04 – 100m costas masculino S14 – Felipe Vila Real
19h32 – 100m borboleta masculino S13 – Thomas Rocha Matera
19h59 – 200m livre masculino S5 – Daniel Dias
20h08 – 200m livre feminino S5 – Joana Maria Silva e Susana Schnarndorf Ribeiro
20h32 – 100m costas masculino S7 – Italo Pereira
Futebol de 7
10h - Brasil x Grã-Bretanha
Local: Estádio de Deodoro
Judô
Local: Arena Carioca 3 (Parque Olímpico da Barra)
A partir de 10h:
Até 48 kg (B3) – Quartas de final - Karla Cardoso (BRA) x Yuliya Halinska (UCR)
Até 52 kg (B2) – Quartas de final - Michele Ferreira (BRA) x Ramona Brussig (ALE)
Até 60 kg (B1) – Oitavas de final – Rayfran Mesquita (BRA) x Uugankhuu Bolormaa (MGL)
Até 66 kg (B2) – Oitavas de final - Halyson Bôto (BRA) x Miguel Vieira (POR)
Goalball Feminino
10h15 - Brasil x EUA
Local: Arena do Futuro (Parque Olímpico da Barra)
Atletismo
Local: Estádio Olímpico (Engenhão)
Manhã
10h – 5000m masculino T11 (final) – Odair Santos
10h25 – Salto em distância masculino F11 (final) – Ricardo Costa
10h35 – Arremesso de peso masculino F12 (final) – Caio Vinícius e Alessandro Rodrigo
10h22, 10h31, 10h40 e 10h49 – classificatórias da prova de 100m rasos feminino T11 – Terezinha Guilhermina, Jerusa Santos e Lorena Spoladore.
10h57, 11h05, 11h13 e 11h21 – classificatórias da prova de 100m rasos feminino T12 – Alice Correa
Tarde/Noite
17h33 – Arremesso de peso feminino F57 (final) – Roseane Santos
17h47 – Arremesso de peso masculino F41 (final) – Jonathan Souza
18h09 – Lançamento de disco masculino F37 (final) – João Victor
18h11 – Salto em distância feminino T47 (final) – Sheila Finder
17h30 e 17h37 – classificatórias da prova de 100m rasos feminino T36 – Tascitha Cruz
17h45 e 17h52 - classificatórias da prova de 100m rasos masculino T44 – Alan Fonteles e Renato Cruz
18h13 e 18h21 - classificatórias da prova de 400m rasos masculino T20 – Daniel Tavares
19h19 e 19h27 - classificatórias da prova de 100m rasos masculino T13 – Gustavo Henrique e Kesley Josué
20h05 e 20h12 - classificatórias da prova de 100m rasos feminino T38 – Verônica Hipólito e Jenifer Martins
Tênis de mesa
Local: Riocentro – Pavilhão 3
12h20 - 1ª fase Classe 5 – Claudiomiro Segatto (BRA) x Valentin Baus (ALE)
13h40 - 1ª fase Classe 4 – Joyce Oliveira (BRA) x Borislava Peric-Rankovic (SRB)
16h - 1ª fase Classe 1 – Aloisio Lima (BRA) x Chang Ho Lee (COR)
16h - 1ª fase Classe 10 – Bruna Alexandre (BRA) x Andrea McDonnel (AUS)
16h40 - 1ª fase Classe 10 – Carlos Carbinatti (BRA) x Jose Manuel (ESP)
18h - 1ª fase Classe 7 – Israel Pereira Stroh (BRA) x Will Bayley (GBR)
Basquete em CR Feminino
12h15 - Brasil x Argentina
Local: Arena Carioca 1 (Parque Olímpico da Barra)
Basquete em CR Masculino
15h15 - Brasil X EUA
Local: Arena Olímpica do Rio (Parque Olímpico da Barra)
 
Gustavo Cunha, brasil2016.gov.br
Ascom- Ministério do Esporte

Seleção masculina de vôlei sentado se prepara para a estreia contra os EUA

O feriado de 7 de setembro foi sinônimo de muito trabalho para a seleção brasileira masculina de vôlei sentado, que treinou nesta manhã no Marina Barra Clube, na zona oeste do Rio de Janeiro. Na sexta-feira (09.09) o Brasil faz sua estreia na Paralimpíada contra os Estados Unidos, no Pavilhão 6 do Riocentro, a partir das 10h. Os compromissos seguintes do Brasil na fase de grupos serão diante das equipes do Egito e da Alemanha. 
 
Equipe brasileira treina na Barra da Tijuca para a estreia nos Jogos Paralímpicos do Rio. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Equipe brasileira treina na Barra da Tijuca para a estreia nos Jogos Paralímpicos do Rio. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
“É o jogo de estreia, tem toda aquela ansiedade, mas acredito na atmosfera a nosso favor, assim como foi no Parapan de 2007, quando a seleção americana era favorita na final e a gente conseguiu, com o apoio da torcida, virar o jogo e ganhar o ouro. Então eu quero muito, mais uma vez, contar com esse calor do torcedor que é tão importante para o nosso grupo”, diz Renato Leite, jogador de vôlei sentado desde 2002, quando a modalidade passou a ser praticada no Brasil. 
 
O sonho da seleção é unânime: a medalha de ouro. Mas a primeira meta, segundo o levantador, é disputar jogo a jogo como se fosse o único. “Nosso time está em uma evolução grande. É uma equipe alta e estamos conseguindo equilibrar a linha de passe. Sabemos que o ouro é palpável, mas o nosso foco é jogo após jogo e chegar a uma primeira semifinal da história da modalidade e, assim, vamos brigando pelo pote de ouro, o metal mais precioso que existe”, completa o atleta de 34 anos, com mais de 400 jogos pela seleção.
 
A atividade da equipe comandada pelo treinador Fernando Guimarães teve início às 9h no clube da Barra da Tijuca e se estendeu até as 11h. “A base desse grupo está treinando junta desde 2013. Tivemos uma série de conquistas importantes durante o ciclo e tudo faz parte da nossa busca pelo melhor desempenho. Sabemos o que queremos e sabemos que todas as equipes querem a mesma coisa, então temos que treinar com muito foco para alcançarmos o melhor resultado possível”, explica o técnico, ressaltando que o trabalho em dois períodos é uma necessidade para quem quer chegar longe, sobretudo às vésperas da competição. 
 
“O meu time, modéstia à parte, é espetacular. O protocolo prevê 1h30 de treinamento por dia, mas entendemos que é fundamental ter mais um período porque o nosso trabalho normalmente funciona assim, então treinar só em um horário seria como dar um passo para trás”, explica Fernando Guimarães, acrescentando, ainda, a importância de atividades complementares, além do treino com bola, ao longo de toda a preparação. “Também trabalhamos bastante com a parte tática, psicológica, teórica, essa coisa de assistir vídeo para fazer leitura de jogo, estudar, enfim. Procurei desde o início mostrar que esses fundamentos teóricos são deveres reais do atleta de alto rendimento e fundamentais para o resultado prático a ser alcançado”, comenta Guimarães.
 
Excepcionalmente hoje, o time teve trabalho físico apenas pela manhã, já que ao final do dia atletas e comissão técnica teriam um compromisso agendado e aguardado com ansiedade: a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, a partir das 18h15, no Maracanã. “Vai ser uma cerimônia muito legal e emocionante. Estamos ansiosos para saber quem vai participar porque até agora está tudo pela surpresa. Aí fica uma curiosidade, mas tenho certeza de que será inesquecível. É a oportunidade de mostrarmos a nossa cultura ao mundo, tal qual fizemos na Olimpíada, e também de enfatizar a importância do movimento paralímpico, do qual tenho o maior orgulho de fazer parte e levantar a bandeira”, finaliza o veterano Renato Leite.  
 
Valéria Barbarotto, brasil2016.gov.br
Ascom -Ministério do Esporte

Nota da ABCD

A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) informa que vem trabalhando no sentido de regulamentar e instalar de forma definitiva o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (JAD). A instituição tem prazo até o final de outubro de 2016 para finalizar a portaria e nomear seus membros. A partir daí, o JAD passará a ser o tribunal único para o julgamento de casos de dopagem e violação às regras do Código Mundial Antidopagem da Agência Mundial Antidoping (WADA-AMA).

A criação de uma jurisdição disciplinar centralizada, responsável pelos casos de dopagem, e a jurisdição exclusiva da ABCD no Brasil são as exigências da WADA-AMA para que o país esteja em conformidade com as diretrizes estabelecidas no código. Não há problemas em relação ao Laboratório Brasileiro de Controle Antidopagem, que está em pleno funcionamento, e só durante as Olimpíadas Rio 2016 realizou cerca de 5 mil análises de amostras e deve realizar outras 1 mil no período da Paralimpíada.

No dia 28 de julho de 2016, foi sancionada a Lei nº 13.322, que alterou a Lei Geral do Esporte (Lei 9.615/1998) para ajustar a legislação brasileira ao Código Mundial Antidopagem. Com isso, foram definidas as atribuições da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, entre elas, ser a responsável por estabelecer a política nacional de prevenção e de combate à dopagem, conduzir os testes de controle de dopagem e gerir resultados, investigações e outras atividades relacionadas à dopagem. A ABCD também passou a ser a única instituição nacional responsável por emitir as Autorizações de Uso Terapêutico – AUTs e certificar os Agentes de Controle de Dopagem. A legislação também instituiu a criação do JAD.

O JAD será composto por um tribunal e uma procuradoria, autônomos e independentes, com competência para julgar violações de regras antidopagem, aplicar sanções e homologar decisões de órgãos internacionais sobre essas violações. O tribunal ainda precisa de uma regulamentação especifica para funcionar, e a ABCD vem tratando dessa questão, ao mesmo tempo em que acompanhou os trabalhos de controle de dopagem que foram realizados nos Jogos Olímpicos Rio 2016 (sob o comando do Comitê Olímpico Internacional), bem como está acompanhando os Jogos Paralímpicos (sob o comando do Comitê Paralímpico Internacional), que se iniciaram na quarta-feira( 07.09).

A adequação aos requisitos da WADA é condição imprescindível para a consolidação da política de combate à dopagem no Brasil, trabalho que vem sendo conduzido pela ABCD desde sua criação, com resultados expressivos, como a reacreditação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, efetuada pela WADA em maio de 2015; a formação e a certificação de mais de 130 oficiais de coleta de amostras de urina e sangue, bem como os testes realizados dentro e fora de competição, que de janeiro a julho de 2016 alcançaram 2.277 amostras coletadas em atletas que integram o Grupo Alvo de Testes e ainda outros desportistas que participam de competições oficiais no país. 

Ascom - Ministério do Esporte

Conselho Nacional do Esporte se reuniu nesta terça no Rio de Janeiro

A 33ª reunião do Conselho Nacional do Esporte (CNE) foi realizada nesta terça-feira (06.09) no escritório do Ministério do Esporte no Rio de Janeiro. A pauta do encontro tratou dos temas Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), Plano Nacional de Desporto e Legado Olímpico.
 
Ministro Picciani preside 33ª reunião do CNE, no Rio de Janeiro. Foto: Francisco Medeiros/MEMinistro Picciani preside 33ª reunião do CNE, no Rio de Janeiro. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
“O grande desafio após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é o legado, pois não podemos perder este momento. Esses eventos colocaram o esporte na ponta das atenções. Precisamos aproveitar o legado material, que são instalações e equipamentos, em conjunto com o legado imaterial, que é essa atenção, esse desejo de crianças, jovens e adultos têm de praticar esportes após verem os eventos. Isso tudo só reforça que o assunto deve ser tratado como política pública de primeira grandeza”, afirmou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ao abrir a reunião. “Cabe ao Ministério do Esporte e a esses conselho que se reúne aqui hoje atuar na formulação e aperfeiçoamento dessas políticas públicas de esporte.”
 
Presidida por Leonardo Picciani, a reunião contou ainda com participação de secretários da pasta, representantes do Comitê Olímpico do Brasil, da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, da Comissão Nacional de Atletas, de Clubes Sociais,do Conselho Federal de Educação Física, do Conselho Brasileiro de Ciências do Esporte, da Comissão Desportiva Militar Brasileira, da Confederação Brasileira de Futebol, além de secretários estaduais e municipais de Esporte e Lazer, dirigentes desportivos e ex-atletas.
 
Ascom - Ministério do Esporte

Ministro Picciani destaca preparação e garante investimentos no esporte paralímpico

Duas grandes gerações de atletas, grandes parceiros, melhor preparação e estrutura de ponta no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, foram os ingredientes utilizados pelo Brasil para alcançar a meta ambiciosa de ficar na quinta colocação no quadro geral de medalhas dos Jogos Paralímpicos. Essas ações foram ressaltadas nesta terça-feira (06.09) pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, durante coletiva de imprensa no Rio Media Center, na capital fluminense.
 
"O Ministério do Esporte é um forte apoiador do esporte paralímpico. O governo federal é parceiro do comitê e estimula a formação de atletas da base ao alto rendimento. O governo considera a parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro algo positivo. Ao longo dos anos o governo tem ajudado na preparação dos atletas e na estruturação das modalidades Paralímpicas”, disse Leonardo Picciani.
 
Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o presidente do CPB, Andrew Parsons. Foto: Francisco Medeiros/MEMinistro do Esporte, Leonardo Picciani, e o presidente do CPB, Andrew Parsons. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
Andrew Parsons mostrou confiança ao falar dos atletas nacionais que irão defender o país. “Nós temos a maior e melhor delegação Paralímpica de todos os tempos. São 289 atletas nas 22 modalidades do programa. Brasil nunca esteve presente em todas as modalidades. É importante dizer que em nenhuma modalidade o Brasil vai simplesmente participar. Somos competitivos nas 22 modalidades. Isso é fruto de investimentos”, revelou.  
 
Durante o ciclo de 2016, a preparação das seleções paralímpicas permanentes em diversas modalidades contou com apoio financeiro do Ministério do Esporte. Desde 2010, foram firmados 17 convênios entre o governo federal e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os valores somam R$ 67,3 milhões.
 
O presidente do CPB acrescentou que todo o crescimento é fruto de trabalho realizado com os parceiros. “Nosso maior parceiro é o governo federal. As Loterias Caixa são o principal patrocinador. A 14 anos elas apoiam o esporte Paralímpico brasileiro. O maior convênio que o Ministério do Esporte tem em vigência atualmente é com o CPB”, contou.
 
O investimento do governo federal proporcionou o treinamento de atletas no Brasil e no exterior, além da participação em competições internacionais. A fase final de preparação foi realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.
 
O complexo na capital paulista é o maior do mundo em número de modalidades contempladas: são 15 no total. O equipamento é o principal legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 para a infraestrutura dos esportes adaptados. O equipamento, um dos principais da Rede Nacional de Treinamento, conta com 86 alojamentos, capazes de receber cerca de 280 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas. A unidade está dividida em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.
 
Para o ministro do Esporte, o trabalho realizado garante o país entre as potências mundiais. “O governo brasileiro vai investir cada vez mais no esporte paralímpico. Ele vem numa espiral crescente, que a cada ciclo vem conquistando uma evolução de resultados. Temos a certeza de que teremos no Rio de Janeiro uma evolução em relação ao excelente resultado que tivemos na edição de Londres”, ressalta.
 
Na última edição do evento, em Londres, o Brasil ficou na sétima colocação, quando conquistou 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes. No Rio, os brasileiros pretendem terminar os Jogos entre os cinco melhores no quadro geral de medalhas. A delegação nacional vai encarar o desafio de se manter entre as potências paralímpicas com 289 atletas, dos quais 262 (90,6%) são patrocinados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
 
“Nós temos uma união entre duas gerações fortes. É aquela geração que brilhou em Londres, que ficou em sétimo lugar. Com 21 medalhas de ouro, com Daniel Dias, André Brasil, Terezinha e o time de futebol de 5, com uma nova geração que chamamos de pós-Londres, que vem muito forte. Temos a Silvânia Costa, o Petrúcio, a Joana Neves e modalidades novas, como a paracanoagem”, acrescentou Parsons.   
 
Ingressos
A projeção do Comitê Paralímpico Internacional é vender no Rio 2016 cerca de 2 milhões de ingressos. Andrew acredito que o país vai bater a meta. “Temos uma cerimônia de abertura extraordinária amanhã. Isso ajudou muito nos Jogos Olímpicos, pois deu a confiança e a vontade de estar no evento”, afirmou.
 
O gestor revelou que foram vendidos mais ingressos para o primeiro fim de semana no Parque Olímpico das Paralimpíadas do que dos Jogos Olímpicos. “Percebemos durante os Jogos Olímpicos o aumento do público nas instalações na segunda semana de evento. Vamos ter agora mais gente no Parque Olímpico neste fim de semana do que naquela ocasião”, revela. 
 
Apostas do Brasil
Natação e atletismo são as modalidades que ajudarão o país a atingir a meta de ficar na quinta colocação. Segundo o presidente do CPB, a grande maioria das medalhas sairão das duas modalidades. “Assim como aconteceu em Londres, a gente não só espera ganhar medalhas nas duas modalidades, mas também em outros esportes. Apostamos no halterofilismo, tiro e canoagem como modalidades que podem surpreender de forma positiva. Mas é a força do conjunto que vai nos levar para o quinto lugar no quadro de medalhas”, apontou.
 
Breno Barros, brasil2016.gov.br
 
 
 
 

Crianças carentes participam de oficinas esportivas na Casa Brasil

Oficinas esportivas em grupo, palestras de sensibilização e a exibição de trechos do filme "Mais forte que o Mundo", sobre a história do lutador José Aldo, ajudaram as crianças carentes a entender o poder transformador do esporte. A ação ocorreu na tarde desta terça-feira, 6, na Casa Brasil, Píer Mauá.
 
Crianças participaram das atividades e assistiram ao filme do lutador José Aldo. (Foto: Rafael Azeredo/ME)Crianças participaram das atividades e assistiram ao filme do lutador José Aldo. (Foto: Rafael Azeredo/ME)
 
"A ideia é divulgar o esporte como instrumento de inclusão e transformação social", comentou Caio Márcio de Barros Filho, coordenador-geral de Esporte e Educação, da Secretaria Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social. Entre as atividades desenvolvida estavam o vôlei adaptado, aula de boxe e karatê.
PST Crianças
 
Cerca de 200 crianças envolvidas do Programa Segundo Tempo/Força do Esporte, do Ministério do Esporte em parceria com o Ministério da Defesa, participaram da ação. Após o encerramento das oficinas e apresentação dos grupos no palco, foram exibidos trechos do filme "Mais forte que o mundo", como forma de motivar os presentes, por meio da história de sucesso e superação no esporte, a partir da história do "padrinho" do Programa Luta pela Cidadania, José Aldo.
 
Números do Programa Segundo Tempo
 
O PST/Força no Esporte é destinado viabilizar o acesso à prática e à cultura do esporte educacional e foi criado em 2003, com o objetivo de promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens entre 06 e 17 anos
- Programa Segundo Tempo Padrão - para crianças e adolescentes de 06 a 17 anos, devidamente matriculados em escolas públicas;
- PST Universitário - para os acadêmicos nas Universidades parceiras;
- PST Adaptado - para pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais, a partir de 06 anos de idade.
 
Atendimento PST (de 2013 a 2015)
Nordeste - 215,6 mil crianças
Sudeste - 140,8 mil crianças
Sul - 47,6 mil crianças
Centro-Oeste - 29,2 mil crianças
Norte - 23,8 mil crianças
 
Casa Brasil
Ascom – Ministério do Esporte

Brasil sonha em duplicar ou até triplicar as medalhas no tênis de mesa

Marcio Rodrigues/CPBMarcio Rodrigues/CPB
Na história do esporte brasileiro em Jogos Paralímpicos, o tênis de mesa é uma das 12 modalidades na qual o país viu atletas subirem ao pódio – as outras são atletismo, bocha, hipismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, Lawn bowls, remo, natação e esgrima em cadeira de rodas. Do total, cinco esportes, entre eles o tênis de mesa, conquistaram até aqui apenas uma medalha (goalball, lawn bowls, remo, esgrima em cadeira de rodas completam a lista). Mas essa é uma escrita que os mesatenistas do Brasil esperam mudar nas Paralimpíadas do Rio.
 
Foi na edição de 2008, em Pequim, que Welder Knaf e Luiz Algacir conquistaram, na competição por equipe da classe 3 masculina, a prata que até hoje se mantém como a única do país na modalidade. Agora, competindo em casa, os planos são duplicar ou até triplicar esse número, como explica Luciano Possamai, coordenador-técnico da delegação nacional, que terá 17 atletas na luta por pódios no Rio.
 
“O investimento que a modalidade teve neste ciclo paralímpico, com projetos do Ministério do Esporte, a Lei de Incentivo e outros mecanismos, foi determinante para que pudéssemos ter essa meta”, destaca Luciano. “Pudemos ter uma equipe permanente, intercâmbios, os atletas disputaram mais competições internacionais e pudemos contar com equipes técnicas maiores e multidisciplinares. Tudo isso nos permitiu uma preparação como nunca tivemos. Sabemos das dificuldades (para chegarmos ao pódio), mas em termos de preparação foi a melhor do Brasil para uma Paralimpíada”, ressalta.
 
Aos 21 anos e número 3 do ranking mundial, a paulista Bruna Alexandre é uma das esperanças de medalha para o Brasil. Em sua segunda participação nos Jogos, ela disputará a classe 10 no individual e a classe 6-10 por equipe, ao lado de Daniele Rauen e Jennyfer Parinos, onde o país também tem chance de pódio.
 
“A gente trabalhou bastante esses quatro anos e treinamos bastante. Isso faz toda diferença. Eu acredito muito que todo o esforço é recompensado. Não só eu, mas toda a equipe e toda a delegação brasileira têm todas as condições de ir bem nessas Paralimpíadas”, diz Bruna. Para ela, a meta de duas ou três medalhas não é irreal. “Acredito que é possível. A gente jogando em casa ajuda bastante e quem sabe não conseguimos até mais, né?”.
 
Fernando Maia/MPIX/CPBFernando Maia/MPIX/CPB
 
Aos 35 anos e com a experiência de quem já tem uma medalha dos Jogos Paralimpícos no currículo, o paranaense Welder Knaf compartilha o otimismo de Bruna quando o assunto são as metas do Brasil. Ele conta que muita coisa mudou do ciclo de Pequim para este e, por isso, confia que o país tem tudo para ir bem.
 
“Todo mundo teve uma oportunidade bem melhor, com recursos não só financeiros, mas humanos e estruturais”, elogia. “Acredito que o resultado deva aparecer aqui”, continua o mesatenista, que aponta quem são os mais cotados para chegar a uma medalha no Rio. “Particularmente, acho que a Bruna leva uma e a Cátia Oliveira (paulista de 25 anos, da classe 2) também. E talvez a gente possa brigar por um bronze por equipe”, diz Welder, referindo-se ao time formado por ele e pelo cearense David Freitas na classe 3.
 
As competições do tênis de mesa começam na quinta-feira (8.9), no Pavilhão 3 do Riocentro. No primeiro dia de disputa da modalidade, 19 jogos terão brasileiros em ação. A rodada para os atletas do país começa às 9h40, quando os três primeiros mesatenistas da casa se apresentam, entre eles Welder Knaf, que estreia contra o sueco Victor Sjoqvist. Bruna Alexandre joga sua primeira partida às 16h, contra a australiana Andrea McDonnell. Os últimos jogos de quinta-feira com brasileiros estão marcados para às 21h20.
 
Luiz Roberto Magalhães, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Conheça detalhes da operação de acessibilidade para recepção aos passageiros no Galeão

Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
Com a chegada das delegações estrangeiras que vão participar dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, tem colocado em prática as operações para recepção dos atletas e passageiros com necessidade de assistência especial (PNAEs). No dia 31 de agosto, data da abertura da Vila Paralímpica e pico de desembarques, cerca de 1.800 atletas chegaram ao Rio pelo terminal.
 
Nesta segunda-feira (05.09), o Galeão recebeu mais 621 esportistas e integrantes de delegações, sendo 162 cadeirantes e passageiros com algum tipo de mobilidade reduzida. Para dar conta da demanda, a equipe do aeroporto se revezou entre transferência dos cadeirantes para suas cadeiras de bordo, assistência a cegos, identificação e devolução de “ajudas técnicas” (bengalas, muletas, andadores, cadeiras de rodas), e pelo menos outras 10 atividades especiais envolvidas no receptivo de pessoas com mobilidade reduzida.
 
“O aeroporto é bem acessível, passamos por tudo bem rápido e tivemos assistência em todos os momentos. Tudo foi perfeito, bem rápido”, disse Joachim Gerard, atleta belga do tênis em cadeira de rodas. “Acho que é uma boa oportunidade para o Rio e o Brasil se adaptarem e estou ansioso para primeiro fazer uma boa competição e depois conhecer um pouco da cidade”, afirmou.
 
Chefe de missão da delegação paralímpica da Bélgica, Olek Kazimirowski chegou ao Brasil há cerca de dez dias e desde então tem coordenado as chegadas dos atletas do país europeu. “Eu acho que o processo de desembarque está bem organizado. Tivemos acesso à área de bagagem e tudo foi ótimo. Havia vários voluntários prontos para ajudar, então nossos atletas ficaram felizes de serem recebidos assim. Está aprovado. Não visitei toda a cidade, mas na Vila e nas instalações tudo está perfeito até agora”, disse.
 
Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
Do solo ao céu
No plano de gestão dos aeroportos, os Jogos Olímpicos foram vistos como “prova de fogo” em termos de alta demanda, e os Jogos Paralímpicos são um desafio de procedimentos especiais nos terminais. Segundo Thiago Meirelles, coordenador do Comitê de Operações Especiais (CTOE), os Jogos Paralímpicos permitem “repensar e qualificar procedimentos do setor de aviação civil. É isso que deixaremos como legado para os passageiros”, destacou. De acordo com ele, a operação é resultado de uma longa e ampla preparação que vai do “solo ao céu”, da infraestrutura ao atendimento. 
 
O trabalho teve início logo após o encerramento da Copa do Mundo, quando foi criado um subcomitê de acessibilidade dentro do CTOE - este último coordenado pela Secretaria de Aviação Civil. Com o objetivo de organizar e preparar a recepção a mais de 4 mil atletas paralímpicos, um dos primeiros passos foi visitar todos os aeroportos envolvidos – em especial, o Galeão –, para verificar a infraestrutura disponível e procedimentos vigentes, bem como eventuais medidas de ajuste necessárias.
 
Além disso, a Secretaria de Aviação Civil construiu um calendário de simulados e seminários com companhias aéreas, operadores aeroportuários e empresas de serviços auxiliares, “para que nos especializássemos nos cuidados para o desembarque desse passageiro e na retirada desse equipamento sensível das aeronaves, oferecendo o máximo de conforto e segurança até a saída dos viajantes ao meio fio do aeroporto”, disse Meirelles.
 
Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
Longo prazo
Nessa fase de preparação, a pauta da acessibilidade foi debatida com representantes dos principais operadores aeroportuários, como Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). 
 
O governo, em conjunto com órgãos do setor e organizadores do megaevento esportivo, analisou e implantou também procedimentos integrados para facilitar e garantir segurança e fluidez no fluxo de entrega e devolução de bagagens. A experiência do check-in remoto, na Vila dos atletas, é pioneira do País e inspirada no sucesso de Londres 2012.
 
A experiência adquirida com os grandes eventos anteriores e durante os simulados realizados na época dos eventos-teste de modalidades paralímpicas foi fundamental para aprimorar a operação e garantir tranquilidade e segurança. “Nós tivemos várias experiências para testar a infraestrutura aeroportuária do Galeão, por exemplo os eventos-teste de bocha e rúgbi paralímpico, e nossos resultados não poderiam ter sido melhores. É óbvio que alguns ajustes precisaram ser feitos e fizemos. Tudo está correndo da melhor maneira possível e a gente espera que isso continue até a partida desses atletas”, disse Thiago Meirelles.
 
Fonte: brasil2016.gov.br, com informações da Secretaria de Aviação Civil
Ascom - Ministério do Esporte
 

Futebol de cinco, natação e hipismo experimentam as arenas paralímpicas

Cezar Loureiro/MPIX/CPBCezar Loureiro/MPIX/CPB
A dois dias da Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, as Seleções Brasileiras de natação, hipismo, futebol de cinco e atletismo treinaram já nas arenas oficiais nesta segunda-feira, 5.09. O treino da natação ocorreu no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, no Parque Olímpico da Barra, na parte da tarde. Um dos destaques do time nacional, Daniel Dias experimentou o ambiente e antecipou o que imagina que vai sentir.
 
"Já são duas Paralimpíadas, mas acredito que aqui vai ser diferente de todas. Por ser em casa, ter a minha família, ter o calor do povo brasileiro... Isso é algo bacana que o esporte paralímpico vai vivenciar pela primeira vez", afirmou Dias.
Os atletas do hipismo testaram as instalações no Centro Nacional de Hipismo, em Deodoro, em dois períodos, manhã e tarde. "A gente chegou neste domingo da França, onde fizemos uma excelente preparação para os Jogos Paralímpicos. A equipe está bem estruturada, com grandes chances de ganhar medalhas. Eu estou muito feliz de estar aqui e espero fazer o meu melhor dentro da pista", afirmou o atleta Sérgio Oliva, de Brasília. 
 
A equipe de futebol de 5, para deficientes visuais, treinou no Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra, na parte da tarde. "Eu fiquei muito emocionado porque sei que vai ser aqui. A partir de sexta-feira (7.09) a bola vai rolar. A arena está muito legal. A equipe da organização está de parabéns. A minha expectativa [da estreia] é que seja um bom jogo e que o Brasil vença".
 
Maior delegação do Brasil nos Jogos Paralímpicos, o atletismo treinou na Universidade da Força Aérea (Unifa), em Campo dos Afonsos, no fim da tarde. "O treino foi bom, agora são só os ajustes finais. Eu estou animada para competir no Rio. Na quinta-feira já começo, sou uma das primeiras atletas a competir. Espero dar o melhor. Claro que espero que o meu melhor seja um pódio, seja uma medalha de ouro. Mas o que mais quero é sair satisfeita comigo mesma, sabendo que fiz tudo o que deveria ter feito".
 
 Fonte: CPB
Ascom - Ministério do Esporte

Na Mídia - Ministro Leonardo Picciani fala ao Jornal Lance

Ministro explica legado, consulta do Flamengo por estádio e como não vai 'jogar R$ 150 milhões pela janela'

Publicado originalmente no Jornal o Lance desta terça-feira dia 06.09

"As propostas (de legado) estão bem formuladas. A prática nos levará ao aperfeiçoamento", diz Picciani.(Foto: Paula Mascára/Lance)"As propostas (de legado) estão bem formuladas. A prática nos levará ao aperfeiçoamento", diz Picciani.(Foto: Paula Mascára/Lance)

 
Igor Siqueira
Rio de Janeiro (RJ)
 
A primeira parte do desafio já foi. Os Jogos Olímpicos tiveram sucesso, os Paralímpicos estão às portas e o terceiro passo – com importância similar – é o legado. É a pauta que está na mesa do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. Nesta entrevista ao LANCE!, ele explica com mais detalhes projeto que é o carro-chefe do governo federal para o pós-Rio-2016: a Rede Nacional de Treinamento. Há quase quatro meses no cargo, Picciani, nesse contexto, deu mais explicações sobre a suspensão de um edital que selecionaria projetos de alto rendimento, lançado na véspera da entrada de Michel Temer na Presidência da República, cujo valor é R$ 150 milhões.
 
– Do jeito que estava, iríamos jogar R$ 150 milhões pela janela sem critério. Não tinha uma unidade Agora, o edital terá que respeitar uma diretriz única – disse o ministro, referindo-se à Rede Nacional de Treinamento.
 
Picciani ainda fala sobre o pedido do Flamengo para usar o estádio do rúgbi em Deodoro e avisa que o governo estuda um processo judicial contra o consultor português que, também em entrevista ao L!, fez sérias acusações referentes ao controle de doping no Brasil.
 
O que tem tomado a atenção do ministro do Esporte nesse período entre Olimpíada e Paralimpíada?
 
O foco muito grande na preparação para a Paralimpíada. E em paralelo, temos tocado as questões da Rede Nacional de Treinamento e do legado, em geral.
 
Por que entende que a Rede Nacional de Treinamento é uma boa solução de legado?
 
Eu creio que dará certo porque o Brasil fez um grande investimento nos últimos anos em equipamentos esportivos. Além disso, fez investimento nos equipamentos usados nos Jogos Olímpicos. A Rede Nacional de Treinamento vai integrar todos eles em todas as regiões do país, fazendo com que o uso desses meios sejam usados e se comuniquem entre si. Vamos cuidar desde a iniciação ao esporte até o altíssimo rendimento. Tem alguns equipamentos que já são vinculados ao Ministério. Uma vez publicado o edital, municípios, estados ou entidades que tenham os equipamentos poderão incluí-los na Rede Nacional.
 
Como avalia os projetos de legado para o Rio?
 
As propostas estão bem formuladas. Mas esse não é um processo estanque. Ele vai se moldando a cada dia. Creio que o plano permitirá uma boa organização inicial. Depois, a prática nos levará ao aperfeiçoamento continuado.
 
O custo de R$ 46 milhões por ano é considerado alto para a manutenção de Deodoro?
 
R$ 46 milhões é o que custa. É do orçamento do Ministério do Esporte. É a manutenção daqueles equipamentos. É uma área grande. Quem fica com Deodoro são as Forças Armadas. Nós vamos apoiá-los na manutenção, no funcionamento, e ao fomentar a prática esportiva nesses equipamentos, também no Parque Radical e no Parque Olímpico da Barra. Vamos iniciar muito em breve no parque da canoagem um programa de iniciação ao esporte feito para 200 crianças daquela região, em parceria com a Confederação de Canoagem. Elas aprenderão canoagem e natação.
 
Saiu na semana passada o edital de licitação da parceria público-privada para administrar o Parque Olímpico da Barra. O que desse espaço ficará a cargo do governo federal?
 
Vai ser tudo concedido. Mas o Velódromo, Arena Carioca 2 e o Tênis vão ser agregados à Rede Nacional, de acordo com o protocolo que a Prefeitura assinou com o Ministério. A manutenção será do concessionário, que terá que disponibilizar um número pré-estabelecido de datas para o Ministério para treinamentos, competições e projetos sociais. Dez é o número mínimo, acho até que vamos usar mais.
 
Qual o planejamento para os programas de incentivo, como Bolsa Atleta e Pódio e qual a previsão de ações da pasta até o final do ano?
 
A princípio, estamos readequando os programas. Os programas serão mantidos e ampliados. Para conclusão do ano, os principais pontos são dar início ao legado e republicar o edital de R$ 150 milhões de parceria com as confederações. Mas será sob uma outra lógica, vinculada ao funcionamento do legado. Por uma razão simples: não temos dois recursos. Temos que otimizar. Do jeito que estava, iríamos jogar R$ 150 milhões pela janela sem critério. Não tinha uma unidade. Agora, ele terá que respeitar uma diretriz única. Será até o fim do ano. 
 
Muito se fala no legado olímpico. E o que dá para destacar de legado paralímpico?
 
O legado é olímpico e paralímpico. Eles usam os mesmos equipamentos. Sobre o paralímpico, o Ministério construiu o Centro Paralímpico brasileiro, que é o grande legado, no qual 16 das 22 modalidades estão contempladas. É uma parceria com o Governo do Estado de São Paulo. Vamos continuar fomentando, vamos ajudar a equipar. É uma concessão do governo, que é o detentor. Acredito que essa parceria será renovada. Isso vai entrar na rede nacional também.
 
Teve reunião com os dirigentes na semana passada. O que foi tratado em Brasília?
 
Levantou-se algumas questões de segurança, manutenção do efetivo da Força Nacional para os Jogos, algo que já está solucionado. 
 
A meta de top-5 no quadro de medalhas também é do Ministério do Esporte?
 
A meta é do Comitê Paralímpico. O critério do Ministério não é exclusivo de análise do número de medalhas. Tem que avaliar a evolução como um todo, número de finais, posição em relação à participação histórica nos Jogos. Focamos na curva de crescimento das modalidades, se está positiva ou negativa.
 
Está ciente de algum movimento de retirada de patrocínio por parte das estatais? Dá para pleitear em nome das confederações pela manutenção?
 
Não fiquei sabendo sobre a retirada de patrocínio. Lógico que as estatais têm a política de publicidade, de fomento ao esporte, mas eu tenho certeza que elas são grandes empresas e continuarão incentivando o esporte.
"Eu acho que seria interessante, primeiro porque ajudaria a reduzir o custo de manutenção", sobre o Flamengo usar o estádio de rúgbi.
 
Como está a situação do pedido do Flamengo para usar o estádio em Deodoro?
 
O Flamengo formalizou uma intenção ao Ministério de ser parceiro no estádio de rúgbi. Não está descartado, mas está em estudo pela área técnica do Ministério. Estão vendo a possibilidade legal, jurídica e também do interesse público. 
 
Mas seria interessante para vocês, não?
 
Eu acho que seria interessante, primeiro porque ajudaria a reduzir o custo de manutenção. E também porque ajuda a fomentar a atividade esportiva, acho que poderiam ter uma contrapartida de projetos e também de incentivo aos esportes olímpicos, não só o futebol. O futebol ajudaria a dar vida. Mas precisaria tratar com o Exército, porque é o dono da área. Teria que combinar com todo mundo.
 
No começo de agosto, o Ministério enviou ao Tribunal de Contas da União o projeto de legado. O TCU se manifestou depois disso?
 
Não houve uma manifestação do TCU posterior a isso. Entregamos no começo de agosto, dentro do prazo. E também entregamos ao juiz que tinha dado a liminar sobre o assunto. Acredito que eles estejam analisando as informações e nós também estamos acrescentando. 
 
Vai a Tóquio quando?
 
Está marcado em Tóquio o Fórum Mundial dos Ministros do Esporte. É o que tá marcado. Conversamos bastante com os japoneses. Eles vão voltar agora para a Paralimpíada.
 
E sobre aquela denúncia do consultor português, Luis Horta, da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, dizendo que o Ministério estaria querendo “medalhas a qualquer custo”?
 
A Advocacia Geral da União, que é a consultoria jurídica do Ministério, está estudando as medidas jurídicas, vai interpelá-lo judicialmente. Ele era consultor do Ministério, ficou até o fim, mas nos estranha que só ao final de junho ele se deu conta do que ele falou... Estamos mudando procedimentos na ABCD. Ela tinha procedimentos disciplinares na gestão anterior, isso está sendo cuidado no foro apropriado. Temos mantido uma excelente relação com a Wada, algo muito produtivo. Vamos instalar o tribunal antidoping até o final do ano. As acusações do português não fazem o menor sentido. Já voltamos a fazer exames. O secretário Rogério Sampaio inclusive tem discutido a redução dos preços dos exames junto ao Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. É o preço mais caro do mundo. O laboratório precisa ser competitivo. O futebol fazer os exames aqui, são cerca de 6 mil por ano, daria competitividade. O LBCD já faz cerca de 5 mil. Se o laboratório fizer entre 10 mil e 12 mil exames, ele fica viável, e aí não precisa de aporte financeiro. Atualmente, tem aporte e ele é administrado pelo Instituto de Química da UFRJ.
 
Os exames fora de competição já voltaram a ser realizados?
 
Voltou a fazer durante a Olimpíada. Já fizemos fora de competição do paralímpico. Mas a questão é que quando abre a Vila, quem passa a comandar as ações do antidoping é o COI e o Comitê Paralímpico. A ABCD a partir daí só atua sob demanda deles.
 
Como anda a Apfut?
 
Vamos implantar. Deixa o presidente Temer voltar da China. Quem nomeia o presidente é ele. Mas não vou mexer nas indicações da sociedade. Os que lá estão, vão continuar. 
 
E aquela definição sobre início da cobrança de Certidões Negativas de Débito aos clubes?
 
O Conselho Nacional do Esporte vai apresentar um parecer pelo Gustavo Perrella, em 6 de setembro, tem reunião. Vamos instalar a Apfut, e aí a fiscalização será dela. O CNE decidiu isso na última reunião: se é matéria da lei do Profut, quem se manifesta é a Apfut. A manifestação no parecer é a respeito do artigo 10 do Estatuto do Torcedor. Mas o CNE não é tribunal, não é parecer jurídico. É opinativo e de mérito. O CNE vai dar uma opinião sob o ponto de vista do esporte qual é o melhor cenário.
 
O que muda com o impeachment?
 
Acho que agora o governo definitivo tem total legitimidade de apresentar os programas, direção para o Esporte. De modo geral, o impeachment dá mais segurança jurídica e política ao país e melhora o ambiente para a retomada de crescimento.
 
Há chance de fusão ou extinção do Ministério do Esporte?
 
