Ministério do Esporte
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Bolsista desde a criação do Bolsa-Atleta, mesatenista paralímpico conduz a tocha em Juiz de Fora

 
 
O ano era 1996. Alexandre Ank, um jovem de 17 anos que costumava praticar vários esportes em um clube de Juiz de Fora (MG), voltava de uma partida de futebol com os amigos. No caminho de casa, o carro em que estava de carona se envolveu em um acidente e, a partir dali, a história de Ank mudou. Os 12 dias de coma no hospital, as seis cirurgias e a perda dos movimentos das pernas fizeram com que seus sonhos dessem lugar à reconstrução de sua vida. A superação das limitações físicas encontrou no esporte sua força maior. Nesse caminho, o programa Bolsa-Atleta teve grande participação: Ank participa desde seu lançamento, em 2005.
 
Como se um filme fosse, a vida de Alexandre Ank passou em alta velocidade em sua cabeça durante os 200 metros de seu percurso como carregador da tocha dos Jogos Rio 2016. O acidente, a adaptação à cadeira de rodas, o esporte, a participação nos Jogos Pequim 2008, as medalhas. “Me lembrou quando comecei, de chinelo, sunga e camiseta branca, indo competir na natação, e fui chamado para participar de uma competição de tênis de mesa. Acabei campeão", lembrou. "Com toda essa história de vida, como viajar 58 horas para competir, disputar uma Paralimpíada e ser campeão parapan-americano, tudo isso me levou a esse momento sublime em minha vida”, emocionou-se. “Foi demais”.
 
Em 2003, quando nadava em uma competição em Uberlândia, foi convidado para completar um time de tênis de mesa adaptado. Um atleta havia desistido. "Nunca havia jogado antes. Só havia brincado de ping pong na escola", disse. A oportunidade não poderia ter sido melhor aproveitada: ele foi campeão entre os iniciantes e 3º colocado no geral e, ao voltar para Juiz de Fora, procurou lugar para treinar e desenvolver seu lado mesatenista. Era o início de uma vida repleta de realizações e conquistas. "Hoje me sinto realizado, pois representei o Brasil nos Jogos Paralímpicos em Pequim 2008". Em edições de Jogos Parapan-americanos, Ank conquistou 2 ouros em equipe (Rio 2007 e Toronto 2015) e 2 bronzes no individual (Rio 2007 e Toronto 2015).
 
Foto: Rafael Brais/MEFoto: Rafael Brais/ME
 
Bolsa Atleta
No caminho de recuperação, o Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte teve participação especial e o acompanha desde o lançamento do programa pelo Governo Federal, em 2005. "Eu só pude dar continuidade e conquistar tudo o que conquistei a partir do momento que a bolsa foi criada e eu passei a fazer parte do programa", destacou. "Já são 12 anos de carreira e 12 anos me sustentando e conseguindo participar de competições nacionais e internacionais com o apoio do Bolsa-Atleta".
 
Para o mesatenista, o esporte paralímpico brasileiro cresceu graças ao Bolsa, que ele considera uma espécie de carro-chefe para os atletas, que dá sustentação e apoio. "Se não tivesse o Bolsa-Atleta, o esporte paralímpico não teria essa grandiosidade de resultado que tem atualmente. Eu me orgulho muito de ser um atleta do Bolsa-Atleta", disse.
 
Orgulho
O coração orgulhoso de mãe mal cabia no peito de Elisabeth Ank, mãe do Alexandre. Para ela, que sempre esteve ao lado do filho em sua trajetória no esporte e na superação de barreiras, este domingo é um dia especial. "Não tenho palavras para descrever minha emoção. Agradeço essa superação e o privilégio de hoje ele carregar a tocha olímpica", disse. "Obrigado a todos que estiveram ao lado do meu filho", concluiu.
 
Rafael Brais, de Juiz de Fora 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Seleção de judô treina no interior paulista com foco na última competição antes do Rio 2016

 
Com foco no World Masters de judô, que será disputado em Guadalajara, no México, entre 27 e 29 de maio, a seleção brasileira participa de fase final de treinamento na cidade de Pindamonhangaba, interior paulista. A delegação de cerca de 100 atletas ficará concentrada até sexta-feira (20.05) para aperfeiçoar as técnicas visando a última competição antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016. 
 
Foto: Divulgação/CBJFoto: Divulgação/CBJ
 
Além dos atletas da equipe principal, participarão da atividade 30 judocas das categorias de base do Brasil. “Todas as vezes em que fizemos essa estratégia de treinos tivemos desempenhos excepcionais, como foi o último treino no Cefan para o Campeonato Pan-Americano”, lembrou Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ. O treinamento é promovido pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB).  
 
As atividades no dojô começaram na manhã desta segunda-feira (16), com treino feminino das 9h às 10h30. Às 11h será a vez da seleção masculina treinar. A programação se repete no período da tarde, novamente com homens e mulheres treinando em horários alternados a partir das 16h. 
 
“A gente está a 82 dias dos Jogos Olímpicos e temos cada vez mais certeza de que serão um sucesso da nossa modalidade. Mas, o sucesso só tem resultado se for em conjunto. Apesar de o judô ser um esporte individual, o resultado é um conjunto de ações coletivas”, completou Ney.
 
Visitantes
O treino contará ainda com a presença de judocas estrangeiros: os portugueses Joana Ramos (52kg), Sergiu Oleinic (66kg) e Jorge Fonseca (100kg), além dos congoleses Yolande Mabika (63kg) e Popole Misenga (81kg). 
 
Apoio ao judô
A modalidade que mais conquistou medalhas olímpicas para o Brasil, que subiu ao pódio nas últimas nove edições dos Jogos, o judô recebe forte apoio do Ministério do Esporte. Somente os investimentos diretos somam a marca de R$ 53,5 milhões. Fazem parte desse pacote, os recursos do Programa Bolsa Atleta (nas categorias Estudantil, de Base, Nacional, Internacional, Olímpico/Paralímpico e Pódio), convênios com confederações e federações e investimentos na construção de centro de treinamento.
 
Fonte: CBJ
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Chama Olímpica sai da Estrada Real e entra na Zona da Mata de Minas Gerais

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME
 
Os famosos sinos de São João Del Rei, responsáveis por comunicar a população local sobre questões importantes no passado, saudaram, neste domingo (15.05), a chama olímpica e anunciaram os Jogos no Brasil. Os tapetes de serragem, comuns na Semana Santa, também apareceram para festejar a passagem da tocha, que seguiu na centenária Maria Fumaça rumo a Tiradentes.
 
O fogo foi acolhido pelo mais folclórico morador de São João del rei. No Brasil há 45 anos, Abdulaziz Nazarali é um tanzaniano apaixonado por esportes e pelo País. Registrado em 1938, TchaTcha como é conhecido, foi um dos 15 condutores da chama olímpica e, por 200 metros, foi aclamado pelos moradores que não pararam de gritar seu apelido na cidade histórica.
 
TchaTcha saiu da Tanzânia pelo confisco que sofreu do governo local. Como já tinha um irmão no Brasil decidiu começar uma nova vida, mesmo sem falar nada de português. Ambulante em São João Del Rei por vários anos, o tanzaniano conseguiu se regularizar e abriu uma loja de bugigangas, como ele mesmo brinca: "Vendo tudo lá, parece mais um botequim", sorri o vascaíno, louco por futebol, que foi voluntário na Copa do Mundo no Mineirão, em Belo Horizonte, e já está confirmado para o mesmo trabalho no Estádio Nacional de Brasília nos Jogos Olímpicos.
 
Após perder o irmão, TchaTcha não tirou o sorriso do rosto e fez vários amigos por sua simpatia e brincadeiras na cidade dos sinos. Adora cantarolar músicas, participar do carnaval e, neste domingo, fez parte de um dia inesquecível em São João Del Rei. "Eu estou muito feliz, nunca poderia imaginar isso na vida. Eu não sei falar português direito e escrever, sou de muita sorte". Abdulaziz agora busca outro sonho: terminar a associação que criou com amigos para ajudar crianças do Brasil e poder retribuir um pouco de todo amor que recebeu.
 

 Revezamento da Tocha em São João Del Rei/MG. Revezamento da Tocha em São João Del Rei/MG.

Tiradentes
A cidade vizinha, Tiradentes, acolheu a chama olímpica da mesma forma como costuma receber os visitantes: na centenária Maria Fumaça, a mais antiga em circulação no país. Inaugurada em 1881 por Dom Pedro II, ela ainda percorre a ferrovia Oeste de Minas Gerais, em uma travessia que remete ao século XIX.
 

Revezamento da Tocha em Tiradentes/MG. Revezamento da Tocha em Tiradentes/MG.

Juiz de Fora
Juiz de Fora foi a última cidade do dia a receber a chama olímpica, mas, antes, a Tocha presenciou uma chuva de rosas em Barbacena. Já na Zona da Mata, o momento especial do Tour foi no Museu Mariano Procópio, onde está o leque de Amélia Machado Coelho Cavalcanti Albuquerque, a Viscondessa de Cavalcanti, com assinaturas de pessoas ilustres, dentre elas o Barão Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
 
"Fiéis lembranças, esperanças tenazes: esta é a melhor receita para o elixir da vida", escrita em francês, a mensagem do Barão já falava em esperanças, uma das filosofias das Olimpíadas.
 
O último carregador da tocha em Juiz de Fora foi o campeão olímpico de vôlei André Nascimento. Ele teve a honra de acender a pira em um palco montado no Terreirão do Samba. Ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, ele comparou a sensação de conduzir a tocha com a participação no maior evento esportivo do mundo. "Disputei duas Olimpíadas e, com certeza, estar fazendo parte desse momento de conduzir a tocha é como se eu tivesse participando de mais uma ", afirmou André.
 
Trajeto
Nesta segunda-feira (16.05), a tocha percorrerá três estados. A chama olímpica sai de Juiz de Fora para Bicas e segue para as duas últimas cidades em Minas Gerais: Leopoldina e Muriaé. O estado do Rio de Janeiro já vai sentir um gostinho dos Jogos nas cidades de Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana. No fim do dia, a tocha desembarca em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.
 
 
Lilian Amaral e Lorena Castro 
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Sebastian Coe chega ao Engenhão de trem e mostra otimismo com o Rio 2016

Sebastian Coe (centro), ao lado de Carlos Arthur Nuzman (direita). Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brSebastian Coe (centro), ao lado de Carlos Arthur Nuzman (direita). Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brO presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), Sebastian Coe, visitou o Estádio Olímpico, no Rio de Janeiro, na tarde deste domingo (15.05) e demonstrou otimismo com os Jogos de agosto. Ele disse que teve uma boa impressão do Engenhão, sem dar muitos detalhes, e convocou o público brasileiro a comparecer às disputas da mais nobre das modalidades olímpicas.
 
“As linhas de visão são boas, eu posso imaginar o estádio cheio. As pessoas têm que comprar ingressos. São Jogos Olímpicos e elas terão a oportunidade de ver na cidade não só os melhores atletas desta geração, mas alguns dos melhores atletas na história do esporte. Usain Bolt estará competindo em várias oportunidades e algumas delas serão de manhã, então não percam a oportunidade de dizer aos seus filhos e netos que você esteve no estádio quando Usain Bolt competiu na sua última Olimpíada”, disse Coe, mencionando o jamaicano bicampeão olímpico e recordista mundial nos 100m e 200m.
 
A pista azul do estádio, que destoa da tradição de piso marrom para a modalidade, foi motivo de brincadeira. “Tivemos uma pista azul em Londres também, não? Ah, não, sou daltônico”, disse.
 
Evento-teste
O Engenhão recebe, até segunda-feira (16.05), o Campeonato Ibero-Americano de Atletismo. A competição é o evento-teste da modalidade, momento crucial para indicar ajustes. “Passei um tempo com os delegados técnicos, que estão acompanhando como o evento está transcorrendo para os atletas. A grande questão do evento-teste é que te permite absorver todas as coisas sobre as quais você tem que pensar nos próximos 80 dias. Nossa equipe técnica e também o Comitê Organizador estão atentos a isso”, disse Coe, que passou pela experiência de presidir o comitê organizador dos Jogos de Londres 2012.
 
Bicampeão olímpico nos 1.500m, em Moscou 1980 e Los Angeles 1984, além de medalhista de prata nos 800m nas mesmas edições, Sebastian Coe disse que espera foco dos atletas em agosto e aposta em uma atmosfera bem receptiva na capital fluminense.
 
“Espero que os atletas cheguem aqui totalmente focados. Os Jogos são o auge da carreira deles. Acho que vão chegar motivados e vão encontrar uma torcida apaixonada. Acho que o Rio vai dar a eles uma recepção fantástica. Com tudo isso junto, acho que vão competir muito bem”, apostou.
 
Sebastian Coe: passageiro ilustre no trem no percurso entre a Central do Brasil e a Estação Engenho de Dentro, que fica bem em frente ao Estádio Olímpico. (Fotos: Carol Demazo/brasil2016.gov.br)Sebastian Coe: passageiro ilustre no trem no percurso entre a Central do Brasil e a Estação Engenho de Dentro, que fica bem em frente ao Estádio Olímpico. (Fotos: Carol Demazo/brasil2016.gov.br)
 
Atletismo russo
Coe foi questionado sobre a indefinição da participação russa nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A IAAF suspendeu o atletismo daquele país de todas as competições da modalidade em novembro do ano passado, após investigação de uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelar a prática sistemática de doping na modalidade. O país precisa provar que avançou na sua operação antidoping e provocou uma mudança de cultura em relação ao tema. O presidente da IAAF disse que aguarda definição do Conselho da entidade, em 17 de junho, e que não vai comentar o assunto antes.
 
“Como vocês sabem, foi criada uma força-tarefa independente que dará um retorno em junho, em Viena. Eles estão trabalhando muito duro nos últimos quatro, cinco meses para se certificar de que a Rússia seguiu os cinco passos de mudanças que determinamos. Mas eu não vou pré-julgar o que eles vão dizer para o Conselho”, disse.
 
De transporte público
Sebastian Coe optou pelo transporte público para chegar ao Engenhão neste domingo. Foram 23 minutos de trem entre a Central do Brasil e a Estação Engenho de Dentro, que fica bem em frente ao Estádio Olímpico. A viagem foi feita por volta das 15h. Coe foi a pé da estação até o Engenhão, passando pela Praça do Trem, recentemente reformada. Cercado por assessores e membros do Comitê Rio 2016, Coe fez perguntas sobre o legado deixado para a região e foi informado sobre as intervenções feitas no bairro Engenho de Dentro. Ele acessou o Estádio Olímpico pelo Portão Oeste, logo no início da sessão de provas da tarde do segundo dia do Campeonato Ibero-Americano.
 
Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brFoto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br
 
Resultados de destaque
Além dos índices obtidos pelo Brasil nos 800m com Lutimar Paes e Kleberson Davide, na manhã deste domingo, Jailma Lima vai representar o país na prova dos 400m dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Pela tarde, a corredora alcançou a marca de 51s99, abaixo dos 52s20 exigidos para disputar as Olimpíadas, e levou o ouro no Ibero-Americano.
 
Na disputa do salto em distância, havia a expectativa de o Brasil alcançar outro índice olímpico, com Mauro Vinícius Silva, o Duda. Mas neste caso, a torcida vai ter que esperar um pouco mais. “Faltou a experiência de competir aqui. É uma pista muito boa e que eu fui melhorando de acordo com os saltos que eu fui fazendo, porque me adaptei a ela”, explicou.
 
O atleta saltou 7.71m, abaixo dos 8.15m que garantiriam participação nos Jogos Olímpicos Rio 2016, e ficou com o bronze. O ouro foi para o uruguaio Emiliano Lasa (8.01m) e a prata para o espanhol Jean Okutu (7.84m). Com duas Olimpíadas no currículo (Pequim 2008 e Londres 2012), Duda mostra confiança em obter a marca.
 
“A preparação está muito forte. Meu técnico disse que neste mês de maio, como os treinos vão afunilando, a tendência é que saia (o índice), ou em junho”, projetou. Ele ainda terá diversos campeonatos no exterior (Senegal, França, Mônaco), além de disputas nacionais, como o Troféu Brasil, para tentar garantir a participação olímpica em casa.
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Kleberson Davide conquista índice para Rio 2016 e supera trauma de Londres 2012

Os Jogos Olímpicos não eram novidade para Kleberson Davide, já que havia participado da edição de Pequim 2008. Mas imagine a sensação de treinar quatro anos para o maior evento esportivo do planeta, conseguir o índice olímpico, viajar para a cidade-sede, conhecer a pista de aquecimento e ver o sonho de entrar no estádio olímpico se desfazer junto com uma febre de 40 graus.
 
Assim foi a história do corredor dos 800m nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Por uma questão médica, ele ficou fora da prova na Europa. Quatro anos difíceis se passaram e, neste domingo (15.05), o Rio 2016 está oficialmente no horizonte de Kleberson. Ele ficou com a medalha de prata nos 800m no Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, disputado no Engenhão, no Rio de Janeiro, com o tempo de 1m45s79, abaixo do índice de 1m46s.
 
Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brFoto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br
 
“Estava esperando faz tempo, mas entrei confiante hoje, com muita garra. Eu venho de dois, três anos com muitas lesões, sem conseguir dar continuidade nas competições. Hoje, graças a Deus saiu. Agora é continuar o trabalho”, disse.
 
A dolorosa experiência vivida em Londres foi relembrada pelo atleta. Junto com a perda do pai, em 2006, a situação de não participar dos Jogos de 2012 por uma questão médica, tão perto da prova, é considerada por Kleberson um dos momentos mais tristes de sua vida.
 
“Cheguei em Londres já meio mal, não estava conseguindo ir ao banheiro. Tanto o médico quanto o treinador suspeitavam de apendicite. Fui para o hospital, fiquei um dia todo. Dois dias depois, fui para a Vila dos Atletas, mas piorei. Fiquei doente de novo, começou a me dar febre, falta de ar. Infelizmente eu não conseguia fazer nada”, lamentou.
 
Kleberson tomou remédios para passar a febre, mas os 40 graus de temperatura permaneciam. De acordo com o atleta, a causa pode ter sido uma virose, que, além da febre, lhe trouxe uma inflamação na garganta. O tempo instável de Londres também teria ajudado. Na véspera da prova, Kleberson tentou, foi para a pista de aquecimento, mas não teve jeito.
 
“Foi muito duro, muito triste. Mas a gente vive de desafios, de emoções. Isso me fortaleceu mais. Lógico que na época fiquei mal, muito triste, mas nunca baixei a cabeça e nem desisti”, afirmou. “Eu não tenho dúvidas de que vou estar 100% (para o Rio 2016). Isso vai me dar mais motivos para treinar. Vai me dar mais confiança”.
 
Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brFoto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br
 
Parceria na vida e nos Jogos
Era hora do aquecimento para a semifinal dos 200m feminino. Em busca do índice nesta prova, Franciela Krasucki deu uma escapada para conferir o resultado dos 800m no Engenhão. Afinal, ninguém acompanha mais de perto a dedicação do marido Kleberson. Ele conseguiu o índice e a esposa, orgulhosa, vibrou.
 
“Tirou um peso também das minhas costas, porque a gente vive a luta um do outro e eu sei o tanto que ele trabalhou, o tanto que ele lutou para conseguir esse índice. Ele vem de quatro anos muito difíceis depois de Londres. Eram muitas lesões e a gente sabia que esse índice ia sair. Agora ele vai ter mais tranquilidade para trabalhar. A vitória dele também é minha”, comemorou a velocista.
 
Franciela ainda não conseguiu o índice para os 200m, mas já tem a marca para os 100m e também deve integrar o revezamento 4x100m. Agora o casal é novamente olímpico (ela também esteve em Londres) e o destino dos dois se mistura tanto que até no sobrenome fica difícil de separá-los.
 
Kleberson Davide e a esposa Franciela Krasucki: casados e, agora, classificados para os Jogos Olímpicos Rio 2016. (Fotos: arquivo pessoal)Kleberson Davide e a esposa Franciela Krasucki: casados e, agora, classificados para os Jogos Olímpicos Rio 2016. (Fotos: arquivo pessoal)
 
Davide ou Kasucki?
Quando se casaram, em janeiro de 2012, um colocou o sobrenome do outro. Assim, Franciela das Graças Krasucki ganhou ao final o Davide, enquanto Kleberson Davide acrescentou o Krasucki. Ela, que sempre foi conhecida pelo sobrenome polonês, agora aparece nas listas de competição como Franciela Davide (último sobrenome), enquanto ele, sempre chamado de Kleberson Davide, consta no “start list” como Kleberson Krasucki. Ambos se divertem com a mistura.
 
“Um negão com nome polonês fica até estranho”, brincou Kleberson. “Na verdade, quando a gente casou, a gente só pensou em pegar um o nome do outro, a gente não pensou no sobrenome (nas provas). A gente estava conversando ontem, acho que a gente tem que trocar, eu passar o Davide antes do Krasucki, porque eu sou conhecida como Krasucki e ele por Davide”, disse Franciela.
 
Seja com Davide ou Krasucki, o fato é que os dois retornarão ao Estádio Olímpico em agosto e, se tudo der certo, sem nenhum empecilho para voltar a correr na pista principal do Engenhão nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
Outros resultados da manhã
Ainda nos 800m, outro brasileiro conquistou o índice ao vencer a prova: Lutimar Paes, com 1m45s42. O bronze ficou com Brandon Johnson, dos Estados Unidos. A prova feminina foi vencida por Rosibel Mina, da Colômbia, com 2m07s06, seguida pela uruguaia Lorena Sosa (2m08s00) e a brasileira Liliane Mariano (2m08s03).
 
No arremesso de peso, Ahimara Espinoza, da Venezuela, venceu com a marca de 18.19m. A brasileira Geisa Arcanjo, que já tem índice olímpico, fez 17.92m, ficando com a prata. O terceiro lugar foi para a chilena Natalia Duco, com 17.45m. O Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, que é evento-teste para o Rio 2016, prossegue até segunda-feira (16.05).
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Belo Horizonte apresenta seus cartões postais durante a passagem da tocha

Na rota da chama olímpica em seus últimos dias por território mineiro, Belo Horizonte aproveitou os olhos voltados à tocha para mostrar suas principais belezas postais. Depois de passar pelas mãos de 15 condutores na vizinha Contagem, o símbolo dos Jogos Rio 2016 percorreu, neste sábado (14.05), 45 km nas mãos de atletas olímpicos e paralímpicos, artistas e cidadãos comuns que, direta ou indiretamente, construíram histórias ao lado do esporte.

Estavam ali desde a ex-capitã da Seleção Brasileira de Vôlei Yara Ribas ao medalhista olímpico do vôlei Nalbert, a bicampeã olímpica de vôlei Sheilla, o gari e maratonista Manoel Messias, a cantora Paula Fernandes, a velocista paralímpica Terezinha Guilhermina e o vocalista da banda Jota Quest, Rogério Flausino. Juntos a outras dezenas de pessoas, eles somaram 165 cidadãos, anônimos e famosos.

O conjunto arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer quando Juscelino Kubitscheck era prefeito da cidade, foi o cenário de onde a tocha saiu para ganhar a cidade. Museu de Arte da Pampulha, Casa de Baile e Igreja de São Francisco de Assis foram os primeiros destinos. A septuagenária Yara Ribas foi a primeira a conduzir a tocha em Belo Horizonte e a emoção era tanta que a voz chegou a embargar. "Hoje o orgulho e a felicidade aqui não são só pela minha vida esportiva, mas como cidadã", disse Yara, que vive o esporte desde os 15 anos.

Campeão olímpico pela seleção de vôlei, Nalbert conduziu a tocha no Mineirão. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)Campeão olímpico pela seleção de vôlei, Nalbert conduziu a tocha no Mineirão. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)

Mineirão
Foi só a rota da chama deixar a Lagoa da Pampulha para ser levada para o estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Por lá, quem dominou o campo foram os atletas do vôlei: Ana Flávia, Sheilla e Nalbert apresentaram a chama ao palco do futebol. Considerada uma das melhores jogadoras do mundo e ganhadora de dois ouros olímpicos, a mineira Sheilla Castro, 32 anos, já está acostumada a grandes emoções nas quadras. Enquanto ensaiava sua hora de receber a chama e percorrer uma parte do gramado, ela confessou que a tranquilidade de antes estava sendo levada pelo frio na barriga logo que entrou no Mineirão. "O esporte pode trazer melhorias de vida para as pessoas, tirar crianças carentes da violência e eu espero que os Jogos Olímpicos aqui no Brasil impulsionem ainda mais isso."

Parte desse incentivo citado por Sheilla tem como protagonista o governo federal. Em 2013, o Ministério do Esporte e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) celebraram um termo de cooperação no valor de R$ 9,8 milhões. Os recursos foram direcionados para a aquisição de material esportivo e pagamento de recursos humanos especializados em atletismo, taekwondo e caratê.

Em todo o estado de Minas Gerais serão construídos 21 Centros de Iniciação ao Esporte (Cies), um aporte previsto de R$ 73 milhões. Três já estão em obras, em Passos, Uberlândia e Uberaba, num valor total de R$ 10 milhões.

Além disso, o Ministério do Esporte mantém parcerias em pistas de atletismo nas cidades de Diamantina, Lavras, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia. São 490 atletas do estado que receberam o Bolsa Atleta em 2015, sendo 441 deles praticantes de modalidades olímpica ou paralímpicas.

Simpatia
A velocista paralímpica Teresinha Guilhermina preferiu dosou emoção e cuidados durante seu trajeto com a tocha. (Foto: brasil2016.gov.br)A velocista paralímpica Teresinha Guilhermina preferiu dosou emoção e cuidados durante seu trajeto com a tocha. (Foto: brasil2016.gov.br)No fim da manhã, logo após deixar o Mineirão, a chama chegou às mãos da atleta paralímpica Teresinha Guilhermina. A velocista cega mais rápida do mundo cruzou a Avenida Antônio Carlos até entrar com o fogo olímpico no espaço de uma das empresas patrocinadoras dos Jogos Rio 2016. Durante o percurso, acenou e mandou beijos para os espectadores, dosando a emoção e os cuidados durante a caminhada.

"Optei por andar para viver esse momento sem correr o risco de me machucar. Não pude ser elétrica como geralmente sou, mas não contive a emoção em nenhum momento", afirmou. A atleta ainda declarava sua máxima, uma demonstração de que não está disposta a frear diante das limitações. "Ser cega é uma arte, trombar faz parte, dá licença que eu estou indo", dizia, entre risos.

Munidos de bicicleta, capacete e roupas esportivas, a pedagoga Marileia Moreira, de 38 anos, e seu filho, Gabriel Torres, de seis, pedalavam pela Praça da Liberdade. Entusiasta de esportes, ela corre e pedala com o menino, e foi dela a sugestão de um passeio ciclístico para acompanhar o revezamento da tocha." Acho importante estimular a prática do esporte e percebo que ele está animado para assistir às Olimpíadas", destacou a mãe. O comportamento de Gabriel é indicador de sua empolgação. A cada sirene de carro oficial ou sobrevoo de helicóptero, ele exclamava: "A tocha!".

No asfalto da cidade, famosos dividiram as atenções com personagens da capital. O gari e corredor Manoel Messias Dias Ferreira 51, é um deles. Já participou de mais de 150 corridas, incluindo 22 maratonas Brasil afora, "do Oiapoque ao Chuí", como costuma dizer. Segundo ele, as duas atividade se complementam. "Ser gari estimula a resistência, a gente só descansa quando sobe no caminhão. Mas mesmo assim é preciso se dedicar muito aos treinos" afirma. Além do prazer de correr, prática que alimenta há anos, Messias se orgulhava de representar sua categoria profissional. "Tem que ter sorte e ser uma pessoa carismática para carregar a tocha", comemorou.

O gari e maratonista Manoel Messias representou com orgulho sua categoria profissional. (Foto: Ivo Lima/brasil2016.gov.br)O gari e maratonista Manoel Messias representou com orgulho sua categoria profissional. (Foto: Ivo Lima/brasil2016.gov.br)

Pira e Flausino
O cantor Rogério Flausino aguardava ansioso pela chegada da chama. Escolhido para encerrar o percurso e acender a pira na Praça da Estação, o vocalista do Jota Quest posava para fotos e acenava para o público que aguardava nas proximidades do acesso ao palco na região central de Belo Horizonte. Quando o fogo olímpico fez a curva e entrou no campo de visão de Flausino, conduzido por Denise Santana, ele abriu os braços e disse: "Vem."

Em seu trajeto com a tocha, Flausino percorreu as margens da praça, seguiu até o palco e, diante dos aplausos da multidão, acendeu a pira olímpica. "Para mim, as Olimpíadas são um evento que quer unir todas as nações. O esporte, assim como as artes, tem esse poder de união e Minas Gerais está recebendo a tocha e a chama olímpica de braços abertos."

Diante de uma multidão na Praça da Estação, Rogério Flausino acendeu a pira na fase final do tour na capital mineira. (Fotos: Brasil2016.gov.br)Diante de uma multidão na Praça da Estação, Rogério Flausino acendeu a pira na fase final do tour na capital mineira. (Fotos: Brasil2016.gov.br)

Neste domingo (15.05) será a vez São João Del Rei, Tiradentes, Barbacena e Juiz de Fora receberem a chama olímpica. Após percorrer Minas, ela entrará na tarde de terça-feira em território capixaba.

Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Belo Horizonte (MG)

Ascom - Ministério do Esporte

Atletas de campo avaliam Engenhão no primeiro dia do Ibero-Americano

Atletas em provas de campo no Engenhão. (Fotos: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)Atletas em provas de campo no Engenhão. (Fotos: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
Nas avaliações da pista do Estádio Olímpico, o adjetivo “rápida” foi repetido várias vezes no primeiro dia do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, neste sábado (14.05), no Rio de Janeiro. Enquanto velocistas e fundistas testavam seus percursos, o Engenhão também passou pelo crivo dos atletas das provas de campo.
 
No lançamento de martelo, Wagner Domingos, o Montanha, venceu com a marca de 72.18m, ainda distante do índice olímpico (77m), mas deu para avaliar a área de competição. “Está em alto nível. Para nós, o importante é que o piso não esteja nem muito liso nem muito áspero. Aqui está no ponto. A gaiola está no padrão dos melhores estádios”, disse Montanha. Roberto Sawyers, da Costa Rica, ficou com a prata (72.15m) e o outro brasileiro, Allan Wolski, terminou em terceiro (71.69m).
 
Darlan Romani ficou com o ouro na prova de arremesso de peso, com 19.67m. O brasileiro também gostou da área de disputas. “O setor pra gente está bom, não vi ninguém reclamando. Está esfarelando um pouco, mas é detalhe. É cimento, acaba sendo um pouco normal”, explicou. Em segundo lugar na prova ficou o português Marco Fortes (19.05m), seguido pelo brasileiro William Dourado (18.96m).
 
Fabiana Murer venceu fácil no salto em altura ao passar o sarrafo em 4.60m. Diamara Planell, de Porto Rico, terminou em segundo com 4.30m, enquanto a argentina Valeria Chiaraviglio e a brasileira Joana Costa completaram o pódio, ambas com 4.10m. A atual vice-campeã mundial aprovou a área de saltos.
 
“Ela é um pouco macia, mas gosto de pista assim. É veloz, tanto que eu tinha velocidade no fim da corrida, mas faltava um pouco de coordenação por ainda não ter treinado tanto velocidade. O setor do salto com vara está bem feito. Dá confiança de que aqui é possível continuar fazendo boas marcas”, disse a atleta, que já tem índice para o Rio 2016.
 
 
Um detalhe foi destacado por Murer. “Tem um setor do dardo que é bem ali no meio, então existe uma pequena queda para o escoamento d'água, uma coisa sutil, mas que dá para sentir na corrida. Isso ajuda a correr mais rápido. Então está bem colocado o encaixe”, explicou.
 
A velocidade também chamou a atenção no trecho do estádio destinado ao salto em distância. “Achei bacana, gostei muito, não deu problema. A gente tem que sentir que a pista é veloz, e aqui ela é super veloz e te leva para frente”, avaliou Eliane Martins, também já garantida nos Jogos Olímpicos em agosto.
 
Ela venceu a prova deste sábado com a marca de 6.52m, seguida pelas compatriotas Keila Costa (6.43m), outra atleta com índice olímpico – tanto no salto em distância quanto no salto triplo -, e Jéssica Reis (6.31m). Keila também comentou a área de competição. “Eu gosto, são dois setores. A gente fica livre para aquecer durante a prova. A pista é sem comentários, perfeita, rápida. Corri fácil, tranquilo”, disse.
 
 
O que significa pista rápida?
A velocidade da pista, tão citada pelos atletas, foi explicada por quem é familiarizado com ela. Ex-corredor dos 800m e 1.500m e atual diretor executivo de Esportes do Comitê Rio 2016, Agberto Guimarães atribuiu essa característica da pista à densidade do material.
 
“A mesma empresa faz o mesmo piso com densidades diferentes. Uma pista um pouquinho mais dura é mais rápida, como esta. Você tem mais tração”, explicou. Ele também comentou o avanço da tecnologia a cada Olimpíada. “As empresas sempre fazem ajustes nos equipamentos para as edições seguintes dos Jogos Olímpicos. Quem faz a pista de atletismo só vai ser reconhecido se tiver recordes. Isso é o que a gente espera. Ficamos felizes com os atletas dizendo que ela é rápida”, completou. Apesar da densidade alta, segundo Agberto, a pista continua com o amortecimento adequado.
 
Outros resultados da noite de sábado
Nos 100m rasos, Rosângela Santos ficou com a medalha de ouro ao finalizar a prova em 11s24, correndo mais uma vez abaixo do índice olímpico (11s32). A primeira vez que ela superou a marca para o Rio 2016 foi no Troféu Brasil 2015, em maio do ano passado, já dentro do período em que as marcas mínimas começaram a ser reconhecidas para os Jogos Olímpicos. Rosângela também tem índice para os 200m. A equatoriana Angela Tenorio, primeira mulher sul-americana a correr os 100m abaixo dos 11s, no Pan de Toronto 2015, ficou com a prata, com 11s29. Outra equatoriana, Landazuri Marisol, fechou o pódio (11s35).
 
Entre os homens, o dominicano Stanly Cruz venceu os 100m com a marca de 10s27, superando por um segundo o brasileiro Bruno Lins (10s28). O colombiano Diego Echavarría terminou em terceiro lugar, com 10s30. O índice olímpico para esta prova é 10s16. Nenhum brasileiro até agora conseguiu. O período para obtenção do índice termina em 3 de julho, no Troféu Brasil 2016.
 
abiana Murer, ainda ganhando ritmo na temporada, venceu o Ibero-Americano de Atletismo. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)abiana Murer, ainda ganhando ritmo na temporada, venceu o Ibero-Americano de Atletismo. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
Murer: na preparação para agosto
Em ritmo de treino, Fabiana Murer, um dos grandes nomes do atletismo brasileiro, competiu no Ibero-Americano com o objetivo de conhecer melhor a área de salto com vara. “Eu vim para cá sem expectativas de marcas. Ainda estou treinando forte e vou começar a treinar velocidade. Ainda tenho duas semanas fortes de treino para estar no nível de competição. Achei bom, foi realmente um treino para mim, fiz bastantes saltos, que era uma coisa que eu queria”.
 
Fabiana Murer começou saltando na marca de 4.40m, acima da altura que deu a prata à portorriquenha Planell. Realidade bem diferente da que a atleta vai encontrar nas Olimpíadas. Por isso, a vice-campeã mundial tem um plano de treinos bem definido até agosto.
 
“Eu vou para a Europa em julho. Tem mais duas etapas da Liga Diamante, que são em Mônaco e Londres. Depois, volto para o Brasil e vou fazer a preparação em São Caetano (SP), que é onde eu treino, estou acostumada e sei que vou ter todas as condições. Todo o material que preciso está lá. Vou ficar em casa e venho dois ou três dias antes da competição. É perto, tranquilo pegar o voo”, explicou Murer. Ela quer evitar deslocamentos e preocupações com os horários da Vila dos Atletas. “Já sei o caminho para a pista em São Caetano, quanto tempo levo, então prefiro manter minha rotina”.
 
Mesmo tendo dito que o caminho até as Olimpíadas, com muitos treinos e competições, ainda é longo, a atleta já vive a expectativa dos Jogos, especialmente por serem no Brasil. “A expectativa é grande para que cheguem as Olimpíadas. Eu fiz questão de continuar a carreira até 2016. Esse é meu último ano, até pensava em parar antes, mas decidi continuar para ter essa oportunidade de competir uma Olimpíada em casa. Eu acho que vai ser bom, os atletas crescem com o fator casa, a torcida acaba incentivando, a motivação é maior, tem os amigos, a família na arquibancada e isso é muito importante”, completou.
 
Carol Delmazo e Gabriel Fialho, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Altobeli Silva faz o hino brasileiro tocar pela primeira vez no Ibero-Americano de Atletismo

Altobeli Silva venceu os 3.000m com obstáculos no Engenhão. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)Altobeli Silva venceu os 3.000m com obstáculos no Engenhão. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
A ideia veio na Copa de 1982. O nome do atacante italiano que fez o terceiro gol na final do Mundial, contra a Alemanha, Alessandro Altobelli, inspirou o pai de um paulista de Catanduva. Altobeli Silva nasceu alguns anos depois, em 1990, e também vai participar de um grande evento esportivo. Mas não será a Copa da FIFA, e sim os Jogos Olímpicos.
 
Altobeli conseguiu na semana passada, com 8m28s, superar o índice olímpico nos 3.000m com obstáculos (8m30s) e, na manhã deste sábado (14.05), venceu a prova no Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, no Engenhão, no Rio de Janeiro, com 8m33s. A competição também é evento-teste para o Rio 2016.
 
“Eu já sabia que não ia conseguir melhorar a marca, vim pela aclimatação. Soltei no final. Emocionalmente, fiquei feliz demais, acenei para a torcida três vezes, beijei a camisa. É isso que os atletas têm que fazer, entrar sem medo na pista, mostrar que o Brasil tem força”, disse o atleta. Em segundo lugar, ficou o argentino Joaquín Arbe (8m40s21), e o bronze foi para Ricardo Estremara, de Porto Rico (8m40s87).
 
Esta é a terceira competição de Altobeli nos 3.000m com obstáculos depois de muito tempo sem disputar a prova. “Em 2011, fiz uma prova em Piracicaba. Tinha perdido os 5.000m de manhã, achei que era à tarde. Então perguntei: ‘Que prova que tem?’ Tinha os 3.000m com obstáculos. Fiz sem nunca ter treinado e corri em 9m30s. Em 2012, abandonei a prova. Depois de três anos e meio, voltei a fazer este ano. Fiz cinco treinos, competi uma vez, caí no fosso, mas fiquei a cinco segundos do índice olímpico. Na segunda vez, fui lá e fiz”, disse, em referência à quinta etapa do campeonato paulista, em 7 de maio, em São Bernardo do Campo (SP).
 
A última vez que o Brasil teve representantes na prova masculina dos 3.000m com obstáculos foi em Atlanta 1996, com Clodoaldo Lopes do Carmo. Altobeli ainda disputa os 5.000m no Ibero-Americano, na próxima segunda (16.05), em busca do índice.
 
Demais pódios
Das 17 provas disputadas na manhã deste sábado, em quatro os pódios já foram definidos. Nos 3.000m com obstáculos feminino, a argentina Belén Casetta ficou com o primeiro lugar, com 9m42s, e alcançou o índice olímpico para os Jogos Rio 2016. A marca ficou três segundos abaixo do mínimo exigido.
 
A atleta comemorou o fato de poder disputar uma Olimpíada na América do Sul. “Não podia acreditar. Será especial estar aqui, porque também pode vir toda a minha família me ver correr, porque estão próximos”, comemorou Casetta, que no momento da vitória só tinha um desejo: “Não tem como explicar, é uma emoção incrível. Vontade de sair correndo até a minha casa e abraçar a minha mãe”.
 
A brasileira Tatiane Silva conquistou a prata, após ficar a um segundo do índice (9m46s), enquanto a peruana Zulema Arenas, com 9m56s, completou o pódio dos 3.000m com obstáculos feminino.
 
No salto em altura feminino, a norte-americana Chaunte Lowe venceu ao superar 1.96m. O segundo lugar ficou com a brasileira Valdileia Martins, com 1.84m, e o terceiro posto com a espanhola Raquel Álvarez, que saltou os mesmos 1.84m, mas na segunda tentativa.
 
Na outra final desta manhã, Jennifer Dahlgren, da Argentina, lançou o martelo a 65.87m e levou o ouro. As brasileiras Anna Pereira (61.42m) e Mariana Marcelino (60.91m) ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.
 
Chaunte Lowe imagina o Engenhão em agosto: "eletrizante". (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)Chaunte Lowe imagina o Engenhão em agosto: "eletrizante". (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
Avaliações do Engenhão
Belén Casetta adorou a nova pista do Estádio Olímpico. “Está incrível, a pista está muito rápida, muito boa, muito boa a organização”. A brasileira Franciela Krasucki, que está classificada para a final dos 100m na noite deste sábado, também elogiou. “Muito boa. Achei rápida por ser nova. A de fora (de aquecimento) é a mesma coisa, se não me engano é o mesmo material. Eu gostei bastante do que eu senti e tenho certeza que nos Jogos Olímpicos vão sair ótimos resultados aqui”.
 
Campeã mundial indoor do salto em altura em 2012 e detentora do recorde dos Estados Unidos, Chaunte Lowe fez a melhor marca da temporada (1.96m) no Engenhão. A atleta disse que adorou o estádio e comentou a preocupação com o vírus Zika.
 
“O estádio é ótimo. Eu consegui a melhor marca do ano, isso é muito bom. Acima de tudo, eu gosto das pessoas aqui. Elas são muito amáveis e tudo que me deram pra comer foi delicioso. Eu me sinto confortável de trazer minha família, não vi nenhum mosquito. Claro que vamos tomar precauções, tomar água filtrada, usar repelente, mas para ser honesta, você treina sua vida toda para isso. Sou muito mais picada na Flórida”.
 
Lowe, que ainda precisa passar pela seletiva americana em julho, já imagina como vai ser a atmosfera em agosto. “Tem um pequeno grupo de torcedores ali. Eles gritaram tanto, estão tão animados que já deu pra ver que este estádio estará eletrizante nos Jogos com o estádio cheio”.
 
Dartagnan comandando a torcida na arquibancada do Engenhão. (Foto: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.br)Dartagnan comandando a torcida na arquibancada do Engenhão. (Foto: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.br)
 
Torcida
O público, que teve entrada gratuita ao Estádio Olímpico, mostrou muita animação desde as primeiras horas da manhã. Isaías Moura, 14 anos, morador da Cidade de Deus, acordou às 5h para pegar o ônibus com mais 50 amigos que são de uma escolinha de futebol da comunidade. Pela primeira vez ele viu uma competição de atletismo. “Estou animado, levantei cedo pra vir”, comentou o zagueiro, que pode arriscar correr se não seguir nos campos de futebol. “Estou achando muito legal”.
 
O responsável por levar a garotada para conhecer o Engenhão é Gilmar Sobreira, fundador da escolinha, que atende a 150 alunos no total. “Tenho esse projeto há mais de 30 anos e sempre que posso, fazemos esses passeios. Fico feliz em ver que os meninos estão sendo bem encaminhados na vida”.
 
Para manter a empolgação da torcida, a banda comandada por Dartagnan Jatobá dava a trilha sonora das disputas. Animando o público brasileiro em quatro Olimpíadas e três Pan-Americanos, o músico tem experiência de sobra em grandes eventos. “Somente nas Olimpíadas de Barcelona em 1992, fizemos 31 eventos. Vimos o vôlei ganhar, o Rogério Sampaio, no judô”, lembra. Jatobá teve a iniciativa após sentir o que é competir em um estádio silencioso. “Era judoca e sentia como era entrar no tatame e não ter ninguém apoiando. Então, começamos de forma espontânea com uns amigos de Jacarepaguá e hoje temos uma empresa contratada pela Caixa, que nos apoia”, finalizou.
 
Carol Delmazo e Gabriel Fialho, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Rio inaugura Arena Carioca 2, penúltimo palco entregue para os Jogos Rio 2016

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

O cenário está quase pronto e perfeito para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 após a inauguração da Arena Carioca 2, no Parque da Barra. O palco das lutas livre, greco-romana e do judô, a modalidade que mais medalhas olímpicas deu ao país e que em agosto é mais uma vez esperança de pódios para o Brasil, foi entregue ao Comitê Organizador neste sábado (14.05).

A cerimônia de inauguração contou com a presença do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. Ele exaltou o momento como oportunidade de mostrar um país pronto para organizar os Jogos em agosto. “Nós iremos cumprir com todos os compromissos que ainda faltam para os Jogos junto com a prefeitura e o governo do Rio. Estamos na fase final, dos últimos ajustes para que daqui a 83 dias possamos receber o mundo no Rio”, afirmou.

Penúltimo estádio entregue na fase de preparação, a estrutura foi conferida e aprovada por representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) e atletas da Seleção Brasileira de bocha paraolímpica, modalidade que terá disputa nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 na Arena e que por isso fez os primeiros arremessos após a inauguração.

A Arena Carioca 2 também recebeu selo de qualidade da judoca Sarah Menezes, campeã olímpica em Londres-2012, que visitou o estádio neste sábado. “A estrutura está excelente, estou achando tudo muito lindo. Agora a expectativa é do público, né? Dentro da arena, torcendo para o Brasil, numa motivação bem agradável. Vou esperar o momento, o mês e o dia chegar para dar o meu máximo”, declarou a única campeã olímpica do Brasil no judô na história.

Inauguração Arena Carioca 2Inauguração Arena Carioca 2
Também estiveram na Arena Carioca 2 o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que ressaltou a entrega do local dentro do prazo. Com a Arena Carioca 2 inaugurada, resta para ser entregue entre os estádios apenas o Velódromo, também localizado no Parque Olímpico da Barra.

Estrutura
Com capacidade para até 10 mil pessoas, a Arena Carioca 2 foi a última de três arenas entregues para os Jogos Rio 2016. Assim como as outras, ela será parte importante do legado para os atletas de alto rendimento se prepararem para as próximas olimpíadas e demais eventos internacionais. O desenho da fachada se inspirou nas montanhas da cidade, com formato sinuoso e pilares de madeira.

Os 23 mil m² de área da Arena respeitam a acessibilidade com duas rampas de acesso, banheiros e vestiários adaptados. O financiamento saiu de uma parceria público-privada da prefeitura com a Concessionária Rio Mais.

Depois dos Jogos, as arquibancadas provisórias serão desmontadas e o espaço terá salas de treinamento construídas sobre as lajes. A prefeitura prevê que as modalidades praticadas na Arena serão badminton, esgrima, judô, ginástica rítmica e de trampolim, lutas livre e greco-romana, levantamento de peso e tênis de mesa. Em todas, a expectativa é de ampliar a formação de novos atletas.

