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Marcelo Chierighini e Nicolas Oliveira confirmam vaga nos 100m livre no Rio 2016

 
Marcelo Chierighini e Nicolas Oliveira serão os representantes do Brasil nos 100m livre nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A confirmação veio após as finais desta segunda-feira (18.4), quarto dia de competições do Troféu Maria Lenk, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Chierighini ficou com o ouro no torneio com a marca de 48s23, pouco acima dos 48s20 obtidos na eliminatória e que o garantiram com o melhor tempo nos Jogos Olímpicos. Nicolas Oliveira fez 48s54 à tarde e ficou com a prata, mas a marca que lhe deu a segunda vaga no Rio 2016 foi feita pela manhã: 48s30. Cesar Cielo fez o sexto melhor tempo na eliminatória (48s97), mas optou por não nadar a final e priorizar a disputa dos 50m livre.
 
“Queria baixar um pouco (o tempo) na final, mas não importa o tempo, importa que eu consegui a vaga no individual e é uma coisa que eu queria muito. Será minha segunda Olimpíada, mas é a primeira vez que estou nadando a prova individual, então não posso reclamar”, disse Chierighini.
 
O nadador do Pinheiros, de 25 anos, contou que pensou em largar a natação durante o último ciclo olímpico, mas o apoio do treinador, o australiano Brett Hawke, e o fato de o Brasil sediar os Jogos foram determinantes. “O ano de 2013 foi talvez o mais próximo da minha melhor fase, e eu não consegui manter essa boa fase. No ano seguinte, eu nadei muito mal, fiquei muito chateado, estava até pensando em parar de nadar, mas eu continuei nos treinos. Meu técnico sempre acreditou em mim e fui indo devagar, passo a passo. Com seletiva olímpica em casa, não podia deixar de ficar animado e tentar meu melhor e deu resultado”, explicou.
 
Já Nicolas Oliveira atribui a conquista ao momento de tranquilidade que vive na carreira. “Minha cabeça está muito diferente. Natação é o que eu amo e o que eu gosto de fazer, mas não é mais o que me define como pessoa. Isso está tirando um peso muito grande das minhas costas, toda vez que eu caio na água está sendo uma diversão, o que eu nunca consegui fazer na carreira”. Ele também está classificado para os 200m livre.
 
O nadador Marcelo Chierighini, no Troféu Maria Lenk, evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brO nadador Marcelo Chierighini, no Troféu Maria Lenk, evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br
 
Revezamento
Pelos melhores tempos, completam o revezamento 4x100m livre masculino, que já tem vaga garantida no Rio 2016, João De Lucca, com a marca da eliminatória desta segunda (48s59), e Matheus Santana, com os 48s71 feitos na primeira seletiva olímpica, em Palhoça (SC), no ano passado.
 
“Vai ser bem bacana estar competindo com eles, porque além de companheiros são amigos mesmo, a gente se conhece há bastante tempo. Estou na postura de mais velho da equipe e quero puxar essa responsabilidade e fazer acreditar que isso é possível”, disse Nicolas, que disputará a Olimpíada com 29 anos.
 
Além do quarteto, é possível levar para os Jogos Olímpicos até dois atletas reservas para o revezamento, com uma condição: se inscrever o atleta, ele tem que nadar, ou na eliminatória ou na final. Além disso, nadadores que se classificaram para outras provas também podem compor a equipe. Isso abre a possibilidade, por exemplo, de Cesar Cielo (48s97, sétimo tempo brasileiro) ou Bruno Fratus (49s12, nono tempo) – caso garantam vaga na prova dos 50m livre na próxima quarta-feira (20.4) – integrarem a equipe. De acordo com o superintendente executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, a definição de levar ou não reservas será tomada na clínica marcada para 21 a 23 de abril.
 
“Vamos primeiro ver a situação do quinto. O 4x100m livre é no segundo dia de competição, isso pesa. O quinto hoje é o Gabriel Santos. É um júnior, mas nadou com personalidade sensacional, tudo tem que ser avaliado. Ao mesmo tempo, ele não tem experiência. E todos que estão inscritos (nos Jogos) tem possibilidade de serem aproveitados de alguma forma”, explicou Ricardo de Moura.
 
“São milhões de fatores. Se eu não estiver bem no dia, posso abrir a minha vaga para um atleta que esteja melhor. Lógico que os quatro atletas têm a preferência, mas são muitas variáveis”, disse João De Lucca, que também comentou a possibilidade de Cielo e Fratus integrarem o quarteto. “Acho importante ter os dois na equipe. O Cesão é um espelho para todos nós, a palavra dele de ‘vamos time’ vale mais que qualquer uma. O Bruno é muito experiente, foi quarto numa Olimpíada (Londres 2012, nos 50m livre). Ter esses dois no nosso time é muito importante, nadando ou não. E dá uma satisfação saber que a gente conseguiu superar dois caras que, para mim, são ídolos”.
 
No Mundial de Kazan, o revezamento 4x100m livre que ficou em quarto lugar foi formado por Bruno Fratus, Matheus Santana, João de Lucca e Marcelo Chierighini.
 
200m peito: Simon e Cerdeira
A final do Troféu Maria Lenk dos 200m peito masculino foi vencida por Thiago Pereira (2m11s86), mas as vagas na prova nos Jogos Olímpicos ficaram com Tales Cerdeira, pelo tempo da eliminatória (2m10s99) e Thiago Simon, com a marca de Palhoça (2m11s29).
 
“É um sonho que se realiza. É meu quinto ano no Corinthians. Quando cheguei lá, parecia tudo tão distante. Mas conforme foram passando os anos eu fui crescendo, melhorando, aprendendo muita coisa. Hoje, sou o Simon que está nas Olimpíadas. Acho que aconteceu um pouco rápido também, mas tenho a agradecer a todo mundo”, disse Thiago Simon.
 
Na outra prova do dia, 200m borboleta feminino, nenhuma atleta alcançou o índice. Joanna Maranhão foi a brasileira com o melhor tempo, 2min11s75, e a marca olímpica era 2min09s33. “Não gostei. A ideia era nadar para 2min09 ou abaixo disso. Não sei se errei alguma coisa, mas senti bastante o final da prova. Essas coisas acontecem e com a idade isso fica mais difícil. Mas tem que ter prioridade que não é todo dia e tem que priorizar as provas”, disse a nadadora, de 28 anos – completa 29 no fim do mês –, e que se classificou para os 200m e os 400m medley.
 
Como não há brasileiras com índice olímpico, a CBDA pode inscrever Joanna para nadar os 200m borboleta nos Jogos, porque ela já está garantida em outras provas e ultrapassou o chamado índice B (2m13s86).
 
O Troféu Maria Lenk é o evento-teste da natação para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e última seletiva olímpica. Os principais aspectos testados são a área de competição, a ação dos voluntários do esporte e a tecnologia de resultados. Confira os atleta classificados para os Jogos Olímpicos até o momento em provas individuais:
 
» Brandonn Almeida – 400m medley
» Luiz Altamir – 400m livre
» João Gomes Jr. – 100m peito
» Felipe França – 100m peito
» Daynara de Paula – 100m borboleta
» Daiene Dias – 100m borboleta
» Joanna Maranhão- 200m medley e 400m medley
» Etiene Medeiros – 100m costas
» Nicolas Oliveira –100m livre e 200m livre
» João De Lucca – 200m livre
» Guilherme Guido – 100m costas
» Larissa Oliveira – 200m livre
» Manuella Lyrio – 200m livre
» Leonardo de Deus – 200m borboleta
» Kaio Márcio - 200m borboleta
» Marcelo Chierighini - 100m livre
» Tales Cerdeira - 200m peito
» Thiago Simon – 200m peito
 
Programação do Troféu Maria Lenk 2016
-Eliminatórias a partir de 9h30
-Finais a partir de 17h30 até o dia 19, e a partir de 17h no dia 20
 
Terça-feira (19.4)
» 100m livre feminino
» 200m costas masculino
» 200m peito feminino
» 200m medley masculino
 
Quarta-feira (20.4)
» 50m livre masculino
» 50m livre feminino
» 100m borboleta masculino
» 200m costas feminino
» 1500m livre masculino
» 800m livre feminino
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 

Nas finais por aparelhos, Brasil conquista mais quatro medalhas no Rio

Arthur Zanetti levou a melhor nas argolas no evento-teste. Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brArthur Zanetti levou a melhor nas argolas no evento-teste. Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
Para fechar a participação no evento-teste de ginástica artística, o Brasil conquistou nesta segunda-feira (18.4) mais quatro medalhas. Nas argolas, Arthur Zanetti superou o atual campeão mundial, o grego Eleftherios Petrounias, e ficou com o ouro na sua primeira competição do ano. No feminino, ouro e prata para Flávia Saraiva, no solo e na trave, respectivamente, e bronze para Rebeca Andrade nas assimétricas. 
 
“Competir na arena das Olimpíadas, fazer a mesma trajetória e sair com um resultado desse foi muito bom, valeu muito a pena participar da competição”, avalia Zanetti, que na classificatória do último domingo (17) havia somado (15.800) e terminado em segundo, atrás do rival (15.900). Desta vez, o brasileiro conseguiu 15.866 pontos e assistiu do banco o adversário fechar a prova com a nota de 15.833. O francês Samir Ait Said ficou com o bronze e completou o pódio (15.500).
 
No pódio, Zanetti conversou rapidamente com Petrounias. “Eu falei para ele que foi uma competição muito difícil e agradeci porque eu consegui ter esse resultado por causa dele. Como ele foi o campeão mundial, era o cara a ser batido. Ninguém sabe o quanto eu treinei para ter esse resultado”, conta o campeão olímpico nas argolas em Londres-2012, comemorando o crescimento da nota de um dia para o outro.
 
“Se a série tiver a mesma nota de partida, geralmente acontece de a nota final ser mais baixa (do que na classificatória). Desta vez consegui fazer o contrário, a série foi muito boa e eu cravei a saída. Isso fez a diferença e veio esse ouro maravilhoso”, festeja.
 
Zanetti comentou ainda que fez algumas alterações na série para evitar algum tipo de “vício” por parte da arbitragem. “Às vezes tem que ter algumas estratégias. Os árbitros já estavam descontando de alguns elementos praticamente sem ver. A gente acabou mudando um pouco a série, as posições da mão e da cabeça, para chamar um pouco mais de atenção e tirar esse foco dos elementos. A série está muito bem encaixada, provavelmente vamos manter isso”, explica o ginasta. 
 
Flávia Saraiva durante a série que lhe valeu o ouro no solo do evento-teste da ginástica artística. Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.brFlávia Saraiva durante a série que lhe valeu o ouro no solo do evento-teste da ginástica artística. Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
Inspiração nas americanas
Quem também brilhou no evento-teste foi Flávia Saraiva. Classificada para as finais do solo e da trave, a atleta levantou a torcida a cada apresentação e faturou duas medalhas: ouro e prata, respectivamente. “Eu já me imagino na Olimpíada, competindo aqui. Eu me sinto muito bem com o público torcendo por mim, gosto muito disso”, comenta.
 
Flávia ressaltou ainda que, para ficar mais constante nas apresentações, tem seguido um treinamento no estilo das norte-americanas. “A gente está treinando muito firme, igual as americanas. Passei um tempo com elas na Itália e vi que elas não erram quase nada. Por isso que na hora vão lá e acertam. Eu estou tentando treinar isso e melhorando de pouco em pouco. Ainda não estou perfeita como elas, mas se Deus quiser vou ficar um dia”, deseja a ginasta.
 
A outra medalha do dia foi conquistada por Rebeca Andrade, nas assimétricas. A brasileira levou o bronze ao somar 14.433, atrás das alemãs Elisabeth Seitz (15.133) e Sophie Scheder (15.033). Já Daniele Hypolito terminou em quinto lugar no salto (14.049) e em sexto no solo (12.566), após um desequilíbrio na finalização do primeiro movimento. Jade também saiu sem medalha: a brasileira sofreu uma queda do aparelho e terminou em oitavo e último lugar da final da trave, com 12.066 pontos.
 
“Hoje o dia foi importante para a gente sentir mais um pouco como o ginásio estará montado para as Olimpíadas. São oportunidades que a gente tem que aproveitar”, acredita Daniele. “Fechando esta semana, a preparação vai ser firme como foi para o evento-teste. Com certeza cada atleta tem suas metas pessoais, mas a gente viu a chance que a gente tem também como grupo de estar em uma final olímpica por equipes”, completa.
 
A ginástica artística brasileira agora se prepara para disputar a Copa do Mundo de São Paulo, entre os dias 20 e 22 de maio, no Ibirapuera. Nesta terça-feira (19), o evento-teste do Rio recebe a competição da ginástica de trampolim. O Brasil será representado por Rafael Andrade, já garantido nos Jogos Olímpicos.
 
Resultados por aparelhos:
 
Solo masculino
1- Oleg Verniaiev (Ucrânia) – 15.266
2- Kieran Behan (Irlanda) – 15.058
3- Nestor Abad (Espanha) – 14.833
 
Salto feminino
1- Dipa Karmakar (Índia) – 14.833
2- Oksana Chusovitina (Uzbequistão) – 14.716
3- Emily Little (Austrália) – 14.383 
 
Cavalo com alças (masculino)
1- Wei Sun (China) – 15.566
2- John Orozco (Estados Unidos) – 15.066
3- Vid Hidvegi (Hungria) – 14.700 
 
Paralelas assimétricas (feminino)
1- Elisabeth Seitz (Alemanha) – 15.133
2- Sophie Scheder (Alemanha) – 15.033
3- Rebeca Andrade (Brasil) – 14.433 
 
Argolas (masculino)
1- Arthur Zanetti (Brasil) – 15.866
2- Eleftherios Petrounias (Grécia) – 15.833
3- Samir Ait Said (França) – 15.500 
 
Salto masculino
1- Oleg Verniaiev (Ucrânia) – 15.333
2- Jacob Dalton (Estados Unidos) – 14.853
3- Igor Radivilov (Ucrânia) – 14.649 
 
Trave (feminino)
1- Sanne Wevers (Holanda) – 14.800
2- Flávia Saraiva (Brasil) – 14.733
3- Lieke Wevers (Holanda) – 14.366 
 
Barras paralelas (masculino)
1- Oleg Verniaiev (Ucrânia) – 16.133 
2- Ferhat Arican (Turquia) – 15.733
3- Anton Fokin (Uzbequistão) – 15.700 
 
Solo feminino
1- Flávia Saraiva (Brasil) – 14.400
2- Larissa Miller (Austrália) – 13.700
3- Leah Griesser (Alemanha) – 13.566 
 
Barra fixa (masculino)
1- Epke Zonderland (Holanda) – 15.733
2- Andreas Bretschneider (Alemanha) – 15.600
3- John Orozco (Estados Unidos) – 15.366 
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 

Velódromo de Indaiatuba (SP) é inaugurado para cidade seguir vocação no ciclismo

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME
 
A tradição de uma cidade em um determinado esporte pode ser explicada por diversos fatores. Indaiatuba, no interior de São Paulo, é plana, cheia de ciclovias e com trânsito calmo. Esses fatores fizeram da cidade um celeiro de grandes ciclistas, dentre eles, Joaracy Mariano de Barros, que batiza o velódromo inaugurado nesta segunda-feira (18.04) pelo ministro do Esporte, Ricardo Leyser, e pelo prefeito Reinaldo Nogueira.
 
A homenagem póstuma ao atleta que viveu e construiu sua carreira na cidade, sendo campeão do ranking paulista de 1977 e integrante da seleção brasileira reforça a vocação de Indaiatuba para o ciclismo. “É muito boa essa homenagem aos precursores, que abriram as portas para termos hoje as condições que não tínhamos 20, 30 anos atrás”, afirmou o ministro. “Um ponto fundamental do nosso planejamento é esse. Nós estamos trazendo a infraestrutura para onde há a prática. Quando você pega uma cidade, que tem uma tradição gigantesca no ciclismo, e traz um equipamento de qualidade, você está aproximando as pessoas que estão lá na ponta treinando, com a melhor infraestrutura”, completou.
 
Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ MEA história passa por ciclistas como Armando Camargo, com 50 anos de experiência no esporte e que competiu ao lado de Joaracy. “Sempre tivemos boas equipes. Eu estava junto com o Joaracy, que foi um dos melhores da época, e isso marca muito. O tempo passou e hoje temos um velódromo como esse”, conta. Para ele, a estrutura do esporte brasileiro vem melhorando nos últimos anos e vai beneficiar o surgimento de novos talentos. “Aqui é o ciclismo de velocidade, explosão, diferente da estrada. Então a meninada pode treinar aqui com segurança. Isso aqui vai ser o futuro”, projetou.
 
A instalação integra a Rede Nacional de Treinamento, legado esportivo dos Jogos Rio 2016, que vai dar encadeamento às carreiras dos atletas, da base ao alto rendimento, nacionalizando os benefícios da realização do megaevento. Com investimento total de R$ 6,1 milhões, sendo R$ 5,2 milhões do Ministério do Esporte, o velódromo já foi procurado por equipes estrangeiras, dentre elas China e Portugal, que desejam fazer aclimatação no Brasil antes das Olimpíadas.
 
“Acredito que teremos muitas equipes aqui. Essa é a tendência. E também a de realizar campeonatos internacionais e nacionais e trazer toda a indústria do ciclismo e do esporte, gerando renda e visibilidade para o município e formando exemplos para a nossa juventude”, destacou Leyser. A primeira competição no local será nos dias 14 e 15 de maio, com uma etapa do Campeonato Brasileiro da modalidade.
 
A disputa faz parte dos planos da Confederação Brasileira e da Federação Paulista de Ciclismo, em parceria com o município, de ocuparem o espaço com competições e treinos de equipes de alto rendimento. A pista também será usada para o desenvolvimento do esporte de base. "Vamos alinhar o calendário de eventos com as entidades esportivas e dar iniciação a essa modalidade, que é difícil. A inclinação da pista exige uma bicicleta especial, com os pneus mais estreitos e a caixa mais alta, então vamos educar a população e adquirir bicicletas para um trabalho de base”, projetou Humberto Panzetti, secretário municipal de Esporte e Lazer.
 
Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME
 
Na primeira etapa das obras, foi construída a pista, entregue em 2014 e que teve investimento de R$ 1,4 milhão, sendo R$ 975 mil do Ministério do Esporte. A estrutura segue os parâmetros exigidos pela União Ciclística Internacional (UCI), feita de cimento e com 250 metros lineares de extensão.
 
Na segunda etapa, entregue hoje, foi finalizado o Centro de Formação de Atletas, ao custo de R$ 4,7 milhões (R$ 4,3 milhões do Ministério do Esporte). Foi construída uma arquibancada coberta para mil pessoas, lanchonete, sala de segurança, pátio e sanitários acessíveis. Também foi inaugurado o bloco das equipes, com 1,14 mil m² de área. São dez boxes para os ciclistas, com banheiros, ambulatório, sala de imprensa, administração, cozinha, despensa, refeitório e terraço. Todo o complexo, incluindo a pista, ocupa uma área de 2,87 mil m².
 
Além da pista em Indaiatuba, o Ministério do Esporte também está construindo um velódromo coberto no Parque Olímpico da Barra, que será usado nos Jogos Rio 2016.
 
Fotos: Gabriel Fialho/ MEFotos: Gabriel Fialho/ ME
 
Outros investimentos 
O prefeito Reinaldo Nogueira aproveitou a ocasião para agradecer e enumerar os investimentos do Governo Federal no esporte e em programas para os jovens de Indaiatuba. “Somos gratos, porque com os investimentos federais cobrimos a nossa quadra poliesportiva, temos o Pronatec com mais de dez mil alunos formados, um Centro Esportivo está sendo construído e ainda teremos uma piscina a ser entregue”, disse. O município ainda realiza projeto de esporte e educação com recursos captados pela Lei de Incentivo ao Esporte e que atende a oito mil crianças.
 
Após inaugurar o velódromo, o ministro Ricardo Leyser e o prefeito visitaram as obras da piscina, com dimensões de dez metros por 50 metros, sendo 1,4 metro de profundidade, que fica no Centro Esportivo do Trabalhador. O projeto custará R$ 440 mil, com R$ 243,7 mil de aporte do Ministério. O local terá múltiplos usos, desde a natação à hidroginástica.
 
Outro apoio do Governo Federal foi para a construção do Centro Esportivo do Califórnia, inaugurado em 2013. Com 933,25 m² de área construída, piscina semiolímpica coberta e academia, o espaço oferece aulas gratuitas de natação, musculação e hidroginástica. A obra custou R$ 1,3 milhão, sendo R$ 975 mil de orçamento do Ministério do Esporte.
 
Gabriel Fialho, de Indaiatuba (SP)

Ascom - Ministério do Esporte

Trabalho em “família” ajuda Evandro e Pedro Solberg no sonho olímpico

Evandro, 25 anos, e Pedro Solberg, 30, encontraram na parceria no vôlei de praia o caminho para realizar o sonho de disputar os Jogos Olímpicos nas areias de Copacabana, no Rio de Janeiro. Juntos desde outubro de 2014, a dupla deseja, mais do que participar, entrar para o hall de medalhistas olímpicos. E para conseguir o objetivo eles utilizam uma fórmula: equipe multidisciplinar em forma de “família”.
 
 
A dupla conta com dois treinadores. Renato França trabalha com Solberg há dez anos.  Já Ednilson Costa Junior treina com Evandro. A formação da nova dupla, que conquistou o direito de representar o país nos Jogos Olímpicos Rio 2016, juntou os dois treinadores que contam com 30 anos de amizade. “Nós somos ex-jogadores e jogamos juntos ainda quando éramos juvenis”, lembrou o treinador Renato França.
 
Evandro e Pedro são jogadores de bloqueio. Com saque forte e ótima rede como armas principais, o trabalho agora visa desenvolver o jogo no fundo de quadra. E ter profissionais próximos ajuda no ambiente agradável durante os treinamentos. “Sem dúvida, o entrosamento contribui para o ambiente de trabalho. Não é só o jogo. Encontrar as pessoas embutidas com espírito em equipe”, disse Renato. 
 
Além dos treinadores, quatro profissionais trabalham na equipe de Evandro e Pedro Solberg: Marlos de Almeida, fisiologista; Leandro Peçanha, fisioterapeuta; Ricardo Reis, preparador físico; e o auxiliar técnico Felipe Rodrigues. 
 
O programa Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte, custeia os salários de quatro profissionais da equipe de Pedro e Evandro e ainda garante bolsas mensais aos jogadores. Os outros dois profissionais da equipe são pagos com recursos dos próprios atletas.
 
“Contamos neste ciclo com a maior estrutura que já tivemos. É uma equipe grande e boa. Os profissionais envolvidos contam com apoio do Ministério do Esporte. Não tínhamos um grupo tão grande trabalhando em prol do objetivo olímpico”, prossegue Renato.
 
A dupla foi formada com o objetivo de representar o Brasil nos Jogos do Rio 2016. Para Evandro, a experiência representou a primeira corrida olímpica. Para Pedro o caminho foi mais longo: depois de quase conquistar a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, ele acabou impossibilitado de ir aos Jogos de Londres 2012 devido a um episódio de doping, do qual acabou posteriormente inocentado.
 
Segundo Renato França, a adaptação entre os diferentes profissionais foi fácil. “Pensamos em colocar pessoas de confiança, competentes e que de alguma forma tem uma história com a gente. O vôlei de praia é um esporte recente e não tem tradição de uma equipe grande nos auxiliando”, completou.
 
Breno Barros 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Larissa Oliveira bate o recorde sul-americano nos 200m livre. Revezamento mira final olímpica

Larissa Oliveira: tempo de 1m57s37 nos 200m livre valeram o recorde sul-americano e a vaga na prova no Rio 2016. Foto: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.brLarissa Oliveira: tempo de 1m57s37 nos 200m livre valeram o recorde sul-americano e a vaga na prova no Rio 2016. Foto: Gabriel Heusi/ brasil2016.gov.br
 
Larissa Oliveira escutava do técnico Mirco Cevales: “estou te treinando para 1m57”. Ela não confiava muito, mas, neste domingo (17.04), na final dos 200m livre do Troféu Maria Lenk, foi à piscina olímpica do Estádio Aquático, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e nadou para 1m57s37, batendo o recorde sul-americano e garantindo a vaga na prova no Rio 2016.
 
“Acreditar, saber que é capaz, a gente só acredita quando faz. Meu técnico não me deixou desistir e, de tanto ouvir, esse tempo ficou gravado no meu subconsciente e acabei conseguindo. Ainda não estou acreditando. Só tenho que agradecer a todo mundo que estava comigo”, disse.
 
A segunda vaga na prova individual ficou com Manuella Lyrio, com o tempo que fez na primeira seletiva olímpica, em Palhoça (SC), em dezembro do ano passado: 1m58s43. Neste domingo, ela nadou apenas a Final B, tendo feito 2m01s29 de manhã e 1m58s62 à noite. Ela também era a detentora do recorde sul-americano (1m58s03, no Pan de Toronto) quebrado por Larissa. “Agora é correr atrás, mas estou dando o meu melhor. Não encaixei a prova hoje, acontece”, disse a nadadora do Pinheiros.
 
Revezamento forte
Jéssica Cavalheiro e Gabrielle Roncatto comemoraram bastante os tempos que fizeram na Fina A: com 1m59s05 e 1m59s22, respectivamente, elas garantiram participação no revezamento 4x200m livre. Os resultados quarteto – Larissa, Manuella, Jéssica e Gabrielle -, fazem da meta de chegar à final olímpica algo bem mais real.
 
“A gente tem as quatro nadadoras abaixo de 2m00, isso é muito forte, e só dá mais confiança para treinar ainda mais forte para pegar a final”, disse Jéssica Cavalheiro.
 
“Com esse tempo que eu tenho, nosso revezamento acaba ficando mais forte. E não só o meu, as meninas também melhoraram os tempos delas. Fica cada vez mais perto de repetir uma final olímpica”, acrescentou Larissa, em referência a Atenas 2004, quando o revezamento 4x200m livre do Brasil ficou em sétimo lugar.
 
No Mundial do ano passado, em Kazan (Rússia), quando o quarteto brasileiro terminou em 11º lugar, fizeram a prova Manuella, Jéssica, Larissa e Joanna Maranhão. Neste domingo, Joanna optou por não nadar a Final B dos 200m.
 
“A minha ideia era nadar de manhã e ver o que eu poderia fazer, mas não estava competitiva. Não é fácil ser nadadora dos 200m medley, 400m medley, entrar nos 200m livre, tentar o 200m borboleta”, disse.
 
Ela elogiou a equipe definida para o Rio 2016. “As meninas estão muito bem, acabou de ser formado o melhor revezamento da história do Brasil. Se somar os tempos, elas têm condições de fazer final olímpica. Acredito muito nelas, mas o meu foco é nas minhas provas e no que eu posso fazer para nadar o mais rápido possível”, explicou Joanna.
 
A nadadora pernambucana, que já havia se garantido nos 400m medley, também confirmou, neste domingo, a vaga nos 200m medley. O índice foi conquistado em Palhoça, quando nadou para 2m14s04. 
 
Leonardo de Deus fez o quinto tempo da temporada em 2016 nos 200m borboleta. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brLeonardo de Deus fez o quinto tempo da temporada em 2016 nos 200m borboleta. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br
 
200m borboleta
A outra prova do dia foi a disputa dos 200m borboleta, vencida por Leonardo de Deus com 1m55s54, o quinto melhor tempo da temporada 2016, A marca o confirmou nos Jogos Olímpicos.
 
“É um tempo muito bom. Eu venho acompanhando os melhores do mundo, o Chad Le Clos (sul-africano, atual campeão olímpico da prova) acabou de fazer a seletiva dele para um 1h54s04. A gente está na briga. Essa era uma competição em que eu não vinha 100%, e como eu fiz um Sul-Americano não tão bom, busquei descansar um pouquinho mais, e melhorei o meu índice olímpico”, explicou Leonardo.
 
A outra vaga ficou com Kaio Márcio, que superou o índice na eliminatória e melhorou o tempo na final, com 1m56s21.
 
Ao fim do terceiro dia de competições no Troféu Maria Lenk, o Brasil já conta com 15 nadadores classificados para o Rio 2016 em provas individuais, sendo que Joanna Maranhão confirmou-se em duas provas.
 
Cesar Cielo nesta segunda
Uma das provas mais esperadas, os 100m livre abrem o quarto dia do Troféu Maria Lenk, quando o campeão olímpico Cesar Cielo tentará uma das vagas para o Rio 2016. Em Palhoça, Cielo anotou 49s55 e ficou fora da final. Quatro brasileiros superaram o índice (48s99) em Santa Catarina: Nicolas Oliveira (48s41), Matheus Santana (48s71), Marcelo Chierighini (48s72) e Alan Vitória (48s96). O quinto e o sexto melhores tempos foram feitos por Pedro Spajari (49s06) e Bruno Fratus (49s12).
 
Na última competição em que disputou os 100m livre, o GP de Orlando, nos Estados Unidos, em março, Cielo fez 49s92 nas eliminatórias e classificou-se apenas para a Final B, em que fez o tempo de 50s05. Foi no Troféu Maria Lenk de 2015, há um ano, que Cesar nadou na casa dos 48s pela última vez: fez 48s97 e ficou com a prata. O vencedor daquela prova foi Matheus Santana (48s78). O recorde mundial dos 100m livre ainda é de Cielo, com  a marca de 46s91 feita em 2009.
 
A disputa desta segunda (18.04) definirá os dois representantes brasileiros na prova individual e os quatro que vão compor o revezamento 4x100m livre, prova em que o Brasil tem vaga garantida. O Troféu Maria Lenk é o evento-teste da natação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Os principais aspectos testados são a área de competição, a ação dos voluntários do esporte e a tecnologia de resultados.
 
Programação do Troféu Maria Lenk 2016:
 
-Eliminatórias a partir de 9h30
-Finais a partir de 17h30 até o dia 19, e a partir de 17h no dia 20
 
Segunda-feira (18.4)
» 100m livre masculino
» 200m borboleta feminino
» 200m peito masculino
 
Terça-feira (19.4)
100m livre feminino
200m costas masculino
200m peito feminino
200m medley masculino
 
Quarta-feira (20.4)
» 50m livre masculino
» 50m livre feminino
» 100m borboleta masculino
» 200m costas feminino
» 1500m livre masculino
» 800m livre feminino
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 
 
 

Etiene Medeiros conquista o índice olímpico para os 100m costas: “o mais difícil”

Etiene Medeiros, um dos destaques no Troféu Brasil de Natação, evento-teste para os Jogos Olímpicos. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brEtiene Medeiros, um dos destaques no Troféu Brasil de Natação, evento-teste para os Jogos Olímpicos. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
 
Etiene Medeiros terminou a prova dos 100m costas, olhou para o placar, viu o 1m00s00 cravado e sentiu o peso saindo dos ombros. Na manhã deste sábado (16.04), no Troféu Maria Lenk, ela nadou abaixo do índice (1m00s25) para o Rio 2016, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, no Rio de Janeiro, e comemorou o que considerou a marca mais difícil de conquistar.
 
