Doda Miranda conquista o bronze no GP no Festival Equestre de Inverno, nos Estados Unidos
- Detalhes
-
Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 14:30
Getty Images
O medalhista olímpico Doda Miranda – bronze nos saltos por equipe nos Jogos de Atlanta-1996 e bronze nos saltos por equipe em Sydney-2000 – conquistou, no sábado (27.2), a terceira colocação no GP Suncast do CSI5*, evento disputado no Palm Beach International Equestrian Center, nos Estados Unidos, e que distribuiu 380 mil dólares em prêmios.
Montando AD Cornetto K, com dois percursos sem faltas e com o tempo de 45s90 no desempate, Doda Miranda só foi superado pelo norte-americano McLain Ward no dorso de HH Azur, que foi o mais rápido com um duplo zero em 42s99. A segunda colocação ficou com o holandês Harrie Smolders e Apollonia 21 ( 0/0 - 45s64).
Ao todo, 44 conjuntos participaram do GP. Mas apenas quatro zeraram o percurso na primeira passagem, que teve tempo concedido de 85s. Outros três conjuntos não cometeram falta, mas ficaram com um ponto de excesso de tempo, provando o alto nível técnico do percurso desenhado pelo espanhol Santiago Varela. Doda Miranda foi o primeiro conjunto da primeira volta e consequentemente o primeiro do desempate. Ficou na liderança até a entrada de Harrie Smolders, que tirou seu tempo por apenas 26 centésimos. Depois foi a vez de McLain Ward com HH Azur assumir a liderança e assegurar a vitória.
“Ele é um cavalo muito bom, talvez um dos melhores que eu já tenha montado até hoje. Fiquei muito feliz com as duas passagens. No desempate, eu decidi ir rápido, mas não tomar muito risco porque eu não o conheço muito bem ainda. Estou muito feliz, especialmente por ver um bom conjunto que merece ganhar”, comentou Doda, que está montando AD Cornetto K, de 10 anos, há apenas cinco meses.
Fonte: Assessoria de imprensa do atleta
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Brasil bate Bélgica e assume liderança do grupo E no mundial por equipes
- Detalhes
-
Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 14:07
O time masculino da seleção brasileira segue demonstrando que lutará pelo título da segunda divisão do Mundial por equipes, em Kuala Lumpur, na Malásia. Nesta segunda-feira (29), o Brasil venceu a Bélgica por 3 partidas a 0 e assumiu o primeiro lugar do grupo E.
“Acho que ganhar da Bélgica por 3 a 0 é um desempenho muito bom, porque eles têm uma equipe jovem que pode ser muito perigosa. Estou muito satisfeito com os três jogadores e temos que continuar assim amanhã”, elogiou o técnico Jean-René Mounie.
No primeiro duelo, Hugo Calderano (74º colocado no ranking mundial) bateu Robin Devos (129º) por 3 a 0 - 11/4, 11/6 e 11/4 -, abrindo caminho para a vitória brasileira de forma incontestável.
“Hugo começou muito bem, acho que a própria Bélgica não estava esperando um nível tão alto dele. Ele jogou o seu melhor e isso afetou a confiança deles para a sequência”, destacou o treinador.
Thiago Monteiro (124º) foi o segundo a ir à mesa e encarou o oponente melhor ranqueado, Cedric Nuytinck (118º), que atua pelo Hagen, na Liga Alemã. Mesmo assim, mais um triunfo em sets diretos – parciais de 11/5, 11/8 e 11/5.
“Assim como Calderano, o Thiago fez um jogo muito bom, teve o controle total da partida. Seu adversário não teve nenhuma chance com ele jogando da forma que jogou”, afirmou Jean-René.
Por último, Cazuo Matsumoto (132º) começou perdendo o jogo, mas conseguiu se recuperar diante de Florent Lambiet (211º). No terceiro set, o belga esteve perto de ficar na frente novamente com um 10/6, mas o paulista conseguiu uma virada incrível e depois fechou a contagem – 3 a 1 (10/12, 11/5, 14/12 e 12/10).
“A partida do Cazuo foi muito difícil e ele teve problemas com o saque do Lambiet e não conseguiu propor o seu melhor nível. Por outro lado, jogou com muito coração, se esforçou muito e conseguiu vencer”, apontou o francês.
O resultado deixou o Brasil na liderança isolada do grupo E, seguido do Irã, que também não perdeu ainda no torneio. Na próxima rodada o adversário será a Tailândia, às 2h da madrugada de terça (1º de março), e depois a seleção fecha sua participação na fase de grupos contra o Irã, na quarta-feira, às 8h30 (horários de Brasília).
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
Fonte: CBTM
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Rúgbi paralímpico: atenção especial com as cadeiras de rodas
- Detalhes
-
Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 13:34
As colisões podem assustar quem não está acostumado com o jogo, mas elas são fundamentais para a estratégia das equipes e garantem boa parte da adrenalina de praticar ou assistir a uma partida de rúgbi em cadeira de rodas. Construídas especialmente para o esporte, as cadeiras são customizadas individualmente de acordo com as necessidades de cada atleta e precisam de manutenção constante. “Elas precisam ser bem protegidas e muitas cadeiras são até temperadas. Ela é fabricada e depois colocada no forno para ter mais resistência. Tudo para aguentar o impacto”, explicou o capitão da seleção brasileira da modalidade, Alexandre Taniguchi.
