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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Troféu Maria Lenk: João Gomes Jr faz o segundo tempo do mundo nos 100m peito

João Gomes Jr comemora a marca nos 100m peito. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)João Gomes Jr comemora a marca nos 100m peito. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
Na prova mais disputada do primeiro dia de competições do Troféu Maria Lenk, última seletiva da natação brasileira para os Jogos Olímpicos Rio 2016, atletas que já haviam conquistado o índice olímpico (1m00s57) nos 100m costas melhoraram suas marcas na manhã desta sexta-feira (15.4), na piscina do Estádio Aquático, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. O destaque foi João Gomes Jr, que completou a prova em 59s06. Esse é o segundo melhor tempo do mundo em 2016 na prova, perdendo apenas para o britânico Adam Peaty (58s41). Com o resultado da eliminatória, ele sai na frente na briga por uma das duas vagas olímpicas nos 100m costas.
 
“A gente nunca pode dizer que está 100% garantido, mas é legal porque os outros agora vão ter que correr atrás de mim. Lutei pra isso e estou conquistando meu objetivo. Minha marca na cabeça é o ouro olímpico, é só isso que eu almejo. À noite noite é confirmar meu nome na Olimpíada”, disse João Gomes Jr.
 
Ele acrescentou que vai brigar para nadar na casa 58s hoje à noite. “Quebrei o gelo na primeira caída. Estou com o pé direito na competição, entrei do jeito que eu queria, e à tarde é baixar a temperatura, a euforia e ficar tranquilo para acertar e nadar na casa dos 58”, explicou.
 
Os outros três brasileiros que nadaram abaixo do índice na primeira seletiva olímpica, em Palhoça (SC), em dezembro do ano passado, são Felipe França, Pedro Cardona e Felipe Lima. Nesta sexta, Felipe França repetiu a marca feita em Santa Cantarina (59s56), Pedro Cardona fez 59s77, melhorando o resultado de Palhoça (1m0014) e Felipe Lima nadou para 1m00s06, pouco melhor que o 1m00s09 de dezembro. João Gomes Jr havia feito 1m00s00 em Santa Catarina.
 
Daiene Dias e Etiene Medeiros celebram o índice olímpico nos 100m borboleta. (Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)Daiene Dias e Etiene Medeiros celebram o índice olímpico nos 100m borboleta. (Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)
 
Índice nos 100m borboleta
Daiene Dias nadou os 100m borboleta na terceira série em 58s04, tempo abaixo dos 58s74 que são o índice de referência para os Jogos Olímpicos. Na mesma prova, Etiene Medeiros fez 58s49 e também conseguiu superar o tempo exigido. Como terminou antes, Etiene ficou esperando na zona mista, onde ficam os jornalistas, o resultado da amiga Daiene. Ao final, as duas comemoraram juntas.
 
“Alcancei o índice em mais uma prova. Queria realmente fazer o índice nessa prova, só queria mais baixo. Mas fiquei megafeliz. Ainda vamos conversar sobre essa prova e foi muito bom”, disse Etiene Medeiros, que já tem índice nos 50m e nos 100m livre. Como a prioridade da atleta do Sesi é conseguir a marca para os 100m costas, prova que será realizada neste sábado (16.4), ela optou por não disputar a final dos 100m borboleta no fim de tarde desta sexta.
 
“Sabia que tinha que fazer minha parte, gostei do tempo, foi o meu melhor. Estou muito feliz, treinei muito para essa prova e tomara que eu consiga garantir (a vaga) à tarde. Eu sabia que tinha que ‘socar a bota’ de manhã, fazer meu máximo. Eu gosto de nadar de manhã e fui pra cima”, disse Daiene Dias.
 
Outras provas do dia
Também foram disputadas, na manhã desta sexta-feira, as eliminatórias dos 400m livre masculino e dos 400m medley nos dois gêneros. Não houve novidades em termos de marcas brasileiras para índices olímpicos. Luiz Altamir, que já fez 3m50s32 (abaixo do índice) na primeira seletiva olímpica, fechou os 400m livre em 3m57s23 e vai disputar a final B nesta sexta.
 
Nos 400m medley, Brandonn Almeida, que detém o recorde mundial júnior da prova com a marca que fez na seletiva de Palhoça (4m14s07), já abaixo do índice olímpico, completou a distância no Maria Lenk em 4m24s97. Na prova feminina, Joanna Maranhão nadou para 4m46s54. Ela superou o índice olímpico, que é de 4m43s46, em Santa Catarina, ao completar  distância em 4m40s78.
 
“A ideia era ter segurado um pouco mais, mas aproveitei para nadar um estilo encaixado. No peito e o crawl eu dei uma segurada boa, principalmente no crawl, que faz a diferença no final de prova, é aquele negócio que você só consegue fazer em final de competição. Como era eliminatória e estava muito na frente, segurei”, explicou Joanna.
 
Formato e finais
As eliminatórias, disputadas pela manhã, classificarão oito atletas com os melhores tempos para nadar a Final A, sejam eles brasileiros ou estrangeiros. Os nadadores brasileiros que terminarem as eliminatórias da manhã entre a nona e a 16ª posições participarão da Final B.
 
O pódio da prova internacional (Final A) será definido logo após a disputa. Já o pódio do evento nacional será determinado depois da realização das duas Finais (A e B). Isso porque o atleta que nadar a final B terá a mesma oportunidade daquele que nadar a final A na busca do índice olímpico, na pontuação para seus clubes e também estará concorrendo ao pódio nacional. Dessa forma, as colocações e as pontuações do Campeonato Nacional só serão divulgadas após a realização das duas provas decisivas.
 
Programação do Troféu Maria Lenk 2016: 
 
-Eliminatórias a partir de 9h30
-Finais a partir de 17h30 até o dia 19, e a partir de 17h no dia 20
 
Sexta-feira (15.4)
» 400m medley masculino
» 100m borboleta feminino
» 400m livre masculino
» 400m medley feminino
» 100m peito masculino
 
Sábado (16.4)
» 100m costas feminino
» 200m livre masculino
» 100m peito feminino
» 100m costas masculino
» 400m livre feminino
 
Domingo (17.4)
» 200m livre feminino
» 200m borboleta masculino
» 200m medley feminino
 
Segunda-feira (18.4)
» 100m livre masculino
» 200m borboleta feminino
» 200m peito masculino
 
Terça-feira (19.4)
100m livre feminino
200m costas masculino
200m peito feminino
200m medley masculino
 
Quarta-feira (20.4)
» 50m livre masculino
» 50m livre feminino
» 100m borboleta masculino
» 200m costas feminino
» 1500m livre masculino
» 800m livre feminino
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Com espinha dorsal dos Jogos pronta, COI debate detalhes operacionais do Rio 2016

Depois de seis anos de reuniões de planejamento e monitoramento da preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, começou nesta terça-feira (12.04), na capital fluminense, a 10ª e última reunião da Comissão de Coordenação do COI (Cocom) para os Jogos Rio 2016.

Durante o encontro, as autoridades debateram, principalmente, a compatibilização dos diferentes cronogramas, como de obras, de energia elétrica, de segurança e transporte. Nesta fase de preparação, o Comitê Organizador começa a trabalhar os detalhes das operações, como explicou o ministro do Esporte, Ricardo Leyser.

“É um momento de muito trabalho. A infraestrutura, espinha dorsal dos Jogos, está pronta, mas é preciso operar o evento. Isso não é um desafio menor. A operação é tão desafiadora quanto a construção da estrutura e vai dizer se os Jogos irão ser perfeitos”, explicou Leyser.

Foto: Matthew Stockman/Getty ImagesFoto: Matthew Stockman/Getty Images

No encontro que segue até quarta-feira (13.04), os gestores irão acertar o planejamento, rever os ajustes identificados nos eventos-teste, alinhar as especificações técnicas e analisar pequenas situações de logística.

“Como a presidente Nawal El Moutawakel falou: ‘são milhares de pequenas questões que precisam ser resolvidas, ajustadas no cronograma’. O que se sobressai é essa necessidade de acertar os detalhes. Pode ser em energia, segurança ou transporte”, completou o ministro.

No primeiro dia de reunião foi debatida a operação de transporte, atualização das instalações esportivas e segurança, tanto no Rio de Janeiro quanto nas cidades-sede do futebol. A experiência digital dos Jogos Olímpicos, a gestão dos Parques Olímpicos (da Barra e de Deodoro), eventos-teste, sustentabilidade, além das operações de mídia, engajamento e comunicação também entraram na pauta.  No último dia de reunião, será debatida a operação dos Jogos Paralímpicos e a experiência do público, entre outros assuntos.