 

Rodrigo Vasconcelos, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte

Tradição e modernidade se misturam nas ruas de Ouro Preto com o revezamento

Ouro Preto viveu nesta sexta-feira um encontro entre tradição e modernidade. A cidade que materializa as lutas coloniais e a religiosidade de um Brasil antigo foi invadida por influenciadores digitais, informalmente chamados de youtubers. Blogueira referência de moda e comportamento, a belorizontina Cris Guerra era um dos destaques entre os condutores. "Segurar a tocha é representar o mundo inteiro naquele momento", disse.

Mas quem causou burburinho foi o belorizontino Lucas Ranngel, de 18 anos,fenômeno da web que contabiliza mais de 1,7 milhão de seguidores. Sucesso entre adolescentes e crianças e fenômeno do Vine – plataforma de criação de vídeos de seis segundos –, sua presença concentrou uma multidão de fãs alvoroçados. Foi preciso criar um cordão de seguranças para garantir a passagem dele pelo seu ponto de transição. No meio da rua, a estudante Maria Laura Rodrigues, 14 anos, comemorava."Tirei uma foto com ele", dizia, enquanto outras dezenas de meninas tentavam a todo custo se aproximar do rapaz.

O Youtuber Lucas Rangel causou alvoroço entre crianças e adolescentes no revezamento em Ouro Preto. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)O Youtuber Lucas Rangel causou alvoroço entre crianças e adolescentes no revezamento em Ouro Preto. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)

Abolição
Ouro Preto acordou envolta em névoa e os moradores demoraram a encher as ruas do percurso. Aos poucos, as igrejas badalaram seus sinos e muitos se posicionaram entre o casario e as fitas zebradas, responsáveis por isolar a rota dos condutores.

A história do município se confunde com a do Brasil. Rota por onde os portugueses extraíram e enviaram, oficialmente, pelo menos 800 toneladas de ouro para Portugal, as calçadas se encheram de moradores e turistas que queriam ver de perto a tocha, que passou pelos seus principais cartões postais. Trinta condutores se revezaram ao longo de 7,2 km numa celebração que marcou, também, os 128 anos da abolição da escravatura no Brasil.

Numa das mais antigas de suas 33 igrejas, a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, erguida a partir de 1696, a imagem da santa padroeira da cidade foi colocada na porta para abençoar a passagem da tocha. Por ali, atletas de ginástica de trampolim saltavam quando os sinos da paróquia badalaram, anunciando a chegada da chama.

"A tocha é sinônimo de mobilização do nosso povo e das nações. Ela vem como sinal para congregar os povos e trazer paz que tanto precisamos para vencer as ações de violência e intolerância", disse o padre Marcelo Moreira Santiago, de 51 anos.

Animado com a festa que os Jogos Olímpicos levou para o município, ele se dizia emocionado por acompanhar aquilo tudo. "Não poderia se pensar uma tocha olímpica passando pelo Brasil sem passar por Ouro Preto, uma cidade mundial."

Meninos que integram o Zé Pereira e o Clube dos Lacaios animaram o revezamento na cidade mineira. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)Meninos que integram o Zé Pereira e o Clube dos Lacaios animaram o revezamento na cidade mineira. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)

Zé Pereira
No topo de uma rua íngreme, que culmina no Largo Marília de Dirceu, homenagem à musa do poeta Tomás Antônio Gonzaga, um grupo de meninos esperava ansioso diante de uma porta fechada. Eram os instrumentistas que integram o Zé Pereira e o Clube dos Lacaios. Tradição portuguesa religiosa, o Zé Pereira veio ao Brasil com pegada de bloco carnavalesco. Aos tambores, foram adicionados clarins e os bonecos gigantes se desdobraram em novos personagens.

Um dos que aguardava o começo do batuque era Raimisson Batista, de 14 anos. Ele toca percussão no Zé Pereira e não se acha um instrumentista talentoso, mas gosta da ideia de trabalhar em equipe. "Esse é o grupo musical mais antigo em atividade no Brasil, ano que vem completa 150 anos", destacou o garoto. Assim que as portas se abriram, cada um agarrou seu instrumento. "Um dia poderei falar aos meus filhos que vi a tocha olímpica", celebrava. Sentada ao pé da escada, com um vestido cheio de brilhos e enfeites, Mariane Borges, sete anos, não sabia se esperava com mais ansiedade a tocha ou o começo da batucada. "A tocha vai ganhar!", divertia-se.

Organizando a garotada estava Deolinda Alice dos Santos. Consultora de cultura mineira, ela herdou da família a missão de levar o projeto adiante. "A duras penas, meu bisavô, avô e pai lutaram para preservar a memória histórica cultural de um carnaval tradicional brasileiro", relata. O resultado, garante, é uma maciça participação popular. Assim que o grupo se posicionou, antes mesmo da passagem da tocha pelo largo, alunos de uma escola vizinha gritavam e interagiam com a apresentação.

Nesta sexta-feira, a chama olímpica circulou também por Itabirito e seguiu para Inhotim. No sábado (14.05), passará por Contagem e fará revezamento ao longo de todo o dia na capital, Belo Horizonte.

Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Ouro Preto (MG)

Ascom - Ministério do Esporte

Campeonato Ibero-Americano de Atletismo testa nova pista do Engenhão a partir deste sábado

A nova pista do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, começa a ser testada pra valer a partir deste sábado (14.05), com o início do Campeonato  Ibero-Americano de Atletismo. Mais de 400 atletas de 24 países estão inscritos, incluindo 92 brasileiros. A competição também é evento-teste da modalidade e o trabalho do Comitê Organizador Rio 2016 terá foco na área de competição e no sistema de cronometragem e resultados. Além da principal, a pista de aquecimento será testada. A operação de imprensa também estará sob observação para ajustes visando aos Jogos Olímpicos.
 
Pista à prova neste fim de semana no Engenhão. (Foto: André Motta/brasil2016.gov.br)Pista à prova neste fim de semana no Engenhão. (Foto: André Motta/brasil2016.gov.br)
 
O público carioca poderá acompanhar o campeonato. A única exigência é retirar os ingressos oficiais nas bilheterias do estádio nos dias de competição para ter acesso às arquibancadas. O acesso ocorrerá pelo Portão Oeste (localizado na Rua José dos Reis). Quem for ao estádio, vai ver de perto alguns nomes de destaque no atletismo mundial.
 
Um exemplo é o dominicano Luguelín Santos, medalha de prata nos 400m em Londres 2012, e a equatoriana Angela Tenório, primeira sul-americana a correr os 100m abaixo dos 11 segundos, feito conquistado no Pan de Toronto, no Canadá, no ano passado (10s99). Entre os brasileiros, confirmaram presença Fabiana Murer, vice-campeã mundial do salto com vara, e Mauro Vinícius “Duda” da Silva, bicampeão mundial indoor do salto em distância.
 
Vantagem
O argentino Germán Lauro, medalha de ouro no Ibero-Americano de 2014 no arremesso de peso, veio defender o título e, principalmente, conhecer o Estádio Ollímpico. Ele treinou na pista de competição do Engenhão na manhã desta sexta-feira (13.05).
 
“Já estive aqui no Pan 2007, mas trocaram a pista. Estou feliz de poder competir neste Ibero-Americano e estar no Estádio Olímpico. É notável que ainda há coisas por fazer, estão preparando para os Jogos, mas está muito bom. É uma vantagem estar no Estádio Olímpico antes dos demais, vendo os locais de lançamento, as instalações, a pista de aquecimento”, disse o atleta, já classificado para o Rio 2016.
 
Mesmo com chuva, os treinos continuaram na pista principal na parte da tarde. A pista de aquecimento ficou fechada nesta sexta, mas o Comitê Rio 2016 informou que ela estará aberta e será usada pelos atletas a partir de sábado.  As provas começam com disputa dos 100m do decatlo, às 09h30, e a primeira final está marcada para 10h do mesmo dia, com a realização do salto em altura feminino. O torneio termina na segunda-feira (16.05), com o revezamento masculino 4x400m, previsto para 18h. (Confira a programação completa).
 
Atletas treinaram sob chuva na tarde desta sexta-feira. (Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)Atletas treinaram sob chuva na tarde desta sexta-feira. (Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)
 
Dos 24 países confirmados na competição, 20 são da área específica (nações das Américas, Europa e África de fala portuguesa e espanhola) e quatro vêm de outras áreas da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF). Isso foi permitido por se tratar do evento-teste para os Jogos Olímpicos.
 
Os países com atletas inscritos são: Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, Cuba, Chile, El Salvador, Equador, Espanha, Guiné Bissau, Honduras, Paraguai, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai, Venezuela, Arábia Saudita, Austrália, Estados Unidos e Bulgária.
 
Delegação brasileira
A princípio, foram convocados para a delegação brasileira 94 atletas. Depois do pedido de dispensa de Flavia Maria de Lima (800m) e de Geisa Coutinho (400m), por lesão, a equipe fechou com 92 representantes. Houve ainda três mudanças: saíram Anderson Estevão Venâncio (decatlo), Adelly Oliveira Santos (100m com barreiras) e Cisiane Dutra Lopes (10.000m marcha), que foram substituídos respectivamente por Nicolas Yglesias Nascimento (ASA São Bernardo/Caixa-SP), Maila Paula Machado (EC Rezende Unimep Selam-SP) e Liliane Priscila Barbosa (ABC-DF).
 
Em busca do índice
Duda vai tentar o índice olímpico no Campeonato Ibero-Americano 2016. (Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)Duda vai tentar o índice olímpico no Campeonato Ibero-Americano 2016. (Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)Bicampeão mundial indoor do salto em distância, com duas participações olímpicas (Pequim 2008 e Londres 2012), Mauro Vinícius, o Duda, diz que é questão de tempo para conseguir o índice olímpico (8m15) e não se sente pressionado.
 
“Estou me sentindo bem, não estou me sentindo pressionado, mas é claro que o evento é no Brasil e todo atleta brasileiro fica pressionado no subconsciente. Acredito que consigo garantir logo essa vaga. É questão de tempo, de preparação. Às vezes a performance não virá no tempo que atleta quer, mas no tempo certo. O treinador do atleta é o preparador, ele projeta para que a marca saia na hora certa”, disse.
 
As marcas podem ser alcançadas até 03 de julho, quando termina o Troféu Brasil de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP). O Ibero-Americano é mais uma oportunidade. Duda, que compete no domingo (15.05), treinou nesta sexta-feira no Engenhão e conheceu a pista.
 
“A qualidade é fantástica, pista de primeira. Claro que o Engenhão está em obras, mas a primeira impressão é de satisfação, porque eu tinha uma preocupação da pista não estar pronta para o evento-teste. Vamos testar material, o tipo de sapatilha que vamos usar”,explicou.
 
O Brasil no Campeonato Ibero-Americano
O Campeonato Ibero-Americano teve a edição inaugural realizada em Barcelona, na Espanha, em 1983. Desde então, foram realizadas 16 competições, e o Brasil venceu metade delas. A vitória mais recente foi na última edição, em 2014, realizada no Ibirapuera, em São Paulo. Brasileiros também foram anfitriões da competição em Manaus, em 1990, e no próprio Rio de Janeiro, em 2000.
 
Com o total de 492 pódios, o Brasil é líder da classificação geral do campeonato. É o primeiro também em número de títulos: 169 medalhas de ouro.
 
Entre os recordistas do torneio, estão Robson Caetano, que marcou 10s nos 100 m, no México 1988; Eronilde Araújo, com 48s96 nos 400m com barreiras em Lisboa 1998; e Fabiana Murer, com 4.85m no salto com vara, em San Fernando 2010. Na oportunidade, ela bateu o recorde sul-americano. Depois disso, repetiu duas vezes a marca, em Daegu, na Coreia do Sul, quando conquistou a medalha de ouro no Mundial de 2011, e em Pequim, na China, quando assegurou a prata no Mundial de 2015.
 
Rede Nacional de Atletismo
O Ministério do Esporte está estruturando em todo o país uma Rede Nacional de Treinamento de Atletismo, que contará com dois centros nacionais: a Arena Caixa - Centro de Treinamento de Atletismo Oswaldo Terra, em São Bernardo do Campo (SP), e o Centro Nacional de Treinamento de Atletismo (CNTA), em Cascavel (PR); além de mais 47 pistas oficiais, em todas as regiões. Os investimentos totalizam R$ 375,2 milhões do Governo Federal.
 
Em maio de 2016, um total de 18 pistas foi entregue. As demais estão em diferentes estágios de construção. Em geral, as pistas podem abrigar provas de corrida, saltos (em altura, distância e triplo), arremesso de peso e lançamentos de dardo, martelo e disco. As estruturas, projetadas para obterem certificações da IAAF, podem abrigar treinamento e competições de alto rendimento, como atender às comunidades locais com praticas de iniciação esportiva.
 
Carol Delmazo e Gabriel Fialho, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Flamengo e Rio Preto disputam título do Brasileirão Feminino de Futebol 2016

Foto: Divulgação/CBFFoto: Divulgação/CBF
 
As finais do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino 2016 serão disputadas por Flamengo e Rio Preto. No jogo de ida, o Rubro-Negro recebe as paulistas no Estádio Los Larios, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A partida será às 19h da próxima terça-feira (17.05).
 
Desde que o Brasileiro de Futebol Feminino foi retomado, em 2013, o Governo Federal investe R$ 10 milhões por ano na realização do torneio. 
 
O dia de levantar a taça será a sexta-feira (20.05), às 19h, no Estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto, interior paulista. A equipe do interior paulista está em busca do bicampeonato, enquanto as cariocas querem o título inédito.
 
Fonte: CBF
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Barra, Deodoro, Vila dos Atletas e Engenhão: imagens da reta final das obras

Imagem geral do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brImagem geral do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br
 
Uma série de imagens captadas pela equipe do brasil2016.gov.br e por fotógrafos da Rio 2016 retratam a fase final das obras no Parque Olímpico da Barra, na Vila dos Atletas, no Parque Olímpico de Deodoro e no Estádio Olímpico (Engenhão), que será palco do evento-teste do atletismo neste fim de semana. Há opção de download das fotos em alta resolução tanto individualmente como da galeria como um todo, em formato compactado (.zip). 
 

Barra e Vila dos Atletas
O Parque Olímpico da Barra, principal área de competição, está com as obras 98% finalizadas. A área de 1,18 milhão de metros quadrados receberá 16 modalidades em instalações como o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, Velódromo, Arenas Cariocas 1, 2 e 3, Parque Aquático Maria Lenk, Arena do Rio, Estádio Olímpico de Tênis e a estrutura de transmissão, com o Centro Internacional de Transmissão e o Centro Principal de Mídia. Também na Barra, a Vila dos Atletas está com a estrutura física concluída e em fase de instalação do mobiliário.
 
Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brFoto: André Motta/Brasil2016.gov.br
 
 
Parque Olímpico de Deodoro
A Região de Deodoro será sede de 11 modalidades. Como recebeu os Jogos Pan-americanos de 2007 e os Jogos Mundiais Militares de 2011, a área militar já tinha 60% das áreas de competição construídas. As intervenções de modernização são coordenadas pela Prefeitura e realizadas com recursos do Governo Federal. As novas instalações estão todas concluídas. Incluem a Arena da Juventude, o Circuito de Canoagem Slalom, o percurso de Mountain Bike, o Estádio de Deodoro e a pista de BMX.
 
O Ministério do Esporte destinou R$ 825,4 milhões para as reformas em instalações já existentes, como o Centro Nacional de Tiro, Centro Nacional de Hipismo, Centro de Pentatlo e Centro de Hóquei sobre Grama - e a construção dos novos locais. Desde o Pan de 2007, a região já recebeu mais de 300 eventos esportivos nacionais e internacionais.
 
Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brFoto: André Motta/Brasil2016.gov.br

 

Estádio Olímpico

Palco do atletismo e de algumas partidas de futebol nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão) foi apresentado nesta quinta-feira (13.05). O local passou por obras de adaptação e adequações elétricas que receberam investimento de R$ 52 milhões da prefeitura do Rio de Janeiro.
 
Com a instalação de arquibancadas temporárias nos setores Norte e Sul, o estádio aumentou a capacidade de público de 45 mil para 60 mil espectadores. Na área de competição, a pista principal e a de aquecimento foram substituídas. Outras importantes intervenções foram feitas na parte elétrica, adequada para atender requisitos de novas tecnologias de transmissão e exigências dos Jogos.
 
Foram alterados os sistemas de distribuição de energia, som e iluminação; a infraestrutura para passagem de cabos do sistema de cronometragem, energia e transmissão; aumento do número de câmeras de segurança; instalação de bebedouros; construção de banheiros acessíveis; pintura e limpeza; adequações de acessibilidade para público e atletas cadeirantes; e recuperação de paredes e pisos.
 
Fonte: Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 
 
 

Jovens talentos representarão o Brasil na Copa do Mundo de Varna de Ginástica Artística

(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
 
Na corrida por uma vaga na equipe que disputará os Jogos Rio 2016, dois jovens talentos da ginástica artística feminina brasileira buscam bons resultados na Copa do Mundo de Varna, Bulgária, neste fim de semana. Julie Kim Sinmon, de 18 anos, e Thauany Araújo, de 17, disputam as provas classificatórias nesta sexta-feira. As finais, com as oito melhores por aparelho, serão no sábado e no domingo, com início às 8h50.
 
No caso de Julie, o evento na Bulgária marca a volta da brasileira às competições, após passar por uma cirurgia no joelho, em outubro. Então, mais do que subir ao pódio, o objetivo é conseguir um bom desempenho.
 
“A Julie se apresenta nas barras assimétricas e a maior meta dela, agora, é voltar às competições e se sentir segura novamente. Essa Copa do Mundo faz parte da preparação para os Jogos Olímpicos”, contou Keli Kitaura, uma das técnicas da equipe, lembrando que as cinco ginastas que irão aos Jogos Rio 2016 ainda não estão definidas. A lista das convocadas será divulgada no fim de junho.
 
Já Thauany deve se apresentar pelo individual geral. “Em princípio, a Thauany vai fazer os quatro aparelhos. Ela está bem ranqueada na trave e o objetivo é a conquista de mais uma medalha neste aparelho. Nos outros, esperamos que ela se prepare bem visando aos Jogos Olímpicos”, completou Keli. 
 
Pelo feminino, estão inscritas ginastas da Áustria, Bulgária, Cazaquistão, Eslovênia, França, Guatemala, Hungria, Israel, Jordânia, Letônia, Polônia, Rússia, Suíça, Turquia e Vietnã.
 
Fonte: CBG 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Nathália Brígida conquista bronze no Grand Prix de Almaty

A peso-ligeiro (48kg) Nathália Brígida conquistou a primeira medalha para o Brasil no Grand Prix de Almaty na manhã desta sexta-feira (13). Única representante do judô feminino no primeiro dia de disputas, Brígida derrotou a turca Dilara Lokmanhekim, forçando uma punição à adversária, para conquistar a medalha de bronze. A judoca faz parte do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. 
A única derrota da brasileira foi para a ucraniana Maryna Cherniak, nas quartas-de-final, também na diferença de punições (2-1). Antes disso, Brígida havia passado pela cazaque Abiba Abuzhakynova por ippon, na primeira luta. Na repescagem, ela derrotou a francesa Laetitia Payet nas punições (3-1) e se garantiu na disputa pelo bronze. 
 
O judô brasileiro foi representado nesta sexta também pelo ligeiro Felipe Kitadai, que não avançou ao bloco final de lutas. Na estreia, o medalhista de bronze em Londres 2012 superou o saudita Eisa Majrashi por ippon, mas parou em Otar Bestaev, do Quirguisão, pela mesma pontuação, nas oitavas-de-final. 
 
No sábado, o país terá outros dois medalhistas olímpicos no tatame, com Leandro Guilheiro (81kg) e Ketleyn Quadros (63kg). Domingo, será a vez de Eduardo Bettoni (90kg) e Rafael Buzacarini (100kg) representarem o Brasil no tatame cazaque.
 
Fonte: CBJ
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Chama olímpica celebra Itabira e Drummond

 
Em um de seus poemas mais célebres, o mineiro Carlos Drummond de Andrade afirma que Itabira, sua terra natal, é apenas uma fotografia na parede. Nesta quinta-feira (12.05), no entanto, a nostalgia emoldurada foi promovida a centro de celebração esportiva. Moradores, visitantes, jornalistas e a equipe de organização do revezamento da tocha olímpica dos Jogos Rio 2016 colocaram a pequena cidade de 116 mil habitantes, no Vale do Aço, sob os holofotes do mundo. Depois de passar por Naque e Coronel Fabriciano, a chama encerrou o expediente na terra do poeta mais celebrado do Brasil.
 

Os 60 condutores selecionados para percorrer 12 km atraíam flashes e gritos, mas além de acompanhar a celebração, a comunidade itabirana queria compartilhar sua identidade, cuja matéria-prima é a palavra. Seu expoente máximo se foi há 30 anos, mas, até hoje, a cidade respira poesia, presente até na vida de atletas locais.
 
E agora, Danrlei?
Ainda criança, Danrlei Silva de Araújo tinha parte da visão do olho esquerdo e um mundo de planos e sonhos a conquistar. A cegueira, que já o comprometia do lado direito, tomou conta do outro que ainda enxergava, estabelecendo ali uma série de limitações.
 
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou... Danrlei foi lá e contrariou o poema. Aos 17 anos, se tornou competidor de atletismo em Itabira, chegando a correr 100 m em 14,5 segundos e 400m em 1min11s. Com o apoio do técnico Gustavo, ele, aos 18 anos, foi o primeiro a conduzir a chama olímpica em Itabira, junto com três alunos selecionados em um concurso de literatura e desenho em escolas públicas da cidade.
 
Acostumado a grandes velocidades, Danrlei tentava disfarçar a ansiedade em cumprir os 300 metros de percurso, desta vez no maior tempo que conseguisse. "Farei no ritmo mais razoável possível", disse o jovem estudante que nasceu em Joanésia e mora em Ipatinga, também no Vale do Aço mineiro.
 
A pedra removida
E no meio do caminho de Lívia Barcellos, de 27 anos, "tinha uma pedra", que com empenho ela deu um jeito de transpor para refazer sua história. Em 2013, a ex-jogadora e ex-árbitra de handebol se viu obrigada a encerrar a carreira após ser atropelada e perder um osso do pé em frente ao ginásio poliesportivo da cidade. Avaliada pelos médicos com 10% de chances de voltar a andar, ela decidiu encarar na raça as cirurgias e fisioterapias capazes de derrubar a previsão.
 

Revezamento Tocha ItabiraRevezamento Tocha Itabira

Lívia não pode correr nem pular, o que a impede de treinar, mas anda perfeitamente e voltou à antiga equipe, agora como auxiliar-técnica. "Quem sempre praticou esporte não fica sem. E eu, como atleta, fico emocionada de chegar tão perto dos Jogos Olímpicos conduzindo a tocha aqui na terra de Drummond."
 
Identidade literária
O orgulho literário de Itabira é marcante. O nome do poeta batiza um memorial, uma fundação, a casa onde o escritor viveu, avenidas e estabelecimentos comerciais. "Ele é símbolo da cidade. Pergunte a qualquer pessoa e todo mundo saberá que foi um poeta importante ", diz o ator e professor Lucas Costa, 28 anos.
 
O rapaz leciona no projeto Drummonzinhos, iniciativa municipal que oferece formação cultural completa a crianças e jovens da periferia. Dos oito aos 18 anos, eles estudam teatro, literatura, línguas e praticam esportes no contra-turno escolar.
 
Quem participa do projeto recebe uma missão turística: guiar visitantes por pontos de interesse e recitar poemas de autoria de Drummond em pontos estratégicos da visita. Hoje, 44 placas dispostas em diferentes pontos de Itabira oferecem um mosaico da obra drummondiana. "Este é o único museu de territórios do mundo dedicado aos poemas de um único autor", ressalta Lucas.
 
Recital
Durante o tour da tocha pelo município mineiro, os alunos de Lucas fizeram participação especialíssima nos rituais comemorativos. Eles foram convidados para um pequeno recital, parte da homenagem organizada pelo Memorial Carlos Drummond de Andrade. Em conjunto ou alternando trechos, eles interpretaram poemas célebres, como Memória. Foram eles os primeiros a recepcionar a corredora Larissa Quintão, que, de chama em punho, fez uma passagem pela área do recital.
 
No pátio do memorial, 70 crianças esperavam por ela, segurando balões brancos e vestindo um traje preto e branco. Em uma de suas fotos mais famosas, o poeta, aos três anos, usa roupa idêntica. Quando Larissa se aproximou, meninos e meninas formaram um cordão que a conduziu até o topo do espaço localizado ao lado do memorial, o Pico do Amor. Emocionada, a atleta tremia ao segurar a tocha. "Tudo está lindo. Ainda mais ao ver essas crianças", dizia.
 
A homenagem a Carlos Drummond de Andrade, que exercitava a verve olímpica como cronista de futebol, terminou em um extremo do pátio, ao lado da estátua de bronze do itabirano ilustre. 
 
Ouro Preto e BH
O revezamento da tocha se aproxima da capital mineira. Nesta sexta-feira (13.05), subirá e descerá as ladeiras de Ouro Preto para, em seguida, ir para a vizinha Itabirito. No sábado, Contagem e Belo Horizonte passam o dia mobilizadas pela condução do símbolo olímpico, inclusive pelo complexo arquitetônico da Pampulha.
 
Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de Itabira (MG)
Ascom - Ministério do Esporte

A inspiração, disciplina e o foco de Lais Souza

Ex-atleta da ginástica artística escreveu artigo para o Medium do Ministério do Esporte
 
Os Jogos Olímpicos são inspiradores. Essa é a maior definição que vem a minha cabeça quando penso nesse tema. É uma atmosfera única, que estamos tendo a oportunidade de viver em nosso país. Para mim, mesmo estando fora das competições, tem sido um momento muito especial, pois me faz relembrar toda a minha trajetória no esporte.
 
Participei dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e Pequim 2008 como ginasta. Às vésperas da edição de 2012, já na aclimatação em Londres, sofri uma fratura na mão, o que me impediu de participar pela terceira vez do maior evento esportivo do Planeta. Ir a uma Olimpíada é o objetivo de todo atleta e me sinto privilegiada por ter participado de duas edições.
 
Mais uma prova do quanto os Jogos Olímpicos nos inspiram é que mesmo após deixar a ginástica, a vontade de estar em uma competição dessa grandeza não saiu de mim. Sou uma pessoa que sempre gostou de desafios.
 
Em 2013, com 25 anos, eu quis buscar uma nova meta. Já tinha reinventado a minha carreira e conquistado uma vaga para representar o Brasil nas Olimpíadas de Inverno, em Sochi, na Rússia. Estava me sentindo muito animada.
 
Mas, como já sabem, em um treinamento no dia 27 de janeiro de 2014 aconteceu o acidente. Foi então que tudo mudou. Foram seis meses de hospital, entre crises de choro e de revolta. Me perguntava por que Deus não tinha me deixado o movimento de pelo menos um dedinho. Me perguntava o por que de tudo isso. Aí, vi que estava perdendo tempo e resolvi me focar nas minivitórias.
 
A primeira foi respirar sem aparelhos. Como o impacto na medula tinha feito meu diafragma parar de funcionar, tive que fortalecê-lo. Por isso, eu cantava Ana Carolina o dia inteiro no hospital. E a vida seguiu...
 

Presidente dá posse a Leonardo Picciani como ministro do Esporte

 
O presidente Michel Temer empossou, nesta quinta-feira (12.05), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o novo ministro do Esporte, Leonardo Carneiro Monteiro Picciani. 
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Picciani, 36 anos, agropecuarista e bacharel em Direito, é casado e pai de três filhos. Natural de Nilópolis (RJ), o parlamentar exerce o quarto mandato consecutivo de deputado federal pelo PMDB do Rio de Janeiro. 
 
Em entrevista a jornalistas, Picciani elogiou o andamento da preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. “Os jogos Olímpicos estão andando bem, dentro do cronograma, e tenho convicção absoluta de que não teremos nenhum problema. Pelo contrário. A Olimpíada no Brasil será um sucesso absoluto e certamente engrandecerão a imagem do país perante a comunidade internacional e também deixarão um legado em benefício da população”, comentou o ministro. 
 
Picciani foi secretário de Estado de Habitação do Rio de Janeiro, entre 2009 e 2011, e assessor da Presidência do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, entre 1998 e 2002.
 
 
Confira as fotos da cerimônia de posse:
 

Posse Min. Leonardo PiccianiPosse Min. Leonardo Picciani

 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Seleção brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas faz quatro amistosos contra a Argentina

 
A seleção brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas jogará quatro amistosos contra a Argentina entre os dias 17 e 20 de maio, em Niterói, no Rio de Janeiro. Os duelos contra as argentinas fazem parte da terceira etapa de treinamento da equipe para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que vão de 15 a 22 de maio, na Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef).
 
Brasil vai enfrentar a Argentina em uma série de quatro amistosos em Niterói. Foto: CPBBrasil vai enfrentar a Argentina em uma série de quatro amistosos em Niterói. Foto: CPB
 
Nos dias 17, 18 e 19 de maio, os confrontos serão realizados às 18h, enquanto no dia 20, o jogo será às 19h. Todos os duelos entre brasileiras e argentinas serão abertos ao público.
 
Atualmente, o grupo brasileiro conta com 13 atletas. Uma será cortada em 20 de junho, quando a lista de convocadas para os Jogos será divulgada.
 
O último confronto entre Brasil e Argentina foi no ano passado, nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Em partida que valeu o bronze do evento, as brasileiras venceram com facilidade  — 49 x 19 — e conquistaram a medalha.
 
As duas seleções sul-americanas estão no mesmo grupo nos Jogos Paralímpicos, ao lado de Canadá, Alemanha e Grã-Bretanha. Antes do início do evento o Brasil ainda participa de um quadrangular nos Estados Unidos, que contará com a seleção da casa, China e Canadá.
 
Fonte: CPB
Ascom - Ministério do Esporte

Uniformes das equipes que trabalharão nos Jogos Rio 2016 são apresentados

Com espetáculo da Companhia Urbana de Dança e show de luzes, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos apresentou, nesta quinta-feira (12.05), no Galpão 7 da Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, os uniformes que serão usados pelo time Rio 2016. São dois milhões de itens destinados a 87 mil colaboradores, que formam a força de trabalho do megaevento, incluindo aí os mais de 50 mil voluntários.
 
Foto: Alex Ferro/Rio 2016Foto: Alex Ferro/Rio 2016
 
As cores das peças foram inspiradas no Rio de Janeiro e na padronização visual dos Jogos. A produção dos uniformes foi feita pela 361º, empresa chinesa que é apoiadora oficial do Rio 2016. As peças vieram em 58 contêineres, que chegaram ao Brasil após 45 dias de viagem em navio. A distribuição terá início nesta sexta-feira (13.05), na própria Cidade do Samba, que é o Centro de Credenciamento e Uniformes dos Jogos.
 
Quatro cores diferenciam as áreas de trabalho: atendimento ao espectador (uniforme verde), equipe operacional (amarelo), serviços médicos (vermelho) e oficiais técnicos (azul). No caso dos oficiais, que são os árbitros, há também uma versão mais formal, que será usada em algumas modalidades.
 
"São pessoas de todos os tamanhos e pesos, com e sem deficiência, então a adaptabilidade foi o nosso guia, e as funções são bem diferentes também, então a versatilidade é uma das principais marcas", explicou a diretora de Marca do Rio 2016, Beth Lula.
 
"Esse conjunto vai dar uma demonstração viva da energia dos Jogos, que é o que queremos transmitir ao mundo, com muita descontração. É importante podermos apresentar desde já, para que todos conheçam e possam identificar cada elemento da operação", disse o presidente do Comitê Organizador, Carlos Arthur Nuzman.
 
Detalhes
Para todos, os pares de tênis são da cor verde. Nos bonés, varia a cor da aba de acordo com a área. A calça é prática, já que vira bermuda, enquanto a mochila pode ser usada de três formas. O posicionamento dos bolsos também foi pensado estrategicamente, considerando, sobretudo, os colaboradores cadeirantes.
 
"A bolsa foi muito bem pensada, para não dificultar a checagem de segurança nas instalações, e é três em um, pode ser carteira, mochila e pochete. O tecido dos uniformes ajuda na transpiração, no calor ele fica mais fresquinho, e no frio faz uma capinha para manter as pessoas aquecidas. E conversamos com a nossa área de acessibilidade para ver o que era importante para um cadeirante, então os bolsos são laterais e não atrás", detalhou Beth Lula, acrescentado que foram dois anos de trabalho até chegar aos uniformes apresentados.
 
Quanto às cores, a diretora de Marca destacou a opção pelo verde para o atendimento ao espectador. "O verde é a cor da sinalização, você começa a educar o espectador para saber, que onde tem verde, tem informação pra ele. Uma pessoa vestida de verde é quem vai ajudar", disse.
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Estádio Olímpico é apresentado no Rio após passar por adequações para o Rio 2016

Palco do atletismo e de algumas partidas de futebol nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão) foi apresentado nesta quinta-feira (13.05). Local passou por obras de adaptação e adequações elétricas que receberam investimento de R$ 52 milhões.
 
 
Construído para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, o Engenhão passou por mudanças para sediar os Jogos Rio 2016. Com a instalação de arquibancadas temporárias nos setores Norte e Sul, o estádio aumentou sua capacidade de público de 45 mil para 60 mil espectadores. Na área de competição, a pista principal e a de aquecimento foram substituídas.
 
Outras importantes intervenções foram feitas na parte elétrica, adequada para atender requisitos de novas tecnologias de transmissão e exigências dos Jogos. Foram alterados os sistemas de distribuição de energia, som e iluminação; a infraestrutura para passagem de cabos do sistema de cronometragem, energia e transmissão; aumento do número de câmeras de segurança; instalação de bebedouros; construção de banheiros acessíveis; pintura e limpeza; adequações de acessibilidade para público e atletas cadeirantes; e recuperação de paredes e pisos.
 
A prefeitura do Rio ainda construiu a estrutura metálica que abrigará o painel eletrônico de resultados, que terá 30 metros de comprimento por nove de altura. O telão utilizará a tecnologia de LED e será o maior já instalado em estádios. Atletas e público poderão acompanhar nele os resultados e assistir novamente aos melhores momentos das provas. A tecnologia será montada pelo Comitê Organizador Rio 2016.
 
A partir deste sábado (14.05), o Engenhão recebe o Campeonato Íbero-Americano de atletismo, evento-teste da instalação. As provas vão até segunda-feira (16.05). A competição reunirá 300 atletas de 25 países. Depois, entre 18 e 21 de maio, será a vez de o estádio sediar o Open Internacional de Atletismo Paralímpico. 
 
Estádio Olímpico. Foto: Alex Ferro/Rio2016Estádio Olímpico. Foto: Alex Ferro/Rio2016
 
Praça
No entorno do estádio, o destaque é a Praça do Trem, que teve os galpões restaurados e recebeu nova iluminação, paisagismo, reparos na rede de drenagem e pavimentação. A Praça do Trem tem aproximadamente 35 mil metros quadrados e recebeu um conjunto de melhorias urbanísticas e construção de calçadas e ciclovia. O projeto incluiu uma esplanada acessível para facilitar a circulação e atender a logística de operação dos Jogos. Após o evento, será uma praça com mobiliários urbanos. Durante os Jogos, será o principal acesso do público ao Engenhão.
 
Cerca de 90 árvores foram plantadas, respeitando a visibilidade dos galpões. A iluminação utiliza lâmpadas de LED e 15km de dutovias para garantir eficiência energética e permitir o uso do local durante a noite. Logo após os Jogos, será inaugurada na Praça do Trem a Nave do Conhecimento Olímpica, instalada em um prédio de dois andares, com salões de mil metros quadrados.
 
Grafite
Quem chega ao Engenhão pela Praça do Trem pode conferir obras dos grafiteiros Airá OCrespo, Cazé, Duim, Gil Faria, Josué, Pakato, Rena e Sark, reunidas pelo Instituto Eixo Rio. Os desenhos estão em um painel de 400 metros quadrados e são inspirados em comportamentos despojados atribuídos aos cariocas e em pontos turísticos como Arcos da Lapa, Maracanã, Corcovado, Praça da Apoteose e Pão de Açúcar.
 
Além da reforma da praça, o projeto de revitalização dos arredores do Engenhão, iniciado em 2014, inclui a reurbanização das ruas do entorno do estádio. Na primeira fase, entregue em janeiro de 2015, foram beneficiadas as ruas que formam o quadrilátero do entorno do estádio. Elas ganharam acessibilidade, novos passeios, meios-fios e sarjetas, uma ciclovia com 2 quilômetros de extensão, além de infraestrutura para nova iluminação e posterior conversão de redes aéreas para subterrâneas.
 
A segunda parte do projeto contemplou a reurbanização de 32 vias visando à melhoria de acessibilidade no bairro com nova pavimentação de calçadas, recapeamento das faixas de rolamento e realinhamento de meios-fios. Também foram executados serviços de manutenção, limpeza e reforço de captação superficial na rede de águas pluviais, eliminando pontos de alagamento no bairro. O investimento total nas intervenções foi de R$ 115,6 milhões.
 
Fonte: Rio 2016
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Casa do boxe e do vôlei sentado, Pavilhão 6 do Riocentro é entregue

A sede das competições de boxe na Olimpíada e do vôlei sentado nos Jogos Paralímpicos foi entregue ao Comitê Organizador Rio 2016, nesta quarta-feira (11.05), no centro de convenções Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Pavilhão 6 tem 7,5 mil metros quadrados e contará com nove mil lugares em arquibancadas provisórias para o megaevento.
 
Fotos: Carol Delmazo/brasil2016.gov.brFotos: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br
 
O local tem pé direito de 15 metros e o vão livre não tem pilastras, já que as estruturas de sustentação ficam do lado de fora. Os dutos de ar condicionado foram elaborados com materiais leves, para serem acomodados no teto e ao redor da estrutura que, a princípio, seria provisória, e atenderia apenas aos Jogos Rio 2016.
 
“A prefeitura entendeu por bem primeiro, buscar recursos privados, segundo, que tivesse um legado permanente para a cidade. Então, fizemos um acordo com a GL Events, que tem a concessão do Riocentro e da Arena Rio (no Parque Olímpico). A prefeitura renovou a concessão da Arena Rio, e isso permitiu que a GL Events arcasse com todo o custo da construção desta estrutura (o Pavilhão 6)”, explicou o prefeito Eduardo Paes.
 
Após os Jogos, o espaço será transformado em um anfiteatro permanente com capacidade para 5500 lugares, podendo chegar a 10 mil pessoas. “Isso vai permitir a atração de vários eventos, porque era uma carência da cidade ter um grande auditório. Agora esse complexo (o Riocentro) tem capacidade de receber eventos internacionais para 20 a 25 mil pessoas, sem grandes construções, como acontecia no passado. E é um legado gerador de receitas para a cidade. Não é um mercado imediato, não virá em 2017, mas vai acontecer ao longo dos anos a partir deste trabalho”, disse o presidente da GL Events no Brasil, Arthur Repsold.
 
Entrega do Pavilhão 6 do Riocentro: espaço será transformado em um anfiteatro. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.brEntrega do Pavilhão 6 do Riocentro: espaço será transformado em um anfiteatro. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br
 
A concessão para o Riocentro teve início em 2006 e tem duração de 50 anos. Além do Pavilhão 6, outros três espaços do centro de convenções vão receber competições dos Jogos Rio 2016: o Pavilhão 2 sediará o levantamento de peso (olímpico) e o halterofilismo (paralímpico); o Pavilhão 3 vai receber o tênis de mesa olímpico e paralímpico; e o Pavilhão 4 será o palco do badminton.
 
As obras no Pavilhão 6 e as adaptações nos outros três pavilhões – como melhorias nos sistemas de prevenção de incêndio, acústica, água e esgoto -  foram custeadas pela GL Events. O valor total é de cerca de R$ 50 milhões. A contrapartida da Prefeitura foi a extensão do contrato de concessão da Arena Rio, sede das competições de ginástica nos Jogos Olímpicos, por trinta anos.
 
Foto: Prefeitura do Rio de JaneiroFoto: Prefeitura do Rio de Janeiro
 
“Licitação (para o Pavilhão 6) não dava , é um espaço concedido por 50 anos. Não tem como licitar no espaço privado. Ou você fazia com dinheiro público ou fazia com a empresa privada que está aqui”, justificou Eduardo Paes.
 
O prefeito enfatizou que as entregas de arenas de competição estão na reta final. As obras de reforma do Estádio Olímpico, o Engenhão, serão apresentadas nesta quinta (12.05). A Arena Carioca 2 vai ser entregue no próximo sábado (14.05). A previsão, segundo Paes, é de que o Velódromo seja apresentado na primeira quinzena de junho.
 
“É um momento simbólico para a gente, apesar da crise econômica por que passa o país e que não começou ontem. Foram vários questionamentos. Vai dar tempo? As grandes empresas de engenharia e empreiteiras estão passando dificuldades, vão conseguir entregar? Estamos chegando muito perto da Olimpíada, faltando menos de 3 meses, e estamos entregando todos os equipamentos à disposição do Comitê Organizador. Mas é óbvio que vai ter sempre um ajuste”, disse Paes.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Começam aulas teóricas para 455 jovens que vão trabalhar como aprendizes nas Olimpíadas e Paraolimpíadas

 
Nesta segunda-feira (09.05), será ministrada, na cidade do Rio de Janeiro, a aula magna que dará início ao processo de formação teórica de 455 jovens que trabalharão como aprendizes na organização de eventos esportivos durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016. Eles serão os primeiros beneficiados pelo decreto publicado essa semana no Diário Oficial da União (DOU), que permite às empresas que não têm condições, por não disporem de local adequado aos jovens, fazer a contratação desses meninos e meninas e os liberarem para cumprir as aulas práticas em outro lugar.
 
O Projeto Jovem Aprendiz do Desporto (Jade) visa à formação e à capacitação de jovens e pessoas com deficiência para desempenharem atividades como auxiliares de práticas e administração esportivas, além de organizadores de eventos para atuar nessa área: clubes, vilas olímpicas, academias e todo local em que se promova atividades esportivas. A ação já é realizada em São Paulo e no Distrito Federal, com turmas-piloto, onde eles atuam como auxiliares em aulas de prática esportiva, campeonatos e eventos sociais. Com a nova turma aberta no Rio, mais um estado passa a ser beneficiado. 
 
A iniciativa do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), que já envolvia aprendizes que trabalhavam em bancos de todo o país, passa a incorporar a área esportiva, por meio da Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000). A parceria com o Ministério do Esporte propiciará o acesso a oportunidades de trabalho, qualificação e formação profissional no esporte, de forma praticamente simultânea, a jovens de todo o Brasil.  A mudança irá permitir que mais deles possam exercer o aprendizado, garantindo a agenda escolar e o tempo de profissionalização.
 
De acordo com o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Célio René, o programa oferece aos jovens uma qualificação ampla tanto profissional como esportiva. “O Jade é importante por vários aspectos, um deles é que oferecemos aos jovens a oportunidade de qualificação profissional e a capacitação maior para que eles possam entrar no mercado de trabalho nas áreas esportivas. Além disso, os jovens vão está participando de um dos maiores eventos esportivos do mundo, um misto de emoção, capacitação e aprendizado”, completou. 
 
Para o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, a medida vai beneficiar diretamente aqueles que buscam uma colocação no mercado de trabalho, com qualificação profissional e sem atrapalhar o horário escolar. “O que nós queremos com essa mudança é permitir que mais jovens possam exercer o aprendizado, garantindo tempo de escola e tempo de profissionalização”, disse o ministro. 
 
A coordenadora de Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Ana Alencastro, afirma que a "intenção é firmar convênios com estados e municípios para a contratação de aprendizes do desporto em academias públicas e áreas de lazer. “O nosso objetivo é expandir o projeto para os demais estados até 2018.”
 
A turma que começa nesta segunda, no Rio de Janeiro, terá 400 horas de aulas teóricas, no turno inverso ao da escola, divididas em duas etapas. A primeira terá início dia 9 de maio e vai até 30 de junho, quando serão interrompidas por causa dos Jogos Rio 2016. Os alunos retornarão para a sala de aula após as Paraolimpíadas, no fim de setembro, e concluirão o curso em 21 de dezembro.
 
 
Erica Asano 
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Sob céu colorido por parapentes, tocha olímpica chega a Governador Valadares

Do alto dos seus 1.123 metros de altitude, o Pico do Ibituruna emoldura o cenário de onde, nesta quarta-feira (11.05), a tocha olímpica saltou de parapente e sobrevoou o Rio Doce até pousar no centro de Governador Valadares. Moisés Sodré, o Moka, de 48 anos, fez as vezes do condutor responsável pelo início de um espetáculo que mobilizou moradores daquela que é considerada a capital mundial do voo livre.

Foto: Ivo Lima/Ministério do EsporteFoto: Ivo Lima/Ministério do Esporte

Adenízia da Silva, campeã com a seleção brasileira de vôlei nos Jogos de Londres, em 2012, e o canoísta Sebastián Cuattrin foram dois dos 65 homens e mulheres que empunharam a tocha por 13 quilômetros do município de 264 mil habitantes (dados do IBGE de 2010). A abertura do trajeto teve o céu colorido por parapentes pilotados por atletas amadores do esporte radical que fizeram a escolta da tocha. "Como piloto e atleta, esse foi um momento único que tivemos por aqui e que, na minha geração, certamente, não se repetirá", disse Moka.

Uma bandeira se destacava entre os que aguardavam pela passagem da tocha. Era da cidade de Sobrália, a 45 quilômetros de Governador Valadares. Um grupo de meninos fãs de esporte pegou a estrada especialmente para prestigiar o professor da escolinha de futebol na qual estudam, escalado para transportar a chama dos jogos Rio 2016. Fábio de Oliveira, o mestre, criou o projeto Gol de Placa, que ministra aulas grátis a todos os interessados. "Estamos nos preparando há mais de duas semanas", contou Thiago Pereira da Silva, 10 anos, aluno do projeto.

Foto: Ivo Lima/Ministério do EsporteFoto: Ivo Lima/Ministério do EsporteCom o corpo pintado com jenipapo, Douglas Krenak (foto), de 33 anos, preparava-se para a cerimônia de revezamento já no início da tarde. Morador de uma aldeia a 130 km de Governador Valadares, o filho de índios aprendeu no Rio Doce a remar, praticou futebol de campo e vê na chama olímpica o símbolo de continuidade do esporte entre seu povo e as próximas gerações. "Na minha tribo, o fogo representa o nascimento, o que é muito significativo. É a vida", disse ele, que já participou de jogos indígenas em Guaíra, no Paraná.

Sheila Krenak, irmã de Douglas, resgatou a tradição de pintura da etnia para acompanhá-lo em seu momento de prestígio. "Muitas pessoas acham que fomos extintos, mas estamos aqui, fazendo parte da cidadania brasileira." Emocionada, refletiu sobre a crescente desvalorização da cultura indígena e a natureza atlética dos povos das florestas e matas brasileiras. "Somos esportistas. Vivemos às margens de um rio, caçamos, pescamos, coletamos, nossa religião é voltada para a questão ambiental", relembrou.