Chance zero.
 
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Jogos Paralímpicos Rio 2016 ultrapassam a marca de 1,5 milhão de ingressos vendidos

A venda de ingressos para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 chegou, no domingo (4.9), a mais um número emblemático com o anúncio de que foi batida a marca de 1,5 milhão de entradas vendidas.
 
As finais de diversos esportes já estão completamente esgotadas. Ainda restam cerca de um milhão de bilhetes disponíveis ao público, mas devido ao ritmo alcançado pelas vendas, a expectativa é de que as entradas se esgotem, já que as vendas de ingressos vêm crescendo significativamente nas últimas semanas.
 
DivulgaçãoDivulgação
 
Apenas no dia 24 de agosto foram vendidos 145 mil bilhetes, um recorde nos Jogos. Quatro dias depois, a marca de um milhão de entradas comercializadas foi alcançada. “Houve uma mudança importante no padrão de vendas”, comemora o diretor executivo do Comitê Rio 2016, Mario Andrada.
 
“Primeiro vimos uma energia muito grande vinda dos Jogos Olímpicos e pessoas que simplesmente queriam estar no Parque Olímpico da Barra. Agora vemos torcedores que estão buscando por atletas e partidas específicos. Ver que o esporte se tornou a principal razão pela qual os ingressos são comprados é muito animador”, continuou.
 
Apesar do grande número de ingressos vendidos, ainda há boas opções de bilhetes disponíveis, especialmente para os dois primeiros dias de competições. Entre os dias 8 e 9 de setembro, nomes como os brasileiros Daniel Dias e André Brasil, na natação; Terezinha Guilhermina e Alan Fonteles, no atletismo; e Lúcia Teixeira, no judô, estarão em ação lutando por medalhas.
 
Entre as estrelas internacionais, o irlandês Jason Smyth, do atletismo, conhecido com o “Bolt Paralímpico”, pode ganhar seu primeiro ouro no Rio 2016 na manhã do dia 9, na final dos 100m rasos da classe T13. As entradas restantes estão sendo vendidas pelo site www.rio2016.com/ingressos. Há bilhetes com preço a partir de 10 reais.
 
Pessoas com deficiência e maiores de 60 anos têm direito à meia-entrada em todas as faixas de preço, assim como estudantes e professores da rede pública municipal, na categoria das entradas mais baratas.
 
 Fonte: Rio 2016
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Defesa na Paralimpíada contará com cerca de 50 aeronaves

FABFAB
A defesa aérea e o transporte aerologístico durante os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro contarão com cerca de 50 aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). O número contempla aviões F-5M, A-29 Super Tucano, veículos aéreos não tripulados e helicópteros.
 
As aeronaves cumprirão medidas de monitoramento e policiamento para que não haja voos nas áreas determinadas pela estratégia de segurança do evento. Elas também ficarão em prontidão na capital fluminense e em outros pontos do País para acionamento em casos emergenciais.
 
"Nosso objetivo é manter o mesmo padrão dos Jogos Olímpicos", afirma o coronel Dias Gomes, Chefe do Estado-Maior do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). O órgão pertence ao Comando da Aeronáutica sediado em Brasília (DF) e é responsável por gerenciar as ações de defesa aérea. Durante os Jogos Olímpicos, as aeronaves da FAB cumpriram 1,3 mil horas de voo.
 
O espaço aéreo sobre a cidade do Rio de Janeiro terá regras especiais. Qualquer veículo aéreo que descumprir as orientações poderá ser interceptado. De 7 a 19 de setembro serão ativadas áreas de exclusão aérea com restrições de voo sobre Deodoro, Maracanã, Engenhão, Copacabana e Barra da Tijuca. As medidas não causarão impacto sobre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, que terão pousos e decolagens mantidos. O esquema é igual ao que ficou em vigor entre 24 de julho e 21 de agosto, durante os Jogos Olímpicos.
 
Divisão do espaço áereo
Em uma área denominada "Branca", que abrange de Angra dos Reis até Cabo Frio, e do Oceano até quase a divisa com Minas Gerais, estarão proibidos voos de treinamento, instrução e turísticos, dentre outros.
 
Também estarão proibidas operações de paraquedas, parapentes, balões, dirigíveis, ultraleves, aeronaves experimentais, asas-deltas, pulverização agrícola, reboque de faixas, aeromodelos, foguetes e veículos aéreos remotamente pilotados.
A área denominada "Amarela", em que será permitido sobrevoo apenas de aeronaves devidamente autorizadas, tem 27,78 quilômetros de raio (15 milhas náuticas). A abrangência inclui os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, e vai desde Niterói até a praia de Grumari, e do Oceano Atlântico até Nova Iguaçu.
 
As chamadas áreas "Vermelhas" que serão ativadas sobre os complexos esportivos da Barra, Deodoro, Maracanã, Engenhão e Copacabana contam com 7,4 quilômetros de raio (4 milhas náuticas).
 
Neste espaço, somente poderão voar aeronaves com autorização expressa do COMDABRA, incluindo as das Forças Armadas, órgãos de segurança pública, chefes de Estado e autoridades públicas, aeronaves-ambulância e aquelas utilizadas pelas organizações dos eventos esportivos.
 
 Fonte: brasil2016.gov.br e FAB
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Trunfo Brasil 2016 aproxima público e atletas

Torcer pelos atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros ficou ainda mais divertido. Foi lançado nesta segunda-feira, na Casa Brasil, o Trunfo Brasil 2016. O jogo de cartas mundialmente famoso agora ganhou versão eletrônica para as plataformas Android e iOS com mais de 150 atletas consagrados.
 
Luiz Lima apresenta ao público jogo eletrônico que reúne 150 atletas brasileiros. (Foto:Francisco Medeiros/ME)  Luiz Lima apresenta ao público jogo eletrônico que reúne 150 atletas brasileiros. (Foto:Francisco Medeiros/ME)
 
O objetivo da iniciativa é aproximar os atletas do público e divulgar as modalidades esportivas. São 113 atletas olímpicos e 37 paralímpicos, todos patrocinados pelo programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Outras sete cartas são homenagens a grandes nomes do esporte brasileiro, como o ex-meio-fundista Joaquim Cruz e a ex-jogadora de vôlei Paula Pequeno.
"É uma experiência dinâmica e divertida. E uma forma de estimular nossos jovens a praticar esporte. É mais que uma homenagem", afirmou o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima.
 
Atletas da seleção olímpica de nado sincronizado, Luisa Borges e Duda Miccuci fazem parte do jogo e acompanharam o lançamento. "Voltamos um pouco à nossa infância. O Trunfo nos coloca em contato com o público, que pode aprender mais sobre os atletas", comentou Luisa.
 
Luisa e Duda ressaltaram a importância do apoio do Bolsa Atleta para os treinamentos e a performance nos Jogos. "Tenho certeza que ajudou muito no nosso desempenho", afirmou Duda. Sobre o Trunfo, ela completa: "Joguei muito quando era pequena. É muito bacana e permite conhecer outros atletas".
 
O aplicativo traz a biografia dos atletas e suas principais conquistas. O jogo permite partidas com amigos ou desconhecidos. Os jogadores escolhem atributos do atleta como força, por exemplo, e os valores são comparados entre as cartas. Além das cartas dedicadas a 157 atletas, outras três difundem o conhecimento sobre o Portal Brasil 2016, o Bolsa Atleta e a Rede Nacional de Treinamento.
 
O coordenador do Bolsa Atleta, Mosiah Rodrigues, frisou que 77% dos atletas olímpicos e 90,6% dos paralímpicos nos Jogos Rio 2016 são patrocinados pelo programa. "O papel do Trunfo Brasil é importante no sentido de aproximar o ministério do atleta. Desburocratizamos um pouco o contato. É muito importante que consigamos acompanhar a evolução do esporte e da sociedade", disse.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Na Casa Brasil, Ministério do Esporte debate experiências do PELC no Rio de Janeiro

Coordenadores de núcleos do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) discutiram nesta segunda-feira (05.09), na Casa Brasil, os resultados e as perspectivas do programa no Rio de Janeiro. Além dos coordenadores, participaram do encontro a diretora nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte (Snalis), Denise Cunha, a coordenadora geral do PELC, Ana Elenara, e o subsecretário de Esporte e Lazer do estado, Rafael Thompson.

Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o governo federal repassa recursos para nove núcleos em comunidades pacificadas (Rocinha, São Carlos, Mangueira, Alemão/Complexo da Penha, São João, Batan, Santa Marta, Manguinhos e Andaraí). Ao todo, são 194 servidores contratados para trabalharem em academias que oferecem atividades esportivas de segunda a sábado, para pessoas de todas as idades.

Foto: Rafael Azeredo / Casa BrasilFoto: Rafael Azeredo / Casa Brasil


Os coordenadores se manifestaram ressaltando o impacto positivo do programa social nas comunidades. A técnica administrativa do núcleo de São Carlo, Débora, disse que no início houve uma resistência muito grande da comunidade, que reclamava da falta de continuidade dos programas governamentais implementados por lá até então. “Hoje é um sucesso. Já dobramos o número de alunos matriculados. Temos 500 pessoas com frequência assídua”, contou.

No núcleo de São João, Ticiane, coordenadora administrativa, conta que eles conseguiram aumentar significativamente o número de idosos depois de começarem a ministrar aulas de alongamento e funcional. Segundo a coordenadora, os bons resultados não se dão apenas pela prática de atividade física, mas também pelo convívio social. Ela conta que há pessoas que, muitas vezes, vão lá só para conversar.

A principal demanda dos coordenadores presentes foi a instalação de coberturas em algumas das academias, que precisam interromper suas atividades nos dias de chuva. Outros coordenadores pediram a abertura de novas unidades, seja pela alta procura dos moradores ou por questões de segurança no local onde estão instaladas as já em funcionamento.

A diretora da secretaria do Ministério do Esporte, Denise Cunha, ressaltou que os fatores positivos foram mais citados do que as questões de segurança. Na avaliação dela, isso significa que isso não é um gargalo que inviabilize o funcionamento das academias.

A coordenadora geral do PELC, Ana Elenara, destacou a importância do encontro desta segunda-feira para aproveitar os olhos voltados para o Rio de Janeiro para a promoção do esporte como meio de formação cidadã. “Em época de grandes eventos as pessoas se voltam muito para resultados, medalhas. Muitos não conhecem os programas sociais do Ministério do Esporte. É importante fazer essa aproximação de agendas com os grandes eventos para aproveitar, neste espaço que é a Casa Brasil – de promoção do país –, para mostrar que aqui também nos preocupamos com o esporte como meio de formação e educação”, ponderou a coordenadora geral do PELC, Ana Elenara.

Para o subsecretário de Esporte e Lazer, Rafael Thompson, a recepção dos Jogos Olímpicos foi um sucesso, e os Paralímpicos também devem ser. Ele lembra, no entanto, que essa é apenas uma parte do trabalho. “A população comprou a ideia e isso foi maravilhoso. Mas a outra parte do nosso trabalho é favorecer a formação, é privilegiar a formação esportiva nas comunidades”, disse.

Programa
O PELC foi criado em 2003 com o objetivo de atender as necessidades de esporte recreativo e de lazer da população. O Ministério repassa recursos por meio de parceria com governos estaduais, municipais e universidades. Hoje, estão vigentes 115 parcerias, cada uma delas com até 20 núcleos em funcionamento.

Ascom – Ministério do Esporte

Shirlene Coelho será a porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos

Na disputa com outros 17 atletas, a campeã mundial e paralímpica Shirlene Coelho teve 20% dos votos e foi eleita para ser a porta-bandeira brasileira na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, que será realizada na quarta-feira (07.09), no Maracanã, no Rio de Janeiro. Esta é a primeira vez que uma mulher conduzirá a bandeira do Brasil.

Representante da maior equipe da delegação brasileira nas Paralimpíadas – o atletismo, com 61 atletas –, Shirlene conseguiu se eleger com uma forte concorrência. Ela ficou à frente do judoca Antônio Tenório (cinco medalhas em Jogos Paralímpicos) e do velocista Yohansson Nascimento (ouro nos 200m em Londres 2012).

Foto: Washington Alves/CPBFoto: Washington Alves/CPB

“Fico muito feliz por ter sido escolhida a porta-bandeira do Brasil, e mais feliz ainda por saber que eu sou querida pelos meus companheiros. Tenho uma ótima convivência com todos e acredito que isso e os meus resultados foram determinantes para eu ser premiada”, disse Shirlene, que representará o Brasil nas provas de arremesso de peso e lançamento de disco e dardo.

Recordista mundial e medalhista de prata (Pequim-2008) e de ouro (Londres-2012) no lançamento de dardo, a atleta foi escolhida por eleição aberta com a participação dos 286 atletas da delegação brasileira. Os candidatos foram indicados pelos chefes de missão e tinham como requisito a conquista de, pelo menos, um ouro paralímpico, e não podiam competir no dia seguinte da cerimônia.

Fonte: CPB
Ascom – Ministério do Esporte

Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, fala sobre os Jogos Paralímpicos no Rio Media Center nesta terça-feira

 
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participa de entrevista coletiva nesta terça-feira (06.09), no Rio Media Center, às 15 horas, para falar sobre os Jogos Paralímpicos Rio 2016. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, também estará presente.
 
A abertrua oficial dos Jogos Paralímpicos será na quarta-feira (07.09) e as compeitções se iniciam no dia seguinte e prosseguem até o dia  18. Em duas   duas semanas de evento serão distribuidas 528 medalhas, em 23 modalidade. Ao todo, são mais de 4 mil atletas de 160 países.
 
A delegação brasileira é composta por 289 atletas sendo que 90,6% deles recebem apoio financeiro através do Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. O país vai encarar o desafio de se manter entre as potências paralímpicas com o maior número de representantes nacionais na história dos Jogos. Esta será a primeira edição em que o Brasul irá competir em todas as 23 modalidades que compõem o programa paralímpico. 
 
Serviço: Coletiva de imprensa com Ministro do Esporte, Leonardo Picciani e presidente do CPB, Andrew Parsons.
Data: 06.09 ( terça-feira)
Horário: 15h
Local: Rua Madre Tereza de Calcutá, s/nº - Cidade Nova
 
Ascom - Ministério do Esporte
 

Com bagagens estratégicas, atletas brasileiros chegam ao Galeão para o Rio 2016

Cezar Loureiro/CPBCezar Loureiro/CPB
As bagagens dos atletas brasileiros que desembarcaram neste domingo (04.09) no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, vieram pesadas. Mas não são os quilos referentes a roupas e acessórios para treino e competição. Nas malas e mochilas, vieram elementos que vão ser fundamentais para fazer dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 um evento especial para o público e uma competição produtiva em termos de resultados para o país anfitrião, que visa ao quinto lugar no quadro geral de medalhas.
 
“Trago um coração cheio de vontade de vencer, muito suor, muita lágrima ao longo desse ciclo e a certeza de que vou fazer valer a pena ter chegado até aqui”, disse Terezinha Guilhermina, atual campeã paralímpica nos 100m e 200m e recordista mundial nos 100m e 400m na classe T11 (deficientes visuais). Ela chegou ao Rio com os cabelos azuis e promete mais cores ao longo da competição de atletismo.
 
Verônica Hipólito, campeã mundial nos 200m rasos e prata nos 100m da classe T38 (paralisados cerebrais) em Lyon 2013, chegou com excesso de bagagem. “Trago muita, muita, muita energia positiva e força, que os outros me deram e me fizeram ver que eu tenho muita. Claro que também trago muita comida. Desculpa, nutricionista!”, brincou.
 
“Trago a esperança de mostrar, nos Jogos Rio 2016, que o impossível não existe. O verdadeiro é aquele que não enxerga o quanto é capaz”, acrescentou Silvânia Costa, atual recordista mundial e campeã mundial no salto em distância na classe F11 (deficientes visuais).
 
Cezar Loureiro/CPBCezar Loureiro/CPB
 
Experiência
O atual campeão paralímpico na classe BC2 da bocha, Maciel Santos, vem acumulando a bagagem para o Rio 2016 há duas décadas. “Eu trouxe o conhecimento dos atletas. Jogo bocha há 20 anos, conheço bastante gente, vendo jogos e disputando contra eles. Sem dúvidas a experiência conta muito para, na hora da decisão, estar bem focado. A gente está vindo preparado para fazer o melhor possível na nossa casa e trazer o melhor espetáculo do mundo”, afirmou.
 
Ricardinho, ala da seleção brasileira de futebol de 5, trouxe algo mais além do violão para passar o tempo com os colegas. "É uma bagagem que eu tenho como atleta: sei como funciona esse tipo de competição, é tiro curo, não para vacilar. Fizemos tudo da melhor forma, estamos preparados para tentar mais uma medalha de ouro", disse o atleta, que esteve presente em dois dos três títulos paralímpicos da equipe.
 
Dono de 15 medalhas em Jogos, sendo 10 de ouro, o nadador Daniel Dias contou que a vontade de divertir é um dos elementos principais de sua bagagem. "Claro que com responsabilidade, mas temos que fazer isso com alegria. É o que eu trago das Paralimpíadas que eu participei. Mas também vejo que aqui vai ser diferente de tudo. Vai ser espetacular", disse
 
Bagagens que ficam
 
Os atletas também pretendem deixar algumas bagagens no Rio e, se possível, fazê-las circular por todo o país. “Vai ficar uma mentalidade mais inclusiva para todos. Independentemente de ter alguma limitação, somos capazes de fazer as coisas tanto quanto qualquer outra pessoa, pode ser de uma forma um pouco diferente, mas tão bem quanto. Somos capazes de sonhar, de realizar sonhos e motivar pessoas a fazer o mesmo”, disse Terezinha Guilhermina.
 
“Muitas vezes, as pessoas têm alguma deficiência e ficam só dentro de casa, mas com a chegada do esporte paralímpico na vida das pessoas, tudo isso muda. Queremos deixar essa mensagem”, completou Dirceu Pinto, atleta da bocha na classe BC4 e  atual bicampeão paralímpico no individual e nos pares.
 
Para Ricardinho, ficarão para a sociedade brasileira novas impressões sobre os deficientes. "Quem for acompanhar os Jogos vai se impressionar, vai ver que o esporte paralímpico é alto rendimento, vai sair com outra visão sobre os deficientes de forma geral. Muita gente pensa que é aquela coisa do coitadinho, mas quem assistir ao esporte paralímpico vai perceber que é totalmente o contrário. E vai se surpreender."
 
Vagner Vargas e Carol Delmazo – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Ministério do Esporte lança o aplicativo Trunfo Brasil 2016

O Ministério do Esporte lança nesta segunda-feira (05.09), no Rio de Janeiro, o Trunfo Brasil 2016. A ferramenta, inspirada em um jogo de cartas que conquistou o mundo nos anos 80, traz atletas que defendem o Brasil nos Jogos Rio 2016, além de nomes consagrados do esporte nacional. A apresentação do Jogo será na Casa Brasil, às 15h40. O objetivo da iniciativa é disseminar o conhecimento sobre esportes e atletas.
 
Jogo já está disponível para download para plataformas Android e IOSJogo já está disponível para download para plataformas Android e IOS
 
 
Desenvolvido em tecnologia mobile para as plataformas iOS e Android, o aplicativo traz a biografia de atletas e suas principais conquistas. O Trunfo Brasil contempla, ao todo, 160 cartas, sendo 150 de atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros apoiados pelo Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual e direto do mundo e que participam dos Jogos Rio 2016.
Outras sete cartas homenageiam ex-atletas que marcaram a história esportiva no Brasil, como Joaquim Cruz e Paula Pequeno. Mais três cartas difundem o conhecimento sobre o portal Brasil 2016, o Bolsa Atleta e a Rede Nacional de Treinamento. O aplicativo tem jogabilidade simples e já está disponível para download.
 
 
Como jogar
 
No primeiro login, o usuário receberá um conjunto de cartas, que serão usadas durante as disputas. O jogo permite várias partidas simultâneas, com amigos ou desconhecidos. A cada confronto, os jogadores escolhem aquele atributo que julgarem ser o melhor de cada atleta para serem comparados. Vence quem ganhar mais disputas durante a rodada.
Bolsa Atleta
 
O Bolsa Atleta completou em 2015, uma década de atuação, com mais de 43 mil bolsas concedidas para mais de 17 mil atletas. Os investimentos no período alcançaram a marca de R$ 600 milhões nas categorias de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico. No exercício de 2016, 6.152 atletas de todo país foram contemplados, num investimento da ordem de R$ 80 milhões no ano.
 
São apoiados pelo programa atletas que tenham obtido bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, independentemente de sua condição econômica.
 
 
A categoria Pódio é a mais alta do programa e foi criada, em 2013, com o objetivo de patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais nos Jogos Rio 2016.
 
Para ser patrocinado, o atleta deve estar entre os 20 primeiros no ranking da modalidade ou prova específica e ser indicado pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto em conjunto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou
 
Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério do Esporte. Atualmente, 227 atletas de modalidades individuais (olímpicas e paralímpicas) são patrocinados nesta categoria.
 
 
Dos 465 atletas brasileiros convocados para os Jogos Olímpicos, 77% são patrocinados pelo Governo Federal. Já nos Jogos Paralímpicos, 90,6% da delegação brasileira é apoiada pelo Ministério do Esporte por meio do Bolsa Atleta.
 
Lançamento do Jogo Trunfo Brasil 2016
Horário: 15h40
Local: Armazém 2 - Casa Brasil
Endereço: Praça Mauá, Centro, Rio de Janeiro 
 
Casa Brasil
Endereço: Píer Mauá, Centro, RJ – Armazéns 1 e 2 e Casa Touring
Imprensa: Somente veículos credenciados no RMC (Credenciamento ainda pode ser solicitado em www.riomediacenter.com.br)
 
 

Secretaria do Ministério do Esporte realiza debate sobre importância da implantação de programas de esporte e lazer

 
 
A Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), do Ministério do Esporte, realiza nesta segunda-feira (05.09), às 14h, na Casa Touring, um bate papo sobre a experiência do Programa de Esporte e Lazer da Cidade, o PELC, em implantar e desenvolver projetos de atividades de esporte e lazer em territórios de risco social.
 
O objetivo do evento é abrir uma discussão sobre novas possibilidades e a importância da criação de programas sociais nas comunidades menos favorecidas, a exemplo de núcleos do PELC em regiões pacificadas do Rio de Janeiro. Estarão presentes cerca de 60 convidados, entre gestores de programas sociais, autoridades políticas do Rio de Janeiro, pesquisadores pedagógicos e estudantes. O evento não será aberto ao público. 
 
Programação
 
1º momento: 
- Boas Vindas pelas gestoras da SNELIS Denise Cunha e Ana Elenara
- Reflexão sobre o significado da atividade no âmbito da Casa Brasil
 
2º momento: 
Bate papo sobre o PELC e a experiência da implantação de academias ao ar livre em Comunidades Pacificadas – limites e possibilidades
Apresentação: Rafael Thompson e Robson Luis – Subsecretário da SEEL
Mediação: Ana Elenara
 
3º momento: 
Lanche de encerramento
 
Serviço: Palestra do Programa Esporte e Lazer da Cidade
Data: 5 de setembro
Horário: 14h – 15h30
Local: Casa Touring - Praça Mauá, centro, Rio de Janeiro – RJ
Mais informações – Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte
Valéria Barbarotto (61) 99800 1508
 

Evento de MMA da CUFA dá oportunidade a atletas de favelas no Rio de Janeiro

Em sua terceira edição desde que foi criado em 2015, o Festival de Lutas da CUFA (FLC) promoveu 11 lutas na noite desta sexta-feira (02.09), na quadra da Central Única das Favelas, em Madureira, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez o evento de MMA (artes marciais mistas) colocou em jogo um cinturão, na categoria 61kg. Melhor para Josiel Silva, que venceu Luan Danger no combate principal e tornou-se o primeiro campeão do FLC.

O cinturão foi entregue pelo secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, que acompanhou as 11 lutas do evento. “Já tinha prestigiado um evento de MMA, mas não tão intensamente como hoje. Foram 11 lutas magníficas e disputadas. E pela primeira vez estou na CUFA. Como carioca e brasileiro, fico orgulhoso de ver uma iniciativa dentro de comunidades carentes e de enorme sucesso”, comentou o secretário.

Foto: Divulgação/CUFAFoto: Divulgação/CUFA

O FLC é promovida pela CUFA desde 2015 e faz parte do projeto “Atletas da Rua”, realizado em parceria com o Ministério do Esporte. “A CUFA tem como objetivo levar desenvolvimento para as favelas e permitir que as pessoas participem de processos fora delas. A gente desenvolve ações com basquete, futebol e o MMA vem crescendo muito durante os últimos anos. O que a gente tem feito é tentar receber essa demanda e fazer com que as pessoas da favela aproveitem e protagonizem as oportunidades, não só lutando, mas também produzindo”, explicou Celso Athayde, organizador do evento.

Segundo Athayde, a resposta das comunidades é muito boa e a procura tem sido muito alta. “A gente tem como resposta todos os dias o fato de o espaço estar cheio, de não caber mais ninguém e de não conseguir atender a quantidade de pessoas que quer participar. Só posso ficar feliz com o resultado, por que eu vejo todo mundo saindo daqui feliz”, disse Athayde.

Neste sábado (03.09), outra ação do projeto “Atletas de Rua” vai realizar uma Olimpíada na Vila Olímpica da Vila Kennedy, com disputas de natação, atletismo, judô e outras atividades características das comunidades, como o passinho e o equilíbrio de lata. “É muito envolvente, interessante e empolgante estar aqui vivendo tudo isso”, destacou Luiz Lima.

Vagner Vargas
Ascom – Ministério do Esporte

Decisão da Copa da Amizade Brasil e Japão terá presença do ministro do Esporte

Neste sábado (03.09) será disputada a final da 19ª edição da Copa da Amizade Brasil e Japão no Rio de Janeiro. A decisão, que reúne as equipes de Santos e Botafogo, está marcada para as 10h, no Centro de Futebol  Zico, no Recreio dos Bandeirantes. A partida decisiva contará com a presença do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e do patrono da competição, o ex-jogador Zico.

A Copa da Amizade Brasil – Japão é um evento tradicional de futebol Sub-15 , organizado pelo Centro de Futebol Zico (CFZ) desde 1998. Idealizado pelo Galinho de Ouro, o torneio busca a troca de experiências entre as nações e a valorização do esporte na categoria juvenil de futebol.

A 19ª edição do evento começou no dia 29 de setembro com a presença de 20 equipes de vários estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal, além que quatro times do Japão: Kashima Norte, Antlers Norte, Antlers Tsukuba e J. League.

Nas semifinais o time do Santos venceu o Fluminense por 2 a 1, enquanto o Botafogo garantiu vaga na final ao vencer o Atlético Mineiro pelo mesmo placar.  

Serviço: Final da Copa da Amizade Brasil x Japão
Data: sábado, 03.09.2016
Horário: 10h
Local: Centro de Futebol Zico, Avenida Miguel Antonio Fernandes, 700, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, RJ

Ascom – Ministério do Esporte

Estreantes, jovens do tênis de mesa completam ciclo nos Jogos Paralímpicos Rio 2016

Dentro da maior delegação da história do tênis de mesa paralímpico brasileiro, composta por 17 atletas, duas jovens vão viver os Jogos Paralímpicos pela primeira vez. Danielle Rauen, 18 anos, e Thaís Severo, 23, chegam ao Rio 2016 para completar um ciclo que teve início em 2013, no Parapan de Jovens, na Argentina, e passou pelo Parapan de Toronto, em 2015.
 
Além de estreantes na Paralimpíada, as mesatenistas compartilham também um caminho semelhante dentro do esporte. Tanto Danielle quanto Thaís fizeram suas estreias internacionais no Parapan de Jovens de Buenos Aires, em 2013. Foi lá que o sonho de estar no Rio 2016 começou a se consolidar como realidade.
 
Danielle Rauen com o ouro no Parapan de Toronto: título valeu também a vaga para o Rio 2016. Foto: Fernando Maia/CPBDanielle Rauen com o ouro no Parapan de Toronto: título valeu também a vaga para o Rio 2016. Foto: Fernando Maia/CPB
 
As duas voltaram da Argentina com medalhas no peito. Danielle, da Classe 9, voltou com uma prata individual, enquanto Thaís, da Classe 3, trouxe um ouro no individual e outro por equipes. Thaís recebe a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte desde 2012, enquanto Danielle começou a receber o benefício a partir de 2014.
 
“Eu nem sabia que o Parapan de Jovens existia”, ri Thaís Severo. “Eu fui, ganhei ouro e foi bom. Aquilo deu um ânimo a mais, vi que podia dar certo. Meu técnico em Goiânia falava que se eu continuasse treinando eu viria para o Rio 2016. Era muito difícil, a gente não imagina que vai acontecer. Aqui estão as melhores do mundo”, diz a mesatenista.
 
“Foi marcante pegar minha primeira medalha em uma competição internacional. Tenho até hoje lá em casa, em um quadro”, conta Danielle Rauen, falando sobre a estreia em Buenos Aires. “O Parapan de Jovens para mim já foi o evento. Chegar aqui e ver essa estrutura é muito gratificante”, compara a brasileira.
 
O passo seguinte para elas foram os Jogos Parapan-Americanos de Toronto, uma competição profissional, com um nível mais alto. Mas os resultados foram tão bons quanto na Argentina. Danielle conquistou o ouro das classes 9 e 10, enquanto Thaís voltou do Canadá com duas pratas: uma individual e outra por equipes.
 
A competição em Toronto foi marcante para as brasileiras por motivos diferentes. Enquanto Danielle foi campeã e selou a classificação para o Rio 2016, Thaís bateu na trave. A prata significava que ela ainda teria que correr atrás da vaga para a Paralimpíada. Na final, ela perdeu para a mexicana Edith Sigala por 3 sets a 1, uma adversária que ela reencontraria outras vezes.
 
“Uma coisa que eu fiquei chateada foi que eu perdi o ouro para ela e no mês seguinte a venci em um campeonato na Costa Rica. Depois ainda ganhei dela três vezes. Se tivesse vencido, teria a vaga para o Rio. Mas foi uma surpresa pegar a prata no Canadá. Imaginava que as atletas seriam muito mais fortes e técnicas do que eu. A mexicana já tinha participado de duas Paralimpíadas”, conta Thaís, que mais tarde confirmou a classificação para os Jogos Paralímpicos.
 
Aclimatação da delegação paralímpica brasileira no CT de São Paulo. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPBAclimatação da delegação paralímpica brasileira no CT de São Paulo. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
 

Em busca de medalhas

Depois de acumular as primeiras experiências internacionais, Danielle Rauen e Thaís Severo chegam ao Rio de Janeiro querendo dar sequência ao histórico recente de conquistas. O desafio será maior no Rio 2016, já que elas terão pela frente as melhores do mundo no tênis de mesa, inclusive as chinesas, potências do esporte. Mas nada que assuste as jovens mesatenistas do Brasil.
 
“O objetivo é pegar uma medalha, não importa a cor. Lógico que a gente sempre quer o ouro, mas não vai importar. O que vale é pegar uma medalha e conseguir uma colocação boa, além de fazer bons jogos”, receita Danielle, que terá nas arquibancadas o reforço de dezenas de familiares e amigos.
 
“Ainda não tive uma experiência tão grande. Minha família inteira vai estar. Vão vir 20 pessoas da minha cidade, São Bento do Sul. Espero que isso me ajude, como ajudou aos jogadores nos Jogos Olímpicos”, comenta.
 
Já Thaís se apoia em um fator inusitado para levar vantagem na mesa. Como nunca enfrentou a maioria das adversárias que terá pela frente, a brasileira acredita que pode surpreender no Riocentro, palco dos jogos na Paralimpíada.
 
“Das meninas que estão aqui, só joguei com duas. Mas isso é bom. Vou jogar com elas, filmar os jogos e estudar para poder melhorar. Posso ganhar e posso perder, não tem como prever, mas meu primeiro objetivo é passar da chave”, afirma Thaís, uma das mais jovens da classe 3. “Elas não me conhecem e isso é ruim para elas. Como elas são antigas, eu já as vi jogando em vídeos. Elas nem sabem o que eu vou fazer. Tudo pode acontecer”, diz.
 
O sorteio das chaves do tênis de mesa para os Jogos Paralímpicos serão realizados na véspera do torneio. As primeiras rodadas serão disputadas em 8 de setembro, um dia após a Cermônia de Abertura, no Pavilhão 3 do Riocentro, na Barra. A competição segue até 17 de setembro, quando as últimas medalhas serão disputadas.
 
Vagner Vargas – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Brasileiros fazem primeiros treinos no Rio de Janeiro

A maior expectativa é sem dúvida para o início dos Jogos Paralímpicos, mas parte da ansiedade girava em torno da chegada à cidade-sede e da chance de conhecer os principais ambientes de treino e competição. Esta quinta-feira (01.09), então, foi dia de “reconhecer o terreno” para atletas de modalidades como halterofilismo e basquete em cadeiras de rodas. Os halterofilistas vão competir no Pavilhão 2 do Riocentro, mas os bancos e barras montados na área de treinos no Pavilhão 5 são os mesmos, e os atletas começam a criar familiaridade com os componentes.
 
“Queria que chegasse logo este treino para sentir o espaço, o clima. O pessoal realmente precisa treinar neste banco, que vai ser o da competição, e esta barra tem uma velocidade mais rápida. Adaptando-se a essa situação, não vai ter surpresa na competição”, disse o técnico da equipe, Valdecir Lopes.
 
Seleção de halterofilismo do Brasil treinou pela primeira vez no Riocentro. Foto: Carol Delmazo/Brasil2016.gov.brSeleção de halterofilismo do Brasil treinou pela primeira vez no Riocentro. Foto: Carol Delmazo/Brasil2016.gov.br
 
Evânio da Silva (-88kg) gostou da barra e do banco. O baiano tem como melhor marca 201kg, e nesta quinta levantou 205kg, Ele agora está aprimorando o movimento para se superar no dia da competição. “Melhorei muito nos últimos três meses, acho que uns 20% a mais. Melhorei na força, na técnica, estamos fazendo um treino diferente, com mais foco. Minha categoria é muito difícil, mas quero fazer o melhor da minha vida nos Jogos”, disse.
 
Para Valdecir, o primeiro pódio brasileiro em Jogos Paralímpicos no halterofilismo é possível. A principal aposta é Márcia Menezes (-86kg). Enquanto ela treinava, Val deixava um olho na atleta e outro na chinesa Fengmei Li, uma das grandes adversarias de Márcia.
 
“O tempo todo estava observando o desfecho do treino da chinesa, a preocupação dela. Vi que ela terminou e ficou olhando o treino da Márcia. Eu fico o tempo todo rastreando os adversários dos atletas. Temos as marcas de todos os principais concorrentes de Londres pra cá”, contou o treinador.
 
O jogo das pedidas
O papel do técnico também é fundamental na competição. Cada halterofilista pode fazer três tentativas. Aí entra a estratégia que, muitas vezes, ganha a disputa. “Você pode pedir até sete quilos acima da pedida real, porque pela regra você pode baixar até sete quilos ali na hora. É um jogo de estratégia que a regra permite. E você tem que estar atento para saber quanto o seu adversário fez ou quanto vai fazer. A gente tem direito de mudar a primeira e a terceira pedidas. A segunda tentativa, que é a decisiva em 90% dos eventos, não pode mudar. Depois que você acabou de fazer a primeira, você tem um minuto para dizer o peso da segunda.  É o treinador que diz. Eu saio exausto psicologicamente. Eu não aceito errar nisso como treinador”, explicou Valdecir.
 
Enquanto ele se prepara para o “jogo das pedidas”, os atletas treinam pesado, buscando fazer história diante da torcida anfitriã. Márcia mal pode esperar. “A gente trabalha com metas sempre. Eu me mudei para Itu para me preparar para o  Mundial de 2014. Desde então foram sete missões e a única atleta que trouxe medalha em todas fui eu. A expectativa para o Rio é brigar pelo pódio”, disse.
 
Emoção à flor da pele
No Parque dos Atletas, área oficial de treinamento das equipes, o basquete em cadeira de rodas do Brasil teve o primeiro contato oficial com os Jogos Paralímpicos. Embora não seja o ambiente de competição em si, atletas e comissão técnica valorizaram a experiência, principalmente pelo aspecto emocional.
 
“Sentimos as meninas bem mais eufóricas após a entrada na Vila e o primeiro treino”, comentou Martoni Sampaio, técnico da seleção feminina. “A palavra é entusiasmo. É um estímulo bom, o pessoal está com as emoções bem à flor da pele. Mas a gente não pode deixar isso virar uma euforia descontrolada”, alertou o treinador.
 
Uma das principais jogadoras da equipe, Lia esteve com a seleção na última edição dos Jogos, em Londres, e não escondeu a emoção com o primeiro contato com os Jogos em casa. “Estou maravilhada. A Vila é encantadora, a quadra é boa e a gente já está com muita ansiedade para estar nos jogos. Estamos bem empolgadas. A recepção foi muito boa”, disse a atleta.
 
No basquete em cadeira de rodas, emoção marcou o primeiro treino oficial no Parque dos Atletas. Foto: Márcio Rodrigues/CPB/MPIXNo basquete em cadeira de rodas, emoção marcou o primeiro treino oficial no Parque dos Atletas. Foto: Márcio Rodrigues/CPB/MPIX
 
Na seleção masculina, o ambiente foi parecido. O treino terminou com muita descontração em uma atividade de arremessos, deixando transparecer a felicidade de todos por enfim estar vivendo a Paralimpíada em casa.
 
“Na hora que eu entrei aqui senti uma energia muito boa”, afirmou o pivô Leandro. “Estou na Paralimpíada. Chegou a hora. É muito forte a emoção de estar representando o Brasil no nosso país”, destacou o atleta.
 
Para o técnico Tiago Frank, o primeiro treino serviu justamente para acabar com a ansiedade dos atletas, que não viam a hora de entrar em quadra. “Foi para quebrar o gelo. Ontem já foi um dia bastante intenso, de novidades. Muitos estão aqui pela primeira vez, mas a atmosfera é diferente. A gente procurou deixar os atletas se soltarem e se encontrarem. A quadra representa muito o palco dos Jogos em termos de piso e contraste de linhas. É importante esse espaço nessa reta final”, valorizou Frank.
 
Carol Delmazo e Vagner Vargas – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Lei de Incentivo: Brasileiro Sub 15 reúne 287 judocas no Centro Pan-Americano de Judô

O Campeonato Brasileiro Sub-15 reúne, neste fim de semana, mais de 200 judocas no Centro Pan-Americano de Judô em Lauro de Freitas, na Bahia. O evento é o primeiro evento do calendário nacional da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). O Campeonato Brasileiro conta com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.  
 
O Brasileiro sub-15 recebeu as pré-inscrições de 152 atletas no masculino e de 135 no feminino. Vinte e seis estados serão representados por judocas nas disputas que acontecerão no sábado (3) e domingo (4).
 
Foto: Divulgação/CBJFoto: Divulgação/CBJ
 
A programação oficial começa nesta sexta-feira (2), com o credenciamento dos atletas e técnicos das 13h às 17h, no CT da CBJ. Às 18h30, os árbitros que atuarão no evento se reúnem no Hotel Catussaba Resort para a clínica de arbitragem e às 19h, a Gestão Nacional de Eventos comanda o sorteio das chaves no Auditório do CT da CBJ. 
 
As disputas no sábado começam às 9h30, logo após a solenidade de abertura. As primeiras categorias no tatame serão a Super Ligeiro, Ligeiro e Meio Leve. O início das categorias Leve, Meio Médio e Médio está previsto para as 14h30. 
 
No domingo, último dia de combates, as lutas começam às 9h, com as disputas das categorias Meio Pesado e Pesado. 
 
Treinamento de Campo
Seguindo a tendência das últimas competições nacionais e internacionais, a Gestão das Categorias de Base planejou três dias de treinamento de campo no CT da CBJ para aqueles que participaram do Brasileiro Sub 15. 
 
Os atletas poderão participar de duas sessões diárias de treinos (10h às 12 / 17h às 19H) nos dias 05, 06 e 07 de setembro.
 
Fonte: CBJ
Ascom – Ministério do Esporte
 

Celebração ao movimento paralímpico encerra o revezamento da Tocha na capital

No início da noite desta quinta-feira (1.9), o movimento paralímpico foi celebrado no estacionamento 12 do Parque Cidade em um evento marcado por shows e muita emoção e que encerrou o revezamento da Tocha Paralímpica na capital.