Soldadora está disponível em oficina para reparar estragos nas cadeiras de rodas dos atletas. (Foto: Buda Mendes/GEtty Images/Ottobock)
No Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, evento-teste da modalidade disputado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, havia uma oficina dentro da instalação para providenciar serviços e reparos nos equipamentos dos atletas, área que está sendo testada pela primeira vez para os Jogos Rio 2016.
“A gente está vendo o que a gente realmente precisa: se o material que a gente trouxe é suficiente, se a rede elétrica está conforme a gente precisa para a soldadora, se o espaço que a gente tem é adequado. A partir daí a gente pode passar informações para o Comitê Olímpico. E a infraestrutura está totalmente dentro do que a gente precisa, estamos felizes”, disse Thomas Pfleghar, da empresa responsável pelos reparos. Ele será diretor-técnico do setor nos Jogos Rio 2016.
Thomas Pfleghar (E) auxilia atleta na oficina instalada na Arena Carioca 1. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)
Thomas explica que, durante os Jogos, haverá uma oficina principal de sete mil metros quadrados instalada na Vila Olímpica, onde serão feitos os principais reparos. Outras 13 oficinas menores serão distribuídas pelas instalações. Serão 77 técnicos, de 28 países, dos quais dez brasileiros. “Vamos ficar abertos 16 horas por dia e em cada turno a gente terá em torno de 20 pessoas trabalhando. Além disso, nas instalações a gente terá uma minioficina que só vai atender as pessoa que estiverem jogando”, contou.
Além de consertos em cadeiras de rodas, os técnicos farão reparos em próteses e órteses. “Se tiver algum problema no encaixe da prótese, o encaixe que entra o membro residual do atleta, a gente tem condições de fazer outro totalmente novo, do zero. A gente tira o molde, a medida, e faz um novo. Se há problema na lâmina de corrida, uma rachadura, aí tem que trocar. A gente tem possibilidade de fazer reparo no hidráulico, no sistema inteiro e, se não tem como reparar, a gente troca por uma nova”, explicou Thomas.
Durante os Jogos Paralímpicos, os trabalhos de manutenção de equipamentos para atletas serão feitos pela empresa alemã Ottobock. A estimativa é de sejam realizados cerca de dois mil reparos no período. Nove toneladas de equipamentos, aproximadamente 15 mil peças, virão da Alemanha.
Bob Hirshfield, do Canadá, troca as rodas da cadeira de um atleta durante partida do evento-teste. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)
Ajuda durante as partidas
A oficina de reparos complementa o trabalho que é feito pelos mecânicos de cada equipe. Cada seleção conta com um time de profissionais especializados em fazer a manutenção e consertar as cadeiras de rodas. No caso do rúgbi, a atuação dos técnicos é fundamental em caso de problemas durante os jogos. “Temos que trocar os pneus e também reparar as cadeiras enquanto o jogo está correndo. Depois dos jogos, também temos que fazer alguns reparos nas cadeiras”, contou o chefe da equipe de mecânica do Canadá, Bob Hirshfield.
Para Bob, a importância dos mecânicos para o time é comparável à dos treinadores. Quando a equipe sai vitoriosa ou ganha uma medalha, a sensação de conquista é compartilhada pelos mecânicos. “Eu me sinto muito próximo dos atletas. Eu cuido para que tudo esteja certo com as cadeiras e tudo que eles precisam se preocupar é em jogar. Isso é o que faz eu me sentir bem. Quando eles vencem, também me sinto parte da vitória”, afirmou.
Mateus Baeta, do Rio de Janeiro - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Brasileiros vencem Aberto de MTB XCO na Argentina
- Detalhes
-
Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 10:57
O domingo (28) foi de festa para Ricardo Pscheidt e Raiza Goulão. Os atletas da Seleção Brasileira de MTB subiram ao lugar mais alto do pódio do Abierto del NOA XCO, em Tucumã, na Argentina. A competição, classe 1 da UCI, somou pontos importantes no ranking que leva aos Jogos Olímpicos do Rio/2016.
Na elite masculina, Pschiedt (Trek Brasil Racing) largou muito bem e assumiu a liderança ainda na primeira volta. O brasileiro chegou a ter problemas com um galho que engatou no câmbio, mas, mesmo perdendo algumas posições, voltou motivado para a disputa e fez uma bela prova de recuperação. Na última volta, o atleta levou a melhor encima dos argentinos Dario Gasco, segundo colocado (1h46min25s50), e Rodrigo Altamiranto, terceiro (1h48min29s57), e cruzou a linha de chegada em 1h46min15s11.
"A pista era praticamente 80% single tracks, com muitas partes técnicas e subidas duras. Começei bem, tive um pequeno problema, mas deu pra contornar e consegui administrar e chegar no final com uma vantagem de 20s sobre os argentinos. Foi uma grande vitória e o mais importante foram os pontos somados. Agradeço imensamente meu treinador e toda minha equipe que fez um excelente trabalho hoje", contou o atleta, que está na 85ª posição do ranking mundial.
Já na elite feminina, Raiza Goulão mostrou que está em excelente forma e liderou a prova de ponta a ponta, chegando com 5 minutos de vantagem para a segunda colocada, a argentina Agustina Apaza (1h45min14s31), e a 13 minutos da terceira, a chilena Evelyn Muñoz (1h53min33s50). A brasileira cruzou a linha de chegada em 1h40min17s95.