Ela estava acompanhando por um grupo de cerca de 50 índios em trajes de festa. Enquanto Douglas aguardava sua vez de conduzir o símbolo olímpico, eles estavam na calçada balançando chocalhos e ensaiando passos ritualísticos. Quando o fogo foi aceso, todos cercaram o condutor em um abraço coletivo. Assim, unidos, cantando e dançando seus passos sagrados, eles percorreram os 200 metros do trajeto.

Ao se aproximarem do ponto de transição, Douglas parou de frente para os outros índios, todos intensificaram o ritual e aumentaram o volume dos cânticos, assistidos com admiração pelo condutor seguinte, o canoísta Cuattrin.

Cuattrin (E) recebeu a chama de Douglas Krenak e a conduziu em um trecho sobre o rio no qual iniciou sua vida na canoagem. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)Cuattrin (E) recebeu a chama de Douglas Krenak e a conduziu em um trecho sobre o rio no qual iniciou sua vida na canoagem. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)

De tão ansioso, Sebastián Cuattrin havia chegado ao local de encontro de condutores duas horas antes do previsto. Cuattrin foi campeão brasileiro – já participou de 132 campeonatos nacionais –, sul-americano, panamericano, e ficou na oitava colocação em um campeonato mundial de canoagem. Seu maior feito, no entanto, foi disputar quatro olimpíadas, conquistando oitavo lugar em uma final. "Conduzir essa chama te remete a tudo que você fez na carreira e o legado que ela deixa é esportivo: as pessoas se voltam para os ideais da disciplina, de fazer melhor, de excelência e vontade de vencer", salientou. Ele já é experimentado na condução de símbolos olímpicos. Em 2004, quando foi realizado o primeiro revezamento internacional, a tocha passou pelo Rio de Janeiro e Cuattrin teve o privilégio de carregá-la.

Cuatrin recebeu a tocha de Douglas Krenak e a levou para um recanto da cidade que faz parte de sua própria história. Ele passou pela Ponte da Ilha, reformada por seu pai, um engenheiro já falecido. Abaixo dela corre o rio onde ele deu suas primeiras remadas. Pouco antes de deixar o fogo olímpico seguir seu caminho, exclamou: "isso aqui é bom demais!"

Sabor especial
Campeã olímpica em Londres há quatro anos, Adenízia teve seu primeiro contato com o vôlei aos 9 anos, a convite de um professor, em Governador Valadares. Tantos títulos conquistados ao longo de duas décadas custaram muito esforço e dedicação da jogadora, mas representar sua modalidade esportiva na condução do símbolo dos Jogos Rio 2016 teve sabor especial. "Correr esses 200 metros na minha cidade foi mais difícil que ganhar uma medalha olímpica", brincou Adenízia, responsável por acender a pira olímpica durante a cerimônia que se repete em todas as noites nas cidades dormitório da tocha.

Adenízia, campeã olímpica em Londres-2012 com a seleção de vôlei, acendeu a pira em Governador Valadares. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)Adenízia, campeã olímpica em Londres-2012 com a seleção de vôlei, acendeu a pira em Governador Valadares. (Foto: Ivo Lima/ Ministério do Esporte)

Revezamento da Tocha
Antes de chegar a Valadares, o revezamento da tocha cruzou as ruas de Datas, Serro e Guanhães. Nesta quinta-feira, a chama olímpica segue viagem e passa pela pequena Naque, Coronel Fabriciano e encerra a jornada em Itabira, no Vale do Aço mineiro.

Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Governador Valadares (MG)

Ascom - Ministério do Esporte

Ministério do Esporte lança edital para projetos de Alto Rendimento

O Ministério do Esporte abriu chamada pública para selecionar projetos de alto rendimento, publicado no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (11.05), no valor de R$ 150 milhões para as entidades privadas sem fins lucrativos que apresentarem propostas. O edital tem como objetivo ampliar o legado dos Jogos Rio 2016 e fortalecer a Rede Nacional de Treinamento.

“O Governo Federal tem como diretriz que o legado seja amplo, de forma a beneficiar o maior número de modalidades, da base ao alto rendimento. Este edital integra o investimento histórico que estamos fazendo no esporte brasileiro desde que o país foi escolhido, em 2009, para sediar os Jogos de 2016. Manter esse nível de aporte é necessário para que o esporte nacional mantenha um crescimento sustentável. Quem mais vai se beneficiar com isso serão as futuras gerações de atletas”, comentou Ricardo Leyser, ministro do Esporte.

Os recursos serão destinados para a viabilização de equipe técnica multidisciplinar para os atletas e a participação deles em competições nacionais e internacionais; na realização de treinamentos e intercâmbio; na aquisição, instalação, operação e manutenção de equipamentos e materiais esportivos; ações de ciência e tecnologia aplicadas ao desenvolvimento do esporte; capacitação de recursos humanos para atuação técnica e direta com atletas; e administração e custeio de despesas necessárias a preparação, organização, realização e legado dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos.

» Confira a íntegra do edital

Cada projeto poderá captar no máximo R$ 35 milhões. Para enviar as propostas, as entidades devem estar cadastradas e aptas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv). O Plano de Trabalho deve conter a descrição do objeto, que tem que estar conectado com as metas a serem atingidas; descrição das mesmas metas, quantitativas e mensuráveis, além de atividades ou projetos a serem executados; forma de execução das ações; definição dos indicadores, documentos e outros meios a serem utilizados para a aferição do cumprimento das metas; a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas e; os valores a serem repassados mediante cronograma de desembolso.

Rede Nacional
A Rede Nacional de Treinamento, aposta do governo federal como legado de infraestrutura esportiva e de nacionalização dos efeitos dos Jogos Rio 2016, pretende interligar as diversas instalações existentes ou em construção em todo o país. A Rede contará com diferentes padrões de estruturas e atenderá dezenas de modalidades, desde a fase de detecção e formação de talentos até o treinamento de atletas e equipes olímpicas e paralímpicas.

Parceria entre o governo federal, estados, municípios e Confederações, a Rede foi instituída pela nova Lei 12.395. A ação também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas.

O objetivo é criar um caminho para o atleta desde a sua entrada na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as instalações terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento, garantindo a formação da base para além de 2016, até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções nacionais, com toda a qualificação que isso requer. Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões.  

Ascom - MInistério do Esporte

 

Simpósio em Fortaleza debate gestão de equipamentos esportivos no Brasil

A Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com o Ministério do Esporte, promove o primeiro Simpósio de Gestão do Esporte em Unidades Esportivas. O evento, de quinta a sábado (12, 13 e 14.05) em Fortaleza, vai debater os desafios na formação da Rede Nacional Integrada de Treinamento.  

O secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Guilherme Ângelo Raso, vai abrir o simpósio com a palestra sobre os desafios futuros da Rede Nacional de Treinamento que a pasta está estruturando em todo o país. O objetivo da Rede é interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas.

Desde que o Brasil conquistou, em outubro de 2009, o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o governo federal tem atuado para que o legado do maior evento esportivo do planeta contemple todos os estados e o Distrito Federal. Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação da Rede, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões.

Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões. Toda essa infraestrutura esportiva vai compor a Rede Nacional de Treinamento, criada pela Lei 12.395/2011. São recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 246 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficiais de atletismo e instalações olímpicas no Rio de Janeiro, além de possibilitar a reforma e a construção, também na capital fluminense, de locais de treinamento durante os jogos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O simpósio será voltado para gestores governamentais, prefeituras, secretarias de esportes, confederações, clubes, atletas e interessados. O papel dos clubes na Rede, o modelo de gestão de instalações esportivas e a gestão do conhecimento do esporte no Brasil, da base ao alto rendimento, também serão debatidos.

O assessor especial do Ministério do Esporte Joel Benin vai falar sobre os legados dos Jogos Olímpicos. Já a Cássia Damiani, secretária executiva substituta do Ministério do Esporte, vai falar sobre o Diagnóstico Nacional do Esporte: o grau de desenvolvimento do esporte no Brasil.

Serviço
1° Simpósio de Gestão do Esporte em Unidades Esportivas
Data:de quinta a sábado (de 12 a 14.05)
Local:Hotel Recanto Wirapuru, Av. Alberto Craveiro, 2222 – Castelão, Fortaleza (CE)


Ascom – Ministério do Esporte

Governo Federal lança Guia que busca padronizar e integrar ações para coibir a violência no futebol

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Em dias de clássicos a tensão aumenta e a rivalidade fica acirrada. Atletas e técnicos dizem que é um jogo a parte. Algumas cidades do país se mobilizam dias antes das equipes entrarem em campo. O futebol mexe com a paixão dos brasileiros, compõe a identidade cultural do povo. Mas, também se tornou motivo de preocupação. Muitos torcedores deixam de ir aos estádios com medo da violência. Seja no trajeto, no entorno ou dentro das Arenas, as brigas vem prejudicando o espetáculo.

Na cerimônia de lançamento do “Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas”, nesta terça-feira (10.05), em Brasília, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, comparou as paixões futebolísticas às políticas e disse que se elas não forem canalizadas para serem construtivas se tornam perigosas. “O esporte, assim como a política são focos que a paixão trabalha de uma forma muito intensa. A paixão, quando bem canalizada, é uma energia construtiva. Quando ela é dosada, colocada no seu devido lugar, se transforma em amor, constância, paciência e vitória. Já a paixão, quando ela toma conta e nos deixa cegos, ela enterra: pá e chão. Parece que o Brasil, neste momento, está tendo paixão em excesso, descanalizada, completamente descontrolada. Um momento em que a sociedade parece tomada por rancores, ódio e intolerância e se deixa cegar por completo por aqueles que estimulam, por interesses mais perversos, a paixão negativa”.

Para diminuir esta intolerância, coibir a violência e promover uma cultura de paz, foi elaborado o documento que busca padronizar a ação dos responsáveis pela segurança nos eventos esportivos. “Nós precisamos saber que há coisas que são mais importantes que as nossas vis paixões”, prosseguiu Aragão. “É disso que aqui se cuida, quando se fala de um manual que recomenda para a atuação com paz nos jogos. Precisamos também de paz na política, para centrarmos e saber distinguir quem é que está querendo fazer diferença e quem está querendo se aproveitar. Para que nós não sejamos joguetes das nossas paixões. Para sermos capazes de viver em um ambiente de tolerância. Não joguemos fora nossas conquistas”, completou.

Ministros Ricardo Leyser (esq.) e Eugênio Aragão (dir.) homenageiam ex-jogador Edmilson. (Foto: Roberto Castro/ ME)Ministros Ricardo Leyser (esq.) e Eugênio Aragão (dir.) homenageiam ex-jogador Edmilson. (Foto: Roberto Castro/ ME)

O Guia foi resultado de discussões que envolveram diversos órgãos dos governos Federal, estaduais, municipais, Forças de Segurança, entidades esportivas, representantes da sociedade civil e das torcidas organizadas. Para a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina De Luca, o diálogo necessário para a elaboração do documento é o mesmo caminho que deve ser trilhado para a superação do ódio. “Hoje o que mais se tem é o crime de ódio: não suporto o outro porque ele é diferente, porque torce por um time diferente, porque ele não tem os mesmos gostos que o meu. Temos que nos despir de uma cultura de violência que é imposta todos os dias. Para superarmos isso dentro do futebol, se fizeram necessários vários diálogos. A única forma de superarmos a intolerância é o diálogo. É colocar todos aqueles que têm a ver com o tema na mesma mesa e tolerar que aquele que não tenha a mesma opinião que a minha possa se manifestar e eu acate. Isso que fizemos”.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ MEReuniões, Câmaras Temáticas e Grupos de Trabalho foram alguns dos espaços de diálogo e trabalho que, desde 2010, deram o embasamento necessário para que se chegasse ao resultado final apresentado hoje. O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, citou os esforços conjuntos para a modernização do futebol, como o Profut, os Cursos de Gestão em Esporte, as novas Arenas e o fortalecimento dos clubes para mostrar que a garantia de segurança nos estádios integra o bom funcionamento da indústria do entretenimento. “Eu gostaria de olhar esse lançamento num contexto mais amplo. Quando garantimos a segurança, estamos arrumando uma engrenagem de uma grande indústria, que no caso do futebol faz parte da nossa própria identidade cultural. Um país desenvolvido deve ter indústrias fortes em várias áreas e, dentre elas, a do entretenimento. E para que a nossa indústria esportiva funcione, ela precisa se modernizar”, destacou.

Um dos aspectos que deu impulso ao processo de modernização do futebol brasileiro foi a experiência adquirida na organização da Copa das Confederações de 2013 e na Copa do Mundo de 2014, quando a palavra-chave em segurança foi integração, conforme explicou Fábio Souza, diretor de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública. “Estabelecemos um tripé, que serviu de base para o desenvolvimento do trabalho: diálogo, com a formação de um grupo de especialistas; planejamento, o Estatuto do Torcedor prevê uma série de planos e a gente busca, com o Guia, não deixar que ele se torne letra morta e; integração, quando falamos da necessidade das reuniões preparatórias para as partidas e a ativação do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)”, disse Souza, citando um dos legados da Copa do Mundo.

Os Centros são salas de situação, que reúnem profissionais de diferentes órgãos. Elas são equipadas com computadores e diversos recursos de Tecnologia da Informação, como monitores que mostram imagens de câmeras espalhadas em pontos estratégicos das cidades e nos estádios. De lá, as Forças decidem, em conjunto, as ações de segurança.

Outro legado para a elaboração do manual foram oficinas e cursos, com intercâmbios internacionais, promovidos pela Secretaria Especial de Segurança para Grandes Eventos (Sesge/MJ), formada para coordenar as ações para a Copa do Mundo e para os Jogos Rio 2016.

Homenagens

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ MEO pentacampeão mundial de futebol, Edmilson Gomes foi nomeado embaixador do Marco de Segurança do Futebol. Ele espera poder passar a mensagem de paz que representa o Guia para outros jogadores. “Como embaixador desse marco, pretendo ajudar passando informações aos atletas e federações, além de conscientizar de que, sozinhos, nós não mudamos nada. Juntos, nós chegamos muito mais longe e conseguimos realmente superar esse desafio”, disse o ex-zagueiro, que foi homenageado com a medalha de honra ao mérito Juscelino Kubitschek.

Agraciado com a mesma honraria, Pitágoras Dytz, consultor jurídico do Ministério do Esporte destacou o trabalho realizado pelo Brasil na organização dos megaeventos esportivos, sem deixar de cuidar de outros temas importantes como o combate à violência. “Esse marco de segurança que entregamos hoje é resultado de muitos anos e muitas dedicações, tenho que colocar no plural, porque não é fácil carregar a responsabilidade de construir uma Copa das Confederações, uma Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Paralímpicos e tocar agendas tão importantes como essa de combate à violência nos recintos esportivos”. 

Os secretários da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurélio Klein, e Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ricardo Gomyde, foram um dos que receberam medalhas. “Não era mais possível que um país que sediou a Copa de 2014 e que, daqui a poucos dias, sediará os Jogos Olímpicos, se acostume com esses fatos violentos que infelizmente têm feito parte do nosso cotidiano. O que se tentou até agora não foi tão eloquente quanto este marco lançado hoje", comentou Gomyde.

Guia

A primeira reunião da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue) em 07 de abril deste ano serviu para validar o texto do Guia, que estabelece algumas orientações que atendem ao Estatuto do Torcedor e que poderão ser aplicadas em qualquer parte do país.

As metas são padronizar as ações de segurança, estabelecer a divisão de tarefas, o compartilhamento de informações, integrar as Forças de Segurança, disseminar novas metodologias de trabalho e defender os direitos dos cidadãos.

O guia foi dividido em três partes, sendo que uma trata dos procedimentos prévios aos campeonatos e jogos, outra que define as responsabilidades dos órgãos envolvidos na segurança pública e a terceira que recomenda diversos procedimentos de segurança.

As ações devem iniciar antes do primeiro jogo de determinado campeonato, quando é elaborado um Plano de Ação de Segurança e Contingências para todo o torneio. Este plano será o documento de referência para todos os envolvidos com o espetáculo e deve prever, dentre outras coisas, o acesso ao estádio e a circulação nas arenas, os perímetros de segurança, a proteção dos torcedores no sistema de mobilidade urbana e os níveis de atuação dos agentes públicos e privados.

Já o Plano de Ação Especial será específico para partidas com grande expectativa de público e aquelas que apresentam um maior risco para a segurança, o que pode depender da situação de determinada equipe no campeonato. Com a definição das responsabilidades de cada órgão envolvido, o objetivo final é integrar o trabalho das Forças de Segurança.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Resumo

Plano de Ação de Segurança e Contingências: traz o planejamento de cada partida em determinada competição, com a definição dos papéis e das responsabilidades entre os diversos órgãos públicos e entidades privadas. Prevê ações que envolvam os acessos ao entorno e ao interior do estádio, atribuições genéricas a cada órgão envolvido, a segurança para o sistema de mobilidade urbana, o controle de acesso e a descrição dos níveis de segurança. 

Plano de Ação Especial: planejamento para partidas específicas, com especial expectativa de público ou situação de risco.

Atividades preliminares antecedentes à realização da partida de futebol: pedido de policiamento, elaboração de laudos, realização de vistoria preliminar de segurança, avaliação de risco, reunião preparatória de segurança e ativação do Centro Integrado de Comando e Controle.

Atribuições: secretarias de Segurança Pública, polícias civil, federal e militar, Corpo de Bombeiros, guardas municipais e Polícia Rodoviária Federal.

Procedimentos para: reunião com representantes de torcidas organizadas; ações no Centro Integrado de Comando e Controle; ações integradas na escolta de torcidas organizadas; ações integradas na realização de segurança de dignitários e escoltas; ações integradas no sistema de mobilidade urbana (ônibus, trem, metrô, BRT, VLT etc.); ações integradas na atuação junto a ocorrências envolvendo artefatos explosivos; ações integradas no estádio/entorno (crime comum, pontos de verificação nos perímetros, acesso ao estádio etc.).

Gabriel Fialho

Ascom - Ministério do Esporte

Na Holanda, seleção brasileira de BMX soma pontos para Rio 2016

A seleção brasileira de BMX formada por Anderson Ezequiel, Renato Rezende, Bianca Quinalha e Priscila Carnaval encerrou a participação na etapa de Papendal da Copa do Mundo de BMX Supercross, na Holanda, somando pontos importantíssimos para o país no ranking que leva aos Jogos Olímpicos Rio 2016. 
 
Foto: Divulgação/CBCFoto: Divulgação/CBC
 
Em seu primeiro compromisso oficial com a seleção logo após se recuperar de uma fratura na clavícula, Renato Rezende mostrou que está pronto para ir mais longe e chegou até as semifinais da elite men, que teve Maris Strombergs, da Letônia, como grande campeão. Bianca Quinalha e Priscila Carnaval fizeram uma boa corrida, mas a disputa foi muito equilibrada e acabaram ficando nas quartas de final. O título da etapa na elite women foi para a holandesa Laura Smulders. 
 
Quem não teve um bom dia foi Anderson Ezequiel, que acabou sofrendo uma queda na disputa das oitavas de final e saiu da pista com uma suspeita de fratura na mão esquerda. O brasileiro chegou a completar sua bateria e logo após a corrida recebeu os primeiros socorros e foi encaminhado para o hospital para realizar uma avaliação mais detalhada e definir exatamente a gravidade da lesão. 
 
"O saldo foi bem positivo, todos somaram pontos no ranking mundial para o Brasil e isso é o mais importante. Estamos na reta final da classificação para os Jogos e cada ponto pode ser decisivo na briga por uma vaga. Agora é focar no próximo desafio que será o Campeonato Mundial em Medellín, na Colômbia, que promete ser um dos eventos mais difíceis da temporada", avaliou Guilherme Pussieldi, técnico da seleção.
 
Fonte: CBC
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Revezamento coleciona histórias na passagem pelo Velho Chico

A maré do Velho Chico enfrenta tempos de pouca chuva e água escassa, mas foi diante da altivez do símbolo dos Jogos Rio 2016 que a pequena Pirapora acompanhou, nesta segunda-feira (9.05), o revezamento da tocha olímpica às margens de um dos mais importantes cursos d'água da América do Sul. Até chegar ao São Francisco e ser ancorada no Benjamim Guimarães – um secular barco a vapor que se transformou em ponto turístico da cidade – a chama se manteve acesa e foi conduzida pelas mãos de cidadãos que hoje transformam a realidade local do município do norte mineiro.
 
 
Mãos como a da indígena Iguaracema Kátia Sulamita da Silva. Ex-moradora de rua e mãe de oito filhos, a condutora deu uma guinada na sua difícil trajetória até parar em Pirapora e desenvolver um projeto social voluntário. Às margens do rio, ela dá aulas de zumba e é figura ilustre entre suas dezenas de alunas. Conduzir a tocha, acredita ela, teve um significado pessoal importante que vai muito além do festivo. "É como transportar a chama que eu mantive acesa dentro de mim nos momentos mais difíceis e que me fez superar e vencer, me tornando um ser humano melhor. Apesar de todo o sofrimento, sou uma pessoa alegre e consigo transmitir essa alegria para as pessoas", afirmou Kátia.
 
A hospitalidade mineira tem dado um tom ainda mais alegre ao comboio do revezamento que começou em Brasília, no último dia 3, e que termina no Rio de Janeiro em 5 de agosto – data em que se iniciam os Jogos Rio 2016. O rio que corta cinco estados e abastece 521 municípios brasileiros também é um fio condutor do espírito de união difundido pelo esporte. Esse sentimento tem o ex-atleta de BMX Hudson Peixoto de Souza, de 32 anos, morador da cidade.
 
Depois de viver do esporte por 20 anos, Hudson cuida da peixaria que o pai fundou há mais de cinco décadas. Enfrenta tempos difíceis com a baixa do rio que, desde 2013, sofre com a escassez de chuva na região. Com a maré baixa, o peixe não circula e não procria, o que faz com que o surubim mais famoso do estado falte em seu refrigerador. Orgulhoso por assistir de perto um pedacinho da história olímpica escrita este ano no Brasil, Hudson comentou o sentimento que percebia em seus conterrâneos nas últimas semanas. "A crise tirou um pouco do foco do esporte, mas a passagem da tocha pelo país desperta, principalmente nos jovens, o interesse por mais informações e pelas práticas envolvidas pelas Olimpíadas", ressaltou.
 
Foto: Ivo LimaFoto: Ivo Lima
 
Do lado do comboio
O céu azul e o calor típico da região mineira nesta época do ano não intimidaram os moradores que pararam suas atividades para acompanhar o revezamento em um tour que segue país afora e corta Minas Gerais até a próxima terça. Principalmente nas pequenas cidades, é notável o engajamento e o interesse de crianças e adultos ávidos em ver de perto a condução da chama. Em Pirapora, amendoeiras e árvores frondosas garantiram a sombra no curto percurso de 2 km percorrido, o que permitiu que muita gente acompanhasse de perto toda a trajetória e seus 10 condutores.
 
Muita gente se abrigou no alto das árvores para assegurar um pouco de sombra e um ângulo melhor para as fotos. Em outro ponto da avenida que margeia o rio, crianças tomavam banho e se divertiam no chafariz da Fonte Luminosa. Uma maneira divertida de aplacar os efeitos da alta temperatura e dar um clima de feriado ao dia útil que trazia de volta à rotina aqueles que há mais de um mês se preparavam para a festa.
 
Pedal hereditário
Uma das condutoras foi a piraporense Rafaela Lisboa, de 20 anos. Filha de um casal de ciclistas, ela não conseguiu escapar do esporte. "Está no sangue", brincou. O pai, colecionador de títulos, mudou-se de Belo Horizonte para o norte do estado e por lá construiu uma pista da modalidade. Mesmo no começo de sua trajetória no BMX, Rafaela já conquistou seis títulos mineiros, dois brasileiros e diversos torneios Brasil afora. "Fiquei muito nervosa e emocionada com a escolha do meu nome para levar a tocha olímpica."
 
Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 
Trio da redação
Em seus pontos de transição, os condutores aguardavam seus momentos de participação, mas quem teve o privilégio de tocar na tocha antes deles foi um trio de estudantes. Victoria Nobre, de 17 anos, Rafael Santos, de 14, e Adriene Tatiane, de 11 anos, foram escolhidos para recepcionar a chama olímpica devido ao bom desempenho escolar que tiveram. Os três venceram um concurso de redação promovido pela rede de ensino do município e, no dia D, desfilavam, orgulhosos, seus uniformes com as cores da bandeira brasileira e a #somostodosbrasil.
 
"Essa passagem da chama por aqui é muito importante para valorizar nossas riquezas e, principalmente, o São Francisco, nosso rio maravilhoso", dizia a orgulhosa Victoria. "Também acho que haverá aumento da renda e melhoria social", previu Rafael.
 
Craque
O mais celebrado de todos os escolhidos para a missão de condutor foi Luís Henrique Pereira Santos. Hoje com 42 anos, Luís Henrique foi jogador de futebol com carreira vitoriosa. Defendeu Flamengo, Palmeiras, Bahia e Fluminense, além de integrar a Seleção Brasileira nas edições de 1991 e 1993 da Copa América. "Jogar futebol é uma coisa normal, algo que sempre fiz. Agora, participar de um evento como esse é incrível. O Brasil é o país do futebol, mas também das Olimpíadas", afirmou o ex-craque, escalado para iniciar e encerrar o percurso da pira em sua cidade natal, no porto do vapor Benjamin Guimarães.
 
Pirapora registrava, em 2014, aproximadamente 56 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua economia é movimentada pelas indústrias de ferro, silício e tecido, alguns dos principais produtos exportados pela região do Norte de Minas.
 
Durante a segunda-feira, o fogo simbólico deu um rasante por Varjão de Minas, Pirapora, e ainda seguiu para a cidade de Montes Claros. Os destinos programados para a terça-feira (10/05) são Bocaiúva, Couto de Magalhães de Minas, Diamantina e Curvelo.
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Pirapora (MG)
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol são apresentados

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Os membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut) foram apresentados nesta segunda-feira (09.05), em cerimônia realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ). Eles serão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das contrapartidas dos clubes que aderiram ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). No total são 18 nomes, sendo nove titulares e nove suplentes, além do presidente Cesar Dutra Carrijo, que explicou as próximas etapas do trabalho.
 

Cesar Carrijo, presidente da APFut. (Foto: Roberto Castro/ ME)Cesar Carrijo, presidente da APFut. (Foto: Roberto Castro/ ME)

“A primeira coisa, mais urgente, será a votação do regimento interno, depois, a normatização das contrapartidas, por exemplo, estabelecendo o padrão de demonstrações contábeis para os clubes. Após esse movimento, receberemos os processos que chegarem”, disse Carrijo. O presidente da APFut já enxerga uma nova conjuntura do futebol brasileiro com o novo padrão de Arenas impulsionado pela Copa do Mundo, com o crescimento dos programas de sócio torcedores e com o Profut, para a modernização da gestão das entidades esportivas.
 
“A APFut vai fiscalizar se os clubes estão gastando dentro dos limites, quanto da receita está sendo usada na folha salarial, se há antecipação de receitas, analisar as demonstrações financeiras e solicitar punição para gestão temerária, exigir alternância de mandatos, ingressos a preços populares, investimentos em categorias de base e no futebol feminino. Efeitos que a gente entende que o Profut vai propiciar para a melhoria do futebol”, prosseguiu.
 
O órgão é composto por representantes de oito segmentos (ministérios da Fazenda; do Trabalho e Previdência Social; do Esporte; além de atletas de futebol profissional; dirigentes de clube; treinadores; árbitros; e entidade de fomento ao desenvolvimento do futebol). 
 
Dentre os titulares, serão dois representantes do Ministério do Esporte; um do Ministério do Trabalho e Previdência Social; um do Ministério da Fazenda; um atleta de futebol profissional; um dirigente de clube; um treinador; um árbitro, além de um representante de entidade de fomento ao desenvolvimento do futebol. O trabalho deles não será remunerado e cada membro do Plenário da APFut ficará na função por três anos, podendo ser reconduzido ao cargo uma vez.
 
Para o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, a iniciativa é essencial para preservar os clubes e tornar a cadeia produtiva do esporte sustentável. “Quando construímos estádios, ginásios, construímos uma fábrica, porque são estruturas que movem uma cadeia produtiva. Mas não adianta só termos a infraestrutura para termos grandes marcas, que são os clubes, que vão entregar o produto final. Nós temos as pessoas que vão fazer a máquina funcionar, profissionais que vão dar qualidade. E o Profut busca cuidar desses clubes. Conseguimos dar um passo importante com o Profut e temos visto cada vez mais presente o grau de profissionalismo que o esporte exige”. 
 
O ministro da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, lembrou o esforço que o Governo Federal realizou para criar o Profut. “No final de 2014, a presidenta Dilma recebeu uma comissão de atletas que fizeram um relato da situação do futebol no nosso país. Atletas com salários atrasados, com dificuldades de sobrevivência, que viviam uma precarização da profissão. Depois, a presidenta, na elaboração do programa de governo, pediu para pensarmos um projeto de reorganização do futebol brasileiro. Ela também se comprometeu publicamente quando a Marta a visitou, a iniciar um processo de fortalecimento do futebol feminino. Então, se criou a comissão que fez um amplo debate do que depois se chamou de Profut, um programa de modernização do futebol. Isso é Lei hoje no Brasil”. 
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
O decreto de regulamentação da APFut foi publicado no dia 20 de janeiro deste ano no Diário Oficial da União. A Autoridade receberá as denúncias de atletas, entidades desportivas, sindicatos, Ministério do Trabalho e Emprego e de outras associações e também poderá investigar casos noticiados na imprensa. A APFut ainda poderá requisitar documentos às entidades esportivas e, em caso de descumprimento das obrigações por parte das mesmas, comunicar ao órgão federal responsável para aplicação das sanções, que podem ir de advertência à exclusão do Profut.
 
“A Autoridade é a garantia da sociedade que os clubes vão ter responsabilidade de gestão, pois é um mecanismo de controle, que vai permitir o pagamento das dívidas fiscais e, ao mesmo tempo, vai fortalecer os clubes”, elogiou Ricardo Gomyde, secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.
 
Futebol Feminino
A plateia do auditório da Moacyr de Carvalho Gama, no Campus Gragoatá da UFF, foi formada, em grande parte, por jogadoras dos clubes cariocas, como Flamengo, Vasco e Duque de Caxias. O futebol feminino será um dos maiores beneficiados com o Profut, que prevê como contrapartida dos times o investimento na modalidade. 

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

“Foi uma grande conquista que o Profut tenha como exigência o apoio ao futebol feminino, que passará a receber investimentos como nunca teve antes”, projetou Michael Jackson, ex-jogadora da seleção e coordenadora de Futebol Feminino do Ministério do Esporte, que ressaltou a presença de outras pioneiras da modalidade, como Tânia Maranhão e Marisa na cerimônia. Juntas, as três disputaram as Olimpíadas de Atlanta em 1996. “Hoje eu vi que elas continuam a luta para que o futebol feminino tenha seu espaço”.
 
As ex-jogadoras também foram homenageadas pela representante dos atletas na APFut, Juliana Cabral, que foi capitã da seleção brasileira feminina. “Quem diria que depois de 20 anos (das Olimpíadas de Atlanta) temos uma lei que fará com que o ingresso das meninas no futebol seja mais fácil”, disse Cabral, para citar o exemplo dos Estados Unidos, país com mais títulos nas Olimpíadas e em Copas do Mundo. “Eles conseguiram virar uma potência, quando tiveram uma Lei que determinou que os investimentos para as mulheres em qualquer esporte seriam iguais ao dos homens”.
 
Dentre os times de maior tradição no país, o Flamengo, que está na semifinal do Campeonato Brasileiro de 2016, resolveu investir nas mulheres. O presidente Eduardo Bandeira de Mello, que será representante dos clubes na APFut, expôs as vantagens que o rubro-negro tem tido com o projeto. “Aumentamos a nossa exposição, vamos aumentar o número de torcedores e, além disso, temos a satisfação de estar incentivando o esporte”, afirmou. 
 
O ex-zagueiro Edmílson, agradeceu a oportunidade que o esporte lhe deu para ter um futuro melhor e destacou os efeitos positivos que a modernização dos clubes trará para milhares de crianças. “Esse curso e o lançamento hoje aqui vai dar possibilidade de usar o futebol como canal para ser alguém na vida. O mais importante é que pela universidade possamos formar educadores”, afirmou o pentacampeão mundial com a seleção masculina, citando o curso de Gestão no Esporte, lançado no mesmo evento. 

Composição da APFut:

Presidente
Cesar Dutra Carrijo
 
Clubes
Titular: Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo
Suplente: Modesto Roma, presidente do Santos
 
Ministério da Fazenda
Titular: Fabrício Lima, analista de finanças e controle
Suplente: Rogério Karl, analista de finanças e controle
 
Ministério do Trabalho
Titular: Manoel Messias Mello, secretário de relações de trabalho
Suplente: Marcelo Freitas, assessor especial
 
Ministério do Esporte
Titular: Ricardo Gomyde, secretário do futebol
Titular: Pitágoras Dytz, consultor jurídico
Suplente: Romeu Carvalho, diretor de futebol profissional
Suplente: Sóstenes Marchezine, diretor de defesa dos direitos do torcedor
 
Atletas
Titular: Juliana Cabral, ex-capitã da Seleção feminina
Suplente: Jorge Ivo Amaral, do Sindicato dos Atletas
 
Treinadores
Titular: Marcos Bocatto
Suplente: Fernando Pires
 
Árbitros
Titular: Marco Antonio Martins, presidente da Anaf
Suplente: Salmo Valentim, comissão de arbitragem de Pernambuco
 
Entidades de fomento
Titular: Ricardo Borges, diretor do Bom Senso
Suplente: João Paulo Medina, Universidade do Futebol
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro

Ascom - Ministério do Esporte

Cursos de graduação e mestrado em Gestão do Esporte são apresentados na Universidade Federal Fluminense

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Os profissionais que quiserem se dedicar à carreira de gestores esportivos e de treinadores passarão a contar, a partir do primeiro semestre de 2017, com cursos de formação específicos para a área. A novidade foi apresentada nesta segunda-feira (09.05), na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), pelos ministros do Esporte, Ricardo Leyser, da secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, pelo vice-reitor da UFF, Antônio Cláudio da Nóbrega, e pelo professor João Bouzas Marins.
 
O Governo Federal, em parceria com entidades da sociedade civil e profissionais da área esportiva, oferecerá na UFF os cursos de graduação e de mestrado profissional (stricto sensu) em Gestão do Esporte. Na pós-graduação ainda haverá uma linha de pesquisa voltada para a capacitação de treinadores esportivos. “Quanto mais ações transversais, envolvendo diversas áreas de governo, tivermos, mais conseguiremos realizar. O esporte tem que estar junto com a educação”, disse Leyser. “Hoje, mostramos mais uma vez a importância que o Governo Federal dá às universidades, revelando que elas são grandes beneficiárias do legado olímpico”, completou o ministro, que citou outros investimentos feitos nas instituições de ensino, como o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, pistas de atletismo e outras estruturas esportivas
 
Os cursos foram estruturados por uma comissão, que iniciou os trabalhos no fim do ano passado, e contou com a contribuição de profissionais como o próprio João Bouzas Marins, professor de educação física da Universidade Federal de Viçosa (MG); João Medina, gestor de futebol; Juca Kfouri e Paulo Calçade, jornalistas; Álvaro Melo, especialista em direito esportivo; Jesualdo Pereira Farias, secretário de ensino superior do Ministério da Educação; além dos ministros Edinho Silva e Ricardo Leyser.
 
“Na comissão pensamos aquilo que efetivamente vai criar as condições de mudança estrutural do esporte brasileiro: um curso em universidade pública, para que a gente possa mudar a cultura, não só da gestão, mas a nossa capacidade de formulação técnica. Conversei com diversos especialistas e este curso de treinador de futebol stricto sensu é o primeiro do mundo. Nenhum país teve essa ousadia. Esta é a resposta para aquele 7x1 que nenhum brasileiro engoliu”, afirmou o ministro de Comunicação Social, fazendo referência à derrota do Brasil para a Alemanha na Copa de 2014. 
 
Professor Bouzas explica o trabalho da comissão e os próximos passos para implantação do curso. (Foto: Roberto Castro/ ME)Professor Bouzas explica o trabalho da comissão e os próximos passos para implantação do curso. (Foto: Roberto Castro/ ME)
 
A comissão analisou as deficiências e necessidades educacionais do país na área de gestão esportiva. A pequena oferta de cursos e a alta demanda por especializações no tema foram alguns pontos que motivaram a elaboração do programa geral da graduação e do mestrado. Para o professor Bouzas, a iniciativa vai sanar um dos grandes problemas do esporte brasileiro. “Teremos um grupo de pessoas com base em áreas como administração, economia, comunicação, educação física, engenharia, psicologia que vai ajudar a resolver um dos nossos maiores problemas que é a questão gerencial. Este é um processo de longo prazo e que terá desdobramentos nos próximos anos, onde teremos gestores que poderão atuar em diversos níveis da administração pública, ongs, clubes de diversas dimensões, federações e confederações”, projetou.
 
O objetivo será formar profissionais que possam atuar em todas as esferas do ambiente do esporte, aumentando a eficiência de todo sistema. Por isso, a formação será multidisciplinar, com capacitação em economia, mercado, finanças, gerenciamento de instalações esportivas, marketing, direito, processos envolvidos na cadeia de formação de atletas, organização e execução de eventos esportivos de diferentes magnitudes, administração, contabilidade e pesquisa operacional e aplicações de práticas modernas de gerenciamento e controle do esporte.
 
“Nós temos hoje uma inclusão muito grande de pessoas que antes não tinham acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade. Temos trabalhado de maneira dedicada em participar desse processo de transformação nacional. Neste sentido, ficamos satisfeitos com o convite de abrigar o curso de Gestão do Esporte, porque para nós, são as iniciativas inovadoras que transformam a realidade”, exaltou Antônio Cláudio. A expectativa é que partir da experiência na UFF outras universidades se interessem em ofertar a mesma formação. 
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Detalhamento
Nos próximos meses, o professor João Carlos Bouzas vai iniciar os trabalhos de coordenação dos profissionais responsáveis por elaborar os tópicos específicos, as ementas das disciplinas e definir o perfil dos 20 professores que serão contratados para ministrar as aulas (5 de administração; 2 de direito; 1 de arquitetura; 2 de economia; 2 de comunicação; 5 de educação física, 1 de engenharia e 2 gestores).
 
Além disso, professores estrangeiros serão convidados para apresentar alguns módulos específicos. A elaboração do projeto contou com a parceria e a experiência de entidades como a FIFA (Federação Internacional de Futebol), Uefa (Associação de Futebol da União Europeia), Comitê Olímpico Internacional (COI) e universidades da Austrália, Alemanha, Canadá, China, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e Rússia. A UFF criará uma estrutura própria (departamento, instituto, ou, faculdade) para abrigar os cursos.   
 
Graduação 
O curso de graduação terá duração de quatro anos e meio, sendo um ano e meio de disciplinas básicas de gestão, dois anos de matérias específicas de esporte e futebol e um ano de estágio supervisionado. O objetivo é atender de 30 a 40 estudantes, que ingressarão por meio do Enem. A carga horária prevista para a formação é de 3480 horas, sendo 111 disciplinas ofertadas no total (27 básicas; 68 específicas e 16 gerais).  
 
Mestrado 
Serão disponibilizadas no mínimo 40 vagas para o mestrado profissional (stricto sensu), que terá três linhas de pesquisa: Estratégia e governança no futebol; Estratégia e governança em esporte e; Estratégia de ação do gestor técnico no futebol. Além disso, haverá um módulo internacional com quatro tópicos especiais (Casos de sucesso na governança do futebol; Casos de sucesso na governança em esportes; O futebol como plano de negócio mundial e; Casos de sucesso do coaching no futebol). A duração estimada para a formação completa no mestrado é de um ano e meio, com um total de 24 disciplinas a serem cursadas pelo aluno.
 
Governança
O lançamento do Curso de Gestão no Esporte ocorreu junto à apresentação dos membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut), responsável pela fiscalização do cumprimento das contrapartidas dos clubes que aderiram ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). As medidas integram um conjunto de ações do Governo Federal, que nos últimos anos, tem buscado melhorar a governança no desporto nacional.
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro

Ascom - Ministério do Esporte

Ministérios do Esporte e da Justiça lançam guia de recomendações de segurança em praças desportivas

 
A Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ), em parceria com o Ministério do Esporte, lança nesta terça-feira (10.05), em Brasília, o Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas.
 
O documento é resultado de estudos, debates e diagnósticos promovidos nos últimos anos pela Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue), contando com a participação de especialistas de vários estados do país. 
 
Os ministros do Esporte, Ricardo Leyser, e da Justiça, Eugênio Aragão, participam do evento, às 15h, no Salão Negro do Ministério da Justiça. Também estarão presente a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Luca, e o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Ricardo Gomyde.
 
Considerado o marco de segurança no futebol, o guia propõe procedimentos padronizados e integrados a serem aplicados pelas secretarias de segurança; por policiais civis, militares, federais e rodoviários federais; bombeiros militares e guardas municipais, em conjunto com entidades organizadoras de campeonatos, partidas e torcidas. 
 
Serviços
Evento: Lançamento do Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças de Futebol
Data: 10.05 ( terça-feira)
Horário: 15h
Local: Salão Negro do edifício sede do Ministério da Justiça. Esplanada dos Ministérios. Brasília/DF
Ascom - Ministério do Esporte  
 

Brasil está pronto para realizar o controle de dopagem dos Jogos Rio 2016

 
O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) deu início oficial às operações para os Jogos Rio 2016, nesta segunda-feira (09.05). A previsão é que cinco mil amostras sejam coletadas durante as Olimpíadas e cerca de 1,2 mil nas Paralimpíadas, gerando mais de dez mil análises no período. Demanda que o LBCD está preparado para atender nos níveis exigidos pelas autoridades internacionais, garantiu o secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurelio Klein. 
 
“É uma grande felicidade chegarmos neste momento, após uma longa caminhada, não sem desafios e muito trabalho para termos este laboratório, que chamo, de ‘cinema’ e que tem total confiança do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI)”, ressaltou Klein. O Laboratório chega ao 11º mês após a reacreditação tendo recebido 2,6 mil amostras. “O LBCD ganhou musculatura para os Jogos. Este é um dos maiores legados para o governo e para a ciência brasileira”, prosseguiu.
 
A cerimônia, que contou com as presenças dos ministros do Esporte, Ricardo Leyser, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, e da reitora em exercício da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Nascimento, também serviu para apresentar as instalações à imprensa. 
 

O ministro Ricardo Leyser fez um balanço do processo para tornar o LBCD em um centro de excelência e destacou o objetivo do Governo Federal em gerar um legado público para o país. “Neste momento, em que o Laboratório se torna olimpicamente operacional, devemos fazer um balanço da política antidopagem. Em 2009, quando o Rio foi escolhido para sediar os Jogos de 2016, criamos a ABCD para superar os desafios na área, como o passaporte biológico, a coleta e análise de amostras, a formação de profissionais, para dar conta dessa nova realidade”, afirmou Leyser. “No início, tivemos muitas propostas para terceirizar o trabalho de controle de dopagem durante os Jogos, mas a aposta no LBCD, para constituir um legado para o país, se deu por vontade política da presidenta Dilma”, prosseguiu.
 
Com a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos em 2016, o Governo Federal investiu R$ 151,3 milhões na construção de um novo prédio para abrigar o Ladetec, onde está o LBCD. Do total investido, R$ 112,7 milhões são recursos do Ministério do Esporte e R$ 38,5 milhões do Ministério da Educação. Além desse montante, foram destinados R$ 74,6 milhões para a compra de novos equipamentos, materiais, insumos, mobiliário e operação (sendo R$ 60 milhões do Esporte e R$ 14,6 milhões da Educação). 
 
Profissionais de outras universidades estão sendo capacitados para atuarem no LBCD e durante as Olimpíadas e Paralimpíadas, atuarão ao lado de cem nomes do exterior, referências na área. Para a reitora em exercício da UFRJ, os investimentos no Laboratório irão fortalecer a pesquisa no Brasil. “Quase todos os aparelhos são importados e, boa parte, será destinada a universidades federais e outras instituições públicas após os Jogos. Além da análise de sangue e urina, os equipamentos servem para outros processos, em áreas como biologia, engenharia de alimentos e, para capacitação de professores”, disse Denise Nascimento. A UFRJ fez concursos para contratar pesquisadores e dezenas de outros profissionais (químicos, biólogos, farmacêuticos, técnicos de laboratório de áreas diversas, entre outros). 
 
Há, ainda, um aporte de R$ 43,6 milhões (R$ 28,6 milhões do ME e R$ 15 milhões do MEC) exclusivo para a operação olímpica. Até julho, um mês antes dos Jogos, a ABCD deve certificar entre 130 e 140 Oficiais de Controle de Dopagem e Oficiais de Coleta, sendo que 96 já concluíram o processo. “A quantidade de análises durante os Jogos, equivale a quase um ano inteiro do LBCD. Isso mostra a nossa capacidade”, explicou Leyser. Para o ministro, o objetivo é que a delegação brasileira não tenha casos de doping nos Jogos. “Por isso temos feito muitos testes, inclusive fora das competições, e realizando trabalho de conscientização e orientação”. 
 
A ABCD realiza campanhas entre os atletas, da base ao alto rendimento, e coleta 40% das amostras fora dos locais de competição. O percentual será o mesmo durante os Jogos, com testes sendo realizados durante treinos e período de aclimatação das equipes. “Este é um momento muito importante para o esporte e para a educação. É uma alegria testemunhar este legado dos Jogos e que mostra o país vai se beneficiar dos Jogos”, ressaltou o ministro Edinho Silva.
 
Durante os Jogos Rio 2016, o laboratório vai funcionar 24 horas, sete dias por semana, em todo o período de competições das Olimpíadas e das Paralimpíadas. O LBCD integra o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ, e atua em ensino, pesquisa e extensão. 
 
A estratégia da ABCD tem como base a coleta de informações, que permite a construção de ações de educação, a prevenção e a inteligência – análise das atuações que indicarão as melhores ações a serem trabalhadas adiante.
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Maria Portela e David Moura conquistam medalhas no Grand Slam de Baku

 
Maria Portela (70kg) e David Moura (+100kg) conquistaram as duas medalhas da seleção brasileira de judô no Grand Slam de Baku, disputado neste fim de semana, no Azerbaijão. Maria foi a primeira a subir no pódio, sábado, após ser superada apenas na final da categoria e ficar com a medalha de prata. David também teve bom desempenho e levou o bronze no domingo, somando mais 200 pontos em sua disputa pela vaga olímpica com Rafael Silva, que terminou a competição em sétimo lugar.
 
Maria Portela (E) ficou com o segundo lugar na categoria até 70kg. Foto: IJF/DivulgaçãoMaria Portela (E) ficou com o segundo lugar na categoria até 70kg. Foto: IJF/Divulgação
 
Maria Portela teve atuação impecável até a final, vencendo por ippon Moira de Villiers, da Austrália, Assmaa Niang, do Marrocos, e Juliane Robra, da Suíça. Na disputa pelo título, porém, acabou imobilizada pela espanhola Maria Bernabeu e conquistou a medalha de prata.
 