De Brasília, o fogo seguirá para Belém (PA), Natal (RN), São Paulo (SP) e Joinville (SC) antes de chegar ao Rio de Janeiro para a cerimônia de abertura dos Jogos, no Maracanã. Em cada uma dessas cidades a chama representará um valor paralímpico. Na capital, o destaque foi para a igualdade. Belém ressaltará a determinação; Natal, a inspiração; São Paulo, a transformação e Joinville, a coragem. O valor para o Rio de Janeiro é paixão.

rofessor de engenharia biomédica na Universidade de Brasília, Antônio Padilha foi o último condutor da Tocha Paralímpica na capital. Foto:brasil2016.gov.brrofessor de engenharia biomédica na Universidade de Brasília, Antônio Padilha foi o último condutor da Tocha Paralímpica na capital. Foto:brasil2016.gov.br

O revezamento em Brasília foi realizado em dois “períodos”, um pela manhã e outro à tarde. O evento começou às 10h, no Parque da Cidade, onde a primeira tocha foi acesa pelo professor de educação física Ulisses de Araújo. A chama, então, foi passada para o atleta paralímpico Cláudio Irineu da Silva, que abriu o percurso do fogo pela cidade.

» Revezamento da Tocha em Brasília abre a passagem da chama paralímpica pelo Brasil


Ainda pela manhã, a Tocha passou pelo Parque das Garças e pelo Hospital Sarah Kubitschek – referência internacional em pesquisas avançadas e tratamentos na área de reabilitação –, onde foi recebida com muita festa por funcionários e pacientes.

Depois de uma pausa para o almoço dos profissionais da comitiva, a Tocha Paralímpica retomou o revezamento no período da tarde, chegando por volta das 14h ao Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência (ICEP), onde o revezamento foi retomado.

O ICEP luta pela melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, por meio de ações de inclusão social e resgate da cidadania com ênfase na formação educacional, profissional e inserção no mercado de trabalho. O instituto ainda desenvolve projetos como oficinas adaptadas pra fabricação de cadeira de rodas e também mantém equipes esportivas.

Depois das atividades pela manhã, o revezamento foi retomado à tarde e recomeçou no Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência ICEP, onde a Tocha Paralímpica foi conduzida pelo presidente do ICEP, Sueide Moreira, e pelo jornalista Kaique Moreira. Fotos: Rodrigo Vasconcelos/brasil2016.gov.brDepois das atividades pela manhã, o revezamento foi retomado à tarde e recomeçou no Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência ICEP, onde a Tocha Paralímpica foi conduzida pelo presidente do ICEP, Sueide Moreira, e pelo jornalista Kaique Moreira. Fotos: Rodrigo Vasconcelos/brasil2016.gov.br

Presidente do ICEP, Sueide Moreira foi o primeiro a conduzir a tocha no local e disse que se sentiu honrado. “É um reconhecimento do trabalho pra promover a igualdade aqui no ICEP”, destacou. Sueide, então, passou o fogo paralímpico para o jornalista Kaique Moreira, que compartilhou o momento com a equipe de basquete do ICEP e com o pequeno Arthur, de 5 anos. Kaique ainda prestou uma homenageou ao avô, que gostava de esportes e tinha mobilidade reduzida.

Do ICEP, a chama seguiu para a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe), localizada na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), onde o servidor da Coordenação-Geral de Orçamento, Finanças e Contabilidade do Enap, João Gualberto, foi o primeiro a conduzir a Tocha no local. O Cetefe presta serviços gratuitos, contínuos e planejados às pessoas com deficiência e seu Núcleo Familiar domiciliadas no Distrito Federal e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal.

João Gualberto passou o fogo para Jaime de Almeida, atleta da natação paralímpica da Cetefe, que depois de conduzir a chama a passou para Maria Fernanda, praticante de tênis em cadeira de rodas e que um dia sonha em disputar as Paralimpíadas. Por fim, o presidente da Cetefe, Rômulo Soares, que também é atleta e pratica badminton, encerrou as atividades do revezamento no local.

“É um dos momentos mais maravilhosos que eu já vivi poder segurar a chama paralímpica por alguns segundos”, disse Rômulo, emocionado. “Ser o único no planeta fazendo isso naquele momento é indescritível e para o paradesporto isso tem uma importância muito grande”, concluiu.

Enquanto a Tocha ainda circulava pelo Cetefe, a expectativa aumentava no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, na Asa Sul, onde os alunos, mesmo antes da chegada da chama, já cantavam o Hino Nacional de forma entusiasmada para homenagear o evento.

A alegria aumentou quando o fogo paralímpico finalmente chegou ao local, por volta das 15h30, onde foi recebido com muita festa. Lá, várias crianças com problemas de visão puderam segurar e sentir a Tocha, que tem inscrições em braile, em um dos momentos mais emocionantes do revezamento na capital.

No Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, a Tocha, após passar pelas mãos dos alunos, foi levada por três condutores que ressaltaram a importância dos valores paralimpicos. O símbolo dos Jogos foi conduzido por Luiz Romão Paris, Kátia Aparecida e Glaci Silva, que foi a última a caminhar com a chama no local.

Praticante de goalball, Kátia Aparecida, de 21 anos, deu um belo depoimento sobre o que sentiu por ter sido escolhida como condutora da Tocha: “É uma emoção muito grande participar desse momento. Ainda não inventaram as palavras para descrever tanta emoção que estou sentindo”.


No Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, os alunos se emocionaram com o contato que tiveram com a Tocha Paralímpica. Fotos: Breno Barros/brasil2016.gov.brNo Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, os alunos se emocionaram com o contato que tiveram com a Tocha Paralímpica. Fotos: Breno Barros/brasil2016.gov.br

Após percorrer o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, a Tocha retornou para o Parque da Cidade para a última parte do revezamento na capital, justamente a mais longa. Lá, coube ao empresário da cidade Carlos Rocha a honra de ser o primeiro condutor no trajeto de 10 quilômetros que fechou o evento. “Acho que temos que destacar a questão da igualdade e para mim é uma emoção representar meu país nesse momento”, disse Carlos.

O jogador de futebol Dimba foi um dos que conduziu a Tocha no Parque da Cidade. Antes de caminhar com a chama, ele fez um pedido: “Nada melhor do que estar participando aqui desse evento. Convido a todos para que prestigiem todos os jogos e todas as competições das Paralimpíadas Rio 2016”.

Em dos momentos “radicais” do revezamento, a chama foi conduzida de kart e sob aplausos quando passou pelo Kartódromo do Parque e depois passou em frente ao Nicolândia, que ganhou um novo brilho entre tantos que iluminam o lugar.

Finalmente, perto das 19h, a Pira Paralímpica foi acesa no palco montado no estacionamento 12 do Parque da Cidade por Antônio Padilha, que desenvolve tecnologias para pessoas com deficiências motoras. Com isso, ele encerrou o revezamento da Tocha na capital.

Ex-triatleta e hoje professor de engenharia biomédica na Universidade de Brasília, Antônio Padilha trabalha no desenvolvimento de tecnologias para pessoas com deficiências motoras, como próteses robóticas e bicicletas assistidas por estimulação elétrica neuromuscular. “Foi muito mais do que esperava. Uma emoção e honra grandes poder representar um grupo de brasileiros que busca dar melhores condições de vida aos deficientes”, afirmou Padilha.

Shows
O revezamento da Tocha Paralímpica no Parque da Cidade foi marcado, além da emoção dos condutores, por muita música de qualidade. Antes mesmo da chama chegar ao estacionamento 12 para a celebração ao movimento paralímpico e o acendimento da Pira, diversas atrações agitaram o palco montado no lugar com música de qualidade. O maestro João Carlos Martins e o grupo Patubatê, por exemplo, animaram o público com músicas de Villa Lobos e Carlinhos Brown.

Rodrigo Vasconcelos, João Paulo Machado, Breno Barros, Mateus Baeta, Gabriel Fialho e Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

 

Ministério do Esporte lança o aplicativo Trunfo Brasil 2016

O Ministério do Esporte lança na próxima segunda-feira (05.09), no Rio de Janeiro, o Trunfo Brasil 2016. A ferramenta, inspirada em um jogo de cartas que conquistou o mundo nos anos 1980, traz atletas que defendem o Brasil nos Jogos Rio 2016, além de nomes consagrados do esporte nacional. A apresentação do jogo será na Casa Brasil, às 15h40. O objetivo da iniciativa é disseminar o conhecimento sobre esportes e atletas.

Desenvolvido em tecnologia mobile para as plataformas iOS e Android, o aplicativo traz a biografia de atletas e suas principais conquistas. O Trunfo Brasil contempla, ao todo, 160 cartas, sendo 150 de atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros apoiados pelo Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual e direto do mundo e que participam dos Jogos Rio 2016.

Sete das cartas homenageiam ex-atletas que marcaram a história esportiva no Brasil, como Joaquim Cruz e Paula Pequeno. Mais três cartas difundem o conhecimento sobre o portal Brasil 2016, o Bolsa Atleta e a Rede Nacional de Treinamento. O aplicativo tem jogabilidade simples e já está disponível para download.

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Como jogar
No primeiro login, o usuário receberá um conjunto de cartas, que serão usadas durante as disputas. O jogo permite várias partidas simultâneas, com amigos ou desconhecidos. A cada confronto, os jogadores escolhem aquele atributo que julgarem ser o melhor de cada atleta para serem comparados. Vence quem ganhar mais disputas durante a rodada.

Bolsa Atleta

O Bolsa Atleta completou em 2015, uma década de atuação, com mais de 43 mil bolsas concedidas para mais de 17 mil atletas. Os investimentos no período alcançaram a marca de R$ 600 milhões nas categorias de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico. No exercício de 2016, foram contemplados 6.152 atletas de todo país, num investimento da ordem de R$ 80 milhões no ano.

São apoiados pelo programa atletas que tenham obtido bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, independentemente de sua condição econômica.

A categoria Pódio é a mais alta do programa e foi criada, em 2013, com o objetivo de patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais nos Jogos Rio 2016.

Para ser patrocinado, o atleta deve estar entre os 20 primeiros no ranking da modalidade ou prova específica e ser indicado pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto em conjunto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério do Esporte. Atualmente, 227 atletas de modalidades individuais (olímpicas e paralímpicas) são patrocinados nesta categoria.

Dos 465 atletas brasileiros convocados para os Jogos Olímpicos, 77% são patrocinados pelo Governo Federal. Já nos Jogos Paralímpicos, 90,6% da delegação brasileira é apoiada pelo Ministério do Esporte por meio do Bolsa Atleta.

Serviço
Lançamento do Jogo Trunfo Brasil 2016
Data:
05.09
Horário: 15h40
Local: Armazém 2 - Casa Brasil
Endereço: Praça Mauá, Centro, Rio de Janeiro, RJ

Casa Brasil

Endereço: Píer Mauá, Centro, RJ – Armazéns 1 e 2 e Casa Touring
Imprensa: somente veículos credenciados no RMC (Credenciamento ainda pode ser solicitado em www.riomediacenter.com.br)

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Revezamento da Tocha em Brasília abre a passagem da chama paralímpica pelo Brasil

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Se agosto ficou marcado no Brasil pela disputa dos Jogos Olímpicos Rio 2016, entre os dias 5 e 21, o mês que começa nesta quinta-feira (1.9) terá a mesma força esportiva com a realização, entre 7 e 18 de setembro, dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Mas antes que atletas de cerca de 170 países possam iniciar a disputa por medalhas em 23 esportes no Rio de Janeiro, o megaevento movimentou a capital nesta manhã, com a primeira parte do revezamento da Tocha Paralímpica, que abriu o roteiro da passagem da chama dos Jogos Paralímpicos pelo país.

De Brasília, a Tocha seguirá para Belém (PA), Natal (RN), São Paulo (SP) e Joinville (SC) antes de chegar ao Rio de Janeiro para a cerimônia de abertura dos Jogos. Em cada uma dessas cidades a chama representará um valor paralímpico. Em Brasília o destaque foi para a igualdade. Belém ressaltará a determinação; Natal, a inspiração; São Paulo, a transformação e Joinville, a coragem. O valor para o Rio de Janeiro é paixão.

O revezamento na capital começou às 10h, no estacionamento 12 do Parque da Cidade, e depois a Tocha seguiu para o Lago Norte, onde passou pelo Parque das Garças e pelo Hospital Sarah Kubitschek.

O início

O privilégio de dar início ao revezamento da Tocha Paralímpica foi concedido a Cláudio Irineu da Silva. Ouro no vôlei sentado durante os Jogos Parapan-Americanos de 2007, no Rio, o atleta foi ainda quatro vezes campeão mundial no futebol. Hoje, aos 48 anos, 20 deles dedicados ao esporte paralímpico, o brasiliense se prepara para trocar mais uma vez de modalidade: vai treinar tiro com arco.

“Estou encerrando um ciclo com chave de ouro e tendo a honra de acender esse fogo que vai iluminar o caminho dos nossos atletas. Tenho certeza de que vamos bater todos os recordes de medalhas este ano”, afirmou Cláudio.

Ele recebeu a Tocha das mãos do professor de educação física Ulisses de Araújo, responsável por acender a chama e transferi-la ao primeiro condutor. “Aqui é um símbolo único da igualdade. Nada melhor do que o início ser em Brasília”, ressaltou Ulisses.

Presente na celebração no Parque da Cidade, o governador Rodrigo Rollemberg comemorou a participação da cidade em mais um revezamento dos Jogos Rio 2016. “Estamos muito felizes e honrados de mais uma vez inaugurarmos a passagem da Tocha aqui por Brasília”, destacou o governador.

Parque das Garças
Do Parque da Cidade, o fogo paralímpico chegou ao Parque das Garças, no Lago Norte, e foi conduzido por Daniel Badke, 33 anos, até as margens do Lago Paranoá, um dos cartões postais de Brasília. O professor de educação física é o responsável pelo projeto Sup-Ação, que oferece aulas grátis de stand up paddle para pessoas com deficiência. O primeiro aluno do curso foi Gabriel Duarte, que há três anos topou o desafio de experimentar o esporte.

“O Daniel tinha feito pós-graduação na Austrália e lá conheceu o stand up paddle adaptado. Ele me mostrou um vídeo e eu aceitei testar”, disse Duarte, 37 anos, que após um acidente de carro sofreu uma lesão na medula e ficou com os movimentos das pernas prejudicados. Atualmente o publicitário é um amante do esporte. Antes do acidente era sedentário, mas no processo de reabilitação na Rede Sarah conheceu a paracanoagem e depois não parou mais. “Hoje eu sigo com a paracanoagem e ainda faço mergulho adaptado, stand up paddle e vela”, enumera.

No Parque das Garças, Daniel Badke e Mateus Monteiro conduziram a Tocha. Mateus, depois, passou a chama para a lanterna e o fogo foi levado para o Hospital Sarah Kubitschek. Evento emocionou Gabriel Duarte, primeiro aluno do projeto de stand up paddle de Daniel Badke. Fotos: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.brNo Parque das Garças, Daniel Badke e Mateus Monteiro conduziram a Tocha. Mateus, depois, passou a chama para a lanterna e o fogo foi levado para o Hospital Sarah Kubitschek. Evento emocionou Gabriel Duarte, primeiro aluno do projeto de stand up paddle de Daniel Badke. Fotos: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.br

O instrutor Daniel, após conduzir a Tocha por alguns metros, foi até o palco montado na beira do lago. De lá, ele passou a chama paralímpica para a Tocha sustentada por Mateus Monteiro, que pratica futebol americano. Apesar de uma lesão congênita na medula, que limita alguns de seus movimentos, ele resolveu experimentar a modalidade a convite de um amigo. “Eu gosto de futebol americano há muito tempo. Vejo sempre pela televisão. Então esse amigo jogava em um clube daqui de Brasília e me chamou”, relata Monteiro, que pratica a modalidade com pessoas sem deficiência. “O médico do Sarah me liberou e eu me senti confortável. A proteção ajuda também”, diz o atleta, que fez o caminho inverso na condução da Tocha até a entrada do Parque das Garças.

Pesquisas avançadas
No Hospital Sarah Kubitschek seis condutores participaram do revezamento e levaram a Tocha pelas instalações do Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, o Sarah Lago Norte. Inaugurado em dezembro de 2003, a unidade oferece suporte fundamental a pesquisas avançadas na área de reabilitação.

Localizado às margens do Lago Paranoá, com arquitetura horizontal, o local permite o desenvolvimento de diversas modalidades esportivas, inclusive esportes náuticos, e os pacientes são inseridos em uma nova e mais avançada etapa do programa de reabilitação.

“Tivemos a preocupação de valorizar as pessoas que trabalham com o movimento do paradesporto e o Sarah é uma referência. Vários atletas que vão participar das Paralimpíadas passaram por aqui. Então, para nós, é um momento muito especial”, declarou a ex-jogadora de vôlei Leila Barros, secretária de esporte do Distrito Federal.

Praticante de vela paralímpica, a cadeirante Ana Paula Gonçalves transportou a Tocha pelas águas do Lago Paranoá em um barco adaptado até o Sarah. "Foi emocionante. A gente fica muito feliz, Estou entrando no esporte agora, faço vela há dois anos e meio. Passar por aqui em um barco a vela foi muito bom. Agora eu vou assistir pela TV e torcer porque tenho muitos amigos que vão competir nos Jogos Paralímpicos, mas em 2020 quero estar em Tóquio", disse.

Momentos da passagem da Tocha Paralímpica pelo Hospital Sarah Kubitschek. Fotos: Mateus Baeta/brasil2016.gov.brMomentos da passagem da Tocha Paralímpica pelo Hospital Sarah Kubitschek. Fotos: Mateus Baeta/brasil2016.gov.br

O servidor público João Luiz da Cunha, que perdeu parte da perna esquerda em um acidente de trânsito em 2003, também destacou a emoção de carregar a tocha paralímpica pelas instalações do Sarah. "É uma felicidade que você não consegue dimensionar. Você está representando várias pessoas com dificuldades e sendo um exemplo para eles", descreveu.

No Sarah do Lago Norte, João Luiz começou a praticar natação, mas a unidade também oferece basquete em cadeira de rodas, bocha adaptada, vela, canoagem. "A gente também utiliza atividades dependendo do perfil do paciente. Um paciente que tem um perfil de atletismo, por exemplo, a gente vai desenvolver isso", explicou o coordenador da unidade Sarah Lago Norte, Geraldo Gurgel.  "Esse momento é uma grande festa de confraternização e um exemplo de superação para todos que passaram por alguma dificuldade ou têm alguma limitação. A gente não prepara um atleta aqui, mas a gente mostra caminhos, abre portas para que eles possam encontrar caminhos para o futuro", contou Luciana Rossi, diretora-executiva da Rede Sarah.

O revezamento da Tocha Paralímpica em Brasília será retomado nesta tarde, a partir das 13h56, quando a chama chegará ao Instituto Educacional e Profissionalizante para Pessoas com Deficiência (ICEP), no SIA Trecho 3. De lá, o fogo seguirá para o ENAP/CETEFE, no Setor Policial, e depois para o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV), na 612 Sul, antes de retornar ao Parque da Cidade para a etapa final do revezamento. Às 18h30, no estacionamento 12, tem início a celebração do movimento paralímpico, que culminará no acendimento da Pira Paralímpica, encerrando, assim, o revezamento da Tocha em Brasília.

Confira a galeria de fotos da primeira parte do revezamento da Tocha Paralímpica em Brasília:

Revezamento Tocha Paralímpica BrasíliaRevezamento Tocha Paralímpica Brasília

Ana Cláudia Felizola, Gabriel Fialho, Mateus Baeta e Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Lei de Incentivo: Circuito da Longevidade terá pelotão com 23 atletas de elite no Rio

Palco dos Jogos Rio 2016, a Cidade Maravilhosa recebe neste domingo (04.09) a nona etapa da temporada 2016 do Circuito da Longevidade, promovida por meio de recursos captados pela Lei de Incentivo ao Esporte. A prova de corrida (6 km), que será realizada em trechos do percurso da maratona olímpica, promete uma competição acirrada entre os atletas de elite. 
 
No Boulevard Olímpico da Praça XV, o pelotão será composto por 23 atletas de renome nos cenários nacional e internacional da modalidade. Serão 14 homens e nove mulheres disputando um lugar no pódio.
 
Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
 
Cerca de 5 mil pessoas devem participar do Circuito da Longevidade no Rio de Janeiro. Desde a primeira edição, em 2007, o evento já foi realizado em 19 cidades, reunindo mais de 380 mil inscritos.
 
 A expectativa é que, em 2016, mais de 50 mil pessoas participem da prova de corrida e da caminhada nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. O objetivo é sensibilizar a população para a importância da atividade física como um dos pilares para a conquista da longevidade com saúde, qualidade de vida e bem-estar.
 
Na disputa masculina, os destaques são os atletas da Bradesco Seguros Leandro Prates Oliveira, Damião Ancelmo de Souza, Cosme Ancelmo de Souza e Ederson Vilela Pereira. Este último vem se destacando desde a temporada 2015, quando venceu sete das 14 etapas do Circuito da Longevidade. Neste ano ele venceu a prova de estreia, em Brasília, no dia 10 de abril, e conquistou o segundo lugar nas etapas de Goiânia, Belo Horizonte e Sorocaba (SP), a terceira colocação em Porto Alegre, e a quarta, em Campinas (SP).
 
Entre as mulheres, Adriana Cristina Silva da Luz representa o Grupo Bradesco Seguros. A atleta conquistou três terceiros lugares, além de um segundo e um quarto lugar na atual temporada do Circuito. Outro nome de destaque no pelotão feminino é Jenifer do Nascimento Silva, que vem de vitória na última etapa, em Campinas.
 
O Circuito da Longevidade conta também com a participação de portadores de necessidades especiais que, com frequência, marcam presença nas pistas. A eles, é reservada uma largada diferenciada, que acontece antes da oficial.
 
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Programa Segundo Tempo beneficia mais de 21 mil crianças e jovens em todo o Brasil

Na última quarta-feira (31.08), o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) e o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), da cidade do Rio de Janeiro, apresentaram à imprensa o desenvolvimento do Programa Segundo Tempo - Forças no Esporte, o PROFESP, que atende em todo o Brasil a mais de 21 mil crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.
 
Entre as atividades realizadas pelas crianças do Programa Segundo Tempo está o aprendizado sobre panificação. (Foto: Valéria Barbarotto/ME)Entre as atividades realizadas pelas crianças do Programa Segundo Tempo está o aprendizado sobre panificação. (Foto: Valéria Barbarotto/ME)
 
Com atuação em 89 municípios de 26 estados brasileiros, o PROFESP é uma extensão do Programa Segundo Tempo, do Governo Federal, resultado de parceria entre Forças Armadas, Ministério do Esporte, Ministério da Defesa e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A missão desse projeto é democratizar a prática do esporte e auxiliar na formação de cidadãos por meio de atividades educacionais, culturais e esportivas como ferramentas de inclusão social.
 
Pontualmente às 8h, as crianças atendidas no CPOR já estavam perfiladas para participar da solenidade, que contou com a presença de oficiais militares e do coordenador geral da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), Caio Marcio de Barros. 
 
Reforço escolar também faz parte das ações do PST no CPOR. (Foto:Valéria Barbarotto/ME)Reforço escolar também faz parte das ações do PST no CPOR. (Foto:Valéria Barbarotto/ME)
 
“O PROFESP é um programa maravilhoso que consegue realizar duas coisas ao mesmo tempo: a inclusão social, pelo esporte educacional, e também o alto rendimento, ou seja, sem nenhuma exigência que a criança vire um atleta profissional, mas, à medida em que o talento vai despontando e a criança mostrando suas habilidades mais especificas, eles abrem o caminho para que esse aluno possa se desenvolver e, quem sabe, representar o Brasil tão bem como foi agora durante o Rio 2016”, avaliou o coordenador da SNELIS.
 
Caio Barros ainda ressaltou a importância da divulgação de projetos como esse. “O Brasil precisa conhecer iniciativas assim e que isso vire modelo para que as pessoas possam seguir por esse caminho que é tão importante para o País e, consequentemente, para as nossas crianças”. 
 
Após a solenidade, todos os convidados puderam visitar e acompanhar o funcionamento das oficinas do CPOR que oferecem aulas de esportes variados e incluem, ainda, atividades de iniciação profissional, como cursos de panificação e jardinagem.
O segundo núcleo visitado foi o CEFAN, da Marinha, que oferece atividades que vão desde a iniciação ao esporte até o suporte para treinamento de atletas do alto rendimento, a exemplo dos medalhistas no Rio 2016: Rafaela Silva e Mayra Aguiar, do judô, o boxeador Robson Conceição, a dupla do vôlei de praia, Agatha e Barbara, entre outros atletas de grande destaque no cenário olímpico.
 
Em visita ao CEFAN convidados conheceram as instalações e as atividades realizadas. (Foto: Valéria Barbarotto/MEEm visita ao CEFAN convidados conheceram as instalações e as atividades realizadas. (Foto: Valéria Barbarotto/ME
 
“O objetivo da Marinha dentro do esporte é contribuir para que o Brasil se transforme em uma potência olímpica. É por isso que os programas que atendem tanto o alto rendimento, com 220 atletas, quanto o programa da base, com 370 atletas, se complementam perfeitamente. Os resultados a curto prazo vêm com esses atletas de ponta, mas também pensamos em resultados a longo prazo com o programa de base”, explica o presidente da Comissão de Desportos da Marinha, contra-almirante Carlos Chagas, acrescentando a satisfação da instituição diante dos resultados obtidos pelos atletas militares durante o Rio 2016.
 
“É uma felicidade muito grande para a Marinha estar contribuindo para o desporto nacional. Das 19 medalhas brasileiras, 13 foram de atletas militares. Destas, seis foram de atletas da Marinha. Estamos realmente muito felizes e mais esperançosos com esse resultado”, conclui o contra-almirante.
 
Para oferecer suporte adequado aos padrões internacionais, o CEFAN teve diversas instalações modernizadas que, inclusive, serviram como locais de treinamento para equipes de países participantes da Rio 2016, como a delegação de atletismo da Jamaica com o astro Usain Bolt. O investimento para a compra de equipamentos e construção de estruturas esportivas na instituição militar foi fruto de mais uma parceria com o Ministério do Esporte e servirá como grande legado da realização das Olimpíadas no Brasil.
 
Esgrima, atletismo, vôlei de praia são algumas das modalidades praticadas no CEFAN. (Foto: Valéria Barbarotto/ME) Esgrima, atletismo, vôlei de praia são algumas das modalidades praticadas no CEFAN. (Foto: Valéria Barbarotto/ME)
 
“O PROFESP é a implementação militar do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Essa parceria é muito produtiva e nos enche de orgulho, principalmente em perceber que há uma perfeita associação entre o esporte em desenvolvimento e o esporte de alto rendimento. E acho importante ressaltar que o bem que nós queremos fazer a esses jovens é o mesmo bem que eles nos fazem, quando nos ajudam a dar significado à nossa existência”, concluiu o presidente da Comissão de Desporto Militar (CDMB), vice-almirante Paulo Martino Zuccaro. 
 
Valéria Barbarotto – Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 

Em clima de carnaval, parte da delegação paralímpica brasileira chega ao Rio e experimenta o VLT

Esgrimista Jovane Guissone cai no samba em pleno saguão do aeroporto Santos Dumont. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIXEsgrimista Jovane Guissone cai no samba em pleno saguão do aeroporto Santos Dumont. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
 
A chegada da primeira parte da delegação brasileira que vai competir nos Jogos Paralímpicos ao Rio de Janeiro não poderia ter sido mais carioca. O saguão do Aeroporto Santos Dumont teve seu dia de Marquês de Sapucaí para recepcionar os primeiros 54 atletas. Até o próximo domingo (4.9), todos os 287 esportistas que compõem a equipe estarão na cidade para o evento que começa em 7 de setembro, com a Cerimônia de Abertura, no Maracanã.
 
Recebidos pela batucada da escola União da Ilha do Governador, os atletas de canoagem, halterofilismo, remo, vôlei sentado, tênis de mesa e tiro com arco desembarcaram em clima de festa. De lá, a delegação embarcou no VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), legado dos Jogos Rio 2016 para a cidade, e partiu para a Praça Mauá, coração do Boulevard Olímpico, uma das principais atrações da cidade durante os Jogos Olímpicos e que também estará ativa nos Jogos Paralímpicos.
 
“Quando a gente estava pousando, uma amiga minha que estava lá fora esperando me disse que estava muita festa. Fiquei admirada mesmo. Estou emocionada para caramba”, comentou Márcia Menezes, do halterofilismo. “A gente já está no clima dos Jogos, a emoção e a expectativa começam a aflorar dia a dia. Essa recepção toda é maravilhosa. Nos dá mais força para cumprir nosso objetivo”, agradeceu.
 
Companheiro de Márcia na seleção de halterofilismo, Bruno Carra também se emocionou. “Foi excelente. A energia que a gente sente é algo único. Nunca tinha sentido isso. Já estive nos Jogos de Londres, no Parapan, mas nada como aqui. Ainda mais estando em casa”, disse o halterofilista.
 
“Foi uma recepção maravilhosa. A gente cantou, a gente se divertiu... O brasileiro é demais”, elogiou Jane Karla, do tiro com arco. “Com escola de samba já chegamos no embalo”, acrescentou Jovane Guissone, campeão paralímpico da esgrima em Londres 2012. “É Brasil, né? Isso faz com que a gente se energize ainda mais para dar nosso melhor. É um pouco do que a gente vai sentir nas arquibancadas”, comparou Luís Carlos Cardoso, da canoagem.
 
Antes de seguir para a Vila, atletas passaram na Praça Mauá para conhecer o coração do Boulevard Olímpico. Foto: Fernando Maia/CPB/MPIXAntes de seguir para a Vila, atletas passaram na Praça Mauá para conhecer o coração do Boulevard Olímpico. Foto: Fernando Maia/CPB/MPIX
 
Viagem aprovada
Para se deslocar do aeroporto até o Boulevard Olímpico, na Região Portuária do Rio de Janeiro, os atletas experimentaram o VLT. A viagem de cerca de dez minutos foi elogiada por todos, tanto pelo conforto quanto pela acessibilidade.
 
“Passou no teste”, resumiu Jovane Guissone, que compete na esgrima em cadeira de rodas. “O ar condicionado é muito bom, o espaço entre o VLT e a parada é muito justinho, então não tem perigo de cair. O local para a cadeira está certinho. Acessibilidade show de bola”, opinou o esgrimista, apoiado pelos companheiros de delegação.
 
“O VLT é maravilhoso. Adaptado, a gente vai bem devagarzinho, tudo tranquilo”, afirmou Jane Karla. “Já tinha ouvido falar muito do VLT e hoje a gente pôde experimentar. A acessibilidade está incrível”, disse Luís Carlos.
 
Energia para chegar à meta
O samba continuou na Praça Mauá. Entre músicas, fotos e cumprimentos ao público, os atletas e o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, demonstraram otimismo com a possibilidade de ficar entre os cinco primeiros do quadro de medalhas, a meta estabelecida para o Rio 2016.
 
“Não são 22 times separados em modalidades, é uma equipe muito coesa chamada Brasil em busca desse quinto lugar. A gente sai da aclimatação de um lugar que é nosso (o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo) com uma energia muito positiva. É um resultado agressivo, ambicioso, mas a gente chega animado para brigar por isso”, disse Parsons.
 
Além dos tradicionais carros-chefe dos pódios brasileiros, como judô, natação, atletismo e futebol de 5, o presidente do CPB vê perspectivas de medalhas em várias outras modalidades. “Pelos mundiais que a gente teve no último ciclo, temos o ciclismo, a canoagem, que é uma modalidade nova, o remo, o próprio tiro com arco pode surpreender e podemos ter uma medalha inédita no halterofilismo. No vôlei sentado masculino vamos brigar diretamente pelo ouro, o feminino vem com chance de beliscar medalha, e tem uma expectativa boa de que o futebol de sete volte ao pódio”, enumerou.
 
Levi Gomes, capitão da seleção masculina de vôlei sentado, não enxerga outra possibilidade além do pódio. “O vôlei não pode pensar em nada abaixo de medalha. Pegamos uma fase pesada de treino, foram dez dias agora (no CT Paralímpico), mas antes tivemos mais quatro fases de dez dias de treino junto e pesado. Estamos chegando bem. É matar um leão por dia para a gente chegar lá”, comentou.
 
Jane Karla, que vivenciou 14 anos de tênis de mesa e desde 2015 está no tiro com arco, acredita que pode ser uma das surpresas no Rio 2016, sobretudo por estar em casa. “Joguei contra uma chinesa em Pequim 2008, vi o apoio para ela e pensei: ‘um dia vou viver isso’. Não será no tênis de mesa, mas vou ter essa oportunidade agora. É um esporte novo pra mim, mas os brasileiros podem ter certeza de que vou fazer o máximo do que eu aprendi”, afirmou.
 
Muito além da meta
Luis Carlos Cardoso é aposta brasileira na canoagem, modalidade estreante em Jogos Paralímpicos. Ele conta que já venceu os principais rivais em Mundiais e isso lhe dá ainda mais confiança para chegar ao pódio. Mas o principal ganho, para o atleta, não será medido em medalhas.
 
“O maior legado que a Paralimpíada pode deixar é mudar a noção do que é uma pessoa com deficiência. Muita gente olha e acha que são coitadinhos, que não conseguem se virar sozinhos. Acho que após os Jogos eles vão ver que não, que temos deficiência sim, mas que transformamos essa deficiência em algo eficiente”, disse.
 
Carol Delmazo e Vagner Vargas, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Simpósio sobre educação física e nutrição em Natal terá participação de secretário da ABCD

O secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio, será palestrante do 4º Simpósio e Semana de Educação Física e Nutrição que começa nesta quinta-feira (1º.09), às 19h, na Universidade Potiguar, em Natal.

O judoca, campeão olímpico em Barcelona 1992, foi convidado pela organização do evento para contar sobre sua experiência como atleta olímpico, o trabalho à frente da ABCD, o combate à dopagem dos atletas brasileiros, bem como o trabalho educacional para mostrar aos esportistas que o uso de substâncias e método proibidos ferem a ética do esporte, e as regras do Código Mundial Antidopagem, além de representar um risco a saúde.

O tema do simpósio deste ano é “Estratégias Nutricionais e Desempenho Físico e Funcional”. O objetivo é levar aos participantes uma oportunidade para o debate sobre a alta performance por meio da prática de atividade física e da prescrição de alimentos para a promoção da saúde.

O evento acontece no campus Natal, nas Unidades Salgado Filho e Roberto Freire, e é voltado para profissionais e estudantes de educação física e nutrição. A programação ainda conta com minicursos e palestras em comemoração ao Dia do Nutricionista e ao Dia do Profissional de Educação Física.

Sobre a ABCD

A ABCD é uma secretaria do Ministério do Esporte responsável pela luta contra a dopagem no esporte. Sua função é defender o direito dos atletas brasileiros de participarem de competições esportivas livres de quaisquer formas de substâncias e métodos proibidos, e consolidar a consciência antidopagem no país.

Desde que a ABCD passou a funcionar institucionalmente em 2014, ela se comprometeu em cumprir as determinações da Agência Mundial Antidopagem (WADA-AMA) e a convenção da Unesco no cumprimento do Código Mundial Antidopagem.

A ABCD formou um grande grupo de teste (grupo-alvo), treinou e certificou 107 Oficiais de Controle de Dopagem (DCOs) e 24 Oficiais de Coleta de Sangue (BCOs), num total de 131 agentes. A secretaria também assumiu o compromisso de extinguir casos de dopagem no grupo-alvo, formado principalmente por atletas classificados e/ou com chance de medalhas nas Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016, além daqueles que recebem recursos do Programa Bolsa Atleta.

Ainda houve um esforço do Governo Federal e do Ministério do Esporte para a certificação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Os investimentos ultrapassaram os R$ 151,3 milhões na construção de um novo prédio e mais R$ 74,6 milhões na compra de novos equipamentos. Com isso o Brasil passou a ter o laboratório mais moderno do mundo para a realização de análise das amostras, que ficará como legado dos dois megaeventos.

Em 2015 a ABCD realizou um total de 1.410 testes (urina e sangue), sendo 929 em competição, 430 fora de competição e 21 passaportes biológios (também fora de competição). Já em 2016 (de janeiro a julho) foram feitos 2.227 testes, sendo 1.257 em competição, 922 fora de competição e 48 passaportes biológicos (fora de competição). A meta é chegar a 3,5 mil testes até o fim do ano.

A Agência Mundial Antidopagem e as diversas organizações antidopagem estão desenvolvendo uma rede de troca de informações para identificar atletas e outros  profissionais envolvidos com o assunto e vêm estimulando que os apontados em casos suspeitos denunciem demais participantes, em troca da redução das sanções a que estão sujeitos. Isso tem facilitado o trabalho de prevenção à dopagem e pode evitar que atletas limpos sejam prejudicados.

A ABCD também está formulando palestras e materiais educativos para utilizar junto a diferentes públicos, entre eles familiares dos atletas, treinadores, estudantes, médicos e demais interessados. Para prevenir é preciso educar e conscientizar tanto os atletas que já estão competindo como toda a sociedade, em especial as crianças, a respeito dos danos que o uso de dopagem provoca na vida de tantas pessoas.

Outro aspecto do combate à dopagem é conscientizar as pessoas sobre o mal que algumas substâncias causam à saúde, provocando efeitos colaterais que trazem consequências irreversíveis e que podem até levar à morte. O uso de anabolizantes por frequentadores de academias também é bastante preocupante e a ABCD pretende fazer um forte trabalho de alerta e esclarecimento.

Cláudia Sanz
Ascom - Ministério do Esporte

Campo Bom (RS) recebe terceira etapa da Copa Brasil de BMX

Foto: Divulgação/CBCFoto: Divulgação/CBC
 
Depois de passar por Americana (SP) e Manhuaçu (MG), a Copa Brasil de BMX chega a Campo Bom, no Rio Grande do Sul, para disputa da terceira etapa. A competição, marcada entre os dias 3 e 4 de setembro, vale pontos importantes no ranking nacional e internacional nível C1. Homens e mulheres de 5 a mais de 50 anos de idade podem participar do campeonato. 
 
As inscrições para a etapa será realizada por meio de sistema on-line de filiados na CBC e ficará disponível até quinta-feira (1º.09), no link http://goo.gl/ooqj7U. Já aqueles que pretendem participar das categorias promocionais, Balance Bike, e MTBx, podem efetuar sua inscrição diretamente na secretaria do evento até as 17h do sábado (03.09). 
 
A terceira etapa da Copa Brasil de BMX é uma organização da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e Federação Gaúcha de Ciclismo (FGC), com patrocínio da Caixa Econômica Federal.
 
Fonte: CBC
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Vila abre as portas para os atletas Paralímpicos nesta quarta-feira

 
Após intensa movimentação durante as Olimpíadas, a Vila dos Atletas do Rio 2016 começa a receber, nesta quarta-feira (31.8), os primeiros representantes que chegam ao local para a disputa dos Jogos Paralímpicos. O megaevento tem início daqui a exatos sete dias, com a cerimônia de abertura realizada em 7 de setembro.
 
As primeiras delegações esportivas começam a chegar ao local que chamarão de casa até o dia 18 de setembro, data do encerramento das Paralimpíadas no Rio.
 
No total, 2.500 pessoas devem entrar nos apartamentos ao longo do dia. Representantes das 162 delegações que competirão nos Jogos Paralímpicos se hospedarão na Vila dos Atletas. Nesta quarta são aguardados atletas de Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá e Países Baixos, entre outros.
 
A estrutura de 200 mil metros quadrados conta com 31 prédios de até 17 andares e um total de 3.064 apartamentos. A expectativa é de que cerca de 6 mil pessoas fiquem hospedadas no local durante os Jogos Paralímpicos. Os apartamentos são completamente acessíveis e permitem o deslocamento de atletas cadeirantes sem dificuldades.
 
Há também espaço para receber cães-guia utilizados por deficientes visuais. O espaço conta com todas as facilidades das quais os atletas necessitam, como academia, refeitório e uma policlínica médica. A principal novidade em relação aos Jogos Olímpicos é o Centro de Reparos de Órteses e Próteses, que é operado pela Ottobock, patrocinadora do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, da sigla em inglês).
 
Fonte: Rio 2016
Ascom - Ministério do Esporte 

Brasil disputa Jogos Paralímpicos com 90% dos atletas patrocinados pela Bolsa Atleta

Aclimatação da delegação paralímpica brasileira para os Jogos Rio 2016. Equipe de tenis de mesa - Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPBAclimatação da delegação paralímpica brasileira para os Jogos Rio 2016. Equipe de tenis de mesa - Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
 
A partir do dia 7 de setembro, o mundo voltará os olhos novamente para o Rio de Janeiro. Com mais de 4 mil atletas de 160 países, os Jogos Paralímpicos irão distribuir 528 medalhas, em 23 modalidades, durante 11 dias de disputas. A delegação brasileira vai encarar o desafio de se manter entre as potências paralímpicas com 289 atletas, dos quais 262 (90,6%) são patrocinados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Esse é o maior número de representantes nacionais na história dos Jogos. 
 