» Confira os principais pontos da entrevista concedida pelo ministro Ricardo Leyser à imprensa:

Ricardo Leyser. (Foto: Francisco Medeiros/ME)Ricardo Leyser. (Foto: Francisco Medeiros/ME)A Reunião
O Cocom é mais para a compatibilização de cronogramas. Estamos na fase de encaixar as operações nas instalações. São centenas de questões que são levantadas na reunião. Exemplo: a obra tem que fazer uma parte elétrica e a Light (empresa fornecedora de energia) tem que fazer a outra parte. As duas operações têm que se encontrar, não só de cronograma, mas de especificação técnica. Então, a reunião trata muito dessas questões.

Relação com o COI
Sempre digo que os Jogos Pan-Americanos 2007, Jogos Mundiais Militares 2011 e a Copa do Mundo FIFA 2014 foram uma reintrodução do Brasil no grande mercado internacional de organização de eventos multiesportivos. É uma indústria ligada ao entretenimento, que gera muito emprego.

O Brasil tinha ficado mais de 40 anos de fora dessa indústria. Antes, tínhamos realizado a Universíade, em Porto Alegre, e o Pan-Americano em São Paulo, ambos em 1963. Depois disso não tivemos nenhum evento desse porto.

Brasil voltou ao cenário internacional com estrutura defasada. Tivemos uma boa atualização para os Jogos Pan e Parapan-Americanos 2007, mas o grau de envolvimento e gestão do Comitê Olímpico Internacional (COI) tem para os Jogos Olímpicos é uma coisa que transcende muito o nosso dia a dia da indústria brasileira de realização de evento.

O Brasil se qualificou muito. Não só os governos, mas todos os profissionais que trabalharam no comitê organizador. Conheceram mais afundo o que há de mais moderno em gestão esportiva.

Temos que agradecer essa experiência. O COI tem uma estrutura muito profissional e clara para fazer o gerenciamento dos Jogos e permite conhecer muito afundo o trabalho deles.

Metrô
O cronograma está em ordem, o ritmo de obras é intenso. Nós estamos certos que a obra estará concluída para os Jogos. Hoje foi tratada as questões dos bilhetes, para ônibus e metrô, como vai funcionar. Mas não foi tocado especificamente na operação, o Estado do Rio de Janeiro que tem detalhes.

Situação Política
Nós recebemos vários elogios pelo aumento da presença do governo federal durante os últimos meses, apesar do contexto político. Em toda a nossa apresentação conseguimos resolver muitos problemas e ter uma presença no Rio de Janeiro muito mais forte em relação há três ou quatro anos. Assim, o COI percebeu o aumento da presença do governo e o engajamento na resolução do planejamento.

Breno Barros, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte

Em abril, nove eventos-teste movimentam o Rio de Janeiro

A contagem regressiva para os Jogos Rio 2016 passará por uma série de eventos-teste, neste mês, para afinar os últimos ajustes para o megaevento de agosto. Os primeiros foram o Campeonato Sul-Americano de Levantamento de Peso, na Arena Carioca 1, e  a prova da maratona, no centro da cidade, disputados no último fim de semana. Outras sete competições serão realizadas em abril, o mais movimentado do Aquece Rio, e que envolvem o tiro esportivo, a natação olímpica e paralímpica, a ginástica, a esgrima, o polo aquático e o handebol.

Centro Nacional de Tiro Esportivo terá capacidade para duas mil pessoas. (Foto: Miriam Jeske/ Brasil2016)Centro Nacional de Tiro Esportivo terá capacidade para duas mil pessoas. (Foto: Miriam Jeske/ Brasil2016)

Na próxima sexta-feira (15.04) terão início as disputas do tiro esportivo, que irá marcar a reinauguração do Centro Olímpico de Tiro – construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007 (confira a galeria completa de fotos) – e a natação, que vai estrear a piscina do Estádio Aquático Olímpico.

O evento de tiro será a reta final de classificação dos atletas brasileiros e vai até o dia 24 de abril. A equipe de nove atiradores (que já conta com seis nomes definidos) ficará completa após o Campeonato Mundial de Tiro Esportivo, fechado ao público, e que promete reunir mais de 30 dos 45 medalhistas em Londres 2012.

O tradicional Troféu Maria Lenk de natação, que vai até o dia 20 de abril, será a primeira competição do Estádio Aquático Olímpico (entregue na última semana). O torneio é a última chance para os atletas brasileiros se classificarem para os Jogos Olímpicos.

Parque Aquático foi entregue na última semana e receberá três eventos-teste em abril. (Foto: Roberto Castro/ ME)Parque Aquático foi entregue na última semana e receberá três eventos-teste em abril. (Foto: Roberto Castro/ ME)

Ginástica Artística
O evento-teste da modalidade será disputado entre os dias 16 e 22, na Arena Olímpica do Rio. Esta será a última chance de colocar a equipe completa feminina nos Jogos de 2016. A tarefa não é fácil já que, ao lado do Brasil, outras grandes seleções também buscam a vaga.

Na competição, o Brasil irá contar com Carolyne Pedro, Daniele Hypolito, Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Milena Theodoro e Rebeca Andrade. A coordenadora da seleção, Georgette Vidor, conta que a equipe titular será definida somente um dia antes da competição. "Vamos definir a ginasta que será reserva no último momento. Depende também do que elas irão fazer no treinamento de pódio", explicou.

Flávia Saraiva é uma das esperanças do Brasil para os Jogos Rio 2016Flávia Saraiva é uma das esperanças do Brasil para os Jogos Rio 2016

Serão oito equipes participantes e quatro delas garantem a classificação. Além do Brasil, no feminino o evento-teste terá a presença da Alemanha, Austrália, Bélgica, Coreia do Sul, França, Romênia e Suíça. As brasileiras irão se apresentar na segunda subdivisão, a partir das 13h. Na segunda-feira (18.04) será realizada a final por aparelhos masculina e feminina.

Caso não se classifique, o Brasil tem direito a colocar uma ginasta nos Jogos Olímpicos. No masculino, como o país já tem a vaga por equipe assegurada. Irão competir somente Arthur Zanetti e Sérgio Sasaki no evento-teste.

Natação paralímpica
Entre 22 e 24 de abril, 212 nadadores paralímpicos de 19 países vão cair na piscina do Estádio Aquático. O evento-teste será o Open Internacional Caixa Loterias de Natação Paralímpica. Para receber os nadadores internacionais, a seleção brasileira terá força máxima na competição, que será uma oportunidade para atingir os índices de classificação para os Jogos.

A presença de grandes nomes da natação de outros países promete elevar o nível do Open no Rio de Janeiro. “Teremos grandes duelos na piscina no Rio de Janeiro. O Daniel Dias terá o americano Roy Perkins como rival, o Talisson Glock enfrentará o colombiano Nelson Crispin, e ainda teremos o duelo entre os brasileiros Andre Brasil e Phelipe Rodrigues na classe S10”, citou Rui Meslin, coordenador de natação no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Esgrima
A Arena Carioca 3 receberá entre 23 e 27 de abril o evento-teste da modalidade. Serão realizadas disputas na espada individual masculina e duas provas por equipes: o sabre masculino e o florete feminino.

Polo aquático
O Estádio Aquático Olímpico será palco do evento-teste de polo aquático, o terceiro do local no mês, de 25 a 29 de abril. Ao todo, 60 atletas de quatro países (Brasil, Estados Unidos, China e Canadá) participam da competição. O evento será fechado ao público e não vale vaga para os Jogos Olímpicos.

Arena do Futuro será inaugurada pelos atletas no evento-teste de handebol. (Foto: Brasil 2016)Arena do Futuro será inaugurada pelos atletas no evento-teste de handebol. (Foto: Brasil 2016)

Handebol
Os últimos a entrarem em quadra neste mês serão os atletas do handebol, entre 29 de abril e 1º de maio. Estreando a Arena do Futuro, o Torneio Internacional Masculino de Handebol, no Parque Olímpico da Barra, traz 64 jogadores para um amistoso entre quatro seleções de países das Américas (Brasil, Estados Unidos, Cuba e Uruguai).

Balanço
Os 34 eventos-teste realizados até o momento, 14 apenas no início deste ano, serviram para checar as instalações dos Parques Olímpicos da Barra e de Deodoro, além de estruturas na Marina da Glória, na Lagoa Rodrigo de Freitas, em Copacabana, no Sambódromo, o ginásio Maracanãzinho e o Rio Centro.

O mês de maio encerra a lista de eventos preparatórios para os Jogos Rio 2016. O goalball será o último teste do Parque Olímpico da Barra. A seleção brasileira enfrentará as equipes da Finlândia, Estados Unidos e Lituânia - um torneio entre os quatro melhores países do mundo no esporte.

Em seguida, uma série de três eventos-teste encerra o calendário Aquece Rio: o atletismo (14 a 16), o atletismo Paralímpico (18 a 21) e o futebol (22) vão alinhar os últimos ajustes para o Estádio Olímpico receber as competições dos Jogos Rio 2016.