"Estou feliz com o resultado porque semana passada foi bem difícil. Consegui me superar e fortalecer o que vinha dando certo. Quero continuar trabalhando para evoluir ainda mais nesses aspectos", comemorou Portela.
 
David Moura chegou à semifinal com vitórias sobre Nadir Huseynov, do Azerbaijão, Mohammed Tayeb, da Argélia, e Barna Bor, da Hungria. Na disputa por uma vaga na grande final, o brasileiro foi parado pelo ucraniano Iakiv Khamo, medalhista de bronze no Campeonato Mundial passado. Na luta que valia o terceiro lugar, David venceu Temuulen Batulga, da Mongólia, com um yuko e diminuiu a vantagem de Rafael Silva no ranking olímpico.
 
"Fiz muito boas lutas, com a atitude que venho treinando. Ajustarei os detalhes, mas seguindo nessa minha linha. Meu trabalho está sendo bem feito e essa medalha é fruto disso", disse David.
 
O próximo desafio da seleção brasileira de judô é o Grand Prix de Almaty, no Cazaquistão, no fim de semana que vem.
 
Fonte: COB
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Erica Sena fica em quarto e Caio Bonfim em oitavo na Copa do Mundo de Marcha

 
A marcha atlética brasileira conseguiu grandes resultados na Copa do Mundo da modalidade, disputada no último final de semana em Roma, na Itália. O bolsista Caio Bonfim terminou os 20 km em oitavo lugar e a Erica Sena fechou a prova feminina em quarto, com direito a recorde sul-americano: 1h27min18s. 
 
Erica Sena termina em quarto lugar (Foto: Lintao Zhang/Getty Images for IAAF)Erica Sena termina em quarto lugar (Foto: Lintao Zhang/Getty Images for IAAF)
 
Erica vem alcançando boas marcas nas últimas temporadas. Em 2015 a atleta foi vice-campeã pan-americana em Toronto, no Canadá, e sexta colocada no Mundial de Atletismo de Pequim, na China.
 
Na Itália, a marchadora melhorou o próprio recorde sul-americano, de 1h28min22s, alcançado na etapa eslovaca do Circuito Mundial de Marcha da IAAF, no dia 19 de março, em Dundice. 
 
Já o brasiliense Caio Bonfim terminou a prova em 1h20min20s – novo recorde pessoal, que no ano passado, em Pequim, foi o sexto no Mundial de Atletismo. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto o marchador conquistou medalha de bronze. 
 
Um dos principais nome do Atletismo brasileiro na atualidade, Caio é também é uma das esperanças do Brasil para lutar por uma boa classificação nos Jogos Olímpicos de 2016. Ele está qualificado para os 20 km e também para os 50 km.
 
O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), José Antonio Martins Fernandes, comemorou o resultado de Caio Bonfim e Erica Sena. “A marcha é uma das modalidades que mais tem evoluído no atletismo nacional, temos esperanças de bons resultados na Olimpíada do Rio”, disse o dirigente.
 
O Brasil competiu na Copa do Mundo de Marcha de Roma com apoio do Programa Caixa de Seleções, da Confederação Brasileira de Atletismo.
 
 
Fonte: CBAt
Ascom – Ministério do Esporte
 

Sob as bênçãos do Cristo, tocha olímpica transforma o Dia das Mães de Araxá (MG)

Domingo costuma ser dia de descanso, mas a população da charmosa Araxá, em Minas Gerais, quebrou a rotina de calmaria para abrir alas à tocha olímpica. A chama acesa em Olímpia, na Grécia, percorreu, neste domingo (8.05), 4,5 km pelos principais pontos turísticos da cidade, em pouco mais de duas horas. O forte calor não atrapalhou o dia festivo, embalado por grupos culturais que espalharam música pelas ruas.
 
Quem percorreu o traçado urbano a pé se deparou, a cada esquina, com rodas de capoeira, fanfarras, danças indígenas, bandas percussivas e a congada, expressão religiosa fundamental para a tradição mineira. O batuque ecoou por todos os cantos da cidade, a terceira do estado a ser visitada pelo comboio olímpico.
 
No Dia das Mães, muitas delas elegeram a cerimônia de revezamento como programa de família e não faltaram homenagens públicas. Nascido e criado em Araxá, o vendedor Aldo Benatti, 45 anos, não se deu por satisfeito e confeccionou uma réplica da tocha, em cartolina. Em homenagem à mãe e à esposa, escreveu a mensagem "Viva as mães"!
 
 
Waguim
Perto da casa de Benatti, um dos personagens mais queridos da cidade fez o papel de condutor do fogo sagrado. Correr com as mãos ocupadas não chega a ser novidade para Wagner Carlo, ou simplesmente Waguim. Recentemente aposentado, ele foi garçom durante toda a vida e, aficionado por corrida, disputou diversas vezes a São Silvestre, em São Paulo, de uniforme e bandeja em punho. Na cidade, até o guarda de trânsito o conhece pelo apelido. Durante os 200m em que conduziu a tocha, Wagner foi empurrado pelos gritos de "Waguim! Waguim!". "Esse é um momento único para o Brasil. Ver a cidade de Araxá colorida e com tanta festa não tem preço. Subindo aquela ladeira, me senti fazendo parte da Olimpíada", disse.
 
O amadorismo não deixou Ana Cláudia Borges Martins, de 33 anos, de fora dos Jogos Rio 2016. Atleta de ciclismo e taekwondo, ela também sentiu-se inserida no maior evento esportivo do mundo ao conduzir a tocha da porta do Teatro Municipal até alguns metros antes da Igreja Matriz. A participação foi quase uma surpresa, já que o pai a inscreveu no processo de seleção feito por uma empresas patrocinadoras. "Por saber que, como atleta amadora, eu não tenho chance de chegar a uma Olimpíada ter a honra de carregar a tocha como uma das representantes da minha cidade é bastante prazeroso."
 
Heráclita Ramos de Jesus, uma das remanescentes da comunidade indígena Canelas em Araxá, deixou o descanso típico do domingo para levar a neta e as bisnetas ao revezamento. Aos 67 anos e com cocar na cabeça, ela lembrou dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, ano passado, em Palmas (TO). "As aldeias têm os seus jogos, e é importante que nossos jovens vivam isso de forma plena. A cultura precisa ser mantida em todas as partes", lembrou.
 
Mirante de Cristo
O gran finale foi também o momento mais emocionante de todo o trajeto. Aos pés da escadaria do Mirante de Cristo, um dos pontos turísticos mais tradicionais de Araxá, a secretária de Esportes e atleta, Jane Porfírio, foi a escolhida para galgar os 327 degraus que conduzem ao topo do monumento. Na adolescência, Jane tornou-se tenista e chegou a entrar no ranking mundial. Depois, encantou-se pelo mountain bike, e, competindo por esse esporte, chegou a ser campeã mineira, brasileira, e conquistou o quarto lugar em um campeonato mundial.
 
Mas um acidente desviou a rota e levou a araxaense para o triatlo. Em breve, ela representará o Brasil em um torneio internacional em Oklahoma, nos Estados Unidos. Além da excelente forma física (ela deixou para trás a esbaforida escolta), Jane trouxe os moradores da cidade para dentro de sua experiência pessoal. Em diversos níveis da subida, parou para cumprimentar conterrâneos, distribuiu beijos com as mãos e saudou a multidão de braços abertos. Ao chegar aos pés da estátua de Cristo, ela ergueu a chama em direção à imagem e, discretamente, rezou. "Foi a maior emoção que tive na vida", admitiu.
 
Jane Porfírio no Mirante de Cristo, ponto final do percurso. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/MEJane Porfírio no Mirante de Cristo, ponto final do percurso. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME
 
Negócios
Por onde passa, a chama olímpica traz consigo um rastro de gente e, consequentemente, oportunidades de negócios. Rian Ribeiro Costa, de 13 anos, chamou a atenção para a importância não só festiva da passagem da tocha por Araxá, mas pela movimentação financeira que um evento dessa magnitude levou à sua cidade. Segundo ele, todo mundo sai ganhando. "A passagem da tocha, além de histórica, movimenta a economia e gera lucros", dizia animado com a possibilidade de acompanhar tudo de tão perto.
 
Pipoqueiro há mais de 13 anos, Sinval dos Reis, mais conhecido como Tapira da Pipoca, precisou administrar a fila que insistia em se formar diante de seu carrinho. "Hoje vendi o dobro do que costumo vender", comemorava. Ambulantes, com frequência, precisavam reabastecer seus carrinhos com produtos.
 
A maior fonte de economia de Araxá vem da mineração, mas o turismo, sob o apelo do Grande Hotel, construído na cidade na década de 1940, é um dos propulsores na atração de milhares de visitantes todos os anos. Em 2015, o município registrou 102,2 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A exploração de suas águas medicinais e a fabricação de sabonetes e cremes para a pele são outras peculiaridades econômicas do município.
 
Sua personagem mais famosa foi Dona Beja
Ana Jacinta de São José viveu na cidade no século 19 e era dona de uma beleza rara e sedutora. Acumulou histórias de amor – por parte dos homens –, ódio e inveja – por parte das mulheres. Tinha um ritual diário de escolha dos homens com quem dormia – e cobrava caro por isso. Beja ficou famosa também por tomar banhos de lama medicinal da região, tidas com um forte poder rejuvenescedor da pele. Na TV, a lendária personalidade de Araxá foi imortalizada pela atriz Maitê Proença.
 
Próximos destinos
Desde sábado, quando chegou a Minas Gerais, a chama olímpica já passou por Araguari, Uberlândia e Uberaba. Após cruzar Araxá, o símbolo olímpico seguiu para Serra do Salitre, Patrocínio, e encerrou a maratona diária em Patos de Minas. Serão mais nove dias em Minas. Nesta segunda-feira (09/05), a chama segue para Varjão de Minas, Pirapora e Montes Claros.
 
Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de Araxá (MG)
Ascom - Ministério do Esporte

Robson Caetano aprova pista de atletismo em Tocantins: “sairão futuros Bolts”, diz

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Passado e futuro do atletismo brasileiro experimentaram nesta sexta-feira (06.06) o significado da palavra legado. Na beira da pista o medalhista olímpico Robson Caetano viu as raias de piso sintético repletas de crianças que deram as passadas iniciais na primeira pista de atletismo com padrão internacional do estado de Tocantins.  

“Aqueles que já treinaram em pista de terra, como eu, sabem do valor em ter um equipamento de qualidade. Tenho certeza de que iremos ouvir falar muito dos atletas tocantinenses a partir dessa pista”, disse o ex-atleta Robson Caetano.

A pista compõe o Centro Olímpico Heróis do Araguaia, no campus de Palmas, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O equipamento, com oito raias de 400 metros, integrará a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo e recebeu investimentos de R$ 8,8 milhões do Governo Federal.

Para Robson Caetano – medalhista olímpico de bronze nos 200m em Seul 1988 e no revezamento 4x100m em Atlanta 1996 –, a pista é uma oportunidade para desenvolver o atletismo na região. “É um espaço de alto rendimento em que teremos a possibilidade de elevar o nível técnico, não somente de atletas, mas de profissionais que trabalham com esporte”, afirmou.

A estrutura conta com dimensões e características recomendadas pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), além de certificação pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), como classe 2 ou acima. O equipamento qualifica Tocantins para receber competições internacionais e aclimatar atletas olímpicos e paralímpicos do Rio 2016.

Durante a cerimônia de entrega da pista em Palmas, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, lembrou que os brasileiros vivem uma década de ouro no esporte, com planejamento de longo prazo para a ampliação da base esportiva que visa colher os frutos daqui a oito ou dez anos.

“A nossa ideia é que os benefícios dos Jogos Olímpicos se espalhem pelo Brasil inteiro. Antigamente, as seleções brasileiras representavam só um extrato do Sul e Sudeste. Agora, cada vez mais, é um extrato de 200 milhões de brasileiros, porque essas pessoas passam a ter, a partir de agora, acesso a equipamento esportivos de qualidade”, revelou.

Vendo os futuros atletas utilizando a pista, Robson Caetano recordou o início da carreira, quando o talento tinha que superar a falta de estrutura.  “Na minha época (nos anos de 1970) tínhamos quase nenhuma pista no país. Eram pouquíssimas. Hoje, temos a oportunidade, por meio da parceria entre o Governo Federal e universidades, de fomentar o esporte com o objetivo de proliferar o atletismo por todas as regiões”, analisou.

 

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Atualmente, a Federação de Atletismo do Tocantins tem mais de 400 atletas federados. A entidade terá a oportunidade de desenvolver projetos ligados à formação de atletas no estado.

De acordo com a UFT, a pista poderá ser utilizada pela comunidade, mas será priorizado o uso para alunos de graduação, pós-graduação, extensão e pesquisas, por meio de projetos acadêmicos voltados, principalmente, para atletas de rendimento.

“Quero parabenizar a presidente Dilma Rousseff por ter a coragem e ousadia em investir no esporte nas universidades. É muita coisa investir R$ 8 milhões em uma pista de atletismo num estado que tem 1,2 milhão de habitantes. Antigamente, a lógica era investir somente em São Paulo ou Rio de Janeiro, em que os bairros contam com 1 milhão de pessoas”, disse o reitor da UFT, Márcio Silveira.  

A inauguração desta sexta-feira contou também com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, do deputado federa César Halum, do vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Warlindo Silva, além de autoridades da UFT e do presidente da Federação Tocantinense de Atletismo, Maurício Monteiro.

Rede Nacional
A pista da UFT integrará a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo que o Ministério do Esporte está constituindo em todo o país. A estrutura contará com 47 pistas oficias, resultado de parceria com governos estaduais, prefeituras, universidades, CBAt, federações estaduais e clubes, num investimento da ordem de R$ 301,8 milhões.

“Nós temos que mudar o conceito de esporte. O atletismo é o caminho para que possamos melhorar a qualidade de vida das pessoas. Quem sabe não veremos vários brasileiros fazendo o símbolo (raio com as mãos) do Usain Bolt no futuro?”, finalizou o medalhista olímpico Robson Caetano.

Breno Barros, de Palmas
Ascom – Ministério do Esporte

Brasil escapa de potências no sorteio dos grupos do vôlei sentado para o Rio 2016

O Brasil ficou em quinto lugar na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Londres 2012. (Foto: Luciana Vermell/CPB)O Brasil ficou em quinto lugar na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Londres 2012. (Foto: Luciana Vermell/CPB)

O sorteio dos grupos do vôlei sentado para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 colocou as seleções masculina e feminina do Brasil nas chaves teoricamente mais tranquilas. Os homens, atuais vice-campeões mundiais e atuais campeões Parapan-Americanos, estão no Grupo A, ao lado de Egito, Alemanha e Estados Unidos. As mulheres também caíram no Grupo A, com Ucrânia, Canadá e Rússia.

Nas outras chaves, as principais potências do esporte terão que se enfrentar já na primeira fase. No masculino, o Grupo B terá a Bósnia, atual campeã mundial, e o Irã, dono de cinco medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos. As duas seleções competiram pela medalha de ouro nas últimas quatro edições do evento, com vitória dos bósnios por 3 x 1. Completam o grupo Rússia e China.

No feminino, o Grupo B terá situação semelhante. China e Estados Unidos, finalistas das duas últimas edições dos Jogos Paralímpicos, se enfrentarão na primeira fase. As chinesas, atuais bicampeãs paralímpicas, levaram a melhor nos dois últimos encontros. Completam a chave Irã e Ruanda, primeira seleção feminina africana a se classificar para os Jogos.

O vôlei sentado será disputado no Riocentro entre 9 e 18 de setembro. Os ingressos para os Jogos estão à venda no site do Comitê Organizador Rio 2016.

Fonte: Comitê Paralímpico Internacional

Ascom  Ministério do Esporte

Em artigo no Medium do Ministério do Esporte, jornalista Andrea Lopes descreve a emoção de ser um dos condutores da tocha

"Fiquei sem dormir e anestesiada por umas 24 horas, eu acho. Foi difícil conseguir colocar em ordem todas as emoções que vivi no dia 3 de maio de 2016. Um simples depoimento, em um site, se transformou na condução da chama olímpica — algo tão grande, tão mundial, tão surreal que é difícil acreditar que a conduzi por 200 metros.

Até chegar a esse momento, muita água foi movida — literalmente! Minha paixão pelo esporte começou ainda pequena, na natação. A partir dos 13, competindo pelo Minas Brasília, tive a oportunidade de absorver do esporte, das viagens, das equipes pelas quais passei e dos técnicos que me acompanharam os valores que me compõem: como a disciplina, o respeito ao próximo e o aprendizado após as derrotas. Esses valores me conduziram até o dia de hoje. Seja nadando, entrevistando ídolos, durante minha atividade como jornalista, seja na minha jornada como mãe, na vida em família ou nos trabalhos voluntários."

» Leia o artigo completo no Medium do Ministério do Esporte

 

Velocistas do Piauí trocam terra por pista padrão internacional de atletismo

Ministro Ricardo Leyser (e) conhece gaiola para lançamento do martelo (Foto: Roberto Castro/ME)Ministro Ricardo Leyser (e) conhece gaiola para lançamento do martelo (Foto: Roberto Castro/ME)

Franciele Cerqueira e Letícia Marinho, ambas com 15 anos, praticam o atletismo há cinco no estado do Piauí. As atletas treinam e desenvolvem as técnicas da modalidade em pista de terra em Timon, em Miguel Lima. A partir desta sexta-feira (06.06) as jovens passam a contar com um equipamento de ponta: a primeira pista oficial de atletismo do estado.

A estrutura, apta a buscar certificação internacional nível 2 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), é resultado de uma parceria entre o Ministério do Esporte e a Universidade Federal do Piauí (UFPI), num investimento de R$ 9,3 milhões.
 
Para o professor e técnico das jovens, Antônio Nilson de Sousa, que há 23 anos trabalha com a modalidade, essa pista tem um significado especial. “Fui atleta e sempre sonhei em correr em uma pista oficial dentro do estado. Não tive a oportunidade, mas os meus atletas terão”, disse.
 
Durante a cerimônia de entrega da pista em Teresina, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, destacou como o esporte piauiense foi beneficiado pelo Governo Federal nos últimos anos. “O Piauí recebe uma atenção muito especial. É uma série de obras importantes, respeitando a vocação esportiva do estado. Essa pista faz parte do programa de Legado Olímpico que visa espalhar em todo o país os benefícios de receber um grande evento mundial para melhorar as condições de treinamento dos atletas brasileiros”, ressaltou.
 

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME


A pista de 400 metros conta com oito raias e áreas para a prática de arremessos e saltos, instalada numa área de 9 mil metros quadrados. Franciele Cerqueira, especialista nas provas de salto em distância e 100 metros rasos não vê a hora de treinar no equipamento. “Estou ansiosa para testar a pista. Depois da inauguração teremos mais oportunidades no atletismo, pois o estado poderá, enfim, receber competições maiores”, frisou.
 
O técnico acentuou que os atletas piauienses tinham, até ontem, a oportunidade de treinar e competir em equipamento oficial somente quando viajavam para fora do estado. “Agora, tendo essa pista, vai melhorar o desempenho dos atletas da região, já que evoluímos muito em resultados, ainda que sem estrutura. Com a pista, a qualidade técnica dos nossos atletas vai melhorar muito.”
 
Mesmo sem a devida estrutura, o atletismo piauiense já revelou grandes nomes para o atletismo nacional. A atleta olímpica Joelma das Neves, que atualmente treina em São Paulo no clube Pinheiros, e atletas que disputaram campeonatos Mundiais e Pan-Americanos, como Cristiane Santos, são exemplos. “São vários atletas que surgiram aqui e que têm potencial, com pré-disposição genética para atleta de alto rendimento”, recordou.
 
Com a pista completa, o treinador planeja ampliar o número de provas praticadas pelos atletas. “Nós não tínhamos a gaiola para o lançamento do martelo, por exemplo. Por questão de segurança, não realizávamos essa prova. Agora, podemos desenvolvê-la, além de salto em altura e salto com vara. São provas que não tínhamos atletas porque faltava equipamento”, completou. 
 
Breno Barros, de Teresina
Ascom – Ministério do Esporte

Ministros do Esporte, Educação e Secom lançam curso de Gestão do Esporte e dão posse aos membros da APFut, nesta segunda

Os ministros do Esporte, Ricardo Leyser; da Educação, Aloizio Mercadante; e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva; lançam nesta segunda-feira (09.05) o curso de graduação e mestrado profissional em gestão do esporte pela Universidade Federal Fluminense. A cerimônia ocorre às 14h, na UFF, em Niterói, e logo após os ministros darão posse aos membros da Autoridade Pública de Governança do Futebol - APFut.

O objetivo do curso de graduação e mestrado na área de gestão esportiva é qualificar e profissionalizar pessoas para melhorar a eficiência de entidades relacionadas ao esporte, entre elas associações, clubes, federações, confederações, fundações, ONGs, empresas e organismos públicos. A primeira turma deve começar no próximo ano.  

APFut
A Autoridade Pública de Governança do Futebol foi instituída pelo decreto nº 8.642, em 19 de Janeiro de 2016. É um órgão criado pelo Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro – Profut (Lei nº 13.155, de 4 de agosto de 2015) que visa acompanhar e fiscalizar as ações do programa.

A APFut é composta por representantes de oito segmentos (ministérios da Fazenda; do Trabalho e Previdência Social; do Esporte; além de atletas de futebol profissional; dirigentes de clube;  treinadores;  árbitros; e entidade de fomento ao desenvolvimento do futebol). No total são 18 membros, sendo nove titulares e nove suplentes, além do presidente Cesar Dutra Carrijo.   

Serviço
Lançamento do curso de Gestão no Esporte e posse da APFut

Data: 09.05 (segunda-feira)
Horário: 14h
Local: Universidade Federal Fluminense
Endereço: Auditório Moacyr de Carvalho Gama, Campus do Gragoatá, Bloco F, São Domingos, Niterói (RJ)

Ascom - Ministério do Esporte

AVISO DE PAUTA: LBCD apresenta instalações que serão usadas nos Jogos

O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) fará uma solenidade, na manhã desta segunda-feira (09.05), para dar início às operações olímpicas de controle de dopagem. O evento será às 10h e deve contar com as presenças dos ministros do Esporte, Ricardo Leyser; da Educação, Aloizio Mercadante; e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva; além da vice-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Denise Fernandes Lopez Nascimento.

O LBCD foi reacreditado pela Agência Mundial Antidopagem em maio de 2015 e já está realizando análises em atletas que participam dos eventos-teste para o Rio 2016.  Também em acordo firmado na semana passada entre a Confederação Brasileira de Futebol e a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), o Campeonato Brasileiro de Futebol, que se inicia no próximo dia 14 de maio, passará a ter o controle de dopagem fora-de-competição.

O LBCD integra o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ, e atua em ensino, pesquisa e extensão. O Governo Federal investiu R$ 151,3 milhões na construção de um novo prédio para abrigar o Ladetec, onde está o LBCD. Além desse montante, foram destinados R$ 74,6 milhões na compra de novos equipamentos, materiais, insumos, mobiliário e operação.
 
Serviço
Início oficial das operações olímpicas da LBCD

Data: 09.05 ( segunda-feira)
Horário: 10h
Local: Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD/Ladetec-IQ/UFRJ)
Endereço: Av. Horácio Macedo, 1281, Ilha da Cidade Universitária, Rio de Janeiro (RJ)
 

Ascom - Ministério do Esporte

Jane Karla: a emoção de carregar a Tocha Olímpica no meu país

Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPBFoto: Daniel Zappe/MPIX/CPBMuitos atletas sonham conquistar resultados, participações e títulos nos grandes campeonatos como Jogos Parapanamericanos, Mundiais e Paralimpíadas. Eu já tive a honra de viver isso no esporte. Como mesatenista, participei nos Jogos Parapanamericanos em casa, no Rio 2007, assim como no México, em 2011, e nas Paralimpíadas de Pequim, em 2008, e Londres, em 2012. Conduzi a tocha dos Jogos Panamericanos 2007 em minha cidade e foi um momento muito especial e emocionante.

Agora estou vivendo essa história uma segunda vez, só que ainda maior. Mudei de tênis de mesa para o tiro com arco e já conquistei mais uma medalha de ouro nos Jogos Parapanamericanos de 2015, em Toronto, no Canadá. Agora, vou conduzir a tocha do maior evento do mundo: as Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro.

(...)

Estou totalmente focada nas Paralimpíadas no Rio e espero um evento fantástico com torcida muito especial para nós atletas Brasileiros. Quero dar o meu melhor para nosso Brasil. Acredito que com foco, determinação, dedicação e muito trabalho você pode realizar seu sonho. Nunca desista do seu sonho. Se não der certo, dê um jeito, tente outro e siga o seu grande Sonho!

» Confira o texto completo no Medium do Ministério do Esporte

Ascom - Ministério do Esporte

Piauí recebe primeira pista oficial de atletismo

O ministro do Esporte, Ricardo Leyser (d), durante inauguração da pista de atletismo da UFPI (Foto: Roberto Castro/ME)O ministro do Esporte, Ricardo Leyser (d), durante inauguração da pista de atletismo da UFPI (Foto: Roberto Castro/ME)
 
Um sonho antigo dos atletas piauienses foi concretizado nesta sexta-feira (06.05). Uma pista de atletismo de 400 metros, oito raias e áreas para a prática de arremessos e saltos, instalada numa área de 9 mil metros quadrados, foi entregue em Teresina como parte do legado de nacionalização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
 
A pista fica instalada na Universidade Federal do Piauí (UFPI). É a primeira oficial do estado apta a buscar certificação internacional nível 2 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês). A cerimônia contou com a presença do ministro do Esporte, Ricardo Leyser, do governador do estado, Wellington Dias, do prefeito de Teresina, Firmino Filho, e do reitor em exercício da Universidade Federal do Piauí (UFPI), professor Dr. Hélder Nunes da Cunha.
 
 
Segundo o reitor, o equipamento será utilizado para o desenvolvimento de um projeto pedagógico visando à promoção da prática do atletismo não apenas pela comunidade acadêmica, mas para a população local. “O Piauí tem vocação para o atletismo. Temos vários piauienses que se destacaram em competições nacionais e internacionais, sem uma estrutura adequada para treinamentos. Agora com a pista, tenho certeza de que vamos incentivar muito a prática do atletismo no estado e, como consequência, teremos muitos outros piauienses se destacando no Brasil e no mundo nessa modalidade de esporte”, disse. “A pista de atletismo apesar de estar no espaço físico da UFPI, ela não é só da UFPI, é uma pista a ser colocada à disposição de toda a comunidade”, completou.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
A estrutura recebeu investimentos de R$ 9,3 milhões do Governo Federal. O ministro Ricardo Leyser lembrou que a estrutura dará suporte a formação de novos atletas e ao alto rendimento, nacionalizando os benefícios da realização do megaevento esportivo. “Nós trabalhamos com quatro conceitos relativos ao legado dos Jogos Rio 2016: que seja amplo, chegando a todas as modalidades; democrático, da base ao alto rendimento; nacional, chegando a todas as unidades da federação; e a longo prazo, que não se esgote neste ano e esta inauguração é prova deste compromisso”, afirmou Leyser.
 
O estado também será contemplado com uma segunda pista oficial. Trata-se de uma parceria com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), num investimento de R$ 8,5 milhões, sendo R$ 8 milhões em recursos federais.
 
Fotos: Roberto Castro/ MEFotos: Roberto Castro/ ME
 
Rede Nacional
As pistas de atletismo integrarão a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo que o Ministério do Esporte está constituindo em todo o país e abarca construção, reforma, equipagem e operação das pistas e conta com a direção técnica da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), e suas federações estaduais, além da colaboração das faculdades de educação física espalhadas pelo Brasil.
 
A estrutura terá 47 pistas oficiais, resultado de parceria com governos estaduais, prefeituras, universidades, CBAt, federações estaduais e clubes, num investimento da ordem de R$ 301,8 milhões. Os empreendimentos estão em diferentes estágios: já foram entregues 17 pistas; além da pista da UFPI, outra será inaugurada nesta sexta-feira, no estado de Tocantins.
 
A Rede também conta com centros de treinamento. O Ministério está investindo R$ 15 milhões para a construção do Centro Nacional de Treinamento de Atletismo de Alto Nível em Cascavel (PR), em obras, e investiu R$ 19,5 milhões na Arena Caixa de Atletismo, já inaugurada em São Bernardo do Campo (SP), entregue em 2014.
 
Cynthia Ribeiro, de Teresina
Ascom – Ministério do Esporte

Revezamento da tocha também abre espaço para discussões de saúde

O revezamento da tocha no Brasil tem representado muito mais do que o espírito de união dos povos por meio do esporte. A discussão de temas relevantes para a vida dos brasileiros tem se despertado na cerimônia que percorrerá o país até 5 de agosto, quando se iniciam os Jogos Rio 2016, no Maracanã. Em Goiânia, a comerciante Gleice Machado chamou a atenção para a causa dos portadores de uma doença genética rara que no país atinge, principalmente, moradores da comunidade de Araras, no município de Fainas: o xeroderma pigmentoso.

Caracterizado pela extrema sensibilidade aos raios ultravioleta (UV) na pele e nos olhos, o xeroderma leva à alterações na pele e pode resultar em câncer. O governo federal oferece, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), tratamento para os sintomas decorrentes dessa doença rara, além de cirurgias reparadoras e procedimentos para os cânceres de pele resultantes dela.

Gleice não tem a doença, mas fundou a Associação Brasileira de Xeroderma Pigmentoso depois de descobrir que seu filho, hoje com 13 anos, é um dos portadores.

Gleice e o filho Alisson: tocha deu visibilidade à luta dos pacientes do Xeroderma Pigmentoso. (Foto: Ivo Lima/ME)Gleice e o filho Alisson: tocha deu visibilidade à luta dos pacientes do Xeroderma Pigmentoso. (Foto: Ivo Lima/ME)

A recepção de Gleice no ponto de transmissão da chama já era aguardada por dezenas de pessoas horas antes de sua chegada. Entre elas portadores do xeroderma, como o seu filho Alisson Wendel Machado. "É um momento histórico no qual tenho a oportunidade de participar e mostrar ao mundo a causa desses 'atletas' da vida que lutam diariamente pela sobrevivência. Minha participação no revezamento da tocha quer despertar os olhares do mundo para eles", disse, emocionada, minutos antes de receber a chama e iniciar seu percusso de condução. Em Goiânia, a tocha olímpica percorreu aproximadamente 18 km e foi conduzida por 97 pessoas.

De origem genética e transmitida de pais para filhos, o xeroderma pigmentoso manifesta-se ainda na infância em sardas pelo corpo. Goiás registra cerca de 100 casos, a maioria deles em Araras. Grande parte das famílias que residem por lá é formada por casamentos entre parentes, principalmente primos, o que influencia na perpetuação dos casos, comuns entre nascidos da união entre pessoas da mesma família.

A estimativa de casos no mundo é de um em cada grupo de 200 mil pessoas. Só em 2010, no entanto, o povoado goiano registrou mais de 20 ocorrências, a maior média do mundo. Para controlar o avanço da doença, os portadores tomam cuidados frequentes, como o uso de protetor solar de 2h em 2h, mesmo dentro de casa, calças e blusas de manga comprida e hábitos internos. Há quem tenha a doença e que não a manifeste.

Em Goiânia, a tocha percorreu aproximadamente 18 km, foi conduzida por 97 pessoas e passeou até de teleférico. (Foto: Prefeitura de Goiânia)Em Goiânia, a tocha percorreu aproximadamente 18 km, foi conduzida por 97 pessoas e passeou até de teleférico. (Foto: Prefeitura de Goiânia)

Múltiplos talentos
Depois de passar pela avenida Goiás, a tocha seguiu por outros pontos turísticos da cidade. No Setor Bueno, uma das responsáveis por conduzir a chama foi a atleta paralímpica Jane Karla. Hoje, ela compete na modalidade tiro com arco, mas sua iniciação ao esporte de alto rendimento foi no tênis de mesa, como ela contou nesta quinta num artigo publicado no Medium do Ministério do Esporte. Cadeirante, a goiana contraiu poliomelite aos três anos, o que lhe deixou como sequela dificuldades de locomoção. Com talento esportivo múltiplo, Jane conquistou o ouro no Parapan de Toronto no tiro com arco meses depois de começar a treinar a modalidade. Ela já está garantida nos Jogos Rio 2016. "Só de ouvir a palavra tocha meu coração fica acelerado", disse.

Jane Karla, do tiro com arco paralímpico, pelas ruas de Goiânia. (Foto: Márcio Rodrigues/CPB/MPIX)Jane Karla, do tiro com arco paralímpico, pelas ruas de Goiânia. (Foto: Márcio Rodrigues/CPB/MPIX)

» Confira o texto para o Medium do Ministério do Esporte de Jane Karla, atleta que mudou do tênis de mesa para o tiro com arco. Ela relata a expectativa pela experiência de conduzir a tocha em Goiânia

Antes de Goiânia - onde passou a noite -, a chama olímpica percorreu nesta quinta-feira (05.05) os municípios de Itaberaí, Cidade de Goiás e Inhumas. Nesta sexta-feira, ela segue para Trindade, Aparecida de Goiânia, Piravanjuba e Morrinhos, até chegar em Caldas Novas.

Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Goiânia (Goiás)

Ascom - MInistério do Esporte

Tradição e espírito olímpico honram moradores da Cidade de Goiás

Calcada sobre pedras e tradições seculares, a Cidade de Goiás, também conhecida como Goiás Velho, viu desfilar entre suas ruelas coloniais mais uma tradição, desta vez de alcance mundial: a passagem da chama olímpica. O sol escaldante do fim da manhã, horário escolhido para o desfile, não intimidou os milhares de alunos que se apinhavam pelas ruas e as diversas homenagens que pipocaram durante a celebração.

Seresteiros animaram o período pré-tocha em Goiás Velho. (Foto: Ivo Lima/ ME)Seresteiros animaram o período pré-tocha em Goiás Velho. (Foto: Ivo Lima/ ME)Na mais famosa casinha caiada da cidade, debruçada sobre uma das pontes que cruza o Rio das Almas, ecoava uma música suave. Eram os seresteiros Marcos, Nito e Xandó que se posicionaram entre as janelas da casa da poetisa Cora Coralina para tocar canções de antigamente. Do lado de fora, enquanto esperavam pelo comboio, os moradores cantavam junto.

Embora tenha alterado a rotina de todos os moradores da cidade goiana, os estudantes eram maioria ao longo do trajeto. Luiz Fernando Freitas, 12 anos, era um deles. Apesar de estudar à tarde, acordou às seis da manhã para viver a expectativa da passagem da tocha na área central da cidade. De uniforme, cercado de amigos, era o mais animado e carregava até uma réplica do símbolo olímpico. "Comprei cartolina, cola e tinta pra fazer minha tocha. Minha mãe até brigou comigo para dormir mais cedo, mas não teve jeito".

O estudante Luiz Fernando Freitas era forte candidato a mais empolgado com a passagem do símbolo olímpico. Até improvisou uma réplica artesanal. (Foto: Ivo Lima/ME)O estudante Luiz Fernando Freitas era forte candidato a mais empolgado com a passagem do símbolo olímpico. Até improvisou uma réplica artesanal. (Foto: Ivo Lima/ME)

Olimpismo como filosofia
Quem carregou a tocha no trecho em que Luiz Fernando se posicionou foi o secretário nacional para a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCB), Marco Aurélio Klein. "O olimpismo é mais que uma filosofia do esporte. É uma filosofia de vida que une culturas, raças e etnias. É a cara do Brasil", avaliou o representante do Ministério do Esporte.

Marco Aurélio Klein (D), Secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, destacou os valores do olimpismo como uma fonte de união de culturas, raças e etnias. (Foto: Ivo Lima/ME)Marco Aurélio Klein (D), Secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, destacou os valores do olimpismo como uma fonte de união de culturas, raças e etnias. (Foto: Ivo Lima/ME)Quando os cordões de segurança baixaram, a artesã Milena Curado pôde finalmente voltar para casa ao lado da família, satisfeita com a tocha na mão. Ela foi a primeira pessoa da cidade a ser selecionada por uma das empresas patrocinadoras, pela boa fama de um projeto de reinserção social que conduz com detentas e detentos. Como foi escalada para correr em Itaberaí, ela conseguiu assistir à performance de amigos e vizinhos. "Foi uma espera longa por esse dia. Conduzir a chama é maravilhoso. O grande momento é o beijo na tocha, quando se transmite esse símbolo de paz", salientou.

Idosos
O amor pela cidade onde nasceu, criou 13 filhos e hoje vê crescer os bisnetos foi retribuído à doceira Sílvia Curado, de 83 anos, em forma de fogo. A chama olímpica, símbolo do espírito esportivo que percorre o Brasil até 5 de agosto - quando se iniciam os Jogos Rio 2016 -, foi conduzida pela octogenária no período da manhã.

Foi um presente maravilhoso para mim e uma grande surpresa, já que fui inscrita sem saber de nada", contou ela, ao fim da cerimônia. Silvia andou pelas pedras que calçam as ruas da área central do município emocionada e com a ajuda de um dos integrantes da organização do evento.

A passagem da tocha encheu de orgulho outros moradores da cidade que, como o aposentado Hecival Alves de Castro, de 76 anos, criaram suas famílias na Cidade de Goiás. Orgulhoso de ver a tocha passar na porta de sua casa, ele se dizia emocionado em poder acompanhar um evento dessa magnitude na rua onde nasceu e cresceu. "Nasci nessa casa, moro nela até hoje e me sinto honrado de presenciar esse evento de dimensão mundial."

Simbolismos folclóricos também foram representados. Na foto, os Farricoco, integrantes da tradicional Festa do Fogaréu. (Foto: Ivo Lima/ME)Simbolismos folclóricos também foram representados. Na foto, os Farricoco, integrantes da tradicional Festa do Fogaréu. (Foto: Ivo Lima/ME)

Aparato impressiona
A mobilização que a passagem da chama olímpica tem despertado nos municípios de Goiás é grande. Apesar de acostumados com o ritmo que o turismo se impõe à cidade, muitos deles se impressionam com a movimentação que os carros de som e todo o aparato de segurança na Cidade de Goiás.

Os simbolismos folclóricos de Goiás têm sido representados no percurso da tocha. Na cerimônia desta quinta-feira foram os Farricoco, integrantes da tradicional Festa do Fogaréu, recorrente nas celebrações cristãs da Semana Santa.

Antiga capital do estado, Cidade de Goiás guarda em sua história a cultura e o título de Patrimônio Histórico Mundial, reconhecido pela Unesco em 2001. Devastado por duas enchentes, a segunda delas há 15 anos, o município é uma das principais atrações turísticas do estado. Todos os anos, volta a ser a capital administrativa de Goiás em 25 de julho, quando a sede do governo estadual se transfere para o município por quatro dias.

A Cruz do Anhanguera, às margens do rio das Almas, é o ponto onde foi construída a primeira igreja do município, tendo sido derrubado duas vezes pela força das águas durante as cheias que inundaram a região.

Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de Cidade de Goiás (Goiás)

Ascom - Ministério do Esporte

Jogando contra os principais rivais, Brasil vence o teste do goalball na Arena do Futuro

Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brFoto: André Motta/Brasil2016.gov.br

Os quatro países mais bem colocados no ranking mundial masculino do goalball testaram a Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, nesta quarta e quinta-feiras (4 e 5 de maio). O Brasil, atual campeão mundial, venceu a competição. Participaram também Lituânia, Estados Unidos e Finlândia, campeã paralímpica de Londres 2012. Todos jogaram entre si, e os dois melhores – Brasil e Lituânia – fizeram a final. Os donos da casa ganharam o título com vitória por 11 x 7.

Para o brasileiro Leomon Moreno, a oportunidade de jogar contra os principais rivais foi bem aproveitada. “A gente já quis convidar essas equipes que concorrem diretamente com a gente. Como não temos tantos campeonatos fora do Brasil, temos que trazê-los para cá para ver como eles estão jogando. Os jogos não foram fáceis”, disse o artilheiro do último Mundial, em 2014.

As quatro equipes contribuíram para a avaliação da casa da modalidade nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A Arena do Futuro foi aprovada, ponderando-se o fato de que o piso da quadra será diferente durante o megaevento.

Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brFoto: André Motta/Brasil2016.gov.br

Esporte auditivo
A modalidade é jogada por cegos, que são classificados em três categorias – B1 (Cegos totais), B2 (atletas que percebem vultos), e B3 (jogadores que conseguem definir imagens)–, mas todos usam vendas nos olhos, de forma a garantir igualdade de condições. É um esporte que exige silêncio da arena, já que a bola usada tem um guizo que orienta os jogadores. Ruídos altos podem atrapalhar, mas os atletas e técnicos não apontaram problemas graves nesse sentido.

“Ontem, treinamos de manhã e de noite, pudemos explorar um pouco a arena. Fomos lá em cima, na área dos espectadores, que é muito boa, assim como o layout do piso que é bem aberto.  Como o goalball é um esporte auditivo, o som de grandes arenas pode ser problemático, mas aqui estamos jogando em um espaço bem menor”, disse o norte-americano Andrew Jenks.

“Tem um pouquinho de eco, mas a gente consegue tirar de letra. Parabéns para a organização, está tudo muito bonito e a quadra também está legal, o piso está bom. A temperatura está legal, eu gosto de jogar no calor”, acrescentou o brasileiro Parazinho.

A temperatura foi a única reclamação do finlandês eleito o melhor do mundo em 2014, Erkki Miinala. “O ar condicionado podia estar mais forte, porque está bem quente e úmido. Talvez haja algo para fazer com a refrigeração. Mas no geral está muito bom para os Jogos Paralímpicos”,disse.

Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brFoto: André Motta/Brasil2016.gov.br

Piso
O piso da quadra foi bastante elogiado pelos atletas. Andrew Jenks destacou a ausência de imperfeições como bolhas, que já foram encontradas por ele em outras arenas. Mas a superfície será diferente para os Jogos Paralímpicos, de acordo com Gustavo Nascimento, diretor de Gestão de Instalações do Comitê Rio 2016. Tanto para o handebol quanto para o goalball – as duas modalidades disputadas na Arena do Futuro nos Jogos –, haverá uma estrutura de madeira, chamada de piso flutuante, embaixo do carpete. E o piso em si também será diferente para o goalball.

“É válido o piso de handebol ser usado no goalball, é autorizado pela Federação Internacional (de Esportes para Cegos).  Aqui a gente teve três dias entre o handebol e o goalball, nos Jogos teremos 15 dias, então usamos o mesmo piso para os dois eventos-teste. O carpete do goalball nos Jogos é diferente e teremos uma plataforma a mais”, explicou Nascimento. Essa plataforma, acrescentou o dirigente, dará mais visibilidade ao jogo e facilitará o trabalho de transmissão.

O técnico do Brasil, Alessandro Tosim, aprovou a arena e comentou a mudança de piso.  “Vai ser o mesmo piso em que jogamos o Mundial, um pouco mais grosso que este, a bola vai quicar um pouco mais. O tempo de bola muda. Vamos ter que nos adaptar ao piso na semana de aclimatação. A arena é de arrepiar, é linda. Tem só um barulhozinho do ar condicionado, mas não interferiu em nada”, disse.

Quanto ao eco citado por Parazinho, o Comitê Organizador informou que está atento à questão. “Teste é para isso, para avaliar os pontos levantados. É um atleta falando. Se a federação internacional disser que tem um problema grave de eco, a gente vai ver sim”, disse Nascimento.

Os testes principais do Rio 2016 tiveram como foco a área de competição, os voluntários específicos do esporte e o sistema de resultados.

Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brFoto: André Motta/Brasil2016.gov.br

Mau cheiro
O mau cheiro relatado no torneio de handebol também foi percebido pelos atletas do goalball. Os deficientes visuais têm os outros sentidos mais apurados, e o olfato do brasileiro Parazinho não ficou indiferente. “Está muito forte nos corredores e no banheiro. Isso não é muito legal. A gente poderia ficar um pouco mais tranquilo, mas precisa se trocar logo para sair de lá de dentro porque incomoda bastante. Mas na quadra a gente quase não percebe”, explicou.

“Ontem, algumas vezes senti o mau cheiro, mas hoje está melhor. Fora da arena, também senti algumas vezes”, relatou o lituano Mantas Brazauskis.  O norte-americano Andrew Jenks sentiu o odor na área externa da arena, mas minimizou a questão. “Tudo dentro da arena está perfeito, e eu não jogo goalball lá fora. Para mim não é problema”, disse.

Para o Rio 2016, é preciso saber a origem exata do mau cheiro antes de qualquer atitude. “A gente continua investigando e não há sinal de que esse cheiro venha da instalação, de algum tipo de conexão mal feita, não há evidências. Se for da lagoa, a gente tem que achar uma solução, mas não vamos falar disso agora. A gente só vai falar da solução quando a gente tiver certeza de onde vem”, explicou Gustavo Nascimento.

Lagoa de Jacarepaguá, ao lado da Arena do Futuro: mau cheiro ainda é desafio. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Lagoa de Jacarepaguá, ao lado da Arena do Futuro: mau cheiro ainda é desafio. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)

Limpeza das lagoas
A Arena do Futuro é a instalação do Parque Olímpico mais próxima da Lagoa de Jacarepaguá, a qual é atribuído o mau cheiro. Presente no Dossiê de Candidatura e no Plano de Políticas Públicas dos Jogos Olímpicos, o projeto de recuperação ambiental do sistema lagunar da Barra e de Jacarepaguá, com trabalhos de dragagem e desassoreamento, não seguiu plenamente o cronograma idealizado. O Ministério Público Federal fez questionamentos, como a falta de um estudo de impacto ambiental, o que retardou o início das obras. A crise financeira, segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, agravou a situação.

“Em virtude das legítimas intervenções do Ministério Público, que acabaram por atrasar em um ano e meio o início das obras, o orçamento previsto para as intervenções no Complexo Lagunar da Barra, com o passar do tempo, foi impactado. Nesse período, veio a crise econômica e a realidade agora é outra”, informou a secretaria em nota, que continua:  “A secretaria está fazendo um grande esforço orçamentário, mesmo diante da crise, buscando realizar o que estamos chamando de primeira fase da obra, que é a execução da ampliação do molhe – estrutura costeira feita por pedras e blocos de concreto – na embocadura do Canal da Joatinga. Esta intervenção vai facilitar uma troca maior de água entre a lagoa e o mar, melhorando a balneabilidade da praia. O projeto será feito de forma que essa troca se dirija mais para o alto mar, favorecendo a qualidade da água na região”.

Em relação ao Programa de Saneamento da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) disse que as obras estão mais de 80% finalizadas, com previsão de conclusão para o fim de junho. Orçadas em cerca de R$ 72 milhões, as intervenções beneficiam áreas da região ainda não conectadas à rede da companhia e os empreendimentos e novas construções voltados aos Jogos Olímpicos.