O time, encabeçado por grandes nomes como Daniel Dias, Clodoaldo Silva, Andre Brasil, Terezinha Guilhermina e Yohansson do Nascimento, será o primeiro a competir em todas as 23 modalidades que compõem o programa paralímpico. 
 
 
Na última edição do evento, em Londres, o Brasil ficou na 7ª colocação, quando conquistou 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes. No Rio, os brasileiros pretendem terminar os Jogos entre os cinco melhores no quadro geral de medalhas. Para alcançar o objetivo, o Ministério do Esporte investiu R$ 14,5 milhões ao ano em bolsas.
 
O programa Bolsa Atleta serve para apoiar esportistas independentemente de sua condição econômica, com patrocínios que podem chegar a R$ 15 mil. Nas Paralimpíadas, são 93 atletas da categoria Pódio, 59 da categoria Internacional, 56 da categoria Nacional e 54 da categoria Paralímpica. 
 
Os benefícios são pagos da seguinte maneira: Atleta de Base (R$ 370,00); Estudantil (R$ 370,00); Nacional (R$ 925,00); Internacional (R$ 1.850,00); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100,00) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).
 

Bolsa Atleta

No exercício de 2016, o programa Bolsa Atleta patrocina 6.152 atletas de todo país, contemplando modalidades paralímpicas e olímpicas. Os investimentos são de R$ 80 milhões no exercício. Do total, 1.202 são atletas paralímpicos.
 
Considerado o maior programa de patrocínio individual do mundo, o apoio completou em 2015 uma década de atuação, com mais de 43 mil bolsas concedidas para mais de 17 mil atletas. 
 
Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPBFoto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Preparação Rio 2016

Durante o ciclo de 2016, a preparação das seleções paralímpicas permanentes em diversas modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado) contou com apoio financeiro do governo federal.
 
Desde 2010, foram firmados 17 convênios entre o Ministério do Esporte e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os valores somam R$ 67,3 milhões. O investimento proporcionou o treinamento de atletas no Brasil e no exterior, além da participação em competições internacionais.
 
A fase final de preparação foi realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. O complexo na capital paulista é o maior do mundo em número de modalidades contempladas: são 15 no total. O equipamento é o principal legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 para a infraestrutura dos esportes adaptados.
 
O equipamento, um dos principais da Rede Nacional de Treinamento, conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas. A unidade está dividida em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.
 
O centro de treinamento recebeu investimento de R$ 187 milhões do Ministério do Esporte e R$ 115 milhões do Governo de São Paulo. Dos recursos do governo federal, R$ 167 milhões foram para a construção e outros R$ 20 milhões para a equipagem. O CT é o principal centro de excelência da América Latina e está sob a gestão do Comitê Paralímpico Brasileiro. 
 
Alan Fonteles no fim do treino no CT em São Paulo. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPBAlan Fonteles no fim do treino no CT em São Paulo. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
 
Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Encontro debate qualidade de vida com lazer e esporte

A Casa Brasil, no Pier Mauá, foi ponto de encontro de coordenadores, agentes sociais e outros envolvidos nos programas sociais Vida Saudável e PELC (Programa Esporte e Lazer da Cidade) no Rio de Janeiro. As reuniões, que aconteceram nestas segunda e terça-feiras, incluiram atividades físicas e recreativas, debates sobre as ações e visita aos armazéns da Casa.
 
Oficina do Programa Vida Saudável foi apresentado a participantes na Casa Brasil. (Foto: Divulgação/ME)Oficina do Programa Vida Saudável foi apresentado a participantes na Casa Brasil. (Foto: Divulgação/ME)
 
Os programas são promovidos pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS) do Ministério do Esporte. O PELC é intergeracional, voltado para crianças, jovens, adultos e pessoas com deficiência, enquanto o Vida Saudável é voltado principalmente à terceira idade. Ambos oferecem esporte, recreação e lazer oferecidos por equipes capacitadas pelo Governo Federal, em parceria com prefeituras, estados e universidades conveniadas.
 
"O momento é para nos apresentarmos e também ouvi-los. Saber como o programa está sendo desenvolvido, as expectativas, o que ainda precisa ser feito para ser qualificado. Esse contato hoje é presencial, mas geralmente é por telefone e email. Então ter um momento desse é legal para isso, as pessoas se conhecem", comentou a coordenadora geral de Estudos e Pesquisas de Esporte e Lazer da SNELIS, Ana Elenara Pintos.
 
Segundo ela, a secretaria sempre busca aproximar as políticas sociais dos eventos de grande porte. "Os agentes falam da cultura local, das experiências. Temos essa interação. É uma forma de dar o retorno para esse legado que é o direito ao esporte e ao lazer, que eles nos ajudam a concretizar", completou.
 
Secretaria busca aproximas as políticas sociais aos grandes eventos. (Foto: Divulgação/ME)Secretaria busca aproximas as políticas sociais aos grandes eventos. (Foto: Divulgação/ME)
 
Rita Villela, interlocutora em Niterói, adianta que a expectativa é beneficiar seis mil pessoas: "Estamos com algumas pendências contratuais mas a procura já é muito grande. As pessoas estão muito interessadas. Vamos oferecer basquete, handebol, atividades em praças, áreas próximas às escolas e associações de moradores. Também capoeira, cinema, teatro, várias coisas".
 
A coordenadora geral PELC em Bom Jesus do Itabapoana, Aline do Carmo, afirma que a cidade estava precisando de programas do tipo. "Conseguimos a aprovação em fevereiro e estamos em fase de licitação. Vamos dar início ao processo seletivo após o período eleitoral. Serão 14 atividades como vôlei, futsal, futebol, zumba, jiu-jitsu e judô", detalhou.
Participaram ainda representantes de Sapucaia, Tanguá, Japeri e São Gonçalo. O orientador pedagógico Jedson Magalhães, da SNELIS, disse que os gestores e agentes buscam informações e intercâmbio. "Percebemos o interesse de ter qualificação no âmbito do programa", afirmou.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Brasília abre o revezamento da Tocha Paralímpica nesta quinta-feira

Assim como ocorreu com o fogo olímpico no dia 3 de maio, o Distrito Federal será a primeira unidade da Federação a receber a chama dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A Tocha Paralímpica passará por Brasília nesta quinta-feira (1.9).
 
O símbolo dos Jogos Paralímpicos será conduzido por um total de 103 pessoas e durante o revezamento pela capital a chama passará pelo Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, Parque das Garças, unidade da Rede Sarah do Lago Norte, Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência (Icep), Setor de Indústria e Abastecimento, Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe), ambas no Setor Policial Sul, além de passar pelo Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV), na Asa Sul.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Depois, a Tocha voltará ao Parque da Cidade, onde haverá a festa de encerramento. O ponto de chegada e de partida será o Estacionamento 12, que está fechado desde o dia 25 para montagem da estrutura. Serão, apenas no local, 82 condutores, que se revezarão pelo percurso de 10 quilômetros na pista de caminhada.
 
Atrações musicais 
O Parque da Cidade é o local mais indicado para quem quer ver de perto o revezamento, já que a maior parte dos outros locais continuará com as atividades ocorrendo normalmente. O protocolo inicial começará às 9h30 e o comboio para as visitas da chama sairá do estacionamento às 10h05 e retornará às 16h15. No parque, cada condutor percorrerá, em média, 120 metros.
 
As atividades culturais no Estacionamento 12 terão início às 15h45. Cinco atrações locais passarão pelo palco (Josué do Cavaquinho, Namastê, Nó Cego, Luna Cavalcante e Surdodum). 
 
Fonte: GDF 
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Secretário da ABCD participa da Convenção Internacional de Ciência, Educação e Medicina do Esporte

Evento, que se realiza de quatro em quatro anos no país sede dos Jogos Olímpicos, começa nesta quarta-feira (31.8) e segue até o dia 4 de setembro, em Santos, com representantes de 70 países

O secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio, representará o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, na abertura da Convenção Internacional de Ciência, Educação e Medicina do Esporte (ICSEMIS 2016). O evento, organizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de 31 de agosto a 4 de setembro em Santos, contará com a presença de representantes de 70 países.

O tema do encontro é “Dizendo Sim para a Diversidade no Esporte”. A abertura está marcada para as 19h desta quarta, no auditório Saturno, da Mendes Convention Center, mesmo local onde ocorre o evento, na Avenida Francisco Glicério, 206.

A convenção reúne renomados pesquisadores da área de ciências do esporte do Brasil e do mundo e é realizado no mesmo país dos Jogos Olímpicos, aproveitando que o mundo está com as atenções para o local e pesquisadores estrangeiros podem aproveitar para estar presentes nas Olimpíadas e Paralimpíadas. Dessa forma o esporte passa a ser um ponto de convergência de conhecimento para profissionais de várias áreas do conhecimento, entre elas educação física, fisioterapia, psicologia, medicina, filosofia e administração.

A expectativa dos organizadores é que mais de 4 mil participantes estejam presentes, entre pesquisadores, professores, cientistas, atletas, técnicos e outros profissionais da área. O evento reunirá cerca de dez palestrantes principais, além de 16 simpósios, durante os quais serão abordados temas como gestão no esporte; saúde do cérebro e atividade física; psicologia do esporte; e integridade e inclusão no esporte.

Está é a terceira edição do evento, que já foi sediado em Guangzhou, na China, em 2008, sob o tema "Ciências do Desporto e Sociedade Harmoniosa no Século 21" e em Glasgow, no Reino Unido, em 2012, pouco antes dos Jogos de Londres, com o tema "Esporte  ... inspirando um Legado de Aprendizagem".

Cláudia Sanz
Ascom – Ministério do Esporte

Jogos Paralímpicos: mais de um milhão de ingressos vendidos

A venda de ingressos para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 atingiu, nesta segunda-feira (29.08), a marca de um milhão de entradas comercializadas, dando sequência à grande procura registrada nos últimos dias. Cerca de 1,5 milhão de entradas ainda estão disponíveis.
 
"Estamos muito satisfeitos por termos passado da marca de um milhão de ingressos vendidos. Isso mostra que os brasileiros estão se engajando com os Jogos Paralímpicos. Temos visto filas em nossas bilheterias e já é possível sentir o clima dos Jogos tomando conta da cidade. Ainda há muitas opções de entradas para ver de perto esses atletas incríveis e inspiradores e o melhor jeito de comprá-las é através do site de ingressos”, comentou Donovan Ferreti, diretor de ingressos do Comitê Rio 2016.
 
Foto: Divulgação/Rio 2016Foto: Divulgação/Rio 2016
 
O ritmo das vendas vem mantendo o padrão alcançado na última semana. Na quarta-feira (24.08), foram comercializadas 145 mil entradas, um recorde nos Jogos, superando as 133 mil vendidas na terça (23.08). Ciclismo de pista, futebol de 5 e triatlo já tiveram toda a carga inicial de ingressos esgotada. Ao todo, 95 sessões já estão inteiramente vendidas. Novos bilhetes para esses esportes podem ser disponibilizados em breve. Outros esportes que vêm sendo alvo de grande interesse por parte dos torcedores são natação, atletismo, basquete em cadeiras de rodas e voleibol sentado. As sessões realizadas nos finais de semana são as mais procuradas até o momento.
 
As entradas restantes estão sendo vendidas pelo site www.rio2016.com/ingressos. Há bilhetes com preço a partir de 10 reais. Pessoas com deficiência e maiores de 60 anos têm direito à meia-entrada em todas as faixas de preço. Estudantes e professores da rede pública municipal pagam meia na categoria de entradas mais baratas.
 
Fonte: Rio 2016
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Ministério do Esporte visita programas esportivos de base da Marinha

Uma comitiva do Ministério do Esporte visita, nesta quarta-feira (31.08), às 10h30, o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN). Na oportunidade, os gestores irão ter contato com o Programa Forças no Esporte (PROFESP) – projeto social criado em parceria entre os Ministérios do Esporte, da Defesa e do Desenvolvimento Social e Agrário. 
 
O PROFESP beneficia cerca de 21 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, com atuação em 89 municípios de 26 estados brasileiros. O programa busca democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte, como fator de formação da cidadania e de melhoria da qualidade de vida, além de promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens. 
 
Os alunos participam de atividades esportivas, educacionais, de lazer, de reforço escolar, de laboratórios de informática visando à inclusão digital e de oficinas de treinamentos que orientam para diversas especialidades técnicas, facilitando o ingresso no mercado de trabalho.
 
O CEFAN integra o PROFESP desde seu início, em 2003, e desenvolve o programa em parceria com a Arquidiocese do Rio de Janeiro, por meio da Pastoral do Menor, que exerce um papel fundamental para o sucesso do programa, sendo responsável pela seleção dos alunos em situação de risco social nas comunidades atendidas, além de executar assistência social e diversas atividades que contribuem para a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Atualmente, o PROFESP, no CEFAN, conta com 276 alunos, tendo sido recentemente autorizado, em 2016, a expandir o atendimento para 350 crianças e adolescentes. 
 
A organização militar teve várias instalações modernizadas, que serviram como locais de treinamento para equipes de países participantes dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e também conta com profissionais qualificados, como doutores, mestres, além de outros títulos nas áreas de Educação Física e Fisioterapia. 
 
Tal qualificação permite uma transmissão de conhecimentos do mais alto nível para alunos de cursos de especialização e formação de militares, como também para os jovens do PROFESP. Por ser uma unidade especializada na área de Educação Física e contar com profissionais gabaritados, isto permite a possibilidade de detecção de talentos esportivos dos jovens oriundos do programa em questão, como por exemplo, Emily Rosa Figueiredo, de levantamento de peso, a atleta Vitória Rosa, componente da equipe brasileira de atletismo nos Jogos Olímpicos Rio 2016, entre outros casos de sucesso.
 
Serviço:
Visita ao Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN)
Data: 31.08
Local: Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes - CEFAN
Av. Brasil, 10.590 - Penha - Rio de Janeiro
O credenciamento da imprensa será a partir das 9h
 
Mais Informações: 2101-0894
Confirmação pelo e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 
Ascom - Ministério do Esporte
 

Programa Segundo Tempo - Forças no Esporte apresenta o funcionamento de seus núcleos no Rio de Janeiro

 
Os núcleos de esporte educacional do Programa Segundo Tempo – Forças no Esporte (PST), promovidos pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), do Ministério do Esporte em parceria com o Ministério da Defesa, serão apresentados nesta quarta-feira (31.08), das 8h às 12h30, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) e no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), no Rio de Janeiro. 
 
No CPOR os beneficiados têm a oportunidade de participar de oficina de jardinagem e, de atividades complementares com dança e reforço escolar (aulas de Português e Matemática). No CEFAN, 40 alunos participam de aulas de levantamento de peso olímpico, sendo que alguns são atletas e, já tiveram destaque em competições no Brasil e no exterior, como por exemplo, Aline Facciola que conquistou o ouro e Luana Madeira que ficou com a prata na prova de arranco, em Lima no Peru (seleção sub-17), em abril de 2015. 
 
Ainda na modalidade levantamento de peso olímpico, oriunda do Programa Segundo Tempo - Forças no Esporte, o destaque é Monique Araújo. Ela é 3º sargento e vice-campeã dos Jogos Sul-Americanos no Chile e foi a primeira brasileira a bater recorde internacional na categoria 75 kg.
 
Além da presença do secretário da Snelis, Leandro Cruz, também estão confirmadas as presenças do presidente da Comissão de Desporto Militar (CDMB), vice-almirante Paulo Martino Zuccaro; do comandante do CEFAN e presidente da Comissão de Desportos da Marinha, contra-almirante Carlos Chagas Vianna Braga; comandante do CPOR-RJ, coronel de infantaria Luiz Cyrillo de Lima Júnior; e dos atletas militares (Time Brasil) Maria Eduarda Miccuci e Luisa Borge, do nado sincronizado; e Juliana Veloso, dos saltos ornamentais e da judoca Mayra Aguiar, medalha de bronze no judô durante a Olimpíada Rio2016.
 
Informações dos núcleos
 
Cada uma das Organizações Militares possui dois núcleos do Programa Segundo Tempo -Forças no Esporte, os quais atendem aproximadamente 400 crianças e adolescentes a partir de práticas esportivas diversas de caráter educacional como: 
 
CPOR - 2 núcleos
Turmas ALFA: capoeira, atletismo, basquete e voleibol;
Turmas BRAVO: atletismo, capoeira, hóquei na grama e rugby;
Turmas CHARLIE: atletismo, capoeira, hóquei na grama e rugby.
 
CEFAN - 2 núcleos 
Turmas ALFA: luta greco-romana, natação e futebol;
Turmas BRAVO: luta greco-romana, natação e futebol;
Turmas CHARLIE: luta greco-romana, natação e futebol.
 
Programa Segundo Tempo
 
O Segundo Tempo tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.
 
Programa Forças no Esporte
 
O programa Forças no Esporte busca promover a integração social e o desenvolvimento humano por meio da prática esportiva. O Ministério do Esporte é responsável pelo material esportivo e pelo pagamento de professores e estagiários. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por sua vez, responde pela alimentação.
 
Serviço: Apresentação do Programa Segundo Tempo- Forças no Esporte
Horário da visita: 08h às 12h30
Quando: dia 31.08 (quarta-feira)
Núcleos que serão visitados na cidade do Rio de Janeiro: 
Centro de Preparação de Oficiais da Reserva – CPOR: Av. Brasil, nº 5292, Bonsucesso
Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes – CEFAN: Avenida Brasil , 10590, Penha 

Mais informações –  Valéria Barbarotto (61) 99800 1508

Ascom - Ministério do Esporte
 

Campeonato Brasileiro de Esportes Eletrônicos termina na Casa Brasil

Foto: Divulgação/Casa BrasilFoto: Divulgação/Casa Brasil
 
O terceiro e último dia do Campeonato Brasileiro de Esportes Eletrônicos na Casa Brasil teve disputas na modalidade Hearthstone, em que os atletas competem individualmente. O vencedor do dia foi o atleta Donair, que garantiu sua vaga no Mundial da Federação Internacional de Esportes Eletrônicos em outubro em Jacarta (Indonésia).
 
O atleta Terzo elogiou a estrutura do campeonato. “Gostei muito de tudo que foi oferecido aqui, da aparelhagem, a oportunidade de ter a plateia, que dá um incentivo a mais, e de poder trocar experiências com o narrador após o jogo, já que ele acompanha tudo”, contou.
 

Daniel Cossi, presidente da Confederação Brasileira de Desporto Eletrônico, estava feliz com o sucesso de público e com a repercussão na mídia sobre o evento. “Com esse campeonato e o apoio que recebemos do Ministério do Esporte, o Brasil passa a estar na ponta nessa área. O campeonato aqui, com essa visibilidade, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido”, comemorou.
 
Na sexta-feira, a equipe Team RJ obteve a vaga no mundial na modalidade Counter-Strike. No sábado, a equipe baiana Celestial Wolves se classificou ao vencer no jogo League of Legends.
 
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Campo Olímpico de Golfe sediará primeiro evento após Rio 2016

O Campo Olímpico de Golfe sediará entre os dias 22 e 25 de setembro a 63ª edição do Aberto do Brasil, mais tradicional competição de golfe profissional do País e uma das mais importantes do continente. Esse será o primeiro evento no Campo Olímpico de Golfe, que sediou em agosto o retorno da modalidade aos Jogos Olímpicos após 112 anos de ausência. O torneio será aberto ao público, com a apresentação do convite gratuito impresso. 
 
O Aberto do Brasil conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte. Organizado pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG), o campeonato faz parte do PGA Tour Latinoamérica, que reúne os melhores golfistas da América Latina. A premiação é de US$ 175 mil.
 
Foto: Divulgação/MEFoto: Divulgação/ME
 
A partir de outubro, o Campo Olímpico de Golfe entrará em funcionamento em regime de soft opening, se tornando o primeiro campo público de 18 buracos de nível internacional do Brasil. O acesso às suas dependências será livre. 
 
O Aberto do Brasil vale pontos para o ranking mundial e será a 12ª etapa do PGA Tour Latinoamérica 2016, que dá vagas para o Web.com Tour, que por sua vez é a única forma de se classificar para o PGA Tour, onde está a elite do golfe mundial. 
 
No ano passado, o campeão do torneio foi o paulista Alexandre Rocha, que atualmente disputa os Finals, torneios finais do Web.com Tour que darão 25 vagas para o PGA Tour.
 
O Aberto do Brasil será disputado em quatro dias. Após as duas primeiras rodadas, haverá um corte, e apenas os 55 melhores classificados e empatados disputarão as duas rodadas finais.  A entrada do público para acompanhar de perto os melhores golfistas do continente durante as quatro rodadas será gratuita.
 
Fonte: CBG
Ascom – Ministério do Esporte
 

Em El Salvador, bolsista leva título juvenil de etapa do Circuito Mundial de tênis de mesa

Foto: Divulgação/CBTMFoto: Divulgação/CBTM
 
O jovem mesatenista Siddharta Almeida, 17 anos, vem ganhando destaque internacional. Durante o Aberto de El Salvador, o jovem conquistou os títulos do individual juvenil e de duplas, com o parceiro Aaron Wilson, de Trinidad e Tobago. Válida como etapa do Circuito Mundial, a competição contou com a presença de jogadores de 11 países latino-americanos e da Suécia. 
 
“Sinto muito feliz. É a primeira vez que ganho um título no circuito internacional juvenil. Espero que seja o primeiro de muitos. Essa conquista significa muito para mim, pois pode representar minha permanência na seleção brasileira juvenil. Isso me dá uma tranquilidade para trabalhar outros pontos que preciso, sem a ansiedade para a seletiva. Agora, o foco está na Copa Brasil Juvenil e no Brasileiro Juvenil, duas competições que ainda não ganhei e espero conseguir isso”, disse Almeida.
 
O jovem recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Siddharta Almeida chegou à semifinal sem perder um set. Na decisão, ele venceu o Sebastian Echevarria, de Porto Rico, por 4 sets a 1. 
 
Foto: Divulgação/CBTMFoto: Divulgação/CBTM
 
 A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM
Ascom – Ministério do Esporte
 

Atletas, medalhistas e campeões olímpicos são homenageados no Palácio do Planalto

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Oito dias depois da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o presidente em exercício Michel Temer recebeu, nesta segunda-feira (29.8), cerca de 60 atletas que defenderam o país nas Olimpíadas para uma homenagem no Palácio do Planalto, em Brasília.
 
Acompanhados de diversos ministros, entre eles o do Esporte, Leonardo Picciani, os convidados – que na capital representaram todos os 465 esportistas da delegação nacional que competiu no Rio de Janeiro – ouviram de Michel Temer e de Picciani os agradecimentos em nome do governo brasileiro por todo o esforço e sucesso obtido nos Jogos. Os atletas receberam com aplausos as palavras do ministro do Esporte, que reafirmou o compromisso de dar prosseguimento e aperfeiçoar os programas de apoio ao esporte mantidos pelo governo federal.
 
Michel Temer declarou que o sucesso dos Jogos Olímpicos Rio 2016 comprovou para o mundo os potenciais do Brasil e, ao mesmo tempo, transformou-se em uma fonte de inspiração para o país. O presidente em exercício lembrou que a caminhada rumo às Olimpíadas foi longa (teve início em 2 de outubro de 2009, quando o Rio de Janeiro ganhou a eleição do Comitê Olímpico Internacional que deu à cidade o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paralímicos de 2016) e encerrou deixando um agradecimento a todos os atletas em nome do governo brasileiro.
 
“Foi com grande satisfação que nós do governo federal pudemos participar, em parceria com o governo estadual e o governo municipal e a iniciativa privada, daquele movimento épico que se deu no Rio de Janeiro ao longo de sete anos. Foram sete anos de trabalho entusiasmado para que chegássemos ao sucesso que tivemos. Sucesso na área de revelar ao mundo mais uma vez as potencialidades de nosso país”, afirmou Temer.
 
“Hoje, os senhores nos dão a honra de entrarem aqui no Palácio do Planalto para engrandecerem o Brasil. Na verdade temos a mais absoluta convicção de que o exemplo que vocês deixam com as 19 medalhas se repetirá agora com as Paralimpíadas (que têm início no dia 7 de setembro). Eu quero cumprimentá-los e deixar a gratidão do governo brasileiro, porque vocês deram um sentido de unidade absoluta, de união, de fraternidade entre vocês, que se espalha por todo o Brasil. O que o Brasil mais quer hoje é união”, disse o presidente em exercício.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
“Vocês não só nos encheram de bons exemplos e de orgulho, mas construíram a melhor participação do Brasil na história dos Jogos Olímpicos e dentro da nossa casa, na cidade do Rio de Janeiro”, destacou Leonardo Picciani, referindo-se ao 13º lugar do país no quadro de medalhas.
 
“Quero saudar a todos os nossos atletas olímpicos, a todos os nossos medalhistas olímpicos e a todos os nossos campeões olímpicos pelo brilhante trabalho que fizeram, inspirando os jovens, os brasileiros a desejarem praticar mais esporte, a olharem mais para o esporte. Eu aproveito para reafirmar o compromisso e o comprometimento do governo federal e do Ministério do Esporte de dar continuidade e aperfeiçoar os programas de preparação esportiva e de apoio aos atletas. Sejam eles os nossos programas de alto rendimento, Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, e também os programas de iniciação ao esporte e, sobretudo, o cuidado com a nossa rede de treinamento e com o nosso legado olímpico”, prosseguiu o ministro.
 
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, também parabenizou os atletas e ainda agradeceu o apoio dado pelo governo federal para a realização das Olimpíadas. “Os atletas brasileiros foram brilhantes. Independentemente das medalhas, as classificações honraram o Brasil e abriram as portas para a juventude brasileira, que eu vejo como um dos legados mais importantes dos Jogos. Tivemos medalhas e classificações de esportes que não imaginávamos até há pouco tempo e eu queria agradecer todo o apoio do governo federal. Queria fazer também um agradecimento muito especial à área de segurança. Tivemos uma pressão muito grande e houve o reconhecimento da imprensa internacional de que fizemos um dos melhores Jogos da história”, acentuou.
 

Cerimônia de recepção aos atletas olímpicosCerimônia de recepção aos atletas olímpicos

Medalhistas
Das sete medalhas de ouro que o Brasil conquistou no Rio de Janeiro, atletas de quatro modalidades vencedoras participaram da homenagem em Brasília: Alison e Bruno Schmidt, do vôlei de praia; Rafaela Silva, do judô; Martine Grael e Kahena Kunze, da vela; e os jogadores da Seleção Brasileira de vôlei Lucão, Lipe, Lucarelli e William estiveram presentes. Além deles, um quinto esporte dourado esteve representado, já que o técnico Rogério Micale, da Seleção Brasileira masculina de futebol, também estava entre os convidados.
 
Coube ao campeão olímpico Bruno Schmidt, que pela primeira vez participou de uma solenidade no Palácio do Planalto, falar em nome dos atletas.  “Foi me dada a honra de falar em nome dos atletas, dos amigos e até dos que não estão presentes. É um prazer enorme estar aqui. É maravilhoso participar de um ciclo olímpico e ter total apoio, amparo, ver o país se movimentando, tampando todas as lacunas para que nosso esforço seja potencializado ao máximo. Eu vivenciei isso, junto com meus amigos presentes”, frisou Bruno Schmidt.
 
“Venho, então, agradecer muito ao nosso Ministério do Esporte, que fez de tudo para que pudéssemos alcançar o nosso máximo. Ao Comitê Olímpico do Brasil, que não mediu esforços, e, principalmente, meu carinho especial pelas Forças Armadas, que se juntaram e não deixaram os atletas percorrerem esse caminho sozinhos. É uma honra representar meu país em casa”, finalizou Bruno.
 
Um dos principais jogadores na campanha vitoriosa da Seleção Brasileira de vôlei, Lipe agradeceu a oportunidade de participar da homenagem e exaltou o esforço de todos os envolvidos para que os Jogos Olímpicos Rio 2016 fossem realizados com sucesso. “Acho que a gente passou um momento de crise, estamos vivendo ainda um momento de crise muito forte, mas os Jogos Olímpicos foram realizados da melhor maneira possível. Então estou muito feliz com o apoio do governo com os Jogos, porque durante a crise conseguir apoiar como foi é um mérito do governo, e temos que agradecer ao governo, ao ministério e ao Comitê Olímpico por todo o esforço para que os Jogos fossem realizados da forma magnífica como foram”, disse Lipe, que pediu para mandar uma mensagem:
 
“Eu prometi aos torcedores do Brasil que iria fazer um apelo: nós e eu como brasileiro também sofri bastante com a política nesses últimos anos. Então que sirvamos de exemplo como atletas que lutaram tanto por um objetivo e que demos tantas alegrias para o país. Que os nossos políticos se esforcem pelo bem do país e não somente pelo bem da política e dos resultados internos que eles pretendem alcançar. Eu vim aqui com esse objetivo. Estou muito feliz e honrado de ter sido reconhecido pelo chefe interino de estado. É uma honra para minha carreira estar aqui recebendo esse reconhecimento”, continuou o campeão olímpico.
 
Companheiro de Lipe na seleção de vôlei campeã olímpica, Lucão destacou a ótima organização das Olimpíadas. “Os Jogos foram maravilhosos, acho que o Ministério do Esporte trabalhou muito bem. Muita gente falava que o Brasil não iria conseguir e foi justamente o contrário, foi muito bem feito. Eu participei dos Jogos de Londres e a gente não deixou nada a desejar. Acredito que pela emoção e pelos torcedores foi ainda mais especial. A gente viu o resultado do investimento dentro de quadra. O esporte felizmente você consegue medir visualmente, ver o crescimento pelo tanto de medalhas, pelos resultados que foram alcançados, que nunca teriam sido alcançados se não tivessem tido esse apoio”, enfatizou.
 
Rafaela Silva, que conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Rio 2016 no judô, também agradeceu o apoio dado durante o ciclo olímpico, que permitiu a ela dar a volta por cima depois da eliminação em Londres-2012. “Esse apoio foi fundamental nessa minha preparação para a Olimpíada do Rio. Eu fui eliminada na segunda rodada em Londres e perdi alguns patrocínios, mas veio o projeto do Bolsa Pódio, que foi fundamental. É muito importante numa modalidade em que um quimono custa R$ 1.500 e a gente precisa de quatro quimonos para competição. Acho que ter uma tranquilidade para treinar e competir sem a preocupação de como vou pagar minha conta, ter que arrumar um emprego, é muito bom”, explicou.
 
Medalha de prata na canoagem velocidade ao lado de Isaquias Queiroz, Erlon Souza reforçou as palavras de Rafaela. “Eu sou fruto do Programa Segundo Tempo e, desde quando eu entrei, já tinha por objetivo um dia participar da Olimpíada. O Ministério do Esporte foi fundamental nessa minha caminhada, me deu o apoio para que esse sonho fosse realizado. Desde os Jogos a gente vem recebendo muitas mensagens e hoje a gente teve o carinho do presidente e do ministro do Esporte. Isso é sinal que o dever foi cumprido”, completou.
 
Luiz Roberto Magalhães e Mateus Baeta – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Delegação paralímpica brasileira desembarca no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (31)

 Aclimatação da delegação paralímpica brasileira para os Jogos Rio 2016. Tiro com arco - Jane Karla Rodrigues. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB Aclimatação da delegação paralímpica brasileira para os Jogos Rio 2016. Tiro com arco - Jane Karla Rodrigues. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
 
A delegação brasileira que disputará os Jogos Paralímpicos do Rio 2016 começa a chegar ao Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (31), as equipes de esgrima, halterofilismo, tênis de mesa, tiro com arco, vôlei sentado, canoagem e remo desembarcam no Aeroporto Santos Dumont. O primeiro compromisso dos atletas será no Boulevard Olímpico, na Praça Mauá, a partir de 12h. Depois, o grupo segue para a Vila Paralímpica. 
 
O Brasil é uma potência paralímpica e busca o quinto lugar no quadro geral de medalhas dos Jogos Rio 2016. A equipe terá de superar a sétima posição dos Jogos de Londres, quando conquistou 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes. A delegação brasileira será a maior da história, com 287 atletas em 22 modalidades.
 
Fonte: CPB
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Bolsista leva bronze inédito para o país no Mundial Júnior de remo

O remador Lucas Verthein, de 18 anos, conquistou, neste fim de semana, a medalha de bronze no single skiff masculino durante o Campeonato Mundial de Remo Júnior, na Holanda. O resultado é inédito para o remo brasileiro. Foi o melhor desempenho de um atleta nacional da categoria em eventos internacionais. O atleta recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. 
 
Foto: World Rowing/Igor Meijer Foto: World Rowing/Igor Meijer
 
Na primeira bateria no single skiff masculino júnior (JM1x), Lucas terminou em terceiro lugar. Nas quartas de final e na semifinal A/B, o atleta manteve-se na primeira colocação. Com a vaga confirmada na final A, Lucas conseguiu chegar na terceira posição e garantiu a medalha de bronze. O ouro ficou com a Lituânia e a prata com a Alemanha. A prova do single skiff era uma das mais disputadas do campeonato, com 29 barcos inscritos.
 
O evento contou com 1.890 atletas de 70 países na raia Willem-Alexander Baan, na cidade de Rotterdam, na Holanda. Devido às Olimpíadas do Rio de Janeiro, a Federação Internacional de Remo (FISA) realizou pela primeira vez os campeonatos mundiais júnior, sênior e Sub-23 em um único evento. 
 
Ainda no Campeonato Mundial Júnior, a dupla Daniel Kelly e Bernardo Boggian competiu no double skiff masculino júnior (JM2x). Eles obtiveram o quinto lugar em sua bateria inicial, o que os levou para a repescagem, onde se recuperaram e levaram a primeira colocação. Nas quartas de final, os atletas chegaram em sexto, avançando para a semifinal C/D, onde também obtiveram o sexto lugar. Daniel e Bernardo terminaram a prova na sexta posição da final D.
 
Foto: World Rowing/Igor Meijer Foto: World Rowing/Igor Meijer
 
No Campeonato Mundial Sub-23, o Brasil foi representado pelo remador Uncas Tales Batista no Single Skiff Peso Leve Sub 23 (BLM1x). Uncas ficou com o segundo lugar em sua bateria inicial e também nas quartas de final. Classificado para a semifinal A/B, o remador terminou na quarta posição, o que não foi suficiente para levá-lo a final A. Uncas fechou sua participação no campeonato com o 2º lugar na final B e a oitava colocação geral da categoria em um total de 29 países.
 
Xavier Vela Maggi e William Giaretton, que representaram o Brasil na Rio 2016, participaram do Campeonato Mundial Sênior na categoria dois sem peso leve (LM2-). A dupla iniciou a prova com o segundo lugar na bateria inicial e classificou-se para a semifinal A/B, onde chegaram na quarta colocação. O resultado os levou para final B, conquistando a terceira posição, menos de um segundo atrás do barco da Alemanha.
 
Fonte: CBR
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Seleção de judô é convocada para primeira competição pós-Jogos do Rio

Depois da conquista de três medalhas olímpicas nos Jogos do Rio 2016, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) volta todos os seus esforços para o projeto Tóquio 2020. O próximo passo do planejamento será a participação de jovens talentos das categorias de base no Aberto Europeu de Tallin, na Estônia, nos dias 10 e 11 de setembro. A entidade convocou 12 judocas para a primeira competição após os Jogos do Rio.  
 
A equipe masculina será formada por Daniel Cargnin (66kg), bronze no Mundial Júnior 2015, Lincoln Neves (73kg), bronze no Mundial Júnior 2015, Eduardo Santos (81kg), Rafael Macedo (81kg), campeão mundial Júnior 2014, Gustavo Assis (90kg) e Leonardo Gonçalves (100kg), vice-campeão mundial júnior em 2015. 
 
Foto: Divulgação/COBFoto: Divulgação/COB
 
No feminino, o Brasil terá Layana Colman (52kg), campeã olímpica da Juventude em Nanquim 2014, Yanka Pascoalino (63kg), Aléxia Castilhos (63kg), Samanta Soares (78kg), Camila Nogueira (+78kg), vice-cammpeã mundial júnior em 2015, e Beatriz Souza (+78kg), bronze no Mundial Juvenil em 2015. 
 
“Na escolha dessa equipe focamos nos atletas que estão na base ainda e que já tiveram resultados expressivos, mas também quisemos dar oportunidade para aqueles que acabaram de sair da base e estão no processo de transição para a equipe principal”, explica Matheus Theotônio, supervisor da gestão das Categorias de Base da CBJ.
 
Os técnicos Alexandre Katsuragi e Yuko Fujii comandarão a equipe neste desafio ao lado de Marcelo Theotônio, gestor das Categorias de Base e chefe da delegação. A equipe terá ainda o suporte do fisioterapeuta Thiago Ferreira. 
 
Todos os atletas participaram da preparação do time olímpico para o Rio como judocas de apoio nos treinos da equipe principal, em estratégia que já fazia parte do planejamento do próximo ciclo olímpico.  
 
Fonte: CBJ
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Casa Brasil supera marca de 300 mil visitantes

 
A Casa Brasil segue com uma programação para quem está no Rio de Janeiro. No sábado (27.08), a Casa atingiu a marca de 300 mil visitantes. Quem ajudou o local a atingir o número foram os estudantes cariocas Marcella Quitéria (17) e Guilherme Plaza (18), que escolheram fazer o passeio no dia em que comemoram mais um mês de namoro. 
 
Os dois aguardavam na fila da Casa Brasil antes de seu horário de abertura, às 14h, quando foram surpreendidos pela notícia. “Não conseguimos vir durante as Olimpíadas, então quando soubemos que a Casa continuaria aberta após os Jogos Olímpicos, fizemos questão de nos programar para visitar o espaço do Brasil”, contou Marcella.
 
Para celebrar, a Casa recepcionou o casal com muito forró tocado pelo “Trio Ustrês” e os presenteou com brindes para o casal recordar a experiência.
 
Os estudantes elogiaram o espaço Brasil Junino, que simula espaços de festas de São João pelo país e comentaram estar orgulhosos de como o Brasil está sendo mostrado. “É legal poder mostrar para quem vem de fora, por exemplo, tradições como as festas juninas, nossa variedade cultural, mostrar que o Brasil não é só praia”, disse Guilherme.
 

A Casa Brasil permanecerá aberta ao público até o fim dos Jogos Paralímpicos. O espaço funcionará das 14h às 20h até o dia 6 de setembro e das 10h às 20h entre os dias 7 e 18 de setembro.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Atendidos pelo PELC e Vida Saudável participam de oficinas e visitam Casa Brasil no Rio de Janeiro

A Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS) do Ministério do Esporte promove nos dias 29 e 30 de agosto, das 14h às 18h, uma programação de atividades físicas e recreativas voltadas a integrantes dos programas sociais Vida Saudável e PELC (Programa Esporte e Lazer da Cidade) de núcleos do Rio de Janeiro. 
 
Cerca de 100 pessoas ligadas aos programas sociais (agentes sociais, coordenadores e público beneficiado) participarão da ação que conta com oficinas físicas, esportivas, recreativas e de lazer. O ponto de encontro para ambos os dias será na Casa Touring, às 14h. Após as atividades, os participantes convidados farão uma visita orientada pelos Armazéns 1 e 2 da Casa Brasil. 
 
Informações sobre o PELC (Programa de Esporte e Lazer da Cidade) 
Criado em 2003, o Programa Esporte e Lazer da Cidade atende às necessidades de esporte recreativo e de lazer da população. É através da implantação e desenvolvimento de núcleos de esporte recreativo e de lazer que as atividades são desenvolvidas e ocorrem por meio da celebração de convênios ou termos de cooperação entre o Ministério do Esporte, municípios, governos do Estado, Distrito Federal e Entidades Públicas Estaduais e Federais.
 
Desde sua criação, o PELC vem ampliando, qualitativa e quantitativamente, suas ações. O crescente aumento de recursos e de pessoas beneficiadas aponta para a ampliação e a valorização das políticas públicas de esporte e lazer no nível local. Neste sentido, foi criada a Capacitação Gerencial que visa promover a formação e o desenvolvimento de quadros para atuação no campo do esporte e do lazer, alicerçada em valores de participação popular, a partir da implantação e do desenvolvimento do Programa Esporte e Lazer da Cidade. 
 
Informações sobre o programa VIDA SAUDÁVEL 
O Brasil vem sofrendo com as inúmeras transformações e consequências de um país em desenvolvimento. Com o avanço tecnológico, passou-se a viver mais, desafiando-nos a refletir e promover políticas públicas voltadas para qualidade de vida do cidadão idoso ― incluindo aqueles com deficiência – predominantemente a partir de 60 anos. Neste sentido e com o objetivo de desenvolver um a proposta de política pública e social, o Ministério do Esporte criou o Programa Vida Saudável.
 