Rede Nacional de Treinamento

A Rede é a aposta do Governo Federal para o legado de infraestrutura esportiva e de nacionalização dos efeitos dos Jogos Rio 2016. O projeto pretende interligar as diversas instalações existentes ou em construção em todo o país. A Rede contará com diferentes padrões de estruturas e atenderá dezenas de modalidades, desde a fase de detecção e formação de talentos até o treinamento de atletas e equipes olímpicas e paralímpicas. No topo estão os Centros Olímpicos de Treinamento (COT), que estão sendo construídos no Rio de Janeiro.

Ascom - Ministério do Esporte, com informações do COB, CPB e Rio 2016

Fernando Reis lesiona o cotovelo e fica fora do pódio do levantamento de pesos

O Brasil conquistou dez medalhas por peso total no Campeonato Sul-Americano de Levantamento de Pesos, evento-teste da modalidade realizado na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Mas o principal atleta da modalidade, Fernando Reis (+105kg), virou motivo de preocupação. Ele sentiu o cotovelo direito na segunda tentativa do arranco. Após levantar 190kg com êxito, ele tentou 200kg, falhou, sentiu dores e abandonou a competição.

“Ele desestabilizou o peso quando estava acima da cabeça, sentiu um estalo e estava com um pouco de dor na hora que flexionava o braço. Fizemos um pouco de gelo e resolvemos também fazer exame de imagem. Toda lesão preocupa, ainda mais de articulação”, disse o chefe da equipe brasileira, Edmilson Dantas.

ernando Reis durante o evento-teste de levantamento de peso. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)ernando Reis durante o evento-teste de levantamento de peso. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)

Fernando foi levado para um hospital na Barra da Tijuca para a realização de ressonância magnética. De acordo com informações fornecidas pela Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP), o atleta sofreu estiramento no cotovelo e a estimativa médica é de que em quatro dias ele possa ser liberado para retomar os treinos.

Dantas explicou que a marca de 200kg já havia sido alcançada em treinamento. “Não foi um exagero, o Fernando tinha feito em teste no treino no mês passado, e queríamos confirmar a marca em competição, porque passaria a ser recorde pan-americano, que é 197kg. Foi falta de sorte, fatalidade”.

Na categoria de Fernando, o evento-teste foi vencido pelo alemão Almir Velagic, com o total de 421kg. A prata ficou com Fernando Salas, do Equador (390kg), e o bronze foi para o também equatoriano Anderson Calero (372kg). Foram quatro premiações para cada categoria: a do evento-teste, pelo peso total (em que os países participantes de fora da América do Sul podem ganhar medalha), e três medalhas do Sul-Americano: arranco, arremesso e total. Sendo assim, considerando apenas o resultado regional, os equatorianos ficaram com ouro e prata.

Visão geral do evento-teste de levantamento de peso, no Parque Olímpico da Barra. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)Visão geral do evento-teste de levantamento de peso, no Parque Olímpico da Barra. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)

Testes e ajustes
O Comitê Organizador testou principalmente a área de competição, a tecnologia de resultados e a ação dos voluntários. Segundo Gustavo Nascimento, diretor de Gestão das Instalações do Rio 2016, o principal ponto de ajuste são as plataformas. “Essa prova será no Riocentro (durante os Jogos), então ficamos mais focados na dinâmica, entrada e saída dos voluntários, a tecnologia dos resultados. Fluiu bem. Tirando o problema com o piso (das plataformas) na área de aquecimento, tivemos um evento tranquilo”.

A principal observação feita pelos atletas é de que o piso estava deslizando. O Comitê Organizador explicou que as plataformas foram indicadas e homologadas pela Federação Internacional de Levantamento de Pesos (IWF, na sigla em inglês). Questionado sobre isso, Sam Coffa, vice-presidente da entidade, disse que as estruturas são novas e por isso deslizaram mais que o comum.

“Quando as plataformas chegam da fábrica, com a pintura nova, com o verniz, ficam escorregadias. Todos os equipamentos, quando são muito novos, precisamos raspá-los um pouco. Vamos conversar com os fabricantes e daremos o relatório do que ocorreu aqui. Isso não será uma questão nos Jogos”, afirmou o representante da IWF.

O chefe da equipe brasileira havia criticado a estrutura das plataformas de aquecimento, que não puderam ser colocadas diretamente sobre o piso da arena, para evitar o risco de danificá-lo. Sendo assim, foi feita uma base com uma camada de madeira e outra de borracha embaixo de cada plataforma, que estava afundando.

Rio 2016 e IWF explicaram que a estrutura para os Jogos, a ser montada no Pavilhão 2 do Riocentro, será diferente. No lugar da base de madeira e borracha para cada plataforma, será colocada uma estrutura única de proteção para o solo, feita de madeira mais resistente.

Josue Lucas durante o evento-teste de levantamento de peso. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)Josue Lucas durante o evento-teste de levantamento de peso. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)

Resultados dos brasileiros
Mateus Gregório, da categoria 105kg, ficou com o bronze ao somar 370kg. A prata ficou com David Arroyo, do Equador (376kg),  e o grande vencedor foi Jesús González, da Venezuela (381kg).

“Meu resultado não foi muito bom. No arranco, errei de bobeira no segundo, mas consertei no terceiro (com 170kg), mas não foi meu melhor, que é 175kg. No arremesso, fiz só o primeiro. Tenho que me concentrar mais. Eu sei que eu posso chegar na Olimpíada e competir melhor, meu foco é lá e é onde vou dar meu 100%”, explicou Gregório.

Romário Martins foi o campeão da categoria até 94kg com o total de 340kg. Em segundo lugar, ficou o argentino Ivan Palacios (332kg), e o bronze foi para o equatoriano Wilmer Contreras (327kg). “Estou muito emocionado. Queria ter acertado minhas seis tentativas, mas acertei cinco. Foi um bom resultado e espero melhorar. Vou treinar ainda mais duro”, disse o brasileiro.

Vagas
O Brasil tem direito a cinco vagas olímpicas por ser sede dos Jogos Rio 2016, sendo três masculinas e duas femininas. Entre os homens, segundo a Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP), Mateus Gregório e Fernando Reis estão praticamente garantidos. Os principais concorrentes à terceira vaga são Welisson Rosa, que não participou do evento-teste por conta de lesão, e Romário.

“Hoje seria Welisson Rosa, ele faz 5kg a menos que a marca do Romário em uma categoria abaixo. Mas a comissão técnica vai sentar e discutir. O Welisson vai ter que competir o Pan, o Romário aqui fez uma boa competição, ele pode se motivar com isso e melhorar mais. Com essa competição dele, ficou um pouco mais em aberta a disputa”, disse Edmilson Dantas, fazendo referência ao Pan-Americano da modalidade que será realizado em junho na Colômbia.

Na 85kg, o colombiano Yoni Andica ficou com o ouro ao somar 330 kg. O norte-americano Daniel Cooper foi prata no evento-teste (325kg), e o brasileiro Josué Lucas ficou com o bronze (325kg). Como o resultado de Cooper não conta para o Sul-Americano, Josué foi prata para a competição regional e o bronze foi dado ao chileno Kevin Cistena (295kg).

Das dez medalhas brasileiras para o peso total, sete foram conquistadas por mulheres nos três primeiros dias de competição. O chefe da equipe brasileira deu destaque à Rosane Reis (53kg), que obteve o ouro e a melhor evolução e resultado, mas afirmou que a disputa pelas duas vagas femininas ainda está em aberto. A CBLP deve definir a equipe olímpica após o Pan da Colômbia.

Medalhas do Brasil, pelo peso total

Luana Madeira (48kg) – prata
Rosane Reis (53kg) – ouro
Letícia Laurindo (53kg) – bronze
Eliane Nascimento (58kg) – bronze
Bruna Piloto (63kg) – prata
Liliane Menezes (69kg) – bronze
Jaqueline Ferreira (75kg) – bronze
Josué Lucas (85kg) – bronze no evento-teste e prata no Sul-Americano
Romário Martins (94kg) – ouro
Mateus Gregório (105kg) – bronze

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Teste da Maratona abre janela para o centro histórico do Rio

Márcio Barreto Silva venceu o evento-teste com o tempo de 2h31min22s. Foto: Alex Ferro/Rio2016Márcio Barreto Silva venceu o evento-teste com o tempo de 2h31min22s. Foto: Alex Ferro/Rio2016

Se a prova de ciclismo de estrada prioriza o visual da orla marítima do Rio de Janeiro, os 42,195km do percurso da maratona olímpica foram pensados para deixar em primeiro plano o Centro Histórico da cidade e a região do Aterro do Flamengo. Com largada e chegada no Sambódromo, o circuito, plano em sua totalidade, passou por teste em vários de seus aspectos na manhã deste domingo, no Rio de Janeiro.