Ainda de acordo com a CEDAE, o eixo viário, formado pelas avenidas Abelardo Bueno e Salvador Allende, onde se concentram os principais trabalhos, tem a função de coletar e transportar o esgoto para a Estação Elevatória de Esgotos (EEE) de Jacarepaguá. As novas tubulações ligarão a rede de esgotos da região às novas EEE Olimpíada e EEE Olof Palme, e à Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da Barra. A obra foi projetada para atender a demanda futura nos próximos 20 anos.

» Resultados do evento-teste

Quarta (04.05)
Brasil 7x6 Finlândia
Estados Unidos 5x14 Lituânia

Quinta (05.05)
Finlândia 4x4 Estados Unidos
Lituânia 14x11 Brasil
Finlândia 7 x 8 Lituânia
Estados Unidos 4x10 Brasil

Final

Brasil 11x7 Lituânia

Rio Open
De 07 a 09 de maio, as seleções sueca e turca se juntam aos quatro times convocados para o evento-teste para disputar o Rio Open Goalball Men’s Tournament, também na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

» Conheça o Goalball:


Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Centro Esportivo da UFRJ ganha dois campos de hóquei sobre a grama e piscina olímpica

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Os Jogos Rio 2016 vão mostrar para os brasileiros disputas no mais alto nível de dezenas de modalidades pouco praticadas no país. Uma oportunidade para despertar o interesse dos amantes do esporte, que a partir do legado olímpico terão as estruturas necessárias para se desenvolverem. Exemplos disso são os dois campos de hóquei sobre a grama, inaugurados nesta quinta-feira (05.05) pelo ministro do Esporte Ricardo Leyser na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Estamos fazendo investimentos em novas modalidades, que não atraem tanto patrocínio, mas que são importantes. Estes e os de Deodoro são os únicos campos da América Latina com padrão olímpico. Seria inconcebível realizar os Jogos sem deixar um legado para as universidades federais”, destacou Leyser, para enfatizar a relevância da Academia na formação dos profissionais do esporte.

“Este é um caminho que deveríamos aprofundar. O Brasil voltou a olhar para as universidades como desenvolvedoras do país. É importante ressaltar que nosso desempenho está calcado nos profissionais - fisioterapeutas, nutricionistas, médicos, técnicos - e não apenas nas obras físicas. Não é possível fazer o esporte sem esse grau de profissionalização”, prosseguiu o ministro.

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

A interdisciplinaridade por trás do resultado final de um atleta, envolvendo diversas áreas do conhecimento, torna a universidade um espaço importante para o aperfeiçoamento e a popularização do desporto, conforme explicou o reitor da UFRJ. “A universidade pensa o esporte como uma dimensão da cultura. Termos novas modalidades significa democratizar essa cultura. O esporte mobiliza diversas áreas da ciência e o fato de termos esta infraestrutura, pública, é de grande importância para realizarmos projetos de extensão com as escolas. Com isso, a universidade está contribuindo para produzir e democratizar o acesso a essas novas modalidades”.

Os campos de hóquei sobre a grama beneficiaram disciplinas que a primeira vista não estão associadas ao esporte, como a engenharia. A construção da estrutura demandou tecnologia e conhecimento de ponta para deixar tudo dentro do mais alto padrão exigido pela Federação Internacional. A grama sintética de grande densidade é feita com fios de polietileno, constantemente irrigada, para que uma lâmina de três milímetros de água permaneça no campo.

“A partida é realizada com essa camada de água, para que a bola possa deslizar melhor. Para isso, o campo deve ser totalmente plano, não podendo ultrapassar 0,4% de caimento”, descreve Rogério Patini, diretor comercial da empresa alemã responsável pelo campo. Ele explica que por baixo da grama há uma camada de borracha e outras duas de asfalto, uma drenante e outra lisa. Apenas a última é impermeável. “A água vai para um tanque com capacidade para 600 mil litros e é reutilizada na irrigação”.

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

A área de jogo mede 91,4 metros de comprimento, por 55 metros de largura. São mais cinco metros de área de escape nas linhas de fundo e quatro nas laterais. Com os campos construídos para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e reformados para os Jogos de 2016, o Rio de Janeiro passa a contar com quatro espaços para a prática da modalidade. A estrutura da UFRJ, inclusive, fica disponível para receber as delegações estrangeiras que quiserem fazer aclimatação antes das Olimpíadas.

O presidente da Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama (CBHG), Sydnei Rocha, afirmou que dará início às tratativas para receber as seleções, que devem desembarcar para treinos no Brasil nos meses de junho e julho. Junto com a UFRJ e a Federação do Rio, Rocha também pretende definir o uso dos campos para os times e seleção nacionais. “Temos dois campos, com iluminação, o que permite o uso noturno, então, podemos receber muitas equipes, inclusive ao mesmo tempo”.

O Centro de Treinamento do Complexo Esportivo da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ conta ainda com um campo de rúgbi, inaugurado no mês de março, e uma piscina olímpica, entregue também nesta quinta-feira. No total, foram investidos R$ 61,4 milhões pelo Ministério do Esporte nestas estruturas. Outro aporte do Governo Federal na universidade foi a construção e equipagem do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, no valor de R$ 188 milhões.

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Homenagem
Após a entrega dos campos de hóquei, o ministro Ricardo Leyser inaugurou a piscina olímpica do Parque Aquático Margarida Thereza Nunes. Presente no evento, a professora emérita da UFRJ e uma das pioneiras do nado sincronizado no país se emocionou com a homenagem de ter seu nome batizando o local. “Não mereço tanto, não tenho esse perfil de emérita, mas posso dizer que trabalhei muito”, conta Margarida. Aos 91 anos, ela esbanja alegria e disposição. Arriscou deitar ao lado da piscina e tocar as mãos na água.

Mesmo que não possa mais praticar seu esporte favorito, a botafoguense de coração revela ter encontrado outra forma para se manter ativa. “Eu tenho uma coleção linda de objetos olímpicos. Ali tem a alma de uma pessoa que através da coleção conseguiu sobreviver, porque quando você não pode mais pular, correr, nadar tem que arranjar uma atividade na vida”. Mas a lista com milhares de botons, medalhas e álbuns não ficará como relíquias guardadas para si. A intenção da professora é doar seu acervo para o Ministério do Esporte. “Quero doar para que as pessoas tenham consciência que devemos guardar as memórias”.

Professora Margarida sente a água da piscina olímpica no Parque Aquático que leva seu nome. (Fotos: Francisco Medeiros/ ME)Professora Margarida sente a água da piscina olímpica no Parque Aquático que leva seu nome. (Fotos: Francisco Medeiros/ ME)

Ricardo Leyser prometeu receber o material e destiná-lo ao Museu Olímpico que deve ser formado após os Jogos. “Uma das coisas boas de ser ministro é ter a oportunidade de conhecer as pessoas que fazem e fizeram a história do nosso esporte. Aqui fazemos uma homenagem justa e merecida para a professora Margarida”.

A piscina de 50 por 25 metros foi reformada de acordo com as normas da Federação Internacional de Natação (Fina). O equipamento tem três metros de profundidade, dez raias e conta com sistema de aquecimento a gás, com redundância de energia solar, para deixar a temperatura em 27ºC, conforme exigido pela Fina.

O parque aquático ainda tem áreas de apoio, depósito e escritório, vestiários, iluminação, calçamento, drenagem e acessibilidade completa. A piscina será usada pelas seleções de polo aquático que quiserem se aclimatar e treinar antes e durante as Olimpíadas. 

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Conheça a Rede Nacional de Treinamento

Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro

Ascom - MInistério do Esporte

 

Luta olímpica nacional busca últimas vagas para os Jogos Rio 2016

Brasileiro Davi Albino busca vaga para o Rio 2016  (Foto: Divulgação/CBW)Brasileiro Davi Albino busca vaga para o Rio 2016 (Foto: Divulgação/CBW)
 
Doze atletas da luta olímpica brasileira disputam a partir desta sexta-feira (06.05), em Istambul, o Pré-olímpico Mundial da Turquia, última chance de garantir presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Para classificar o país, os lutadores devem terminar entre os dois primeiros colocados em sua categoria de peso. 
 
Davi Albino, bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, esteve perto de garantir a vaga para os Jogos de Londres e espera subir uma posição para garantir presença na maior competição esportiva do planeta. O atleta faz parte do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. 
 
“Esta seletiva é tão ou ainda mais difícil que os próprios Jogos Olímpicos. Todos os países que ainda não conquistaram vaga vão lutar. Na segunda seletiva mundial para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, acabei em terceiro lugar e ficando de fora por uma posição. Treinamos bastante e contamos com a torcida brasileira para ir em busca desta classificação”, afirmou Davi, categoria até 98kg do estilo greco-romano.  
 
Outros três atletas representam o país no estilo greco-romano. Diego Romanelli, até 59kg, Ângelo Moreira, até 75kg, e Ronisson Brandão, até 85kg. No sábado será a vez das atletas do estilo livre feminino Susana Santos, até 48kg, e Giullia Penalber, até 53kg. Já no estilo livre masculino, a equipe terá representante nos seis estilos olímpicos. Filipe Esteves, até 57kg, Lincoln Messias, até 65kg, Pedro Rocha, até 74kg, Adrian Jaoude, até 86kg, Paulo Victor Santos, até 97kg, e Antoine Jaoude, até 125kg.
 
O Brasil conta com cinco vagas para os Jogos do Rio. Joice Silva, até 58kg, Lais Nunes, até 63kg, Gilda Oliveira, até 69kg e Aline Silva, até 75kg, todas no estilo livre feminino. A quinta vaga foi conquistada na categoria até 130kg do estilo greco-romano, mas ainda não há definição de qual atleta representará o país.
 
Confira a programação brasileira para o Pré-olímpico mundial da Turquia:
 
Sexta-feira (06.05) – Eliminatórias a partir das 4h e finais às 12h
Estilo greco-romano: Diego Romanelli até 59kg, Ângelo Moreira até 75kg, Ronisson Brandão até 85kg e Davi Albino até 98kg (foto)
 
Sábado (07.05) – Eliminatórias a partir das 4h e finais às 12h
Estilo livre feminino: Susana Santos até 48kg e Giullia Penalber até 53kg
 
Domingo (08.05) – Eliminatórias a partir das 4h e finais às 12h
Estilo livre masculino: Filipe Esteves até 57kg, Lincoln Messias até 65kg, Pedro Rocha até 74kg, Adrian Jaoude até 86kg, Paulo Victor Santos até 97kg e Antoine Jaoude até 125kg (foto)
 
Fonte: CBW
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 
 

Dunga convoca sete jogadores em idade olímpica para a Copa América Centenário

Rafael Ribeiro/CBFRafael Ribeiro/CBF
 
 
Entre os 23 jogadores convocados nesta quinta-feira (05.05) para a Copa América Centenário, o técnico da Seleção Brasileira de futebol, Dunga, relacionou sete atletas em idade olímpica. A Federação Internacional de Futebol (Fifa) permite apenas jogadores que não tenham completado 23 anos nos Jogos Olímpicos, com exceção de três atletas por seleção. No grupo que vai disputar a Copa América nos Estados Unidos, de 3 a 26 de junho, sete jogadores poderão ser chamados também para a disputa das Olimpíadas.
 
São eles o goleiro Ederson (Benfica), os laterais Fabinho (Monaco) e Douglas Santos (Atlético-MG), os zagueiros Marquinhos (PSG) e Rodrigo Caio (São Paulo), o meio-campista Rafinha (Barcelona) e o atacante Gabigol (Santos). "Nós estamos trazendo equipe competitiva para uma competição importante, dando experiência a jogadores da seleção olímpica", disse o treinador em entrevista coletiva na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro.
 
O treinador havia divulgado uma lista, na semana passada, com 40 atletas. Nesta quinta, anunciou o corte de 17 jogadores e fechou o grupo com os 23 convocados. Na convocação final, sete atletas atuam no Brasil, sendo três do Santos (Lucas Lima, Gabigol e Ricardo Oliveira), um do Internacional (o goleiro Alisson), um do Atlético-MG (Douglas Santos), um do São Paulo (Rodrigo Caio) e um do Corinthians (Elias).
 
Confira a lista completa:
 
Goleiros
 
Alisson - Internacional
 
Diego Alves - Valência
 
Ederson - Benfica
 
Zagueiros
 
Miranda - Internazionale
 
Gil - Shandong Luneng Taishan FC
 
Marquinhos - PSG
 
Rodrigo Caio - São Paulo
 
Laterais
 
Dani Alves - Barcelona
 
Filipe Luís - Atlético de Madrid
 
Fabinho - Monaco
 
Douglas Santos - Atlético Mineiro
 
Meio-campistas
 
Luiz Gustavo - Wolfsburg
 
Elias - Corinthians
 
Renato Augusto - Beijing Guoan FC
 
Philippe Coutinho -  Liverpool
 
Lucas Lima - Santos
 
Willian - Chelsea
 
Casemiro - Real Madrid
 
Rafael Alcântara - Barcelona
 
Douglas Costa - Bayern de Munique
 
Atacantes
 
Hulk - Zenit
 
Gabriel - Santos
 
Ricardo Oliveira - Santos
 
Fonte: CBF
Ascom - Ministério do Esporte

Passagem da Tocha Olímpica por Goiás

O segundo dia do Tour da Tocha por Goiás começou nesta quinta-feira (05.05). A primeira cidade a receber a chama olímpica é Itaberaí. De lá, ela passa por Goiás Velho e Inhumas. Por último, a tocha chega em Goiânia, onde vai passar a noite.

Ministro inaugura pistas de atletismo com padrão internacional em Teresina e Palmas

 
O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, cumpre agenda nesta sexta-feira (06.05) em Teresina e em Palmas, para a inauguração de duas novas pistas de atletismo com padrão internacional que passarão a integrar a Rede Nacional de Treinamentos de Atletismo. Os equipamentos também fazem parte da estratégia de nacionalização do legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
 
Pela manhã, às 9h30, o ministro estará na Universidade Federal do Piauí, ao lado do reitor na UFPI, prof. Dr. Hélder Nunes da Cunha, para a cerimônia de inauguração da pista oficial da universidade, e que recebeu certificação internacional nível 2 pela IAAF ( Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês). A pista contou com recursos de R$ 9,3 milhões do Governo Federal. Após a inauguração, Ricardo Leyser vai visitar as obras do CT de badminton, que está em construção na universidade.
 
Já à tarde, por volta das 16h, será a vez da inauguração da primeira pista internacional de atletismo na cidade de Palmas, localizada na Universidade Federal do Tocantins (UFT). A solenidade de inauguração contará com a presença do ministro Leyser e do reitor da UFT, Márcio Antônio da Silveira, além do prefeito de Palmas, Carlos Amastha e o presidente da Federação de Atletismo do Tocantins, Maurício Monteiro, entre outras autoridades.
 
A pista de atletismo da UFT recebeu investimentos de R$ 8,8 milhões do Governo Federal, com oito raias de 400 metros, e compõe o Centro Olímpico Heróis do Araguaia no campus de Palmas. Também recebeu certificação nível 2 da IAAF.
 
Assim como a pista da UFPI de Teresina o equipamento da UFT faz parte da Rede Nacional de Treinamentos de Atletismo que o Ministério do Esporte está construindo em todo o Brasil. Ao todo serão 47 pistas oficiais, resultado de parcerias com governos estaduais, prefeituras, universidades, CBAt, federações estaduais e clubes, num investimento total de R$ 301,8 milhões. As demais obras estão em diferentes estágios, com 17 pistas entregues, além das duas que estão sendo inauguradas nesta sexta-feira.
 
Serviço: 
Inauguração da pista de atletismo da UFPI
Horário: 9h30
Endereço: Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bairro Ininga, Teresina, PI. 
 
Serviço: 
Inauguração da pista de atletismo da UFT
Horário: 16h
Endereço: Avenida NS 15, 109, Plano Diretor Norte, Palmas, TO. 
 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Definidas as chaves do goalball no Rio 2016. Time masculino está fora do “grupo da morte”

Márcio Rodrigues/CPB/MPIXMárcio Rodrigues/CPB/MPIX
 
O sorteio dos grupos do goalball para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 deu ao time brasileiro masculino, atual campeão mundial, um pouco de tranquilidade nos primeiros jogos, já que ficou de fora do “grupo da morte”. No feminino, o Japão – campeão em Londres 2012 – está no caminho da seleção nacional já na primeira fase. O chaveamento foi definido nesta quarta-feira (04.05) na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
 
Com a ajuda do craque Leomon Moreno, o primeiro sorteio realizado foi o feminino. O Brasil ficou no grupo C ao lado dos Estados Unidos, Japão, Argélia e Israel. Passando para as eliminatórias, a seleção brasileira irá enfrentar os classificados do grupo D: Rússia, Turquia, Ucrânia, Canadá e China.
 
“O sorteio não foi muito fácil, mas estamos nos preparando dia a dia. Esperamos chegar num patamar muito bom para estar na final trabalhando jogo a jogo”, disse Cláudia Oliveira, atleta que disputou os Jogos de Londres 2012.
 
Cláudia foi quem sorteou as equipes do masculino. O grupo A tem Brasil – vice-campeão em Londres 2012 -, Argélia, Canadá, Alemanha e Suécia. O título de “grupo da morte” ficou com o grupo B, que tem a Finlândia – atual campeã paralímpica –, Estados Unidos, Turquia - bronze em Londres-, China e Lituânia.
 
“O chaveamento ficou bem interessante, algumas das equipes que batem de frente com a gente ficaram no grupo contrário ao nosso, mas nós não podemos perder o foco e achar que já estamos classificados. Precisamos manter o treinamento e não perder o foco para chegarmos até o ouro”, comentou Leomon Moreno, artilheiro do último mundial, realizado em 2014, quando o Brasil foi campeão vencendo os anfitriões finlandeses.
 
Tanto no feminino quanto no masculino, classificam-se os quatro primeiros de cada grupo para as quartas de final.
 
Fonte: Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais 
Ascom - Ministério do Esporte

Aberto da Eslovênia: seis brasileiros avançam para a fase eliminatória individual

DivulgaçãoDivulgação
 
Após a disputa da primeira fase individual no Aberto da Eslovênia – etapa fator 40 do Circuito Mundial -, a seleção brasileira paralímpica avançou com seis atletas para a fase final. As partidas eliminatórias começam nesta quinta-feira (5).
 
Pela Classe 10 feminina, Bruna Alexandre (3ª colocada no ranking mundial da Classe 10) venceu suas três partidas no grupo B. Primeiro, derrotou a croata Mirjana Lucic (6ª) por 3 sets a 0 (12/10, 11/7 e 11/5). Depois, a brasileira superou a turca Merve Demir (9ª) por 3 a 1 (6/11, 11/9, 11/1 e 11/9). Por último, passou pela australiana Andrea McDonnell (13ª) pelo placar de 3 a 1 (7/11, 11/6, 11/9 e 11/7). 
 
Na Classe 2 masculina, Iranildo Espíndola (15º colocado no ranking mundial da Classe 2) também conseguiu se classificar ao bater o espanhol Iker Sastre (16º) por 3 a 2 - parciais de 11/5, 7/11, 12/10, 7/11 e 11/5. O brasileiro ainda perdeu para o francês Fabien Lamirault (2º) por 3 a 1 (11/9, 10/12, 11/7 e 11/6), mas se classificou com a segunda colocação do grupo.
 
O Brasil teve dois classificados na Classe 3 masculina. Pelo Grupo G, Welder Knaf (9º colocado no ranking mundial da Classe 3) derrotou Stephane Gil-Martins (44º), da França, por 3 a 2 (9/11, 11/3, 11/9, 2/11 e 11/7) e Paitoon Sae-Jew (55º), da Tailândia, por 3 a 0 (11/9, 11/5 e 11/2), mas foi batido pelo chinês Zhai Xiang (13º) por 3 a 0 (11/9, 11/8 e 11/4). 
 
Além dele, o medalhista de ouro no Parapan de Toronto, David Freitas (27º), se classificou no Grupo A. Ele venceu o esloveno Bojan Lukezic (28º) por 3 a 1 (8/11, 11/7, 11/4 e 11/9) e perdeu para o chinês Feng Panfeng (1º) por 3 a 0 - parciais de 11/1, 11/3 e 11/5. 
 
Na Classe 7 masculina, também foram dois mesatenistas da seleção que avançaram. Pelo Grupo E, Israel Stroh (13º colocado no ranking mundial da Classe 7) venceu as suas três partidas: 3 a 1 (13/11, 18/16, 6/11 e 12/10) sobre o chinês Yan Shuo (9º); 3 a 1 (7/11, 11/7, 11/4 e 11/6) no russo Vladimir Anikanov (27º) e 3 a 2 (7/11, 11/5, 5/11, 11/5 e 12/10) sobre o tailandês Suriyone Thapaeng (55º). 
 
O outro brasileiro que se classificou foi Paulo Salmin (15º). Pelo Grupo D, ele derrotou o espanhol Jordi Morales (5º) por 3 a 1 - parciais de 11/4, 8/11, 16/14 e 11/9 - bateu o tailandês Yuttana Namsaga (31º) por 3 a 2 (7/11, 11/6, 12/10, 11/13 e 11/9) e superou o esloveno Luka Trtnik (57º) por 3 a 0 (11/1, 11/9 e 11/7).
 
Pelo grupo C da Classe 3 feminina, Thais Severo (24ª colocada no ranking mundial da Classe 3) terminou em terceiro lugar. Ela conseguiu boa vitória sobre a mexicana Edith Lopez (16ª), por 3 a 2 (11/9, 13/11, 9/11, 7/11 e 11/8), mas caiu diante da croata Andela Muzinic (3ª), por 3 a 0 (11/8, 11/7 e 11/6) e da eslovaca Alena Kanova (7ª), por 3 a 1 (11/6, 8/11, 11/8 e 11/8).
 
A campeã parapan-americana Joyce Oliveira (9ª colocada no ranking mundial da Classe 4), também ficou em terceiro em seu grupo, o A da Classe 4 feminina. Ela superou a sérvia Kristina Arancic (22ª) por 3 a 1 (11/6, 11/9, 10/12 e 11/9), enquanto foi superada pela chinesa líder do ranking mundial, Zhou Ying, por 3 a 0 (11/5, 11/7 e 11/4), e por Lu Pi-chun (11ª), de Taipei, por 3 a 0 (11/6, 11/8 e 11/9).
 
Pela Classe 9 feminina, Danielle Rauen (9ª colocada no ranking mundial da Classe 9) e Jennyfer Parinos (12ª) não conseguiram avançar. A primeira, no grupo B, venceu a tailandesa Wachiraporn Thermoya (16ª) por 3 a 0 (11/9, 11/4 e 11/5), mas perdeu para a chinesa Xiong Guiyan (1ª), por 3 a 0 (11/6, 11/1 e 11/4), e para a polonesa Karolina Pek (4ª), por 3 a 1 (11/7, 5/11, 11/4 e 12/10).
 
Jennyfer, por sua vez, também terminou em terceiro lugar, só que no grupo C. A jovem superou a russa Elena Epishkina (14ª) por 3 a 0 (11/4, 11/6 e 11/6), contudo acabou derrotada pela turca Neslihan Kavas (3ª), por 3 a 0 (11/5, 11/4 e 11/5), e pela chinesa Liu Meng (5ª), por 3 a 1 (11/9, 5/11, 11/7 e 11/9), em jogo disputado.
Entre os homens na Classe 1, Aloísio Lima (10º colocado no ranking mundial da Classe 1), fechou sua participação em quarto no grupo D. Ele foi vencido pelo britânico Paul Davies (7º), por 3 a 2 (7/11, 11/7, 9/11, 11/7 e 11/9); pelo italiano Federico Falco (23º), por 3 a 0 (11/6, 11/5 e 11/8); e pelo coreano Sung Joo Park (32º), por 3 a 1 (4/11, 11/3, 11/8 e 12/10).
 
Guilherme Costa (21º colocado no ranking mundial da Classe 2) não avançou no grupo B da Classe 2, ficando com terceiro lugar. Ele perdeu seus dois compromissos: diante do ucraniano Oleksandr Yezyk (3º), por 3 a 0 (11/3, 11/9 e 11/9), e do chinês Gao Yan Ming (14º), por 3 a 2 (8/11, 10/12, 12/10, 11/5 e 11/6).
Na Classe 5, Claudiomiro Segatto (15º colocado no ranking mundial da Classe 5) foi mais um a não avançar. Ele bateu o tailandês Wira Chiaochan (31º) por 3 a 0 (11/3, 11/4 e 11/3), mas foi derrotado pelo alemão Valentin Baus (3º), por 3 a 0 (11/6, 11/5 e 13/11), e pelo britânico Jack Spivey (6º), pelo mesmo placar (12/10, 11/8 e 11/9), mas em duelo equilibrado.
 
Outro campeão parapan-americano, Luis Manara (23º colocado no ranking mundial da Classe 8), parou na primeira fase. Pelo grupo D da Classe 8, ele foi superado pelo polonês Piotr Grudzien (5º), por 3 a 0 (11/9, 12/10 e 11/7); pelo belga Marc Ledoux (12º), por 3 a 0 (11/5, 11/9 e 11/6); e por último pelo russo Artem Iakovlev (67º), igualmente por 3 a 0 (11/5, 11/9 e 11/7).
 
Pela Classe 9 masculina no Grupo D, Diego Moreira (31º colocado no ranking mundial da Classe 9) também não conseguiu avançar de fase. O atleta foi derrotado pelo francês Cedrik Cabestany (4º) por 3 a 0, com parciais de 11/6, 11/9 e 11/6, e pelo húngaro Dezso Bereczki (14º) por 3 a 1 (11/7, 2/11, 11/9 e 11/2). Diego ainda venceu a partida contra o tailandês Sukij Samee (56º) por 3 a 0 (11/3, 11/4 e 11/8), mas não foi o suficiente para a classificação.
 
No Grupo B da Classe 10 masculina, Carlos Carbinatti (18º colocado no ranking mundial da Classe 10) teve de se despedir da competição. Ele venceu a sua partida contra Makhanbet Nassikhan, do Cazaquistão, por 3 a 0 (11/1, 11/4 e 11/4), mas perdeu outros dois jogos: 3 a 0 (12/10, 11/4 e 11/2) para o espanhol Jose Manuel Ruiz Reyes (5º) e 3 a 1 (11/9, 11/4, 9/11 e 11/7) para Ivan Karabec (8º), da República Checa.
 
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM
Ascom - Ministério do Esporte

Pirenópolis celebra a passagem da tocha olímpica com tradição e filhos ilustres

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 

 
A tradição centenária das Cavalhadas e a representação atual de artistas e atletas locais que ganharam projeção nacional foram destaques em Pirenópolis nesta quarta-feira (6), durante a passagem da tocha olímpica na mais histórica cidade de Goiás. A 120 km da capital Goiânia e a cerca de 150 km de Brasília, Pirenópolis foi a terceira cidade brasileira a receber a chama dos Jogos Rio 2016.
 
Com 25 mil habitantes e famosa por suas cachoeiras, beleza natural e arquitetura colonial, Piri, como carinhosamente é chamada, é um dos principais destinos turísticos ecológicos do estado. Com 288 anos, o município é tombado como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 
A transição mais aguardada pelos espectadores ocorreu em frente à Igreja Matriz, no centro histórico. Depois de passar pelo portal de entrada da cidade, a tocha foi conduzida por moradores como o artista plástico Pérsio Forzzani, que repassou a chama ao ex-jogador de futebol do Grêmio e do Sport, Sandro Goiano, de 42 anos. Ele também nasceu em Pirenópolis. "Dormi ansioso, acordei ansioso... É uma emoção muito forte", descreveu.
 
Filhos de Francisco
Nascidos na cidade, os cantores Zezé di Camargo e Luciano também foram responsáveis por conduzir o fogo por pouco mais de 200 metros. "A simbologia desse ato é a paz e a união entre as pessoas e é isso o mais importante neste momento de hoje no Brasil ", destacou Zezé.
 
 
No meio da manhã, estudantes no trajeto da tocha já esperavam pela celebração na porta das escolas. As ruas ao redor da Igreja da Matriz já estavam bloqueadas e moradores e turistas se aglomeravam nas calçadas.
 
Dias antes da chegada da chama, alguns já esperavam pela ilustre visita. "Trabalho em um restaurante e percebi que todos os clientes só falavam nisso. Também há muitos carros com adesivo de divulgação da passagem da tocha pelas ruas", destacou a estudante Mayara Amaral.
 
Apesar do calor, ninguém desistiu de fazer campana. Muitos se alinharam nas calçadas e todas as sombras de árvores estavam ocupadas. Na rua de calçamento de pedra, cavaleiros aguardavam pela sua vez para se posicionar como na famosa batalha das Cavalhadas.
 
"Deixamos os ensaios para a celebração da Festa do Divino para estar aqui. Não é fácil estar vestido com esse traje, mas, por essa festa, vale a pena", disse o cavaleiro Milson Pereira. As pastorinhas, meninas fantasiadas de personagens da história, ensaiavam sua coreografia diante de olhares curiosos.
 
Há poucos metros dali, na Meia Ponte, que liga as duas margens do Rio das Almas, Lupércio Lima encantou os olhos da plateia e as lentes dos fotógrafos. Um dos cinco balonistas de maior destaque internacional na atualidade, ele fez uma demonstração de aproximadamente dez minutos de seu esporte. Usou a tocha olímpica para acender a chama do balão e subiu a cinco metros de altura. "Curti um momento de solidão : eu, o balão e a tocha", brincou.
 
A chama ainda passou por uma reserva ambiental e por uma das mais de 100 cachoeiras da cidade, onde um condutor fez rapel.
 
Anápolis
Tão logo saiu de Brasília, no início da manhã, a chama olímpica passou por Corumbá de Goiás. No fim da tarde, seguiu para o último destino desta quarta-feira, a também goiana Anápolis e foi recebida com uma longa queima de fogos.
 
Já no cair da noite, a tocha passou pela praça Bom Jesus e pelo Ginásio Internacional de Esportes Newton Farias. Na festa de encerramento, se apresentaram as bandas Chapéu de Paia e RH Positivo. Outras atrações culturais animaram o público que aguardava a chama. Na quinta-feira, dia 5, segue para as cidade de Itaberaí, Cidade de Goiás, Inhumas e encerra o dia na capital Goiânia.
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Anápolis (Goiás)
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Ministro inaugura Campo de Hóquei sobre a Grama e Parque Aquático na UFRJ

 
O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, e o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor Roberto Leher, inauguram nesta quinta-feira (05.05), na capital fluminense, os dois Campos de Hóquei sobre a Grama e o Parque Aquático Professora Maria Thereza Nunes da Cunha Menezes na universidade. A cerimônia será às 11h.
 
As instalações integram o Centro de Treinamento do Complexo Esportivo da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), ampliado e reformado com recursos federais no valor de R$ 61,4 milhões. A estrutura será utilizada como local de treinamento durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. O investimento é parte do legado das Olimpíadas para o esporte nacional e para a comunidade universitária da UFRJ.
 
Serviço:
Data: 5 de maio de 2016
Horário: 11h
Local: Complexo Esportivo da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) – UFRJ
Endereço: Av. Carlos Chagas Filho, 540, Ilha da Cidade Universitária, Zona Norte, Rio de Janeiro (RJ)
 
Ascom – Ministério do Esporte

Programação cultural para os Jogos 2016 é apresentada no Rio de Janeiro

Ministro do Esporte, Ricardo Leyser destacou a riqueza das manifestações culturais brasileiras. Foto: Francisco Medeiros/MEMinistro do Esporte, Ricardo Leyser destacou a riqueza das manifestações culturais brasileiras. Foto: Francisco Medeiros/ME

Carnaval de rua, danças indígenas, apresentação de piano no Arpoador, exposições, mostras de filmes e espetáculos teatrais serão algumas das manifestações que os turistas poderão acompanhar e participar durante os Jogos Rio 2016. O evento é esportivo, mas o objetivo do Governo Federal é que moradores, visitantes e espectadores tenham a cultura como porta de entrada para as Olimpíadas e Paralimpíadas. Para isso, foi apresentada a programação feita pelo Ministério da Cultura, com diversos parceiros, nesta quarta-feira (04.05), na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

O orçamento do Governo Federal para poder montar a agenda de cultura dos Jogos foi de R$ 85 milhões e inclui contratação de estrutura, comunicação das ações e pagamento de cachês, ou seja, a parte de produção artística e executiva. Para o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, a programação vai mostrar para o mundo os valores brasileiros de civilização. “O Brasil tem uma agenda moderna, da possibilidade da convivência com as várias origens culturais. Nada melhor que os Jogos para mostrar a ideia que temos de civilização e a programação cultural aponta nesse sentido. Nós ficamos reconfortados e ansiosos por ver logo os Jogos. Vamos viver esse momento que vai ser tão bacana”, ressaltou.

Serão 2 mil espetáculos, que reunirão 10 mil artistas nacionais, em mais de 80 espaços da cidade. Para o ministro da Cultura, Juca Ferreira, essa será uma oportunidade de o Brasil se afirmar perante o mundo a partir de sua diversidade cultural. “A cultura tem um significado enorme em um evento como esse. Os Jogos não são somente o esporte. Têm princípios, como o de que o mais importante é participar, da aceitação do diferente. Nesse espírito, a cultura entra suave. Serão muitas pessoas mobilizadas para os Jogos, uma audiência que somada deve chegar a cinco bilhões de telespectadores, um milhão de turistas no Rio, então, é importante disponibilizar uma série de eventos para que estas pessoas estabeleçam uma relação positiva com o Brasil. Essa programação vai dar um reforço para as Olimpíadas de dimensões inimagináveis, isso fica como afirmação do país”, disse.

Toda a agenda estará disponível no aplicativo “Culturi”, que será gratuito nas plataformas Android e iOS. Nele, o usuário poderá saber o local, o horário e a programação dos eventos culturais, com mapa localizador. O dispositivo poderá ser baixado na próxima semana e também trará as apresentações nas cidades do Revezamento da Tocha.

Os contratos estão sendo firmados e alguns já foram fechados. O Ministério da Cultura irá divulgar a programação detalhada, com os nomes, horários e locais das apresentações, quando a lista estiver completa. A previsão é que isso ocorra na próxima semana. Para as diferentes iniciativas serão feitas contratações diretas, além do processo de seleção a partir da abertura de editais, como a “Mostra Cena Brasil dos Festivais” e “Funarte Festival de Música nas Olimpíadas”, para programadores de cinema e música, respectivamente, realizarem curadoria com recorte dos festivais mais importantes do país.  

Inovações
Uma das ações de destaque da programação cultural será uma novidade na história dos Jogos e ocorrerá dentro das praças esportivas. Em parceria com o Comitê Rio 2016, o Ministério da Cultura irá promover a “Sports Presentation”, espetáculos durante os intervalos das disputas, que devem envolver desde a apresentação de maracatu a rodas de capoeira.

Outra iniciativa que deve chamar a atenção dos turistas será o “Piano no Arpoador”, concertos que serão realizados ao pôr do sol, por artistas brasileiros, em um grande piano montado na pedra que delimita Ipanema. Serão espalhadas caixas de som pela praia.

Os principais pontos turísticos da cidade serão iluminados com macro projeções, que prometem colorir edifícios, pedras, monumentos e montanhas com obras de artistas de diversas regiões do país e de países como França, Itália, Japão e Austrália.

O objetivo dos organizadores dos Jogos e do Governo Federal é movimentar os espaços públicos e as ruas do Rio. “O que a gente criou foi um conceito que é exatamente ter a cultura nas ruas, fazer da cidade um cenário vivo, não apenas carioca, mas nacional, onde a cultura brasileira possa estar presente para receber o Brasil, porque é isso que a gente vai estar fazendo. E o mais importante foi alinhar todas as instâncias governamentais de cultura, para que juntas elas pudessem fazer um recorte da nossa cultura como ela merece”, ressaltou Carla Camurati, diretora de cultura do Comitê Rio 2016.  

» Confira a programação completa

O principal local de irradiação das manifestações culturais será a “Casa Brasil”, localizada ao lado do Museu do Amanhã, na Praça Mauá. Outros locais, como a Fundição Progresso, os Arcos da Lapa, os Museus de Belas Artes, da Republica e Histórico Nacional, e a Biblioteca Nacional também terão agenda cheia. Nas avenidas irão desfilar blocos de carnaval, de Olinda, Recife, Salvador e do próprio Rio, enquanto 27 DJs – um representante de cada estado – irão animar os banhistas nas praias da cidade.

“Vários são os pontos de inovação, não só a relação da cultura gratuita, para todos, e ter momentos inesquecíveis e surpreendentes durante os Jogos”, afirmou Camurati, que destacou a boa receptividade do Comitê Olímpico Internacional para as propostas brasileiras.

Pelo país
As ações envolvem produtores culturais de todo o país e não ficarão restritas ao período dos Jogos e à capital fluminense. Em parceria com as prefeituras, o Ministério da Cultura fomentou a apresentação de artistas locais em 18 capitais e em outras cidades que receberão o Revezamento da Tocha Olímpica, que teve início ontem, em Brasília, e percorrerá mais de 330 municípios até o dia 5 de agosto, data da abertura das competições, no Maracanã.

“Temos uma parceria com 18 capitais do circuito da tocha, tentamos com todas, mas algumas não puderam. A ideia é fomentar as apresentações de artistas locais, aproveitar a visibilidade para mostrar o melhor da produção artística de cada cidade e estado. Ontem, foram dez artistas de Brasília na festa da tocha. Também teremos feiras de artes e de gastronomia local”, explicou Adriano D’Angelis, coordenador do Comitê Executivo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Ministério da Cultura.  

Para os artistas das cidades do Tour da Tocha, também foi aberto o edital do “Prêmio Arte Monumento Brasil 2016”, que selecionou 70 candidatos para produzirem obras de arte permanentes, como esculturas, que ficarão como legado para as localidades. Cada projeto selecionado ganhou R$ 30 mil para a produção artística.  

O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, destacou a articulação realizada pelo Ministério da Cultura, que possibilitará que a cultura brasileira ganhe visibilidade internacional com o megaevento. “A APO é uma apoiadora desse processo liderado pelo Ministério, que fez um amplo trabalho de articulação. O resultado podemos ver hoje. Vamos aproveitar essa janela de visibilidade na realização dos Jogos e que começou ontem (terça-feira) com o percurso da tocha. Será uma oportunidade de mostrar a nossa riqueza cultural. O objetivo é de ter a cultura como elemento estratégico de posicionamento do Brasil”, concluiu.

Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro

Ascom - Ministério do Esporte

Vasco e Fluminense recebem recursos da CBCf

 
A Confederação Brasileira de Clubes (CBCf) promove nesta quinta-feira (05.05), no Rio de Janeiro, ato de descentralização de recursos voltados para a formação de atletas olímpicos e paralímpicos do Club de Regatas Vasco da Gama, em São Januário. Na sexta (06), será a vez de o Fluminense Football Club receber os investimentos durante cerimônia na sede do clube, nas Laranjeiras.  
 
As agremiações foram selecionadas pelo Edital nº 5 de Chamamentos Internos de Projetos (chamada pública). O Vasco receberá R$ 2.898.670,71 e o Fluminense, R$ 2.375.310,06.
 
Remo é uma das modalidades beneficiadas no Vasco (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)Remo é uma das modalidades beneficiadas no Vasco (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)
 
A dinâmica em forma de chamada pública foi criada pela CBCf para que o repasse privilegie a transparência e a democracia em todo o processo. Os clubes enviaram seus projetos e estes foram classificados por uma comissão técnica especializada. O primeiro requisito para que um clube se enquadre para receber os recursos é a adequação do seu estatuto, e deve, necessariamente, estar em dia com os tributos públicos e ter ainda atuação na formação de atletas.
 
Os eventos contarão com a presença dos presidentes dos clubes anfitriões Eurico Miranda (Vasco), Peter Siemsen (Fluminense) e o da CBCf (Jair Alfredo Pereira), além de atletas convidados.
 
“Cada real investido pela CBCf nos clubes é pensando estrategicamente. De acordo com nosso Plano Estratégico e visando à formação dos atletas nos próximos quatro anos (gestão olímpica), aplicaremos mais R$ 100 milhões em clubes de todas as regiões do Brasil”, afirma Jair Alfredo Pereira, presidente da CBCf.
 
Com o projeto “Retomar os anos de glória do Vasco da Gama, superando obstáculos”, o clube contemplará o remo olímpico e a natação paralímpica por meio da aquisição e instalação de equipamentos e materiais esportivos. 
 
Foto: Divulgação/FluminenseFoto: Divulgação/Fluminense
 
O Fluminense contará com recursos para os mesmos fins, celebrado pelo convênio “Formando Atletas Tricolores”. Natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático, voleibol e basquetebol olímpico são as modalidades que receberão o investimento. O basquete em cadeira de rodas será o esporte paralímpico beneficiado. 
 
Histórico 
Em 2011, uma mudança na Lei Pelé, feita pela Lei 12.395/11, incluiu a CBCf como beneficiária de 0,5% do total da arrecadação das loterias da Caixa Econômica Federal. O Governo Federal apoiou os clubes, tradicionalmente os grandes formadores de atletas do país, em sua reivindicação de receber parte da arrecadação das loterias federais. Para que fosse possível a inclusão da CBCf nos repasses da Lei Pelé.
 
Desde o início de 2014, de acordo com a Portaria no 1/14 do Ministério do Esporte, a CBCf passou a se estruturar e coordenar a distribuição dos recursos públicos para a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos nos clubes esportivos formadores de atletas. Quanto aos projetos, a diretoria técnica é responsável por todas as fases da descentralização, desde a proposta de editais e suas fases para classificação na sequência, como também todas as fases do convênio – celebração, acompanhamento, fiscalização e prestação de contas.
 
Serviço:  
Vasco 
Dia: 05.05 
Horário: às 11h30 
Endereço: São Januário - Rua Gal. Almério de Moura, 131 – B. Vasco da Gama Rio de Janeiro - RJ 
 
Fluminense 
Dia: 06.05 
Horário: às 14h30 
Edereço: Rua Álvaro Chaves, 41 – Laranjeiras Rio de Janeiro - RJ
 
Fonte: CBC
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Passagem da Tocha Olímpica por Goiás

Depois de percorrer 105km na capital federal, o Revezamento da Tocha Olímpica chegou nesta quarta-feira (04.05) ao estado de Goiás. Confira as fotos da passagem do símbolo olímpico. Fotos: Ivo Lima/ME

Com melhores do mundo em ação, seleção brasileira paralímpica disputa Aberto da Eslovênia

Divulgação/CBTMDivulgação/CBTM
 
A seleção brasileira paralímpica começa, nesta quarta-feira (04.05), a disputa do Aberto da Eslovênia, etapa fator 40 – a mais alta do Circuito Mundial. Como preparação para os Jogos Paralímpicos, em setembro, o torneio será de grande importância. O evento reúne os melhores mesatenistas do mundo, a grande maioria classificado para o Rio 2016.
 
“Este evento será um teste excelente, pois teremos praticamente em todas as classes todos os atletas classificados para o Rio, incluindo os chineses que normalmente não participam dos torneios”, destacou o coordenador técnico da seleção, José Ricardo Rizzone.
 
Assim, todos os 16 atletas terão um grande desafio pela frente. Os representantes do Brasil em Lasko (SLO) e também no Aberto da Eslováquia, na sequência, serão: Aloisio Lima (Classe 1), Iranildo Espíndola (2), Guilherme Costa (2), Welder Knaf (3), David Freitas (3), Claudiomiro Segatto (5), Paulo Salmin (7), Israel Stroh (7), Luiz Filipe Manara (8), Diego Moreira (9), Carlos Carbinatti (10), Thais Severo (3), Joyce Oliveira (4), Jennyfer Parinos (9), Danielle Rauen (9) e Bruna Alexandre (10).
 
A competição começa após uma semana de treinamentos na cidade, onde a seleção se preparou com atividades variadas. O trabalho físico da equipe andante, comandada pelo técnico Paulo Camargo, foi orientado pela equipe multidisciplinar com sede em Piracicaba (SP), enquanto o fisioterapeuta da seleção, Luís Gustavo Amorim, que também é classificador internacional, coordenou os alongamentos e o relaxamento na piscina do time cadeirante.
 
“Os atletas puderam se adaptar bem às mesas e bolas, as mesmas que serão utilizadas nos dois eventos, além de treinar com atletas fortes. Priorizamos bastante os jogos e trabalho de jogadas, com intensidade e menos volume”, completou Rizzone.
 
O Aberto da Eslovênia segue até sábado (7) e será seguido pelo Aberto da Eslováquia, que acontece de 10 a 15 de maio, em Bratislava - será mais uma competição de alto nível no caminho dos atletas rumo aos Jogos Paralímpicos.
 
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM
Ascom - Ministério do Esporte

Emoção da passagem da tocha por Brasília

A capital federal teve dia histórico nesta terça-feira (03.05). A cidade entrou para valer no clima olímpico com o primeiro dia do revezamento da chama do Rio 2016.  Confira as imagens das pessoas que carregaram a tocha pelas ruas de Brasília.  
 
 
Confira o vídeo sobre o Revezamento da Tocha em Brasília: 

Ascom - Ministério do Esporte

Vice-campeão olímpico dos 400m está confirmado no evento-teste de atletismo

DivulgaçãoDivulgaçãoA Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) recebeu a inscrição nominal de atletas de 24 dos 25 países que haviam feito a solicitação de vagas para o Campeonato Ibero-Americano Caixa de Atletismo. A competição servirá como evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio  2016 e será realizada de  14 a 16 de maio, no Estádio Olímpico, o Engenhão, no Rio de Janeiro.
 
Uma das atrações do evento é o dominicano Luguelín Santos, medalha de prata nos 400m em Londres 2012, com o tempo de 44s46. Ele só foi superado na oportunidade por Kirani James, de Granada, com 43s94.
 
O Brasil terá 94 representantes na competição. O segundo país com maior número de atletas confirmados é a Colômbia, com 44. Os colombianos  foram vice-campeões da última edição do Ibero-Americano, realizada em 2014, no Conjunto Desportivo do Ibirapuera, em São Paulo, ficando atrás apenas da Seleção Brasileira, que registrou a oitava vitória em 16 campeonatos realizados.
 
A Argentina confirmou uma delegação forte, com 21 atletas. Entre eles, vários vêm defender a medalha de ouro conquistada em 2014, com German Lauro, no arremesso do peso, German Chiaraviglio, no salto com vara, e Jennifer Dahlgren, no lançamento do martelo.
 
Do Equador, está certa a participação de Angela Tenório, a primeira sul-americana a correr os 100 m abaixo dos 11 segundos. Ela obteve a marca de 10.99 e a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, no ano passado.
 
O Uruguai inscreveu velhos conhecidos dos brasileiros como Andrés Silva, Deborah Rodrigues e Emiliano Lasa, este que mora e treina em São Paulo com Nélio Moura e já está qualificado no salto em distância para a Olimpíada do Rio.
 
Dos 24 países confirmados na competição, 20 são da área específica (nações das Américas, Europa e África de fala portuguesa e espanhola) e quatro vêm de outras áreas da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF).
 
Esta é a primeira vez que o Campeonato Ibero-Americano, que teve a edição inaugural realizada em Barcelona, na Espanha, em 1983, é aberto a participação de outros países. A decisão foi tomada justamente por ser evento-teste para a Olimpíada.
 