Na busca por garantir o direito da pessoa idosa frente às políticas públicas de esporte e lazer, o Ministério do Esporte decide reconhecer o Programa Vida Saudável, que até 2013 era um dos núcleos do Programa Esporte e Lazer da Cidade. O Programa Vida Saudável, na sua essência, visa oportunizar a prática de atividades físicas, culturais e de lazer para o cidadão e cidadã idosos, estimulando a convivência social, a formação de gestores e lideranças comunitárias, a pesquisa e a socialização do conhecimento, contribuindo para que o lazer e o esporte recreativo sejam tratados como políticas públicas e direito de todos. 
 
Programação: 
 
29/08 – PELC
 
14h – Apresentação PELC
14h10min – Dinâmica de apresentação (15 min) 
14h30 min. – Oficinas 
* 14h30 min - Atividades Físicas 
* 14h40 min - Recreativas 
* 14h55 min Atividades Culturais 
* 15h 15 min – Lanche 
* 15h 30 min – Visita Orientada – Casa Brasil 
* Encerramento – 18h 
 
30/08 – VIDA SAUDÁVEL
 
14h Apresentação do Programa Vida Saudável 
14h10min – Dinâmica de apresentação (15 min) 
14h30 min. – Oficinas 
* 14h30 min - Atividades Físicas 
* 14h50 min - Recreativas 
* 15h 15 min - Lanche 
* 15h 30 min – Visita Orientada – Casa Brasil 
* Encerramento – 18h 
 
Serviço: 
Oficinas dos Programas sociais do Ministério do Esporte, PELC e Vida Saudável
Data: 29 e 30 de agosto
Horário: das 14h às 18h
Local: Casa Touring – Praça Mauá, centro, Rio de Janeiro – RJ
Mais informações – Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte
Valéria Barbarotto (61) 99800 1508
 
Ascom - Ministério do Esporte

Beach soccer é atração em Copacabana nesta sexta

O beach soccer (futebol de areia) movimentou as areias da praia de Copacabana durante toda a manhã e tarde, desta sexta-feira (26.8). Crianças, adolescentes e atletas consagrados participaram de uma série de eventos para promover a modalidade na Arena Esporte Lazer, montada pelo Ministério do Esporte ao lado do Posto 3.

Crianças do Programa Segundo Tempo praticam Beach Soccer nas areias da Arena de Esporte e Lazer, em Copacabana. Foto: Ivo Lima/MECrianças do Programa Segundo Tempo praticam Beach Soccer nas areias da Arena de Esporte e Lazer, em Copacabana. Foto: Ivo Lima/ME


A programação, que começou com um torneio entre crianças de comunidades carentes do Rio de Janeiro, seguiu durante a tarde com alunos do Programa Segundo Tempo, do Governo Federal. O dia foi encerrado com uma partida amistosa entre Amigos do Júnior Negão e Amigos do Jorginho, duas estrelas da modalidade no Brasil.

“Eu estou me sentindo no Maracanã. Nunca joguei em um local que tivesse arquibancadas e torcedores. Estou muito feliz, ainda mais sabendo que nesta areia vão jogar craques como, por exemplo, o Júnior Negão”, comemorou Gabriel, de 13 anos, morador da comunidade do Cantagalo e atleta do Projeto Reação, que dá aulas de beach soccer para crianças carentes nas praias de Copacabana.

Fundador do projeto Geração, Almir Fernandes falou sobre a iniciativa que atende mais de 800 crianças. “Atualmente o nosso projeto conta com 814 crianças, sendo que 75% delas são de comunidades próximas a Copacabana, Botafogo e toda a Zona Sul, principalmente as pacificadas. O nosso trabalho tem se fortalecido. A cada dia aparecem de três a cinco alunos para entrar no projeto. A nossa alegria é ver as crianças correndo, porque a gente não está formando só futuros jogadores, nós estamos formando cidadãos.”

Além das partidas de beach soccer, as crianças do projeto comandado por Almir Fernandes tiveram a oportunidade de conhecer o Segundo Tempo. Mais 50 crianças beneficiadas pela iniciativa do Ministério do Esporte também participaram dos eventos na Arena Esporte Lazer.

“O esporte é inclusivo, é transformador. Ter essa chance de reunir tantos jovens em torno da prática esportiva nos deixa muito feliz. Eles não estão apenas competindo, estão adquirindo conhecimento, experiência”, disse o coordenador do Segundo Tempo em Bom Sucesso (RJ), Sargento Paixão.

O Programa Segundo Tempo democratiza o acesso à prática do esporte, promovendo o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens em áreas de vulnerabilidade social.

Depois da programação com crianças e adolescentes, ‘o dia do Beach Soccer’ na Arena Esporte Lazer ainda contou com a participação de diversos craques da modalidade que participaram do amistoso entre Amigos do Júnior Negão e Amigos do Jorginho. “O convite para participar deste evento foi muito especial, principalmente, por conta do momento que o esporte brasileiro está vivendo. Os Jogos Olímpicos foram maravilhosos, mas a gente queria que o beach soccer estivesse lá. Nós continuaremos lutando por isso” afirmou Júnior Negão, um dos maiores nomes da modalidade no mundo.

Quando a bola rolou, o time de Jorginho derrotou a equipe do amigo Júnior Negão por 3 a 2. O craque que dá nome à equipe vencedora e um dos maiores artilheiros da história da seleção brasileira de beach soccer vislumbra parcerias para desenvolver a modalidade. “A gente quer começar uma parceria com o Ministério do Esporte para promover o futebol de areia pelo Brasil e no Rio de Janeiro. Nós estamos carentes de campeonatos e, por isso, a gente quer que essa parceria faça surgir novos ídolos no nosso esporte”, ressaltou Jorginho.

Arena Esporte Lazer

A Arena Esporte Lazer, que recebeu durante esta quinta e sexta-feira (25 e 26.8) diversas atividades esportivas e culturais, é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social do Ministério do Esporte (Snelis). No local foram apresentados os principais projetos desenvolvidos pela secretaria, como os tradicionais Jogos Indígenas, Programa Segundo Tempo; Luta pela Cidadania; Programa Esporte e Lazer da Cidade e Vida Saudável.

Com o fim das atividades, nesta sexta, o secretário da Snelis, Leandro Cruz, comemorou os resultados do evento. “A diversidade é uma das características da Secretária Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social do Ministério do Esporte. A gente teve aqui uma diversidade grande de atividades, de gênero, com o objetivo de divulgar esses esportes, divulgar essas culturas e, acima de tudo, promover o lazer, promover o esporte educacional e promover a inclusão social, o que é fundamental”, concluiu.

João Paulo Machado
Ascom – Ministério do Esporte

ABCD conta com endereço eletrônico exclusivo para denúncias sobre dopagem

Para dar continuidade as suas ações de inteligência e reforçar o combate à dopagem no esporte, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) disponibiliza um canal exclusivo para receber denúncias.  O endereço eletrônico: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. receberá informações de forma sigilosa que apontem possíveis irregularidades com o uso substâncias e métodos proibidos pelo Código Mundial Antidopagem que envolvam atletas, técnicos e equipes multidisciplinares que trabalham para garantir o desempenho dos esportistas.
 
O e-mail é sigiloso e seguro. A denúncia pode ser anônima. As informações serão analisadas pela Comissão de Serviço de Inteligência da entidade, que também passa a funcionar a partir de agora. 
 
Para o secretário Nacional da ABCD, Rogério Sampaio, a ferramenta traz novas fontes de informações para combater à dopagem no país. “As denúncias nos ajudam a chegar mais rápido e de forma mais precisa naquelas pessoas que estão se valendo de métodos e substâncias irregulares para melhorar seu desempenho”, avalia Sampaio. 
 
Caberá a Comissão de Serviço de Inteligência receber e avaliar as denúncias, buscar informações sobre a modalidade indicada, verificar se o denunciado se encontra no Grupo Alvo de Testes (GAT) da instituição e se seus dados já se encontram no sistema de localização da ABCD. 
 
Outros dados como o tipo de competição que o denunciado está participando, se é atleta filiado a federações e outras entidades esportivas e ainda o meio onde está envolvido como técnico, equipe, profissionais multidisciplinares, também serão apurados. A troca de informações entre as Organizações Nacionais Antidopagem (Nados) de outros países também tem ajudado o Brasil no trabalho. 
 
De posse dos dados, a comissão abrirá em até três dias um processo de investigação e iniciará o trabalho de campo. Comprovada a denúncia e o descumprimento das regras estabelecidas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA-AMA), o envolvido e os demais responsáveis pela dopagem estarão sujeitos às sanções previstas no Código Mundial Antidopagem. 
 
Cláudia Sanz
Ascom – Ministério do Esporte
 

Maringá recebe Campeonato Brasileiro de Ciclismo de Estrada e Pista Júnior

A cidade de Maringá, no interior do Paraná, recebe a partir deste sábado (27.08) os melhores talentos da nova geração do ciclismo de estrada e de pista do país. Até o dia 3 de setembro, mais de 200 jovens, com idade entre 12 e 18 anos, irão encarar as provas de estrada, contrarrelógio, resistência e de ciclismo de pista. 
 
Foto: Divulgação/COBFoto: Divulgação/COB
 
O Campeonato Brasileiro será disputado em três categorias, masculino e feminino: júnior, de 17 a 18 anos (nascidos em 1998 e 1999); juvenil, de 15 a 16 anos (nascidos em 2000 e 2001); e infanto juvenil, de 12 a 14 anos (nascidos entre 2002 e 2004).
 
O evento é organizado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e Federação Paranaense de Ciclismo (FPC), com patrocínio da Caixa Econômica Federal. As competições de estrada, contrarrelógio e resistência, serão disputadas no Parque Tecnológico, no distrito industrial, próximo ao aeroporto. Já as provas de ciclismo de pista ocorrem no velódromo municipal.
 
Fonte: CBC
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Arena Esporte e Lazer recebe apresentações indígenas na praia de Copacabana

Montada na Praia de Copacabana, a Arena Esporte e Lazer do Ministério do Esporte recebeu nesta quinta-feira (25.08) várias apresentações esportivas e culturais indígenas. O espaço é promovido pela Secretaria Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social (SNELIS) que busca divulgar os principais projetos da secretaria, entre eles, os tradicionais Jogos Indígenas e os programas Segundo Tempo; Luta pela Cidadania; Programa Esporte e Lazer da Cidade e Vida Saudável.
 
Corrida de Tora foi apresentada pelos índios da etnia Gavião Parkatêjê do Pará. (Foto: Ivo Lima/ME)Corrida de Tora foi apresentada pelos índios da etnia Gavião Parkatêjê do Pará. (Foto: Ivo Lima/ME)
 
Os povos indígenas das etnias Bakairi (MT), Gavião (PA) e Pataxó (BA) participaram de uma competição que divulgou diferentes modalidades esportivas e culturais.  O público teve a oportunidade de conhecer de perto o arremesso de lança, arco e flecha, corrida de tora e corrida com maraká, entre outras.
 
“Esse evento é importante para que a sociedade conheça a diversidade cultural do nosso país. Existem muitas modalidades esportivas no Brasil que podem promover a inclusão social dos indígenas e ressaltar as tradições dos povos”, disse o presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Artur Nobre Mendes. 
 
 
O secretário da SNELIS, Leandro Cruz (ao centro), disse que a ação tem o objetivo de fortalecer e divulgar a identidade cultural dos povos indígenas. (Foto:Ivo Lima/ME)O secretário da SNELIS, Leandro Cruz (ao centro), disse que a ação tem o objetivo de fortalecer e divulgar a identidade cultural dos povos indígenas. (Foto:Ivo Lima/ME)
 
Com as arquibancadas lotadas de crianças e adolescentes, os indígenas da etnia Pataxó iniciaram as apresentações com a tradicional corrida com “Maraká”. A modalidade é semelhante às corridas de revezamento do atletismo. 
 
No esporte indígena, os atletas trocam o bastão pelo instrumento musical. O coordenador técnico dos Jogos Indígenas Pataxó, Karkaju Pataxó, comemorou a chance de divulgar o esporte para outros públicos. “Essa é uma oportunidade que o Ministério do Esporte está dando para a gente ganhar visibilidade. Isso aumenta a autoestima dos jovens, nos ajuda a manter a nossa identidade cultural. Hoje, já é muito comum nas aldeias à utilização dos adornos, o pessoal começa a usar as pinturas com mais frequência, a própria língua com mais frequência. Então, a gente está tentando fazer com que isso cresça”.
 
Crianças que participaram das atividades aprenderam a corrida com Maraká. (Foto:Ivo Lima/ME) Crianças que participaram das atividades aprenderam a corrida com Maraká. (Foto:Ivo Lima/ME)
 
O secretário Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social do Ministério do Esporte (SNELIS), Leandro Cruz, disse que: “a ação tem o objetivo de fortalecer e divulgar a identidade cultural dos povos indígenas“.
 
O líder Jakuri Pep Krakete, da etnia Gavião Parkatêjê, comandou a apresentação da corrida de “Tora”, onde os atletas percorrem uma distância de 200 metros com uma “tora” de madeira nas costas. Pep Krakete ressaltou que os esportes também são importantes para o desenvolvimento de habilidades tradicionais dos povos indígenas. “A gente ensina os jovens a como “correr a tora”, como passá-la para o seu companheiro. Eles aprendem a fazer o arco e a flecha, aprendem a “jogar a flecha”, a caçar, pescar e todas as outras atividades do nosso povo”, afirmou.
 
A atleta indígena Ednalva Palamido Rondon, da etnia Bakairi que participou das disputas de arco e flecha comemorou a participação no evento. “Foi uma experiência única, o ambiente era muito legal. Os jogos são uma oportunidade para o esporte indígena mostrar seu valor, sua cultura”, concluiu a atleta, de 18 anos. 
 
Jiu-jitsu 
 
Durante a tarde, após as apresentações dos povos indígenas, a Arena Esporte e Lazer recebeu um mini torneio de jiu-jitsu, com atletas de diversas academias do Rio de Janeiro. O evento, que foi vencido pelo atleta Breno Bittencourt, faz parte do movimento que busca fazer da modalidade um esporte olímpico, e contou com a presença de Robson Gracie, presidente da Federação de jiu-jitsu e um dos pioneiros e principais responsáveis pelo desenvolvimento do estilo da arte marcial no Brasil. 
 
Modalidade de jiu-jitsu busca apoio para se tornar esporte olímpico.(Foto: Ivo Lima/ME)Modalidade de jiu-jitsu busca apoio para se tornar esporte olímpico.(Foto: Ivo Lima/ME)
 
Durante as lutas, o secretário da SNELIS, Leandro Cruz, falou sobre a possibilidade do esporte se tornar olímpico. “O jiu-jitsu tem raízes japonesas mas, adaptado, é também genuinamente brasileiro. Então, a divulgação, a democratização do acesso, do conhecimento, do que é o esporte são fundamentais para que possamos fazer a defesa dessa arte marcial que é uma arte brasileira. Ter a modalidade como esporte olímpico seria uma grande oportunidade esportiva para a o Brasil”.
 
O jiu-jitsu é uma das modalidades contempladas no Programa Bolsa Atleta, do Governo Federal, desde a sua implantação, em 2005. O objetivo do programa é permitir que os atletas possam se dedicar exclusivamente aos treinamentos e possam competir em alto nível.
 
Nesta sexta-feira (26.08), a programação na Arena Esporte e Lazer em Copacabana segue com apresentações de crianças que integram o Programa Segundo Tempo no Rio de Janeiro, e ainda partidas de beach soccer a partir das 9h.
 
João Paulo Machado 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Ministério do Esporte promove atividades nas areias de Copacabana

 
O Ministério do Esporte por meio da Secretaria Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social (SNELIS) realiza nesta sexta-feira (26.08) mais uma série de atividades na Arena Esporte Lazer montada na Praia de Copacabana, próximo ao Posto 3, no Rio de Janeiro.
 
O evento que começa a partir das 9h, com atividades entre crianças que participam do Programa Segundo Tempo na capital fluminense. Também faz parte da programação partidas de beach soccer, com equipes femininas e masculinas, que contarão com a presença de alguns dos craques da modalidade.
 
No jogo principal que acontece à tarde, um confronto entre as equipes amigos do Jr Negão e amigos do Jorginho promete atrair o público. Estrelas do beach soccer como: Júnior, Claudio Adão, Jorginho, Robertinho, Júnior Negão, Juninho e os atuais campeões do Mundialito, Mauricinho, Catarino, Lucão, Boquinha, Fanta, Bueno, Daniel, Digo e Sidney estão confirmados.
 
O objetivo da programação é divulgar os principais projetos executados pela SNELIS, como os tradicionais Jogos Indígenas, Programa Segundo Tempo; Luta pela Cidadania; Programa Esporte e Lazer da Cidade e Vida Saudável.
 
Serviço: Arena Esporte e Lazer da SNELIS
Quando: 26.08 (sexta-feira) 
Horário: Das 9h às 18h
Local: Posto 3, Copacabana
Programação:
9h - Início de jogos com as equipes do Projeto Geração, com crianças de programas que integra o Programa Segundo Tempo da capital fluminense.
14h - Final das partidas do Projeto Geração
14h10min - Projeto Segundo Tempo
15h - Final da apresentação do Projeto Segundo Tempo
15h05min - Beach soccer feminino ( IAF X Flamengo)
16h - Encontro de Gerações : amigos do Jr Negrão X Amigos do Jorginho
 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Tocha Paralímpica é acesa em Brasília. Revezamento começa dia 1ª de setembro

A uma semana do início do revezamento da Tocha Paralímpica, o símbolo de paz entre as nações foi aceso nesta quinta-feira (25.08) no Palácio do Planalto, em Brasília. A tocha foi acesa pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, que passou em seguida a chama para o campeão paralímpico Yohansson do Nascimento, representante dos atletas. Coube ao campeão passar a chama para a lanterna que vai preservar o fogo até o início do revezamento, que começa na próxima quinta (1ª.09).
 
Com a missão de emocionar o Brasil, mais de 700 pessoas irão conduzir a Tocha Paralímpica nas cinco Regiões do país até a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, no dia 7 de agosto. O símbolo vai passar por Brasília, Belém, Natal, São Paulo e Joinvile, além da capital fluminense, sede da competição.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Durante a cerimônia, o presidente Michel Temer confirmou presença na abertura dos Jogos. “É com muita emoção que falo que irei à abertura dos Jogos Paralímpicos, independentemente da minha posição. O mundo todo tirou o chapéu para o Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos, evento que ganhou o aplauso internacional. É com imensa alegria que nós recebemos agora os nossos atletas paralímpicos”, frisou.
 
Assim como nos Jogos Olímpicos, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, garantiu que o governo terá o mesmo empenho na realização dos Jogos Paralímpicos. “Fruto da decisão acertada do presidente Temer, toda a equipe do governo federal não mediu esforços para o sucesso dos Jogos Olímpicos. Tenho certeza de que o mesmo acontecerá para termos sucesso nos Jogos Paralímpicos”, revelou.
 
Para Picciani, ao acender a chama que simboliza o espírito paralímpico, o país terá a oportunidade de congraçamento entre as nações, na busca de um mundo melhor. “O Brasil nos próximos dias voltará a ter a atenção de todo o mundo. Isso começa agora, com a cerimônia de acendimento da Chama Paralímpica. O Ministério do Esporte tem uma parceria longa com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Cerca 90% dos 285 atletas da delegação brasileira nos Jogos contam com apoio do governo federal. Nós queremos ampliar o apoio, e esse será o caminho após Jogos”, disse.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
O presidente do CPB, Andrew Parsons, ressaltou que o primeiro recorde dos Jogos Paralímpicos já foi registrado. “Ontem foram vendidos 145 mil ingressos para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. O primeiro recorde foi realizado pela população brasileira. Agora, está chegando a hora de ver os recordes dos atletas que estão treinando em São Paulo no Centro Paralímpico”, acentuou.
 
Na reta final de preparação para os Jogos, Andrew Parsons agradeceu o apoio do governo federal. “Em um país com 48 milhões de pessoas com deficiência, o governo tem a sensibilidade de apoiar o evento. Os Jogos são um catalisador de mudanças que transformam a percepção da sociedade como um todo em relação às pessoas com deficiência. Nós precisamos mudar a nossa relação com o mundo, precisamos não só tolerar a diferença, mas respeitar e valorizar a diferença”, enfatizou.
 
Para o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio2016, Carlos Arthur Nuzman, o Brasil está preparado para receber os melhores atletas do mundo. “As instalações paralímpicas estão prontas, com acessibilidade. As principais competições terão narração audio-descritiva dos esportes. A Vila Paralímpica terá mais de 700 apartamentos com acessibilidade total, e atletas e visitantes terão nas instalações serviços especiais de mobilidade. Pela primeira vez na história dos Jogos todas as instalações terão piso alerta”, acrescentou.
 
Cerimônia de Recepção da Tocha ParalímpicaCerimônia de Recepção da Tocha Paralímpica
 
Com quatro medalhas dos Jogos Paralímpicos na carreira, Yohansson foi o representante dos atletas. Ele não escondeu a felicidade em fazer parte da festa. “Aqui é o pontapé inicial para o início das Paralimpíadas. Estou bem empolgado e todos os atletas estão confiantes de que vamos fazer sucesso no Rio”, comemorou.
 
Os atletas brasileiros estão na fase final de preparação para os Jogos. Yohansson considera o evento de acendimento da tocha a oportunidade para a população brasileira entrar no clima do evento. “É um aquecimento para os Jogos. O revezamento é bom para dar mais visibilidade para o esporte paralímpico, não só quando começar o evento no dia 7 de setembro”, destacou.
 
A cerimônia de acendimento da Tocha Paralímpica contou ainda com a presença do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de atletas de projetos paralímpicos e demais autoridades.
 
Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte 

Casa Brasil recebe Campeonato Brasileiro de Esportes Eletrônicos 2016

Foto: Divulgação/MEFoto: Divulgação/ME

A Confederação Brasileira de Desporto Eletrônico (CBDEL) promove, entre os dias 26 e 28 de agosto, o Campeonato Brasileiro de Esportes Eletrônicos 2016. Em parceria com o Ministério do Esporte, o evento será realizado no Auditório do Armazém 1 da Casa Brasil, no Rio de Janeiro.

A competição contará com a participação de 35 atletas divididos em três modalidades (por equipes ou individual): League of Legends (LoL), jogo de estratégia disputado por equipes; Counter-Strike (CS-GO), competição de tiro disputada por equipes; e HeartStone (HS), disputa individual em jogo eletrônico de estratégia. Os vencedores terão vaga garantida para disputar o 8º Mundial da Federação Internacional de Esportes Eletrônicos (IeSF), que será disputado no mês de outubro, em Jacarta, Indonésia.

A abertura será nesta sexta-feira (26.08), às 14h, com a apresentação de um painel sobre o desenvolvimento do esporte eletrônico no Brasil e no mundo. Depois, acontecerá um debate mediado pelo presidente da CBDEL, Daniel Cassi. Também estarão presentes na mesa o diretor da IeSF, Collin Webster, e o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima.

As competições serão projetadas em um telão e poderão ser acompanhadas gratuitamente pelo público na Casa Brasil.

Agenda:

26.08 (sexta-feira) 14h – Abertura do evento com debate sobre o desenvolvimento dos esportes eletrônicos 15h – Competição de CS-GO (disputa entre seis equipes com cinco atletas em cada)

27.08 (sábado) 14h – Competição de LoL (disputa entre seis equipes com cinco atletas em cada)

28.08 (domingo) 14h – Competição de HS (cinco atletas competem individualmente)

Serviço: Campeonato Brasileiro de Esportes Eletrônicos 2016 Data: 26, 27 e 28 de agosto Horário: 14h Local: Casa Brasil (Auditório do Armazém 1) – Praça Mauá, centro, Rio de Janeiro – RJ Mais informações – Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte Valéria Barbarotto (61) 99800 1508

Ascom – Ministério do Esporte

 

Seis atletas são acrescentados à delegação brasileira dos Jogos Paralímpicos Rio 2016

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou, nesta quinta-feira (25,08), a inclusão de mais seis atletas na delegação que representará o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Os nomes foram convocados depois da realocação de vagas promovida pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) após a suspensão da Comitê Paralímpico da Rússia e uma desistência ocorrida na modalidade tiro com arco.

Foto: Divulgação/CPBFoto: Divulgação/CPB

Mariana D’Andrea (halterofilismo), Ronystony Cordeiro, Adriano de Lima, Alan Augusto Santos (natação), Vanderson Chaves (esgrima) e Patrícia Layolle (tiro com arco) são os novos integrantes. Assim, a delegação brasileira agora será composta por 285 atletas (185 homens e 100 mulheres) – recorde absoluto nas participações do Brasil em Jogos Paralímpicos.

Com os 23 acompanhantes e 195 oficiais, a equipe verde e amarela será composta por 503 pessoas.

Missão Nos Jogos Rio 2016, o Brasil tem como objetivo chegar ao quinto lugar no quadro geral de medalhas. A melhor participação até o momento ocorreu em Londres 2012, quando a delegação brasileira conquistou o sétimo lugar – foram 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze.

A cerimônia de abertura está marcada para o dia 7 de setembro. Os Jogos serão realizados até o dia 18. São esperados cerca de 4.350 atletas de 160 países na competição. Estarão em disputa 528 medalhas.

Fonte: CPB
Ascom – Ministério do Esporte

Papa Francisco recebe atletas paralímpicos em Roma e deseja sucesso no Rio 2016

O Papa Francisco recebeu nesta quarta-feira (24.08) uma delegação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), na Praça de São Pedro, em Roma. O Papa deu a benção aos atletas e desejou sorte nos Jogos Paralímpicos do Rio. O pontífice recebeu de presente um agasalho da equipe brasileira do esgrimista Jovane Guissone.

Na audiência geral aos fieis, o Papa Francisco também fez uma saudação especial aos atletas e aos membros dos CPB, do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e do Comitê Paralímpico Italiano que se preparam para os Jogos Rio 2016.

Foto: Divulgação/CPBFoto: Divulgação/CPB

Estiveram presentes representando os atletas brasileiros Sergio Froes, do hipismo, e Jovane Guissone, campeão paralímpico da espada na esgrima em cadeira de rodas nos Jogos Paralímpicos de Londres. O vice-presidente do CPB, Ivaldo Brandão, e o diretor de relações institucionais do CPB, Luiz Garcia, também participaram do encontro.

“Na hora em que eu vi que o Papa estava vindo na nossa direção, eu nem acreditei. Foi algo inesquecível, um momento muito especial. Ele me abençoou, abençoou meus pertences e nos desejou sorte e muita energia positiva nos Jogos Paralímpicos. Ele também nos pediu que rezássemos pelas vítimas do terremoto na Itália”, disse Jovane Guissone.

Para Sergio Froes, o encontro dará ainda mais motivação na reta final de preparação para a competição no Rio. “Eu volto daqui para a França, onde estamos fazendo a preparação do hipismo, ainda mais motivado e com mais satisfação para chegar aos Jogos no Rio. Foi uma honra encontrar o Papa”, afirmou Sergio.

Enquanto o cavaleiro chega ao Brasil no dia 4 de setembro para a disputa dos Jogos Paralímpicos, Jovane Guissone retorna ao Brasil nesta quinta-feira e se junta aos outros esgrimistas da equipe brasileira na fase final de treinamentos no CT Paralímpico em São Paulo.

Fonte: CPB
Ascom – Ministério do Esporte

Aviso de Pauta - Ministério do Esporte promove atividades nas areias de Copacabana

Nesta quinta e sexta-feira (dias 25 e 26.08), o Ministério do Esporte através da Secretaria Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social (SNELIS) realiza uma série de atividades na Arena Esporte Lazer montada na Praia de Copacabana, próximo ao posto 3, no Rio de Janeiro.
 
As atividades do primeiro dia começam a partir das 9h com apresentações socioculturais indígenas, e um mini-torneio de Jiu-jitsu à tarde. Segue ainda na sexta-feira (26.08), com a participação de crianças da capital fluminense integram o Programa Segundo Tempo , além de jogos de beach soccer com craques da modalidade.
 
A atração principal da sexta-feira é uma partida de confraternização entre as equipes amigos do Jr Negão e amigos do Jorginho. Estrelas do beach soccer como: Junior,  Claudio Adão, Jorginho, Robertinho, Júnior Negão, Juninho e os atuais campeões do Mundialito, Mauricinho, Catarino, Lucão, Boquinha, Fanta, Bueno, Daniel, Digo e Sidney estão confirmados.
 
O objetivo da programação é divulgar os principais projetos executados pela SNELIS, como os tradicionais Jogos Indígenas, evento que busca a integração dos povos indígenas e suas práticas culturais com a sociedade.  Também na quinta-feira, às 12h, será apresentada a proposta de Portaria de Institucionalização da Comissão Nacional de Política de Esporte e Lazer Indígena, na Arena Esporte e Lazer.
 
Nos dois dias de evento o público presente poderá conhecer mais de perto e ver em ação alguns dos programas do Ministério do Esporte como o Segundo Tempo; Luta pela Cidadania; Programa Esporte e Lazer da Cidade e Vida Saudável.
 
Serviço: Arena Esporte e Lazer da SNELIS
Quando: 25.08 (quinta-feira)
Horário: Das 9h às 18h
Local: Posto 3, Copacabana
 
Programação (25.08) 
9h –Apresentação de Ritual Bakairi e Tadaimpândyly – (Povo Bakairi doe Mato Grosso- MT);
10h – Apresentação de Ritual Sagrado e Corrida de “Tora” (Povo Gavião/PA);
10h30min – Corrida com Maraká (Povo Pataxó/BA);
11h - Arremesso de Lança, Arco e Flecha (Povo Pataxó/BA);
11h30min - Cabo de Guerra (povos presentes);
12h – Proposta de Portaria de Institucionalização da CNPELI – Comissão Nacional de Política de esporte e Lazer Indígena
15h – Montagem de tatame de Jiu-jitsu
15h30 – Torneio de Jiu-Jitsu – A modalidade deverá fazer parte das atividades do Programa Segundo Tempo e Luta pela Cidadania do Ministério do Esporte em breve e o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, vem se mobilizando junto a instituições e ao próprio Comitê Olímpico Internacional para que a modalidade seja integrada ao programa olímpico.
 
Programação (26.08)
9h - Início de jogos com as equipes do Projeto Geração, com crianças de programas que integra o Programa Segundo Tempo da capital fluminense.
14h - Final das partidas do Projeto Geração
14h10min - Projeto Segundo Tempo
15h - Final da apresentação do Projeto Segundo Tempo
15h05min - Beach soccer feminino ( IAF X Flamengo)
16h - Encontro de Gerações : amigos do Jr Negrão X Amigos do Jorginho
 
Ascom - Ministério do Esporte

Copa do Brasil de futebol feminino começa nesta quarta (24)

Quem ficou encantado com a Seleção Feminina nos Jogos Olímpicos do Rio terá a chance de continuar prestigiando a modalidade. Começa nesta quarta-feira (24) a décima edição da Copa do Brasil de Futebol Feminino. Serão 32 equipes lutando pelo título de uma das competições mais importantes do futebol feminino do país. Hoje a bola já rola em 13 estádios diferentes.

O clube campeão garante vaga na Copa Libertadores de Futebol Feminino de 2017. O torneio é dividido em cinco fases e nas duas primeiras etapas a equipe visitante que vencer por três ou mais gols de diferença elimina o jogo de volta. O sistema é mata-mata, sendo assim, a cada fase um time classifica-se para etapa seguinte e o outro fica de fora.

Conheça as ações do Ministério do Esporte que visam apoiar o futebol feminino brasileiro: 


O atual campeão do campeonato continental é a Ferroviária, clube de São Paulo com tradição no futebol feminino.

Nesta primeira fase, as partidas acontecem às quartas, quintas e domingos, entre 15h e 21h, pelo horário de Brasília, do dia 24 de agosto a 4 de setembro. A competição poderá ser acompanhada pela TV Brasil, de acordo com a tabela e com a grade de programação da emissora. No site da CBF e nas redes sociais da entidade, você acompanha todos os resultados e notícias da competição.

Histórico A Copa do Brasil de Futebol Feminino foi criada em 2007. Em nove edições, apenas Santos e São José conseguiram o bicampeonato. Os três últimos campeões foram: São José, em 2012 e 2013, Ferroviária, em 2014, e Kindermann, em 2015. Na liderança isolada da artilharia, a Rainha Marta tem 18 gols marcados pelo Santos, em 2009. Atrás dela, Daniela Alves, 14 gols em 2007 pelo MS/Saad, e Thaisinha, 10 gols em 2011 pelo Vitória-PE. Outra curiosidade é a maior goleada, que aconteceu na edição de 2012, quando o Vitória-PE fez 15 a 0 no América-RN.

Conheça as equipes que participarão da Copa:

UDA - AL

Vitória-PE

Barcelona-RJ

Comercial-MS

Cresspom-DF

Aliança-GO

União-RN

Caucaia-CE

Náutico-PE

Botafogo-PB

Boca Junior-SE

São Francisco-BA

Estância Velha-RS

Chapecoense-SC

Araranguá / SATC - SC

Foz Cataratas-PR

JV Lideral-MA

Tiradentes-PI

São Raimundo-RR

Iranduba-AM

Vila Nova-ES

Ipatinga-MG

Intercap-TO

São José-SP

Porto Club-RO

Atlético-AC

Oratório-AP

Flamengo-RJ

Santos-SP

Mixto-MT

Audax-SP

Pinheirense-PA


Fonte: CBF
Ascom – Ministério do Esporte

Em 17 dias de Olimpíada, Rio recebeu 1,17 milhão de turistas

Durante o período dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a cidade recebeu 1,170 milhão de turistas, sendo 410 mil estrangeiros. A taxa de ocupação hoteleira foi de 94%. Os três espaços abertos do Boulevard Olímpico (Porto Maravilha, Parque Madureira, e Miécimo da Silva, em Campo Grande) atraíram cerca de 4 milhões de pessoas, com transmissão de competições e variada agenda de eventos.

“Sempre ouvimos que os cariocas são marcados pelo jeitinho e pelo improviso, mas esses Jogos mostraram muito mais do que só simpatia. Eles revelaram a competência de um povo incrível, capaz de planejar, organizar, trabalhar sério e de solucionar problemas com enorme agilidade. Isso fez da Rio 2016 esse enorme sucesso”, disse o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, durante coletiva de balanço dos Jogos, no Rio Media Center.

Em 17 dias, os Jogos reuniram 11.303 atletas de 206 países (além da delegação de refugiados), que disputaram 42 modalidades olímpicas em 32 arenas. As competições foram transmitidas para cerca de 5 bilhões de espectadores no mundo. Ao todo, 26 mil jornalistas credenciados fizeram a cobertura. No Rio Media Center (RMC), na Cidade Nova, 6,7 mil jornalistas de 102 países acompanharam o dia a dia da cidade.



“Com certeza, a partir desta edição, os Jogos Olímpicos no mundo serão diferentes, inclusive com a inovação da arquitetura nômade. Todos os turistas, especialmente os estrangeiros, conseguiram detectar no Brasil aquilo que é o nosso maior capital: o povo brasileiro. E 98% dos visitantes disseram que a hospitalidade dos cariocas e brasileiros é absolutamente insuperável e 95% querem voltar”, avaliou o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha.

Mobilidade Urbana

Na área de transporte, foram realizadas cerca de 4 milhões de viagens e vendidos 800 mil cartões RioCard Jogos Rio 2016. O sistema de BRT transportou 11,7 milhões de passageiros, sendo que aproximadamente 2,2 milhões de pessoas usaram os serviços especiais do BRT Rio, criados para atender deslocamentos às instalações olímpicas.

A média diária em todo o sistema foi de cerca de 700 mil passageiros. O recorde de público foi registrado no dia 12 de agosto, quando 855 mil pessoas utilizaram os serviços convencionais e os implantados para os Jogos.

Já o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) transportou 721.703 passageiros em 3.306 viagens no trecho compreendido entre a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Santos Dumont. O tempo médio de percurso foi de 36 minutos.

O MetrôRio bateu o recorde histórico de usuários no dia 17, quando transportou 1,121 milhão de passageiros. Entre os dias 5 e 21, o MetrôRio transportou 13,9 milhões de passageiros nas suas três linhas (1, 2 e 4). De acordo com o secretário estadual de Transportes, Rodrigo Vieira, "a integração dos modais de transporte é o grande legado dos Jogos. A parceria entre os órgãos fez com que a mobilidade fosse referência nesse grande evento, garantindo a circulação dos cariocas e visitantes".

Limpeza

Na limpeza urbana, entre os dias 3 e 21 de agosto, início do revezamento da tocha olímpica no Rio até o encerramento dos Jogos, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) contabilizou duas mil toneladas de resíduos removidos das principais instalações e dos lives sites do Boulevard Olímpico.

Cariocas e turistas colaboraram com a limpeza da cidade, colocando o lixo nas mais de oito mil lixeiras dos acessos às instalações olímpicas, praias, pontos turísticos e nos lives sites do Porto Maravilha, Parque Madureira e Centro Esportivo Miécimo da Silva.

Para aumentar a eficiência do trabalho dos garis, a fábrica Aleixo Gary, da Comlurb, criou um modelo de vassoura em formato menor, que auxilia na remoção de pequenos resíduos das arquibancadas. Outra novidade foram os arquibaldos, garis que ficaram nas arquibancadas recolhendo o lixo dos espectadores e solicitando que cariocas e turistas depositassem seus resíduos em sacolas.

Os três espaços abertos do Boulevard Olímpico geraram 230 toneladas de resíduos, com 150 toneladas no Porto Maravilha, 35,5 toneladas no Parque Madureira e 44,5 toneladas em Campo Grande.

Fonte: Agência Brasil
Ascom – Ministério do Esporte

Casa Brasil é vitrine para o turismo internacional

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário Municipal de Transporte, Rodrigo Vieira, receberam nesta terça-feira (23.08), no auditório do Rio Media Center, a imprensa para apresentar um balanço geral dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Representando o presidente da República, Michel Temer, Padilha agradeceu a todos que colaboraram para que a realização do Rio 2016 fosse um sucesso. “O Rio de Janeiro, sem dúvida, a partir das Olimpíadas é outro Rio de Janeiro. Quero agradecer a todos os trabalhadores, desde aqueles que começaram recuperando as áreas para a instalação de todos os equipamentos e estruturas, até aqueles que colaboraram com a organização do início ao fim. Seguramente nós atingimos todas as metas”, disse.

Foto: RMCFoto: RMC

Entre as informações apresentadas, Padilha destacou a importância da Casa Brasil no mercado internacional como ferramenta para impulsionar a vinda de mais turistas, não somente para o Rio de Janeiro, mas para todo o País. “O Rio de Janeiro traduz bem o nosso país e a Casa Brasil é, a meu juízo, algo que nós todos devemos preservar”, avaliou o ministro-chefe da Casa Civil.

“Se 95% daqueles que aqui estiveram disseram que querem voltar, será que aqueles que viram os Jogos e a receptividade no Rio apenas pelos meios de comunicação não gostariam de vir também em presença física?”, indagou Padilha sobre o potencial brasileiro na capitalização do turista internacional.  

Durante o período dos Jogos Olímpicos, a Casa Brasil recebeu mais de 270 mil visitantes e teve aprovação de quase 100% dos frequentadores. Com entrada gratuita, a Casa foi projetada para ser a vitrine do Brasil no período das Olimpíadas e Paralimpíadas. “Todos os turistas, especialmente os estrangeiros, conseguiram detectar no Brasil aquilo que é o nosso maior capital: o povo brasileiro. Quase 99% dos visitantes disseram que a hospitalidade do brasileiro é absolutamente insuperável”, ratificou o ministro Eliseu Padilha.

No período entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos (de 22.08 a 06.09), a Casa Brasil funcionará das 14h às 20h. A partir de 7 de setembro volta a funcionar das 10h às 20h até o encerramento da Paralimpíada.

Fonte: RMC
Ascom - Ministério do Esporte

Jogos Olímpicos Rio 2016 capitalizaram o Brasil, diz Eliseu Padilha

O Ministro-Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira (23.08) que os Jogos Olímpicos Rio 2016 capitalizaram o Brasil e provaram que o brasileiro é capaz de organizar, entregar e entregar-se aos que honram o país com uma visita. "Superamos a questão da segurança, que teve 90% de aprovação pelos turistas, e superamos a ameaça do zica vírus, sem nenhum caso registrado no Rio durante os Jogos", destacou o ministro. Para 98% dos visitantes que vieram ao Brasil para o evento, a hospitalidade do brasileiro é insuperável, disse Padilha. "Todos os turistas, mas especialmente os estrangeiros, conseguiram detectar no Brasil o nosso maior capital, que é o povo".