“Aliviada, esse é o nome. Mais uma vez, a natação surpreende qualquer um. Eu estava em busca desse índice e acho que foi o mais difícil que eu fiz, de condições mental e física, e acabou gerando uma pressão para mim. Eu tinha que fazer e não estava saindo. Não foi o tempo que eu realmente queria, mas ainda tem à tarde”, comentou a atleta do Sesi, que já tem índice nos 50m e nos 100m livre. Ela também atingiu a marca nos 100m borboleta, mas as vagas ficaram com Daynara de Paula e Daiene Dias.
 
Etiene comentou a relação de amor que tem com o estilo que a fez escrever o nome na história da natação feminina brasileira.  “Relação de amor é isso, às vezes está bem, às vezes não, mas a gente insiste, sempre quer o melhor. Com o nado costas é uma relação de amor e graças a Deus estou me dando muito bem. Quando a gente tem amor por uma prova, a gente precisa lapidar cada vez mais e descobrir algum segredo dela. Estou nessa fase”, explicou a atleta.
 
A nadadora conquistou ouro no Mundial de piscina curta de Doha (Catar) em 2014 nos 50m costas, a primeira medalha feminina da modalidade em Mundiais. Na mesma prova, ela conquistou a prata no Mundial de Kazan (Rússia) de 2015. Mas a distância olímpica do estilo são os 100m, e Etiene correu atrás. No Pan de Toronto (Canadá), também no ano passado, levou pra casa o primeiro ouro da natação feminina em Pan-Americanos, exatamente nos 100m costas. E foi dessa prova que ela se lembrou neste sábado quando estava a alguns segundos de conquistar o índice para o Rio 2016.
 
Etiene Medeiros durante o evento-teste da natação, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brEtiene Medeiros durante o evento-teste da natação, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
 
“A adrenalina dessa prova tem que ter mais dosagem, eu fico muito energizada, tem muito nervosismo. Quando vi o placar, até lembrei do Pan: em todas as provas do costas eu virava e via minha passagem,  e agora fiz a mesma coisa. Dei aquela lembrada, então teve um flashback do Pan e isso me motivou para fechar a prova bem”, contou. O 1m00s00 conquistado nesta manhã é o recorde do Troféu Maria Lenk. 
 
O treinador Fernando Vanzella comentou a sensação de dever cumprido. "É a prova que para ela é a mais complexa de ser trabalhada. E ela tem que estar muito bem no dia, tem que estar ajustada. Ela fez uma prova excelente hoje. Teve um detalhe da chegada que não foi tão bem, tirou um tempinho que poderia ter dado 59", mas ela nadou muito”, disse.
 
Outros resultados da manhã
Nos 100m costas masculino, Guilherme Guido também bateu o recorde do campeonato com 53s10, o quinto melhor tempo do mundo em 2016. A marca é bem próxima dos 53s09 que o atleta fez na primeira seletiva olímpica, em Palhoça (SC), em dezembro de 2015, batendo o recorde sul-americano.
 
“Estava esperando fazer 52s, pegou um pouco no final, vou ver com o pessoal da biomecânica do Pinheiros se houve algum erro. Não deu, passou perto e vamos tentar à tarde”, disse Guido.
 
Nos 200m livre masculino, os dois atletas que já haviam conquistado índice em Palhoça melhoraram suas marcas. Nicolas Oliveira fez a eliminatória em 1m46s97, e tinha 1m47s09 de Santa Catarina. João de Lucca diminuiu o 1m47s81 de Palhoça para 1m47s77.
 
Não houve brasileiras nadando abaixo do índice olímpico nem nos 100m peito nem nos 400m livre. Na primeira, a melhor nadadora nacional nas eliminatórias foi Jhennifer Conceição (1m09s08), e a marca para o Rio 2016 é 01m07s85. Nos 400m livre, Manuella Lyrio  fez 4m16s89, ainda distantes do índice de 4m09s08. Lyrio já tem marca olímpica para os 200m livre.
 
Formato e finais
As eliminatórias, disputadas pela manhã, classificam oito atletas com os melhores tempos para nadar a Final A, sejam eles brasileiros ou estrangeiros. Os nadadores brasileiros que terminam as eliminatórias da manhã entre a nona e a 16ª posições participam da Final B.
 
O pódio da prova internacional (Final A) é definido logo após a disputa. Já o pódio do evento nacional é determinado depois da realização das duas Finais (A e B). Isso porque o atleta que nadar a final B tem a mesma oportunidade daquele que nadar a final A na busca do índice olímpico, na pontuação para seus clubes e também concorre ao pódio nacional. Dessa forma, as colocações e as pontuações do Campeonato Nacional só são divulgadas após a realização das duas provas decisivas.
 
O Troféu Maria Lenk é o evento-teste da natação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Os principais aspectos testados são a área de competição, a ação dos voluntários do esporte e a tecnologia de resultados.
 
Programação do Troféu Maria Lenk 2016:
 
-Eliminatórias a partir das 9h30
-Finais a partir de 17h30 até o dia 19, e a partir de 17h no dia 20
 
Sábado (16.04)
» 100m costas feminino
» 200m livre masculino
» 100m peito feminino
» 100m costas masculino
» 400m livre feminino
 
Domingo (17.04)
» 200m livre feminino
» 200m borboleta masculino
» 200m medley feminino
 
Segunda-feira (18.04)
» 100m livre masculino
» 200m borboleta feminino
» 200m peito masculino
 
Terça-feira (19.04)
100m livre feminino
200m costas masculino
200m peito feminino
200m medley masculino
 
Quarta-feira (20.04)
» 50m livre masculino
» 50m livre feminino
» 100m borboleta masculino
» 200m costas feminino
» 1500m livre masculino
» 800m livre feminino
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Espanha leva mais um ouro no evento-teste de tiro em Deodoro

 
Em um esporte tão disputado e com tantos candidatos a medalhas quanto o tiro esportivo, é raro ver um competidor que consegue dois pódios em competições seguidas. Neste domingo (17.04), o espanhol Alberto Fernandez conseguiu um feito ainda mais difícil: obteve a sua segunda medalha de ouro consecutivas em edições da Copa do Mundo de Tiro Esportivo. Ele venceu a final do tiro ao prato - fossa olímpica, depois de também liderar a fase classificatória da etapa do Rio de Janeiro da Copa do Mundo da modalidade, que está sendo disputada no Centro Nacional de Tiro Esportivo (CNTE).
 
Vencedor em Nicosia (Chipre) há menos de um mês, Fernandez derrotou o belga Yannick Peeters em uma disputa tiro a tiro na final. Depois de um empate série inicial, a medalha de ouro veio em um shoot-off (desempate) de 7 x 6. Peeters, por sua vez, leva para casa sua primeira medalha em Copas do Mundo, assim como o terceiro colocado, Jean Pierre Brol Cardenas, da Guatemala. Os brasileiros Emilson Menarim, Emanuel Munaretto e Carlos Alberto da Costa ficaram nas 48ª, 56ª e 59ª posições, respectivamente.
 
"Fiquei muito feliz com essa segunda medalha de ouro. Estou orgulhoso de ter conseguido aqui no centro que abrigará os Jogos Olímpicos. Trabalhei muito duro durante os últimos meses e foi muito bom ver esse trabalho recompensado. Agora tenho que trabalhar ainda mais para voltar aqui em agosto", afirmou Fernandez, segundo espanhol a vencer no CNTE esta semana.
 