"A prova contou com atletas muito fortes do país sede, então tentei largar bem, fazer o meu melhor para passar bem em todas as voltas. Fiquei muito feliz com o meu desempenho, senti bem os efeitos do novo treinamento e o resultado é consequência da dedicação. Os pontos conquistados hoje foram fundamentais na busca pela vaga olímpica então estou muito feliz mesmo com a vitória", afirmou a atleta, que é a melhor do Brasil no ranking mundial de MTB, figurando na 18ª colocação.
Também representaram o Brasil no circuito de Monte Bello em San Pedro de Colalao José Gabriel (Audax), bronze na categoria sub-23 e 10º colocado na classificação geral, e Erick Brusque (Specialized), quinto colocado também na Sub-23.
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas termina com vitória britânica e evolução brasileira
- Detalhes
-
Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 10:50
Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
Com três das melhores equipes do mundo na competição, o Brasil não conseguiu vencer uma partida durante o Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, mas o evento-teste da modalidade, disputado neste fim de semana na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, terminou neste domingo (28.02) com saldo positivo dentro e fora de quadra.
Tanto os atletas estrangeiros – do Canadá, Austrália e Reino Unido – quanto os brasileiros foram unânimes em elogiar a estrutura do evento e, principalmente, o nível de acessibilidade alcançado não só no ginásio, mas também no hotel e durante os trajetos entre aeroporto, local de hospedagem e instalação.
“Tudo foi perfeito, todos ajudaram bastante, e a cidade é absolutamente linda. O estádio é fantástico e mal posso esperar para ver esse lugar lotado durante os Jogos”, disse Jim Roberts, artilheiro da competição com 136 gols marcados e campeão com o time do Reino Unido. “Está tudo nos conformes, tudo bacana. O ginásio e o Parque Olímpico estão bem acessíveis”, completou o brasileiro Lucas Junqueira.
Para Lucas, uma emoção ainda maior do que jogar na instalação que será utilizada durante os Jogos Rio 2016 foi sentir de perto o apoio da torcida. “É um orgulho jogar dentro de casa, ter uma torcida dessa empurrando a gente. Foi uma oportunidade muito diferente que nós pudemos experimentar. Minha família teve a oportunidade de vir conhecer, de ver um jogo de alto nível, então foi muito emocionante para mim, sentir a galera empurrando. Houve momentos em que a gente estava brigando para tentar fazer um ponto ou bloquear e a torcida empurrando foi algo muito significativo para mim”, disse Junqueira.
Apesar de o Brasil ter perdido as seis partidas que disputou – duas vezes para cada time da competição -, o atleta enxerga uma evolução no jogo da Seleção Brasileira. “Nós sentimos uma evolução. São equipes que a gente não costuma enfrentar, então foi uma oportunidade de conhecê-los melhor, entende a tática de jogo deles. A nossa principal meta era diminuir a diferença de gols, e a gente conseguiu fazer isso, principalmente contra o Canadá, o que foi excelente”, afirmou Lucas. “O Brasil melhorou muito desde que jogamos pela última vez, acho que faz dois anos. Eles evoluíram bastante”, concordou o britânico Jim Roberts.
Durante três dias, as seleções do Brasil, Canadá, Austrália e Reino Unido se enfrentaram em turno e returno. No final, a equipe britânica conquistou o primeiro lugar, com a Austrália em segundo e o Canadá em terceiro.
Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
Balanço
Quinto evento-teste realizado na Arena Carioca 1, o campeonato de rúgbi em cadeira de rodas teve foco na acessibilidade e não registrou grandes problemas durante os três dias de competição. Atletas, membros das comissões técnicas e dirigentes do Comitê Rio 2016 saíram satisfeitos com o trabalho e previram poucos ajustes para os Jogos Paralímpicos 2016.
“O transporte é um dos itens que foi testado quanto à acessibilidade. Eles estão operando com rampas não somente no aeroporto, mas no hotel e na instalação, para mensurar tempo de embarque e desembarque e para poder projetar isso numa dimensão maior. Posso adiantar que foi um sucesso e que o pessoal gostou bastante”, afirmou Augusto Fernandes, coordenador de acessibilidade do Comitê Rio 2016.
Para ele, os principais ajustes que precisam ser feitos são em relação à sinalização para pessoas com necessidades especiais. “A gente tem algumas melhorias a serem feitas, principalmente a sinalização, que não é a mesma que será usada nos Jogos. A gente tem observado que isso traz falhas de comunicação, então precisamos ajustar para a informação correta seja transmitida da melhor maneira possível”, explicou.
Na avaliação de Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Rio 2016, o único problema detectado durante o evento-teste foi em relação à alimentação. “A gente não teve nenhuma grande questão, só um probleminha operacional de alimentação. As equipes são responsáveis por sua própria alimentação, mas a gente tem que prover a estrutura para que eles possam se alimentar. A gente tem food trucks na instalação e um deles teve um problema, mas a gente já remediou. Isso é parte da operação de um evento, evento-teste acontece isso mesmo, e assim a gente pode melhorar não só a nossa operação, mas também a dos nossos fornecedores”, disse.