Assim como havia ocorrido no evento-teste da Marcha Atlética, mesmo com a largada bem cedo, pouco depois das 6h, a combinação entre umidade alta e temperatura elevada fez com que o ritmo de prova fosse mais cadenciado. Ao todo, largaram 17 fundistas brasileiros, 16 homens e Marta Magna dos Santos entre as mulheres. Primeiro a cruzar a linha de chegada na região já próxima à Praça da Apoteose, o baiano Márcio Barreto Silva cravou 2h31min22s, bem acima do índice olímpico que estava em jogo, que é de 2h17min.

"O percurso é todo plano e maravilhoso. A prova estava bem organizada, balizada, com segurança, mas o calor e a umidade fortes têm impacto. Eu não tinha mesmo expectativa de conseguir índice. Para mim, foi um privilégio participar e ganhar. Se for para dar uma dica aos atletas que vêm para as Olimpíadas, é não sair muito forte, porque podem pagar um preço alto", afirmou Márcio.

Atleta com o melhor tempo entre os brasileiros na corrida para ficar entre os três fundistas confirmados nos Jogos do Rio, o brasiliense Marilson dos Santos aproveitou 20km da prova para fazer uma avaliação do trajeto e para retomar o ritmo de competições, já que vinha de alguns meses de recuperação de uma lesão na panturrilha da perna esquerda.

"Eu me senti bem. Já vinha fazendo bons treinos. Não senti nada da lesão. Agora, vou competir uma maratona em Praga, na República Tcheca, e pensar em outras provas mais curtas, para ganhar velocidade e ritmo. Mas já ficou bem claro que vou ter de fazer uma aclimatação boa, porque essa relação com o clima será um diferencial importante", disse Marilson.

Largada do evento-teste da Maratona, no Sambódromo do Rio. Foto: Alex Ferro/Rio2016Largada do evento-teste da Maratona, no Sambódromo do Rio. Foto: Alex Ferro/Rio2016

 

Ícone maior da maratona brasileira, Vanderlei Cordeiro de Lima também esteve presente no evento, abrindo uma prova de meia maratona exclusivamente para mulheres realizada por um os patrocinadores dos Jogos. Mesmo com três Jogos Olímpicos no currículo e um bronze conquistado em Atenas (2004), ele não nega um quê de inveja de quem terá a oportunidade de defender o país em agosto.

"Já vivi meu momento, já tive a minha fase, mas dá uma vontade enorme de poder estar aqui competindo. Participar dos Jogos fora tem uma dimensão, mas correr com o calor da torcida, em sua casa, vai ser realmente marcante na vida desses atletas. Todos, de todas as modalidades, são privilegiados. Espero que possam curtir ao máximo".

Santos Dumont

Com uma logística superlativa, a prova, mesmo sendo organizada num domingo, causa efeitos colaterais. Além de alguns pontos de congestionamento na região central, houve relatos de uma certa turbulência no fluxo de embarques e desembarques no Aeroporto Santos Dumont, que fica próximo ao trecho interditado no Aterro do Flamengo.

"O impacto no Santos Dumont foi uma preocupação desde o início da organização desse teste. É importante dizer que teremos uma operação totalmente diferente durante os Jogos. Não temos interesse algum em complicar a operação do terminal, até porque o aeroporto é parte da logística indispensável ao bom funcionamento dos Jogos", afirmou Gustavo Nascimento, diretor de instalações do Comitê Rio 2016.

"E um dos focos aqui é exatamente esse. Discutir com a operação de tráfego e segurança as necessidades de cercamentos e desvios de trânsito, o tempo de cada um desses fechamentos, e se esse cercamento pode ser ajustado", disse Nascimento. Segundo o diretor, o desenho do percurso está praticamente definido. Ajustes só serão realizados se houver alguma necessidade técnica levantada pela Federação Internacional de Atletismo. E os outros testes, com cronometragem e sistema de resultados, tiveram o desempenho esperado.

Na soma dos fatores, de acordo com os dirigentes, sobressai com sobras o benefício, inclusive no plano do imaginário mundial. Segundo Jorge Pereira, gerente de atletismo do Comitê Rio 2016, o desenho da prova tem o potencial de dar a espectadores de todo o mundo um novo olhar para áreas simbólicas mas não tão icônicas da capital fluminense.

"Nós e a empresa oficial de transmissão temos como prioridade na maratona mostrar coisas que são características da cidade, mas que fogem daquele processo padronizado. Sim, tem o Pão de Açúcar, o Corcovado e Copacabana, mas tem mais a mostrar. Como o Centro do Rio está passando por uma transformação grande, isso será legal. E é um percurso novo. O aterro já foi testado em outras maratonas. Já o Centro, a Praça XV, a Praça Mauá, é tudo novo", disse. "Em termos visuais, a parte histórica, a renovação do porto e o centro financeiro estarão em foco para bilhões de espectadores", completou Gustavo Nascimento.

Índices

São até três as vagas no masculino e no feminino para o Brasil nos Jogos. Na lista de fundistas com índice, além de Marilson Gomes dos Santos, também está Paulo Roberto de Almeida (2h11min02s). Solonei Rocha, com 2h13min15s, conquistou o índice no Mundial de Pequim 2015 e ficou entre os 20 primeiros na prova, o que já lhe garante o posto no Rio.

Correm por fora Valério Fabiano (2h15min14s), Franck Caldeira (2h16min35s), Gilberto Lopes (2h16min39s) e Edson dos Santos (2h16min51s). A data limite para eles conseguirem marcas melhores que a dos colegas é 6 de maio.

No feminino, quatro atletas já obtiveram o índice de 2h42min: Adriana Aparecida da Silva (2h35min28s), Marily dos Santos (2h37min25s), Sueli Pereira da Silva (2h39min36s) e Graciete Moreira Santana (2h41min39s).

Como no evento-teste, as provas masculina e feminina da maratona serão disputadas em domingos, o que facilita a logística. A largada feminina será às 9h do dia 14 de agosto. Os 80 atletas da prova masculina largam em 21 de agosto, às 9h30.

Gustavo Cunha - Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte

Sada Cruzeiro fatura o terceiro título consecutivo da Superliga de vôlei

Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBVFoto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

A final da Superliga masculina de vôlei, disputada na manhã deste domingo (10.04), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, poderia ter dois desfechos completamente diferentes. De um lado da rede, o Sada Cruzeiro tentava manter sua hegemonia e chegar ao terceiro título consecutivo. Do outro, o Brasil Kirin, de Campinas, disputava sua primeira decisão e tentava conquistar a inédita taça de campeão.

Depois de 2h20 de um jogo extremamente disputado, o clube mineiro saiu de quadra com a vitória e o tricampeonato consecutivo, o quarto na Superliga: 3 x 1, parciais de 23/25, 25/23, 25/15 e 30/28.

Lotado, o ginásio reuniu mais de nove mil torcedores, dirigentes, jogadores, ex-jogadores e autoridades, entre elas o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, que participou da cerimônia de premiação da partida, distribuindo medalhas para os atletas do Sada Cruzeiro, do Brasil Kirin e do Taubaté, terceiro colocado.

Depois de entregar as medalhas, o ministro Leyser destacou o ginásio lotado em Brasília, cidade que não tinha um representante direto dentro de quadra. Para ele, o sucesso de público na final masculina e na final feminina, disputada no último fim de semana, também em Brasília, mostram a importância do esporte em todas as regiões do país.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME“É a força do vôlei e do esporte brasileiro. Mostra que a gente ainda tem que avançar muito nessa nacionalização do esporte. Há uma demanda muito grande do brasileiro por esporte, por espetáculos como esse”, destacou o ministro. “Estamos no caminho certo ao incentivar que a gente tenha times em todos os estados e que os campeonatos sejam realmente nacionais. Há um potencial enorme e uma vontade muito grande do brasileiro de todas as regiões de participar do esporte”, acrescentou Ricardo Leyser.

Além de assistir à partida e participar da cerimônia, o ministro do Esporte valorizou a presença no evento também pela oportunidade de estar em contato com atletas, ex-atletas e dirigentes do esporte brasileiro.

“É muito bacana você poder conversar e assistir. É a maneira de se inteirar sobre o que está acontecendo no esporte. Tenho falado que a equipe técnica do ministério tem crescido muito, e é nesse acompanhamento, estando presente e conversando. Conversei muito com o pessoal da comissão de atletas da CBV e fica mais fácil depois ir acertando a política pública”, comentou o ministro.

De acordo com Leyser, a final da Superliga serviu também para o andamento do projeto que prevê a criação de uma Liga de Desenvolvimento no vôlei, assim como ocorre no basquete, em parceria com a Liga Nacional de Basquete (LDB). “Estava discutindo o projeto da futura liga. Ainda não tem nome, mas a gente deve trabalhar com a Superliga nos mesmos moldes do basquete, para ter times sub-21, talvez sub-21 e sub-19. Essa presença é o momento que a gente aproveita para ir costurando e entendendo esses projetos”, adiantou Ricardo Leyser.