Em entrevista no Rio Media Center (RMC), ao lado do Prefeito do Rio, Eduardo Paes, Padilha afirmou que os Jogos Paralímpicos serão um sucesso tão grande quanto foram os Jogos Olímpicos. Segundo Paes, o ritmo de venda dos ingressos está acelerado e mostra que cariocas e brasileiros irão lotar o Rio novamente. "Já estou preocupado que o evento vai dar tanto trabalho na operação da cidade quanto a Olimpíada", brincou o prefeito. O Governo Federal garantiu o aporte de R$ 150 milhões para a realização dos Jogos Paralímpicos por meio de patrocínio de empresas estatais como Petrobras, Caixa, Embratur, BNDES e Apex.

Durante os Jogos Olímpicos, o Rio recebeu 1,17 milhão de turistas. Desse total, 410 mil vieram do exterior e tiveram gasto médio diário de R$ 424. Os visitantes vindos dos Estados Unidos somaram 17% do total, seguidos dos turistas argentinos (12%) e alemães (7%). A taxa de ocupação na rede hoteleira da cidade atingiu 94% durante o evento. "O Rio a partir dos Jogos é outro Rio, e tenho certeza que será a grande porta de entrada para o Brasil", disse Padilha.

O prefeito Eduardo Paes destacou o legado que os Jogos deixam para o Rio, citando avanços que já estão impactando o dia-a-dia dos cariocas, como o túnel Marcelo Alencar, os novos trens da Supervia, a Transoeste e a Transolímpica com o novo sistema de BRTs para deslocamento da população. "Sempre disse que seriam jogos do legado, da economia de recursos públicos, no custo, no prazo e sem elefante branco. E é isso que entregamos", comemorou o prefeito carioca. O metrô do Rio, que transportou 14 milhões de passageiros durante a Olimpíada, deverá entregar a nova linha 4 - ligando a zona sul à Barra da Tijuca - à população da cidade apenas após os Jogos Paralímpicos.

Ao abordar o destino das instalações olímpicas após a realização da Paralimpíada, o prefeito anunciou que o Rio abrirá mão de uma das piscinas do Parque Aquático para que possa ser destinada a outra capital e potencializar a infraestrutura esportiva do país. Padilha elogiou o conceito de arquitetura nômade adotado para construção das instalações olímpicas no Rio e afirmou que há total viabilidade jurídica para seja feita a transferência de instalações para outras unidades da Federação. "Esse modelo permite não só justificar como também otimizar o investimento. Isso valerá em outros países depois", disse o ministro, mostrando que o Rio 2016 deixa um legado muito grande para as próximas edições do maior evento esportivo do mundo.

Ascom - Ministério do Esporte

Delegação inicia aclimatação para os Jogos Paralímpicos no CT de São Paulo

A delegação que representará o Brasil nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 iniciou, nesta segunda-feira (22.08), a reta final de preparação para a competição. Grande parte da equipe composta por 279 atletas já está em São Paulo para sua aclimatação. Das 22 modalidades do programa paralímpico, 13 estão treinando no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.

Os Jogos Paralímpicos serão disputados entre os dias 7 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro. Cerca de 4.350 atletas de 160 países são esperados para disputar as 528 medalhas em jogo. Os atletas do Brasil começam a viajar para a Cidade Maravilhosa a partir de 31 de agosto – o último grupo chega ao Rio dia 4 de setembro.

Foto: Danilo Borges/MEFoto: Danilo Borges/ME

“Temos de ter o pensamento positivo daqui para frente. Este era um sonho que tínhamos desde quatro anos atrás, no início do ciclo após Londres-2012. Bate uma ansiedade poder estar aqui agora”, disse Vinicius Tranchezzi, goleiro da Seleção Brasileira de futebol de 5, atual tricampeã dos Jogos Paralímpicos.

O objetivo estabelecido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é obter o quinto lugar no quadro geral de medalhas. A meta foi definida em 2009, quando o Rio foi escolhido como sede dos Jogos de 2016. Em Londres 2012, o Brasil ficou com o sétimo lugar, com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze.

“É um prazer enorme estar na Seleção Brasileira neste período pré-Paralimpíada. Ficamos muito felizes que a Seleção masculina conseguiu merecidamente a medalha de ouro na Olimpíada. Vamos trabalhar duro para que a gente também consiga o nosso objetivo”, disse Rodrigo Melo, líbero da equipe masculina de vôlei sentado, atual vice-campeã mundial da modalidade.

A equipe nacional está em grande parte dividida em São Paulo. Treze modalidades se preparam no CT, enquanto halterofilismo (Unifesp), futebol de 7 (CT do São Paulo Futebol Clube, em Cotia), canoagem e remo (Raia Olímpica da USP) usam outras instalações. Quatro esportes estão no Rio de Janeiro: vôlei sentado feminino (Volta Redonda), tiro esportivo (Escola Naval) vela (Clube Charitas) e basquete em cadeira de rodas (ANDEF).

Estrutura
O Centro de Treinamento fica no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga e é um dos pontos principais da Rede Nacional de Treinamento constituída pelo Governo Federal. Construída seguindo parâmetros de acessibilidade, com rampas de acesso e elevadores, a estrutura conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.

A unidade está dividida em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia. O empreendimento recebeu investimento de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões em recursos federais. Do total do aporte do Ministério do Esporte, R$ 167 milhões foram investidos na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
Ascom - Ministério do Esporte

ABCD participa de Congresso de Saúde e Esporte na UERJ no Rio de Janeiro

 
O secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) do Ministério do Esporte e ex-judoca campeão olímpico em Barcelona, Rogério Sampaio, participa nesta quarta-feira (24.08), no Rio de Janeiro, da abertura do 54º Congresso Científico do Hospital Universitário da Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HUPE/UERJ). O evento tem como tema Saúde e Esporte será realizado de 24 a 26 de agosto na sede do hospital, na Vila Isabel. A cerimônia de abertura está marcada para as 10h, no anfiteatro Ney Palmeiro. 
 
 
Para Rogério Sampaio, é importante mostrar a técnicos, professores, médicos, fisioterapeutas e especialistas na área de esporte e saúde, que a ABCD está envolvida não apenas com a política antidopagem, mas com a defesa da ética e a promoção de competições limpas no Brasil. “A luta é mundial”, diz ele, lembrando que a ABCD segue as normas estabelecidas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA-AMA). Ele acredita que a melhor forma de prevenir a dopagem é educando as pessoas, para que saibam das implicações à saúde e das sanções que podem sofrer em função do uso indevido de métodos e substâncias proibidas.
 
As discussões temáticas do congresso iniciam na parte da tarde. Numa das mesas de debates, estará em pauta o doping e a ética. Mediada pelo professor Rodolfo Alkmin, o encontro terá palestra da representante da ABCD, Martha Dallari, além de especialistas como o Dr. Bernardino Santi, que falará sobre o Sistema Mundial Antidopagem; ainda a professora Dr. Paula Paraguassu, abordando os cuidados com suplementação alimentar; e Dr. Bruno Borges da Fonseca para falar de passaporte biológico.
 
A ciência do esporte vem desenvolvendo importantes pesquisas que evidenciam a importância da prática constante de uma atividade física, bem planejada e orientada, na prevenção de doenças e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida. Com a realização dos Jogos Rio 2016, o Brasil construiu importante legado com a criação da ABCD e do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem da UFRJ, considerado o laboratório mais moderno do mundo para a realização de análises e controles dos testes antidopagem. 
 
Cláudia Sanz
Ascom – Ministério do Esporte

Balanço do COB: Brasil fica a três medalhas do Top 10 dos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 chegaram ao fim e a maior delegação brasileira na história da competição se despediu com o recorde de 19 pódios. Foram sete medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze. O Time Brasil alcançou uma inédita 12ª colocação no quadro geral de medalhas. Nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres 2012 e Pequim 2008, o Brasil obteve três ouros. Agora, este número mais do que dobrou, culminando com a brilhante conquista do vôlei masculino, no Maracanãzinho. O maior número de ouros, anteriormente, era de cinco medalhas douradas, em Atenas 2004. No Rio de Janeiro, o Brasil aumentou ainda o número de modalidades no pódio, um dos maiores objetivos do planejamento estratégico do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Atletas de 12 modalidades conquistaram medalhas, enquanto que na edição anterior foram nove e em Pequim 2008, oito. O Time Brasil ficou a apenas três medalhas de atingir a meta de ficar entre os dez primeiros países pelo número total de medalhas no Rio 2016. O décimo colocado pelo total de medalhas foi o Canadá, com 22 medalhas e o 11º ficou com a Coreia, com 21. A Holanda, com 19 medalhas, ficou empatada com o Brasil.



"Temos o dever cumprido. Tivemos um Jogos Olímpicos com características que já estamos sentindo e falando há algum tempo, que é a diversificação de resultados. Países que ganharam medalhas pela primeira vez na história e também os primeiros a participarem de finais. Os Jogos Olímpicos vêm trazendo essa universalidade de uma maneira muito intensa e cada vez mais em benefício da juventude e dos futuros atletas. Os atletas brasileiros foram espetaculares em todos os sentidos e isso vai abrir as portas que sempre desejamos para o futuro do esporte brasileiro, com modalidades que até então não tínhamos popularidades mas tivemos resultados importantes e a torcida presente", afirmou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

Sobre a meta do COB, Nuzman completou: "O objetivo não é meramente numérico, é o todo, abrangendo o que vai ficar de legado. E acho que o reconhecimento feito ao trabalho do Time Brasil, em termos nacionais e internacionais, é altamente favorável. É um contexto de finais e de quartos e quintos lugares, que refletem a qualidade do trabalho que foi feito pelo COB e pelas Confederações Brasileiras Olímpicas", disse.

O Chefe da Missão Brasileira no Rio 2016, Bernard Rajzman, lembrou que a meta era propositadamente ousada. "O COB determinou uma meta difícil e ousada com a intenção de elevar os resultados históricos do Time Brasil em Jogos Olímpicos. A meta tem um foco numérico, mas o planejamento do COB proporcionou a melhor preparação da história. Isso possibilitou a cada atleta condições para que buscassem os melhores resultados de suas carreiras. De uma forma geral a meta aponta o número total de medalhas mas para o COB tem outra abrangência, como número de modalidades medalhistas, participações em finais e semifinais. Nesses quesitos tivemos muito êxito, assim como chegamos bem próximos ao top 10 no quadro geral de medalhas", afirmou Bernard Rajzman, Chefe de Missão do Time Brasil no Rio 2016.

Foto: Danilo Borges/MEFoto: Danilo Borges/ME

Nos Jogos Rio 2016, o Time Brasil conquistou medalhas em 12 modalidades: atletismo, boxe, canoagem velocidade, futebol, ginástica artística, judô, maratonas aquáticas, taekwondo, tiro esportivo, vela, vôlei e vôlei de praia. Canoagem e maratona aquática nunca haviam trazido medalhas para o país. Além disso, foram inúmeros destaques esportivos do Time Brasil no Rio 2016. As três medalhas de Isaquias Queiroz, algo inédito na história olímpica brasileira, o primeiro ouro do boxe e do futebol masculino, a medalha do tiro esportivo depois de quase 100 anos, entre outros.

Outro ponto positivo da campanha brasileira nesta edição olímpica foi o aumento de 49% de participações em finais olímpicas em relação a Londres 2012. Foram 71 finais no Rio de Janeiro e 36 nos Jogos passados. Além disso, o Time Brasil ficou em 4º ou 5º lugares em 24 disputas de 13 modalidades.

O Brasil realizou o melhor trabalho de preparação de uma delegação em Jogos Olímpicos e isso possibilitou o melhor resultado da história do país. Esse trabalho e investimento seguirão repercutindo em resultados no próximo ciclo.

"O aumento expressivo de modalidades medalhistas, número de finais e semifinais no Rio 2016 mostram a evolução do esporte brasileiro, assim como o número de medalhas conquistadas no evento. Na nossa concepção, uma potência olímpica está no Top 10 do quadro geral de medalhas e conquista medalhas em mais de 10 modalidades. Conquistamos medalhas em 12 modalidades e chegamos muito próximo do Top 10. O COB trabalha para que o Brasil seja uma potência olímpica e estamos no caminho certo", afirmou Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do COB.

O COB implementou um Plano Estratégico em 2009, quando o Brasil conquistou o direito de sediar os Jogos Olímpicos. Ainda no ciclo olímpico passado, o COB preparou, com a ajuda das Confederações Brasileiras Olímpicas, um guia para o desenvolvimento sustentável de todas as modalidades olímpicas.

Dentro do planejamento estratégico do COB, um dos pilares da preparação do Time Brasil para os Jogos Rio 2016 foi a preparação técnica, física e mental e a estruturação esportiva das equipes brasileiras, a partir de sete ações básicas: suporte para treinamentos e competições; utilização das Ciências do Esporte; apoio a atletas e aos técnicos brasileiros; disponibilização de serviços médicos e fisioterapêuticos; aquisição de equipamentos esportivos; contratação de técnicos estrangeiros; e monitoramento de resultados internacionais.

A participação de treinadores qualificados no processo de preparação de atletas e equipes é condição fundamental para o sucesso de uma campanha em competições como Campeonatos Mundiais, Jogos Olímpicos e Jogos Pan-americanos. Por essa razão, a valorização dos treinadores, brasileiros ou estrangeiros, foi um dos pilares estratégicos do COB neste ciclo olímpico.

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Durante o ciclo, cerca de 55 técnicos estrangeiros trabalharam com as equipes brasileiras, através de recursos da Lei Agnelo/Piva, e muitos deles foram responsáveis pelos bons resultados brasileiros nos Jogos. O brasileiro Torben Grael (vela), o espanhol Jesús Morlán (canoagem), a japonesa Yuko Fuji (judô), o croata Ratko Rudic (polo aquático) e o técnico de ginástica artística Alexander Alexandrov (Rússia) são contratados diretamente pelo COB e cedidos às Confederações, atuando nas equipes olímpicas do Brasil.

Dos oito atletas participantes do Projeto Vivência Olímpica Londres 2012 que estiveram no Rio 2016, quatro conquistaram medalhas: Thiago Braz, Martine Grael, Felipe Wu e Isaquias Queiroz (3). Os outros quatro (Hugo Calderano, Rebeca Andrade, Bernardo Oliveira e Lais Nunes) tiveram bons desempenhos na competição. A bem-sucedida experiência do Vivência Olímpica de Londres foi repetida no Rio de Janeiro. O COB proporcionou a 20 atletas com potencial de participação nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 para antecipar sua experiência olímpica. A rotina dos atletas incluiu acompanhamento dos treinos e das competições de sua modalidade, visita à Vila Olímpica e ao Espaço Time Brasil, entre outras atividades. Para selecionar os atletas, o COB e as Confederações identificaram jovens com histórico de resultados nas categorias de base, em alguns casos já na categoria adulta, e com potencial de evolução até os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. O projeto foi voltado apenas para atletas de modalidades individuais ou em dupla e que nunca participaram de Jogos Olímpicos.

Em conjunto com as Confederações Brasileiras Olímpicas, o COB definirá a meta para os próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio 2020. Contudo, o COB já tem um plano há dois anos chamado 20/24, coordenado por Sebastian Pereira, gerente de Performance Esportiva, já olhando para Tóquio. "Além desses meninos e meninas que já foram identificados e vivenciaram o clima olímpico, nós iremos observar bem essa geração que irá competir nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018 para que os destaques tenham o suporte necessário para chegar a Tóquio 20", disse Sebastian Pereira. Aqui no Rio 2016 tivemos cerca de 70% de atletas estreantes que serão a base da participação brasileira em Tóquio", completou Sebastian.

A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro deixará uma série de benefícios para o esporte nacional. "O Brasil tem hoje profissionais muito qualificados, em todos os setores do esporte. Treinadores, gestores, cientistas, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, etc. Firmamos o conceito de equipes multidisciplinares, indispensáveis para condução do esporte de alta performance. A movimentação natural, em torno de um ciclo olímpico, desenvolvido dentro do país, deu uma visibilidade inédita às 42 modalidades do programa dos Jogos. Foram sete anos de investimentos, que proporcionaram a construção de centros de treinamento e instalações esportivas espalhadas por todo o país", analisou Jorge Bichara, gerente geral de Performance Esportiva.

O custo aproximado da Missão Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi de R$ 15 milhões. O valor investido pelo COB no esporte de alto rendimento neste ciclo olímpico foi de aproximadamente R$ 700 milhões, oriundos principalmente da Lei Agnelo/Piva (recursos oriundos das Loterias Federais). Para a gerente de Planejamento Esportivo do COB, Adriana Behar, é importante que os investimentos no esporte sejam mantidos. "Finalizados os Jogos, vamos nos reunir com as Confederações, avaliar o resultado do trabalho e a partir daí desenhar o planejamento para Tóquio 2020. Devemos lembrar que entrarão novas cinco novas modalidades no próximo ciclo olímpico, o que exigirá uma nova distribuição de recursos da Lei Agnelo/Piva. De qualquer forma, é importantíssimo que investimentos do Ministério do Esporte como o Bolsa Atleta e o Bolsa Pódio sejam mantidos. Esse apoio trouxe maior tranquilidade para os atletas treinarem, e a expectativa de todos é que sejam mantidos para Tóquio 2020", explicou.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil

Ascom - Ministério do Esporte

Brasil conquista tri no vôlei masculino e coroa líbero Serginho

Todos jogaram por ele e ele por todos, como repetiram os atletas em vários momentos durante a campanha nos Jogos Rio 2016. No último dia de disputas do vôlei masculino, neste domingo (21.08), a seleção brasileira subiu ao topo do pódio olímpico, na quarta final consecutiva e após 12 anos do bicampeonato em Atenas 2004, com um personagem que esteve em todas as decisões desde a edição na Grécia. Aos 40 anos, Serginho foi o mais festejado e era o mais emocionado no Maracanãzinho, após a vitória por 3 sets a 0 contra a Itália, com parciais de 25/22, 28/26 e 26/24, em 1h37 de partida. O bronze ficou com os Estados Unidos que venceram a Rússia por 3 sets a 2.
 
Ponto da consagração e do tricampeonato olímpico. (Foto:Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Ponto da consagração e do tricampeonato olímpico. (Foto:Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
As Olimpíadas em casa também marcaram a despedida do líbero, que quase “morreu” na caminhada rumo ao título, mas foi salvo pelos companheiros. O Brasil chegou à última rodada da fase de classificação precisando de uma vitória contra os franceses para avançar. “Quando a gente teve o jogo contra a França, eu falei para eles: 'Estou me sentindo como se estivesse na UTI.' E eu tinha perguntado para eles se já tinham visto alguém na UTI. Todos disseram que não. Eu disse que já tinha visto. Então falei para eles que nesta Olimpíada eu vou lutar pela minha vida e que eles iriam me tirar desta UTI. E os caras entenderam e fizeram isso. Porque era minha última Olimpíada, última tentativa de ser bicampeão. Eles têm outro ciclo olímpico e eu não vou ter mais essa chance”, recordou.
 
Serginho se tornou o maior medalhista olímpico do Brasil em modalidades coletivas, com os ouros de Atenas 2004 e Rio 2016, além das pratas em Pequim 2008 e Londres 2012. Ele é o décimo terceiro bicampeão brasileiro em Olimpíadas, se juntando aos parceiros de modalidade Maurício Lima e Giovane Gávio, campeões em Barcelona 1992 e Atenas 2004. “Passou um monte de coisas na cabeça, o ace do Marcelo Negrão em 1992 e eu saindo na rua da minha casa gritando, querendo ser ele. Não tinha nem chinelo. Depois em 2001 eu dividi quarto com Maurício e em 2004 ser campeão olímpico com ele e com o Giovane. Chorei, queria ser igual aos caras. Depois mais duas finais com duas pratas e agora conquistar... É ir para casa, tomar Tubaína, comer frango com pirão da minha mãe e bolo de chocolate”, disse o aliviado líbero.
 
Quando o ataque da Itália parou no bloqueio do Brasil, decretando o tricampeonato olímpico do país, Serginho caiu no chão e chorou. Ele foi jogado para cima pelos companheiros e, já no pódio, com os olhos fechados sentia a emoção de estar novamente no topo. “Mais do que um amigo e um irmão, ele é um exemplo, de suma importância para esta geração, não só pela experiência, mas pela alma que ele coloca em cada treino, em cada jogo. Isso agrega, incentiva”, descreveu o levantador Bruninho, que chegou à sua terceira final e ao primeiro ouro.
 
De 12 em 12
 
O vôlei entrou no programa olímpico na edição de Tóquio 1964. Foram vinte anos até a primeira medalha brasileira com a prata em Los Angeles. Geração que abriu caminho para o ouro de Barcelona 1992, com Tande no time. “Simplesmente vai passando de geração em geração e chega neste momento. Uma final olímpica no Brasil, uma equipe que estava quase fora e de repente voltou. Pareceu a campanha das meninas em 2012, que perderam dois jogos também, passaram e ganharam moral. Aqui chegaram na semifinal contra a Rússia e venceram. Na final foi a vitória da superação”, analisou.
 
Emoção no pódio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Emoção no pódio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Presente no Maracanãzinho, o atleta, que hoje é comentarista, esperava o início da partida imaginando como a equipe se preparava para a decisão contra a Itália. “O que eles estão fazendo naquele momento no vestiário? Brincando, conversando, outro mais sério, mais tenso, ao mesmo tempo esta superação”, conta Tande, que ao lado de outros ícones da primeira geração de ouro, como Giovane, Marcelo Negrão e Maurício, abriram portas para novos jogadores depois de vencerem a Holanda na decisão por 3 sets a 0.
 
Foram 12 anos até o ouro seguinte, em Atenas. Ainda estavam na equipe Geovane e Maurício, passando experiência a jovens talentosos como Giba e Dante. Na final, os mesmos adversários desta tarde, a Itália, que perdeu por 3 sets a 1. “Lembrei (de 2004), chorei, me emocionei. As Olimpíadas aqui no Brasil são especiais, vendo a minha modalidade ser campeã, vendo o Serginho largar a seleção. Enfim, um filme que passou na minha cabeça. Fiquei muito feliz por ouvir o Hino Nacional de novo”, revela Giba, que se despediu da seleção após os Jogos de Londres.
 
“Todo mundo perguntou e eu disse: ‘Olha, esse jogo é 3 x 0’. Esse era o resultado que deveríamos ter feito há quatro anos. No terceiro set eu tenho certeza que eles lembraram de Londres, mas jogaram concentrados em busca da vitória, como deveríamos ter feito. Me senti de alma lavada”, comemora Dante.
 
Foram outros 12 anos, com duas pratas consecutivas, para vir outra geração que levou o país ao topo do pódio olímpico. O fio condutor de um ouro a outro foi Serginho, que sente que o tempo passou rápido. “Do nada você acha que o Giba está ao lado e você vai ver não está, está o Lipe. Mas eles tiveram uma grande postura, o Lipe parecia o Giba, o Lucarelli parecia o Dante. O Bruninho, o que ele jogou hoje... O que o Wallace fez nesta Olimpíada... O grupo como um todo. Foi uma vitória de um grupo que merecia, que ganhou tudo e faltava o ouro olímpico”, afirmou o líbero.
 
Nova Geração
 
Somente o líbero Serginho, o levantador Bruninho, o oposto Wallace e o central Lucão tiveram experiência olímpica anterior aos Jogos Rio 2016. Os outros oito jogadores são estreantes. Uma nova geração que chegou para as Olimpíadas sob o trauma da decisão contra a Rússia em 2012. Um dos mais jovens do time, Lucarelli acompanhou pela TV a final de Londres, quando o Brasil levou uma virada inesperada, após dois match points, quando vencia por 2 sets a 0. “Quando a gente fez 2 a 0 e estava no finalzinho do terceiro, eu comecei a pensar um pouco em Londres e pedir para que não acontecesse de novo”.
 
Consagração do líbero Serginho. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Consagração do líbero Serginho. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Mais experiente pela idade, 37 anos, mas também estreante olímpico, o levantador William se emociona com o sonho concretizado. “Olimpíada é sonho de criança. Em 1992 pensava, os caras são campeões, hoje sou eu”, disse. “Talvez a gente não tenha sido uma geração virtuosa como a que passou, show o tempo todo, mas a gente trabalhou duro, no sentido de lutar por um objetivo em comum. Ser vice não é demérito, brasileiro é um pouco mal acostumado em relação a isso. O vôlei ganha faz dez anos e a cobrança é normal, mas tenho orgulho dos vices na Liga Mundial, no Campeonato Mundial. Eu guardo estas medalhas com a maior honra e a de ouro tem um sabor especial. É o fim de um trabalho longo com resultado excepcional”.
 
Um time jovem, que obrigou o técnico Bernardinho, característico por sua maneira enérgica de comandar à beira da quadra, a mudar de postura. “Foi um ciclo difícil, após uma derrota em 2012, da forma como ela veio, sofrida, dura. É uma geração que substitui grandes jogadores. É uma geração que não deveria sofrer mais pressão do que já sofria, da minha parte. Tentei ser um Bernardo diferente para os jogadores”, revelou o treinador que não sabe se continua à frente do cargo que ocupa desde 2001, após dois bronzes na seleção feminina (Atlanta 1996 e Sydney 2000) e que, agora, tem seis medalhas em sequência. No entanto, ele garante que a nova geração manterá o alto nível do Brasil na modalidade. Está provado.
 
CAMPANHA
Primeira fase
Brasil 3 x 1 México
Brasil 3 x 1 Canadá
Brasil 1 x 3 EUA
Brasil 1 x 3 Itália
Brasil 3 x 1 França
Quartas de final
Brasil 3 x 1 Argentina
Semifinal
Brasil 3 x 0 Rússia
Final
Brasil 3 x 0 Itália
 
Gabriel Fialho - Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 

Após melhor desempenho da história, governo garante sequência de investimentos

Com sete medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze, o esporte brasileiro alcançou, no Rio de Janeiro, a sua melhor participação na história dos Jogos Olímpicos. Foram 19 pódios no total e a décima terceira posição no quadro geral. Do total de medalhas conquistadas, 11 foram inéditas, sendo 10 em modalidades individuais.

O país disputou 50 finais no Rio de Janeiro, contra 36 em Londres. E houve avanços significativos em modalidades em que não havia tanta tradição, casos, por exemplo, da canoagem de velocidade, em que o país somou três pódios, todos com a presença de Isaquias Queiroz, um feito inédito e expressivo.

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME

Em outros esportes, mesmo sem pódio, houve resultados históricos, melhores marcas pessoais e recordes nacionais. Entram nessa conta casos como o do levantamento de peso, da esgrima, do atletismo, da canoagem slalom, da marcha atlética e do ciclismo de estrada, para citar apenas alguns. Em todas elas, o Brasil se firmou entre os top 5 ou top 10 da modalidade.

Desde 2009, o Governo Federal investiu cerca de R$ 4 bilhões na consolidação da infraestrutura esportiva, por meio da Rede Nacional de Treinamento, e no apoio específico a atletas. "Agora, neste último dia de competições, podemos dizer que o Brasil teve no Rio seu melhor desempenho numa Olimpíada, que começou pelo número recorde de nossa delegação. Aqui no Rio, foram 465 atletas brasileiros participando dos Jogos, contra 259 em Londres (2012) e 277, em Pequim (2008)", afirmou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, durante entrevista coletiva no Rio Media Center.

De acordo com o ministro, os programas de patrocínio individual de atletas promovidos pelo Governo Federal, como a Bolsa Atleta do ministério do Esporte, estão entre as explicações para os ótimos resultados no Rio. "Dos 465 esportista, 358 (cerca de 77%) recebem Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, com investimento de R$ 18 milhões", disse Picciani.

Ele confirmou a continuidade dos programas para o próximo ciclo olímpico. "Vamos manter a Bolsa Atleta, e vamos buscar mecanismos para que o Bolsa Pódio seja mais eficiente, modalidade a modalidade. É preciso que o esporte seja visto como política pública necessária para o desenvolvimento do país", afirmou.

A Bolsa Pódio é a categoria mais alta do Bolsa Atleta, destinada a esportistas com chances de medalhas em Jogos Olímpicos. Ao todo, são oferecidos seis tipos de bolsas, nas classes Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paralímpico, além da categoria Pódio. "Nós entendemos que o Ministério do Esporte cumpriu sua missão de apoiar o esporte de alto rendimento".

Legado Esportivo Durante a coletiva, Leonardo Picciani também ressaltou que o legado das Olimpíadas não será apenas para o Rio de Janeiro, mas para todo o país. "O legado olímpico não está só no Rio. Há equipamentos esportivos em todas as regiões do Brasil. Conseguimos atrair para a realização dos Jogos Olímpicos cerca de 60% de capital privado. O Velódromo, a Arena Carioca 2 e o Centro Olímpico de Tênis farão parte da Rede Nacional de Treinamento", disse.

A Rede Nacional de Treinamento é uma iniciativa do ministério do Esporte que interliga as diversas instalações esportivas existentes ou em construção de todo o país que visa formar novos talentos e dar condições adequadas de treinamento para atletas equipes olímpicas e paralímpicas.


As obras de infraestrutura e mobilidade urbana realizadas no Rio de Janeiro também foram destacadas por Picciani. De acordo com o ministro, o Boulevard Olímpico, na região do Porto Maravilha, foi eleito pelos torcedores e visitantes como o melhor local turístico da cidade, à frente da praia de Copacabana e do Cristo Redentor. "Isso mostra que tivemos a requalificação da região portuária e da praça Mauá, que era uma área esquecida e degradada da cidade".

"Como carioca, não posso deixar de manifestar o orgulho pela maneira como os moradores do Rio souberam participar dos Jogos e receber os turistas estrangeiros e de todo o Brasil da forma mais amigável possível. Chegamos ao último dia dos Jogos Olímpicos com a certeza de que cumprimos nosso papel", concluiu Leonardo Picciani.
 

João Paulo Machado
Ascom - Ministério do Esporte

Exceto os do futebol, Bolsa Atleta patrocina todos os medalhistas brasileiros

À exceção das do futebol, todas as 17 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio até este sábado (20.8)  foram de patrocinados pelo Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Assim pode-se resumir o sucesso da iniciativa, que teve um balanço apresentado na Casa Brasil, no seminário “O Bolsa Atleta e a Evolução do Esporte Brasileiro”. São mais de R$ 600 milhões em uma década, completada em 2015, permitindo a cerca de 17 mil atletas se dedicarem aos treinamentos em alto nível.
 
Felipe Wu, primeiro medalhista brasileiro nestes Jogos. Foto: Francisco Medeiros/MEFelipe Wu, primeiro medalhista brasileiro nestes Jogos. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
Em 2016, são 6.152 atletas contemplados com investimento de R$ 80 milhões. Nos primeiros 10 anos, o programa concedeu mais de 43 mil bolsas. No encontro, estiveram presentes mais de 40 atletas olímpicos e paralímpicos. Um exemplo do que o incentivo pode significar na carreira foi dado por Felipe Wu, primeiro medalhista brasileiro nos Jogos de 2016, com a prata no tiro esportivo. Ele representou os atletas na cerimônia e explicou que o patrocínio, que recebe há oito anos, permitiu a manutenção dos treinamentos. “Melhorou meu nível pelo simples fato de não depender mais do meu pai. Desde que comecei a receber a bolsa, ajudou bastante no meu desenvolvimento”, contou.
 
O ex-ginasta olímpico Mosiah Rodrigues, coordenador do Bolsa Atleta, afirma que o grande diferencial do programa é que o atleta é o gestor dos recursos. “Cumprimos o papel de apoiar diretamente o atleta, sem passar por confederações ou entidades”, apontou.
 
Ex-atleta olímpico pela natação, Luiz Lima, atual secretário de Esporte de  Alto Rendimento do Ministério do Esporte, foi bolsista e frisou as dificuldades enfrentadas por quem pretende disputar uma Olimpíada. “É sacrificante. É preciso estar no lugar certo, ter clube, técnico, família apoiando, patrocínio. Não tenho dúvida de que o programa é um sucesso e tem um impacto muito bacana na vida dos atletas”, declarou.
 
Atletas do Badminton, Donnians Lucas, de 15 anos, e Ygor Coelho de Oliveira, que disputou os Jogos do Rio aos 19, explicam bem esse impacto. “A questão financeira da família melhora, principalmente para quem não tem estrutura”, diz Donnians. Carioca, Ygor disse que foi graças ao Bolsa Atleta que pôde morar três meses na Dinamarca e treinar hoje em Campinas. “Ajuda na minha alimentação, na estadia. Sem a bolsa, acho que não estaria nas Olimpíadas. Não conseguiria ser um atleta de alto rendimento”, concluiu.
 
Equipe Casa Brasil
 
 
 

Enfim, um dos mais aguardados ouros veio esculpido na química entre torcida e seleção

Demorou mais de seis décadas, cinco jogos, o desenrolar de 120 minutos e dez cobranças de pênaltis, mas enfim o Brasil encontrou os 18 ourives capazes de esculpir a medalha de ouro no futebol masculino. Vários chegaram perto de acertar a medida precisa. Erraram a mão em algum momento e a química não funcionou. Em Los Angeles 1984, Seul 1988 e Londres 2012, a cor saiu no tom prata. Em Atlanta 1996 e Sydney 2000, com a coloração bronze. Desta vez, a bancada era o Maracanã, o amarelo das arquibancadas indicava como a joia deveria ser feita e o placar de 1 x 1 no tempo normal, 0 x 0 na prorrogação e 5 x 4 nas penalidades contra a Alemanha deram o resultado perfeito.
 
Neymar corre para comemorar com os jogadores do banco o gol que definiu o título olímpico.(Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Neymar corre para comemorar com os jogadores do banco o gol que definiu o título olímpico.(Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
 
A medalha vale mais que o peso. A espera, entrega e sofrimento até o grito de “é campeão” neste sábado (20.08), no penúltimo dia dos Jogos Rio 2016, tem gostinho ainda mais especial. O alívio após a cobrança de Neymar, a última da série de cinco para cada time, após o alemão Nils Petersen desperdiçar a penalidade anterior, foi como uma catarse coletiva no Maracanã e pelo país.
 
"Essa é a conquista que almejávamos há muito tempo, um anseio grande, uma responsabilidade que todo time olímpico carrega por ser o desporto número um do pais. Acredito que essa fase passou e no futuro teremos tranquilidade maior para lidar com essa situação. Nosso futebol não está morto, acredito no potencial dos nossos jogadores e que podemos oferecer muito ao futebol mundial", afirmou o técnico da seleção olímpica, Rogério Micale.
 
Antes da disputa de pênaltis, o camisa 10 abrira o placar, em cobrança de falta perfeita, aos 26 minutos do primeiro tempo. O empate da Alemanha veio em tabela pela lateral que achou o camisa 7, Meyer, livre na área para completar para o fundo das redes, aos 13 minutos da segunda etapa. Uma jogada que silenciou o estádio e lembrou o recente pesadelo dos 7 x 1 na Copa de 2014.
 
» Leia também: Boulevard Olímpico ficou lotado para a comemoração histórica
 
"Foi uma marca muito difícil para o nosso futebol. Uma situação que gerou ampla discussão no nosso meio futebolístico. Mas, encaramos o jogo como uma partida de Olimpíadas, para enfrentar um time alemão que hoje tem excelência em fazer futebol. Mas tínhamos o sentimento de ter que dar uma resposta para o nosso povo e para o meio do futebol", afirmou Micale. 
Junto a técnico e time, o público se reergueu, voltou a incentivar, mas o gol não saía. As enfiadas de bola eram feitas, mas os atacantes Gabriel, Gabriel Jesus e Luan não concluíam bem.  Veio a prorrogação, o Brasil se mostrou melhor fisicamente, a Alemanha trocava passes na defesa sob vaias, mas diante da ansiedade da seleção, levou a partida para os pênaltis.
 
Nas duas primeiras batidas dos alemães, Weverton foi na bola e por pouco não defendeu. Um a um os atletas foram convertendo as cobranças, até que Petersen parou no goleiro do Brasil. Estava nos pés do nosso atleta mais talentoso inscrever o nome do país na medalha. Neymar deslocou o goleiro e bateu no alto. Agora, as peças estão no peito de todos os brasileiros.
"A gente tinha muita confiança de que dependia somente de nós. O jogo foi extremamente difícil, mas em nenhum momento a gente perdeu a concentração. Confiamos no propósito que a gente tinha e no trabalho que foi feito. Passamos uma dificuldade muito grande no começo, superamos, chegamos à final e conseguimos fazer um belíssimo jogo, com várias oportunidades, e coroamos com o título nos pênaltis, com uma emoção muito grande", comentou o zagueiro Rodrigo Caio.
 
Choro de Neymar após o pênalti que garantiu a ouro ao Brasil. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Choro de Neymar após o pênalti que garantiu a ouro ao Brasil. (Foto:Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Além disso, o título acaba com o tabu de a seleção nunca ter subido ao lugar mais alto do pódio, mesmo tendo tido grandes craques e equipes olímpicas. "Esse sonho não era só nosso, era de todo brasileiro e vai muito além de ganhar uma medalha", analisou o atacante Luan.
 
A pressão pela conquista inédita voltava à tona de quatro em quatro anos. A seleção mais vitoriosa em Mundiais, era também a única a vencer a Copa sem ter o ouro – considerando a Inglaterra como integrante da Grã-Bretanha. O meio-campista Renato Augusto deu a dimensão pessoal do feito alcançado nesta noite. "Nem no meu melhor sonho, teria sonhado com um momento tão especial".
 
Campanha
 
A seleção brasileira chegou para a disputa da final sem ter levado gol. Após dois empates em 0 x 0, contra África do Sul e Iraque, ambos no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, a equipe goleou a Dinamarca por 4 x 0 na Fonte Nova, em Salvador, pela terceira rodada do Grupo A. O resultado garantiu a classificação na liderança da chave.
 
Nas quartas de final, um duelo contra a Colômbia, que trouxe à tona os recentes embates entre as duas seleções principais na Copa de 2014, com vitória brasileira por 2 x 1, e na Copa América 2015, quando os colombianos venceram por 1 x 0. Nas Olimpíadas, a rivalidade, principalmente com Neymar, ficou clara e a partida teve vários momentos tensos. No fim, melhor para o Brasil, que venceu por 2 x 0.
 
Na semifinal, a seleção teve um reencontro especial com o Maracanã e com grande atuação ofensiva não deu chances à Honduras, goleando por 6 x 0 e garantindo a volta ao estádio três dias depois.  
 
Pódio de ouro brasileiro na única conquista do futebol que o Brasil ainda não tinha. (Foto: Brasil2016.gov.br)Pódio de ouro brasileiro na única conquista do futebol que o Brasil ainda não tinha. (Foto: Brasil2016.gov.br)
 
Rivalidade
 
A rivalidade entre Brasil e Alemanha, ampliada pela goleada na Copa do Mundo de 2014, é tema recorrente nas conversas entres os torcedores. Para uns, o jogo de hoje era uma oportunidade de vingança. Para outros, apenas a conquista do ouro interessava.
 
A armação gigante de seus óculos e a roupa confeccionada com bandeiras do Brasil destacavam da multidão o artista de rua Fábio Costa, o "Fabinho Caxotada". Ele compôs uma música para homenagear a seleção e pensa que a final olímpica foi o cenário perfeito para o Brasil apagar a história recente com os alemães. “Depois dos 7 x 1, o Brasil tem que ganhar hoje e mostrar seu valor. Não esquecemos aquela derrota. Ela mexeu muito com o brasileiro”, declarou, antes da partida.  
 
O alagoano, que mora no Rio de Janeiro há nove anos, ganha a vida com “serviços artísticos” em eventos, o que inclui, como traz seu cartão de visitas, atuações como sanfoneiro, músico de qualquer estilo, DJ, animador e até palhaço. Após executar sua composição e atrair olhares dos torcedores que chegavam ao estádio, Caxotada previu, com precisão: “É a hora da revanche”.
Grande fã de esporte, o analista de sistemas João Gilberto Teixeira trouxe o filho João Pedro, de 10 anos, para ver a tão aguardada disputa da medalha de ouro. Eles viajaram de São José dos Campos-SP especialmente para o Brasil x Alemanha e contavam os minutos para a abertura dos portões do Maracanã. “Final olímpica é uma experiência única, muito emocionante para nós”, analisou.
 
O alemão Rùdi Schuch veio de Frankfurt para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Ele andava pelos arredores do Maracanã chamando a atenção. Com balões presos a um chapéu nas cores da Alemanha, Rùdi a todo instante parava para tirar fotos. A viagem ao Brasil, segundo ele, está sendo maravilhosa. “Falaram de problemas da cidade, mas para mim está tudo ótimo. As pessoas são muito boas e cordiais”, elogiou. 
 