Garcia destacou as melhorias em acessibilidade em relação ao evento-teste do basquete em cadeira de rodas. “Embora a arena tenha sido testada várias vezes, a equipe de gerenciamento da competição é outra. A acessibilidade em quadra a gente modificou um pouquinho, e foi legal, melhorou bastante nesse ponto. Alguns ajustes na parte de estrutura também foram realizados com sucesso. Mas o mais importante para a gente é poder estar aqui e ver atletas desse nível, campeões olímpicos, mundiais, jogando com o Brasil, uma grande oportunidade para que a equipe brasileira possa vivenciar esse ambiente. Para a gente, é uma satisfação imensa receber o retorno desses atletas”, completou.
Augusto Fernandes lembrou que a acessibilidade não é importante apenas para os atletas, mas também para os espectadores, voluntários e profissionais que vão assistir aos jogos ou trabalhar nas instalações. “É muito importante que a gente saiba os fluxos de cada área funcional. Apesar de não ser um evento com foco em espectador, é importante a gente observar isso”, explicou.
Um exemplo dessa preocupação é a implantação de boxes para pessoas com mobilidade reduzida nos banheiros. Esses boxes servem para os idosos que têm dificuldade, para os obesos. “As pessoas acham que aqueles boxes são destinados aos cadeirantes, mas na verdade o box dos cadeirantes é fora do banheiros coletivos, para não gerar nenhum problema de fluxo”, disse Augusto, lembrando que o evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas foi o que teve maior número de cadeirantes voluntários, com seis no total. “Isso é um ganho. A gente tem que se preocupar com a acessibilidade para os voluntários também”.
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
No "resta um" do evento-teste da marcha, sobraram os equatorianos
- Detalhes
-
Publicado em Domingo, 28 Fevereiro 2016 18:43
Se o olhar do espanhol Luis Saladie pudesse se restringir ao que ele viu neste domingo no âmbito técnico e estético do evento-teste da marcha atlética, o relatório dele como delegado-chefe da Federação Internacional de Atletismo seria estritamente racional. O gradeamento poderia sair de dentro do circuito por onde correm os atletas para cima dos paralelepípedos. Assim, árbitros e atletas teriam mais espaço e os jornalistas, uma vista mais limpa para fotos e vídeo. Em outra frente, o espaço de técnicos, profissionais de imprensa e convidados seria melhor definido.
A impressão final dele, contudo, tem como ingrediente um componente medido em umidade e graus Célsius: o calor do Verão do Rio de Janeiro fez com que 11 dos 18 atletas que largaram para os 50km abandonassem a prova. "Estamos no verão. Em agosto, na época dos Jogos, vai ser muito menor a temperatura. Tem de ser menor”, afirmou, em tom de brincadeira, Saladie.
Vencedor da prova, Claudio Villanueva Flores se refresca ao longo dos 50km da marcha atlética. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
Ao fim, o pódio foi integralmente equatoriano, com Claudio Flores em primeiro, seguido por Rolando Pani e Jonnathan Cabrera. “Cumpri o objetivo, que era ganhar a prova, mas realmente o calor foi um adversário importante. Já tenho a marca para a Olimpíada e quero estar aqui de novo nos Jogos”, disse Flores, que treina ao lado dos colegas na altitude de 2.550m de Cuenca. Uma dimensão da influência do clima na modalidade se reflete no tempo. Flores tem como melhor marca pessoal 3h50min25s. No Rio, venceu com 4h23min37s, mais de meia hora acima.
Gradeamento e piso
Fora a temperatura, que também teve o efeito de tirar da prova os sete brasileiros que largaram, os testes foram considerados bem sucedidos. “Claro que há algumas coisas por fazer, o que é normal, já que faltam cinco meses, mas está tudo na linha do que se propõe. O piso está ótimo, perfeito. Eu só gostaria que a pista fosse um pouco mais larga, porque o evento-teste teve 18 atletas, e na Olimpíada serão 60”, disse.
“Vamos afastar um pouco as grades para aumentar o espaço na pista. Se tiro da parte interna e coloco acima da calçada, automaticamente amplia a sensação de abertura. Visualmente fica melhor, mais limpo”, afirmou Martinho dos Santos Nobre, gerente de atletismo do Comitê Rio 2016. “E o circuito, que era o mais importante, foi aprovado pelos atletas. Disseram que é plano, rápido, sem inclinação. Muito bom para eles”, completou.
Percurso de dois quilômetros montado ao lado da praia é o mesmo que será usado nos Jogos Olímpicos Rio 2016. (Foto: Brasil2016.gov.br)
De fato, o trajeto rendeu elogios desde sábado, quando foi disputada a prova de 20km da Copa Brasil. Sem oscilações, foi considerado técnico e adequado. “É tranquilo. Bom mesmo. Não tem muita subida e descida. Na Olimpíada vai ser bom”, afirmou Claudio Richardson dos Santos, que abandonou a prova deste domingo na metade do trajeto. “Estava desgastante. Perdi ritmo, levei duas advertências dos árbitros (com três o atleta é eliminado) e preferi parar. Tem outra oportunidade na Eslováquia, dia 19, e quero estar bem”.