Festa do Cruzeiro

Após a partida e a conquista do tetracampeonato, o terceiro seguido, atletas e comissão técnica do Cruzeiro comemoraram bastante o título. “Somos um time que fez história no Brasil e a felicidade é muito grande. O nosso grupo é batalhador e sempre acreditou na comissão técnica e no projeto do Sada Cruzeiro. O resultado disso tudo são os títulos e as vitórias que tivemos”, disse o técnico da equipe, Marcelo Mendez.

Do lado do Brasil Kirin, o sentimento era de frustração, já que a equipe saiu na frente do placar ao vencer o primeiro set por 25/23. “Fica um gostinho ruim. Nosso time tinha qualidade um grupo unido para ganhar essa final. É muito difícil ganhar destes caras. Infelizmente não deu”, afirmou o ponteiro Lucas Loh.


Premiações individuais

Para completar as comemorações e o fim da temporada da Superliga, os melhores jogadores da temporada, no masculino e no feminino, também foram reconhecidos e premiados no Nilson Nelson. Confira a lista completa:


MASCULINO

Maior pontuador – Escobar (Minas Tênis Clube)

Melhor ataque – Wallace (Sada Cruzeiro)

Melhor bloqueio – Maurício (Brasil Kirin Vôlei)

Melhor levantador – William (Sada Cruzeiro)

Melhor saque – Giovanni (Bento Vôlei/Isabela)

Melhor recepção – Filipe (Sada Cruzeiro)

Melhor defesa – Serginho (Sada Cruzeiro)

FEMININO

Maior pontuadora – Alix (Dentil/Praia Clube) 

Melhor ataque – Walewska (Dentil/Praia Clube

Melhor bloqueio – Carol (Rexona-AdeS)

Melhor levantadora –  Macris (Terracap/Brasília Vôlei)

Melhor saque – Carol (Rexona-AdeS)

Melhor recepção – Léia (Camponesa/Minas) 

Melhor defesa – Vanessa Janke (Rio do Sul/Equibrasil)

 

Vagner Vargas
Ascom – Ministério do Esporte

Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos é entregue para testes e "sonhos"

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
O Hino Nacional na abertura da solenidade de entrega do Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos era mera formalidade para muitos, mas teve força simbólica intensa na primeira fileira de assentos, os mais próximos da presidenta Dilma Rousseff nesta sexta-feira (08.04). Ali estava sentada uma atleta de 48 anos, que já foi pentacampeã brasileira de triatlo e disputou 13 edições do Iron Man. Uma mãe de três filhos que precisou rever conceitos, metas e prioridades em função de uma sigla chamada AMS, que designa Atrofia de Múltiplos Sistemas. “Quando tocou o hino, fechei os olhos e me imaginei ganhando uma medalha aqui. É emoção demais. É o sonho de minha vida. Disputar uma Paralimpíada em casa não tem preço”, disse Susana Schnarndorf.
 
No próximo dia 21, ela estará dentro da piscina de 50m do Parque Olímpico da Barra, que desta vez só pôde olhar da beirada e de cima da baliza da raia 4, a mais cobiçada pelos nadadores, porque nela largam os atletas de melhor tempo. Fora do pódio por 12 centésimos nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, ela busca o índice para o Rio no evento-teste e a reclassificação funcional, da Classe S6 para a S5. Isso porque nos últimos anos a severidade da doença degenerativa limitou seus movimentos e sua capacidade respiratória. “No dia 21 vou passar pela reclassificação. Na S5, serei muito mais competitiva”, disse. Na natação paralímpica, num resumo simplista, quanto menor o número da classe, maior a limitação de movimentos do atleta.
 
Antes de mergulhar no lugar que definiu como incrível, a gaúcha que treina num centro de referência em São Caetano do Sul ouviu atenta as descrições do equipamento entregue por autoridades dos governos federal, estadual e municipal e da Rio 2016. Com R$ 225 milhões do Ministério do Esporte, o Estádio Aquático conta com piscina principal para competições e uma de aquecimento.
 
Susana na Raia 4, a dos melhores tempos. Sonho Paralímpico da atleta já tem o seu palco. (Foto: Gustavo Cunha/Brasil2016.gov.br)Susana na Raia 4, a dos melhores tempos. Sonho Paralímpico da atleta já tem o seu palco. (Foto: Gustavo Cunha/Brasil2016.gov.br)
 
"Aqui a gente introduz o conceito de arquitetura nômade. O campo de jogo é o melhor possível, a experiência do espectador é a melhor, mas sem luxo, sem exagero. A ventilação é natural. Debaixo dos bancos há buracos que passam ventilação. A arena é parafusada. A gente fez um estádio que logo depois dos Jogos vai ser desmontado e vamos transformar em dois ou três novos equipamentos para o Rio, que vamos usar nas Vilas Olímpicas das áreas mais pobres da cidade”, disse o prefeito Eduardo Paes.
 
"Estamos construindo um benchmarking, uma referência, uma relação de qualidade nesta Olimpíada. Primeiro, porque os Jogos estão sendo feitos com parceria entre governo federal, estado, prefeitura e setor privado. É uma característica forte. Segundo, termos encarado esse desafio dentro do prazo, com qualidade e baixo custo. Terceiro, o legado. O que fica para a população do Rio: escolas, estruturas esportivas e uma infraestrutura significativa de mobilidade”, disse a presidenta Dilma Rousseff.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Pressão sadia
As arquibancadas trazem outra inovação. Como a parte interna do estádio tem apenas uma piscina, sem o tanque e o trampolim de saltos, os 18 mil lugares de capacidade bruta são mais próximos da área de competição. "Eu tenho uma caminhada longa de Jogos Olímpicos. Em nenhum deles tivemos um estádio aquático só para a natação. Vocês vão sentir a pressão sadia do público. Não teremos a torcida da natação naquela área isolada, longe, dos saltos ornamentais. Isso nos orgulha e nos deixa com a certeza de que estamos trazendo mais uma colaboração ao Comitê Olímpico Internacional”, afirmou Carlos Nuzman, presidente do Comitê Organizador dos Jogos.
 
Com a proximidade do público com jeito de “caldeirão”, Susana até já projeta fixar a audição em três assentos específicos, em que estarão Maila, Kaipo e Kaillane. “Eu até estava brincando aqui. Se eu ouvir um ‘“Vai, mãe’, na hora da competição, eu ganho as provas”, afirmou a atleta.
 
“Não precisamos de mármore, granito ou poltronas caríssimas. Podemos fazer de forma mais razoável, com todos os requisitos esportivos, de transmissão. Temos estruturas como se fossem definitiva, mas que podem ser desmontadas. Não nos interessava ter um parque olímpico deste tamanho como legado. Já temos o Maria Lenk que nos atende 100%. A economia no projeto chegou a R$ 100 milhões”, disse o ministro do Esporte, Ricardo Leyser.  “Existe o perfeito e o ótimo. O ótimo é adequado para a nossa concepção. E assim sobressai a cidade. Não precisamos criar ícones da arquitetura. A cidade já é muito bonita. É um equipamento fantástico para que o esporte sobressaia”, completou Leyser.
 
Sobressair com o esporte, aliás, é conceito que sintetiza a relação de Susana com o mundo. Ela somou forças para combater a doença sem cura no carinho pelos filhos e na prática esportiva. “Normalmente a pessoa vive seis ou sete anos com essa doença. Eu já estou com ela há 11 anos. O esporte desacelerou o processo degenerativo. Por isso, para mim ele é mais importante do que qualquer outra coisa, porque devolveu minha vida. Se eu não estivesse treinando, provavelmente não estaria mais aqui”.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Eventos-teste
O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos receberá o primeiro evento-teste a partir do próximo dia 15. Ao longo dos seis dias de competição, o Troféu Maria Lenk reunirá nadadores de 11 países, além do Brasil, e servirá como última seletiva olímpica para os donos da casa. Além dos 356 brasileiros, o torneio contará com a participação de 55 estrangeiros para as disputas das provas olímpicas. As eliminatórias têm início sempre às 9h30 e as finais, às 17h30.
 
Já entre os dias 22 e 24 deste mês, a nova arena sediará o Open Internacional Caixa Loterias, evento-teste da natação paralímpica. Serão 212 atletas de 19 países, e o Brasil contará com jovens promessas além da equipe principal, que compete em busca de índice para os Jogos Paralímpicos. O pólo aquático, por sua vez, fecha a sequência de torneios preparatórios no Estádio Aquático, entre os dias 25 e 29 de abril. Segundo o Comitê Organizador Rio 2016, está prevista a participação de 60 atletas, de quatro países (Brasil, Estados Unidos, Canadá e China).
 
O Estádio Aquático conta com uma piscina principal para competições e uma de aquecimento, sendo que ambas estão concluídas e preenchidas com água. Nos últimos dias, foram executados serviços como instalação de forros nas áreas técnicas, de luminárias e dos geradores, além da finalização da fixação dos assentos, que são nas cores verde e azul.
 
A fachada externa, já aplicada, é composta por 66 painéis com 27 metros de altura cada, feitos de poliéster e revestidos de PVC, com tratamento anti-UV para proteger a temperatura interna da instalação. As telas reproduzem a obra “Celacanto Provoca Maremoto”, da artista plástica Adriana Varejão. A piscina principal tem cerca de 3,7 milhões de litros de água, que durante os Jogos serão mantidos entre 25 e 28 graus centígrados. Um filtro especial reduz em 25% o uso de produtos químicos e elimina 99,9% das impurezas da água.
 
O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos será palco da natação, entre os dias 6 e 13 de agosto, e da fase final do pólo aquático, de 15 a 20 de agosto, durante os Jogos Olímpicos, além da natação dos Jogos Paralímpicos, de 8 a 17 de setembro. 
 
Ambulâncias para serem usadas em emergências nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e que ficarão de legado após os megaeventos. (Foto: Roberto Castro/ME)Ambulâncias para serem usadas em emergências nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e que ficarão de legado após os megaeventos. (Foto: Roberto Castro/ME)
 
Ambulâncias
Na mesma cerimônia de entrega do Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, o Governo Federal entregou 146 ambulâncias que servirão aos turistas e atletas que participarão dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, e o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio de Souza, assinaram o Termo de Cessão dos veículos.
 
“As Unidades Móveis de Suporte Avançado serão utilizadas para socorrer os casos mais graves. Estamos trabalhando, em parceria com estados e demais municípios onde haverá competições para aprimorar a infraestrutura e a organização dos serviços públicos do setor, para garantir toda assistência aos brasileiros e turistas que vêm ao nosso país acompanhar o mundial”, ressaltou Marcelo Castro.
 
Do total de ambulâncias, dez unidades foram entregues em 2015 ao governo do estado. O evento desta sexta marcou a entrega simbólica pela presidenta Dilma Rousseff das 136 ambulâncias restantes. As ambulâncias estão disponíveis para que o governo estadual do Rio de Janeiro possa buscá-las em Tatuí (SP), onde são fabricados os veículos.
 
Gustavo Cunha, brasil2016.gov.br, com informações do Ministério da Saúde
Ascom - Ministério do Esporte

Ministro detalha preparação olímpica do Brasil a correspondentes estrangeiros

 
Ministro Ricardo Leyser explicou conceitos da preparação olímpica brasileira e da Rede Nacional de Treinamento. Foto: Roberto Castro/MEMinistro Ricardo Leyser explicou conceitos da preparação olímpica brasileira e da Rede Nacional de Treinamento. Foto: Roberto Castro/ME
 
Se o caldeirão que concentra os ingredientes dos Jogos Olímpicos de 2016 contempla, no Rio de Janeiro, uma reformulação urbanística e uma aposta em instalações economicamente racionais, a repercussão país afora é vista como chance de aprimorar a qualidade das estruturas e equipamentos em todas as regiões e de dar aos atletas de alto rendimento condições de preparação similares às das principais potências. Foi este o duplo conceito defendido pelo ministro do Esporte, Ricardo Leyser, durante entrevista com correspondentes internacionais de jornais de vários países, como Inglaterra, França, Holanda, Japão, Alemanha e Argentina na manhã desta quinta-feira (07.04), na capital fluminense.  
 
Leyser está ligado à pasta do Esporte desde sua criação como instituição independente de outras áreas, em 2003. Segundo ele, o país vive, desde meados dos anos 2000, um processo gradual de recuperação e construção de estruturas de prática esportiva que teve um impulso considerável em função dos megaeventos, que se sucedem desde os Jogos Sul-Americanos de 2002. “Com a desistência de Bogotá, assumimos a organização quatro meses antes. E fizemos em quatro cidades (São Paulo, Rio, Curitiba e Belém), porque nenhuma tinha instalações suficientes”, recorda Leyser.
 
“Depois disso, o Pan de 2007 nos entregou 40% dos equipamentos dos Jogos Olímpicos. Os Jogos Mundiais Militares de 2011 complementaram. Ainda tivemos a Copa do Mundo que nos propiciou a reforma do Maracanã", lista o ministro. “Construímos uma estratégia racional ao longo de dez anos para dotar o Brasil dessa estrutura”, disse, em referência a investimentos não só no Rio de Janeiro, mas em centros de treinamento regionais e nacionais em vários cantos do país, aliados a entregas de equipamentos esportivos. Um conjunto de investimentos próximo a R$ 4 bilhões na consolidação da Rede Nacional de Treinamento que se soma, ainda, aos insumos dados diretamente a atletas e comissões técnicas por meio do Plano Brasil Medalhas, que reservou R$ 1 bilhão para o ciclo olímpico de 2012 a 2016.
 
Na conversa com os jornalistas, Leyser ainda abordou questões relativas a segurança, saúde, venda de ingressos e reforçou como factível a meta de o país terminar os Jogos Olímpicos entre os dez primeiros na contagem quantitativa de pódios. “Para isso, seria necessário, na nossa projeção, entre 23 e 30 medalhas. Em Londres, tivemos 17. É um desafio importante”, comenta.
 
Confira alguns dos principais trechos da conversa:
 
Racionalização dos Jogos
Adotamos uma estratégia que nos parece adequada e economicamente racional. O custo de realizar os Jogos Olímpicos no Brasil será, ao que nos consta, inferior a Londres e a Tóquio, em 2020. Esse é um dado relevante, diminuir o custo e o gigantismo do evento para que mais gente possa participar dessa organização. À exceção da Austrália, o hemisfério Sul nunca teve Olimpíadas. Assim, esperamos abrir portas para outros, como África do Sul, Argentina, e outros países da Oceania, por exemplo.
 
Conceitos essenciais  
Há dois eixos. A renovação urbana do Rio de Janeiro e a face esportiva. Nunca antes foram feitos tantos investimentos numa única cidade no Brasil. Temos aí mudanças no transporte coletivo, na reforma e revitalização da região portuária, na Marina da Glória. A prefeitura tem grande protagonismo na execução, e o governo federal é um grande financiador. No fim, é um grande pacote de melhorias numa cidade de muitas questões a serem enfrentadas. 
 
No eixo do esporte, temos uma estrutura de legado no Rio e um planejamento para transformar o esporte brasileiro, com investimentos em todo o Brasil pensado por modalidades, dentro do sistema esportivo. Um exemplo: tínhamos seis pistas de atletismo até a candidatura. Vamos nos aproximar de 50 no fim de 2016 e meados de 2017. Temos 17 já entregues. Mais cinco prontas. Isso nos ajuda a espalhar a prática esportiva por todo o Brasil. Não só na inclusão social, mas também no alto rendimento. 
 
Desempenho no Rio 2016
Temos um planejamento para ficar entre os dez primeiros na quantidade de medalhas. Esse nos parece um indicativo importante. Para isso, temos investimentos em infraestrutura esportiva no Brasil inteiro, um pacote de quase R$ 4 bilhões. Praticamente todos os que praticam esporte hoje no Brasil têm melhor condição. E a linha ideológica inclui que todo investimento no Olímpico seja feito também no Paralímpico. Nesse sentido, temos pronto, em fase de contratação de equipamentos, um dos mais modernos centros paralímpicos do mundo, em São Paulo. Esse centro, mais Deodoro e o Parque Olímpico, ficarão como os principais polos do esporte olímpico e vão interligar os outros no que chamamos de Rede Nacional de Treinamento. Num país de dimensão continental, o caminho do atleta é o desafio. A chave é descobrir um talento no Norte, no Sul e no Nordeste e dar uma trilha para que ele se desenvolva. Muito se fala sobre a Jamaica e o atletismo, por exemplo, mas às vezes ser pequeno geograficamente é bom para construir essa trilha. Para nós o desafio é enorme.
 