Os países com atletas inscritos são: Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, Cuba, Chile, El Salvador, Equador, Espanha, Guiné Bissau, Honduras, Paraguai, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai, Venezuela, Arábia Saudita, Austrália, Estados Unidos e Bulgária.
 
Fonte: CBAt
Ascom - Ministério do Esporte

Conheça a história da refugiada síria que foi uma das condutoras da tocha em Brasília

 
A refugiada síria Hanan Daqqah, de 12 anos de idade e que vive no Brasil desde 2015, foi uma das primeiras condutoras da tocha olímpica nesta terça-feira (3), em Brasília (DF). Hanan foi escolhida pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 a partir de uma sugestão da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil e participou do primeiro dia do revezamento da tocha em solo brasileiro.
 
A adolescente recebeu a chama do ginasta Ângelo Assumpção e a conduziu pela Esplanada dos Ministérios, pouco após o início do revezamento no Palácio do Planalto. O ato foi um gesto simbólico de solidariedade com os refugiados do mundo, em um momento em que milhões de pessoas fogem de guerras, conflitos e perseguições. Em todo o mundo, existem cerca de 20 milhões de refugiados – o maior número desde o fim da II Guerra Mundial.
 
"Hoje não me sinto como refugiada, mas como qualquer outra brasileira levando a tocha", disse Hanan. O presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Beto Vasconcelos, ressaltou a importância da participação da menina no revezamento. "Os Jogos Olímpicos são um evento internacional, cujo significado é marcado pela união, solidariedade, respeito e paz entre os povos. É, portanto, uma oportunidade singular para chamarmos a atenção para o triste drama humano vivido na pior crise humanitária em 70 anos", destacou Vasconcelos. As Olimpíadas do Rio contarão com a participação de uma delegação composta por atletas refugiados.
 
 
A chama olímpica dos Jogos do Rio 2016 foi acesa em 21 de abril na cidade grega de Olímpia. No dia 26 de abril, o refugiado sírio Ibrahim Al-Hussein conduziu a chama no acampamento de Eleonas, em Atenas (também na Grécia).
 
No Brasil, o revezamento da tocha teve início nesta terça-feira (3) e se prolongará por cerca de 90 dias. A viagem terminará com a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, no dia 5 de agosto, no Estádio Maracanã, onde a pira olímpica será acesa.
 
Integração
Hanan vive com a sua família em São Paulo e chegou ao Brasil em 2015. Ela mora em um pequeno apartamento no centro da cidade com seu pai, mãe, um irmão mais velho e uma irmã mais nova, além dos tios e de quatro primos. Totalmente integrada no Brasil, ela estuda em uma escola pública próxima de sua casa, fala português fluentemente e tem vários amigos brasileiros.
 
Ela e sua família viviam na cidade de Idlib, no nordeste da Síria. Com o início da guerra civil, a sua cidade tornou-se um dos palcos do conflito, em meio a disputas de forças governamentais e grupos rebeldes. Sem segurança para permanecer na Síria, Hanan e sua família deixaram o país e buscaram refúgio na Jordânia. Ali, viveram por dois anos e meio no campo de refugiados de Za'atari, onde o acesso à água exigia uma longa caminhada e as condições eram difíceis.
 
A família decidiu deixar a Jordânia e chegou ao Brasil por meio do programa de vistos especiais do governo federal, que facilita a entrada no país de pessoas afetadas pelo conflito na Síria. Cerca de 8 mil desses vistos especiais já foram emitidos pelas autoridades brasileiras. Hanan e sua família foram reconhecidos como refugiados e agora reconstroem sua vida em São Paulo. A mãe de Hanan está grávida, e em breve ela terá uma irmã brasileira – que nasce no fim deste mês.
 
De acordo com o Conare, os sírios representam a maior comunidade de refugiados reconhecidos no Brasil: eles somam 2.250 de um total de 8.731. A guerra na Síria já provocou mais de 4,8 milhões de refugiados, que vivem principalmente nos países vizinhos ao conflito.
 
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Justiça e da ACNUR
Ascom - Ministério do Esporte

O retorno emocionado e em grande estilo de Joaquim Cruz às suas origens

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A Tocha Olímpica já havia percorrido um longo trajeto pela Esplanada dos Ministérios, passeado pelas águas do Lago Paranoá e descido de helicóptero no Estádio Nacional, mas uma grande emoção estava por vir na tarde deste primeiro dia de revezamento. Quando chegou a Taguatinga, um grande público fez a festa no centro da cidade.
 
Entre a população que aguardava a passagem da tocha, a família do condutor mais esperado no local, o campeão olímpico Joaquim Cruz. “É um privilégio para a cidade tê-lo como filho. Ele retribui para a gente com tudo isso que está acontecendo aqui hoje”, disse o irmão Josemir Evangelista. “É um momento muito importante para o esporte e principalmente por ser na cidade dele”, afirmou a sobrinha Lídia Caroline Carvalho. Ray e Elita, irmãs de Joaquim, também participaram da festa, além do sobrinho Rafael.
 
Nascido na cidade satélite, em 1963, Joaquim não escondeu a emoção, visível nos olhos cheios de lágrimas, ao segurar a tocha olímpica enquanto a população ao redor, debaixo de um forte sol, gritava seu nome e não se cansava de pedir fotos com o campeão olímpico dos 800m de Los Angeles-1984, além de prata em Seul-1988. Joaquim atendeu aos pedidos, cumprimentou as pessoas que se aglomeravam dos dois lados da avenida e, em seguida, recebeu a chama da lanterna, acendendo a tocha e iniciando a corrida, sempre acompanhado pela multidão, que até desafiava o controle da escolta policial para chegar mais perto do ídolo.
 
Em seguida, o campeão olímpico entregou o fogo para o próximo do revezamento, o enfermeiro Luiz Carlos Casemiro, já na altura da Praça do Relógio. “Esse é o momento do esporte. É o momento do povo brasileiro”, disse Joaquim Cruz, enquanto era levado pela organização novamente ao ônibus destinado aos condutores da chama.
 
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Água Mineral
De Taguatinga, a tocha seguiu, no fim da tarde, em direção ao Regimento da Polícia Montada da Polícia Militar do DF, antes de ir para a Avenida Central do Riacho Fundo I. O trajeto vespertino, no entanto, começou no Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral. Lá, nem os quase 40º de temperatura espantaram as famílias ansiosas para ver a passagem da chama.
 
A lanterna com o fogo olímpico chegou ao Parque por volta das 13h30. A primeira condutora foi Flávia Cantal, uma das mais antigas frequentadoras. “Passei por uma seleção feita pela diretoria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e fui escolhida. É muita emoção ser a primeira a carregar a chama aqui na Água Mineral”, disse a servidora pública.
 
Flávia recebeu a chama e foi para as águas de uma das piscinas públicas mais famosas da cidade até se encontrar com Mackinley de Souza, servidor cadeirante do ICMBio, também dentro da água. Fora da piscina, familiares e curiosos gritavam o nome do servidor.
 
Abrigada em uma sombra próxima à piscina, Julia Cordeiro, 63 anos, aposentada, que faz parte de um grupo de reabilitação do Hospital Sarah Kubitschek, estava emocionada por ver Mackinley carregando a chama olímpica nas águas. “A emoção é enorme. Assim como ele, nós também podemos ter essa força e garra e chegar lá. Estou muito feliz”.
 
Mackinley passou o fogo para Quedson Silva, tímido aluno de 14 anos do Centro de Ensino Fundamental 2 da Estrutural, que foi convidado para representar a escola no Revezamento da Tocha. Quedson não conhecia o Parque Nacional e afirmou: “Fiquei sabendo após minha mãe assinar os papéis autorizando minha participação. Estou nervoso, mas feliz”.
 
Do lado de fora das piscinas, cerca de 100 alunos do CEF 2 acompanhavam a participação do colega. “Muito legal ver nosso amigo carregando a tocha. É legal também estar ao lado do jogador de basquete”, comentou o estudante Isaquias do Nascimento, de 10 anos. Ele se referia a Guilherme Giovannoni, quarto condutor da Tocha no Parque Nacional. Giovannoni recebeu o fogo de Quedson e saiu em direção à Trilha da Capivara. “Foi inesquecível, uma sensação parecida de quando entrei na Vila Olímpica em Londres-2012. Entra para o currículo da minha carreira”, finalizou o jogador da equipe de basquete brasiliense UniCeub.
 
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“Invasão paralímpica”
Durante a passagem da Tocha Olímpica por Brasília, um trecho em particular contou com uma verdadeira invasão paralímpica. No Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) de Brasília, três atletas paralímpicos participaram do revezamento: o maratonista Adauto Belli, o velocista campeão paralímpico Alan Fonteles e a tenista Natália Mayara.
 
Os primeiros a carregar a tocha foram Adauto e seu parceiro Weimar Pettengil. O maratonista também participa de provas de ciclismo em uma bicicleta adaptada, guiada por Weimar. “É incrível participar de uma festa dessas e falar para tantas pessoas que o esporte adaptado é uma realidade e você pode mudar a vida de um monte de gente. É prazer, orgulho e emoção participar dessa festa”, relatou Weimar, que pedalou com Adauto carregando a chama.
 
“O simbolismo de carregar a tocha olímpica na minha cidade representa muito para mim e para quem se identifica com a minha história de vida. Espero que esse espírito olímpico contagie quem veio nos assistir”, disse o maratonista.
 
Das mãos de Adauto, a tocha passou para Alan Fonteles, campeão paralímpico nos 200m T44 em Londres 2012. Para o paraense, não foi a primeira vez, já que ele carregou a tocha de Atenas-2004 em seu estado de origem em 2002, mas foi uma experiência especial. “Está sendo outra oportunidade, diferente. Agora é no Brasil. É a tocha que daqui a alguns dias vai estar nas Olimpíadas e depois nas Paralimpíadas. É um privilégio e uma satisfação muito grande representar o movimento paralímpico”, comentou o velocista.
 
A última representante do esporte paralímpico no trajeto foi Natália Mayara. A atleta do tênis em cadeira de rodas, que é de Brasília, foi acompanhada de perto pela família nos 200m de percurso. “É uma sensação única, uma maravilha. É um orgulho para qualquer mãe ver a filha representando o Brasil. É uma coisa linda”, disse Rosineide Azevedo, mãe da atleta.
 
Para Natália, a experiência também foi marcante. “Foi emocionante demais participar da cerimônia. Quantas pessoas no mundo podem estar nesse lugar? Fiquei bem emocionada. A chama traz o início dos Jogos, representa para a gente que os Jogos estão chegando. Foi sensacional participar de tudo isso”, afirmou a tenista.
 
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Brasil "compartilha" tocha olímpica em Cerimônia de União das Américas

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No mesmo dia em que o Brasil deu início à versão nacional do Revezamento da Tocha, os 41 países integrantes da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) tiveram um aperitivo da festa numa solenidade no Quartel-General do Exército, em Brasília, na noite desta terça-feira (3.05).
 
A Cerimônia de União das Américas veio de uma ideia da presidenta Dilma Rousseff aceita pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. Representantes dos 41 membros da Odepa receberam, cada um, uma tocha. Tal como no Palácio do Planalto pela manhã, foi acendida uma pira para representar o fogo olímpico no QG do Exército.
 
Além da presidenta Dilma, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, foi um dos anfitriões do evento, ao lado do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador, Carlos Arthur Nuzman, e do ministro-chefe do gabinete presidencial, Jaques Wagner. Também esteve presente o presidente da Odepa, Julio Maglione.
 
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Dilma Rousseff ressaltou o espírito de integração da cerimônia e exaltou a importância da chama olímpica neste dia que considerou histórico. "É uma página importante da história do Brasil, na qual participamos desta construção coletiva. Temos orgulho imenso das Olimpíadas, e nos próximos 94 dias iremos transformar os Jogos num fenômeno coletivo para a participação de todos no País", afirmou, ao mencionar o revezamento da tocha.
 
Nuzman agradeceu o apoio do governo federal para a realização dos Jogos Rio 2016 e disse estar feliz por dividir o espírito olímpico com representantes do continente americano. Ele contribuiu com tochas oficiais, as mesmas conduzidas no revezamento desde a Grécia até o Brasil.
 
Confira o vídeo sobre o Revezamento da Tocha em Brasília: 

 

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Ministérios do Esporte e do Trabalho assinam acordo para ampliar Programa Jade

Ministros Miguel Rossetto e Ricardo Leyser assinaram acordo para ampliar programa Jade (Foto: Paulo Rossi/ME)Ministros Miguel Rossetto e Ricardo Leyser assinaram acordo para ampliar programa Jade (Foto: Paulo Rossi/ME)Nesta terça-feira (03.05), o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, esteve no auditório do Ministério do Trabalho e Previdência Social, onde foi assinada uma parceria entre as duas pastas do governo federal para que mais brasileiros participem do programa Jovens Aprendizes do Desporto (Jade). Na próxima segunda (9), estudantes de nível médio em escolas do Rio de Janeiro serão agraciados com a iniciativa programa e já poderão trabalhar nos Jogos Olímpicos.

“O Brasil, com os Jogos, tornou-se uma grande potência. Precisamos agora ter mais eventos e preparar pessoas para poderem trabalhar nesses eventos. Temos 500 alunos no Rio de Janeiro para começar segunda-feira e mais 450 vão trabalhar nos Jogos do Rio, com carteira assinada e tudo. Estamos deixando um legado para o nosso povo, para a nossa gente. Estarão produzindo riqueza para o nosso país. Com a ajuda do Ministério do Trabalho, estamos ajudando centenas de milhares de pessoas”, declarou o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, durante a assinatura da parceria.

Ministro do Trabalho, Miguel Rossetto elogiou bastante o programa e mostrou sua preocupação em manter essa oportunidade para que jovens possam trabalhar. “Vamos compartilhar a primeira turma do Jade no Rio de Janeiro, na próxima segunda. É um enorme espaço para a aprendizagem, um trabalho muito importante, quando enxergamos o potencial que o esporte traz. Mais de 500 jovens estarão vinculados aos Jogos Olímpicos, por meio desse acordo assinado”, comentou.

Exemplo de sucesso
Beneficiária do Programa no Distrito Federal, Layane Vieira Santos elogiou o aprendizado e aposta que quanto mais jovens participarem, melhor será. “Tenho esse projeto como uma experiência muito positiva. Meus colegas também gostam bastante porque a gente desenvolve a parte teórica no curso e a prática no clube. Conseguimos conciliar trabalho com escola. O Jade veio com uma ótima experiência. É uma aprendizagem para a minha vida. Adorei ser da primeira turma desse projeto”, completou.
 
Ascom - Ministério do Esporte

 

“Tocha é símbolo para acreditarmos num futuro melhor”, diz Fabiana Claudino

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

As mãos trêmulas da vencedora de duas Olimpíadas traduziam a emoção da capitã da seleção brasileira de vôlei, Fabiana Claudino, por ter entrado para a história como a primeira atleta a carregar a tocha olímpica dos Jogos Rio 2016 no Brasil. A jogadora iniciou o revezamento do símbolo descendo a rampa do Palácio do Planalto nesta terça-feira (05.03). “Foi uma emoção muito grande, uma felicidade muito grande por estar representando todos os atletas e o povo brasileiro. Acho que tenho de agradecer por este momento”, afirmou.

Minutos antes de iniciar o percurso, Fabiana tentava imaginar como seria carregar a tocha por 200 metros até passá-la ao pesquisador Artur Ávila Cordeiro de Melo, primeiro brasileiro a receber a Medalha Fields – o Nobel da Matemática. “Serão os 200 metros mais longos, mais ansiosos e mais felizes da minha vida. A adrenalina está tão grande que acho que não vou nem sentir nada, que estou correndo ou mesmo o que estou fazendo, porque é uma emoção muito grande”, revelou.

Após a entrega do símbolo olímpico a Melo, Fabiana se disse honrada por ter sido escolhida diretamente pela presidenta Dilma Rousseff para ser a primeira atleta brasileira. “Fiquei sabendo (da escolha) e fiquei muito feliz, muito honrada por estar representando meu país”, disse.

Bicampeã olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012), a central da Seleção de vôlei lembrou do começo da carreira, aos 13 anos, em Minas Gerais. “Querendo ou não, passa um filme da sua vida, desde pequenininha, quando comecei no esporte e tinha aquele sonho de me tornar atleta, até hoje e estar aqui nesse momento histórico carregando essa tocha”, recordou.

Fabiana vê a chegada da tocha como um momento histórico para o Brasil e acredita que ele pode despertar, especialmente nas crianças, o sentimento de um futuro melhor por meio do esporte. “A importância do símbolo da tocha é de um país melhor, da gente renovar nossas esperanças e acreditar nas nossas crianças, na nova geração, que acho que pode vir e fazer uma grande diferença no nosso mundo”, declarou.

Fonte: Portal Brasil

Ascom - Ministério do Esporte

Prefeitura de Goiânia divulga detalhes do percurso da Tocha Olímpica pela cidade

 
 
Encerramento do revezamento em Goiânia será na Praça Cívica, onde haverá shows de atrações artísticas. Foto: Prefeitura de GoiâniaEncerramento do revezamento em Goiânia será na Praça Cívica, onde haverá shows de atrações artísticas. Foto: Prefeitura de Goiânia
 
A prefeitura de Goiânia divulgou nesta terça-feira (03.05) os detalhes da passagem da Tocha Olímpica pela cidade, prevista para a tarde de quinta-feira (05). O trajeto de 20 km pelas ruas da cidade será feito por 97 condutores, trocados a cada 200m.
 
O revezamento começará na Praça do Trabalhador, em frente à Câmara Municipal. Depois, a Tocha passará pelos Setores Oeste, Bueno, Marista e Central. O encerramento será na Praça Cívica, onde acontecerá uma celebração com diversas atrações artísticas. Haverá a interdição parcial do fluxo de trânsito em determinados lugares.
 
O revezamento da Tocha começou nesta terça por Brasília. Nesta quarta, a chama passará pelas cidades de Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Anápolis. Na quinta, percorrerá Itaberaí, Cidade de Goiás, Inhumas e Goiânia. Na sexta, segue para Trindade, Aparecida de Goiânia, Piracanjuba, Morrinhos e Caldas Novas. O roteiro pelo estado de Goiás termina no sábado, nas cidades de Pires do Rio, Ipameri e Goiandira.
 
 “Além de promover a saúde, o esporte é ferramenta importante da convivência social. Por meio do esporte você aprende a entender as diferenças, compreender a necessidade da construção coletiva”, disse o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, ao falar sobre a importância da passagem da Tocha Olímpica pela cidade.
 
A passagem da tocha olímpica por Goiás levará quatro dias. No sábado (7.5), a chama deixara o estado e iniciará o tour por Minas Gerais. As cidades visitadas no estado goiano são:
 
4 de maio
»  Corumbá de Goiás
» Pirenópolis
» Anápolis (cidade final)
 
5 de maio
» Itaberaí
» Cidade de Goiás
» Inhumas
» Goiânia (cidade final)
 
6 de maio
» Trindade
» Aparecida de Goiânia
» Piracanjuba
» Morrinhos
»  Caldas Novas (cidade final)
 
7 de maio
» Pires do Rio (GO)
» Ipameri (GO)
» Goiandira (GO)
» Araguari (MG)
» Uberlândia (MG – cidade final)
 
Fonte: Prefeitura de Goiânia
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Ministério da Cultura apresenta o programa “Cultura nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos”

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, anuncia, nesta quarta-feira (04.05), no auditório da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, às 11h, ações do programa “Cultura nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos”. O evento contará também com a presença do ministro do Esporte, Ricardo Leyser. Os ministros da Cultura e do Esporte atenderão a imprensa no local.

O programa “Cultura nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos” valoriza a diversidade brasileira e propõe ações de diversas linguagens artísticas e culturais, apresentadas ao público de forma gratuita.

Entre os destaques da programação estão: Festival Culturas Indígenas, Festival de Luzes, Festival de Cultura Popular, Festas de Rua, Carnavais do Brasil, Piano no Arpoador, Cultura nos Museus e as Celebrações nas Cidades do Revezamento da Tocha Olímpica. O programa conta ainda com atividades voltadas ao Audiovisual, à Literatura, à Memória e à Acessibilidade.

Um dos pontos altos da programação será a Casa Brasil, espaço de encontros e eventos na revitalizada região portuária do Rio de Janeiro, que terá o Ministério da Cultura como um dos coordenadores. O espaço e outras ações, como prêmios e editais, também integram o programa.

» Serviço:

Apresentação do programa “Cultura nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos”
Data: Quarta-feira (04.05)
Horário: 11h
Local: Auditório da Fundação Biblioteca Nacional
Endereço: Avenida Rio Branco 219 / Rio de Janeiro (RJ)

Contatos: Assessoria de Comunicação - Ministério da Cultura - O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.: (61) 2024-2492 / 2248

Ascom - Ministério do Esporte

Revezamento fecha primeira etapa na capital no Estádio Nacional Mané Garrincha

Oficialmente, os Jogos Olímpicos Rio 2016 só começam em 5 de agosto, quando a pira olímpica for acesa na cerimônia de abertura no Maracanã. Mas, neste 3 de maio, o Brasil entrou para valer no clima com o primeiro dia do Revezamento da Tocha Olímpica, em Brasília.

» Cobertura em tempo real: acompanhe a passagem da Tocha Olímpica por Brasília

A chama desembarcou na capital federal em voo especial vindo de Genebra. O avião, após ter sido escoltado por dois caças da Força Aérea, pousou às 7h25 e, às 7h48, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, surgiu na entrada do avião segurando a chama olímpica, que foi recebida por diversas autoridades, entre elas o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro do Esporte, Ricardo Leyser.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Do aeroporto, a chama seguiu para o Palácio do Planalto onde, após uma cerimônia, a pira olímpica foi acesa. A jogadora de vôlei e bicampeã olímpica Fabiana Claudino recebeu a tocha das mãos da presidenta Dilma Rousseff, para o início do revezamento no Brasil. Ela abriu o tour pelo país descendo a rampa do Palácio do Planalto.

» Dilma Rousseff: "o país está pronto para receber os Jogos Rio 2016"

Pelos próximos 94 dias, a chama percorrerá mais de 300 cidades de todos os estados da federação até chegar ao Rio de Janeiro em 5 de agosto para a abertura dos Jogos Olímpicos.

“Nós trabalhamos para isso. Praticamente todas as instalações esportivas nos parques olímpicos da Barra e de Deodoro estão prontas. Os 39 eventos-teste realizados até agora foram bem-sucedidos. [...] Asseguro que o Brasil está plenamente preparado para proporcionar a proteção aos atletas, às comissões técnicas, aos chefes de Estado, aos turistas e jornalistas e a todos os nossos visitantes que vão ter a oportunidade de assistir os Jogos no Rio de Janeiro”, declarou a presidenta Dilma Rousseff.

Foto: Ivo Lima/ MEFoto: Ivo Lima/ ME

Do Palácio do Planalto, o revezamento percorreu, acompanhado de perto pelos brasilienses, a Esplanada dos Ministérios, seguindo para a Catedral. De lá, continuou na Esplanada, desta vez fazendo o caminho contrário, no sentido da Praça dos Três Poderes, de onde partiu para a Ponte JK.

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME“É uma emoção diferente, né?”, declarou Vanderlei Cordeiro de Lima. “É a segunda vez que carrego a Tocha. Já passei por essa oportunidade em Londres e agora é em Brasília. Estou feliz demais por esse momento. Espero que essa tocha possa contagiar cada de um de nós brasileiros. Os Jogos Olímpicos são o maior evento da face da Terra. Estou feliz em estar aqui”, declarou o ex-maratonista, que foi muito assediado pelos fãs, que pediam autógrafos e fotografias.

A passagem da Tocha Olímpica pela Ponte JK foi um dos grandes momentos da manhã. A chama desceu a ponte de rapel, conduzida pelo policial militar Manoel Messias. Na água, uma lancha o esperava para seguir a travessia. Ao chegar na embarcação, Messias passou a tocha para o velejador Felipe Rondino. Os dois seguiram juntos até o Clube do Exército, onde entregaram a chama olímpica para o canoísta Rubens Pompeu. Depois, a chama percorreu o Lago Paranoá no sentido do Pontão do Lago Sul, um dos pontos mais badalados da orla em Brasília.

Desde que Fabiana Claudino desceu a rampa do Palácio do Planalto, diversos nomes de destaque do esporte brasileiro já participaram do Tour da Tocha, como a boxeadora Adriana Araújo, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012; o ginasta da Seleção Brasileira Angelo Assumpção; o surfista Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão mundial da modalidade, em 2014; a bicampeã olímpica do vôlei Paula Pequeno; o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004; o ex-triatleta olímpico Leandro Macedo, além de outras personalidades, como a cantora Ellen Oléria.

Promessa da ginástica artística, Angelo Assumpção não largava a tocha mesmo horas após participar do revezamento. "Eu vou levá-la para casa e, sei lá, vou dormir com ela", brincou. "Acho que é um grande símbolo para todos aqui no Brasil saberem que as Olimpíadas estão chegando, de uma forma muito bonita. Ela vai rodar o Brasil inteiro, então todo mundo vai estar junto, na mesma energia. Espero que todos que me viram correr esse trecho sintam a mesma emoção que eu senti", disse o atleta, ainda impressionando com a beleza da tocha. "Eu sou ginasta desde novinho e sempre vejo Olimpíada. Quando vi essa tocha, eu pensei: 'Essa é mais bonita de todas'", contou.

Emoção
Do Pontão, a Tocha Olímpica seguiu para o Estádio Nacional de Brasília, que sediará partidas do futebol masculino e feminino durante os Jogos Olímpicos. No estádio, a chama olímpica também desceu de rapel de um helicóptero. Entre os carregadores que receberam a Tocha na arena, estava o pentacampeão mundial e ex-capitão da Seleção Brasileira Lucio.

Alunos do Colégio Militar Dom Pedro II participaram de uma cerimônia no gramado do Mané Garrincha para recepcionar a tocha. Vestidos de verde, amarelo, azul e branco, eles formaram a bandeira brasileiro no centro do campo, enquanto os colegas seguravam bandeiras dos países que vão participar dos Jogos Olímpicos. "Foi uma sensação incrível participar de um projeto que faz parte das Olimpíadas, a recepção da tocha aqui em Brasília. A bandeira simboliza nossa nação e eu pude participar do retângulo verde, representando nossas matas, nossa natureza e flora. Foi uma honra", disse o estudante Vinícius Mendonça, de 15 anos.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

A passagem da Tocha Olímpica por Brasília também atraiu a atenção de um grupo de estrangeiros que fazem intercâmbio na capital. Vindos de vários países - Sérvia, República Tcheca, Cingapura, Líbano, Etiópia, Uzbequistão, Ucrânia -, os estudantes estão em Brasília até junho como parte do mestrado em economia. "Essa é a menor distância que eu já estive de uma Tocha Olímpica. É uma sensação ótima", disse Ornella Monteiro, que nasceu em Angola, mas mora na República Tcheca. "É muito divertido. Eu gostaria muito de ficar aqui para ver os Jogos, mas infelizmente teremos que ir embora", completou o albanês Enil Sabag, lamentando o fato de ter que voltar para casa em junho.

Do Estádio Nacional, o fogo olímpico partiu para o Complexo Aquático da Secretaria de Esportes, onde foi “carregado” pela piscina, encerrando a primeira parte do revezamento na capital federal.

O símbolo dos Jogos partiu, por comboio terrestre, para o Parque Nacional de Brasília, para a segunda parte do Tour por Brasília, antes de seguir para o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e, de lá, para Taguatinga, cidade próxima à capital, também no Distrito Federal. O retorno da Tocha Olímpica para Brasília está previsto para 18h09, com a chegada à  chamada "Igrejinha", localizada  na Asa Sul da capital.

Fonte: brasil2016.gov.br

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Com gesto de "aviãozinho", Vanderlei Cordeiro conduz tocha na Catedral

Dando sequência ao Revezamento da Tocha Olímpica pela capital federal, a chama chegou à Catedral de Brasília pelas mãos do maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima. Conhecido pela determinação e espírito olímpico, após ter sido “atrapalhado” por um fanático religioso nos Jogos de Atenas 2004, o ex-atleta teve a oportunidade de participar de mais um momento histórico para o esporte brasileiro. 
 
Foto: Divulgação/Rio2016Foto: Divulgação/Rio2016
 
“É uma emoção diferente. É a segunda vez que carrego a tocha. Já passei por essa oportunidade em Londres e agora é em Brasília. Estou feliz por esse momento. Espero que a tocha possa contagiar cada brasileiro. Os Jogos Olímpicos são o maior evento do planeta. Estou muito feliz em estar aqui”, disse o maratonista, enquanto era assediado por vários fãs, que pediam autógrafos e fotografias.
 
Fãs cercam o ex-atleta Vanderlei Cordeiro de Lima (Foto: Francisco Medeiros/ME)Fãs cercam o ex-atleta Vanderlei Cordeiro de Lima (Foto: Francisco Medeiros/ME)
 
Antes mesmo do símbolo passar pelo ponto turístico, as pessoas já vibravam e mostravam ansiedade com a passagem da tocha. Um dos momentos que animou mais as pessoas foi quando a esquadrilha da fumaça fez uma apresentação em frente a um dos cartões postais de Brasília. 
 
Jaqueline França Ferreira Casillas, 41 anos, corretora de imóveis, não escondeu a alegria. “Realmente é um momento único receber a tocha. Além da Catedral, quero prestigiar em outros pontos. Não vai dar pra ir a todos os lugares porque tenho compromisso à tarde. Mas o povo está bastante envolvido com o momento” disse.
 
Mércia Ramos, 58 anos, fisioterapeuta, era uma das mais empolgadas: “Estou aqui na expectativa de receber a tocha com o coração pulsando forte. Estamos num momento que vem bem a calhar. Que ela nos traga a inspiração dos valores do espírito olímpico, como a superação. Sou voluntária nas paralímpiadas e sigo na torcida. Estou de bicicleta e vou seguir um pouco mais. Também irei na Igrejinha e mais tarde voltarei para a Esplanada. Estamos juntos Brasil”, declarou.
 
Confira a passagem da Tocha Olímpica em Brasília:
 
 
Petronilo Oliveira
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Dilma Rousseff: "o país está pronto para receber os Jogos Rio 2016"

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
O fogo olímpico começou a percorrer o Brasil a partir do Palácio do Planalto, em Brasília, às 10h desta terça-feira (03.05), quando a presidenta Dilma Rousseff acendeu a Tocha e a passou para a bicampeã olímpica do vôlei, Fabiana, que desceu a rampa do Palácio e deu início ao revezamento. 
 
A presidenta Dilma Rousseff destacou que, agora, os “olhos do mundo” estarão sobre o Brasil e que o país está preparado para realizar a melhor edição da história dos Jogos. “O Brasil está pronto para realizar a mais bem-sucedida edição dos Jogos Olímpicos. Nós trabalhamos para isso. Praticamente todas as instalações esportivas nos Centros Olímpicos da Barra e de Deodoro estão prontas. Todos os 39 eventos-teste realizados até agora foram bem-sucedidos”, explicou. 
 
A chama traz consigo o simbolismo de união e paz que são o espírito dos Jogos Olímpicos. A presidenta espera que este momento único na vida dos brasileiros das mais de 330 cidades em todas as Unidades da Federação por onde a tocha irá passar contagie a todos. “Pelos próximos 94 dias, ao longo desta jornada, estarão em evidência a beleza natural do nosso país, a riqueza e a diversidade cultural, e também o calor humano dos brasileiros e das brasileiras. Vamos contaminar a nossa nação com o espírito olímpico e envolver todo o povo brasileiro nessa oportunidade histórica de sediar as Olimpíadas e as Paralimpíadas”, afirmou Dilma Rousseff, para, em seguida, exemplificar a dimensão do revezamento da tocha para a população.
 
“Imaginem a emoção que sentirá uma criança lá em Barreirinhas, no Maranhão; um quilombola em União dos Palmares, nas Alagoas; um gaúcho em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul; uma jovem estudante universitária de Paraisópolis, em São Paulo; um pescador de Itaporã, no Mato Grosso do Sul. Serão centenas de lugares e milhões de brasileiros irmanados no compromisso de escrever uma página gloriosa na história dos Jogos Olímpicos”, projetou a presidenta.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Presente na cerimônia de recebimento da chama, realizada no Salão Nobre do Palácio, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, que acompanhou o desembarque do fogo olímpico às 6h30 no aeroporto de Brasília, traçou um histórico do desenvolvimento esportivo do país na última década para mostrar a evolução que o Brasil obteve, principalmente, a partir dos investimentos do Governo Federal. 
 
“Em 2002, quando fomos procurados para sediar os Jogos Sul-Americanos, tivemos que realiza-los em quatro cidades, Rio, São Paulo, Belém e Curitiba, porque nenhuma cidade do país tinha condições de receber os Jogos Sul-Americanos. Em 2003, o presidente Lula cria o Ministério do Esporte e, passamos, a transformar a situação que encontramos”, relatou Leyser, que ainda citou outros marcos na área, como a criação da Bolsa Atleta, em 2005, da Lei de Incentivo ao Esporte, em 2006, a realização dos Jogos Pan-Americanos, em 2007, até a escolha do Brasil, em 2009, como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que deu novo impulso ao esporte. 
 
"Foram dez anos de planejamento, entrega, de utilização intensiva da construção de um legado. Estávamos no processo acelerado de resolver o déficit de equipamentos esportivos, mas não era suficiente. Assim, criamos o Plano Brasil Medalhas. Conseguimos dar aos atletas brasileiros a mesma condição que os esportistas de outros países contam para competir", afirmou o ministro, antes de ressaltar o papel da presidenta neste processo.
 
“Nós estamos no ápice da nossa história esportiva. Nunca estivemos tão bem quanto estamos agora. Eu não tenho dúvida que a senhora, para o esporte brasileiro, foi a melhor presidente da Republica da história. Nós nunca tivemos o que nós tivemos com a senhora em termos de investimento, de respeito, seriedade. Então nesse dia, em que a senhora recebe a chama olímpica, peço que continue sempre com o esporte”, concluiu.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
O fogo olímpico chegou ao Palácio do Planalto na lanterna que veio da Suíça, sede do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da Organização das Nações Unidas (ONU), após ser aceso na Grécia. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Athur Nuzman, levou a chama até o Salão Nobre para o início da cerimônia. Ele destacou os esforços do Brasil para que ao símbolo dos Jogos fosse levado à ONU. “Pela primeira vez, nos 120 anos dos Jogos, a chama olímpica visitou a ONU (criada em 1945) e que tem 193 países, graças ao convencimento do Brasil junto ao COI, que tem 206 Comitês”, lembrou Nuzman, antes de destacar que no Brasil serão 207 bandeiras representadas. “Teremos uma delegação de refugiados com a bandeira do COI e, com ela, o Brasil inova, mostrando atenção ao que acontece ao redor do mundo”. 
 
A cerimônia contou com a presença de diversos atletas olímpicos e paraolímpicos, de ministros, parlamentares e representantes das embaixadas. O nadador Thiago Pereira, falou em nome dos atletas e, afirmou que a chegada da chama faz o país entrar no clima dos Jogos. “Acho que a Tocha chegando, já dá um ar de Olimpíadas. Acredito muito no potencial desses Jogos, não só na participação dos nossos atletas, mas principalmente no que eles poderão gerar no pós-Olimpíadas”, disse o recordista de medalhas Pan-Americanas, antes de citar o lema dos Jogos: “A coisa mais importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, é participar. Assim como a coisa mais importante na vida não é o triunfo, mas a luta, o essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem”.
 
 
Vale ouro
A medalhista olímpica no vôlei (bronze em Atlanta 1996 e Sydney 200), Leila Barros, comparou a oportunidade de carregar a Tocha Olímpica pela primeira vez – ela encerra o revezamento em Brasília – com os pódios conquistados nas quadras. “Estou com um sentimento de muita felicidade e esperança. Essa chama traz uma energia diferente. Competi em três Olimpíadas e conheço essa sensação. Carregar a tocha é como ganhar uma medalha. É o reconhecimento da sua vida como atleta. Você vai estar compartilhando um momento único. Se uma Copa demorou 50 anos, imagina uma Olimpíada?”, disse.
 
O acendimento do fogo olímpico aumenta a expectativa dos atletas para o início dos Jogos. “Isso é muito importante para a gente. É aqui que tudo começa. Agora, a Tocha vai percorrer o Brasil inteiro até chegar ao Rio, que é o momento que todos esperamos. A Tocha representa justamente isso, que está chegando, então, a gente já fica muito ansioso e feliz também”, explicou Natália Mayara, medalha de ouro no tênis em cadeira de rodas no Pan-Americano de Toronto 2015. Na competição, ela foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento. Momento que ela compara ao de carregar a Tocha por Brasília. “Vai ser um momento muito especial, sem dúvida. São dois grandes momentos para a minha carreira”, projetou.
 
Além de aumentar a ansiedade, o símbolo olímpico dará, pelo menos para o ginasta medalha de ouro em Londres 2012, Arthur Zanetti, mais energia para treinar e se preparar. “É um momento especial para todos os atletas e todos os brasileiros. Dá uma motivação a mais para quando chegar as Olimpíadas, fazer uma boa participação. Com certeza, quando chegar as Olimpíadas estaremos preparados”.
 
Assim como Leila e Natália (que nasceu em Recife, mas vive em Brasília há anos), Iziane Castro, do basquete, irá conduzir a Tocha em casa, no dia 12 de junho, em São Luís (MA). “Acho que vai ser bem emocionante, sou de lá, então, tem uma parte emocional associada além do próprio significado da Tocha em si”. Histórias que se confundirão com a de brasileiros, que após 94 dias, 20 mil quilômetros por terra, 10 mi milhas aéreas, se unirão na pira que será acesa no dia 5 de agosto no estádio Maracanã.
 
» Confira o comentário do comandante do voo da Tocha Olímpica:

Gabriel Fialho
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Vanderlei Cordeiro de Lima escreve sobre o simbolismo da tocha

 
"O que nos move a continuar é o sonho", diz o atleta no Medium do Ministério do Esporte
 
Participo de um momento grandioso para o nosso país: o de carregar a tocha olímpica. Para mim, enquanto ex-atleta e medalha de bronze nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, é um grande privilégio participar deste momento. Algo diferente, mas grandioso. E nesse tour que a chama vai fazer, nós já começaremos a contagiar o país para essa grande festa que vamos realizar.
 
Eu nasci no interior do Paraná e vejo o revezamento da tocha como uma oportunidade única para quem não pode assistir aos Jogos Olímpicos pessoalmente. A chama chega representando muito do que vamos ver em uma grande festa, já que as pessoas vão ter a oportunidade de se aproximar dela enquanto o fogo desfila pelos estados brasileiros. E, pra mim, os Jogos no Rio têm muito o papel de unir os povos: integração ao movimento olímpico.
 
 
 
Ascom - Ministério do Esporte

Imagens: chegada da Tocha Olímpica em Brasília

Ministério do Esporte apoia continuidade da campanha Passaporte Verde

Foto: Jorge Cardoso/MMAFoto: Jorge Cardoso/MMA

O Governo Federal, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 destacaram no último sábado (30) as ações da campanha Passaporte Verde para os Jogos Rio 2016.

Participaram da cerimônia que marcou a continuidade da iniciativa lançada em 2008, o assessor especial para Grandes Eventos do Ministério do Esporte, Joel Benin, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, e o CEO do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Sidney Levy.

O objetivo da iniciativa é encorajar a procura por produtos e serviços turísticos sustentáveis, bem como conscientizar os turistas quanto a estilos de vida sustentáveis, em um esforço para minimizar suas pegadas ecológicas.

O Passaporte Verde apresenta aos viajantes roteiros sustentáveis e atividades no Brasil, permitindo que explorem o país de forma responsável. A campanha, promovida pelo Pnuma e pelo Comitê Organizador dos Jogos, em parceria com os ministérios do Esporte, Meio Ambiente e Turismo, também inclui uma plataforma online e um aplicativo para dispositivos móveis com dicas para reduzir o impacto ambiental enquanto se viaja.

A edição nos Jogos Rio 2016 oferece novas dicas e roteiros aos turistas que desembarcarão no Rio de Janeiro para acompanhar os eventos. A campanha também trabalhará com temas como acessibilidade e proteção da criança e do adolescente, além da ecoeficiência, que já vinha sendo abordada em edições anteriores.

A edição também informará aos usuários sobre o Revezamento da Tocha Olímpica pelo país, que passará por unidades de conservação e parques nacionais, como o Parque Nacional da Tijuca e Fernando de Noronha.

Mais informações sobre o Passaporte Verde podem ser obtidas no site www.passaporteverde.org.br ou no Facebook www.facebook.com/passaporteverde.

Ascom - Ministério do Esporte, com informações do Ministério do Meio Ambiente

Campeonato Brasileiro de futebol 2016 terá controle de dopagem fora-de-competição

(Foto: Buda Mendes/Getty Images)(Foto: Buda Mendes/Getty Images)
 
A edição de 2016 do Campeonato Brasileiro de futebol contará com controle de dopagem fora-de-competição. A medida faz parte do acordo de transferência da Autoridade de Teste de controle de dopagem do futebol profissional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
 
No acordo, o controle de dopagem fora-de-competição será feito pela ABCD. Para o controle de dopagem durante as partidas, a ABCD delega à CBF a autoridade para a coleta das amostras, conforme já feito hoje.
 
O acordo foi assinado na última sexta-feira (29.04) entre o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o secretário da ABCD, Marco Aurelio Klein, então ministro do Esporte substituto. O ministro participou na sede da confederação, no Rio de Janeiro, do II Simpósio de Educação Continuada da Comissão Nacional de Médicos do Futebol (CNMF).   
 
A ABCD fará também a gestão dos resultados de cada controle. A entidade informará todos os casos adversos à CBF, que terá a responsabilidade de informar o clube do jogador. Já a ABCD comunicará o atleta envolvido no caso.
 
“Com o futebol incorporamos o que faltava, o gigantesco mundo do ponto de vista do número de atletas. São cerca de 700 clubes profissionais no futebol brasileiro, distribuídos pelos 27 estados, com alguns deles em competições de até cinco divisões”, explicou o secretário nacional da ABCD, Marco Aurelio Klein.
 
Todos os jogadores de futebol profissional registrados na CBF poderão ser submetidos ao controle de dopagem. 
 
Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME
 
Outros pontos
Ficou estabelecido também que a ABCD é a responsável pela Autorização de Uso Terapêutico, conhecida como AUT.
 
A AUT é solicitada quando um atleta, por razões médicas, está usando ou precisa usar medicação específica que contenha substâncias da Lista de Substâncias e Métodos Proibidos, da WADA-AMA. “A autorização de uso terapêutico não pode ser dada na hora do jogo, no dia ou depois da partida. Tem que ser solicitada com antecedência, conforme estabelecido no Código Mundial Antidopagem e só a ABCD, através da sua Comissão de Autorização de Uso Terapêutico, composta por médicos ligados aos diversos esportes, inclusive ao futebol, pode conceder uma autorização desta natureza”, frisou Klein.
 
A certificação de agentes de controle de dopagem é atribuição da ABCD e a formação de mais profissionais para trabalhar no futebol será feita em conjunto com a CBF. “A ação conjunta entre a CBF e a ABCD permitirá, que, além do controle de dopagem ainda mais amplo e sofisticado, teremos maior ação de educação e prevenção no âmbito do futebol”, acrescentou o secretário.
 
Pelo jogo limpo
Podemos dizer que a história da luta contra a dopagem no país começou com a CBF, quando o Brasil se preparava para receber a Copa América de 1989 e a CBF procurou a Universidade Federal do Rio de Janeiro para ter um laboratório para as análises de controle de dopagem, uma exigência da FIFA à época. Nascia então o que hoje conhecemos como Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Klein recordou o fato ao ressaltar o papel da entidade na contribuição para o jogo limpo no país. “De certa maneira fechamos um ciclo que começou na CBF. Hoje, ao completar o processo de acordo entre a ABCD e a confederação, vamos avançar ainda mais no controle de dopagem no Brasil”, completou.
 
Breno Barros 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Duplas brasileiras dominam pódio na etapa cearense Circuito Mundial de Vôlei de Praia

 
Os brasileiros dominaram o pódio do Aberto de Fortaleza, etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, disputada no Ceará. No torneio feminino, Duda e Elize Maia superaram Juliana e Taiana, por 2 sets a 0 (21/17, 21/18) na final neste domingo e, para completar, Lili e Rebecca ficaram com a medalha de bronze. No masculino, André Stein e Oscar Brandão levaram o ouro após vencerem os alemães Jonathan Erdmann e Kay Matysik na decisão.
 
Esta foi a segunda medalha de ouro de Duda e Elize Maia, que tinham vencido o Aberto de Maceió, em fevereiro. Em oito eventos do Circuito Mundial, a dupla brasileira soma ainda uma medalha de prata e um bronze.
 
“Juliana e Taiana são uma dupla difícil, nosso jogo não encaixou contra elas na etapa de Natal. Mas estudamos muito, assistimos aos jogos dela. É um jogo muito equilibrado e estudado, felizmente deu tudo certo. Estamos observando uma evolução no nosso time e isso motiva, vamos correr atrás do nosso sonho que é defender o Brasil em 2020”, analisou Duda.
 
 
A prata foi a primeira medalha de Circuito Mundial para Juliana e Taiana, que se juntaram em janeiro deste ano. Juliana possui 92 medalhas em etapas do tour internacional, enquanto Taiana conquista seu 15º pódio em uma etapa.
 
Já André Stein e Oscar Brandão subiram ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez no Circuito Mundial. A vitória na final veio no tie-break, com parciais de 21/15, 18/21, 5/15, após Matysik desistir do duelo com um mal estar.
 
“Quando vi que ele (Matysik) não teria mais condições de continuar, caí no chão. É difícil controlar os pensamentos e tudo que passa na cabeça neste momento. Tenho muito que agradecer ao André, ao meu time, minha esposa. Esse título é da torcida também, nos empurraram demais nessa virada. Agora quero aproveitar, desfrutar desta conquista que vai ficar marcada no coração. Fortaleza será sempre um lugar especial para mim”, comemorou Oscar.
 
Os campeões da etapa de Fortaleza recebem 500 pontos no ranking geral e uma premiação de 11 mil dólares. Ao todo, são 150 mil dólares em premiação nos dois naipes. Após a parada na capital cearense, o Circuito Mundial segue para a Europa, onde será realizado o Open de Sochi, na Rússia, de 3 a 8 de maio. Outros oito eventos ocorrem até a disputa dos Jogos Olímpicos.
 
Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte

Conheça os 10 primeiros condutores da tocha olímpica no Brasil

A chama olímpica está a caminho de Brasília e será conduzida, a partir desta terça-feira (3.05), pelas cinco regiões brasileiras. Conheça um pouco dos dez primeiros condutores da tocha, que vão dar os passos iniciais no Brasil para a realização do maior evento esportivo de sua história:
 
 
Fabiana Claudino
Bicampeã olímpica (2008 e 2012) e capitã da seleção brasileira de voleibol, Fabiana Claudino é considerada uma das melhores centrais do mundo, e deve ser uma das apostas do técnico José Roberto Guimarães para buscar o tricampeonato olímpico nos Jogos Rio 2016.
 
Artur Ávila Cordeiro de Melo
Primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber a Medalha Fields, considerada o Nobel da Matemática, o carioca Artur Ávila Cordeiro de Melo vai conduzir a tocha para ressaltar a importância da educação para o desenvolvimento do país e para a formação de seus atletas e cidadãos.
 
 
Gabriel Medina
Um dos grandes ídolos do esporte brasileiro na atualidade, Gabriel Medina iniciou ainda na adolescência sua trajetória vitoriosa no surfe, até tornar-se, em 2014, o primeiro brasileiro a conquistar o título do Circuito Mundial de Surfe (WCT).
 
Hanan Khaled Daqqah Hanan
A menina de 12 anos morava com a família em Idlib, no nordeste da Síria, um dos palcos da guerra civil no país. Após viver em um campo de refugiados na Jordânia, chegou ao Brasil e, desde então, reside em São Paulo com seus parentes. A mãe de Hanan está grávida e ela vive a expectativa do nascimento de seu primeiro irmão brasileiro.
 
Adriana Araújo
É a única mulher brasileira medalhista olímpica no boxe, com o bronze conquistado há quatro anos, na categoria até 60 kg, em Londres. A medalha da pugilista baiana de 34 anos marcou o centésimo pódio do Brasil nos Jogos Olímpicos.
 
Ângelo Assumpção
Uma das promessas brasileiras na ginástica artística, Ângelo Assumpção é especialista em salto e solo, e integra a seleção brasileira. O atleta de 19 anos venceu o preconceito sofrido em um episódio de bullying na internet e hoje mostra porque valeu a pena acreditar no sonho do esporte.
 
 
Paula Pequeno
Melhor jogadora dos Jogos Olímpicos Pequim 2008, a bicampeã olímpica Paula Pequeno defende atualmente a equipe Brasília Vôlei. A ponteira de 34 anos teve uma trajetória vitoriosa na seleção brasileira e em equipes da Rússia e Turquia.
 
Aurilene Vieira de Brito
Diretora da Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), um dos 30 municípios do Brasil com o pior do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a professora piauiense Aurilene Vieira de Brito transformou sua instituição em uma das melhores no ensino médio no país, após conquistar dezenas de medalhas em competições de matemática e química.
 
Vanderlei Cordeiro de Lima
Hoje com 46 anos, protagonizou um dos momentos mais marcantes da história dos Jogos Olímpicos. Ele liderava a maratona, em Atenas 2004, quando, a seis quilômetros da chegada, foi derrubado por um manifestante religioso, mas voltou à prova e conquistou o bronze. Pela demonstração de espírito olímpico, recebeu a medalha Pierre de Coubertin.
 
“Enquanto ex-atleta e medalha de bronze nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, é de um grande privilégio participar deste momento. Algo diferente, mas grandioso, esse de carregar o maior simbolismo da Olimpíada. E nesse tour que a tocha vai fazer já começaremos a contagiar o país para essa grande festa que vamos realizar. Enquanto eu estiver carregando este grande símbolo por Brasília, eu espero com muita alegria e emoção poder compartilhar com as pessoas ao meu redor esse sentimento único”, disse Vanderlei. 
 
Gabriel Hardy
Aos 16 anos, Gabriel Hardy acumula prêmios e conquistas, como o Campeonato Brasileiro juvenil e o terceiro lugar no Sul-Americano de caratê. Aluno da rede pública estadual de Sobradinho, o atleta é agente jovem Transforma, programa educacional que leva os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 às escolas.
 
Confira imagens da passagem da Tocha do Rio 2016 na Europa:
 
 
 
Fonte: Rio 2016
Ascom – Ministério do Esporte
 

Brasil conquista 17 medalhas no Pan-Americano de Judô em Cuba

Foto: Getty ImagesFoto: Getty Images
 
O judô brasileiro confirmou a hegemonia continental e fechou o Campeonato Pan-Americano de Havana, em Cuba, em primeiro lugar. No total, os judocas brasileiros conquistaram 17 pódios. Foram sete ouros, quatro pratas e seis bronzes na competição encerrada no sábado (30.04). A distância para os principais adversários foi enorme, já que Canadá, Estados Unidos e Cuba conquistaram apenas dois ouros cada um. A Colômbia ficou com o último ouro. Os destaques do último dia foram Rafael Silva (+100kg) e Tiago Camilo (90kg), que conquistaram medalhas douradas.
 
"São cinco títulos pan-americanos. Estou muito feliz pela maneira como lutei. Venho me sentindo cada vez melhor no tatame. Meu judô vem saindo desde as últimas competições o que me dá muita felicidade. Conseguir lutar como eu sempre lutei ainda mais agora perto dos Jogos”, disse Tiago, que venceu três lutas por ippon, inclusive a final contra o americano Colton Brown.
 
Depois de conquistar nove medalhas no primeiro dia do evento, a seleção nacional teve novamente representantes nas finais de todas as categorias disputadas o sábado. O peso-pesado masculino foi decidido entre Baby e David Moura, que brigam ponto a ponto por uma vaga nos Jogos do Rio. Assim como no bronze do Grand Prix de Samsun, o duelo foi para o golden score e Rafael Silva levou a melhor sobre o compatriota pontuando com um waza-ari.
 
“Fiz boas lutas. Fazer a final com um brasileiro é sempre complicado, porque a gente se conhece bastante. Não tem nada definido ainda. Temos mais duas competições pela frente. Expectativa está grande já para o Grand Slam de Baku, na próxima semana, e depois vou ter um tempo maior para treinar pro Marsters, em Guadalajara”, projeta Rafael Silva, que estará ao lado de David também nessas duas competições.
 
“É óbvio que nós dois estamos muito bem preparados para a Olimpíada. São poucas competições, mas a gente ainda vai concorrer a 1200 pontos e espero que eu consiga tirar essa diferença. A última cartada é o World Masters, que vale quase o dobro do Pan, e eu vou com tudo para o essa disputa e para o Grand Slam de Baku para conquistar minha vaga”, disse David.
 
Na final do meio-pesado, Mayra Aguiar e a americana Kayla Harrison reeditaram o clássico mundial da categoria que, diferentemente da final do Grand Slam de Paris deste ano, terminou com vitória para a americana.
 
“Fiz lutas muito duras durante a competição. As duas cubanas (Kaliema Antomarchi e Yalennis Castillo) que enfrentei são adversárias fortíssimas. Com certeza, uma delas vai estar brigando nos Jogos. Olhando friamente, fiz uma competição boa”, avaliou Mayra. “Infelizmente, o que me deixa mais triste foi a final ter sido tão rápida. Mesmo se ela tivesse ganhado e eu tivesse lutado mais eu ficaria mais feliz. Ela é uma atleta muito forte no chão e acabou me surpreendendo, pegando meu braço. Levo como mais uma experiência e mantenho o foco totalmente na Olimpíada”, continuou a brasileira.
 
Maria Suelen Altheman também lutou pelo ouro contra uma velha conhecida, a cubana Idalys Ortiz, campeã olímpica e mundial. Em duelo equilibrado, Suelen forçou uma punição para a adversária, mas sofreu três e terminou com a prata.
 
“É um campeonato muito importante para a gente por causa da pontuação. Chegar à final para mim foi uma vitória, porque ano passado eu não participei. A final foi disputada, eu consegui fazer algumas pegadas que eu havia treinado para fazer com ela (Ortiz) e estou vendo que cada vez evoluo mais um pouco. Um degrau de cada vez rumo aos Jogos”, disse Suelen. 
 
Rochele Nunes (+78kg) garantiu a dobradinha brasileira no pódio do pesado feminino ao derrotar a mexicana Vanessa Zambotti por um yuko na disputa do bronze. Além dela, Luciano Corrêa (100kg) e Victor Penalber (81kg) também voltaram de Havana com o bronze. O meio-pesado derrotou o americano Ajax Tadehara, enquanto Penalber venceu o salvadorenho Juan Turcios.
 
A médio Maria Portela bateu na trave e ficou em quinto, perdendo na semifinal para a canadense Kelita Zupancic e na disputa de terceiro para Elvismar Rodriguez, da venezuela, ambas por uma punição apenas.
 
O próximo compromisso da Seleção Brasileira é o Grand Slam de Baku, de 6 a 8 de maio. Parte da delegação que está em Cuba embarca direto para o Azerbaijão nesta segunda-feira (2.5).
 

Fonte: CBJ
Ascom - Ministério do Esporte

Sul-Americano mirim de tênis de mesa: Brasil avança com todos os atletas para fase eliminatória individual

DivulgaçãoDivulgação
A seleção brasileira avançou com todos os seus representantes para as fases finais individuais no Campeonato Sul-Americano mirim e pré-mirim, em Lima (PER). Após conquistarem as vagas neste domingo (1º), quando aconteceu a fase de grupos, a maioria dos jovens voltam à mesa na terça-feira (3).
 
A única a jogar pelo torneio individual nesta segunda-feira (2) será Giulia Takahashi, já que disputa a categoria pré-mirim. Pelo grupo 6, ela superou a equatoriana Maria Jose Borja por 3 a 1 (11/3, 11/8, 10/12 e 11/6); a peruana Ana Yenobi por 3 a 0 (11/4, 11/7 e 11/3); e a chilena Romina Barrientos pelo mesmo placar (11/5, 12/10 e 11/6). Nas oitavas de final, ela encara a chilena Sofia Perez, às 11h15 (horário de Brasília).
 
Na categoria mirim feminina, Wanessa Suwu venceu seus dois jogos pelo grupo 1 e terminou na liderança. Primeiro, diante da peruana Lucciana Cisneros (11/8, 11/9 e 11/6), depois, sobre a chilena Natasha Ruiz por 3 a 0 (11/8, 12/10 e 11/4).
 
Fabiana Shintate, por sua vez, avançou em segundo lugar do grupo 8, com dois triunfos e uma derrota. Ela derrotou a argentina Guadalupe Lorenzo por 3 a 0 (11/8, 11/7 e 14/12) e a equatoriana Karen Munoz por 3 a 1 (10/12, 13/11, 11/9 e 11/4), enquanto foi superada pela chilena Marian Ruiz, por 3 a 1 (11/9, 11/9, 11/13 e 11/8).
 
Entre os meninos da mesma categoria, mais três classificados para a fase final. Kenzo Carmo, no grupo 8, obteve três vitórias em sets diretos e não deu chance aos adversários – o peruano Angel Jimenez (11/9, 11/6 e 11/7), o paraguaio Carlos Gomez (11/1, 11/1 e 11/5) e o colombiano Nicolas Gonzalez (11/2, 11/8 e 11/2).
 
No grupo 5, Joon Shin venceu seus três compromissos: 3 a 2 (11/4, 3/11, 11/7, 9/11 e 11/3) sobre o colombiano Daniel Guete, 3 a 1 (8/11, 12/10, 11/8 e 11/7) contra o chileno Jeremias Paredes, e 3 a 0 (11/8, 11/7 e 11/7) diante do peruano Jose Zapata, avançando também na liderança do seu grupo.
 
Gustavo Gerstman, completando o trio de classificados, bateu o argentino Tomas Sanchi por 3 a 1 (11/7, 11/4, 11/13 e 11/3), mas caiu para o peruano Cesar Silva, em jogo duro, por 3 a 2 (11/8, 11/9, 7/11, 9/11 e 11/9), passando em segundo lugar no grupo 1.
 
Os confrontos das oitavas de final do mirim ainda não estão definidos. Nesta segunda, além das oitavas individuais do pré-mirim, serão conhecidos os campeões das duplas (masculinas, femininas e mistas), torneios que já começam nas oitavas de final.
 
No mirim feminino, Giulia Takahashi e Wanessa Suwu representam o Brasil, enquanto no masculino Kenzo Carmo e Gustavo Gerstman formam a parceria verde e amarela. Ambos já estão nas quartas de final e aguardam o duelo anterior para conhecerem seus adversários. O mesmo acontece nas duplas mistas, onde as parcerias serão Kenzo/Giulia e Gustavo/Wanessa.  
 
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM
Ascom – Ministério do Esporte

Brasil conquista duas pratas na etapa de Hyères da Copa do Mundo de Vela

Foto: Jesus Renedo/Sailing EnergyFoto: Jesus Renedo/Sailing Energy
 
A Equipe Brasileira de Vela conquistou duas medalhas de prata na última competição antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Neste domingo (dia 1º), Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina, e Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX, garantiram o lugar no pódio após a disputa das regatas da medalha na tradicional etapa de Hyères da Copa do Mundo da Federação, na França. 
 
Dos 15 velejadores brasileiros classificados para o maior evento esportivo do planeta, 12 competiram na cidade francesa. Com o resultado em Hyères, a delegação nacional soma 39 medalhas em etapas da Copa do Mundo desde o início do circuito, em 2009: 19 de ouro, 11 de prata e nove de bronze.
 
Campeãs em Hyères em 2013 e 2015, Fernanda e Ana ficaram com a prata após o segundo lugar na regata da medalha. Elas encerraram a competição com 42 pontos perdidos, apenas um ponto atrás das campeãs, as britânicas Hannah Mills e Saskia Clark. As francesas Camille Lecointre e Hélène Defrance ficaram com o bronze, também com 42 pontos perdidos, mas perderam o segundo lugar para as brasileiras por terem chegado atrás na regata da medalha.
 
“Encerramos as competições internacionais este ano muito felizes, pois conseguimos ir ao pódio em cinco dos seis campeonatos que disputamos. Fizemos o nosso melhor nestes quatro meses e agora partimos para os ajustes finais para os Jogos Olímpicos do Rio”, afirmou Fernanda, dona de uma medalha olímpica de bronze em Pequim-2008, na classe 470 feminina ao lado de Isabel Swan. 
 
Foto: Jesus Renedo/Sailing EnergyFoto: Jesus Renedo/Sailing Energy
 
Martine e Kahena repetiram a prata do ano passado. Campeãs em Hyères em 2014, as brasileiras ficaram em oitavo na regata da medalha, terminando na segunda posição geral com 74 pontos perdidos, apenas dois pontos atrás das campeãs, as suecas Lisa Ericson e Hanna Klinga. O bronze foi para as dinamarquesas Jena Mai Hansen e Katja Salskov-Iversen, com 75.
 
A Equipe Brasileira de Vela ainda disputou mais três regatas da medalha neste domingo. Jorge Zarif, na Finn, chegou em sexto, encerrando sua participação na sétima posição no geral, com 55 pontos perdidos. O campeão foi o australiano Jake Lilley, com 42.
 
Na RS:X feminina, Patricia Freitas chegou em quinto na regata da medalha, terminando a competição em oitavo, com 116 pontos perdidos. O ouro ficou com a polonesa Zofia Noceti-Klepacka, com 39. Na Nacra 17, Samuel Albrecht e Isabel Swan ficaram em nono na regata final, repetindo a colocação no geral, com 136 pontos perdidos. Os campeões foram os espanhóis Fernando Echávarri e Tara Pacheco van Rijnsoeve, com 77.
 
Não disputaram a regata da medalha Marco Grael e Gabriel Borges, que terminaram a 49er em 13º, com 153.20 pontos perdidos; Ricardo Winicki, o Bimba, que ficou em 14º na RS:X masculina, com 118 pontos perdidos; Fernanda Decnop, 28ª colocada na Laser Radial, com 159 pontos perdidos; e Bruna Martinelli, que terminou em 40ª na RS:X feminina, com 293 pontos perdidos.
 
Bicampeão olímpico, Robert Scheidt optou por não disputar a etapa de Hyères para focar na preparação para o Mundial de Laser, entre os dias 12 e 18 de maio, no México. Na 470 masculina, Henrique Haddad e Bruno Bethlem também não competiram. A dupla preferiu ficar no Rio de Janeiro treinando na Baía de Guanabara, palco da vela nos Jogos Olímpicos.
 
Fonte: CBVela
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Nos Estados Unidos, Brasil conquista o bronze nos 4x400m masculino

A equipe brasileira masculina do 4x400 m, que está nos Estados Unidos para o Camping Internacional Caixa de Treinamento e Competição de Velocidade e Revezamento, fez neste sábado (30.04) a última competição antes de retornar ao Brasil. Os treinos e competições fazem parte do Programa de Preparação Olímpica da CBAt para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.
 
Os atletas competiram no tradicional Penn Relays, na Filadélfia, Pensilvânia. O quarteto formado por Pedro Burmann, Wagner Cardoso, Lucas Carvalho e Hugo Sousa terminou na terceira colocação, com 3:03.75. Os Estados Unidos ficaram com as duas primeiras posições, com 3:02.32 (equipe azul) e 3:03.73 (equipe vermelha).
 
Além dos atletas que competiram neste sábado, o treinamento contou com Jonathan Henrique Silva, Anderson Henriques e Alexander Russo. A viagem da equipe fez parte do Programa CAIXA de Campings Internacionais e Nacionais da CBAt, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
 
De volta ao Brasil, os atletas se prepararão, agora, para o Campeonato Ibero-Americano, de 14 a 16 deste mês, no Rio de Janeiro. A competição será evento-teste para os Jogos Olímpicos, em agosto.
 
Lançamentos
Já em Irvine, na Califórnia, os lançadores participaram de mais uma etapa do Camping Internacional Caixa, que tem base em Chula Vista, no condado de San Diego. No Steve Scott Invitational, Julio Cesar de Oliveira venceu o lançamento do dardo, com 75,07 m.
 
No disco, Fernanda Borges conquistou o bronze, com 59,28 m, atrás da norte-americana Tarasue Barnett (61,28 m) e da britânica Jade Lally (59,59 m). No masculino, Ronald Julião terminou em sétimo lugar, com 59,00 m. O campeão foi o norte-americano Daniel Stahl, com 64,72 m.
 
Jucilene Sales de Lima, lesionada, não competiu no dardo. Júlio Cesar, Fernanda, Ronald e Jucilene treinam com João Paulo Alves da Cunha. As atividades nos Estados Unidos também fazem parte do Programa de Preparação Olímpica, da CBAt, para Rio 2016.
 
Jucilene e Fernanda viajam com recursos do Plano Brasil Medalhas do Ministério do Esporte. Já Julio Cesar e Ronald treinam e competem pelo Programa CAIXA de Campings de Treinamento Nacionais e Internacionais.
 
Fonte: CBAt
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Artur Pomoceno conquista prata no Pan-Americano de badminton

Foto: Hildengard Meneses/CBBdFoto: Hildengard Meneses/CBBd
 
No dia em que completou 19 anos, o brasileiro Artur Pomoceno foi premiado com um resultado inédito em sua promissora carreira. Neste domingo (1º.05), o jovem jogador de badminton conquistou a medalha de prata na simples masculina no XX Campeonato Pan-Americano Individual, realizado no Clube Fonte São Paulo, em Campinas, no interior de paulista. Na competição, o Brasil conquistou três bronzes, enquanto o Canadá dominou a disputa, faturando todas as cinco medalhas de ouro em jogo.
 
Na decisão, Artur enfrentou Jason Anthony Ho-Shue. O canadense venceu por 2 sets a 0, parciais de 17-21 e 11-21. “Estou muito feliz, foi a primeira vez que cheguei numa final de um Pan-Americano Adulto. Ganhei um grande presente no meu aniversário, que é essa medalha de prata. Claro que o sonho de todo atleta é ganhar o ouro, mas não estou triste”, disse o jovem jogador. As medalhas de bronze ficaram com o brasileiro Alex Tjong e com chileno Ivan Leon.
 
No feminino, a campeã foi a canadense Brittney Tam. Ela derrotou a compatriota Stephanie Pakenham, por 2 sets a 0, parciais de 21-11 e 21-19. Os bronzes ficaram com a brasileira Paloma da Silva e com a peruana Daniela Macias.
 
Na dupla masculina, a medalha de ouro ficou com os canadenses Jason Anthony Ho-Shue e Nyl Yakura. Eles venceram na final os compatriotas Phillipe Gaumond e Maxime Marin, por 2 sets a 0, com um duplo 21-13. Os bronzes ficaram com os brasileiros Felippe Fonseca e Igor Ibrahim e com os chilenos Cristian Araya e Ivan Leon.   
 
Na dupla feminina, as canadenses Michelle Tong e Josephine Wu levaram a melhor sobre as peruanas Paula La Torre Regal e Luz Maria Zornoza. Elas venceram por 2 sets a 0, com um duplo 21-17. O bronze foi para outra dupla peruana, Daniela Macias e Danica Nishimura.
 
Na dupla mista, os canadenses Nyl Yakura e Brittney Tam derrotaram os compatriotas Nathan Osborne e Josephine Wu, por 2 sets a 0, com um duplo 21-17. Os bronzes foram para os peruanos Deigo Mini e Luz Maria Zornoza e para os jamaicanos Dennis Coke e Katherine Wynter.
 
Fonte: CBBd
Ascom – Ministério do Esporte
 

Com laboratório de “cinema”, Brasil está preparado para realizar controle de dopagem no Rio 2016

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

Quem passa na frente do câmpus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nem imagina que é ali, distante das estruturas esportivas dos Parques Olímpicos da Barra da Tijuca e de Deodoro, que está em pleno funcionamento um dos maiores legados do Rio 2016. Com alta segurança, salas frias, profissionais altamente qualificados e parque tecnológico de primeira, o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) funciona como principal instrumento de combate à dopagem no esporte nacional.

Nesta sexta-feira (29.04), as instalações receberam a visita de correspondentes internacionais de jornais de vários países. Na oportunidade, o ministro do Esporte substituto e secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurelio Klein, falou sobre o papel da instalação para coibir fraude em resultados esportivos.

“Falo com muito orgulho que temos um laboratório de 'cinema'. Para nós do Ministério do Esporte, o laboratório é um dos mais palpáveis legados dos Jogos, porque é um legado de estrutura, de equipamentos e de qualificação profissional em todos os níveis”, explicou. 

Combater a dopagem no esporte é uma ação de política de Estado do governo brasileiro. Klein ressaltou que o laboratório é uma estrutura preparada para atender os desafios dos Jogos. “Estar aqui é uma consolidação de um trabalho que começou em 2009, com o objetivo de colocar o laboratório em condições de receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. E de, principalmente, estar preparado para atender o enorme esforço da luta contra a dopagem no Brasil”, disse.

As novas instalações do LBCD receberam investimentos de R$ 151,3 milhões, sendo R$ 112,7 milhões do Ministério do Esporte e R$ 38,5 milhões do Ministério da Educação (MEC), somando obras e projetos. Para a compra de novos equipamentos, materiais, insumos, mobiliário e operação, foram destinados R$ 74,6 milhões (R$ 60 milhões do Esporte e R$ 14,6 milhões do MEC).

Segundo Marco Aurelio Klein, tratar o combate de dopagem no esporte como uma política de Estado é possível apenas com uma autoridade de controle forte, estabelecida, apoiada pelo governo federal e bem aceita pela comunidade esportiva.

O professor Francisco Radler, coordenador do LBCD, frisou que o laboratório está com todas as condições necessárias para atender as necessidades do controle dos Jogos Rio 2016. “Temos uma estrutura de laboratório com instrumentos de última geração. Temos o melhor da tecnologia de detecção de substâncias dopantes, e assim podemos afirmar que não existe outro lugar que tenha a quantidade e a qualidade de equipamentos que tem este laboratório”, acentuou.

Além de atender o Brasil, que tem dimensões continentais, a estrutura é importante para os países vizinhos que não contam com condição igual para coibir a dopagem no esporte. “Existe uma expectativa que este laboratório tenha um impacto grande nesta região do continente. Países vizinhos como Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile, por exemplo, não têm um laboratório acreditado. A estrutura do LBCD pode ser utilizada por eles e ainda compartilhar o trabalho que está sendo feito pela ABCD com os países-irmãos vizinhos”, lembrou Klein.

Contar com um laboratório dentro do país beneficia tanto as autoridades de controle quanto aos atletas nacionais. “Ter no país um laboratório garante ao atleta que tenha um resultado adverso o direito de pedir a amostra B para ser apresentada e estar presente no laboratório e ser recebido”, explicou o ministro.

Ele falou também sobre a dificuldade enfrentada pelo país no período em que ficou sem a instalação. “Os meus colegas das outras organizações nacionais antidopagem com quem nos relacionamos e que não têm um laboratório em seu próprio país têm uma vida muito difícil. No período em que ficamos na transição para o novo laboratório precisávamos enviar as nossas amostras para fora. Durante um tempo usando os laboratórios de Portugal e Barcelona, porque temos acordo de cooperação”, destacou.

Osquel Barroso, Thierry Boghosian e Peter Van Eenoo, representantes da Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês), fizeram durante esta semana a última auditoria dos procedimentos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no laboratório. Desde a reacreditação, a Wada promove regularmente auditorias de acompanhamento dos trabalhos do LBCD.

Confira alguns pontos tratados por Klein:

Dopagem

Para nós é uma questão ética. Não enxergamos a dopagem como um problema apenas relacionado a drogas. Vemos como uma questão ética, fraude ao resultado esportivo. Aquele que se dopa rouba o sonho do atleta que se qualifica, treina e se prepara, e que vai para a competição para vencer apenas com seus próprios méritos.

Reta final

Hoje compartilho com vocês uma grande alegria de estar aqui na reta final de preparação para o Rio 2016 com muita confiança e segurança nos dois papéis: como parte do governo federal, que acompanhou desde o início o processo, e como responsável pela ABCD. Sabemos que é aqui que as amostras chegam e os resultados são identificados com seriedade.

Estratégia da ABCD

O plano estratégico da ABCD é baseado em alguns pontos. O primeiro é a informação; nós precisamos coletar todo tipo de informação possível. O segundo é a educação; tendo a informação adequada poderemos construir ações de educação em diversos níveis. O terceiro é a prevenção; o ápice do nosso processo é conseguir a prevenção. E o quarto é a inteligência; é um processo de análise sobre tudo o que nós fizemos, que indicará qual a ação para que possamos trabalhar qualidade em vez de quantidade, dando muito foco em como vamos trabalhar e quem vamos testar. Esse trabalho não seria possível se nós não tivéssemos um laboratório no Brasil.

ABCD no Rio 2016

A ABCD será responsável por coletar os exames de controle de dopagem de todos os atletas que farão a aclimatação para os Jogos e dos atletas que ficarão fora da Vila Olímpica do Rio de Janeiro, durante o período das competições.

Qualidade técnica

Teremos aqui a Champions League dos profissionais de laboratórios do mundo. Teremos cerca de 100 especialistas internacionais que outros laboratórios credenciados pela Wada vão ceder durante os Jogos, de modo que todo o conhecimento mundial estará reunido aqui, colaborando com o trabalho do LBCD e garantindo que a gente possa atender as expectativa.

 

Breno Barros, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte

Grupos do handebol são sorteados. Brasil encara bicampeãs olímpicas na primeira fase

A seleção brasileira feminina de handebol terá, já na primeira fase, um duro adversário nos Jogos Rio 2016. Atual bicampeã olímpica e campeã mundial no ano passado, a Noruega está ao lado do Brasil no Grupo A, junto de Angola, Espanha, Montenegro e Romênia. As chaves foram definidas em sorteio que ocorreu nesta sexta-feira (29.04), na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O dinarmaquês Morten Soubak, treinador da seleção feminina do Brasil, optou por encarar o Grupo A na primeira fase do handebol nas Olimpíadas. (Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)O dinarmaquês Morten Soubak, treinador da seleção feminina do Brasil, optou por encarar o Grupo A na primeira fase do handebol nas Olimpíadas. (Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)

Como país-sede dos Jogos Olímpicos, o Brasil teve o privilégio de escolher o grupo após o chaveamento de 10 das 12 seleções participantes. A regra do direito de escolha da seleção local é usada em todos os principais torneios da Federação Internacional de Handebol (IHF, na sigla em inglês). O técnico da seleção feminina, o dinamarquês Morten Soubak, anunciou a opção pelo Grupo A. Com isso, a França, que estava no mesmo pote do Brasil, foi automaticamente colocada no Grupo B, que também terá Coreia do Sul, Argentina, Suécia, Rússia e Holanda. Todos jogam entre si nas chaves e as quatro primeiras seleções de cada grupo classificam-se para as quartas de final.

“Na verdade, não tenho muitos motivos para escolher exatamente o lado A, como eu escolhi. O nível de cada equipe é tão alto que o dia vai definir quem vai ganhar. Acredito que vamos a uma Olimpíada bem parecida com o Mundial e com o Europeu. A palavra ‘tranquilo’ não entra na conversa para ninguém. O lado B vai ter um grande de fora. Isso vai acontecer no A também, mas não vai ser o Brasil”, disse Soubak.

De acordo com o Comitê Organizador Rio 2016, a tabela e os cruzamentos serão definidos nos próximos dias. Mas, levando em conta a configuração ocorrida nas últimas edições de Jogos Olímpicos, é provável, segundo Morten Soubak, que o Brasil encare, já na estreia, a bicampeã olímpica. “O primeiro jogo é Brasil x Noruega, se não me engano, e sabíamos isso antes de começar o sorteio. Noruega é a campeã europeia, olímpica e mundial, e vem com certo peso, sem dúvida. Pode ser o primeiro jogo e tenho certeza que estamos prontos para começar a Olimpíada bem”, afirmou.

O dinamarquês espera que o fator-casa pese de forma positiva a favor da seleção feminina, e ele tem motivos para acreditar nisso. “Em qualquer modalidade, pode também pesar para o lado negativo, tem pressão, amigos e família presentes. Pela minha experiência no Mundial 2011, o Pan que elas jogaram em 2007, os amistosos feitos aqui no tempo em que eu estou com as meninas, sinto que elas se sentem muito bem aqui, que elas gostam de jogar em casa”, disse.

O técnico da Seleção Brasileira masculina, o espanho Jordi Ribera, optou pelo Grupo B do handebol nos Jogos Rio 2016. (Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)O técnico da Seleção Brasileira masculina, o espanho Jordi Ribera, optou pelo Grupo B do handebol nos Jogos Rio 2016. (Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)

Masculino
Os grupos masculinos também foram sorteados nesta sexta, seguindo o mesmo procedimento do sorteio feminino. A escolha do técnico da Seleção Brasileira masculina, o espanhol Jordi Ribera, foi pelo Grupo B, ao lado de Egito, Alemanha, Suécia, Eslovênia e Polônia. O Brasil evitou, assim, encarar, logo na primeira fase, a França, atual bicampeã olímpica, que ficou no Grupo A com Argentina, Catar, Tunísia, Croácia e Dinamarca.

“Tivemos muito tempo trabalhando sobre o sorteio, assistimos mais de 30 jogos só em 2016, e tentamos buscar certas afinidades que pudessem nos ajudar na hora de eleger equipes que estão dentro das nossas possibilidades, tanto na primeira fase quanto nos possíveis cruzamentos depois, caso consigamos a classificação, evidentemente, porque temos dois objetivos: o primeiro é a classificação e o segundo é brigar por medalha”, explicou Jordi Ribera.

Ele reforçou que não há caminho fácil nos Jogos Olímpicos.  “Não é o sorteio ideal, se pudéssemos, pegaríamos as bolinhas e faríamos o sorteio que nós queríamos, mas isso não é possível. Os dois grupos são complicados. Está claro que vamos ter que brigar em todos os jogos, mas acho que em todos os jogos teremos nossas opções”.



Procedimentos
Em ambos os sorteios, os doze times foram divididos em seis potes, de acordo com o desempenho internacional recente, tendo ficado no pote 1 as seleções mais fortes e no 6, as mais fracas. A Seleção Brasileira ficou no pote 4 nos dois casos. No feminino, formou dupla com a França. No masculino, com a Tunísia.

A divisão dos potes ficou da seguinte maneira no sorteio feminino: Pote 1 - Noruega e Holanda; Pote 2 – Romênia e Rússia; Pote 3 – Suécia e Montenegro; Pote 4 – Brasil e França; Pote 5 – Espanha e Argentina; Pote 6 – Coreia do Sul e Angola. O sorteio foi feito a partir do pote 6, pulando o pote 4, do Brasil, para que a comissão técnica brasileira pudesse escolher o grupo ao final. O Brasil teve dois minutos para escolher a chave e o técnico Morten Soubak, anunciou a escolha do Grupo A.

A ex-atleta Maria José Batista, a Zezé, que teve extensa carreira no futebol de quadra e também no de areia, auxiliou o representante da Federação Internacional de Handebol na escolha das bolinhas que representavam cada seleção. Ela comentou a escolha brasileira. “A gente está pegando a última campeã olímpica, a Noruega, uma das favoritas, mas sabendo que nós também somos um dos favoritos. Eu já tive a satisfação de participar de uma Olimpíada e todos os adversários vão querer chegar ao pódio, mas acho que foi a melhor escolha”, disse Zezé.

No masculino, a configuração era assim: Pote 1 - França e Polônia; Pote 2 – Eslovênia e Dinamarca; Pote 3 – Croácia e Suécia; Pote 4 – Tunísia e Brasil; Pote 5 – Alemanha e Catar; Pote 6 – Argentina e Egito. O sorteio teve a ajuda do ex-jogador Bruno Souza, bicampeão pan-americano com a camisa da Seleção Brasileira de handebol. No final, o técnico Jordi Ribera anunciou a escolha do Grupo B para o Brasil.

“Estive desde a primeira fundação desse ginásio, então é um prazer voltar aqui e ver que tudo ficou pronto e está lindo. Acredito que Olimpíada é sempre muito difícil. Mas acho que jogar contra França e Croácia na primeira fase seria mais difícil, então acredito que o Jordi tenha feito boa escolha, porque a gente quer passar de fase e levar o Brasil a outro patamar. Acho que teremos uma competição brilhante pela frente e vamos conseguir atingir nossos objetivos”, opinou Bruno Souza.

Carol Delmazo e Mateus Baeta, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Atletas e público elogiam Arena do Futuro no teste do handebol

Casa do handebol nos Jogos Olímpicos e do goalball nas Paralimpíadas, a Arena do Futuro recebeu, nesta sexta-feira (29.04), as primeiras partidas do evento-teste de handebol. A instalação, umas das provisórias do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, encantou o público convidado pela beleza e foi elogiada pelos atletas dos clubes brasileiros que estiveram em quadra. O acabamento dos vestiários foi o ponto citado para melhorias na estrutura que, ao final dos Jogos Rio 2016, dará origem a quatro escolas públicas.
 
Taubaté x Maringá, no evento-teste de handebol na Arena do Futuro. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.brTaubaté x Maringá, no evento-teste de handebol na Arena do Futuro. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.br
 
“Não está devendo nada aos ginásios europeus. Dentro da quadra, está tudo perfeito. Se tiver algum detalhe pra mudar, é coisa mínima”, disse o pivô do Taubaté, Vinícius Teixeira, com passagens pela seleção brasileira.
 
“A arena está ótima, o piso atendendo padrões internacionais como nós jogamos no Mundial, Olimpíada, é mesmo padrão dentro de casa. O que a gente pontuou foi em relação ao vestiário, que eu acho que pode melhorar um pouquinho pro atleta, em termos de visual mesmo, tampar algumas coisas, um acabamento. Chuveiro, banheiro, espaço pra gente poder aquecer, se trocar, isso atende às necessidades, mas acho que pode melhorar. Como é um evento-teste, acho que vale a pena passar a impressão que nós tivemos pra que possa ajudar a estrutura aqui da arena”, detalhou o goleiro do Taubaté e da seleção, Maik Santos.
 
Times brasileiros
O torneio de handebol, que vai até domingo (01.05), conta com a participação de quatro equipes brasileiras: Maringá, Taubaté, Itajaí e Pinheiros. Isso, segundo o diretor de Esportes do Comitê Organizador Rio 2016, Rodrigo Garcia, permite mais flexibilidade nos testes. Nesta sexta, Taubaté bateu Maringá por 33 x 15 e Pinheiros venceu Itajaí por 34 x 21. 
 
“É muito mais fácil também pela questão da língua, você consegue escutar e falar mais com os times. Caso a gente tenha algum problema, a gente consegue trabalhar mais facilmente, porque não tem comprometimento de transmissão de televisão e de outros fatores que interferem no andamento da competição”, disse Garcia.
 
Os principais aspectos em teste pelo Rio 2016  são o campo de jogo, os voluntários específicos do esporte, o sistema de resultados e os serviços para os atletas. O primeiro dia de competições transcorreu sem problemas para o Comitê Organizador. Quanto aos vestiários, o diretor de Esportes informou que a será oferecida a estrutura necessária para os atletas, mas dentro do que cabe em um orçamento enxuto.
 
“Aqui é uma estrutura temporária. O acabamento em algumas partes  é ‘no osso’, concreto aparente. Algumas instalações no mundo tem esse acabamento. A gente não vai ter luxo nos Jogos, não é a cara do Rio 2016, mas tudo que é necessário para a performance do atleta vai estar lá”, disse.
 
Neste sábado, serão realizados dois jogos: Taubaté x Itajaí, às 16h, e Pinheiros x Maringá, às 18h30. O evento termina no domingo, com Maringá x Itajaí, às 11h, e Pinheiros x Taubaté, às 13h30.
 
Taubaté x Maringá, no evento-teste de handebol na Arena do Futuro. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.brTaubaté x Maringá, no evento-teste de handebol na Arena do Futuro. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.br
 
Federação satisfeita
A impressão geral do vice-presidente da Federação Internacional de Handebol (IHF, na sigla em inglês), Miguel Roca, é bastante positiva. Ele disse que a entidade acompanhou toda a construção de perto e não vê grandes desafios.
 
“Eu vi a Arena do Futuro nascer e crescer. Trabalhamos passo a passo com a organização. A arena está magnifica, simplesmente. O aspecto mais importante é o terreno de jogo. A iluminação está boa, tudo está muito bem. Os pequenos problemas que tivemos e que foram resolvidos automaticamente eram com o placar. Os nomes estavam pequenos, apenas com uma vista de águia podiam ser vistos, mas o layout foi modificado e agora está correto. Temos todas as condições de ter uma excelente competição, agora só precisamos que venha o público”, disse Roca.
 
Empolgação com os Jogos
Outro ponto de convergência na opinião de atletas e público é a empolgação com o que consideram uma prévia dos Jogos. “É o primeiro jogo na arena, é um prazer, essa torcida aí está deixando mais bonito ainda o espetáculo. Espero que na Olimpíada esteja cheio mesmo o ginásio”, disse o ponta Lucas Cândido, do Taubaté e da seleção brasileira.
 
“Eu senti eles (espectadores) bem próximos de mim, cada defesa que eu fazia já ouvia meu nome, a galera vibrando, e isso é gostoso. Então estou feliz, satisfeito, saí com uma impressão boa da arena, então é seguir trabalhando para estar aqui na Olimpíada”, completou o goleiro Maik.
 
Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.brArena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.br
 
Mau cheiro
O que incomodou jogadores e espectadores foi o mau cheiro proveniente da Lagoa de Jacarepaguá, vizinha ao Parque Olímpico. Para os atletas, o maior problema é o que isso pode significar na impressão deixada pela instalação para jogadores e espectadores em agosto.
 
“Sentimos um pouco de mau cheiro sim. Na verdade, para nós não muda, é mais a impressão. Acho que é importante a gente se preocupar com isso, dar uma boa impressão para as equipes e atletas que vão estar aqui, porque quando vamos jogar Mundial somos muito bem recebidos, tem uma boa estrutura por trás”, disse Maik.
 
“Não tem como não sentir. A impressão não vai ser tão boa de quem vier. Mas isso não cabe a mim, é coisa que vem de antes”, completou o ponta Alemão, que também joga pelo Taubaté e pela seleção brasileira.
 
Nas arquibancadas, o cheiro também foi percebido, mas a beleza da arena e animação com as partidas se sobrepuseram ao incômodo.  "O cheiro é meio ruim, mas  a visão é bonita. Achei que ficou muito legal, de primeiro mundo. A gente andou, está tudo bem organizado”, disse Paulo Otávio Paiva, estudante do Colégio Municipal Walter Francklin, de Três Rios (RJ).
 
O diretor de Esportes do Rio 2016 disse que o primeiro passo é confirmar qual a origem do cheiro e, em se comprovando que o problema vem de fato da lagoa, será estudada uma solução para aliviar o odor. "Tem um orçamento de contingência, mas não entraria nessa conta porque não é um problema mapeado claramente. Tem situações em que a gente usou biorremediação em eventos-teste. Mas será que esse o problema? Primeiro temos que entender exatamente qual a causa. Depois, a gente vê se aciona um plano de contingência ou não", disse Rodrigo Garcia.
 
Carol Delmazo e Mateus Baeta, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte

Antes de embarcar para o Brasil, chama visita o Museu Olímpico de Lausanne

Em sua última parada antes de embarcar para o Brasil, a chama olímpica esteve, nesta sexta-feira (29/04), no Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça. Em solenidade que contou com a presença do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e do presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Nuzman, a exposição Destination Rio foi oficialmente apresentada ao público europeu.

Tour da tocha passa pelo Museu Olímpico, em Lausanne, na Suíça. (Foto: Roberto Castro/ME)Tour da tocha passa pelo Museu Olímpico, em Lausanne, na Suíça. (Foto: Roberto Castro/ME)

Thomas Bach ressaltou a importância da inédita celebração da chegada da chama olímpica à sede europeia do Organismo Internacional e elogiou a preparação do Brasil a 98 dias da abertura dos jogos Rio 2016, em 5 de agosto, no Maracanã. "Trazer a chama olímpica para o Museu Olímpico é um momento histórico. Ela agora vai viajar pelo Brasil e levar sua mensagem de união dos povos. O Brasil e os brasileiros estão prontos para mostrar toda a sua paixão por esportes", disse o presidente do COI.

Com a pira olímpica no centro dos jardins-escola do museu, inaugurado em 1993, Carlos Arthur Nuzman destacou a força do movimento olímpico e lembrou a transformação pela qual a cidade do Rio passou para receber os Jogos Rio 2016. "O apoio que recebemos do COI só vem mostrar a confiança que eles têm em nós e na realização da Olimpíada no Brasil. O Rio recebeu grandes investimentos, está pronto e teremos um dos maiores Jogos da história", afirmou Nuzman.

A chama ficará em exibição no Museu Olímpico até o início da próxima semana. Em 2 de maio, sai da Suíça com destino ao Brasil, onde passará em revezamento por 334 cidades nos 27 estados. O ponto de partida é Brasília, onde será recebida pela presidenta Dilma Rousseff, dia 3, no Palácio do Planalto.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Riqueza do Brasil
Após a solenidade, os convidados tiveram a oportunidade de conhecer o museu. Além da emoção de todas as Olimpíadas presentes em salas, exposições e vídeos – há mais de 10 mil peças relacionadas ao Movimento Olímpico –, a Exposição "Destination Rio", em cartaz desde fevereiro, ganhou destaque.

Homenagem ao Rio, ela traz curiosidades sobre o Brasil em aspectos como cultura, culinária e esporte. A galeria conta a organização do evento, os esportes do programa olímpico, os atletas e o legado que espera-se que fique para a cidade.

A cultura brasileira é contada através da música, da dança e dos festivais populares, com espaço também para a arte contemporânea e a fotografia. "Os europeus estão tendo a chance de conhecer a riqueza do nosso país. Toda a diversidade cultural, musical e esportiva", explicou Jô Queiroz Berger, coordenadora musical da exposição.

De férias em Lausanne, Kim Yachu, de Taiwan, aproveitou para visitar a exposição. "Está tudo muito legal. A cultura brasileira é forte e a paixão do brasileiro por esportes é incrível. Estou gostando muito", elogiou.

Rafael Brais e Carlos Eduardo Cândido, de Lausanne (Suíça)

Ascom - Ministério do Esporte

Definidas as semifinais do Brasileiro de Futebol Feminino

Foto: CBFFoto: CBF

A última rodada da segunda fase do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino serviu para definir a classificação da Ferroviária para as semifinais, já que as outras três vagas estavam asseguradas por Rio Preto, São José e Flamengo. Em partidas de ida e volta, nos dias 4 e 11 de maio, Flamengo x Ferroviária e Rio Preto x São José, que reeditarão a final do ano passado, medirão forças para ver quem seguirá na briga pelo título.

Desde que o Brasileiro de Futebol Feminino foi retomado, em 2013, o Governo Federal investe R$ 10 milhões por ano na realização do torneio. (Confira todas as ações do Ministério do Esporte na modalidade)

Segunda Fase
Pelo Grupo 5, Flamengo e São José se enfrentaram na última rodada da segunda fase para definir quem seria o líder da chave. Jogando no Rio de Janeiro, as cariocas anotaram 2x0 e garantiram a ponta com dez pontos, enquanto as paulistas permaneceram com nove. No outro jogo, Corinthians e Iranduba apenas cumpriram tabela. Melhor para as paulistas, que golearam por 5x0 as amazonenses.

Classificação
Flamengo (RJ): 10 pts
São José (SP): 9 pts
Corinthians (SP): 5 pts
Iranduba (AM): 2 pts

Foto: CBFFoto: CBF

Pelo Grupo 6, o Rio Preto, que já havia garantido a classificação e o primeiro lugar da chave, não facilitou para a Ferroviária, que buscava a vaga nas semifinais. A equipe de Araraquara até saiu na frente, com Daiane, de pênalti aos 13 minutos do primeiro tempo. No entanto, na etapa final Millene – artilheira da competição com nove gols – e Adriana, aos 45 minutos, decretaram a virada das visitantes. Mesmo com a derrota, as “Guerreiras Grenás” foram beneficiadas com o empate por 1x1 entre Foz Cataratas e São Francisco, que também disputavam uma vaga.

Classificação
Rio Preto (SP): 13 pts
Ferroviária (SP): 6 pts
Foz Cataratas (PR): 5 pts
São Francisco (BA): 4 pts

Ascom - Ministério do Esporte

Em cerimônia na sede da ONU, chama olímpica é apresentada na Suíça

A 98 dias do início dos Jogos Rio 2016, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Pela primeira vez na história, a chama olímpica esteve, nesta sexta-feira (29.04), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, e foi recebida para uma cerimônia em homenagem ao Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz.

O evento foi realizado em conjunto com o Comitê Rio 2016 e a Missão Permanente do Brasil e contou com a presença do ministro do Esporte, Ricardo Leyser, representando a presidenta Dilma Rousseff, do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, do Secretário-Geral da ONU, Ban Kin-Moon e do presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

Da esq. p/ dir.: Ricardo Leyser, Thomas Bach, Ban Ki-Moon e Carlos Arthur Nuzman. (Foto: Roberto Castro/ ME)Da esq. p/ dir.: Ricardo Leyser, Thomas Bach, Ban Ki-Moon e Carlos Arthur Nuzman. (Foto: Roberto Castro/ ME)

"Estamos convencidos de que o esporte, o desenvolvimento e a paz são complementares e se ajudam mutuamente", disse o ministro Ricardo Leyser, diante de um auditório lotado.  Sobre a chama olímpica, Leyser destacou que ela representa os valores homenageados na ONU e que o Brasil está orgulhoso em sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que acontecem pela primeira vez América do Sul. "Os Jogos Rio 2016 são resultado de mais de uma década de investimentos sociais, em infraestrutura, incluindo políticas públicas e iniciativas sustentáveis", lembrou, citando os grandes eventos que o Brasil sediou nos últimos anos, como os Jogos Pan-Americanos de 2007, os Jogos Mundiais Militares 2011, a Copa das Confederações 2013, a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Mundiais dos Povos indígenas, em 2015.

Thomas Bach demonstrou confiança no sucesso dos Jogos Rio 2016. "As obras estão prontas, tudo foi feito com transparência. Estou certo de que os Jogos do Rio serão um sucesso", disse o presidente do COI, em coletiva de imprensa. Antes, em seu discurso no plenário, Bach destacou o empenho do Brasil na organização dos jogos olímpicos e parabenizou as medidas feitas para preparar o maior evento esportivo do mundo. "Estes serão Jogos Olímpicos espetaculares. Em algumas semanas o povo brasileiro vai mostrar ao mundo seu modo de vida e sua paixão pelo esporte", disse. "O Rio vai emocionar o mundo", concluiu.

O Secretário-geral da ONU fez questão de destacar a iniciativa do COI de criar a delegação de atletas refugiados para os Jogos do Rio: "Ganhando ou perdendo nas competições, já são um time de vencedores. A Olimpíada é o momento de união dos povos. Essa é a mensagem da chama olímpica", disse Ban Kin-Moon, que recebeu do ministro Leyser uma placa de homenagem do governo brasileiro à ONU, em comemoração ao Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz.

Nathália Mayara participou do evento na ONU como representante dos atletas olímpicos e paralímpicos do Brasil. (Foto: Roberto Castro/ME)Nathália Mayara participou do evento na ONU como representante dos atletas olímpicos e paralímpicos do Brasil. (Foto: Roberto Castro/ME)

Aplausos
Um dos pontos altos da solenidade foi a participação da atleta paralímpica Nathália Mayara. Representante dos atletas olímpicos e paralímpicos do Brasil no evento, a jogadora de tênis em cadeira de rodas fez um discurso emocionado e arrancou aplausos do público. "É uma responsabilidade grande estar aqui na ONU e representar todos os atletas brasileiros. Nem acreditei quando vi tanta gente importante na mesa", brincou a tenista.

Ainda nesta sexta-feira, a chama olímpica será apresentada no Museu Olímpico, em Lausanne, sede do Comitê Olímpico Internacional. Na próxima segunda-feira (02.05), ela embarca para o Brasil e inicia, em Brasília, no dia 3 de maio, o revezamento por 334 cidades do país.

Lampião que guarda a chama olímpica na sede da ONU, em Genebra. (Foto: Roberto Castro/ME)Lampião que guarda a chama olímpica na sede da ONU, em Genebra. (Foto: Roberto Castro/ME)

Carlos Eduardo Cândido e Rafael Brais, de Genebra (Suíça)

Ascom - Ministério do Esporte

Evento-teste do polo embala sonho de garotos e Estádio Aquático recebe elogios

Semifinais de um torneio de pólo aquático no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, na Barra da Tijuca, na noite desta quinta-feira (28.04), e o locutor anuncia a execução dos hinos do Japão e da Croácia. Os garotos enfileirados na beira da piscina, no entanto, são todos brasileiros. A cena, que poderia parecer estranha, na verdade é parte do evento-teste da modalidade. Quatro times de juniores do Rio de Janeiro foram convocados: Botafogo, Flamengo, Tijuca e Escola Naval. Desde segunda-feira, eles ajudam o Comitê Rio 2016 a testar a instalação e as especificações olímpicas para a modalidade.

Felipe Ferreira, do Tijuca, durante o evento-teste de polo aquático no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Felipe Ferreira, do Tijuca, durante o evento-teste de polo aquático no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)

No total, 32 áreas funcionais estão em operação, sendo 16 nos moldes dos Jogos Olímpicos: competição esportiva, transporte, limpeza e lixo, apresentação esportiva, gerenciamento operacional de instalações, segurança, resultados, serviço de alimentação, desenvolvimento de legado, comunicação, força de trabalho, logística, serviços médicos, operações de imprensa, energia e tecnologia.

Nesta sexta-feira (29.04), o evento-teste será encerrado, com a disputa do terceiro lugar e a final, seguidas de uma cerimônia de entrega de medalhas. Mas, mesmo antes do fim do torneio, o balanço das operações realizadas é considerado positivo pelo Comitê Rio 2016. “O Estádio Aquático foi bastante testado, especialmente a área de competição, de aquecimento, a parte de resultado, que é muito importante para a gente, mas em especial as equipes que trabalharam, na natação, natação paralímpica, e agora no polo aquático. Então a gente está muito satisfeito. Entendemos que em algumas áreas é possível melhorar, mas agora a gente conhece mais a instalação e acredita que vai estar super pronta para agosto”, afirmou o gerente de Esportes Aquáticos do Comitê Rio 2016, Ricardo Prado.

Medalhista olímpico – ele foi prata nos 400m medley nos Jogos de Los Angeles-1984 –, Prado explicou que as operações do polo aquático não são muito diferentes da natação. “O polo utiliza mais vestiários, já que é uma modalidade coletiva, diferente da natação, mas é muita coisa similar: a área de competição, fora as raias e o gol, é praticamente a mesma; a parte de resultados é um pouco diferente, então a gente quis que a Omega (empresa responsável pelos placares) ficasse para esse evento também; mas muita coisa é igual, tanto que a gente faz a transição de um dia pra outro”, disse.

Técnico do Botafogo e auxiliar técnico da seleção brasileira adulta, Ângelo Coelho elogiou bastante a piscina e já vislumbrou as arquibancadas cheias durante a competição de polo nos Jogos Olímpicos. “A piscina é espetacular e o local está muito bom. A piscina é perfeita para o polo aquático, os vestiários estão muito bons, em termos de instalação a gente não tem preocupação. A organização está aprendendo algumas coisas, vendo algumas falhas, corrigindo detalhes, acho que até as Olimpíadas tem muito tempo para trabalhar e melhorar bastante”, opinou.

A preocupação de Ângelo é providenciar o encontro entre os atletas da Seleção Brasileira adulta de polo aquático e a piscina do Estádio Aquático. A primeira fase do torneio de polo nas Olimpíadas será disputada no Maria Lenk, mas a fase final será no Estádio Olímpico. A expectativa da comissão técnica da seleção é avançar para a etapa decisiva e competir diante de um Estádio Aquático lotado.

Escola Naval x Flamengo durante o evento-teste de polo aquático no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Escola Naval x Flamengo durante o evento-teste de polo aquático no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)

“Isso aqui lotado vai ser espetacular. A partir da quinta rodada vem para cá e nossa expectativa é passar dessa fase. A gente tem um treinamento agora na Austrália, que é uma seleção que está no nosso grupo, depois estamos indo para o Japão, que também é adversário na primeira fase. Estamos com a expectativa de passar, sim. Depois que a gente ganhou da Croácia na Superfinal ano passado, a gente encara qualquer equipe. Esses próximos 90 dias vão ser de muito trabalho e acredito que podemos surpreender”, garantiu Coelho, referindo-se ao título conquistado pelo Brasil.

Na primeira fase do torneio olímpico masculino de polo, o Brasil vai enfrentar Austrália, Japão, Grécia, Hungria e Sérvia pelo Grupo A. Os quatro primeiros da chave avançam. Se estiver entre eles, o Brasil vai jogar no Estádio Olímpico. De acordo com Ricardo Prado, a Seleção poderá ter contato com as instalações do Estádio Aquático antes da fase decisiva do torneio. “Eu tenho certeza que daqui para frente a gente vai ter muitos pedidos de equipes do Brasil e de fora para vir aqui conhecer e utilizar a instalação. Vai dar trabalho para a gente, mas tenho certeza que especialmente para o Brasil a porta vai estar sempre aberta”, disse.

Evento-teste de polo aquático no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Evento-teste de polo aquático no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)

O torneio
Disputado desde segunda-feira, o torneio que serve como evento-teste para os Jogos Rio 2016 chegou às semifinais com os confrontos entre Flamengo e Escola Naval, que abriu as disputas desta quinta, e Botafogo contra Tijuca. No primeiro jogo, o Flamengo não teve dificuldades para fazer 11 x 1, avançando para a decisão. Depois, em partida muito equilibrada, o Botafogo venceu o Tijuca por 7 x 6.

Flamengo e Botafogo disputam a final do torneio nesta sexta, logo depois do jogo que vai definir o terceiro lugar, entre Tijuca e Escola Naval.  “Temos toda a rivalidade do mundo, porque eles estão ganhando tudo”, brincou Vitor Teixeira, jogador do Botafogo, mostrando que a rivalidade entre os clubes não fica restrita aos campos de futebol.

Na hora de elogiar as instalações do Estádio Aquático, no entanto, os garotos de todos os times são unânimes. “É uma experiência única jogar em um lugar como esse, numa grande estrutura”, vibrou Felipe Rocha, do Flamengo. “É um privilégio jogar nessa piscina maravilhosa, tudo de bom”, completou o botafoguense Vitor.

Aos 15 anos, Felipe sonha com o dia em que poderá defender a Seleção em uma Olimpíada. Competir na instalação que vai receber o polo em 2016 aumentou o desejo do garoto de um dia sentir a emoção olímpica como jogador. “Eu acho que é muito legal esse apoio que estão dando agora, porque no futuro vai deixar um legado. Os jogadores da seleção adulta estão treinando lá fora e quem sabe nas próximas Olimpíadas o Brasil possa ter um time forte competindo”, disse o garoto. Como torcedor, ele já tem data marcada para ver de perto uma partida dos Jogos Olímpicos. “Eu já comprei ingressos para o polo e quero vir para assistir e ajudar o Brasil.”

Mateus Baeta - Brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Chama Olímpica chega a Genebra e é exibida na sede das Nações Unidas

A cinco dias da chegada ao Brasil a Chama Olímpica faz nesta sexta-feira (29.04) uma escala em Genebra, na Suíça, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). O Palácio das Nações sediará, às 10h (5h de Brasília), as comemorações pelo Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz, com a presença da Chama Olímpica, entregue oficialmente ao Rio de Janeiro na última quarta-feira (27.04), em Atenas.

O ministro do Esporte Ricardo Leyser representará o governo brasileiro no evento, que terá a presença do secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, do presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, do príncipe Albert II de Mônaco, e da representante permanente do Brasil na ONU em Genebra, embaixadora Regina Dunlop.

A tenista brasileira paralímpica Natália Mayara também participará da cerimônia, e destacará o papel do esporte no desenvolvimento das nações. A lanterna com a Chama Olímpica terá lugar de destaque, erguida num pedestal no centro do salão. Depois de Genebra, a Chama seguirá para Lausanne, também na Suíça, sede do COI, onde será exibida no Museu Olímpico. Ela retorna à Genebra antes de seguir para o Brasil na segunda-feira (02.05). No dia seguinte, ao desembarcar em Brasília, terá início o Revezamento da Tocha Olímpica, que passará por 334 cidades brasileiras.

» Serviço:
Exibição da chama olímpica na sede da ONU em Genebra

Local: Sede da Organização das Nações Unidas
Horário: 10h (5h de Brasília)
Data: sexta-feira (29.04)
Contato assessoria de comunicação: Paulo Rossi +55 (61) 9672-1036

CBF promove curso para formar Oficiais de Controle de Dopagem

Ministro do Esporte substituto e secretário nacional da ABCD, Marco Aurelio Klein participa de curso para formação de Oficiais de Contrlole de Dopagem (Foto: Divulgação/CBF)Ministro do Esporte substituto e secretário nacional da ABCD, Marco Aurelio Klein participa de curso para formação de Oficiais de Contrlole de Dopagem (Foto: Divulgação/CBF)

Como parte do esforço de formação de profissionais, por meio da qualificação de equipes para trabalhar em campo, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promoveu nesta quinta-feira (28.04) o Curso de Certificação de Oficiais de Controle de Dopagem (DCO, na sigla em inglês para Doping Control Officer), com a participação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).  

A formação fez parte da Semana de Evolução do Futebol Brasileiro. Realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro, a reunião orientou os médicos que atuam no futebol nacional. De acordo com o novo Código Brasileiro Antidopagem, os DCOs devem ser profissionais da área de saúde com curso superior (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, biomédicos, profissionais de educação física, etc.) e precisam ser certificados pela ABCD para atuar no país. Os médicos certificados pela CBF poderão passar por esse processo na entidade para poder atuar nos demais esportes.

Trabalhar em parceria com as entidades esportivas é um compromisso do governo federal. Para ministro do Esporte substituto e secretário nacional da ABCD, Marco Aurelio Klein, o encontro desta quinta simboliza o esforço da pasta em dialogar constantemente com as entidades esportivas.

“Este encontro acontece no contexto das comemorações dos 100 dias que faltam para receber os Jogos Olímpicos. O Brasil adotou uma política de Estado de combate à dopagem. A aproximação e união de um acordo entre a ABCD e a CBF para luta contra dopagem é uma contribuição para o esporte limpo no futebol”, disse Klein.

Na abertura do encontro, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, ressaltou que a dopagem é, necessariamente, uma questão de ética. “Queremos garantir o jogo limpo no esporte. Queremos a vitória a partir da competência técnica e tática dos jogadores e não, no outro elemento que distorce o resultado. Gostaríamos que ninguém fizesse o doping. Mas o sistema de acompanhamento, supervisão, controle e qualificação técnica nos garante o resultado final mais ético”, completou.

A história da luta contra o doping no país começou por iniciativa da CBF, quando o Brasil recebeu a Copa América de 1989. Klein recordou-se do fato ao destacar o papel da entidade na contribuição do jogo limpo no país. “De certa maneira fechamos um ciclo que começou aqui na CBF. Hoje, ao completar o processo de acordo entre a ABCD e a confederação, vamos avançar ainda mais no controle de dopagem no Brasil”, afirmou.

Breno Barros, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte

Políticas de Esporte e Lazer ganham força com instalação do Conselho Nacional Indigenista

Foto: Ivo Lima/ MEFoto: Ivo Lima/ ME

Uma demanda histórica foi atendida pelo Governo Federal nesta quarta-feira (27.04) com a instalação do Conselho Nacional de Políticas Indigenistas (CNPI), em cerimônia realizada no Ministério da Justiça. O órgão colegiado irá elaborar, acompanhar e implementar políticas públicas para os povos indígenas, em diversas áreas, como o esporte. Na ocasião, também tomaram posse os conselheiros indígenas, indigenistas e governamentais do CNPI.

Sônia Guajajara discursa durante evento. (Foto: Ivo Lima/ ME)Sônia Guajajara discursa durante evento. (Foto: Ivo Lima/ ME)A representante indígena, Sônia Guajajara, destacou a luta dos povos originários brasileiros para que fosse formado o Conselho e agradeceu ao Governo Federal por cumprir a promessa de formalizar o órgão. “Estamos firmando um pacto democrático e que fortalece a nossa luta. O movimento indígena foi persistente e insistente durante nove anos na Comissão Nacional, sempre acreditando que o Conselho sairia. Gostaria de agradecer ao Governo Federal pelo cumprimento da palavra. Sabemos o que enfrentamos para chegar até aqui”, disse.

Os representantes foram escolhidos em seus territórios, sendo 11 da região Amazônica, nove do Nordeste/ Leste, cinco do Sul/ Sudeste e três do Centro Oeste. Além deles, são 15 membros do Governo Federal e dois de entidades indigenistas. Para o presidente da Funai, João Pedro da Costa, o Conselho será importante na defesa dos direitos indígenas.

“Este ato histórico do Estado e dos povos indígenas marca um momento de alegria. Todos os conselheiros passaram por representativas assembleias em seus povos e trazem consigo a agenda deles. Desde 2006, a Comissão Nacional vem fazendo a política indigenista e construiu a 1ª Conferência, que terminou em dezembro do ano passado, com a presença da presidenta Dilma e com o compromisso de instalar o Conselho. Em um contexto de força anti-indígena, nos fortalecemos nesta data”, afirmou Costa, que citou a PEC 215, que tramita na Câmara dos Deputados e prevê a retirada da exclusividade do Poder Executivo na demarcação de terras, como um exemplo de ataque aos direitos indígenas.

O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, também ressaltou a importância do Conselho para a formulação de políticas de Estado. “Este é um momento histórico, em que o Governo Federal paga um pouco da sua dívida histórica com os povos indígenas. A arquitetura institucional do CNPI é absolutamente necessária para que o discurso das políticas indigenistas no Governo Federal venha encontrar um lugar de concentração, a partir do qual são irradiadas suas iniciativas para as diversas pastas”.

Além do ministro da Justiça, estiveram presentes o da Educação, Aloízio Mercadante, o da Cultura, Juca Ferreira, e o substituto do Esporte, Marco Aurélio Klein.

Foto: Ivo Lima/ MEFoto: Ivo Lima/ ME

Esporte e Lazer
O Ministério do Esporte terá como conselheiro titular José Ivan Mayer e como suplente Débora Carla Nascimento, que trabalham na Secretaria Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social (Snelis). O objetivo dos conselheiros é ouvir as propostas dos povos indígenas para desenvolver outras ações, além das que são realizadas atualmente pela pasta.

“A Coordenação de Esporte é uma estratégia do Governo Federal para levar o esporte e lazer aos indígenas. O trabalho no momento é o de promover eventos, via convênios, mas queremos mais do que promover eventos. Queremos políticas públicas de lazer indígena, que são direitos, queremos implementar programas para que todos os indígenas tenham acesso a eles. Hoje atendemos parcialmente dentro dos programas da Snelis, mas agora queremos ouvir  para atender as necessidades e não chegar com programas prontos”, explicou Nascimento.

Para o trabalho conjunto e interlocução com os povos indígenas, José Mayer quer desenvolver um cronograma de atividades, a partir de uma Câmara Temática de Esporte e Lazer Indígena no CNPI. Ele ainda revelou que está prevista a realização da Primeira Copa Brasil Indígena de Futebol Feminino. “Durante o 1º Fórum, que contou com a presença da Michael Jackson (coordenadora de futebol feminino do Ministério do Esporte) foi feita a proposta do torneio. Com a aprovação do Profut, queremos, ao abrigo desta lei, fortalecer o futebol feminino e a iniciação esportiva”, afirmou.

De acordo com o conselheiro, o campeonato terá três fases, sendo a primeira com início neste ano, nas aldeias. A segunda fase seria nos territórios, no início de 2017. A fase final em abril do próximo ano reuniria 16 equipes em Brasília.

Outra ação seria uma olimpíada de redação, em língua indígena, sobre as modalidades tradicionais destes povos. “O objetivo é que eles descrevam seus jogos tradicionais em língua própria e em português. As 100 melhores propostas vão ser reunidas e faremos um livro para guiar a educação física na educação escolar indígena”.

Programas desenvolvidos pela Snelis, como o Segundo Tempo, o Vida Saudável, o Esporte e Lazer da Cidade possuem vertentes com dimensão voltada para atender aos povos indígenas. Para Jorge Pankará, no entanto, o CNPI será importante para orientar as atividades na área. “As ações do Ministério são importantes para os povos indígenas. Como o Ministério já trabalha com políticas indígenas, não poderia ficar de fora. O esporte lutou para que o setor fosse debatido no Conselho”, afirmou o indígena.

A primeira reunião do CNPI acontece nos dias 28 e 29 de abril no Salão Negro do Ministério da Justiça. A pauta de discussão inclui a elaboração e aprovação do regimento interno, a composição das câmaras temáticas, o cronograma de 2016, a apresentação dos resultados da 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista e a apresentação de um plano de trabalho para o biênio 2016-2018.

Gabriel Fialho

Ascom - Ministério do Esporte

Em cerimônia no estádio Panatenaico, tocha olímpica é entregue ao Brasil

A histórica chama olímpica já está sob a "responsabilidade" do povo brasileiro. Depois de ser acesa em Olímpia, no último 21 de abril, e percorrer 27 cidades da Grécia – em um revezamento que rodou mais de 2.200 quilômetros por todos os cantos do país europeu –, a tocha foi entregue oficialmente nesta quarta-feira (27.04) pelo presidente do Comitê Olímpico Helênico, o grego Spyros Capralos, ao presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

A 100 dias dos Jogos Rio 2016, que terão a Cerimônia de Abertura em 5 de agosto, as arquibancadas do lendário estádio Panatenaico, sede dos primeiros Jogos da era moderna, em 1896, estavam tomadas pelas cores verde, amarela, azul e branca. A sintonia e a harmonia entre gregos e brasileiros, que a todo momento soltavam gritos de "Brasil, Brasil!", resumiam o espírito de união e paz entre os povos.

Agora, o destino da tocha é Genebra, na Suíça, para uma cerimônia na Organização das Nações Unidas (ONU), no sábado (29.04). Um dia depois, ela é levada ao Museu Olímpico, em Lausanne, onde fica a sede do Comitê Olímpico Internacional (COI).

O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, estava presente e representou a presidenta Dilma Rousseff durante a cerimônia. "Foi emocionante, tocante. Recebemos agora o fogo olímpico. Vamos para Genebra (Suíça), na ONU, já a caminho do Brasil", disse o ministro.

Cerimônia de entrega da tocha olímpica ao Brasil, no estádio Panatenaico, em Atenas, na Grécia. (Foto: Roberto Castro/ME)Cerimônia de entrega da tocha olímpica ao Brasil, no estádio Panatenaico, em Atenas, na Grécia. (Foto: Roberto Castro/ME)

Leyser destacou ainda o significado do espírito olímpico e a importância da chama para o mundo. "A mensagem é de união dos povos, dos valores do esporte. São mensagens que há séculos os gregos criaram e que, desde os Jogos Olímpicos modernos, a chama representa", disse.

Para Carlos Arthur Nuzman, é hora de o mundo voltar suas atenções para o Rio de Janeiro. "Agora a chama está com o Brasil e é nosso trabalho continuar a organização dos Jogos. Aqui foi uma cerimônia emocionante e que simboliza a história dos 120 anos dos Jogos Olímpicos modernos", reforçou o presidente do Comitê Organizador Rio 2016.

Última atleta a participar do revezamento da tocha olímpica na Grécia e responsável por acender a pira no centro do estádio Panatenaico, a remadora Katerina Nikolaidou destacou a importância desse momento para o povo grego e garantiu que o Brasil está preparado para fazer uma festa incrível em agosto. "Nem acreditei quando disseram que eu iria acender a pira. Fiz isso por mim, pela minha família e pelos meus irmãos gregos. Tenho certeza de que a festa no Brasil vai ser tão bonita quanto foi aqui", disse Katerina.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Cerimônia
O evento começou com uma apresentação do Concerto Nacional de Ópera da Grécia e da banda filarmônica de Atenas. Depois disso, seguindo a tradição, as bandeiras do Brasil e da Grécia entraram na pista do estádio Panatenaico às 18h (12h no Brasil). Um coro de crianças cantou os hinos nacionais dos dois países.

Na sequência, a alta sacerdotisa, interpretada novamente pela atriz grega Katerina Lehou – a mesma que acendeu a tocha em Olímpia –, entrou na arena acompanhada de outras 29 sacerdotisas, carregando a tocha. Elas dançaram ao som da marchinha "Cidade Maravilhosa" e arrancaram aplausos do público.

A pira então foi acesa pela campeã mundial de remo, a grega Katerina Nikolaidou. Depois dos discursos de Nuzman e Capralos, a alta sacerdotisa acendeu a tocha novamente na pira olímpica e passou para as mãos do presidente do comitê grego. Capralos, então, entregou oficialmente a chama, em uma lamparina, para o brasileiro.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Brasileiros marcam presença
A organizadora de eventos Regiane Kalogerakis mora há 13 anos na Grécia e foi voluntária nos Jogos de Atenas, em 2004. Para ela, acompanhar a passagem da chama olímpica para o Brasil é uma experiência marcante. "É um momento glorioso para nosso país, principalmente para nós que somos representantes do Brasil aqui na Grécia. É uma felicidade grande saber que nosso país está recebendo as Olimpíadas", disse. Para ela, os Jogos Rio 2016 mostrarão as belezas do Brasil e dos brasileiros para o mundo. "Eu estava ali perto dos gregos e eles comentavam da alegria dos brasileiros. Eles estão muito felizes sabendo que o fogo olímpico está sendo passado para o Brasil", contou.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Outra brasileira que esteve no estádio Panatenaico foi a estilista Érica Quaresma Vlahos. Carregando as cores do Brasil nas roupas, ela descreveu um pouco da emoção que sentia. "Ver o fogo ser aceso aqui e estar indo para o Brasil... São dois países que moram no meu coração", vibrou. Érica fez questão de levar o filho, Filipous, 8, para presenciar o momento especial para ela. "É uma emoção estar aqui participando desse evento que liga Grécia ao Brasil. Quero mostrar para meu filho para que ele veja e sinta tudo isso".

Já o filho, que nasceu no Brasil mas já encontra leve dificuldade de falar o português, estava curtindo cada momento no templo sagrado das Olimpíadas. Sobre o Brasil, cuja bandeira classificou como a mais bonita de todas, respondeu rapidamente do que tem saudades. "Meu avô, minha avó e toda a família que está lá".

Carlos Eduardo Cândido e Rafael Brais, de Atenas (Grécia)

Ascom - Ministério do Esporte

Ao redor do mundo, 13 cidades se vestem de verde e amarelo em homenagem aos Jogos

Os Jogos Olímpicos do Brasil estão chegando e, a 100 dias para a cerimônia de abertura no Maracanã, 13 cidades ao redor do mundo acionaram a contagem regressiva. Como homenagem ao evento, ficarão iluminados, na noite desta quarta-feira (27.04), monumentos e edifícios icônicos em Atenas, Atlanta, Budapeste, Buenos Aires, Cidade do México, Doha, Joanesburgo, Londres, Roma, Seul, Tóquio, Brasília e Rio de Janeiro.
 
Palácio Dora Pamphilj, em Roma - Itália. (Foto: MRE)Palácio Dora Pamphilj, em Roma - Itália. (Foto: MRE)
 
A ação é uma iniciativa do Ministério das Relações Exteriores e sua rede de postos, com apoio da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, do Ministério do Esporte, da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Embratur.
 
Palco da primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, Atenas (Grécia) terá o Estádio Panatenaico nas cores verde e amarelo nesta noite, quando a tocha olímpica será entregue oficialmente ao governo brasileiro. O local volta a ficar iluminado na véspera da abertura dos Jogos, em agosto.
 
Torre Aspire, em Doha, Catar (acima à esq.); Torre Memorial do Parque Olímpico Komazawa, em Tóquio, Japão (acima à dir.); Edifício Sede do Governo de Tóquio, Japão (abaixo à esq.) Ponte das Correntes, em Budapeste, na Hungria (abaixo à dir.). (Fotos: Getty Images e  MRE)Torre Aspire, em Doha, Catar (acima à esq.); Torre Memorial do Parque Olímpico Komazawa, em Tóquio, Japão (acima à dir.); Edifício Sede do Governo de Tóquio, Japão (abaixo à esq.) Ponte das Correntes, em Budapeste, na Hungria (abaixo à dir.). (Fotos: Getty Images e MRE)
 
Em Atlanta (Estados Unidos), a Prefeitura (City Hall) ficará iluminada. Já em Budapeste (Hungria), o símbolo escolhido foi a Ponte das Correntes. Buenos Aires (Argentina), por sua vez, terá as cores especiais em três locais: Monumento aos Espanhóis, Planetário (ambos em Palermo) e Pirâmide de Maio. Na Cidade do México (México), o Estádio Olímpico Universitário, sede de disputas das Olimpíadas de 1968, ficará nas cores do Brasil.
 
A Torre Aspire, em Doha (Catar), a Ponte Nelson Mandela, em Joanesburgo (África do Sul), e a Torre Seul N, em Seul (Coreia do Sul) também foram escolhidas para receberem a iluminação especial. A homenagem olímpica ainda será vista na London Eye e na Embaixada do Brasil (na Trafalgar Square), em Londres (Grã-Bretanha), no Edifício Sede do Governo de Tóquio e no Parque Olímpico de Komazawa, em Tóquio (Japão), e na Embaixada do Brasil no Palácio Dora Pamphilj, em Roma (Itália).
 
Já no Brasil, a capital federal receberá a iluminação no Palácio do Planalto e no Palácio Itamaraty. O Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, é a cidade que terá mais pontos em verde e amarelo: Cristo Redentor, Maracanã, Arcos da Lapa, Arenas Cariocas no Parque Olímpico da Barra e Ponte Dom Eugênio Salles.
 
Torre Aspire em Doha, no Qatar (à esq.); Planetário, em Buenos Aires (acima); Estádio Panatenaiko, em Atenas, na Grécia (abaixo). Fotos: MRETorre Aspire em Doha, no Qatar (à esq.); Planetário, em Buenos Aires (acima); Estádio Panatenaiko, em Atenas, na Grécia (abaixo). Fotos: MRE
 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Ibrahim: da mutilação na guerra da Síria ao sonho olímpico realizado com a tocha

O refugiado Sírio Ibrahim Al Russen Carrega a tocha olímpica no Campo de refugiados de Eleonas .Foto: Roberto Castro/ME/Brasil2016O refugiado Sírio Ibrahim Al Russen Carrega a tocha olímpica no Campo de refugiados de Eleonas .Foto: Roberto Castro/ME/Brasil2016
 
Quando foi gravemente ferido por uma bomba em sua cidade-natal Deir Ezzor, na Síria, em 2012, Ibrahim Al-Hussein, 27 anos, jamais poderia supor que anos depois participaria do revezamento da tocha olímpica dos Jogos Rio 2016. A explosão decepou a parte inferior de sua perna direita e acabou com seu sonho de ser um atleta olímpico, que ele cultivava em modalidades como natação, judô e basquete. A realização, porém, veio de outra forma. "Após 22 anos como atleta, finalmente alcancei as Olimpíadas", celebrou, portando a tocha em frente ao campo de refugiados de Eleonas.
 
Na Grécia desde 2014, onde chegou em um barco pela Ilha Samos, o sírio deu início à volta por cima em sua vida, arrumou emprego e passou a se dedicar ao esporte, prática que tinha abandonado desde o acidente. Apesar de também jogar basquete em cadeira de rodas, é na natação que o sírio se destaca. Ele treina em uma Ong para atletas com deficiência em Atenas. E espera competir nas Paralimpíadas do Rio. "Eu realmente espero estar nos Jogos do Brasil. E quero ir pela Grécia. Amo a Grécia", disse.
 
A cidade de Ibrahim, Deir Ezzor, no leste da Síria, ainda hoje convive com conflitos entre milícias sírias e integrantes do Estado Islâmico. A situação é tão grave que no início deste mês a ONU teve de lançar comida para a população do local, sitiado, por meio de aviões. "Eu carreguei a tocha não apenas por mim ou pelos sírios, mas por todo os que passam dificuldades. É uma honra portar a tocha que vai para os Jogos Olímpicos", disse.
 
A busca por dias melhores, e principalmente por escapar de regiões em guerra, levou um milhão de refugiados para a Europa em 2015, vindos da África, Ásia e Oriente Médio. O campo de refugiados de Eleonas, a poucos minutos de centro de Atenas, abriga 1.600 pessoas vindas de Síria, Afeganistão, Mali e outros países. "É muito bonito ver a tocha passando pelo acampamento. Agradeço à Grécia por tudo o que tem sido feito pelos refugiados", afirmou o atleta, que não mora mais no local.
 
Para Ibrahim, é preciso que os refugiados continuem acreditando em um futuro feliz. "Não fiquem nos acampamentos fazendo nada. Saiam e façam seus sonhos acontecerem."
 

 
O carregador que passou a chama para Ibrahim foi o presidente do Comitê Olímpico Helênico, Spyros Capralos. Em suas palavras, um dos maiores momentos de sua vida no esporte. "Estamos empolgados com o grande símbolo dos Jogos vir aqui para o campo de refugiados de Eleonas", disse. Capralos também elogiou o atleta sírio e a importância do esporte para o mundo. "A tocha nas mãos do Ibrahim nos mostra que o esporte pode fazer um mundo melhor para todos", disse.
 

Em busca do futuro
Esbanjando um inglês perfeito, raridade por ali, o profissional de marketing Sayed Akbar Hashimi, 29, estava empolgado por receber a tocha olímpica no campo. "É um momento único. Nunca vi a tocha e estou feliz por toda essa multidão reunida aqui. Nos traz sentimentos, inspirações".
 
A história de Sayed, há três meses morando no campo, representa um pouco da maioria dos refugiados que ali estão. Fogem da guerra, deixam tudo para trás e enfrentam dificuldades em outras terras, como falta de emprego, idioma diferente, estrutura precária e preconceito. "Não posso falar que isso aqui é vida. Não é. Nós apenas sobrevivemos, tentamos nos manter vivos. Aqui moram milhares de refugiados que estão longe de casa", comentou. Morador de Cabul, o refugiado não esconde, porém, o alívio de morar em um lugar seguro.
 
Em sua cidade-natal, escapou de dois atentados à bomba e resolveu ir embora para a Europa. "A primeira vez foi em uma escola construída pelos franceses. Eu estava dentro do teatro e a bomba explodiu", lembrou. Poucos dias depois, aconteceu de novo. "É assim todos os dias lá. Saímos para trabalhar e não sabemos se vamos voltar vivos. Não há futuro para nós e para nossas crianças", afirmou.
 
 
Chelsea não!
A presença da tocha olímpica mudou a rotina do campo de refugiados de Eleonas. Mesmo assim, ainda teve gente que nem sequer ligou para a "visita ilustre". Sete refugiados de Mali e da República Democrática do Congo fundaram o SOS Childrens Village - time de futebol do local - e, durante a passagem do revezamento, seguiram rigorosamente a rotina de "treinos" no campinho improvisado de terra batida.
 
Inspirados pelo exigente treinador Eboe Ebifae, que gritava o tempo com seus comandados, eles nem deram bola para Ibrahim Al-Hussein. Os "atletas" corriam, trocavam passes e davam chutes à gol. Único que fala inglês no time, Ebifae explicou que usa o esporte dentro do campo de refugiados como uma tentativa de trazer alegria àquele povo. "Sofremos muito para estar aqui e buscamos um pouco de dignidade. O futebol é a alegria deles. Assim, mesmo sem disputar campeonato algum, treinamos três vezes por semana", destacou o técnico.
 
Perguntado se as cores do time lembravam o inglês e multicampeão Chelsea, foi enfático. "Esse uniforme não é do Chelsea. É do SOS Childrens Village", disse, orgulhoso.
 
Carlos Eduardo Cândido e Rafael Brais, de Atenas (Grécia)
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Bastidores da preparação de um Brasil campeão são destaques de Websérie do Ministério do Esporte

A partir desta quarta-feira (27), a exatos 100 dias para a abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o brasil2016.gov.br passa a exibir uma série de pequenos filmes que retratam em vários aspectos a paixão do brasileiro pelas mais variadas modalidades esportivas. A websérie envolve atletas amadores e de alto rendimento, olímpicos e paralímpicos, e pessoas que estão inseridas de diversas maneiras nos bastidores do desenvolvimento esportivo.
 
 
O objetivo é ressaltar a importância que o esporte tem na vida desses campeões da vida, seja no aspecto de evolução profissional, social ou simplesmente pelo bem estar que a atividade física propicia. Entre uma história e outra é possível identificar como algumas dessas histórias ganharam um potencial adicional de se consolidar a partir da profissionalização das estruturas físicas, profissionais e de equipamento em várias regiões, muitas com investimentos do Governo Federal, em especial do Ministério do Esporte por meio de convênios e programas de incentivo, dentro do projeto da Rede Nacional de Treinamento.
 
No primeiro filme da série as personagens são Larissa e Talita, a forte dupla do vôlei de praia nacional. Em meio à preparação diária em busca do ouro olímpico, as jogadoras falaram sobre a expectativa de jogar em casa. "Defender o Brasil é sempre motivo de orgulho e atuar em casa é um prazer a mais para qualquer atleta. A motivação é grande. Estamos muito, muito contentes", diz Larissa França.
 
O Centro de Treinamento da dupla fica em Fortaleza e conta com equipe multidisciplinar (assistente técnico, auxiliar, fisioterapeuta, massagista, preparador físico, psicólogo e estatístico). Tudo para que o trabalho seja feito da melhor maneira possível.
 
Parte dessa estrutura teve o apoio do Bolsa Pódio, programa de incentivo financeiro do Ministério do Esporte. "Hoje em dia o vôlei de praia está muito mais profissional, por isso o investimento é tão importante, para que tenhamos condições de brigar por pódio", ressalta o técnico Reis Castro.
 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Atletas olímpicos vivem a expectativa pelo início das disputas no Rio 2016

Em apenas 100 dias, cerca de 10.500 atletas, de 206 países, desfilarão na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A lista dos eventos-teste está chegando ao fim e as obras nas instalações estão praticamente finalizadas. Nesse clima de contagem regressiva, grandes nomes do esporte comentam a expectativa e a reta final de preparação para o evento, que chega pela primeira vez à América do Sul.
 
Gideoni Monteiro, por exemplo, que garantiu o Brasil nos Jogos Olímpicos após 24 anos de ausência no ciclismo de pista, atualmente está treinando no Centro Mundial de Ciclismo, na Suíça. O fato de estar fora do Brasil até alivia a ansiedade, mas, ainda assim, a contagem regressiva mexe com o atleta.
 
Brasileiro Gideoni Monteiro (Foto: Divulgação)Brasileiro Gideoni Monteiro (Foto: Divulgação)
 
"Com certeza vai passar muito rápido. Dá um frio na barriga, mas continuo trabalhando igual, intensificando a preparação. Procuro fazer bem feita cada atividade para, quando chegar o dia e eu olhar para trás, ter a consciência de que fiz tudo o que poderia ter feito", planeja.
 
Pensando no público brasileiro que prestigiará as competições, no Rio de Janeiro ou acompanhando pela televisão, a campeã olímpica Sarah Menezes convoca o apoio do país. "Enquanto os dias para a chegada dos Jogos Olímpicos diminuem, a expectativa só aumenta. Conto com a torcida de todos os brasileiros!", convida a judoca, ouro em Londres-2012.
 
Já o bicampeão mundial de solo na ginástica, Diego Hypolito, explica que os próximos meses serão de ainda mais treinos. "Faltam 100 dias de dedicação! Ofereço meu esforço diário a todo o nosso povo!", afirma o atleta, que na última semana acompanhou, das arquibancadas, as provas do evento-teste de ginástica artística, quando a seleção feminina carimbou a vaga olímpica e Arthur Zanetti voltou ao topo do pódio nas argolas.
 
Foi também na Arena Olímpica do Rio que a ginasta Natália Gaudio testou seu lado emocional para a estreia nos Jogos. Responsável por representar o Brasil na ginástica rítmica individual, a atleta não escondeu a surpresa com o tamanho das instalações do Parque Olímpico da Barra. "Confesso que me impressionei com a estrutura. Não imaginei que fosse tão grande. A gente já participou de pan-americanos, da Universíade, mas aqui é tudo muito maior. Acho que o Brasil vai impressionar", acredita.
 
O clima de expectativa não é só entre os atletas brasileiros. Campeã do evento-teste de ginástica rítmica e atualmente a terceira melhor do mundo no individual geral, a bielorrussa Melitina Staniouta conta que se esforça para não ficar nervosa ao pensar no marco de 100 dias para os Jogos Olímpicos do Rio, que serão sua segunda edição da carreira. "Eu tento não pensar nisso como algo estressante. Tenho sorte de estar aqui, de sentir tudo da arena. Claro que estarei nervosa para as Olimpíadas, mas tento ficar o mais calma que eu posso", comenta.
 
Melitina Staniouta. Foto: Getty ImagesMelitina Staniouta. Foto: Getty Images
 
Tempo voa
Acostumado a lutar contra centésimos de segundo a cada braçada nas piscinas, Thiago Pereira comenta que os últimos quatro anos, dos Jogos de Londres para cá, "voaram". "Ainda tem muita dor de treino para sentir até chegar lá, mas, ao mesmo tempo, se a gente voltar em 2009, quando a gente ganhou a votação (a candidatura para país-sede), a gente pensava: ainda em 2016. Parece que Londres 2012 foi ontem, os últimos quatro anos voaram", opina.
 
"Na verdade não só esse quatro anos. Parece que Atenas, em 2004, foi ontem. Estou indo para a minha quarta Olimpíada. Entro agora nesta seleção como um dos mais experientes, e tenho certeza de que serão grandes Jogos Olímpicos", aposta o nadador que faturou a prata olímpica nos 400m medley na Grã-Bretanha, além de ser o maior medalhista pan-americano de todos os tempos, com 23 pódios.
 
Thiago Pereira. Foto: Getty ImagesThiago Pereira. Foto: Getty Images
 
Na última semana, Thiago disputou o Troféu Maria Lenk, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. Mesmo já tendo garantido o índice nos 200m medley (2min00s28) em dezembro do ano passado, durante o Brasileiro de Palhoça (SC), quando nadou em 1min58s32, o atleta melhorou a marca no evento-teste para os Jogos do Rio. Em 1min57s91, Thiago e Henrique Rodrigues empataram na prova e estão garantidos nas Olimpíadas.
 
Apenas um dia depois, a nova instalação do Rio de Janeiro foi palco da prova dos 50m livre, quando o campeão olímpico Cesar Cielo deixou escapar a vaga para as Olimpíadas de 2016. Ainda assim, a natação brasileira terá em agosto uma delegação recorde. Até o momento, 29 atletas já estão garantidos.
 

Festa em casa
Outra atleta que já está acostumada a disputar os Jogos Olímpicos é Larissa França, do vôlei de praia: a jogadora disputará sua terceira edição. Desta vez, contudo, a competição será ainda mais especial. "Os Jogos Olímpicos estão chegando e tenho certeza de que será inesquecível. Viver o universo olímpico é um sonho. Todo atleta deseja participar de uma Olimpíada e a nossa geração tem esse privilégio de disputá-la em casa. As expectativas são as melhores possíveis. A motivação é muito grande!", diz, animada, tendo como bagagem o bronze de Londres-2012.
 
"Vai ser uma linda festa na nossa casa, onde teremos a chance de contar com o apoio dos nossos familiares, amigos e toda torcida brasileira. Esperamos que todos possam sentir e entrar no clima olímpico conosco. Estamos nos preparando para estar nas melhores condições a fim de conquistar o melhor resultado possível e proporcionar uma enorme alegria ao povo brasileiro e a toda nossa equipe", conta Larissa, que disputará nas areias da Praia de Copacabana ao lado da parceira Talita Antunes.
 
Jogar em casa também é uma motivação a mais para Bárbara Micheline, atleta do futebol feminino. "Que o revezamento da tocha olímpica pelo Brasil invada de alegria o coração de cada um dos brasileiros! A seleção feminina de futebol está se preparando de corpo e alma para conquistar o resultado sonhado por todas as atletas e também pelos nossos torcedores", adianta. "Contamos com o apoio de vocês! Os Jogos do Rio 2016 estão chegando. Vamos juntos em busca do ouro!", convoca a jogadora.
 
Ascom - Ministério do Esporte

Chama Olímpica é acesa na Acrópole e segue amanhã para o estádio Panatenaiko

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Um dos momentos mais esperados do revezamento da tocha na Grécia – iniciado em Olímpia, no último dia 21 de abril – era o acendimento da pira olímpica na Acrópole, principal ícone da cidade de Atenas. Erguido por volta de 450 a.C., o monumento fica em uma colina rochosa de aproximadamente 150 metros acima do nível do mar. O evento emocionou a muitos dos os presentes no local nesta terça-feira (26.04).

Coube ao tricampeão olímpico Pyrros Dimas, medalhista de ouro no halterolifismo em Barcelona (1992), Atlanta (1996) e Sydney (2000), a honra de acender a chama em uma cerimônia em frente ao Parthenon, principal construção da Acrópole. "Primeiramente, eu me sinto honrado porque esse momento representa como o mundo moderno vê a cultura de nossos antepassados. O passado se transforma em presente em um lugar muito bonito", disse o ex-atleta, que não segurou as lágrimas durante a cerimônia.

Pyrros esteve mês passado no Brasil e elogiou o andamento dos preparativos para os Jogos Olímpicos. "Estou certo de que o Brasil estará pronto e que o povo brasileiro vai contribuir para esse grande momento, que é muito importante para todos nós".

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

Quem também carregou a tocha dentro da ruínas, eleita em 2007 uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo, foi a medalhista de bronze na vela, em 2008 (Pequim), Virgínia Kravarioti. "É muito importante para mim carregar a tocha aqui na Acrópole. É uma honra para o povo grego esse momento tão especial. Desejo boa sorte ao Brasil, aos atletas gregos e às outras nações".

A tocha encerra amanhã sua passagem pela Grécia. Ela sai do Museu da Acrópole e vai para o estádio Panatenaiko, onde será entregue oficialmente ao governo brasileiro. O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, e o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, participarão do evento.

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

De lá, a tocha segue para Genebra, na Suíça. A Organização das Nações Unidas (ONU) prepara uma homenagem para um dos maiores símbolos olímpicos. Ainda no país europeu, ela será levada ao Museu Olímpico, em 30 de abril, em Lausanne, sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). De lá, vai para o Brasil, em 3 de maio. Em Brasília, terá início o revezamento por 334 cidades até chegar ao Rio de Janeiro, em 5 de agosto, para o início dos Jogos.

Carlos Eduardo Cândido e Rafael Brais, de Atenas (Grécia)
Ascom - Ministério do Esporte

Projeto Lotação Esgotada promove clínicas de judô para cerca 2500 estudantes de Recife

Estudantes da rede pública de Recife tiveram contato com o judô, modalidade que mais conquistou medalhas olímpicas para o Brasil: são 19, sendo três de ouro, três de prata e 13 de bronze. Cerca de 2.500 alunos participaram na última semana das clínicas do projeto de fomento ao judô escolar realizado pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) na capital do estado.  
 
A ação, que encerrou nesta segunda-feira (25.04), fez parte da estratégia de engajamento do público pernambucano ao Superdesafio BRA – evento internacional que coloca frente a frente às equipes do Brasil e do Canadá nesta terça-feira (26).
 
Foto: Divulgação/CBJFoto: Divulgação/CBJ
 
Os professores Edson Gondim, Alexandre Alves e Rafael Bispo fizeram um tour por 20 escolas da rede pública, transmitindo para as crianças técnicas básicas do judô.  Chamado de “Lotação Esgotada”, o projeto contou com o apoio da Federação Pernambucana de Judô (FPEJU), da Secretaria Municipal de Esportes de Recife. 
 
O secretário municipal de Esportes de Recife, Luis Henrique Lira, considera que o evento internacional é importante para manter a cidade na rota esportiva. “Nos últimos anos recebemos outros eventos internacionais, como o Pan-americano de Luta Olímpica, na categoria Cadete, e o Campeonato Mundial de Handebol de Areia, além da própria Copa do Mundo e do jogo Brasil x Uruguai pelas eliminatórias. Isso mostra que o Recife está inserido na rota das grandes competições”, disse.
 
Fonte: CBJ
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 
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