O índice olímpico dos 50km é de 4h06min. Por enquanto, só Caio Bonfim e Mario José dos Santos Jr. chegaram lá. Cada país pode correr com até três integrantes. A data limite para alcançar o tempo é 8 de maio. O mineiro Rudney Dias Nogueira, que neste domingo deixou a prova sentindo problemas estomacais, pretende estar lá. “Hoje não foi o que a gente planejou, mas agora é descansar porque mês que vem tem competição na Europa. Vou tentar lá”, avisou.
Visual da Praia do Pontal, no Rio de Janeiro, recebeu elogios dos organizadores da prova. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
Chips e placares
Na face tecnológica, a prova serviu para avaliar o funcionamento de cronômetros, placares eletrônicos, chips nos tênis dos atletas que registram o tempo e o número de voltas completadas e o sistema de transmissão de dados. “Toda essa parte de tecnologia e de transmissão das faltas funcionou perfeitamente. Podemos dizer que foi um sucesso”, disse Martinho Nobre dos Santos, gerente de atletismo do Comitê Rio 2016.
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Caio Bonfim, o "Messias anunciado" por Gianetti Sena, é penta na Copa Brasil de marcha atlética
- Detalhes
-
Publicado em Domingo, 28 Fevereiro 2016 18:29
Ivo Lima/ME
Há instantes em que uma correntinha no pescoço sintetiza tão bem uma história de preparação olímpica quanto detalhes de placar, som, cronômetro, pista, sinalização, sistema de resultados e gradeamentos. Se a listagem de itens técnicos indica o foco dos organizadores no evento-teste da marcha atlética, na região do Pontal, no Rio de Janeiro, o adereço de Gianetti Oliveira de Sena é símbolo da dedicação familiar de décadas sob um lema que é mantra entre eles: "excelência e caráter”.
“Eu mandei fazer. Aqui estamos eu e o Caio juntos. Eu brinco que sou a João Batista da Marcha Atlética. Anunciei a vinda de um grande atleta”, afirma Gianetti. Fundista de origem e pioneira da marcha feminina, mesmo tendo começado tarde, aos 29 anos (quando engravidou), ela encerrou a carreira aos 43 com um legado de oito títulos nacionais. Hoje, ao lado do marido e treinador João Sena, decide em conjunto com o filho o ritmo, a frequência e as prioridades da carreira do jovem de 24 anos.
A trinca familiar teve neste sábado mais um motivo para julgar que o caminho é promissor. Caio Bonfim fechou os 20km da Copa do Brasil em 1h26min12s e conquistou o quinto título seguido do torneio, mais de quatro minutos à frente do segundo colocado, José Alessandro Bagio. “A marcha é um componente desde sempre dentro de casa. Não têm pessoas melhores para me treinar do que eles. Querem sempre evoluir, buscar bons resultados e trabalham com excelência e caráter. Muitas pessoas me disseram para treinar com outros. E muitos disseram a eles que deveriam me liberar. Mas temos conseguido juntos fazer acontecer, com amor, renúncia e temperança”, disse Caio.
Ivo Lima/ME“Eu sempre disse em casa quando fizemos essa opção: não vamos ficar ricos, não vamos ser assediados na rua, mas amamos o que fazemos. Adoro acompanhá-lo e pensar em tudo o que pode ser melhor para ele. É um garoto que sabe o que quer. Gosta do que faz. Treina todo dia, não falta”, diz Gianetti, que cita os investimentos na modalidade como elos estratégicos na lapidação do potencial de Caio. “Ele não tem patrocínio privado, tem a Bolsa Atleta na categoria olímpica, e a ajuda do governo do DF, do Comitê Olímpico do Brasil e da Confederação Brasileira de Atletismo”, listou. Essa base, mais investimentos da própria família, permitiu que Caio cumprisse 12 provas do calendário internacional em 2015.
Os resultados esportivos recentes são, segundo o próprio atleta, a síntese da consistência desse discurso. À quinta estrela nacional que ele poderia bordar na camisa, some-se o bronze no Pan de Toronto, o sexto lugar no Mundial de Atletismo de 2015 e os índices olímpicos confirmados nos 20km e 50km da marcha.
“Eu faço os 50km para melhorar minha prova de 20km, que é o meu foco. Vou correr as duas e dar tudo nos Jogos Olímpicos, mas é nos 20km que venho batendo perto há tempos". O cronograma até os Jogos inclui uma prova de 50km na Eslováquia, uma fase de treinamento na altitude em Serra Nevada, na Espanha, e a participação em provas internacionais de 20km em Portugal e Roma.
“Quero vir para o Rio um mês antes dos Jogos para treinar mais nesse percurso. A prova foi boa para já mapear tudo e o circuito está ótimo, perfeito. Há um pouquinho de elevação e um pouquinho de descida, como em qualquer circuito de rua. Se eu puder fazer essa aclimatação e contar com o calor da temperatura e do povo brasileiro, chances de ir bem aumentam”, afirmou o atleta. “Em Toronto perdi no Pan para dois canadenses que conheciam cada trecho do percurso porque treinaram direto lá um mês antes”.
Teste oficial
O evento-teste propriamente dito da marcha será neste domingo. A prova de 50km, que valerá como o Campeonato Sul-Americano, reúne 15 atletas de sete países e tem largada prevista para 6h30. Representantes de Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, além de Congo e China, que vieram como convidados, darão 25 voltas num circuito de dois quilômetros. O Brasil terá Claudio Richardson dos Santos (AABB-RN), nove vezes campeão da Copa Brasil, Rudney Dias Nogueira (USIPA-MG), Luiz Felipe dos Santos (ASSEM-SP) e Samir Cesar Sabadin (Curitiba SMELJ-PR).