 
Insumos para o “top ten" 
Pelas nossas projeções, seriam necessárias entre 23 e 30 medalhas para ficarmos entre os dez primeiros. Em Londres, tivemos 17, nosso melhor resultado. Para chegar à meta, fizemos uma análise com o Comitê Olímpico e as confederações. O diagnóstico foi de que deveríamos ampliar o leque em que tínhamos condições de pódio. Não podemos depender de poucas modalidades ou atletas. Raramente dá tudo certo. Eu sempre digo que, para ganhar muitas medalhas, é preciso perder muitas, ter um leque grande de chances. Foi nesse sentido que surgiu o Plano Brasil Medalhas. Esse plano do governo federal, com investimento de R$ 1 bilhão, mapeou os atletas com chances e oferecemos a todos condições padrão. Essa condição inclui locais de treinamento de qualidade e equipes multidisciplinares, com psicólogos, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas. Além disso, os atletas participam de mais competições no exterior e ficam inseridos no calendário internacional. Trouxemos técnicos estrangeiros. Assim, crescemos muito. E já temos bons resultados. O Marcus Vinícius, do tiro com arco, é um deles. Começou com 12, 13 anos, num centro esportivo em Maricá (RJ). Aos 16 anos, conseguiu um vice campeonato mundial em categoria de base, com apoio de técnicos estrangeiros e condições de disputa. Outro bom exemplo é o Isaquías Queiroz, que começou na canoagem num programa social do Ministério do Esporte, passou por vários programas de incentivo federais e conquistou títulos mundiais.
 
Diego Hypolito e Fabiana Murer
Obviamente que gostaríamos que todos ganhassem medalhas, mas temos dois casos em especial que seriam muito comemorados porque nos parece uma questão de justiça. Uma é o Diego Hypolito, na ginástica. Ele é um campeão mundial, super atleta, mas que não conseguiu o pódio em duas olimpíadas. É uma medalha que gostaríamos de ver. Faria justiça a uma grande trajetória. Outra história semelhante é a da Fabiana Murer, no salto com vara, que não conseguiu ainda repetir nos Jogos as performances sensacionais que tem. Temos um carinho adicional por esses dois. Seria uma honra se eles conseguissem a medalha no Brasil como coroamento de histórias de sucesso. E, claro, falta um único grande título no futebol, que seria o ouro olímpico.
 
Andamento das obras
Hoje elas estão praticamente prontas. Há uma questão ou outra, como o velódromo, mas sem impacto na realização dos Jogos. Na verdade, já estamos nos movendo para fase da operação, que envolve planos operacionais de saúde, segurança, aeroportos. O Governo Federal tem papel importante nesses setores. Saúde animal também é uma operação complexa, em especial com o manejo de cavalos de vários locais do mundo. Assim, nosso principal foco de atenção já se volta da infraestrutura para a operação de serviços. 
 
Venda de ingressos
O Brasil tradicionalmente e culturalmente toma essas decisões próximo do evento. Não há tradição de compra antecipada. Termos vendido mais de 50% com antecedência para os Jogos Olímpicos é uma compra bem significativa. Mas me parece que, começando o percurso da tocha, a atenção do público vai aumentar muito e a venda deve crescer. Na Copa e no Pan de 2007 houve grande procura por ingressos. Por isso, nos parece mais uma questão de tempo do que de preocupação. Já para os Jogos Paralímpicos não há tradição grande no país de assistir ao vivo aos eventos. Por isso, estamos com estratégias sendo discutidas para acelerar a venda, que está um pouco mais baixa. E já faço um convite. Há uma expectativa grande com as cerimônias. Pelo que discutimos e assistimos, a cerimônia dos Jogos Paralímpicos será uma das mais belas e emocionantes da história.  
 
Crise política
É verdade que temos votações importantes no curto prazo, mas a estrutura do Estado brasileiro está toda de pé para os Jogos Olímpicos. O principal efeito negativo dessa discussão é dificultar que as pessoas vejam que a organização dos Jogos está bem, que as instalações estão prontas, que são mais baratas. As pessoas não estão conseguindo ver isso. Na verdade, não há impacto sobre a organização, mas sobre a comunicação. Torna mais difícil mostrar o trabalho que vem sendo feito pelo governo federal, pela prefeitura, pelo governo do estado e pelo comitê organizador. É uma experiência boa. Os Jogos têm impacto importante sobre a economia. Contribuem com a reativação econômica. A quantidade de voos internacionais já previstos reflete uma demanda grande. 
 
Virus Zika
Na área de saúde, o Brasil tem um sistema de acompanhamento efetivo e moderno. A Organização Mundial de Saúde reconheceu as medidas que tomamos no caso do vírus Zika. Estamos alinhados com as melhores práticas e com as medidas adequadas. Há transparência com as questões. Ninguém virá ao Brasil sem ter as informações necessárias. E não estamos vendo nada preocupante para os Jogos.  
 
Metrô da Barra 
O trajeto importante para a ligação entre a Zona Sul e a Barra está praticamente pronto. E tivemos alguns trechos de complicação técnica importante, com solo instável, uma areia que não permitia escavação rápida. Mas, de acordo com as informações que temos do Governo do Estado, vai funcionar para os Jogos.
 
Instalações no pós Jogos 
Temos uma situação diferente de países da Europa e da América do Norte. Temos carência de equipamentos esportivos. A utilização de estrutura é um problema quando você já tem muitas. Por isso, por exemplo, Londres tem dificuldade de lidar com o Estádio Olímpico. No Brasil, não temos quantidade razoável desses equipamentos. Temos um planejamento para os equipamentos do Rio em dois blocos. Todos vão compor a Rede Nacional de Treinamento. Alguns pequenos, ginásios comunitários, serão mais voltados à população. E há os de alto rendimento. Na região de Deodoro já existe parceria entre Ministério do Esporte e Defesa. Temos um programa grande de parceria. Vamos atender a comunidade local. Já temos inclusive um legado do Pan: 50% dos atletas brasileiros do pentatlo vieram da comunidade de Deodoro, que reúne instalações para hipismo, piscina, esgrima, tiro, uma estrutura mais pesada. São mais de 100 jovens nesse programa. Um pedaço do Parque Olímpico de Deodoro, do BMX, canoagem slalom e mountain bike, vai virar um parque público voltado para lazer. A canoagem terá uso misto, para lazer e alto rendimento. Na Barra, há uma parceria para virar centro de treinamento. Algumas instalações serão desmontadas. Há escola com vocação esportiva e até ginásios para receber grandes eventos esportivos. 
 
Manifestações e investimentos
Vivemos no Brasil um momento de dificuldade com informação. Há uma quantidade grande de informações passadas para a população de forma truncada, parcial. Durante a Copa, houve gente nas manifestações dizendo que queria para a saúde os mesmos recursos do Esporte, e o Esporte tem muitas e muitas vezes menos recursos. Vendeu-se durante a Copa que recursos para estádios saíram da Saúde e da Educação, o que também não faz sentido. E nas Olimpíadas ainda temos uma participação sensacional da iniciativa privada. Temos benefícios econômicos, sociais, turísticos. Só em contratação para alimentação nos Jogos há oito mil vagas. Isso para um item. 
 
Terrorismo e segurança
Essa é uma questão que preocupa o mundo. Houve uma mudança na lógica, inclusive com atentados que se baseiam em locais de diversão, que é cada vez mais cruel. Mas podemos, ao mesmo tempo, dizer que o Rio de Janeiro é a única cidade que teve seis grandes eventos de preparação das Forças Policiais num passado recente. Fizemos o Pan de 2007 sem incidentes. Tivemos os Jogos Mundiais Militares, a Copa das Confederações em 2013, a Copa de 2014, a  Rio +20 e a Jornada Mundial da Juventude. Todos com grande visibilidade e grande risco. E todos operados com sucesso. Dessa forma, o Rio é uma das cidades mais preparadas do mundo pela quantidade de eventos em sequência. Há uma grande integração com sistemas de inteligência de vários países. Um grau de cooperação elevadíssimo. O tema é objeto de atenção permanente nossa, mas nunca tivemos ataques terroristas, não faz parte de nossa história.
 
Gustavo Cunha - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
 

Vanderlei Cordeiro de Lima se torna o primeiro Embaixador da Lei de Incentivo ao Esporte

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ MEUm dos grandes nomes do esporte brasileiro e que tem no currículo a histórica medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, além de outros resultados expressivos, como o bicampeonato nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003, além da vitória na Maratona de Hamburgo, na Alemanha, em 2004, o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima foi oficialmente anunciado, nesta quarta-feira (06.04), em Brasília, como o primeiro Embaixador da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE).

Vanderlei participou, pela manhã, no Ministério do Esporte, do Café com Incentivo, uma iniciativa em que grandes nomes do esporte brasileiro conversam com os funcionários da LIE e de outros setores do Ministério do Esporte e contam suas histórias de vida e como a LIE os ajuda em seus projetos pessoais ou dos quais participam.

Durante quase uma hora e meia, Vanderlei – único atleta latino-americano agraciado com a Medalha Pierre de Coubertin, uma das maiores honrarias concedidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e destinada apenas àqueles que demonstram, durante suas carreiras, um alto comprometimento com os valores esportivos e humanitários – falou sobre sua incrível história de vida, sobre o episódio em que foi agarrado por um fanático religioso enquanto liderava, no quilômetro 35, a maratona nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, e, obviamente, destacou a importância da LIE para o grande projeto ao qual se dedica há alguns anos.

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Vanderlei encerrou sua carreira há oito anos e, em 2009, fundou, em Campinas (SP), o Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima. Isso só foi possível devido aos recursos captados junto à Lei de Incentivo ao Esporte. Com isso, o ex-maratonista espera retribuir, por meio de seu instituto, tudo o que o esporte lhe deu.

Indagado como se sentia após ser anunciado como o primeiro embaixador da Lei de Incentivo ao Esporte, Vanderlei disse que ficou muito feliz. “Para mim é gratificante ter recebido o convite para estar aqui nesse Café com Incentivo e poder contar um pouco da minha história de vida e do nosso trabalho junto à Lei de Incentivo. Na verdade, eu já me sentia um embaixador da lei, porque a gente acaba difundindo a importância dela no cenário esportivo nacional. Mas ser agraciado como embaixador hoje é um reconhecimento. É uma grande missão e acho que é um compromisso, não só meu, mas de todo esportista que têm trabalho de desenvolvimento junto ao esporte brasileiro”, declarou.

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

O Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima atende atualmente 220 crianças e jovens, entre 6 e 17 anos, que têm a chance de treinar todas as modalidades do atletismo. Entre os jovens revelados no Instituto está Jonathan Riekmann, classificado para os Jogos Olímpicos Rio 2016 para a prova dos 50km da marcha atlética.

A Samsung, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), a 3M, a Anhaguera Educacional, a Fundação Educar Dpaschoal e a MATERA Systems são parceiros do Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima.

“É aquilo que eu sempre falo para os demais: o importante não é o legado das conquistas, mas aquilo que você pode promover, principalmente no pós-carreira. É um compromisso fazer com que o esporte brasileiro possa crescer cada vez mais e aproveitar todas essas oportunidades que a Lei de Incentivo está nos proporcionando para fazer com que ela possa crescer cada vez mais, ser difundida e ser conhecida para que esses recursos possam chegar aonde há essa grande necessidade, principalmente, no meu ponto de vista, na base”, encerrou Vanderlei.

Luiz Roberto Magalhães

Ascom - Ministério do Esporte

Bruno Carra, o engenheiro da computação que sonha com uma medalha no halterofilismo no Rio 2016

Até o fim do ano passado, Bruno Carra conciliava a carreira como desenvolvedor de softwares com a vida de atleta. (Foto: Cléber Mendes/Fotocom/CPB)Até o fim do ano passado, Bruno Carra conciliava a carreira como desenvolvedor de softwares com a vida de atleta. (Foto: Cléber Mendes/Fotocom/CPB)

Até o fim de 2015, Bruno Carra vivia uma vida dupla. Atleta paralímpico do halterofilismo, ele alternava a intensa rotina de treinamentos com a vida de engenheiro da computação. Usava o físico para erguer mais de 160kg durante os treinos e a mente para atuar como desenvolvedor de softwares. Em dezembro do ano passado, Bruno decidiu focar todos os seus minutos no esporte.

O motivo de tal decisão foi um só: buscar a vaga nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O atleta, que tem nanismo, ficou entre os oito melhores do mundo na categoria até 54kg e assegurou o direito de disputar a competição em solo brasileiro. Uma recompensa por todo o esforço e sacrifício dos últimos meses.

“No fim do ano passado, eu estava perto de conseguir a vaga, mas perto de ficar de fora também. Por isso tomei essa decisão e foquei 100% no esporte. Foi muito gratificante conseguir a classificação, foi o retorno de todo o trabalho desenvolvido nesse tempo”, comemora Bruno, que alcançou a marca de 161kg na etapa da Malásia da Copa do Mundo, a melhor das Américas.

Bruno Carra é o dono da melhor marca das Américas na categoria até 54kg, com 161kg. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)Bruno Carra é o dono da melhor marca das Américas na categoria até 54kg, com 161kg. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)A trajetória de Bruno Carra no esporte começou por acaso. Antes de aderir ao halterofilismo, ele praticava o jiu-jítsu e frequentava a academia para melhorar a qualidade de vida. “Eu tinha dor frequentemente no joelho e no quadril. Não aguentava fazer nada de exercício”, lembra. Mas o talento e a força não demoraram a se destacar.

Nas brincadeiras com os companheiros de tatame no supino, Bruno superava todos, mesmo sendo o menor da turma. “Eu ficava sempre zoando com eles, dizia que eles só tinham tamanho mesmo”, ri Bruno. Quando um colega de treinos o levou até Valdecir Lopes, hoje seu treinador, ele viu que a distância para quem era de fato profissional no supino era grande. “Vi que eu era completamente fraco quando cheguei lá”, brinca.

Naquela época, Valdecir não treinava atletas paralímpicos, mas o contato foi fundamental para que Bruno conhecesse a modalidade. Pelas redes sociais, ele viu o agora companheiro Luciano Dantas competindo e passou a conhecer o movimento paralímpico. Em 2010, Bruno Carra tornou-se oficialmente atleta do halterofilismo.

Trauma paralímpico
Logo na primeira competição nacional, Bruno mostrou que daria trabalho. Competindo contra o recordista brasileiro de sua categoria, venceu por 1,5kg. Em 2012, recebeu um convite para disputar os Jogos de Londres. Um sonho que seria realizado mas acabou se transformando em pesadelo.

Quando já estava na Inglaterra para participar do evento, Bruno foi flagrado em um exame de controle de dopagem com a substância proibida hidrocloritiazida. O brasileiro foi suspenso e não pôde competir em Londres, adiando a estreia no maior evento esportivo paralímpico.

A substância estava em um chá verde que ele costumava tomar, mas não era descrita no rótulo do produto. “Foi uma atitude de má fé da empresa. Eu sempre tive muita atenção com tudo que tomava, mas eles não divulgaram uma substância que eles colocaram no chá e era proibida”, lamenta o atleta.

Quase quatro anos depois, ele ainda lembra com tristeza do episódio. “Foi horrível. Eu não esperava. Eu nem ia falar para testar o chá. Entreguei para o IPC (Comitê Paralímpico Internacional) e eles descobriram que tinha 2mg (de hidroclorotiazida) em cada cápsula. Não foi uma contaminação, não foi nada acidental. Com isso tive certeza de que era má fé, tanto que reduziram minha pena. Mas não pude competir”, recorda.

Em Londres 2012, Bruno não pôde competir nos Jogos Paralímpicos após ter sido flagrado em exame de controle de dopagem. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)Em Londres 2012, Bruno não pôde competir nos Jogos Paralímpicos após ter sido flagrado em exame de controle de dopagem. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)

O baque foi grande e deixou “sequelas”. Bruno teve que lidar com tudo sozinho em Londres e voltou para casa sem ter a chance de disputar uma medalha. Além disso, o atleta diz que tornou-se “neurótico” com tudo que ingere depois do episódio.

“Quando eu viajo para competir, não levo um pote de suplemento, levo tudo pesado, ensacado e lacrado. No pote alguém pode contaminar muito fácil. O meu além de ser embalado, pesado, é tudo certinho. E tudo que eu vou fazer, eu olho (o rótulo)”, conta.

Nem o próprio nutricionista escapa do rigor de Bruno. “Eu vejo as substâncias que ele me passa e checo, mesmo ele tendo bastante conhecimento. Se eu vejo um nome esquisito, embora não conste na lista da WADA (Agência Mundial Antidopagem), eu mando para a comissão médica do CPB olhar. Depois do aval de todos, eu tomo”, explica.

Volta por cima
Com a vaga conquistada para os Jogos Rio 2016 e todo o cuidado possível para evitar a história de 2012, Bruno encara os Jogos Paralímpicos como a chance de superar um episódio triste em sua trajetória.

“Estou bem confiante e feliz por ter conquistado a vaga. Em 2012 era por convite. Eu fiquei muito com isso na cabeça, que eu iria para os Jogos por mérito meu e deu tudo certo“, celebra.

No Rio 2016, atleta espera dar a volta por cima e conquistar uma medalha para o Brasil. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)No Rio 2016, atleta espera dar a volta por cima e conquistar uma medalha para o Brasil. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)

Hoje treinando em um espaço cedido por uma academia em Itu (SP) e equipada pelo Ministério do Esporte, Bruno Carra já sonha com um passo adiante: um pódio no Rio 2016. “Dá para sonhar com uma medalha, mas não tenho uma meta de quilos para levantar”, explica.

Outro trunfo do brasileiro é o fator casa. Segundo Bruno, dezenas de amigos já planejam ir ao Rio de Janeiro para assisti-lo. Um apoio que pode fazer a diferença na hora da competição. “Eu sempre competi fora do país, sem torcida, acho que vai ser algo bom. É uma energia muito positiva. Você sentir um conforto a mais é sempre bom”, projeta.

Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

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