O alemão acredita que a rivalidade entre os países só existe no esporte e brinca com a goleada na Copa. “Primeiramente, desculpe pelos 7 x 1”, provocou. “Na verdade, essa rivalidade existe só dentro de campo e estou sendo muito bem tratado aqui”, afirmou. 
 
 
Gabriel Fialho e Rafael Brais. Colaborou Ana Cláudia Felizola - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 
 

Brasil e Japão discutem acordo de cooperação esportiva entre os países

Com o objetivo de discutir parcerias esportivas e aproveitar a experiência brasileira na organização dos Jogos Rio 2016, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontrou, nesta sexta-feira (19.08), no Museu Cidade Olímpica, ao lado do Estádio Olímpico (Engenhão), no Rio de Janeiro, com o ministro da Educação, Cultura, Ciências, Tecnologia e Esporte do Japão, Hirokazu Matsuno.
 
Ministro Leonardo Picciani recebeu representantes do governo japonês na Nave do Conhecimento, ao lado do Estádio Olímpico. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brMinistro Leonardo Picciani recebeu representantes do governo japonês na Nave do Conhecimento, ao lado do Estádio Olímpico. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
"O Japão tem uma ligação histórica com o Brasil por conta dos milhares de imigrantes nipônicos que ajudaram a construir o nosso país. Vários esportes de origem japonesa também são amados pelos brasileiros como, por exemplo, o judô e o jiu-jítsu. Portanto, o Brasil está sempre disposto a colaborar com o Japão, principalmente no esporte", afirmou Leonardo Picciani.
 
O Japão receberá a próxima edição dos Jogos Olímpicos, em 2020, na capital Tóquio. Por isso, o ministro japonês garantiu que uma cooperação entre os dois países seria importante para a comunidade olímpica. "O Brasil está realizando uma edição excepcional dos Jogos Olímpicos. Queremos aprender com a experiência brasileira". Ainda de acordo com Matsuno, "O Brasil e o Rio de Janeiro souberam utilizar as olimpíadas como plataforma de desenvolvimento social e econômico".
 
Leonardo Picciani destacou para o ministro japonês que, em decorrência da parceria entre governo e iniciativa privada, os Jogos do Rio de Janeiro foram um dos mais baratos da história. "Precisamos ressaltar: os Jogos Rio 2016 foram baratos, sem gastos exagerados. Contamos com um grande apoio da iniciativa privada", contou Picciani.
 
Torcida por Neymar
 
Ao fim da reunião, o ministro Hirokazu Matsuno disse a Picciani que os japoneses estão ansiosos e torcem pela vitória da seleção brasileira diante da Alemanha, na final do torneio olímpico de futebol masculino, marcada para este sábado (20.08), às 17h30
 
Em Tóquio-2020, cinco novos esportes vão fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos: beisebol/softbol, caratê, skateboard, alpinismo e surfe.
 
João Paulo Machado, Brasil2016.gov.br

Prata ao lado de Erlon, Isaquias se torna primeiro brasileiro com três medalhas em apenas uma edição dos Jogos

Isaquias Queiroz já era o maior atleta da história da canoagem de velocidade no Brasil antes mesmo de os Jogos Olímpicos Rio 2016 começarem. O baiano de Ubaitaba foi o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha em um Mundial da modalidade. Na terça (16.08), também se tornou o primeiro brasileiro a subir ao pódio na modalidade em Olimpíadas ao levar a prata na C1 1000m. Mas Isaquias foi além. Conquistou o bronze na C1 200m e outra prata, neste sábado (20.8), desta vez na C2 1000m, ao lado de Erlon Souza. Com isso, se tornou o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição de Jogos Olímpicos.

Isaquias (dir) passou a ser o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas na mesma Olimpíada. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Isaquias (dir) passou a ser o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas na mesma Olimpíada. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)

O feito é tão impressionante que uma campanha nas redes sociais sugeriu mudar o nome da Lagoa Rodrigo de Freitas para Lagoa Isaquias Queiroz. “Fiquei surpreso para caramba, mas fiquei muito feliz. Um atleta que nunca tinha ganhado medalha na Olimpíada e o pessoal ter esse carinho”, festejou Isaquias, que entrou nos Jogos Olímpicos com o objetivo de três medalhas em três provas. “Eu me dediquei para tentar fazer história e a gente conseguiu. É a força de vontade de querer mostrar o trabalho da canoagem do Brasil. As três medalhas não são só minhas. São do Brasil, da canoagem, da Bahia”, disse o atleta de 22 anos, que começou no esporte quando tinha 11, por meio do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Com o resultado expressivo, Isaquias foi anunciado nesta sábado como porta-bandeira da delegação brasileira na Cerimônia de Encerramento dos Jogos, marcada para este domingo, no Maracanã.

A dimensão das conquistas de Isaquias também pode ser medida com uma brincadeira que costuma ser feita com multimedalhistas olímpicos como Bolt e Phelps. Se o canoísta brasileiro fosse um país, em que posição ele estaria no quadro de medalhas dos Jogos Rio 2016? Com duas pratas e um bronze, Isaquias estaria, até a tarde deste sábado, em 61º lugar, à frente de países como Irlanda, México, Noruega, Israel e Portugal.

Carinho da torcida 

Os agradecimentos de Isaquias incluíram, especialmente, seu companheiro na C2 1000m, Erlon Souza, e a torcida brasileira. “Queria ajudar o Erlon a ganhar uma medalha porque ele me ajudou muito durante esses três, quatro anos. Eu acho que ele merecia sair daqui com a medalha. Queria que fosse de ouro, mas acho que a de prata está de bom tamanho”, afirmou o canoísta. “A minha medalha de ouro foi o público, o carinho da torcida. Ver esse público cantar o hino nacional, vir todos os dias aqui. Estou muito feliz e tenho que agradecer muito à torcida brasileira.”

A torcida que lotou as arquibancadas da Lagoa Rodrigo de Freitas no último dia da canoagem velocidade nos Jogos Olímpicos Rio 2016 fez festa para Isaquias e Erlon desde o início das competições até a despedida final dos atletas. “Olelê! Olalá! O Isaquias vem aí e o bicho vai pegar”, cantavam os torcedores antes da dupla entrar na água. Quando a prova começou, às 9h22, aplausos e gritos de incentivo durante os 3 minutos, 44 segundos e 819 centésimos que os brasileiros levaram para cruzar a linha de chegada.

Após cruzar a linha de chegada, Isaquias agradece à torcida, enquanto Erlon não consegue conter as lágrimas. Fotos: Danilo Borges/Brasil2016Após cruzar a linha de chegada, Isaquias agradece à torcida, enquanto Erlon não consegue conter as lágrimas. Fotos: Danilo Borges/Brasil2016

Embora tenham liderado a prova desde o início, Isaquias e Erlon não conseguiram evitar o ouro dos alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey, que com um arranque impressionante nos últimos 150 metros, ultrapassaram os brasileiros e garantiram o primeiro lugar ao terminar a prova com 3min43s912. O bronze foi para os ucranianos Ianchuk e Mishcuk, com 3:45.949.

Para os brasileiros, a prata teve um sabor especial. “A gente sabe o que a gente passou e o que a gente passa no centro de treinamento. Não é fácil carregar uma medalha dessa. Não é fácil dormir e acordar pensando no treino. Então eu acho que é merecida. Não deu para conter as lágrimas no final, porque a gente batalhou muito. Quando você chega no fim e vê que seu trabalho foi concluído, não dá para não se emocionar e agradecer”, disse Erlon.

Depois da prova, os dois canoístas também receberam muito calor dos torcedores. Muitas pessoas fizeram questão de ir até as grades da zona mista para ver os atletas passarem, tentar uma selfie e gritar palavras de carinho. Antes de ir para a entrevista coletiva, Isaquias fez questão de ir para o meio do povo que o esperava, posar para fotos e distribuir sorrisos e acenos. Erlon também foi muito aplaudido.   

Férias merecidas

Também baiano, mas de Ubatã, Erlon Souza foi descoberto no programa Segundo Tempo, assim como seu parceiro de prova. Como só competiu na C2 1000m, o canoísta não escondeu que estava ansioso para entrar na água após ver o amigo Isaquias brilhar. “Desde segunda estou querendo entrar na água, competir. E conforme Isaquias foi competindo e eu vendo que estava dando tudo certo, a ânsia por uma medalha foi crescendo. Graças a Deus a gente conseguiu esse feito histórico. Estamos saindo com sentimento de dever cumprido e agora é férias”, brincou Erlon.

Perguntado quanto tempo de férias vai tirar, o canoísta disse que vai depender do técnico Jesús Morlan. Mas Isaquias avisou que já acertou com o treinador espanhol. “Já combinei férias até janeiro. O treinador falou que se eu conseguisse duas medalhas, teria férias até novembro. Falei então que com três seria até janeiro”, divertiu-se.

Após o merecido descanso, será a hora de recomeçar. A meta é chegar à sonhada medalha de ouro nos próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020. “Com certeza vamos buscar o ouro em Tóquio”, projetou Isaquias. “Aqui não deu, mas acho que em Tóquio esse ouro vem”, completou Erlon.

Investimentos

Em 2010, o Ministério do Esporte celebrou convênio com a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) no valor de R$ 2,1 milhões para estruturação de centros da modalidade no país. Já por meio do Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual do mundo, entre 2012 e 2015 o Ministério investiu R$ 5,4 milhões na concessão de 433 bolsas, nas categorias Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica. Quatro atletas, entre eles Isaquias e Erlon, são patrocinados pela Bolsa Pódio, a mais alta do programa e criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Rio 2016, num aporte de R$ 960 mil.

 

Mateus Baeta - brasil2016.gov.br

Promessa para Vitória: Maicon Siqueira destaca apoio familiar no caminho que o levou à medalha de bronze

Muito mais que um nome marcante, Vitória Andrade foi reconhecida pelo filho Maicon Siqueira como pilar fundamental nas vitórias no taekwondo. A mais importante da carreira veio no sábado (20.08): o bronze que o consagrou como último medalhista olímpico do Parque Olímpico da Barra na Rio 2016.
 
A importância de Vitória para Maicon já estava evidente logo depois que ele derrotou o britânico Mahana Cho na última luta. A medalha saiu quase imediatamente do pescoço dele para o da mãe na arquibancada da Arena Carioca 3.
 
Naquele momento, o abraço premiado representou uma promessa cumprida. Em 2014, Vitória foi hospitalizada com diagnóstico de câncer de mama. Maicon conta que ver a mãe naquele estado, sem os cabelos por conta da quimioterapia, foi um choque, mesmo para quem já estava acostumado a lidar com as dificuldades de trabalhar como ajudante de pedreiro e garçom pra sustentar a família.
 
Apoio da mãe foi fundamental na coquista da medalha de bronze. (Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br)Apoio da mãe foi fundamental na coquista da medalha de bronze. (Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br)
 
Naquele momento, ele pensou em desistir da carreira para cuidar da mãe. Mesmo na cama de hospital, Vitória foi forte para dar apoio ao filho e fazer com que ele insistisse no sonho olímpico. A preocupação era tanta que ela pediu para a irmã de Maicon não avisá-lo sobre a internação.
 
"Lembro que falei com ela que iria desistir, já tinha falado com meu treinador. Ela falou: 'Não desiste por causa da minha doença. Eu vou superar, e se Deus quiser, vou estar nos Jogos Olímpicos com você'. Eu respondi: 'Mãe, vou realizar esse sonho, vou levar a senhora para os Jogos Olímpicos e vou colocar a medalha no seu pescoço'. E foi o que aconteceu", contou Maicon.
 
Dali surgiu o combustível para que o mineiro de Justinópolis (distrito de Ribeirão das Neves) seguisse determinado. A promessa encontrou barreiras até que fosse cumprida. Maicon deixou de disputar torneios importantes no ciclo olímpico, como o Pan-Americano e o Mundial de taekwondo, em função de uma fratura na perna. Ele precisou então de um esforço ainda maior para subir no ranking a ponto de lutar por vaga na seletiva para os Jogos.
 
Antes do torneio em março, Maicon ainda lidou com a possibilidade de enfrentar Anderson Silva, que planejava ir para a Rio-2016 no taekwondo, mas o campeão do UFC desistiu. O principal rival na categoria (+80kg) era Guilherme Felix, a quem ele derrotou na primeira luta. No fim, após vencer André Bilia, ele cumpriu a primeira parte da promessa.
 
Maicon segue a filosofia de que os treinos representam a maior dificuldade, e que a competição deve ser encarada com alegria para que o atleta dê seu melhor. Só que o torneio olímpico mandou mais um obstáculo forte ao sonho do lutador: as quartas-de-final contra Abdoulrazak Issoufou Alfaga, do Níger. Ele precisou de força mental e do apoio da psicóloga para lidar com a derrota que o levou à repescagem.
 
"Muitos não sabem lidar, tem que ter cabeça forte. Eu disse para a Cris (psicóloga) que perdi essa luta mas a guerra não acabou. Mentalizei minha luta, ela me pediu pra manter a frieza e buscar o Maicon que estava com sangue nos olhos. Consegui puxar o Maicon do início da competição. Só consegue fazer isso com muito trabalho, é uma técnica complexa. Além disso, ainda fiquei de olho na luta do britânico que foi meu adversário depois que venci o francês", comentou.
 
A própria luta final quase encerrou o sonho da medalha. Contra o britânico Mahama Cho, o brasileiro travou uma luta tensa, em que marcou o primeiro ponto, mas viu o adversário virar para 3 x 1. Maicon não se intimidou, reverteu a vantagem do rival, fez 4 x 3 e, ao final, chegou ao bronze com uma vitória por 5 x 4.
 
Naquela hora, passou um filme na cabeça de tudo que Maicon fez, as dificuldades e alegrias da carreira. Naturalmente, a promessa em 2014 surgiu à mente depois de cumprida, e na hora da "transmissão" da medalha, ele disse: "Essa é sua, mãe".
"Minha mãe é a base de tudo, é meu pilar. Quando estou em dúvida, ela sempre tem uma resposta. O mínimo que posso fazer por ela é cumprir essa promessa. Não conseguiria nem em três gerações fazer por ela o que ela fez por mim", afirmou Maicon, em coletiva após a vitória.
 
Maicon Siqueira se prepara agora para a sequência da carreira pós-medalha. O plano dele é trabalhar com os técnicos rumo aos Jogos de Tóquio-2020. Até lá, ele tem noção de que se tornou uma referencia no taekwondo.
 
"Consegui alcançar o objetivo. Tivemos referência da Natalia e do Diogo, mas o masculino ainda não tinha medalha olímpica. Sinto, sim, a responsabilidade. Isso motiva todo mundo, a modalidade vai crescer ainda mais com a visibilidade da medalha. Pessoas vão olhar mais pro taekwondo", analisou.
 
Rodrigo Vasconcelos, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Esporte e educação são tema de seminário na Casa Brasil

A Casa Brasil recebeu na tarde do sábado (20.08) o seminário "Esporte Educacional: Programas Estratégicos", realizado pela Secretaria de Esporte, Lazer e Inclusão Social (SNELIS) do Ministério do Esporte. O objetivo foi mostrar a importância do esporte educacional na formação de crianças e jovens, apresentando diversas ações estratégicas.
 
Projeto Segundo Tempo foi destaque em Seminário sobre esporte e educação. (Foto: Rafael Azeredo/Casa Brasil)Projeto Segundo Tempo foi destaque em Seminário sobre esporte e educação. (Foto: Rafael Azeredo/Casa Brasil)
 
O projeto Segundo Tempo, o primeiro divulgado no evento, é um dos maiores programas do gênero em nível mundial e já atendeu, aproximadamente, 4 milhões de crianças e adolescentes. Mais de 29.700 profissionais foram treinados presencialmente. "Através deste projeto, buscamos apresentar a vida para as crianças e jovens através do esporte", disse o doutor em Educação Física, Amauri Bassoli. Na sequência, o coordenador-geral de Avaliação de Convênios do Ministério do Esporte, Célio René, conversou com o público sobre lutas, esportes de combate e defendeu a arte marcial como elemento pedagógico.
 
O professor Ormandino Barcelos, conhecido por ser um dos maiores responsáveis pela identificação de talentos do atletismo entre crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, também palestrou e apresentou seu programa social. Ele afirmou que acredita na capacidade de superação através do esporte e no seu poder de influenciar a vida de jovens e crianças. "Não existe o impossível quando se tem um ideal. Enquanto nos emocionamos com o que fazemos, é possível", disse, entusiasmado, ao falar sobre a influência de seu projeto na vida de crianças e jovens e na formação deles como cidadãos.
 
O comandante da Marinha, José Reis, concordou com o professor Ormandino e ainda complementou que todos estes projetos sociais, que buscam o esporte como um dos alicerces da educação, permitirão que o Brasil ainda se torne uma potência olímpica. José Reis acredita na possibilidade que verdadeiros atletas de alto rendimento sejam identificados muito cedo. "Acredito na transformação do Brasil em um país melhor do que hoje, por meio de um esforço conjunto, de todas as esferas e por meio do esporte", salientou o comandante.
 
O último palestrante da tarde foi Luis Fernando de Paula, que buscou abordar a real importância dos valores psicológicos para os esportistas. O ex-atleta, que também recebeu auxílio de programas sociais no início de sua carreira, diz acreditar muito no que um projeto social faz na vida de um cidadão. "Eu sou prova disso", afirmou, encerrando o evento.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Ministério do Esporte debate sobre o “Esporte Educacional: Programas Estratégicos”

 
O funcionamento de um centro de treinamento para identificação de atletas, o desenvolvimento desses talentos no esporte, conjugado a uma estrutura escolar e psicológica, serão os temas do seminário: “Esporte Educacional: Programas Estratégicos”. O evento é promovido pela Secretaria de Esporte, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), do Ministério do Esporte, que será  realizado neste sábado (20.08), de 14 às 16h, no Armazém 2, da Casa Brasil (RJ).
 
 
Estarão presentes o Secretário Nacional de Educação, Esporte, Lazer e Inclusão Social (Snelis), do Ministério do Esporte, Leandro Cruz e terá como palestrantes o Coordenador Geral de Avaliação de Convênios (ME) , Célio René; do doutor em Educação Física, da Universidade Estadual de Maringá (PR), Amauri Bássoli; e do Professor Ormandinho Rodrigues Barcelos, da Comissão de Desportos da Aeronáutica, idealizador do Núcleo Desportivo de Atletismo para crianças carentes, programa social de incentivo à prática esportiva, apoiado pelo Ministério do Esporte.
 
Programação
 
14h – Abertura do Seminário - Caio Márcio de Barros Filho - Coordenador Geral de Integração de Políticas e Programas do Ministério do Esporte. 
14h05 - Boas Vindas aos participantes - Leandro Cruz Fróes da Silva -  Secretário Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social.
14h15 – Esporte Educacional - Palestrante – Amauri Aparecido Bássoli Oliveira - Professor Doutor da Universidade Estadual de Maringá (PR).
14h35 – Lutas, artes marciais – Esportes de combate - Palestrante – Célio René Trindade Vieira - Coordenador Geral do Departamento de Desenvolvimento e Acompanhamento de Políticas Intersetoriais do Ministério do Esporte
14h55 – A identificação de talentos do atletismo em locais de vulnerabilidade social –       Palestrante – Professor Ormandino Rodrigues Barcelos  
15h10  - O funcionamento de um Centro de Atendimento - Palestrante - Comandante José Reis, do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes CEFAN) - RJ
15h25 – O aspecto psicológico no desenvolvimento de um atleta oriundo de programa social - Palestrante - Luis Fernando de Paula -  professor e técnico do atleta olímpico Paulo Roberto de Paula,   beneficiado pelo Programa Segundo Tempo / Forças no Esporte
 
Serviço: Seminário Esporte Educacional: Programa Estratégico da SNELIS
Data: 20.08 (sábado) 
Horário: 14h às 16h
Local: Casa Brasil – Armazém 02- Praça Mauá, centro, RJ
Informações: Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte - Valéria Barbarotto (11) 973141508
 
 

Aviso de Pauta - Atletas falam sobre o apoio do Programa Bolsa Atleta em suas carreiras

 
Neste sábado (20.08), das 10h às 12h, acontece no Armazém 2, da Casa Brasil, um bate-papo interativo sobre o Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual de atletas do mundo.
 
O  evento terá a participação do Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, do Ministério do Esporte, o ex-atleta e ex-bolsista, e nadador Luiz Lima, prata no Pan de 1995, nos 400m e 1.500m livre;  do coordenador do Programa, o ex-ginasta Mosiah Rodrigues, prata e bronze no Pan de Santo Domingo em 2003, e dos bolsistas e atletas do tiro com arco, Marcelo da Silva Costa Filho e, Ane Marcelle Gomes dos Santos, participante dos Jogos Rio 2016.
 
No encontro serão apresentadas as diretrizes do Programa, e os relatos das experiências dos atletas que recebem o incentivo do Governo Federal. Estarão presentes mais de 40 atletas olímpicos e paralímpicos e de diversas modalidades e categorias do programa.
 
O Bolsa Atleta beneficia aproximadamente 17 mil atletas e paraatletas brasileiros. Nesta edição das Olimpíadas, 77% da delegação, recorde do Brasil na história dos Jogos, contam com o patrocínio do programa. Entre os beneficiados estão os responsáveis pelas duas primeiras medalhas brasileiras: Rafaela Silva, ouro no judô, e Felipe Wu, prata no tiro esportivo.
Com mais de uma década de atuação, o programa concedeu mais de 43 mil bolsas, num investimento superior a R$ 600 milhões. Somente no exercício de 2016, 6.152 atletas estão contemplados, o que representa um investimento de R$ 80 milhões.
 
Serviço: Apresentação do Programa Bolsa Atleta
Data: 20.08 (sábado) 
Horário: 10h às 12h
Local: Casa Brasil – Armazém 02- Praça Mauá, centro, RJ
Mais informações:  Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte 
Valeria Barbarotto – (11) 97314-1508
 
Ascom - MInistério do Esporte
 
 

O final feliz da fábula “O Mamute e o Mágico”: Alison e Bruno são ouro no vôlei de praia

Era uma vez um Mamute e um Mágico. Eles tinham a mesma paixão: o vôlei de praia. Grandão, com 2.03m, o Mamute era o terror dos adversários, um paredão muitas vezes intransponível. O Mágico, por sua vez, baixo para os padrões do esporte (1,85m), aprendeu a defender de forma tão incrível que só a magia poderia explicar. Como atletas, compartilhavam o sonho de ganhar o ouro olímpico. Pouco depois de passar perto disso, em Londres 2012, o Mamute viu no Mágico o parceiro que poderia acompanhá-lo na nova tentativa.

Alison e Bruno emocionados no pódio na Arena de Copacabana. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Alison e Bruno emocionados no pódio na Arena de Copacabana. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)

Já amigos de outras épocas, tendo jogado juntos no início da carreira, os dois foram criando sintonia, fazendo crescer a parceria. Na noite desta quinta (18.08), o Mamute foi ainda mais gigante – no bloqueio e na superação –, e o Mágico usou seus truques como nunca. Eles venceram os italianos Nicolai e Lupo por 2 sets a 0 (21/19 e 21/17) na Arena de Copacabana e se tornaram campeões olímpicos do vôlei de praia nos Jogos Rio 2016. O bronze ficou com os holandeses Brouwer e Meeuwsen.

Passaram-se 12 anos desde a conquista de Ricardo e Emanuel, em Atenas 2004. Mais do que devolver o Brasil ao lugar mais alto do pódio, Alison e Bruno o fizeram diante da torcida brasileira, que resistiu à chuva para testemunhar a história. Copacabana está em festa.

"Quem fez a diferença nesta Olimpíada foi a torcida, mereceu, esteve no nosso lado nos momentos difíceis. Se fizer a retrospectiva dos nossos jogos: vento, chuva, jogos à meia-noite, quatro da tarde, onze da manhã, teve de tudo. Mas um atleta tem que passar por isso para ser campeão, com humildade e acreditando", disse Alison, que também teve que lidar com uma torção no tornozelo no terceiro jogo.

O caminho até a decisão

Nicolai e Lupo perderam dois jogos na primeira fase e tiveram que passar pela repescagem para seguir na competição. Na sequência, venceram os compatriotas Ranghieri e Carambula nas oitavas e derrotaram duas duplas russas até chegarem à decisão. Já os brasileiros sofreram apenas uma derrota, para os austríacos Doppler e Horst, na fase de grupos. No mata-mata, passaram por espanhóis, norte-americanos – com o campeão de Pequim 2008, Phil Dalhausser, em quadra – e holandeses no caminho até a final.  

"Eu batalhei tanto para estar aqui, mas não sabia que ia ser tão difícil. As chaves que a gente pegou, ter os americanos logo nas quartas, o sonho podia ter acabado ali com uma dupla com o  Phil. Então estou exausto. Tive que lidar com tanta ansiedade. Eu não dormi. De ontem para hoje eu acho que dormi umas duas horas só. Todo mundo dizendo 'traz a medalha, é ouro, é ouro', querendo ajudar, mas de certa forma é muita pressão. Você acaba se cobrando mais, não aceitando seus erros. Realmente foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, mas também veio com o melhor gostinho”, revelou Bruno.

Bruno Schmidt salta para defender o ataque dos italianos. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Bruno Schmidt salta para defender o ataque dos italianos. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)

Foram os 15 dias das maiores angústias da minha vida, não só pelo que eu estava sentindo, mas pela importância do evento, pela responsabilidade e por tudo o que o Bruno estava sentindo. Ficou 15 dias sem dormir, ligando para a gente de noite, passando mensagem. Esse menino passou por uma Via Crucis, e o mais importante é que conseguiu se superar dentro de quadra. É a força de um campeão", completou Luiz Felipe Schmidt, pai, responsável por Bruno ter começado no esporte e o maior alicerce do pequeno Mágico. 

"Todo mundo sabe a dificuldade de um jogador do meu porte de permanecer no esporte. Cada dia foi uma luta, e às vezes era uma luta cansativa demais. Eu comentava com meu pai e perguntava: ‘Não estou perdendo tempo? Estou insistindo numa coisa em que não sou bem-vindo?’ Ele nunca me deixou manter esse pensamento, nunca me deixou parar. Eu dedico muito a ele, que sempre acreditou em mim mais do que eu mesmo", afirmou Bruno.

O jogo

Sob chuva, os italianos forçaram o saque, fizeram um início de jogo impecável e abriram 1/5. Os brasileiros pediram tempo e, na volta, Nicolai errou o serviço. Alison e Bruno respiraram. Um ace de Bruno levantou a torcida, que estava tensa, e um ataque italiano para fora fez os anfitriões encostarem (5/6). Alison se agigantou na rede para empatar em 8/8 e Bruno atacou no fundo para deixar os brasileiros na frente. A arena tremeu. Bruno mandou a bola no fundo de quadra para encerrar belo rali e fazer 13/10. Alison pediu mais gritos.

A pressão aumentou para os italianos. O Mamute soltou o braço na diagonal (17/14), mas errou dois ataques logo depois e os europeus empataram (17/17). Jogando em cima de Alison, os italianos fizeram 18/19.  Nicolai não se perdoou ao atacar para fora e dar o set point aos adversários (20/19). Tempo. Na volta, só deu tempo para o Mamute fazer o paredão e encerrar a parcial (21/19).

No segundo set, um ace de Alison fez 3/2 e os italianos decidiram parar o jogo. Foi a deixa para a torcida crescer de novo. Nicolai foi o paredão da vez para empatar em 4/4. A estratégia continuava a ser o jogo em Alison, testando os limites do brasileiro, que viu os italianos abrirem 8/11. Uma pancada do Mamute diminuiu a diferença em 9/11 e, com seus 2,03m, parou Lupo duas vezes no bloqueio para empatar (11/11).

Alison sobe alto para o bloqueio: Mamute foi decisivo na vitória que rendeu o ouro olímpico. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Alison sobe alto para o bloqueio: Mamute foi decisivo na vitória que rendeu o ouro olímpico. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)

O equilíbrio foi a tônica dos pontos seguintes, até que – de novo ele – Alison bloqueou para abrir 16/14. Se os italianos queriam testá-lo, ele respondia com pontos. O Mágico completava o time pegando tudo que passava pelos braços do parceiro. O ouro foi se desenhando. Bruno atacou no fundo e fez 19/15. Os italianos reagiram. Era a hora da calma. A arena virou vaias. Nicolai sacou para fora: match point. Teve rali e teve emoção no último ponto: nem deu para saber direito o que o juiz marcou, mas o braço indicava o ponto para os brasileiros: 21/17. O Mamute e o Mágico conseguiram.

A superação e o auge

Esta foi a segunda Olimpíada de Alison e a estreia já foi com pódio: com Emanuel, conquistou a prata em Londres 2012. A parceria com Bruno teve início no fim de 2013. Alison passou por uma cirurgia no joelho direito no fim de 2014 e ainda teve que encarar uma apendicite em março, mas o processo de recuperação só fortaleceu a dupla. O time fez quatro torneios ruins no retorno, mas não demorou a “embalar” e conquistou o Campeonato Mundial, em julho de 2015, superando a dupla anfitriã na Holanda. Ainda venceram mais quatro etapas do circuito no segundo semestre e foram campeões da temporada. A vitória no World Tour Final, em outubro, coroou o ano de superação e conquistas. O auge viria meses depois, no Rio 2016.

"Você não vem a uma Olimpíada apenas saindo de  casa, você  tem que ter uma história. Em 2014, compramos um terreno. Em 2015, subimos a nossa casa. Em 2016, nós a pintamos. Superamos grandes dificuldades. Parei para operar o joelho, quando ia para a reestreia, tive apendicite. Na volta, foram quatro resultados ruins. Em nenhum momento, um deixou de acreditar no outro. E tudo começou a dar certo. As derrotas ensinam. Batemos recordes, ganhamos seis torneios consecutivos. Nunca deixamos de acreditar e esse é o diferencial do nosso time", afirmou Alison.

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

 
 

Martine Grael e Kahena Kunze brilham com um ouro emocionante na Baía da Guanabara

Juntas, elas compartilham diversos valores: a tradição familiar na vela, a paixão pelo esporte, o empenho para trabalhar duro visando à evolução e, principalmente, a capacidade de levar o  país ao lugar mais alto do pódio. E foi somando todos esses ingredientes que as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze escreveram, nesta quinta-feira (18.08), mais um episódio dourado e histórico para o Brasil.
 
Martine Grael e Kahena Kunze ganharam única medalha da vela no Rio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Martine Grael e Kahena Kunze ganharam única medalha da vela no Rio. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Sob um céu nublado e competindo em condições de vento forte e variante na Baía de Guanabara, a fluminense de Niterói Martine Grael e a paulista Kahena Kunze, ambas de 25 anos, conquistaram uma medalha de ouro inédita para o esporte do país. As duas venceram, de forma emocionante, a final da classe 49er FX – última regata disputada nos Jogos Olímpicos do Brasil – e se tornaram as primeiras campeãs olímpicas da vela brasileira.
 
“Na hora da chegada foi emocionante, nem conseguia nadar, de tanto que o meu coração batia. É indescritível subir e receber essa medalha, com os amigos e familiares gritando por você, os voluntários que fizeram esse evento maravilhoso... Não tem preço. Minha primeira Olimpíada e começar assim? Imagina a segunda!”, vibrou Kahena.
 
Emoção até o fim
 
A sétima medalha de ouro do Brasil na história da vela foi escrita com um roteiro dramático. Muito antes da largada, Martine, Kahena e todos os envolvidos com a modalidade no país já sabiam que a parada seria duríssima. O que ninguém imaginava é que o desfecho seria tão emocionante.
 
Depois de 12 regatas disputadas, quatro países avançaram à Medal Race, como é chamada a prova que define o pódio na vela, em condições de conquistar o ouro no Rio. As espanholas Tamra Echegoyen Dominguez e Berta Betanzos Moro e as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen estavam empatadas com Martine e Kahena na liderança, todas com 46 pontos perdidos. Logo atrás, bem perto  das líderes, vinha a dupla da Nova Zelândia formada por Alex Maloney e Molly Meech, com 47 pontos.
 
Na Medal Race, a pontuação é dobrada. O vencedor perde dois pontos, o segundo colocado perde quatro, e assim por diante. Ao final, o barco que tiver o menor número de pontos perdidos conquista o título.
 
Nesse cenário de quatro barcos tão próximos na briga pelo ouro olímpico no Rio, chegar em primeiro não era o fundamental. Para conquistar o topo do pódio era preciso, apenas, ser mais rápido do que os outros concorrentes.
 
Mas o ouro de Martina e Kahena foi forjado com um triunfo espetacular. As duas, que chegaram a cair para a oitava posição durante a prova, se recuperaram e velejaram por um bom tempo atrás das neozelandesas e das italianas Giulia Conti e Francesca Clapcich.
 
Briga do barco brasileiro com as rivais da Nova Zelândia foi intensa até o final. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Briga do barco brasileiro com as rivais da Nova Zelândia foi intensa até o final. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Ao contornarem a penúltima boia, as italianas ainda estavam à frente e as brasileiras, nesse momento com a prata, passaram pela marca seis segundos atrás do barco da Nova Zelândia. Foi então que, nos instantes finais, Martine e Kahena deram início a uma recuperação que fez as centenas de pessoas que acompanharam a prova na praia prenderem a respiração.
 
As duas ultrapassaram os dois barcos que estavam na ponta, assumiram a liderança e cruzaram a linha de chegada com uma diferença de apenas dois segundos para Alex Maloney e Molly Meech, que levaram a prata. O bronze ficou com as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen.
 
“A gente estava assistindo todas as regatas que tiveram aqui antes e, com algumas informações dos outros dias, a gente viu que estava bem aberto, estava dando os dois lados, o vento estava mais forte, mais fraco... a gente observou bem antes”, contou Martine. “Na quarta perna, a gente montou a boia indo para a esquerda e a galera toda indo para a direta. Foi bom que a dinamarquesa veio com a gente e deu uma segurança, a gente já estava marcando elas, então era uma adversária a menos. No último contravento, a gente foi com tudo para a esquerda, porque a bandeira lá no Forte estava tremulando e a gente viu que ia ser bom”, continuou a velejadora.
 
“Acho que essa foi a nossa chegada mais apertada. Eu só queria que tivesse mais uma medalha para as espanholas”, lamentou Kahena, referindo-se aos dois segundos de diferença para as vice-campeãs e ao esforço que as rivais da Espanha fizeram ao longo de toda a Olimpíada no Rio.
 
“Acho que esse foi o campeonato mais legal da minha vida, não só agora, que a gente ganhou a medalha, mas antes. Hoje (antes da prova) eu vinha já pensando nisso: que tinha sido o campeonato mais legal que eu corri. Nunca foi tão disputado assim entre as primeiras velejadoras”, emendou Martine.
 
Assim que as duas cruzaram a linha de chegada, uma explosão de alegria tomou conta das areias da Praia do Flamengo. O Brasil acabara de ver nascer duas novas heroínas do esporte nacional e a família Grael adicionara mais uma medalha à sua incrível coleção de pódios olímpicos.
 
Antes mesmo de chegar à praia, Martine e Kahena foram parabenizadas na água, por familiares e amigos, que nadaram até as duas para abraçar as campeãs olímpicas. “Só tenho a agradecer todas as pessoas que vieram torcer por nós. Estou muito feliz com a quantidade de amigos, a galera torcendo, parecia o Maracanã, fazendo ola, muito legal”, continuou Martine.
 
Festa na água, com a torcida e no pódio: festival de emoção para Martine e Kahena no Rio. (Fotos: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)Festa na água, com a torcida e no pódio: festival de emoção para Martine e Kahena no Rio. (Fotos: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
 
Vela no sangue  
 
Não é exagero afirmar que tanto Martine quanto Kahena têm a vela no DNA. O pai e o tio da primeira dispensam apresentações. Torben Grael é dono de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze) e é um dos 12 bicampeões olímpicos do Brasil. O tio de Martine é Lars Grael, que tem outras duas medalhas de bronze nos Jogos. Para completar, o pai de Kahena, Cláudio Kunze, foi campeão mundial da classe Pinguim em 1973.
 
Em terra, Torben Grael e a mãe de Martine, Andrea Grael, acompanharam o sucesso da filha vivendo fortíssimas emoções. Apesar das cinco medalhas do marido, essa foi a primeira vez que Andrea assistiu de tão perto alguém da família conquistar uma medalha nos Jogos, já que não acompanhou Torben em nenhuma ocasião durante as Olimpíadas que o marido disputou.
 
Para ela, o sucesso da família tem algumas explicações. “Não é segredo. Isso aí é treinamento para caramba. É muita ralação. É óbvio que é muito legal a gente ter isso na família, mas acima de tudo temos o gosto por velejar. O que vem da família mesmo é que todo mundo lá tem sangue de água salgada”, afirmou Andrea, que foi quem levou Martine para velejar pela primeira vez na Baía de Guanabara, quando a hoje campeã olímpica tinha apenas 4 anos.
 
“Eu estava muito nervosa, acordei várias vezes ao longo da noite. Eu pensava que elas seriam medalhistas, mas o ouro é o ouro. Hoje cedo, elas estavam muito tranquilas. Eu abracei as duas e senti que ia dar certo. Eu disse: ‘Façam o que vocês sabem de melhor, que é velejar. E curtam a velejada’. Foi o que elas fizeram”, contou Audrey, mãe de Kahena.
 
Feliz da vida com o sucesso de Martine e Kahena, Torben era só sorriso na praia enquanto aguardava o momento de vê-las repetir algo que ele mesmo experimentou duas vezes: subir ao lugar mais alto do pódio para receber um ouro olímpico.
“São agora oito medalhas na família. É mais do que alguns países”, observou o bicampeão, que revelou que os três times medalhistas na 49er FX treinaram juntos antes do Rio 2016. “Eu acho que isso nos orgulha muito. A gente vem de um clubezinho pequeno em Niterói, o Rio Yacht Club, e justamente na classe delas as três medalhistas estavam treinando juntas, baseadas no clube. Estavam as neozelandesas, as dinamarquesas e elas. Então acho que isso foi decisivo”, opinou.
 
Por último, Torben reconheceu que ficar na praia vendo a filha disputando uma final olímpica é bem mais complicado do que estar no barco defendendo o Brasil. “É muito mais difícil estar aqui do que estar lá disputando. Não tinha como ser mais difícil e emocionante. Ainda bem que acabou com final feliz”, disse.
 
Ao final de tudo, com o objetivo maior alcançado, Martine fez questão de agradecer a parceira que, desde 2012, quando a dupla foi montada, a acompanhou no sonho de um ouro olímpico. “Muita amizade, muita compreensão entre nós. A gente teve uma mudança muito grande no nosso relacionamento. Teve uma ‘profissionalização’. Além de amigas do peito, a gente passou a ser parceiras também. Foi uma parceria muito bonita. Eu não poderia ter tido esse resultado e passado esses quatro anos com mais ninguém. Ela foi ótima”, encerrou a campeã.
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
 
 

Após erros no início da prova, Isaquias Queiroz acelera e fica com o bronze no C1 200m

Definir Isaquias Queiroz com a palavra persistência chega até a ser clichê. Conhecido tanto pelos títulos quanto pela infância difícil, o baiano já sofreu queimaduras, foi sequestrado e perdeu um rim antes de se aventurar com a canoa mundo afora. Debaixo do forte sol desta quinta-feira (18.08), na Lagoa Rodrigo de Freitas, o atleta teve de insistir mais uma vez. Na curta prova do C1 200m, o brasileiro cometeu falhas logo no início e, mesmo acelerando na reta final, achou que o pódio tinha escapado. Justo para ele, que chegou ao Rio com a árdua missão de conquistar medalhas em três categorias. Bravo, Isaquias deu um soco na água. O resultado demorava. Só então ele viu seu nome no telão, em terceiro lugar, e enfim comemorou o bronze.
 
Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brFoto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
 “Saí até bem, sem perder muito tempo, mas acabei dando remadas em falso logo depois. O barco patinou muito e eu vi os caras colocarem meio barco para a frente. Se eu não tivesse errado muito ali, acho que poderia ganhar a medalha de ouro”, acredita. “Quando eu cheguei, joguei o barco e fiquei sem saber, pensando que tinha perdido a medalha. Fiquei com raiva. Quando saiu, fiquei feliz porque uma medalha de bronze é muito importante no currículo do atleta”, destaca Isaquias. Com o tempo de 39s628, o brasileiro foi superado apenas por Iurii Cheban (39s279), da Ucrânia, e Valentin Demyanenko (39s493), do Azerbaijão.
 
