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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Beneficiados pelo Bolsa Atleta já faturaram 93,3% das medalhas do Brasil no Parapan

Ao fim das competições desta quarta-feira (28.08), o Brasil já havia faturado incríveis 195 medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, consolidando-se na primeira colocação do quadro geral. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com 137 pódios, e o México vem na sequência, com 109. A supremacia nacional, registrada nas três últimas edições do maior evento paralímpico das Américas, é impulsionada pelo maior programa de apoio direto ao atleta do mundo. Das 195 medalhas brasileiras, 182 (93,33%) contaram com a participação de contemplados pelo Bolsa Atleta.

As 11 medalhas do Brasil no judô foram conquistadas por apoiados pelo Bolsa Atleta. Foto: Francisco Medeiros/Ministério do CidadaniaAs 11 medalhas do Brasil no judô foram conquistadas por apoiados pelo Bolsa Atleta. Foto: Francisco Medeiros/Ministério do Cidadania

Os bolsistas brasileiros subiram ao pódio em sete modalidades diferentes. No atletismo, foram 82 medalhas, sendo 77 (93,9%) com a marca do programa federal. Já no judô, disputado por atletas com deficiência visual, todas as 11 medalhas alcançadas pelo Brasil levam a assinatura de bolsistas. 
 
No tênis de mesa, por sua vez, modalidade que rendeu cinco vagas para o país nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, foram 24 medalhas nacionais: 22 (95,83%) de bolsistas e uma com participação de bolsistas, na prova por equipe.
 
Outra modalidade responsável por render pódios consecutivos ao longo do Parapan é a natação. Na piscina da Villa Desportiva Nacional (Videna), os brasileiros já chegaram a 63 medalhas, sendo 60 (95,24%) de apoiados pelo Bolsa Atleta. No tiro esportivo, os beneficiados pelo programa faturaram oito das 10 medalhas do Brasil (80%), enquanto no ciclismo Lauro Chaman conquistou um dos três pódios (33,33%) do país da modalidade.
 
O Brasil levou a Lima a maior delegação da história. São 315 atletas (além de guias, pilotos, goleiros e calheiros, que não têm deficiência física), sendo que 261 (82,8%) são contemplados com a Bolsa Atleta. Desse número, 101 recebem a Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa. Ao todo, o investimento federal no grupo que está no Peru é de R$ 18,1 milhões por ano.
 
Do total de medalhas registrado até o momento, 179 foram conquistadas diretamente por bolsistas, uma em prova coletiva com presença de atleta apoiado (tênis de mesa) e duas no vôlei sentado, outra modalidade coletiva que conta com atletas bolsistas. Os resultados são motivo de comemoração para o governo federal. 
 
“Estamos muito contentes com o desempenho no Parapan. O Brasil está cumprindo um papel muito importante. Queremos que o Brasil seja feito de atletas de todas as raças, de todos os lugares do país e de todas as classes sociais. Que o Brasil brilhe com todo o seu povo, com cidadania plena”, afirma o ministro da Cidadania, Osmar Terra. “O Bolsa Atleta é um instrumento que nós temos para realizar essa cidadania plena. Nós recompusemos o Bolsa Atleta, dobramos o valor para atingir o maior número possível de talentos brasileiros na área esportiva”, relembra.
 
O basquete em cadeira de rodas foi a modalidade mais impactada pela recomposição de orçamento do Bolsa Atleta. Foto: Francisco Medeiros/Ministério da CidadaniaO basquete em cadeira de rodas foi a modalidade mais impactada pela recomposição de orçamento do Bolsa Atleta. Foto: Francisco Medeiros/Ministério da Cidadania
 
 
Ascom - Ministério da Cidadania
 

Há 10 anos, Projeto Meninos do Lago transforma a vida de crianças e jovens em Foz do Iguaçu

Foto: Taís Rocha/ Ministério da CidadaniaFoto: Taís Rocha/ Ministério da Cidadania

Em 2009, uma iniciativa chegou para mudar a vida de crianças e jovens pelo esporte. Realizado no Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, o Projeto Meninos do Lago já formou vários atletas, entre eles o medalhista pan-americano Felipe Borges. Hoje atende mais de 600 pessoas e comemora 10 anos de atividade. Para celebrar o aniversário, houve uma cerimônia, nesta quinta-feira (29.08), na Usina Hidrelétrica de Itaipu, que contou com a presença do secretário especial do Esporte, Décio Brasil, do prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, do diretor de coordenação da Itaipu Binacional, general Luiz Felipe Carbonel e do presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini.

Foto: Taís Rocha/ Ministério da CidadaniaFoto: Taís Rocha/ Ministério da Cidadania

“Por meio do esporte a gente se projeta na sociedade e garante um futuro. Vocês serão os canoístas do futuro que trarão alegria para o Brasil”, falou o secretário Décio Brasil às crianças e jovens presentes. Para ele, o Meninos do Lago foi o pioneiro em projetar a canoagem brasileira nacional e internacionalmente. Ele ainda citou o exemplo do Felipe Borges, que é o atual campeão pan-americano na categoria C1. “O Felipe não mudou só a vida dele, mas também a da sua família e da comunidade, que hoje se inspiram nele. Isso é cidadania”, afirmou.