O teste avalia desde os ajustes especiais de trânsito realizados pela prefeitura até o circuito, que teve o asfalto aplicado nos últimos dias, depois que foram retirados trechos de paralelepípedo e quinas perto na praça que dá acesso à Praia do Pontal. Também entram na lista de itens monitorados o gradeamento e a cronometragem, que será feita pela Omega, empresa responsável pela área na Olimpíada do Rio. Serão testados ainda os chips dos marchadores, o placar eletrônico de faltas e a apuração dos resultados.
Ivo Lima/ME
Investimentos
Além de Caio Bonfim, outros 17 atletas da marcha atlética recebem a Bolsa Atleta em todo o país, num investimento que totalizou R$ 208 mil em 2015, segundo informações do Ministério do Esporte.
No plano da infraestrutura, a Rede Nacional de Treinamento em fase de implantação pelo governo federal tem 47 pistas oficiais de atletismo incluídas entre as prioridades. O Centro de Treinamento de Atletismo de São Bernardo do Campo, inaugurado em 2015, recebeu R$ 19,5 milhões e conta com pista nível 1 certificada pela Federação Internacional de Atletismo. São quase 30 mil metros quadrados de área construída. O espaço recebe atualmente 80 atletas de alto rendimento, além de 150 jovens de escolinhas e categorias de base.
Dois convênios com a CBAt, um realizado em 2011 e outro em 2015, são voltados para a estruturação de centros de treinamento, locais, regionais e nacionais, contratação de profissionais e compra de equipamentos necessários à preparação de atletas. Ao todo, somam R$ 38,9 milhões.
"Temos uma parceria forte na nacionalização da rede de treinamento, em pistas de atletismo e em materializar uma estrutura passível de revelar novos talentos. Além desse investimento físico é importante ressaltar o investimento nas pessoas. O Bolsa Atleta como programa atinge desde a categoria de base até o alto rendimento”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Esporte, Marcos Jorge, que representou o ministro George Hilton no evento deste sábado.
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Atletas exaltam acessibilidade no primeiro dia de teste do rúgbi em cadeira de rodas
- Detalhes
-
Publicado em Sábado, 27 Fevereiro 2016 11:51
Ivo Lima/ME
Com 48 atletas cadeirantes na competição, a acessibilidade é a principal preocupação durante a disputa do Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, evento-teste da modalidade que teve início nesta sexta-feira (26.02) na Arena Carioca 1. O torneio serve como preparação para os Jogos Rio 2016 e reúne quatro equipes: Brasil, Austrália, Canadá e Reino Unido, cada uma com 12 atletas e 24 cadeiras de roda, já que há os equipamentos de jogo e os usados no dia a dia.
Para o Comitê Rio 2016, os procedimentos e avaliações começaram no desembarque das equipes no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, segunda e terça-feira (22.02 e 23.02). Nesta sexta, mais testes, desta vez em um ambiente de competição. “A Arena Carioca já foi feita para receber não só as partidas de basquete, mas também as de basquete em cadeira de rodas e de rúgbi em cadeira de rodas. A adaptação que a gente faz é temporária, mais na área de competição, alguma coisa que a gente detectou no evento-teste de basquete em cadeira de rodas que a gente refinou, mas nada grande, a não ser adaptações do dia a dia, porque a gente teve aqui já cinco eventos, e a gente teve que fazer adaptações específicas para cada um”, explicou Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Rio 2016.
De acordo com Garcia, o evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas precisou de pequenas adaptações, como rampas para a entrada dos atletas em quadra. “A gente tem uma série de adaptações que são necessárias na área de competição, a gente tem rampas específicas de acesso que estão sendo testadas, além do tradicional que a gente vem testando nos eventos, como sistema de cronometragem e resultados”, completou.
Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
Adaptações
Durante o evento, o Comitê Rio 2016 está testando trabalhos em 39 áreas funcionais, com 114 voluntários. Além do transporte dos atletas e equipamentos entre o hotel e a Arena Carioca 1, a organização providenciou depósitos na instalação para armazenamento, manutenção e reparos das cadeiras de roda. Outros setores a serem testados no formato dos Jogos são as apresentações esportivas e cerimônias de premiação, mesários, acessibilidade da arena e classificação funcional.
Três ônibus foram adaptados para receber vários cadeirantes ao mesmo tempo, o que diminui o tempo necessário para o transporte das delegações até a instalação. Todo o processo foi elogiado pelos atletas. “Desde o momento em que desembarcamos no aeroporto, estamos sendo bem cuidados. A equipe brasileira que está aqui planejou tudo e não tivemos problemas. Tudo está ótimo, essa instalação é fantástica e estamos animados para voltar aqui e ver esse lugar lotado. Tudo é 100% acessível: os ônibus, o hotel, a academia, então parabéns ao Brasil”, disse o jogador canadense David Willsie.
Os brasileiros destacaram a oportunidade de conhecer e jogar na instalação que será utilizada durante os Jogos Paralímpicos. “Para mim está sendo uma oportunidade muito boa, de poder conhecer tudo antes das Paralimpíadas. Tanto o transporte para vir para cá, tudo acessível, o hotel, a estrutura própria do ginásio, os banheiros, está tudo nos conformes”, disse o capitão da Seleção Brasileira, Alexandre Taniguchi.