A prata no C1 1.000m conquistada na última terça-feira (16) e o bronze de hoje, as únicas duas medalhas da história do Brasil na canoagem, colocaram Isaquias no posto de quinto atleta do país a subir duas vezes no pódio de uma única edição dos Jogos Olímpicos. Foi assim com Guilherme Paraense (ouro e bronze) e Afrânio da Costa (prata e bronze) no tiro esportivo, ainda na Antuérpia, em 1920, e com os nadadores Gustavo Borges (prata e bronze), em Atlanta 1996, e Cesar Cielo (ouro e bronze), em Pequim 2008.
 
É nessa lista que passa a figurar o nome do baiano de Ubaitaba. Ele, no entanto, quer ainda mais. “É uma satisfação muito grande entrar nesse rol dos melhores atletas do Brasil em Jogos Olímpicos. Estar ao lado de caras como o Cesar Cielo me deixa muito feliz, mas espero fazer mais ainda e chegar aonde nenhum brasileiro chegou, que é conquistar três medalhas em uma só edição”, avisa.
 
Nesta sexta-feira (19.09), Isaquias compete ao lado de Erlon Silva nas eliminatórias do C2 1.000m. Carimbando a vaga para a final, a dupla volta à Lagoa Rodrigo de Freitas no sábado (20), em busca de um novo pódio. “A confiança está muito alta, a gente treinou muito. O C2 está ‘mandando muito’ lá em Lagoa Santa, então a gente sabe da possibilidade de medalha”, analisa o atleta, avisando que o tempo de folga ainda terá que esperar.
 
Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brFoto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
 “Hoje à tarde eu vou treinar, quem disse que eu vou descansar? Como seria bom já ir para a Bahia descansar! Já fiz o meu trabalho, ganhei as minhas medalhas e agora quero ir para cima para o meu amigo Erlon também fazer história com o nome deles nos Jogos Olímpicos e ganhar a medalha de ouro, que é a que a gente merece”, ressalta.
 
Força das arquibancadas
 
Ao sair da água e da cerimônia de premiação, Isaquias praticamente não conseguia parar para conceder entrevistas. A todo momento era chamado para fotos com o público e para ouvir que “a próxima será de ouro”. Segundo o atleta, a quantidade de pessoas presentes hoje no Estádio da Lagoa surpreendeu.
 
“É a primeira vez que vejo tanto público. Acho que nem em Mundial na Hungria e na Alemanha estava assim. Hoje o estádio estava lotado, então eu tinha que dar o meu máximo para fazer o Brasil ficar feliz”, comenta o atleta que, apesar de não ter no C1 200m sua principal prova, já foi campeão mundial júnior, em 2011, campeão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, e bronze no Mundial do ano passado nessa distância.
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
 

Ágatha e Bárbara ficam com a prata no vôlei de praia

Quando ainda comemoravam a vitória quase perfeita contra Kerri Walsh e April Ross, Ágatha e Bárbara sabiam que era preciso conter a euforia, baixar a adrenalina e concentrar, porque a final seria menos de 24h depois. Para encerrar a campanha nos Jogos Olímpicos Rio 2016, havia ainda mais um desafio: as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst, líderes do ranking na temporada. Diferentemente da noite anterior, na madrugada desta quarta-feira (17.08), quem impôs o jogo foram as europeias. Kira foi um monstro no bloqueio, Laura mais uma vez defendeu muito bem, ambas sacaram e atacaram muito bem. As brasileiras, atuais campeãs mundiais, erraram muito, não conseguiram repetir a atuação inesquecível contra as norte-americanas e viram a medalha de ouro escorrer pelos dedos. Com o resultado de 2 sets a 0 (21/18 e 21/14), as alemãs se sagraram as rainhas de Copacabana.
 
Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brFoto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
Pouco antes, o Brasil também perdeu outra partida. As americanas Kerri Walsh e April Ross viraram a partida contra Larissa e Talita e venceram por 2 sets a 1 para faturarem o bronze.
 
Poderia se dizer que o vento – que apareceu com mais força nesta noite – soprou contra as anfitriãs, mas apenas como analogia. No vôlei de praia, a cada sete pontos, as jogadoras trocam de lado, e o desafio também muda de mãos. As alemãs aproveitaram bem o elemento extra e abriram caminho para a primeira medalha - e de ouro - de uma dupla europeia feminina no vôlei de praia em Jogos Olímpicos.
 
"Ainda parece irreal. No pódio, percebemos por que estávamos trabalhando tanto nos últimos anos, chegamos ao topo. Foi para o nosso time, para a Alemanha, tudo isso veio à nossa cabeça. Melhoramos jogo a jogo, definitivamente merecemos ganhar, sacamos melhor e usamos o vento a nosso favor", disse Laura.
 
Não foi o final que as brasileiras mais queriam. Muito menos o que desejavam os torcedores que encheram a arena ou que acompanhavam pela TV. Terão que esperar quatro anos para mais uma tentativa de repetir a cena de 20 anos atrás, quando Jacqueline e Sandra subiam ao degrau mais alto do pódio. Mas a prata foi muito comemorada por Ágatha e Bárbara. Muito aplaudidas no pódio, elas se emocionaram.
 
"Foi mágico. Essa prata tem um gostinho muito especial pra gente. Foi nossa primeira vez em Jogos Olímpicos, nossa expectativa estava muito positiva, pelo trabalho que a gente vinha fazendo, pela entrega. Neste jogo, elas jogaram melhor, mereceram, aproveitaram melhor as oportunidades. Mas essa prata é especial, por isso eu chorei tanto ali, a gente colocou para fora toda a pressão, a adrenalina, todo o trabalho que a gente fez. A sensação de gratidão é muito grande", contou Bárbara.
 
No primeiro set, dois ataques de Bárbara e um bloqueio de Ágatha abriram 3/1. O vento foi ficando mais intenso, trazendo um elemento desafiador para a decisão, e Laura fez um ace para passar à frente no placar: 6/7. No tempo técnico, as alemãs lideravam a parcial (10/11). Laura terminou um rali atacando na diagonal e fez 13/15. Paredão de Kira aumentou a vantagem. Laura atacou na paralela e dificultou a vida das brasileiras no set (14/18). Um toque na rede das alemãs deu mais esperança de segurar a parcial (16/18). Kira atacou para chegar ao set point em 17/20. As vaias vieram com força para as alemãs. As brasileiras salvaram uma bola, mas Laura fechou em 18/21.
 
"Temos uma equipe muito forte por trás que nos manteve confiantes, mesmo jogando contra toda essa torcida. Foi difícil. Sabemos que seria alto, com foi na semifinal. Mas focamos em nós mesmas do início até o fim", explicou Laura.
 
As alemãs abriram 6/1 no segundo set e deixaram a situação mais complicada para as anfitriãs. Ágatha diminuiu a diferença em 4/7, mas o vento ajudou a levar o saque de Bárbara para fora. Kira, brilhando no bloqueio, chegou a 4/9.
 
As brasileiras tentavam se animar em quadra: quando Bárbara atacou para 6/11, abraçaram-se fortemente. Em belo ataque na diagonal, a canhota fez 9/14. Laura salvou uma bola impressionante, mas o rali terminou melhor para as brasileiras: 12/15.
 
As alemãs continuavam eficientes no ataque e, para completar, Laura fez um ace (13/18). A medalha de ouro foi ficando mais longe paras as brasileiras. Kira fechou a rede e ganhou o match point. Era preciso salvar a bola sete vezes, mas o Brasil só conseguiu uma. Com saque para fora de Bárbara, as alemãs comemoraram: 14/21 e 2 sets a 0 no placar.
 
"A gente não conseguiu colocar em prática o que imaginávamos. Perdemos na bola mesmo. Estávamos aquecendo e não havia vento nenhum. Quando entramos em quadra, veio aquele vento. A gente tinha uma estratégia e ficou na dúvida. Vamos manter a estratégia ou vamos usar o vento? Elas conseguiram manter a virada delas, enquanto a gente não conseguiu manter a virada com o vento. Elas mereceram e estou super feliz por ter conquistado a prata", afirmou Ágatha.
 
"Eu estava presente quando o Julius (Brink) e o Jonas (Reckermann) ganharam o ouro em Londres 2012. Eu fiquei sem palavras e pensei: se eles podem fazer isso, eu também posso. De lá pra cá, lutamos por quatro anos. A conquista é muito grande... estou esquecendo as palavras. Estou cansada. Acho que preciso de champagne!", disse Laura, já com o ouro no peito.
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
 

Pesquisa mostra que 46% da população é sedentária

Uma pesquisa do Ministério do Esporte apresentada nesta quarta-feira na Casa Brasil apontou que 45,9% dos brasileiros são sedentários. O dado é o último levantado pelo Diagnóstico Nacional do Esporte, que tem o objetivo de ampliar e detalhar as informações sobre a cultura esportiva no país e de incluir o esporte no cotidiano dos brasileiros.
 
 
Entre os praticantes de esporte (54,1%), as mulheres têm leve vantagem: 50,4%. Foram considerados sedentários os entrevistados que declaram não ter feito nenhuma atividade física em 2013, no universo de 8.902 entrevistas domiciliares. Além do perfil dos praticantes de esportes, o diagnóstico investigou mais três grandes variáveis: a infraestrutura, o financiamento e a legislação.
 
"O Brasil estava desprovido de dados. Os países europeus fazem um trabalho há mais de 20 anos para saber exatamente qual é o perfil de praticantes e sedentários. Fizemos uma rede de seis universidades federais. O ponto de partida foi entender o grau de desenvolvimento do esporte no Brasil", explicou Cássia Damiani, à época diretora do Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério do Esporte. A parceria foi realizada com as universidades federais do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Goiás, do Amazonas, de Sergipe e da Bahia. A pesquisa foi coordenada pelo professor Ailton de Oliveira, da Universidade Federal de Sergipe.
 
"Nós detectamos que quanto menor a escolaridade, menor é a prática esportiva. Apresentamos também a questão do abandono. A entrada no mercado de trabalho ou na universidade está levando o jovem a abandonar a prática esportiva. Precisamos repensar também a política de trabalho. São informações que precisam ser debatidas", disse o pesquisador.
A estudante Ana Carolina Costa não pratica qualquer atividade física e aponta a falta de tempo como o principal obstáculo para deixar o sedentarismo: "Já tentei fazer Muai Thai, mas era mais por estética. O horário não bate. Tenho vontade de voltar, mas acho que 24 horas é pouco para um dia", contou.
 
Já o contador Rafael Simão, que joga futebol e faz musculação, listou benefícios da prática esportiva: "Além da saúde, sinto a disposição, a tranquilidade. Sem praticar me sinto cansado. Recomendo e vou continuar praticando", garantiu.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Ministros do Brasil e da França preparam acordo de cooperação entre os dois países

Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontra com Ministro do Esporte da França, Thierry Braillard. Foto: Ivo Lima/MEMinistro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontra com Ministro do Esporte da França, Thierry Braillard. Foto: Ivo Lima/ME
Os ministros do Esporte do Brasil, Leonardo Picciani, e da França, Thierry Braillard, se encontraram nesta terça-feira (16.8) na Casa da França para preparar um acordo de cooperação esportiva entre os dois países.
 
O acordo de parceria e intercâmbio para atletas franceses e brasileiros deve ser discutido em um próximo encontro. Braillard e Picciani programaram nova reunião durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, com início em 7 de setembro.
 
Admirador da cultura francesa, Leonardo Picciani destacou que os dois países já mantém diversos acordos em outras áreas, de modo que uma parceria esportiva fortaleceria ainda mais o relacionamento França-Brasil.
 
"França e Brasil têm um largo histórico de interação em diversos setores: na economia, na área de ciência e tecnologia e no esporte. A França é um dos grandes atores esportivos dos Jogos Olímpicos, prestigiou a Rio 2016 fazendo um grande espaço que tem sido um sucesso entre os cariocas. Muito importante essa interação e o legado cultural", analisou o ministro brasileiro.
 
Os Jogos Olímpicos representaram outro tópico do encontro, já que Paris é candidata para  sediar as Olimpíadas de 2024. Thierry Braillard elogiou a organização que o Brasil fez para a Rio 2016. Na avaliação dele, num patamar acima da Eurocopa de futebol, realizada este ano na França. Braillard elogiou ainda a evolução esportiva brasileira, algo que reforça a ideia de firmar parceria entre os dois países.
 
Leonardo Picciani lembrou que desde a vitória do Rio de Janeiro, em 2009, o Brasil viveu situações econômicas e políticas distintas, mas salientou que o país virou essa página e o compromisso de entregar os jogos foi cumprido.
 
"O ministro francês teve a oportunidade de conhecer um pouco da experiência do Brasil na organização dos Jogos Olímpicos e pude passar a ele alguns dados. Por exemplo, que 60% do valor investido na realização da Rio 2016 veio da iniciativa privada e que conseguimos fazer os jogos mais baratos dos últimos tempos", enfatizou Picciani.
 
No encontro, ainda sobre os Jogos, o ministro Picciani apresentou informações sobre o legado do Rio 2016 para o Brasil. Ele reforçou que as arenas olímpicas formarão o topo da pirâmide da Rede Nacional de Treinamento, no intuito de oferecer lazer e inclusão social, além de reforçar o esporte de alto rendimento.
 
Por sua vez, Braillard levou Picciani para conhecer os projetos da candidatura de Paris à cidade-sede de 2024 em uma apresentação em realidade virtual, uma das atrações da Casa França. No local, o ministro brasileiro conheceu e parabenizou o judoca francês Teddy Riner pelo bicampeonato olímpico na categoria dos pesos pesados.
 
Holanda
 
Logo em seguida, na Arena de Vôlei de Praia, em Copacabana, Leonardo Picciani se encontrou com a ministra do Esporte da Holanda, Edith Schippers, durante a semifinal vencida pelos brasileiros Alison e Bruno, por dois sets a um, contra os holandeses Brouwer e Meeuwsen.
 
Schippers também elogiou a organização dos Jogos Olímpicos e disse que "é um alívio pra um ministro do Esporte quando uma Olimpíada em casa dá certo". Ela destacou ainda projetos sociais-esportivos que visitou em comunidades do Rio de Janeiro.
 
Picciani aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância dos Jogos Paralímpicos como instrumento de inclusão e no sentido dos resultados dos atletas de alto rendimento. Ele consultou Edith Schippers ainda sobre o legado de grandes eventos, a preparação de atletas na Holanda e recebeu os parabéns pela vitória do Brasil no jogo de Vôlei de praia e a tão sonhada vaga na final olímpica.
 
Rodrigo Vasconcelos – brasil2016.gov.br

Contendo o choro para curtir um momento histórico, Thiago Braz recebe a medalha de ouro no Engenhão

Entre suas memórias mais especiais haverá sempre lugar na mente do paulista Thiago Braz para duas datas inesquecíveis e um lugar que o tempo não será capaz de apagar. A primeira é 15 de agosto de 2016, o dia em que, surpreendendo todos os prognósticos, Thiago se tornou, aos 22 anos, no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro (Engenhão), um campeão e recordista olímpico do salto com vara. A segunda data é a terça-feira, 16 de agosto, o dia em que ele voltou ao lugar que o consagrou para ser premiado com a medalha de ouro.
 
O campeão olímpico em dois momentos de descontração após a premiação.(Fotos: Getty Images)O campeão olímpico em dois momentos de descontração após a premiação.(Fotos: Getty Images)
 
Exatamente às 21h, os microfones do Engenhão anunciaram que teria início a cerimônia de premiação da prova do salto com vara masculina. Thiago e os outros dois medalhistas, o francês Renaud Lavillenie, dono de prata, e o norte-americano Sam Kendrics, bronze, saíram do túnel para ocupar seus lugares no pódio.
 
Vestido com o uniforme da delegação nacional, Thiago entrou sob aplausos. Kendrics foi chamado, ocupou seu lugar e foi premiado. Na vez de Lavillenie, uma vaia tomou conta do estádio. Imediatamente Thiago fez um gesto para que as vaias cessassem. E então, sob aplausos e gritos de apoio, ele ouviu seu nome ser anunciado. O paulista subiu ao pódio reverenciado. A medalha dourada lhe foi entregue e pouco depois o Hino Nacional encheu o Engenhão de emoção enquanto a bandeira do Brasil era hasteada no lugar mais alto.
 
Prestando continência, Thiago acompanhou tudo com serenidade impressionante. Ao seu lado, o francês estava aos prantos. “Tive um pouquinho de frio na barriga”, admitiu o paulista após a premiação. “Primeiro que eu já estava imaginando segurar a medalha, porque quando vi a imagem de como ela foi criada, até pensei: ‘Eu quero essa medalha’. Eu estava muito ansioso e estou feliz agora, mais calmo depois que a segurei. Poder participar com o público brasileiro e apreciar esse momento especial foi incrível”, declarou o campeão olímpico.
 
Sobre a medalha em si, ele fez o seguinte comentário: “É pesadinha. Eu achei que seria mais leve, mas não. E isso é legal também. O design... É tudo ótimo. Essa é a medalha perfeita. Não tem outra melhor”.
 
Thiago também falou sobre o pedido que fez para que o público encerrasse as vaias e revelou que, após a premiação, conversou com o lendário russo Sergey Bubka, medalha de ouro nas Olimpíadas de Seul 1988 no salto com vara, 11 vezes campeão mundial e até hoje dono das 13 melhores marcas da história na prova em competições abertas (outdoor), como os Jogos Olímpicos.
 
“Não queria que tivesse uma vaia. Eu estava conversando com o Sergey Bubka agora e falando da prova, de como foi. Ele comentou comigo: ‘Cara, se não fosse o Lavillenie, você não teria jamais saltado 6,03m naquele dia, porque na realidade vocês vinham numa guerra. Ele passava, você passava. Ou seja: um estava empurrando o outro”, revelou Thiago. “Então aquele gesto foi para ter respeito com ele. Ele é um ótimo saltador”, continuou. Por meio da conta no Twitter do Comitê Olímpico Internacional (COI), o presidente da entidade, Thomas Bach, criticou as vaias do público ao francês na cerimônia de premiação: “Foi uma atitude chocante da torcida vaiar Renaud Lavillenie na cerimônia de pódio. É algo inaceitável nos Jogos Olímpicos”, afirmou Bach.
 
Thiago, o francês Renaud Lavillenie e o norte-americano Sam Kendrics. (Fotos: Getty Images)Thiago, o francês Renaud Lavillenie e o norte-americano Sam Kendrics. (Fotos: Getty Images)
 
Thiago revelou também que, após a premiação, se encontrou com o francês e eles conversaram um pouco. O encontro terminou com um abraço. “Conversamos agora, eu, ele e o Sergey. Fazia quase um ano e meio que a gente não estava se falando, mas é que a gente também não estava pegando competições juntos e as competições sempre estavam ficando bem fortes e ele estava concentrado e eu também. Depois, ali, a gente deu um abraço um no outro e ficou tudo em paz”, assegurou.
 
Desde ontem, quando venceu a final olímpica, Thiago tem se mantido forte, no controle das emoções. Nesta noite, na premiação, as lágrimas mais uma vez não vieram. Não que ele não estivesse sendo atravessado por sentimentos fortíssimos. O motivo para conter o choro foi outro.
 
“Eu quis chorar”, admitiu. “Mas na realidade eu estava tão feliz que pensei assim: ‘Cara, se eu começar a chorar aqui vou perder o momento. Então eu queria observar o pessoal, ver tudo o que estava acontecendo e não prestar atenção no meu choro. Na realidade eu estava muito feliz”, encerrou o saltador, que disse também que ainda não se encontrou com a saltadora Fabiana Murer, que não teve a mesma sorte que ele e foi eliminada das Olimpíadas ainda na fase de classificação. “Eu na realidade não a vi. Não vi a prova e então não tenho nem como comentar”, finalizou.
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
 
Ascom Ministério do Esporte
 

Sinônimo de persistência, Robson Conceição se torna o primeiro campeão olímpico do boxe brasileiro

“Nunca desistir. O caminho é longo, mas a vitória é certa”. A frase que inspira Robson Conceição resume a extensa trilha que o baiano de 27 anos percorreu até a consagração nesta terça-feira (16.08). Foram três ciclos olímpicos, contando Pequim e Londres, para ele, enfim, se tornar um medalhista olímpico. O sonho se concretizou no Pavilhão 6 do Riocentro, quando o árbitro levantou o braço do brasileiro e decretou a vitória contra o francês Sofiane Oumiha por decisão unânime na final do peso-leve (até 60kg). 
 
Pódio da categoria até 60kg. O ouro inédito e histórico para o Brasil. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brPódio da categoria até 60kg. O ouro inédito e histórico para o Brasil. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
Assim, o menino que chegou a vender picolé na praia e que continua com voz serena, tranquila e sotaque carregado de baianidade, ser o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro no boxe. O pódio inédito consolida a força da terra dos melhores pugilistas do país, conhecida como “Cuba brasileira”. 
 
“Hoje fiz história, mas é só um reflexo de anos de dedicação e luta. Estou muito feliz. Ainda estou sonhando e não quero acordar nunca”, afirma o campeão, morador agora ilustre do bairro de Boa Vista de São Caetano, em Salvador. O pódio de hoje é o quinto do Brasil na história do boxe olímpico. “Olhando para a minha infância humilde, chegar aqui é tudo. Ter a torcida cantando ‘é campeão’ e me empurrando para a vitória foi uma experiência incrível”, diz o pugilista.
 
A vitória de Robson por decisão unânime. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brA vitória de Robson por decisão unânime. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
Ansiedade
 
A persistência é uma de suas características marcantes. Robson subiu ao ringue em Pequim, em 2008, e em Londres, em 2012. Em ambas, perdeu na luta de estreia. “Eu falo para os outros atletas nunca desistirem. Se fosse pela derrota, eu não estaria aqui. Quando comecei no boxe, fiz dez lutas e perdi todas. Pense no quanto apanhei. Mas, se tivesse desistido, hoje não seria campeão olímpico”, frisa. 
 
Desde quando venceu o seu grande adversário, o cubano Lazaro Alvarez, na semifinal dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Robson Conceição esperava ansiosamente pela final. Manteve os pés no chão e mostrou humildade nas declarações, mas não deixava de acreditar que o ouro poderia ser questão de tempo.
 
Em 2009, ele quase abandonou a modalidade. Na época, o baiano não quis morar em São Paulo para treinar com a seleção. Saiu da equipe principal e perdeu apoio financeiro. A Bolsa Atleta do Ministério do Esporte virou a única fonte de recursos.  
 
Já no ciclo para o Rio, o caminho até o ouro contou com o apoio financeiro do Bolsa Pódio do Ministério do Esporte – no valor de R$ 15 mil mensais –, além de estrutura montada pela confederação para a Seleção. Robson dedicou 100% de suas atenções ao esporte, com foco exclusivo em representar o país no Rio 2016.
 
Foram duas bases de treinos. Uma em São Paulo, com a seleção principal, e outra em Salvador, onde treina com Luiz Dórea – um dos principais treinadores do país, que carrega no currículo grandes nomes do esporte, como o do ex-pugilista Popó e do MMA.
 
Robson durante a luta final contra o francês Sofiane Oumiha. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brRobson durante a luta final contra o francês Sofiane Oumiha. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
Final olímpica
 
A final da categoria até 60kg fechou a noite desta terça-feira no Pavilhão 6 do Riocentro. Foi o primeiro confronto entre os dois pugilistas. O francês vinha de vitória sobre o atleta da Mongólia Otgondalai Dorjnyambuu – segundo melhor do mundo. Na análise de Conceição, a receita foi buscar a vitória clara, sem contestações possíveis, sempre. “Nunca podemos depender dos jurados”, sentencia. 
 
Adversário da final, Sofiane Oumiha reconhece que Robson foi melhor e elogia a participação intensa da torcida brasileira. "Eu tentei dar o meu melhor, mas no fim ele foi o vencedor, mesmo. A prata sempre envolve um grau de desapontamento, mas logo depois percebi como era sortudo de estar onde estou e me sinto orgulhoso", destaca o francês. "Eu nunca havia tido a experiência de ter uma multidão contra mim, mas achei magnífico. O público brasileiro estava o tempo todo com Robson”, completa. 
 
A medalha olímpica soma-se a outras conquistas. Robson foi bronze no Mundial de Doha, em 2015; prata no Mundial de Almaty, em 2013; ouro no Continental Pan-Americano de Santiago, em 2013; prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011; e ouro no Pré-Olímpico da Guatemala, em 2008.
 
Caminho do ouro
 
O caminho até o ouro começou no dia 9 de agosto. O primeiro desafio foi contra o pugilista Anvar Yunusov, do Tajiquistão. O brasileiro venceu por nocaute técnico. Nas quartas de final, Conceição superou por decisão unânime dos árbitros a Hurshid Tojibaev, do Uzbequistão.
 
Passar pela semifinal era o maior desafio desde que ficou desenhado o sorteio da chave. Robson enfrentou um de seus maiores adversários na categoria até 60kg. Combate considerado como final antecipada, o brasileiro venceu o cubano Lazaro Alvarez, número 1 do mundo, tricampeão mundial e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, em decisão dividida.
 
“Estávamos empatados com uma vitória cada. Com o apoio da torcida, mandando eu ir para cima e mandando mensagens nas redes sociais, consegui vencer. Mostrei muita técnica, muita vontade de lutar e penso que impressionei a todos”, ressalta o brasileiro, logo após o combate contra Alvarez.
 
Os sonhos de Robson Conceição não terminaram após a medalha olímpica. Depois do Rio 2016, ele pretende lutar profissionalmente. O desejo é competir até os 35 anos e realizar outro feito: ser campeão do mundo.
 
Trilha olímpica
 
Ao longo do ciclo olímpico atual, nove pugilistas foram contemplados com a Bolsa Pódio, resultado de um investimento total de R$ 1,8 milhão. Além disso, a Bolsa Atleta somou mais de R$ 7,3 milhões entre 2012 e 2015, na concessão de 587 bolsas, nas categorias nacional, internacional e olímpica.
 
O Ministério do Esporte investe na modalidade por meio de convênios com a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe). O primeiro foi em 2010, no valor de R$ 111 mil, e permitiu a aquisição de três ringues, 15 sistemas eletrônicos de pontuação e material esportivo. 
 
“Gostaria de agradecer a todos que me apoiaram e me incentivaram. O trabalho realizado no boxe vem sendo feito há muitos anos. Para se ter resultado não adianta se dedicar em pouco tempo”, finaliza o campeão olímpico.
 
Breno Barros, brasil2016.gov.br
 

Nota de pesar pela morte de João Havelange

Lamento profundamente a morte de João Havelange, ex-atleta e dirigente esportivo. Ele estava com 100 anos de idade e não resistiu a complicações de uma pneumonia.
 
Havelange teve importância fundamental no trabalho de levar o futebol a todas as regiões do planeta, além de ter atuado firmemente no projeto vitorioso da candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
 
Em nome do Ministério do Esporte, presto minhas sinceras condolências aos familiares e aos amigos de João Havelange.
 
Leonardo Picciani
Ministro do Esporte
 

“Eu vim para fazer história”, diz Isaquias Queiroz com primeira medalha da canoagem velocidade no peito

A felicidade por ter conquistado a primeira medalha da história da canoagem velocidade brasileira nos Jogos Olímpicos é visível no sorriso de Isaquias Queiroz, prata na prova do C1 1.000m, no Estádio Olímpico da Lagoa, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (16.08). Mas ela contrasta com a pressa e a preocupação em deixar logo a zona mista para trás e não desagradar seu técnico, o espanhol Jesús Morlan. “Ele já deve estar louco me esperando para eu ir para a água”, diz o brasileiro, rindo, com a prata pendurada no pescoço.
 
Isaquias Queiroz sorri com a primeira medalha da história da canoagem velocidade brasileira no peito. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias Queiroz sorri com a primeira medalha da história da canoagem velocidade brasileira no peito. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br
 
O motivo é nobre. Isaquias tem mais dois compromissos nos Jogos Rio 2016. O brasileiro compete no C1 200m e no C2 1.000, ao lado de seu conterrâneo, o baiano Erlon de Souza. Não há tempo para comemorar agora, e sim focar em fazer o que ele se propôs a alcançar no Rio de Janeiro. “Eu vim para fazer história. E ela está sendo escrita com a primeira medalha do Brasil. Vim aqui para buscar três e acredito que a gente possa conseguir bons resultados nas próximas provas”, afirma Isaquias, apontando para o objeto de desejo de todos os atletas olímpicos.
 
Aos 22 anos, o baiano de Ubaitaba chegou aos Jogos Olímpicos com o status de bicampeão mundial e forte candidato a conquistar ao pódio na canoagem velocidade. O único porém é que sua especialidade, o C1 500m, não faz parte do programa olímpico. Na primeira oportunidade que teve, no entanto, o brasileiro pareceu não se importar. Com o tempo de 3m58s529, perdeu apenas para o alemão Sebastian Brendel, agora bicampeão olímpico com 3m56s926.
 
“A sensação é fantástica. A prova é muito cansativa. Tive que aprender a conciliar o C1 1.000m com o C1 200m e o barco de equipe junto com o Erlon. Tinha um pouco de medo por estar treinando várias provas ao longo do ano para chegar aqui e tentar conseguir três medalhas”, admite Isaquias, falando sobre a prova e elogiando seu adversário.
 
“Controlei bastante o ritmo. Cheguei a ficar em primeiro na metade da prova. Depois dosei a remada. Sabia que o alemão é muito bom. O cara é um fenômeno na água. É muito mais velho que eu e tem mais experiência. Só fiquei atrás de um cara que é bicampeão olímpico, não sei quantas vezes campeão mundial, então, estou satisfeito. Na próxima Olimpíada acho que vai ser muito mais pegado”, projeta o brasileiro, já pensando em Tóquio 2020.
 
Isaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brIsaquias e Sebastian Brendel nos metros finais da prova. Alemão é bicampeão olímpico. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br
 
Depois de cruzar a linha de chegada, Isaquias e Sebastian Brendel trocaram algumas palavras ainda dentro da Lagoa. O campeão olímpico cumprimentou seu principal rival e elogiou o futuro do brasileiro. “Cumprimentei e disse que ele é muito bom, que sou fã. Ele também me deu os parabéns, disse que sou muito novo e tenho muito tempo”, revela o brasileiro.
 
“Tem coisa melhor por vir”
 
Se a prata já é histórica para a canoagem velocidade do Brasil, Isaquias Queiroz ainda não está satisfeito. O brasileiro sabe que tem condições de voltar ao pódio nos próximos dois compromissos que tem no Rio 2016, principalmente no C2 1.000m, com Erlon de Souza.
 
“A gente tá muito focado. Estamos remando muito no C2. Vai depender da gente. Também não adianta treinar muito e não fazer nada na Olimpíada. Mas tem coisa melhor por vir”, ressalta o baiano, falando também da outra prova, o C1 200m. “A medalha está entre 38 segundos. Já consegui fazer 38 baixo, mas vamos esperar a prova, por que treinamento é uma coisa e competição é outra. Vamos ver o que vai acontecer.”
 
No C2 1.000m, Isaquias terá a oportunidade de dar o troco no alemão Brendel, que o venceu na prova individual. Os dois vão remar na mesma bateria na sexta-feira (19.08). Antes, o baiano volta ao Estádio da Lagoa para a disputa das preliminares do C1 200m, nesta quarta (17.08).
 
Torcida e família presentes
 
Dona Dilma Queiroz comemora a prata do filho no Estádio da Lagoa. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brDona Dilma Queiroz comemora a prata do filho no Estádio da Lagoa. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brNas arquibancadas do Estádio da Lagoa, Isaquias encontrou apoio da torcida brasileira. O canoísta conta que ouviu os gritos vindos da arquibancada nos últimos 300 metros da competição. Além disso, ali estavam  algumas presenças especiais, principalmente a de dona Dilma, mãe do atleta, que assistiu a ele competindo pela primeira vez.
 
 “Ela mora na Bahia e tinha medo de vir de avião. Eu falei: ‘a senhora vai vir de avião’. Ela veio e acabou gostando. Estou muito feliz por ela ter prestigiado essa medalha. Dei um abraço e ela ficou muito emocionada. Me matei para deixá-la feliz pelo filho dela”, declara o canoísta.
 
“Ele estava confiante. Falou para mim: ‘mãe, a gente está aqui preparado para tudo’. Ele se preparou para ganhar. A cidade inteira parou para ver”, lembra dona Dilma Queiroz, que veio ao Rio acompanhada da tia, do irmão e do sobrinho do canoísta brasileiro.
 
Acidentes, Segundo Tempo e investimentos
 
A história de Isaquias Queiroz impressiona muito antes de ele começar a remar. A infância do baiano foi recheada de acidentes e histórias de superação. Aos três anos, a queda de uma panela de água fervendo queimou boa parte de seu corpo e o deixou no hospital por mais de um mês. Dois anos depois, o baiano chegou a ser sequestrado em sua cidade natal, mas foi encontrado antes de ser dado para a adoção. Por fim, perdeu um rim ao escalar e cair de uma árvore quando tentava ver mais de perto uma cobra morta presa a um galho.
 
Festa brasileira no Estádio da Lagoa: Isaquias agradeceu barulho da torcida nos metros finais da prova. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.brFesta brasileira no Estádio da Lagoa: Isaquias agradeceu barulho da torcida nos metros finais da prova. Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br
 
O brasileiro se diz satisfeito por ter superado tantos obstáculos e hoje competir em alto nível e ser medalhista olímpico, mas também minimizou as dificuldades que enfrentou para chegar aonde chegou. “É uma satisfação grande ganhar a medalha depois de passar por tanta coisa na minha vida e na minha carreira. Só tenho um rim e nunca usei isso para chamar a atenção. Para mim é uma coisa normal. No esporte todo mundo tem dificuldade e na vida também”, comenta Isaquias.
 
Outro momento marcante da vida de Isaquias Queiroz foi aos 11 anos, quando ele começou a praticar a canoagem velocidade por meio do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. “Essa medalha tem muito significado para mim por eu ter começado em um projeto social. O esporte pode mudar a vida de vários jovens. Espero que daqui para frente esse meu resultado e o de vários atletas possam abrir os olhos da sociedade”, destaca o canoísta, que também é beneficiado pelo programa Bolsa Pódio do governo federal.
 
Em 2010, o Ministério do Esporte celebrou convênio com a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) no valor de R$ 2,1 milhões para estruturação de centros da modalidade no país. Já por meio do Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual do mundo, entre 2012 e 2015 o Ministério investiu R$ 5,4 milhões na concessão de 433 bolsas, nas categorias Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica. Quatro atletas, entre eles Isaquias Queiroz, são patrocinados pela Bolsa Pódio, a mais alta do programa e criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Rio 2016, num aporte de R$ 960 mil.
 
Vagner Vargas, Michelle Abílio e Rodrigo Vasconcelos – brasil2016.gov.br
 
 
 
 

Grego tem série "limpa" e deixa Zanetti com a prata nas argolas

Uma nota de partida idêntica: 6.800. Os elementos das séries também eram os mesmos, apenas posicionados em sequências diferentes. Era a execução que definiria quem levaria o ouro. Desta vez o maior prêmio das argolas foi para a Grécia, berço dos Jogos Olímpicos, pendurado no pescoço de Eleftherios Petrounias, o mesmo que iniciou a longa caminhada da chama olímpica no mês de abril, em Olímpia. Nesta segunda-feira (15.08), quase quatro meses depois, o ginasta concluiu sua missão, no Rio de Janeiro, dando trabalho e deixando a prata ao rival Arthur Zanetti.
 
Pódio das argolas, com o grego Petrounias, Zanetti e o russo Abliazin. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Pódio das argolas, com o grego Petrounias, Zanetti e o russo Abliazin. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
O brasileiro, contudo, se disse até mais contente com a segunda colocação na Arena Olímpica do Rio do que com o ouro de quatro anos atrás, em Londres. “Competir em casa e defender um título é muito mais difícil, então esse resultado com certeza tem um gostinho a mais”, avalia Zanetti. “Os atletas que conseguem manter o resultado são mitos mesmo. Ontem vi a prova do Usain Bolt e ele é tricampeão olímpico. Para esse cara a gente tem que tirar o chapéu. Trabalhei muito mais duro do que em 2012 e consegui a prata, então vi o quanto foi difícil estar aqui”, compara.
 
Para afastar qualquer cobrança pelo bicampeonato, Zanetti optou por uma estratégia diferente nos últimos dias. “Eu passava na rua e as pessoas falavam ‘traz o ouro’. Não é simples assim. Teve uma pressão a mais. Antes de chegar no Rio, eu me coloquei uma pressão também, mas aqui esqueci tudo, até redes sociais, para me concentrar nos meus treinos e na minha prova”, explica.
 
No início da tarde, os atletas foram apresentados para a final das argolas. O brasileiro seria o último a competir, posição que, assim como em Londres, foi possível ocupar após uma classificatória mais simples, que resultou na quinta colocação e o deixou no segundo bloco dos competidores. Depois de receber o aplauso do público, Zanetti saiu de cena. Foi para o ginásio de aquecimento e só retornou à arena mais perto da hora de subir nas argolas.
 
Mesmo ali dentro, enquanto as notas de sete rivais eram exibidas no telão central, o brasileiro preferiu se isolar. “Eu não olhei a série de ninguém. Quando voltei para o ginásio de competição, sentei na minha cadeira, com a cabeça para baixo, e fiquei pensando em coisas boas e na minha série”, conta. Segundo Zanetti, nem mesmo os 16.000 pontos somados pelo grego, atual campeão mundial, após uma apresentação impecável e com saída cravada do aparelho, ele presenciou.
 
Zanetti durante a prova no Rio. Pequenos erros de execução foram a diferença entre a prata e o ouro. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Zanetti durante a prova no Rio. Pequenos erros de execução foram a diferença entre a prata e o ouro. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
A pontuação, no entanto, seria difícil de bater. Até hoje, o melhor resultado do atleta de São Caetano do Sul foi durante a Copa do Mundo de São Paulo, no ano passado, quando recebeu 16.050 nas argolas. Esse resultado o teria assegurado novamente no topo do pódio olímpico, mas algumas falhas de execução comprometeram a nota final, fechada em 15.766. No evento-teste para os Jogos, em abril, Petrounias também ficou à frente de Zanetti durante a classificatória, mas o brasileiro levou a melhor na final.
 
“O Petrounias foi melhor hoje. Ele está numa fase muito boa da vida dele como atleta e veio aqui para realmente disputar, assim como o chinês, mas que não cravou a saída e acabou ficando fora. Eu achava que os três disputariam os três primeiros lugares”, comenta o técnico Marcos Goto. Yang Liu (15.600) terminou em quarto, deixando o bronze para o russo Denis Abliazin (15.700).
 
Depois de receber um abraço de Zanetti, o grego comemorou a conquista, mas sem considerar a apresentação perfeita. “Não existe perfeição. Foi uma série muito boa, mas mesmo agora, alguns minutos depois, eu sei de algumas coisas que eu gostaria de mudar e fazer um pouco melhor”, argumenta. A pontuação, segundo ele, foi dentro do planejado para a final. “Eu sabia que com essa nota era possível ser campeão. Poucos atletas podem tirar isso, e esse era o objetivo”, explica o novo medalhista de ouro das argolas.
 
Ouro para a Holanda
 
Nem Zanetti nem Petrounias eram considerados tão favoritos ao ouro quanto a norte-americana Simone Biles, na disputa da final da trave, nesta segunda. A ginasta, que já faturou três ouros no Rio de Janeiro, no entanto, sofreu um desequilíbrio durante a apresentação e, por muito pouco, não caiu do aparelho. Assim, somou 14.733, bem abaixo das notas que costuma receber, e ficou com o bronze. “Não estou decepcionada com a medalha, mas sim com a série que eu fiz”, lamenta a estrela dos Estados Unidos.
 
O país viu outra atleta ter um rendimento melhor. Lauren Hernandez recebeu 15.333 e levou a prata. O título de campeã olímpica foi para a holandesa Sanne Wevers (15.466), vice-campeã mundial, com uma série elegante e limpa, capaz de desbancar as duas americanas.
 
Flávia Saraiva durante a série de trave. Quinta colocação e um futuro promissor para a atleta de 16 anos. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Flávia Saraiva durante a série de trave. Quinta colocação e um futuro promissor para a atleta de 16 anos. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
Já Flávia Saraiva não beliscou o pódio por pouco. Depois de dois desequilíbrios, a ginasta ficou com 14.533 pontos e o quinto lugar. “Acho que não era meu dia, mas eu me esforcei ao máximo e dei o meu melhor”, afirma. Mesmo assim, saiu satisfeita com o resultado para uma estreia. “Estou emocionada porque na minha primeira Olimpíada fui a quinta melhor do mundo. Não tem emoção maior do que isso. Ainda sou muito nova e vou treinar mais e mais para a próxima Olimpíada, para que dê tudo certo para mim”, avisa Flavinha.
 
Ana Cláudia Felizola, com colaboração de Rafael Brasil, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
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