 
Pistola de ar
Na outra final do dia, a campeão olímpica de 2004, Olena Kostevych, da Ucrânia, ganhou a medalha de ouro da pistola de ar 10m feminina. Na final, ela não deu a mínima chance às suas sete concorrentes e alcançou 201,7 pontos. A medalhista de prata, Antonaeta Boneva (Bulgária), chegou a 197,7. O bronze ficou com Teo Shun Xie, de Singapura. As brasileiras que participaram da prova foram: Rachel Silveira (36ª colocada), Ana Luiza Souza Lima (47ª) e Ana Paula Cotta (57ª).
 
Na pistola de ar 10m, os atiradores miram em um alvo eletrônico e acompanham seus resultados em um monitor ao lado da sua posição de tiro. Na fase classificatória, os pontos são inteiros, de sete a dez, de acordo com a proximidade do centro. Cada competidor faz séries de dez tiros (seis séries no masculino e quatro no feminino). A quantidade de vezes que o competidor fez a pontuação máxima (dez pontos) é usada como critério de desempate. Os oito melhores seguem para a final. Na final, há diferenças em casas decimais. Um tiro pode valer 9.8 ou 10.9, por exemplo.
 
Evento-teste
A competição segue até o dia 24 de abril no Centro Nacional de Tiro Esportivo, localizado em área do Exército Brasileiro, em Deodoro. O Centro foi construído em 2007 para os Jogos Pan-Americanos. Com 50 mil metros quadrados e estandes para todas as provas dos programas olímpico e paralímpico, a instalação passou por reforma e ampliação para 2016, com investimento federal de R$ 38,3 milhões.
 
O torneio também está testando protocolos para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Estão sendo avaliadas as áreas esportivas e de tecnologia, o sistema de resultados, a logística de competição, aspectos de arquitetura e engenharia da instalação, a segurança e a apresentação das provas, com locutores e DJs.
 
Assista às íntegras das finais deste domingo:
 
 

 
Pistola de ar 10m (feminino)
 
1) Olena Kostevych (Ucrânia)
2) Antoaneta Boneva (Bulgária)
3) Teo Shun Xie (Singapura)
4) Wu Chia Ying (Taipé Chinesa)
5) Kim Jangmi (Coréia do Sul)
6) Heidi Diethelm Gerber (Suíça)
7) Guo Wenjun (China)
8) Chia Chen Tien (Taipé Chinesa)
 
Tiro ao prato - fossa olímpica (masculino)
 
1) Alberto Fernandez (Espanha)
2) Yannick Peeters (Bélgica)
3) Jean Pierre Brol Cardenas (Guatemala)
4) Jiri Liptak (República Tcheca)
5) Marian Kovacocy (Eslováquia)
6) Edward Ling (Grã-Bretanha)
 
Provas em disputa nesta segunda (18.04):
 
Masculino
 
Carabina de ar 10m (9h às 13h30)
Pistola 50m (9h às 12h45)
Treinos abertos para o Tiro ao Prato - Fossa Double
 
Abelardo Mendes Jr - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 

Seleção feminina conquista o ouro e a vaga por equipes para os Jogos

 
A meta era terminar entre os quatro melhores países no evento-teste para, assim, garantir a classificação por equipes para os Jogos Olímpicos. A seleção feminina do Brasil, contudo, foi além neste domingo (17.4), na Arena Olímpica do Rio. Com um total de 226.477 pontos, o elenco assegurou não só a vaga olímpica, mas o ouro da competição com uma nota que colocaria as brasileiras em quarto no Mundial de Glasgow, realizado em outubro do ano passado, quando a vaga direta para os Jogos Rio 2016 escapou por pouco.
 
“Nada é por acaso. A gente saiu do Mundial e todo mundo me dizia para ver o lado bom, de que a gente competiria no Brasil com a equipe, a torcida, no ginásio, tendo uma experiência que Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, ninguém mais teve”, avalia a coordenadora da seleção feminina, Georgette Vidor, entre um abraço e outro de comemoração com as ginastas. “Com essa pontuação e mais um pouquinho a gente disputa medalha. Então agora elas vão ter que treinar mais”, brinca.
 
 
Aliviada com o resultado, Daniele Hypolito também viu com bons olhos a participação do Brasil no pré-olímpico. “Para a gente foi super importante, principalmente para as atletas que não tinham competido ainda dentro do Brasil. A Rebeca, que é muito forte, também não tinha participado do Mundial”, justifica, já pensando em resultados melhores em agosto, nas Olimpíadas.
 
“Vamos firmes para os Jogos Olímpicos e, até lá, vamos melhorar muita coisa. No evento-teste a gente precisava estar firme, mas na Olimpíada é tudo ou nada. Vamos fazer elementos ainda mais difíceis”, adianta a experiente atleta, de 31 anos, que abriu a competição para o Brasil neste domingo, na trave, e assegurou um lugar na sua quinta edição olímpica da carreira.
 
“Eu fiquei mais tranquila pisando na arena de competição, com o público chamando o Brasil, do que no ginásio de aquecimento. Nunca fiz uma trave tão tranquila na vida sendo a pessoa a abrir o aparelho”, comenta Daniele. “Eu peguei muito do trabalho que a gente faz com a psicóloga. Ela tem motivado a gente a não deixar a energia do grupo cair, a não deixar as meninas se apagarem na competição. Eu me sinto na responsabilidade de dar essa energia para elas”, acrescenta.
 
Foi o lado psicológico que também ajudou Rebeca Andrade, recém recuperada de uma lesão no joelho. “Todas fizeram o máximo. Algumas tinham dores, outras já estavam cansadas, algumas achavam que não iam conseguir, mas ontem nossa psicóloga conversou com a gente e todo mundo se esforçou. Achei importante a união da equipe”, pondera a ginasta, que fechou a participação do Brasil na disputa com uma nota de 14.400 nas paralelas. “Eu treinei tanto esse aparelho! Depois da cirurgia foi o primeiro que eu voltei a treinar, então fiquei muito feliz com o resultado”, comemora.
 
Assim, o Brasil assegurou a inédita participação das duas equipes nos Jogos Olímpicos. “É uma felicidade muito grande ter a artística masculina e feminina pela primeira vez. É uma conquista muito grande”, festeja a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Resende.
 
 
Desempenho consistente
O Brasil demonstrou segurança ao longo da competição. Estreando na trave, a seleção marcou 14.166 com Daniele, 14.233 com Jade Barbosa, 14.566 com Flávia Saraiva e 13.566 com Lorrane dos Santos. Uma falha no computador da arbitragem atrasou a apresentação de Carolyne Pedro, que acabou perdendo a concentração, sofrendo uma queda e marcando apenas 12.466.
 
Em seguida, as brasileiras se apresentaram no solo: 13.933 para Daniele, 13.891 para Jade, 14.150 para Flávia, 13.400 para Lorrane e 12.300 para Carolyne. O terceiro aparelho, o salto, foi o que rendeu as maiores notas para o país: Daniele marcou 14.333 e Flávia fez 14.533. “Eu gostei bastante do meu salto, que é novo e executei pela segunda vez em competição”, comemora Flávia Saraiva. Em seguida, Jade somou 14.966, Lorrane atingiu 14.608 e Rebeca teve o melhor resultado no aparelho, com 14.933.
 
À frente no placar, restava ao país enfrentar seu pior aparelho, as paralelas assimétricas. Carolyne abriu a rotação com a nota de 13.433 e foi seguida por Jade Barbosa, que sofreu uma queda logo no início e atingiu 12.733 pontos. “Fiquei um pouco chateada na paralela, mas sempre uma pode errar. As outras acertaram, então fiquei tranquila. Tentei fazer uma série mais difícil do que no ano passado e tentei até o final melhorar a série, mesmo com a queda, para que a próxima subisse mais tranquila”, conta a ginasta.
 
E as outras realmente melhoraram o nível do país na prova. Flávia marcou 13.633 pontos, enquanto Lorrane e Rebeca foram além: 14.066 e 14.400, respectivamente, notas comemoradas pela equipe. Ao término das quatro rotações, as brasileiras celebravam os 226.477 pontos e a quase certeza da classificação, confirmada oficialmente após as demais competições do dia.
 
“Hoje foi outra equipe em relação ao treino de pódio. Elas estavam concentradas, focadas, querendo muito. Isso faz diferença na hora, você mostrar para o árbitro o que você veio fazer aqui”, pondera Jade, que durante os treinamentos chegou a chamar a atenção das companheiras. Lorrane também festejou o resultado. “Voltei há pouco tempo de lesão no pé, ainda estou sentindo dores, mas vim com toda a força e garra porque queria muito ajudar a equipe. Acho que fiz o melhor hoje”, afirma.
 
Até o fim de junho, a comissão técnica terá de definir os nomes das atletas que irão compor a equipe brasileira nos Jogos Olímpicos. Segundo Georgette, a dúvida gira em torno da última ginasta. “Pode ser a Tawany, a Milena, Letícia, a Carol... A gente tem uma base fiel com Daniele, Jade, Flávia, Lorrane e Rebeca. Essas cinco só sairiam em caso de lesão ou se não treinarem”, adianta a coordenadora, que já está selecionando os próximos compromissos das atletas. “Minha ideia é levar o grupo para a Copa do Mundo em Anadia e depois treinar um tempo em Portugal”, planeja.
 
 
Classificação
A pontuação do Brasil neste domingo colocaria o país em quarto lugar no Mundial de Glasgow, atrás apenas dos Estados Unidos (236.611), da Rússia (231.437) e da Grã-Bretanha (227.162), e à frente da China (225.127). Depois do Brasil, Alemanha (223.977), Bélgica (221.438) e França (220.869) também asseguraram vaga para os Jogos Olímpicos por equipes. Os quatro países agora se juntam aos oito classificados na Escócia: Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, China, Itália, Japão, Canadá e Holanda.
 
Já a tradicional Romênia, país de Nadia Comaneci, somou 216.569 pontos e, em sétimo lugar, ficou de fora da classificação mesmo com as fortes apresentações da cinco vezes medalhista olímpica Catalina Ponor na trave (14.600 pontos) e no solo (14.300). No salto, contudo, a ginasta sofreu uma queda e marcou 12.333. O país agora terá de escolher apenas uma atleta para as Olimpíadas. Também ficaram de fora as equipes da Austrália (218.428), Suíça (218.336) e Coreia do Sul (203.828).
 
Nesta segunda-feira (18.4), último dia do evento-teste de ginástica artística, serão realizadas as finais por aparelhos a partir das 13h10. No masculino, Arthur Zanetti compete nas argolas. Já no feminino, o país será representado por Flávia (solo e trave), Jade (trave), Daniele (solo e salto) e Rebeca (paralelas assimétricas). Neste domingo, a Arena Olímpica do Rio voltou a sofrer uma queda do sistema de energia, atrasando em 50 minutos a competição.
 
Programação:
 
Segunda-feira (18.4)
13h10 - 14h10: Final por aparelhos – solo (masculino) e salto (feminino)
14h10 - 14h25: Cerimônia de premiação
14h25 - 15h25: Final por aparelhos – cavalo com alças (masculino) e barras assimétricas (feminino)

15h25 - 15h40: Cerimônia de premiação 

17h10 - 17h40: Final por aparelhos – argolas (masculino)

17h40 - 17h50: Cerimônia de premiação 

18h - 18h30: Final por aparelhos – salto (masculino)

18h30 - 18h40: Cerimônia de premiação 

18h40 - 19h10: Final por aparelhos – trave (feminino) 

19h10 - 19h20: Cerimônia de premiação 

20h30 - 22h: Final por aparelhos – barras paralelas, barra fixa (masculino) e solo (feminino)

22h - 22h20: Cerimônia de premiação 
 
Terça (19.4)


14h – 16h35: Ginástica de trampolim – qualificatória e finais (feminino)
16h35 – 16h45: Cerimônia de premiação

17h – 19h35: Ginástica de trampolim – qualificatória e finais (masculino)

19h35 – 19h45: Cerimônia de premiação 
 
Quinta (21.4)


13h – 16h: Ginástica rítmica – individual geral (arco e bola)
16h30 – 19h30: Ginástica rítmica – individual geral (maças e fita)
 
Sexta (22.4)


11h – 12h30: Ginástica rítmica – Conjunto geral final
12h35 – 12h45: Cerimônia de premiação

16h – 18h15: Ginástica rítmica – individual geral final

18h20 – 18h30: Cerimônia de premiação 
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Seleção feminina faz treino de pódio antes de seletiva final para os Jogos

Tranquilidade e confiança são as palavras de ordem na seleção brasileira feminina de ginástica artística. Durante o evento-teste, última chance de classificação do grupo, são esses os sentimentos que as ginastas tentam transmitir no lugar da pressão pelo torneio do domingo (17.04). Nesta sexta-feira (15.04), Carolyne Pedro, Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Rebeca Andrade e a reserva Milena Theodoro fizeram o treino de pódio na Arena Olímpica do Rio.

“Acho que estou mais tranquila do que no evento-teste passado. Aquele estava mais difícil do que este. Agora estamos dentro de casa, preparadas, focadas e com uma equipe forte”, compara Daniele Hypolito em relação ao Pré-Olímpico de 2012, em Londres. “Eu confio no nosso grupo, na nossa competência como equipe. Estamos unidas e com essa mescla da geração passada com a nova. Tivemos mais tempo do que no outro evento-teste para treinar e nos prepararmos melhor. Agora está na nossa mão para chegarmos tranquilas no dia da competição”, avalia.

Daniele Hypolito, da seleção brasileira de ginástica artística. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Daniele Hypolito, da seleção brasileira de ginástica artística. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)

Mais experiente do grupo, aos 31 anos, Daniele pode garantir neste fim de semana a participação em sua quinta edição olímpica. Após o treino de pódio, a ginasta deixou animada a área de competição. “Eu gostei dos três aparelhos que fiz, que foram trave, solo e salto. É sempre bom quando você acaba e o técnico fala que o treino foi bom, que ele está satisfeito. Só dele ter falado isso, já fico tranquila”, comenta.

» Confira a programação do evento-teste

Flávia Saraiva também aprovou o treinamento de pódio e elogiou a cor do carpete ao redor dos aparelhos. “Achei que o ginásio ficou bonito. Gostei desse verde, deixou o ginásio alegre”, afirma. A atleta ainda minimizou uma falha no sistema de som, que obrigou as ginastas a treinarem o solo sem música. “A gente tem que continuar com foco e concentração. Já treinamos bastante com música, então uma vez só não vai atrapalhar”, acredita.

Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.brFoto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br

No treino de pódio, o Brasil deu início aos exercícios pela trave, passando pelo solo, salto e, por último, paralelas assimétricas. Considerado o aparelho mais fraco para as brasileiras, a aposta do grupo nas paralelas gira em torno de Rebeca Andrade. “Eu tenho que treinar mais do que todo mundo na paralela porque é um aparelho que faço bem”, explica.

Em seu retorno à seleção após um período afastada por lesão, Rebeca não se apresentará no solo. “Quando faço errado alguns exercícios, sinto um pouco de dor, aí não consigo terminar bem a série. E eu quero chegar para fazer o máximo, e não mais ou menos”, afirma. Neste sábado, a seleção feminina ainda fará um último treino antes da disputa decisiva de domingo.

Puxão de orelha
Segunda mais velha do grupo, com 24 anos, Jade Barbosa diz ter assumido um papel quase de mãe diante das mais jovens. “Eu fico numa função meio difícil de, ao mesmo tempo, apoiar e brigar às vezes porque elas são novas e acham que tudo é lindo, então eu mando elas focarem. Às vezes tenho que ser um pouco chata”, explica.

“Até por eu ter perdido minha mãe muito cedo e cuidado do meu irmão, tenho isso de querer cuidar delas. Para mim ainda é difícil porque sou muito sentimental. Quando acerto, fico feliz e, quando erro, fico com raiva. Eu passo isso para elas, quero que sejam focadas”, comenta Jade. “É a única oportunidade que a gente tem de estar lá dentro e treinamos muito, não podemos deixar isso passar. Elas são muito novas e às vezes começam a olhar para o lado e a ver o que a outra menina está fazendo”, conta.

Jade Barbosa, da seleção brasileira de ginástica artística. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Jade Barbosa, da seleção brasileira de ginástica artística. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)

Mesmo com a pouca idade da nova geração, Jade acredita que o Brasil nunca teve uma seleção tão forte. “É a equipe mais talentosa que a gente já teve. Se todo mundo estiver 100%, sem lesão, vai ser a melhor Olimpíada para o Brasil”, aposta. No momento, contudo, o grupo não pensa em medalhas ou sequer em finais. “Até agora a gente não treinou para isso, só para classificar. A gente faz as séries para acertar na hora, seguras. Todo mundo sabe fazer um pouco mais do que faz aqui, mas tem que arriscar. E na equipe não pode arriscar”, justifica Jade.

Com a experiência de ter disputado os Jogos Pan-Americanos de 2007 na Arena Olímpica do Rio, quando conquistou o ouro no salto e o bronze no solo, a ginasta diz ter se sentido à vontade no treino de pódio do evento-teste. “Nós também treinamos aqui do lado, então as meninas ficaram bem à vontade. Fiquei até surpresa, tanto que no salto eu briguei com elas para ficarem focadas”, admite. “O salto é um aparelho que, se a gente acerta, dá vantagem em cima das outras. Elas estavam meio ‘avoadas’ e eu briguei, mas é pelo bem”, brinca.

Para conseguir uma vaga para toda a equipe nos Jogos Olímpicos, o Brasil precisa terminar entre os quatro melhores países no próximo domingo. Serão sete rivais: Alemanha, Austrália, Bélgica, Coreia do Sul, França, Romênia e Suíça. No Mundial de Glasgow (Escócia), em outubro do ano passado, as brasileiras terminaram com a nona colocação, a apenas um posto da classificação direta.

Neste sábado (16.04), terão início as competições do evento-teste com a disputa masculina, a partir das 10h30 (de Brasília). O Brasil será representado por Arthur Zanetti, nas argolas, e por Sérgio Sasaki, no individual geral, que competem na subdivisão 2, a partir das 14h30.

Segurança
O evento-teste de ginástica conta com a atuação da Força Nacional de Segurança Pública. São cerca de 300 profissionais na arena, incluindo policiais militares, civis e bombeiros, trabalhando na segurança interna e nas proximidades da instalação de competição. Durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a Força Nacional atuará ainda nas instalações de treinamento e nos alojamentos.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Atletas e dirigentes avaliam Estádio Aquático no primeiro dia de competições

Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.brFoto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br

“Está tudo muito lindo, fiquei deslumbrando quando entrei, está de outro mundo. Padrão internacional”. Assim o nadador Brandonn de Almeida descreveu a casa da natação olímpica e paralímpica nos Jogos Rio 2016. O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, passa pelo primeiro grande teste com a realização, de 15 a 20 de abril, do Troféu Maria Lenk. Além de mais de 350 atletas disputando a competição por 58 clubes nacionais, 57 estrangeiros também conhecerão a piscina olímpica.

» Confira a programação do Troféu Maria Lenk

Nesta sexta (15.04), nadadores, dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), da Federação Internacional de Natação (FINA) e do Comitê Organizador Rio 2016 avaliaram a instalação. A impressão geral é positiva e os principais pontos de ajuste têm solução encaminhada para agosto de 2016.

Fotos: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.brFotos: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br

O diretor executivo da FINA, Cornel Marculescu, disse que é importante reconhecer os progressos na instalação. A entidade e a CBDA chegaram a pensar no Plano B de realizar a competição – que é a última seletiva olímpica da natação brasileira - no Parque Aquático Maria Lenk, mas mantiveram o torneio no Estádio Aquático. Apenas a necessidade de mais ventilação na área ao redor da piscina foi apontada por Marculescu como questão pendente e, segundo ele, já há sinalização da Prefeitura do Rio para resolver o problema.

“A única coisa que necessitamos é ter ventilação artificial no deck da piscina. Falamos com o prefeito e acho que será feito. Os planos já existem para isso. A qualidade da luz aqui é fantástica, faz um ambiente fantástico, especialmente de noite. Não existem muitas piscinas com esse tipo de luz. Somos realistas, há que reconhecer o progresso. Ainda tem muito trabalho, mas há tempo”, disse Marculescu.

“A prefeitura está fazendo um estudo e a gente aguarda com ansiedade o resultado. Conforme o prefeito falou, isso é importante e ele vai dar o máximo para se tornar realidade”, acrescentou Ricardo Prado, gerente geral de Esportes Aquáticos do Rio 2016 sobre a colocação de ventiladores no deck.

Os principais testes do Comitê Organizador são a área de competição, a ação dos voluntários específicos do esporte e a tecnologia de resultados. “Os últimos dias foram de muito trabalho pra tentar adequar a instalação à realidade dos atletas entrando, então a gente priorizou as áreas que os atletas vão efetivamente usar. Muita coisa ainda tem que ser feita, mas a gente conseguiu. A piscina de fora, a piscina de dentro, vestiários, o lounge dos atletas. Alguns tempos já chacoalharam as arquibancadas com os convidados, então foi um ótimo começo”, avaliou Ricardo Prado.

A CBDA também demonstrou satisfação com o andamento do primeiro dia da seletiva olímpica. “Houve uma dúvida grande durante o percurso até se a gente ia conseguir trazer o Troféu Maria Lenk para cá. A gente alertou várias vezes, e tenho que agradecer a parte operacional do Rio 2016. É complexo fazer tudo isso e a gente tem que agradecer porque eles correram atrás”.

Piscina de aquecimento, na área externa do Estádio Aquático. (Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br)Piscina de aquecimento, na área externa do Estádio Aquático. (Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br)

Elogios nacionais e estrangeiros
Os atletas teceram vários elogios ao Estádio Olímpico. O ponto comum de incômodo mencionado por eles é o calor, sobretudo na piscina de aquecimento. Ela terá cobertura para os Jogos com uma estrutura temporária que ainda não foi colocada.

“É lindo (o estádio), é a primeira vez que tem quatro lados. É um pouco menor que as outras arenas, mais aconchegante, bacana, eu gostei. Agora são as coisas finais de obra. Ainda não está com o ar ligado (nas áreas funcionais), fica bem quente, mas vai ficar pronto, não tem que estressar”, avaliou Joanna Maranhão.

“A piscina é brilhante. A instalação não é tão grande, então quando tiver muitos espectadores vai ficar bem legal, com uma ótima atmosfera. Algumas coisas podem estar melhores, nem todas as áreas estão abertas para nós, e estávamos no sol. Mas esse é o primeiro teste”, disse a tcheca Barbora Zavadova.

Barbora Závadová, da República Tcheca, durante o evento-teste de natação, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Barbora Závadová, da República Tcheca, durante o evento-teste de natação, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)

“É um evento muito importante, por isso vieram nadadores de todo o mundo. Está um espetáculo. A piscina é muito boa. Faz calor lá fora, mas as duas (piscinas) me parecem bem”, disse o argentino Martín Carrizo.

O maior desafio para os nadadores já pensando nos Jogos Olímpicos, de acordo com o superintendente executivo da CBDA, são as provas tarde da noite. “O pior é nadar às 22h, que é uma coisa inédita. Nadar com piscina quente a gente já nadou, várias arenas estavam quente. Nadar às dez da noite é o grande desafio”, afirmou Ricardo de Moura, em referência ao horário das finais durante o megaevento.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

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