Para o também jogador Julio Cezar Braz, um dos destaques foi a climatização da Arena Carioca 1, já que atletas tetraplégicos têm dificuldade para transpirar e podem ter problemas de saúde em ambientes de muito calor. “É o que a gente espera, está num patamar internacional. A gente está gostando muito da climatização, dos alojamentos em que estamos ficando, do vestiário”, disse.
Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
Investimentos
O ministro do Esporte, George Hilton, esteve na abertura do Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas e falou da importância de testar as instalações olímpicas antes dos Jogos. "Os eventos-teste estão servindo justamente para a gente fazer todas as análises e corrigir eventuais problemas que venham a acontecer. Isso é fundamental para que a a Olimpíada seja realmente um evento espetacular", afirmou.
George Hilton também destacou os investimentos que o Ministério do Esporte tem feito para apoiar os atletas de modalidades pouco conhecidas no Brasil. "Dos 12 atletas (brasileiros) que estão aqui, sete deles são bolsistas. Isso faz parte daquele objetivo nosso de massificar e disseminar essas modalidades que não são tão conhecidas. Acho que foi um case importante o Plano Brasil Medalhas, o Programa Bolsa Atleta, e a gente pretende manter isso depois das Olimpíadas, com o objetivo justamente de fortalecer e tornar essas modalidades mais atuantes no país", disse.
Partidas
No primeiro dia do evento-teste, foram disputadas quatro partidas. Diante de algumas das melhores equipes do mundo, o Brasil não conseguiu vencer, mas demonstrou evolução. A Seleção perdeu para o Canadá por 61 x 42 e depois foi derrotada pelo Reino Unido por 60 x 32. Os três times estrangeiros que vieram ao país estão entre os cinco melhores do ranking mundial: Canadá (1º no ranking), Austrália (campeã olímpica) e Grã-Bretanha (campeã europeia).
A disputa terá turno e returno entre os times, sem final. Quem fizer mais pontos será o campeão. A competição continua neste sábado, com mais quatro jogos, e termina no domingo, com outras quatro partidas e a definição do primeiro lugar.
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Ministro George Hilton recebe Medalha Mérito Desportivo Militar, no Rio de Janeiro
- Detalhes
-
Publicado em Sexta, 26 Fevereiro 2016 19:29
Ministro do Esporte, George Hilton recebe Medalha Mérito Militar do Ministro da Defesa, Aldo Rebelo. (Foto: Ivo Lima/ME)
Na comemoração dos 60 anos da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), na tarde desta sexta-feira (26.02), no Rio de Janeiro, o ministro do Esporte, George Hilton, recebeu a Medalha Mérito Desportivo Militar, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao desporto militar do Brasil.
George Hilton citou que a comenda recebida é um reconhecimento do trabalho prestado por todos os servidores do Ministério do Esporte, que em conjunto têm feito com que o esporte no país cresça cada dia mais. E enalteceu também projetos que existem em parceria entre a pasta e as Forças Armadas.
Fotos: Ivo Lima/ ME
“A gente precisa ressaltar que nós estamos focando também na base, o programa Forças no Esporte está preparando uma garotada para ser atletas militares no futuro. Ou seja, o alto rendimento militar tem sido importante, mas também as Forças Armadas tem ajudado a preparar e formar novos meninos e meninas que estarão brilhando nos pódios do futuro”, explicou o ministro.
Durante o evento, foi lançado, ainda, o selo comemorativo pelos 60 anos da CDMB. Mais uma das comemorações que tiveram início no dia 21 deste mês com a realização da Corrida da Paz, também em alusão aos 60 anos da Comissão Desportiva Militar do Brasil.
Evento-Teste de rúgbi em cadeira de rodas, na Arena Carioca 1. (Foto: Ivo Lima/ME)
Evento-teste
Mais cedo, no Parque Olímpico da Barra, na Arena Carioca 1, o ministro do Esporte acompanhou o jogo entre a seleção brasileira de rúgbi em cadeira de rodas e a equipe canadense. Durante o jogo, o ministro falou da necessidade de fomentar modalidades como o rúgbi paralímpico e olímpico. “Dos 12 atletas que estão aqui, sete são bolsistas. Isso faz parte do nosso objetivo de massificar essas modalidades que não são tão conhecidas. Acho que foi um 'case' importante o Plano Brasil Medalhas, o programa Bolsa Atleta e a gente pretende manter essas iniciativas depois dos Jogos Olímpicos”, enfatizou Hilton.
Rafael Pacheco, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Evento-teste de marcha atlética nas ruas do Rio será neste domingo
- Detalhes
-
Publicado em Sexta, 26 Fevereiro 2016 19:07
Claudio Richardson dos Santos será um dos representantes do Brasil na prova. (Foto: Marcello Zambrano/CBAt)O Campeonato Sul-Americano Caixa de Marcha de 50 Km será disputado na Praia do Pontal, no Rio de Janeiro, e servirá como evento-teste da modalidade para os Jogos Rio 2016, neste domingo (28.02). Com largada e chegada na Praça Tim Maia, a disputa reunirá 15 atletas de sete países. O ministro do Esporte, George Hilton, acompanhará a prova.