Felipe Borges. Foto: Taís Rocha/ Ministério da CidadaniaFelipe Borges. Foto: Taís Rocha/ Ministério da Cidadania

Para Felipe, é uma honra poder servir de exemplo para tantas crianças e jovens. “Quando eu comecei, ainda não havia um ícone aqui, na canoagem. Poder ser essa pessoa para as crianças hoje é um orgulho muito grande”, disse. Dos seis atletas de canoagem slalom que representaram o Brasil nos Jogos Pan-Americanos, em Lima, cinco surgiram no projeto e todos trouxeram medalhas. Felipe ficou com a medalha de bronze na categoria C1 masculino.

A pequena Milena Sofia, de 11 anos, começou a participar do Meninos do Lago aos 7 anos, e hoje sonha em ser canoísta. “Meus três irmãos mais velhos já participavam do projeto, todo mundo lá em casa gosta. É bom porque a gente não fica em casa sem fazer nada. Quando eu crescer, quero ser canoísta e agrônoma.”

O presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini, está muito feliz com os resultados do projeto e quer expandir a metodologia aplicada. “Estamos em tratativas com o município de Lunahuaná, no Peru, e também com o Paraguai, para levar o projeto de canoagem. Eles querem a mesma metodologia utilizada aqui, isso prova o quão eficiente é este projeto”, ressaltou.

Mais de mil pessoas já passaram pelo projeto e em 2019 o Meninos do Lago trouxe uma novidade: 14 vagas foram abertas para a paracanoagem. Para o diretor da Itaipu Binacional, general Carbonel, essa é uma iniciativa inovadora. “Aqui transformamos vidas e por isso trabalhamos tanto na expansão desse projeto que promove um esporte tão interessante como a canoagem.”

No fim da cerimônia, crianças e jovens fizeram uma apresentação no Canal Itaipu, demonstrando um pouco como são as práticas de canoagem.

Galeria de fotos

10 anos do Instituto Meninos do Lago - Foz do Iguaçu10 anos do Instituto Meninos do Lago - Foz do Iguaçu

Jéssica Barz - Ministério da Cidadania  

Secretaria Especial do Esporte apresenta programas em Foz do Iguaçu

Para apresentar os projetos desenvolvidos pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, o secretário especial do Esporte, Décio Brasil, o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Washington Cerqueira e da secretária da Autoridade Brasileira do Controle de Dopagem, Luisa Parente, estiveram no 31° Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte e do XI Congresso Sul-Americano de medicina do Esporte, em Foz do Iguaçu (PR), nesta quarta-feira (28.08). Os três expuseram os principais eixos de trabalho da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Washington Cerqueira, Décio Brasil e Luisa Parente. Foto: Taís Rocha/ Ministério da CidadaniaWashington Cerqueira, Décio Brasil e Luisa Parente. Foto: Taís Rocha/ Ministério da Cidadania

Durante a sua apresentação, o Décio Brasil falou sobre um dos temas mais abordados no evento: o sedentarismo. E, mostrou as ações que são desenvolvidas para o combate a esse problema, que é considerado a doença do século. Dentre as iniciativas estão a abertura de Estações Cidadania, centros de treinamentos nos municípios, projetos em contraturno escolar e convênios com entidades esportivas. “Estamos estudando ainda uma parceria com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Medicina para instituir um Plano de Ação Global para a promoção da atividade física, que tem como meta reduzir o sedentarismo em 15% até 2030”, ressaltou. De acordo com o secretário, as políticas públicas para o esporte são uma prioridade do governo federal. 

Washington Cerqueira fez sua apresentação também tratando de sedentarismo. Segundo dados apresentados, 67 milhões de brasileiros são sedentários, o que representa 45,9% da população. De acordo com Cerqueira, o Plano Global apresentado pelo secretário Décio Brasil, tem como objetivo “criar sociedades, ambientes, pessoas e sistemas ativos”, falou. Além disso, também falou sobre os programas desenvolvidos pela SNELIS, que juntos somam 453 mil beneficiários e 2 milhões de atletas participantes. Ressaltou o Segundo Tempo, Esporte e Lazer da Cidade e Vida Saudável, programas que oportunizam a prática de atividades físicas desde crianças até idosos. 

A secretária nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Luisa Parente, apresentou o programa #JogoLimpo, desenvolvido para tratar de valores éticos e morais do esporte, a fim de consolidar a consciência antidopagem no país. A ação envolve tanto o atleta de alto rendimento, como também atletas de formação e entidades, realizando palestras e campanhas de conscientização sobre o doping. “Queremos consolidar esse programa dentro da política nacional antidopagem, porque desejamos atletas saudáveis, competindo em um jogo limpo”, afirmou a secretária. 

Após as palestras, foi realizada a solenidade de abertura do evento, que contou com a presença dos três secretários da Secretaria Especial do Esporte, de representantes da medicina esportiva brasileira e sul-americana, alunos e pesquisadores. Décio Brasil e Washington Cerqueira foram homenageados por congressistas, pelo trabalho desenvolvido à frente da SEE.

Galeria de fotos

31º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte - Foz do Iguaçu31º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte - Foz do Iguaçu

Jéssica Barz - Ministério da Cidadania

Lauro Chaman: “Eu vivo um sonho. A Bolsa Atleta mudou a minha vida”

Por muito tempo Lauro Chaman teve que dividir a rotina diária entre planilhas de Excel, em um escritório de contabilidade, e as sapatilhas e pedaladas durante os treinos de paraciclismo. O paulista de Araraquara conciliou a rotina dupla por anos, até realizar o sonho de viver exclusivamente do esporte. Nesta terça-feira (27.08), o brasileiro conquistou a medalha de ouro na prova de perseguição C4-5 contra o colombiano Diego Dueñas, durante os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru.

Lauro Chaman conquistou medalha de ouro na prova de perseguição. Foto: Saulo Cruz/EXEMPLUS/CPBLauro Chaman conquistou medalha de ouro na prova de perseguição. Foto: Saulo Cruz/EXEMPLUS/CPB

Lauro passou a viver do ciclismo em 2014, quando começou a receber o auxílio financeiro do programa Bolsa Pódio da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. De lá para cá, o atleta se firmou como uma das referências do paraciclismo do país. Em Lima, disputa o Parapan pela segunda vez e chegou ao terceiro ouro no megaevento.

"A gente tem um grande auxílio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Ministério da Cidadania. Falo que o Bolsa Atleta mudou a minha vida. Eu era um cara que pagava aluguel e que tinha que dividir os treinos com o trabalho. Hoje, graças a Deus, vivo de um sonho. Tenho uma estrutura para treinar com tranquilidade, além de garantir conforto para minha família", contou Lauro Chaman.

O ciclista conta com currículo extenso. Em 2018, conquistou o título mundial na prova de scratch no Velódromo do Rio de Janeiro. Nos Jogos de 2016, além da prata na prova de estrada, foi bronze no contrarrelógio da classe C5. O principal ano da sua carreira, no entanto, foi 2017. No Mundial de Pista de Los Angeles (EUA), subiu três vezes ao pódio: prata na perseguição individual e bronze no contrarrelógio de 1km e no scratch 15km. Meses mais tarde, foi campeão mundial de estrada e bronze no contrarrelógio em Pietermanitzburg, na África do Sul.

"Devo tudo isso ao Ministério da Cidadania, ao Bolsa Pódio, ao CPB e à Confederação Brasileira de Ciclismo. Desde quando comecei a fazer parte do programa, em 2014, eu estou até hoje. Isso mudou a minha vida e da minha família inteira", completou.

Nos Jogos Parapan de Lima, os ciclistas brasileiros correm contra os melhores atletas do mundo do ciclismo de pista. O Brasil encerrou a participação das provas do Velódromo de Videna com três medalhas. Além do pódio de Chaman, a ciclista Márcia Fanhani volta para casa com bronzes.

Mesmo conquistando ouro na prova de pista, o ciclista deixa claro que a sua especialidade é estrada. "O meu foco total mesmo é na prova de estrada e contrarrelógio. As duas provas são as que treino diariamente. Mas como a gente gosta de disputar diferentes provas, em todas que a gente entra nós brigamos por medalha para melhor representar o país. Aqui é importante para ganhar experiência e somar pontos internacionais", justificou.

Do paraciclismo para o ciclismo convencional

Aos 32 anos, Lauro Chaman experimentou neste ano representar pela primeira vez o Brasil em uma prova de ciclismo convencional. "Acabei disputando a Volta de San Juan, junto com os melhores ciclistas do mundo. Foi muito legal para mim. Venci quatro campeonatos brasileiros convencionais, três na pista, mas são provas de grupo, onde fui campeão mundial de paraciclismo. Entretanto, aqui nos Jogos Parapan-Americanos não tem a prova, que é a scratch, na classe 4-5", explicou.

Segundo Chaman, as provas convencionais ajudam na preparação para o paraciclismo. "Na categoria C5, todos os seus atletas competem pelos seus países na categoria convencional também. Tenho alguns adversários que correm até em equipes profissionais. É muito diferente quando a gente está correndo com as equipes profissionais", comentou.

Márcia Fanhani conquistou medalha de bronze no contrarrelógio. Fotos: Saulo Cruz/EXEMPLUS/CPBMárcia Fanhani conquistou medalha de bronze no contrarrelógio. Fotos: Saulo Cruz/EXEMPLUS/CPB

Bronze no feminino

O Brasil também conquistou uma medalha de bronze no feminino nesta terça-feira. Márcia Fanhani terminou em terceiro lugar na prova de contrarrelógio 1.000m, com o tempo de 1min16s8. Ouro e prata ficaram com as ciclistas canadenses Gagnon Bouchard, 1min15s31, e Lemiski Shibley, com 1min16s13, respectivamente.

Breno Barros, de Lima, Peru - Ascom - Ministério da Cidadania


 

Do interior do RN a Lima: aos 15 anos, Maria Clara é a atleta mais jovem do Brasil no Parapan

Maria Clara Augusto da Silva cresceu no pequeno município de Elói de Souza, no interior do Rio Grande do Norte. Com má-formação no braço esquerdo, a jovem descobriu o atletismo aos 11 anos de idade, em meio a crianças sem deficiência durante brincadeiras na cidade de quase 6 mil habitantes. Em pouco tempo, o esporte transformou a vida da adolescente, hoje com 15 anos, e garantiu uma mudança de perspectiva pessoal, profissional e social de Maria Clara e, também, de toda a família.

A potiguar é a atleta mais jovem da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. Em 2019, Maria Clara passou a receber pela primeira vez o auxílio financeiro do programa Bolsa Atleta, o que permitiu complementar a renda da família de cinco pessoas, beneficiada também pelo Bolsa Família do Ministério da Cidadania, pasta que reúne as Secretarias de Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura.

Quando a família morava no interior, a mãe da jovem vendia salgados e doces. Segundo a atleta, eram horas de trabalho e até noites sem dormir, trabalhando direto. "Até o ano passado, quando eu morava no interior, só uma pessoa da minha casa trabalhava. São cinco pessoas e era um salário para ajudar todo mundo. Neste ano comecei a receber a Bolsa Atleta e conseguimos mudar para Natal com os meus parentes", conta Maria Clara. "A partir daí o pessoal de casa conseguiu arrumar emprego e as coisas começaram a melhorar bastante. O Bolsa Atleta passou a ajudar na minha vida", completa.

Maria Clara estreia em Jogos Parapan-Americanos. Foto: Helano Stuckert/Rededoesporte.gov.brMaria Clara estreia em Jogos Parapan-Americanos. Foto: Helano Stuckert/Rededoesporte.gov.br

As melhores condições de treinamento e de moradia foram possíveis graças à recomposição orçamentária realizada pelo Ministério da Cidadania ao Bolsa Atleta, como parte das ações dos 100 primeiros dias do novo governo. Por meio da Secretaria Especial do Esporte houve aporte de R$ 70 milhões ao programa, que dobrou o número de atletas apoiados, passando de 3.058 para 6.199. A ação reverteu o corte sofrido no fim de dezembro de 2018 e deu prioridade às categorias de base – Estudantil e Nacional.

Maria Clara foi incluída na categoria Estudantil. Para o ministro da Cidadania, Osmar Terra, ações como a Bolsa Atleta e a Bolsa Família são instrumentos que garantem a cidadania plena. "Esse é o esforço que buscamos para garantir a cidadania plena para todos os brasileiros. Procuramos atender as pessoas das regiões mais longínquas do Brasil para que tenham oportunidades para desenvolverem seus talentos, desabrocharem as suas competências e habilidades das famílias e da sociedade", disse.

O secretário especial do Esporte, Décio Brasil, acrescentou que o exemplo de Maria Clara mostra um amplo exercício de cidadania, que garante a inclusão social, o acesso a serviços e benefícios sociais, garantindo oportunidades de trabalho para uma melhor qualidade de vida. "Ela representa exatamente o fundamento de cidadania plena que o Ministério da Cidadania prega. O Bolsa Família associado ao Bolsa Atleta nos rende uma atleta de ponta que, provavelmente, terá uma grande repercussão nos cenários nacional e internacional", ressalta.

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, o programa de apoio ao atleta é responsável pela maior delegação que disputa os Jogos em Lima. "A Bolsa Atleta é um marco para o esporte paralímpico. Posso dizer que existe o esporte paralímpico antes e depois do programa. Ele oferece melhores condições para a maior parte dos atletas que estão aqui se dedicarem de fato aos treinamentos e terem condições adequadas. A cada dia o esporte fica mais competitivo e exige mais investimento para alimentação, suplemento e qualidade de treinamento", analisa Mizael Conrado.

Ampliando as fronteiras
No início no atletismo, ainda aos 11 anos, Maria Clara competia contra atletas convencionais. A história no esporte paralímpico começou em 2016, graças ao treinador Felipe Veloso, que apresentou um universo desconhecido à garota do interior. "Competi no meu primeiro campeonato Escolar Paralímpico em 2016. Disputei três provas e conquistei três medalhas de ouro. Voltei em 2017 e levei outros três ouros. A história se repetiu em 2018. Este ano está sendo incrível. Participei no mês passado do Campeonato Mundial de jovens na Suíça e conquistei duas medalhas de ouro e uma de prata", conta orgulhosa a atleta que vai disputar as provas de salto em distância, 100m e 200m em Lima.

É a primeira vez que Maria Clara representa o país em um megaevento. "Nunca tinha imaginado competir e representar o Brasil fora do país. Lá no interior, de onde eu vim, as coisas são precárias. Eu só fazia o atletismo por diversão, corria na cidade vizinha e, realmente, nunca imaginei estar aqui e principalmente sair do Rio Grande do Norte", relembra.

Fotos: Arquivo PessoalFotos: Arquivo Pessoal

Sonho paralímpico
No esporte paralímpico, a atleta mais jovem da delegação tem como referência a amiga de pista Thalita Vitoria, 22 anos, também do Rio Grande do Norte. Thalita conta na carreira com a medalha de prata no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, além das pratas no salto, nos 200m e nos 400m na última edição dos Jogos Parapan-Americanos disputados em Toronto 2015. "Eu me espelho muito na Thalita. Ela é minha amiga. Durante os treinamentos ela sempre me orienta com dicas, além de me apoiar nas competições", completa Maria Clara.

Breno Barros, de Lima, Peru - Ministério da Cidadania
 

Uma prata que vale ouro: o milagre de Verônica Hipólito

Vinte e três medalhas conquistadas em apenas um dia em uma única modalidade. Se o Brasil pudesse contar apenas com o resultado alcançado pelo atletismo nesta segunda-feira (26.08), ainda assim o país estaria em quinto lugar no quadro de medalhas, à frente de países como Canadá, Cuba e Chile. Foram oito ouros, sete pratas e oito bronzes conquistados pelos atletas brasileiros no Complexo Esportivo Videna, em Lima.

O resultado ajudou a manter o Brasil na liderança folgada do quadro de medalhas, com 121 medalhas conquistadas: 41 de ouro, 39 de prata e 41 de ouro. Os Estados Unidos, em segundo lugar, têm 10 ouros a menos e estão a 41 medalhas do Brasil em números totais. Mas os números, ainda que impressionantes, guardam certa frieza quando citados dessa maneira. É na história única de cada medalha conquistada que a construção do Brasil como potência paralímpica se faz mais sólida.

A prata de Verônica foi comemorada como se fosse ouro. Foto: Hector Vivas/Lima 2019A prata de Verônica foi comemorada como se fosse ouro. Foto: Hector Vivas/Lima 2019

Um dos melhores exemplos é Verônica Hipólito. Após passar por duas cirurgias para retirar tumores na cabeça e lutar durante a recuperação contra uma pneumonia, a paulista de 23 anos voltou a treinar há apenas seis meses e havia perdido as esperanças de competir no Parapan. “Eu lembro que eu pensava que para estar em Lima teria que acontecer um milagre. E aconteceu. Eu tinha tudo para não voltar a correr, não voltar a andar, e olha onde eu estou”, emocionou-se.

O milagre, no caso, foi mais forte do que a encomenda, porque além de conseguir competir em Lima, Verônica conquistou uma prata já na sua primeira prova na capital peruana: os 200m T37. “Em 2015, quando ganhei a prata, fiquei muito brava. E uma pessoa disse para mim: ‘Você vai aprender a valorizar cada passo que você dá e vai entender que não é só medalha de ouro e recorde mundial no final’. E eu fiquei: ‘Ah, besteira’. Hoje entendo. Essa prata para mim é o meu ouro”, falou.

Em 2015, no Parapan de Toronto, Verônica conquistou três medalhas de ouro e uma prata. Em Lima, na hora da premiação, comemorou tanto que parecia que ela é que tinha ganhado o ouro, e não a americana Jaleen Roberts. Depois, a brasileira fez questão de abraçar todo mundo que torceu por ela. E olha que foi muita gente. Na hora da prova, atletas brasileiros de diversas modalidades se juntaram na torcida, incentivando Verônica desde o início e comemorando no fim.

“Eu não sei falar, eu só fico feliz. Eu nunca fiz algo pensado. A única coisa que faço pensado são minhas provas na faculdade. Eu sou o que sou. Fiquei tão feliz que quando terminei a prova, estava tudo muito confuso para mim, porque não esperava a prata. Eu só saí correndo forte. E a galera gritando, eu vi a felicidade neles. Todo mundo me olhando. Meu celular está pipocando ali. Isso é amor. Dê amor, acredite no amor que você recebe de volta. E não faça pensando em receber, faça por fazer”, aconselhou.

Fotos: Divulgação/Lima2019Fotos: Divulgação/Lima2019

A primeira cirurgia que Verônica precisou fazer foi aos 12 anos, para retirada de um tumor na cabeça. Aos 14, ela teve um AVC. Depois do AVC, ela teve hemiparesia e uma parte de seu corpo ficou paralisada. Foi então que conheceu o esporte paralímpico. Aos 19 anos, foi ao Parapan de Toronto 2015 e voltou com quatro medalhas - três de ouro e uma de prata. Na volta ao Brasil, precisou retirar grande parte do intestino grosso porque havia mais de 200 tumores nele. Aos 21, ela precisou fazer outra cirurgia na cabeça para retirar o mesmo tumor de quando era criança. E um ano depois depois teve que repetir a cirurgia, porque o tumor havia crescido novamente. 

Quando passou a se destacar no atletismo paralímpico, ainda muito jovem, Verônica começou a receber apoio do Programa Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Hoje, ela está na categoria pódio, a mais alta do programa. Para ela, o apoio foi fundamental não apenas na carreira esportiva. "A Bolsa Atleta me ajudou num caso muito importante fora da pista também. Houve uma época que eu tive que pagar alguns exames, porque não tinha mais convênio e até o pagamento de convênio hoje eu consigo porque tenho o apoio do Bolsa Atleta. Se eu estou aqui hoje, sem tumor nenhum, e estou comprando meus remédios, estou conseguindo tomar minha suplementação, estou conseguindo me cuidar bem, é porque o Bolsa Atleta toda hora me ajuda, está comigo˜, disse Verônica. 

Quatro medalhas no Parapan de Toronto 2015, prata nos 100m e bronze nos 400m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, e agora prata nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Essa é Verônica Silva Hipólito. “Existem pessoas altas e baixas, gordas e magras, com mãos e sem mãos, com pernas e sem pernas, e isso não vai te definir. São tantas características que a gente pode ter. Eu não quero que me vejam como a menina dos 200 tumores. Não sou a menina que superou tantas cirurgias. Eu sou a Verônica Hipólito, filha da dona Josenilda, do seu José Dimas e irmã do Otávio, que não sabe cozinhar nada. Eu sou Verônica Hipólito, a menina que é uma das maiores medalhistas do atletismo e uma das mais novas. Eu sou a Verônica Silva Hipólito, que vai ser a menina mais rápida do mundo.”

Mateus Baeta, de Lima - rededoesporte.gov.br

Brasil e Peru trabalharão para intensificar parceria esportiva depois dos Jogos Lima 2019

O secretário especial do Esporte do Ministerio da Cidadania, Décio Brasil, representante do governo brasileiro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, acompanhado do embaixador do Brasil no Peru, Rodrigo Baena, esteve reunido nesta segunda-feira (26.08), em Lima, com o presidente do Instituto Peruano del Deporte (IPD), Sebastián Suito.

Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/ Ministério da Cidadania

Décio e Sebastián trocaram informações sobre os programas que os dois países desenvolvem no esporte e o dirigente peruano conheceu mais detalhadamente incentivos federais brasileiros ao esporte, como o Bolsa Atleta, a Lei de Incentivo ao Esporte e a Lei Agnelo/Piva.

Em português fluente, Sebastián, que estudou por cinco anos em Natal, quando cursou comunicação social na UFRN entre 1995 e 2000, elogiou os incentivos esportivos brasileiros e creditou a essas ações o sucesso do país nos megaeventos esportivos internacionais.

Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/ Ministério da Cidadania

O presidente do IPD disse esperar que Peru e Brasil estreitem a parceria entre os dois países para desenvolver o esporte nas duas nações. “O esporte não é apenas a conquista de medalhas. Se pensarmos só nisso, diminuímos o caráter de formação do cidadão. O Brasil entendeu isso muito bem e é por isso que vocês hoje são uma potência mundial no esporte”, ressaltou Sebastián Suito. “Esperamos que esse intercâmbio com o Brasil, minha segunda casa, possa ajudar o Peru a encurtar a curva de aprendizagem no processo de desenvolvimento do esporte em nosso país”, prosseguiu.

“A reunião foi muito importante para essa troca de experiências. Temos um acordo firmado em 2007 com o Peru, que devemos rever e ampliar, e estamos animados com as parcerias que podem sair deste encontro”, disse Décio Brasil, que retorna esta noite ao Brasil, após cinco dias de agenda relativas aos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

“A visita do secretário Décio Brasil é importante para que tenhamos um relacionamento ainda mais estreito com o Instituto Peruano Del Deporte. Nossa relação bilateral é das mais significativas. Temos uma relação muito estreita em vários campos, como o comercial, cultural e turístico, e o esportivo ganhará esse impulso com a visita do secretário”, ressaltou o embaixador Rodrigo Baena. 

Confira a cobertura completa do Parapan na Rede do Esporte:

Luiz Roberto Magalhães, de Lima, no Peru – Ascom – Ministério da Cidadania
 

Em bate-papo ao vivo, secretário Décio Brasil, judoca Giulia Pereira e representante do CPB falam sobre o Parapan e Bolsa Atleta

No dia que marca o início da contagem regressiva de 1 ano para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, a judoca medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, Giulia Pereira, e o subchefe de missão do Brasil na capital peruana, Jonas Freire, participaram de transmissão ao vivo, neste domingo (25.08), pela página da Secretaria do Esporte no Facebook e pelo perfil no Instagram.

“Quero agradecer à torcida brasileira, que vibrou e torceu por todos os atletas brasileiros aqui em Lima. Agradeço a todos os apoiadores, ao ministério, que dá um belíssimo incentivo com a bolsa, ao Comitê Paralímpico Brasileiro, por ter trazido toda a nossa delegação em um trabalho excepcional com a equipe multidisciplinar”, disse Giulia.

O subchefe de missão do Brasil no Parapan agradeceu o apoio do governo federal no desenvolvimento do esporte paralímpico brasileiro. “A gente acredita muito no poder transformador do esporte. A gente sabe o quanto o esporte pode mudar a vida das pessoas e contribuir na formação do cidadão. Gostaria de agradecer a presença do secretário, pois estamos nos sentindo muito acolhidos pelo Décio Brasil no Parapan, além de parabenizar todo o governo federal pelo suporte. O programa Bolsa Atleta é único no mundo e ele garante todo o apoio para que os atletas possam se dedicar ao esporte”, ressaltou Jonas Freire.

Foto: Francisco Medeiros/Ascom - Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/Ascom - Ministério da Cidadania

Para o secretário Décio Brasil, acompanhar de perto os atletas brasileiros em um megaevento é uma oportunidade de ver o empenho de todos. “Só estando aqui para sentir o clima que a delegação brasileira criou em torno do seu objetivo maior. Tive a oportunidade de estar na Vila Parapan-Americana, participei da cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional e vi como o clima contagiou a todos. Parabenizo ao CPB, que montou a estrutura que vai trazer grandes resultados, pois no primeiro dia já conquistamos 40 medalhas e vamos bater todos os recordes”, projetou.

Breno Barros, de Lima, no Peru – Ascom – Ministério da Cidadania

Secretário Décio Brasil ressalta espírito de luta dos brasileiros no Parapan Lima 2019

Representante do Governo Brasileiro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, o secretário especial do esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, encerrou sua agenda na noite deste sábado (24.08) na capital peruana acompanhando de perto a partida de estreia da Seleção Brasileira de basquete em cadeira de rodas masculina no megaevento continental. O Brasil venceu seu primeiro desafio, contra o Peru.

Décio Brasil, na vitória da Seleção Brasileira sobre o Peru no basquete masculino no Parapan Lima 2019. Foto: Francisco Medeiros/Ministério da CidadaniaDécio Brasil, na vitória da Seleção Brasileira sobre o Peru no basquete masculino no Parapan Lima 2019. Foto: Francisco Medeiros/Ministério da Cidadania

Pela manhã, Décio acompanhou, no estande de tiro da Base Aérea Las Palmas, a final da prova do tiro esportivo da carabina de ar mista SH2 10 metros, que teve dois brasileiros no pódio: Alexandre Galgani, com a prata, e Bruno Kiefer, com o bronze. O tiro esportivo fez sua estreia em Lima nos Jogos Parapan-Americanos e as medalhas de Galgani e Kiefer foram as primeiras conquistadas por brasileiros na modalidade na história dos Parapans.

A disputa na carabina foi vencida pela norte-americana McKenna Dahl e, na sequência, pela final da pistola 50 metros, Geraldo Von Rosenthal conquistou o ouro em outra prova que teve uma dobradinha brasileira no pódio, já que Sergio Vida ficou com o bronze.

À tarde, o secretário acompanhou o desempenho dos brasileiros no atletismo, disputado no Estádio Atlético da Villa Deportiva Nacional – Videna, o coração do Parapan de Lima, que abriga ainda as competições de natação, ciclismo de pista, basquete em cadeira de rodas, judô, halterofilismo, parabadminton e tênis de mesa. No atletismo, o Brasil conquistou 12 medalhas neste sábado: quatro ouros, três pratas e cinco bronzes.

O secretário especial do esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, acompanha as provas de atletismo nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Foto: Francismo Medeiros/Ministério da CidadaniaO secretário especial do esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, acompanha as provas de atletismo nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Foto: Francismo Medeiros/Ministério da Cidadania

Na sequência, já à noite, Décio assistiu, no Ginásio 1 da Videna, a vitória do Brasil sobre o Peru no basquete, por 105 x 25. Ao final, o secretário falou sobre a experiência de ter visto tantos atletas em ação em diferentes esportes e ressaltou o espírito de luta que todos demonstram quando se trata de defender o Brasil em eventos esportivos.

“A garra do atleta brasileiro é um diferencial. Não que os outros atletas, dos outros países, não tenham garra, não é isso. Mas é até difícil de a gente definir esse espírito de luta dos brasileiros. Eles se superam a cada momento, com jogadas ou provas maravilhosas”, elogiou o secretário.

“No tiro, por exemplo, a disputa e a concentração dos atletas são impressionantes. Nosso representante, o Galgani, com limitações seríssimas de movimento, consegue realizar tiros precisos e por pouco não conquistou a medalha de ouro. Foi uma medalha de prata muito bem conquistada, junto com a de bronze do Bruno. E depois tivemos o ouro com o Geraldo e outro bronze, com o Sérgio”, exaltou Décio.

“Depois, fomos ao atletismo e vimos nossos atletas superando as dificuldades a cada salto, a cada arremesso e a cada lançamento. Foi uma coisa maravilhosa o que nós vimos aqui e estou muito satisfeito e muito contente por te optado vir ao Parapan. Aqui eu vi, mais uma vez, esse espírito do brasileiro em se superar e superar os obstáculos. Isso é muito importante”, prosseguiu Décio Brasil, que neste domingo (25.08) volta a acompanhar os brasileiros em ação em Lima.

O Brasil compete na capital peruana com uma delegação formada por 512 pessoas, entre atletas, técnicos e outros profissionais. No total, são 315 atletas, excluindo aí os atletas-guias, calheiros, goleiros e pilotos, que não possuem deficiência. Com eles, o número sobe para 337. Dos 315 atletas com deficiência, 261, ou 82,8% do grupo, são beneficiados pelo Programa Bolsa Atleta do Governo Federal, fruto de um investimento anual de R$ 18,1 milhões.

Luiz Roberto Magalhães, de Lima, no Peru – Ascom – Ministério da Cidadania
  

 
 

Com mensagem contra o preconceito, Jogos Parapan-Americanos começam em Lima

Uma história de resiliência e amizade com um convite para quebrar o preconceito contra as pessoas com deficiência foi a mensagem transmitida ao mundo durante a cerimônia de Abertura dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Diante de um público de cerca de 50 mil pessoas que lotaram as arquibancadas do Estádio Nacional, os peruanos deram as boas-vindas aos 1.800 atletas das Américas, de 30 países, que irão buscar medalhas no megaevento. O secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, representou o governo brasileiro na cerimônia da noite desta sexta-feira (23.08).

Leomon Moreno, um dos melhores jogador do mundo no goalball, foi o porta-bandeira da delegação brasileira Foto: Ale Cabral/CPBLeomon Moreno, um dos melhores jogador do mundo no goalball, foi o porta-bandeira da delegação brasileira Foto: Ale Cabral/CPB

O Brasil foi a quinta nação a entrar no Estádio Nacional. O brasiliense Leomon Moreno, que completou 26 anos na última quarta-feira (21.08), liderou a festa verde e amarela. Carregando a bandeira nacional, o melhor jogador de goalball do mundo comandou a entrada da maior delegação no desfile dos Jogos Parapan-Americanos.

Leomon conta no currículo a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e prata nos Jogos de Londres 2012. Somam-se ainda dois títulos mundiais da modalidade: na Finlândia, em 2014, e na Suécia, em 2018.

Rompendo preconceitos

A cerimônia de abertura lembrou o passado e ressaltou aos presentes a importância dos valores do esporte na vida e na construção do futuro da sociedade. Ela contou com 436 artistas, entre voluntários e produção, em um espetáculo de 1h58min de duração. Hansel Cereza, responsável pela direção artística e cênica do evento, utilizou 50 artistas com deficiência, que desempenharam papeis de acrobatas, dançarinos e protagonistas.

A cerimônia contou com a presença do presidente do Peru, Martín Vizcarra, do presidente do Comitê Pan-Americano, Neven Ilic, e do presidente do Comitê Paralímpicos das Américas (CPA), Julie Dussliere. Décio Brasil representou o governo brasileiro no evento.

"Tenho muita satisfação de participar desta festa do esporte paralímpico. Tivemos excelentes resultados em outras ocasiões e aqui em Lima não será diferente. O governo federal colabora com o esporte paralímpico nacional dando condições ao atleta de ter um algo mais para levar adiante o treinamento e obter resultados", disse Décio Brasil. Ele lembrou que dos 315 atletas da delegação brasileira no Parapan, 261 (82,8%) são contemplados pelo programa Bolsa Atleta.

Foto: Douglas Magno / EXEMPLUS/CPBFoto: Douglas Magno / EXEMPLUS/CPB

 

 

Os artistas contaram uma fábula para mostrar que a diversidade e as diferenças são importantes para o desenvolvimento de uma sociedade. Assim, a direção artística da festa criou uma experiência ao transmitir novas sensações e abrir a consciência para quebrar as barreiras e alimentar um novo espírito de respeito e igualdade entre as pessoas.

 

No meio do Estádio Nacional foi construída uma replica do Obelisco, representando a cultura Chavín (1.200 a.c - 200 a.c). A escultura serviu como tela para projeções que mudavam o cenário durante as apresentações e danças. A banda Bareto, que criou a versão da música tradicional peruana chamada Cariñito, que se tornou o hino dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima, encerrou a celebração do esporte paralímpico.

Delegação brasileira

A delegação verde e amarela busca em Lima manter a hegemonia nos Jogos Parapan-Americanos, já que liderou o quadro de medalhas nas três últimas edições: Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015. Para isso, o país terá a maior delegação de sua história: são 315 atletas, dos quais 261 (82,8%) são beneficiados pelo programa Bolsa Atleta da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Eles vão disputar todas as 17 modalidades programadas.

No total, a delegação brasileira é composta por 512 pessoas, incluindo treinadores, comissão técnica, atletas-guia e equipe de apoio. Na história dos Jogos, os brasileiros já conquistaram 1.026 medalhas, sendo 445 de ouro, 310 de prata e 271 de bronze. Na última edição, em Toronto 2015, foram 257 pódios: 109 medalhas de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. Para 2019, a meta é manter o desempenho, superando a barreira dos 100 ouros.

Com 315 atletas, o Brasil é a maior delegação dos Jogos 2019. Foto: Washington Alves/EXEMPLUS/CPBCom 315 atletas, o Brasil é a maior delegação dos Jogos 2019. Foto: Washington Alves/EXEMPLUS/CPB

 
Breno Barros, de Lima, Peru - Ascom - Ministério da Cidadania
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