O campeonato contará com atletas de Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, e de convidados da China e do Congo. Quatro marchadores defenderão o Brasil na prova: Rudney Dias Nogueira (USIPA-MG), Luiz Felipe dos Santos (ASSEM-SP), Samir Cesar Sabadin (Curitiba SMELJ-PR) e Claudio Richardson dos Santos (AABB Currais Novos-RN). O Sul-Americano é seletivo para o Campeonato Mundial de Marcha por Equipes, que será disputado em maio, em Roma.
Dos atletas brasileiros convocados para competição, dois são contemplados pelo Bolsa Atleta, considerado o maior programa de patrocínio esportivo individual e direto do mundo. A iniciativa beneficiou, somente no ano passado, 18 atletas da modalidade, num investimento total de R$ 208,1 mil.
» Prestes a encarar prova olímpica mais desgastante e longa do atletismo, marchador foca na Copa do Mundo
Rede Nacional de Atletismo
O Ministério do Esporte tem realizado o mais importante movimento da história para apoiar o atletismo no país. As ações contemplam investimentos na reforma e construção de pistas oficiais de atletismo, construção e equipagem de centros nacionais de treinamento e apoio à gestão, por exemplo.
Os aportes financeiros resultam de parcerias da pasta com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), governos estaduais e municipais, universidades e clubes formadores de atletas. As estruturas vão integrar a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo que o Ministério está constituindo em todo o país.
» Conheça a Rede Nacional de Treinamento, maior legado de infraestrutura esportiva dos Jogos Rio 2016 para o país
Exemplo é a Arena Caixa - Centro de Treinamento de Atletismo Oswaldo Terra -, em São Bernardo do Campo (SP), inaugurada em 2014. Com pista nível 1 certificada pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês) e quase 30 mil m² de área construída, a instalação já se consagra como uma importante base para a modalidade no país. A estrutura está entre os mais modernos centros de treinamento da América Latina.
O complexo é fruto de uma parceria entre o município e o Ministério do Esporte. Somente na obra e equipagem, foram investidos R$ 32,5 milhões, sendo R$19,5 milhões de recursos federais. Além da parceria, a Caixa Econômica Federal, patrocinadora da modalidade, fornece materiais e ajuda no custeio aos atletas que treinam no local.
Arena Caixa - Centro de Treinamento de Atletismo Oswaldo Terra, em São Bernardo do Campo (SP)
Também está em construção o Centro Nacional de Treinamento de Atletismo, em Cascavel (PR). As obras, iniciadas em maio de 2015 e com previsão de término no primeiro quadrimestre de 2016, são resultado da parceria do Ministério com o governo do Paraná. Orçado em R$ 18,7 milhões, sendo R$ 15 milhões de recursos federais, o complexo terá uma área de 7,95 mil m².
O esforço para estruturar a Rede de Atletismo contempla, ainda, a construção e a recuperação de 47 pistas oficiais da modalidade, com padrões olímpicos, em 39 cidades, e conta com a direção técnica da CBAt e federações estaduais, além da colaboração das faculdades de educação física espalhadas pelo Brasil.
Os projetos tiveram investimentos de R$ 301,8 milhões do Ministério do Esporte. Em geral, as pistas podem abrigar provas de corrida, saltos (em altura, distância e triplo), arremesso de peso e lançamentos de dardo, martelo e disco. As estruturas, projetadas para obterem certificações da IAAF, podem receber treinamento e competições de alto rendimento, como atender às comunidades locais com praticas de iniciação esportiva. As entregas começaram em 2009, ano em que o Brasil venceu a disputa para sediar os Jogos Rio 2016 e registrou, até o fim de 2015, 16 pistas inauguradas.
Farão parte da Rede, ainda, 141 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs) que terão minicomplexos de atletismo de 100 metros, com área para saltos e lançamentos. Todas as unidades terão arquibancada, espaço para academia e enfermaria, vestiários, copa, sala de professores e técnicos e outras áreas administrativas. Todos também cumprem requisitos de acessibilidade como rampas, plataforma elevatória, banheiros adaptados, portas mais largas, espaço para cadeiras nas arquibancadas. O investimento total será de R$ 537,6 milhões.
Os CIEs servirão sobretudo para iniciação à prática esportiva, identificação de talentos e formação de atletas em modalidades olímpicas e paraolímpicas, mantendo conexão com escolas e núcleos de esporte social e comunitário. O CIE será o primeiro estágio dos jovens na modalidade.
Apoio à gestão
Destaque também para o investimento de R$ 26 milhões, por meio de uma parceria com a CBAt, na implantação e manutenção de oito centros locais de treinamento em diferentes regiões do país, além da gestão de dois centros regionais e de outros dois centros nacionais. A expectativa é beneficiar cerca de 500 atletas, sendo 320 nos centros locais, 80 nos regionais e 100 nos nacionais.
Pistas de Atletismo
Atletismo - Pista UFTO - Palmas (TO)
Atletismo - Pista UFPI - Teresina (PI)
Atletismo – Pista UFG – Goiânia (GO)
Atletismo – Pista UFSC – Florianópolis (SC)
Atletismo – Pista UFMA – São Luís (MA)
Atletismo – Arena Caixa – São Bernardo (SP)
Atletismo – Pista UFRN – Natal (RN)
Cynthia Ribeiro
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook