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Aposentado, Emanuel recebe homenagens no último dia do Grand Slam
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Publicado em Segunda, 14 Março 2016 09:41
No adeus oficial às areias, Emanuel recebeu homenagens do Ministério do Esporte, de patrocinadores e da confederação.Foto: Francisco Medeiros/ME
Poucos atletas têm sua história tão atrelada à história de uma modalidade como Emanuel e o vôlei de praia. O paranaense de 42 anos se despediu oficialmente das areias durante o Grand Slam do Rio de Janeiro, na arena montada na Praia de Copacabana, mesmo local dos Jogos Olímpicos deste ano, os primeiros sem a participação dele desde que o esporte entrou no programa, em Atlanta 1996. Na sexta-feira, ele e o parceiro Ricardo foram eliminados do torneio na repescagem, contra a dupla chilena Marco e Esteban Grimalt, mas isso não o impediu de subir ao pódio neste domingo (13.03). Não para receber uma entre as mais de 150 medalhas que colecionou na carreira, mas para ser homenageado.
O ministro do Esporte, George Hilton, entregou uma placa ao multicampeão, que ainda ganhou homenagens de patrocinadores e da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Os parceiros de Emanuel nas medalhas olímpicas, Ricardo (ouro em Atenas 2004 e bronze em Pequim 2008) e Alison Cerutti (prata em Londres 2012), além do primeiro companheiro na carreira, Aloísio, presentearam o amigo com um quadro contando a trajetória dele no vôlei de praia.
Emanuel retomou a parceria com Ricardo para tentar a vaga nos Jogos Rio 2016, mas a dupla não conseguiu ficar entre as duas melhores do Brasil no Circuito Mundial do ano passado e as vagas foram para Alison/ Bruno Schmidt e Pedro Solberg/ Evandro. Sem um grande objetivo próximo, o “Rei” das areias decidiu encerrar a carreira.
“A minha grande motivação é ter um objetivo grande e quando terminou o objetivo de ir para as Olimpíadas, o outro grande objetivo seria só o Mundial de 2017. Eu teria que me preparar mais um ano e estaria com 44 anos. Essa foi a grande decisão, saber que eu não teria a paciência para me motivar mais um ano para um grande evento”, confessou Emanuel, que estava acompanhado dos pais, dos dois filhos e da esposa Leila, ex-jogadora de vôlei (quadra e praia).
Medalha de ouro olímpica ao lado de Ricardo em Atenas, 2004: o ponto mais alto da carreira de Emanuel. Foto: Getty Images
Respaldo
O apoio em casa, segundo o campeão olímpico, foi fundamental para que ele tivesse mais estabilidade emocional neste momento. “A participação da Leila foi plena, porque ela teve a experiência em 2008 quando parou de jogar. A gente trocou muita ideia sobre isso. A mulher tem esse lado mais emocional, os homens pensam de forma mais racional, pragmática, então ela me falou sobre essas emoções que iriam acontecer agora. Ela me preparou, foi o meu pilar de sustentação, por isso posso dizer que estou seguro emocionalmente”.
A decisão de parar de jogar profissionalmente de Leila foi de repente, enquanto Emanuel vem pensando na aposentadoria há anos, como contou a ex-jogadora e secretária de Esporte do Distrito Federal. Para ela, o marido se preparou para este momento e para assumir outras funções fora das quadras. “Ele é uma pessoa amada e respeitada. Construiu uma história muito bacana e agora vamos seguir em frente”, projetou Leila, que nas conversas em casa antecipou algumas situações para o campeão olímpico.
“Falei uma coisa para ele, que vi acontecer aqui. Tenho certeza de que ele se lembrou dessa conversa. Quando você é atleta, não entende e nem tem tempo para pensar o quanto você impacta na vida dos outros. As pessoas não acham que isso vai acontecer, mas no dia que acontece, elas querem se manifestar, mostrar o quanto você é importante. E foi o que disse para ele: ‘quando você parar, vai entender quem é você, o quanto você contribuiu’. É o que está acontecendo aqui. Tenho muito orgulho dele”, relatou.
O carinho dos fãs e da família, o respeito dos amigos e autoridades do esporte foi demonstrado o tempo todo na arena montada em Copacabana. Parceiro de Emanuel por dez anos, Ricardo recebeu com surpresa a notícia dada pelo amigo. “Ninguém esperava que ele fosse tomar essa decisão, mas foi uma decisão pessoal e a gente tem que apoiar e respeitar. Ele sempre se programou bem durante a carreira e acho que ele já estava se preparando para esse momento”, disse.
O amigo considera as vitórias na Copa do Mundo de 2003, no Pan-Americano de 2007, ambas no Rio, e a medalha de ouro em 2004, como as mais brilhantes da dupla. Ainda sem ter conversado muito com Emanuel sobre o assunto, Ricardo afirmou que quer vivenciar este momento ao lado do ex-companheiro de areia antes de buscar uma nova parceria. “Não quis misturar as coisas. Tentei vivenciar o momento e curtir da melhor forma possível, porque é especial para o nosso esporte e principalmente para mim”.
Quem também vai sentir falta do convívio diário com o esportista nos últimos sete anos é a treinadora Letícia Pessoa. “Fica uma saudade imensa”, confessa, antes de revelar novos planos para um trabalho conjunto. “Agora treino dois garotos mais novos e ele vai fazer umas consultorias para mim”. Na opinião da técnica, o contato com os jovens e o exemplo de carreira serão os legados que Emanuel deixará para a modalidade. “O que vai ficar de legado são os garotos mais novos verem o que ele fez para chegar aonde chegou. Isso é importante para o vôlei de praia”, disse Pessoa, para destacar o que, para ela, é a marca do ex-jogador: “Nunca desistir”.
Outra marca de Emanuel é a influência. O depoimento da tricampeã olímpica Kerri Walsh, uma das principais estrelas da modalidade, ajuda a traçar essa dimensão. "Vou sentir muita falta dele. Na homenagem, se eu e a April não estivéssemos aquecendo (para a final do Grand Slam, que as duas ganharam), eu estaria chorando. Ele significa muito para mim e para este esporte, estou orgulhosa de ter jogado durante a 'Era' do Emanuel. Ele é uma lenda, é eterno, aprendi muito com ele jogando e com o comportamento dele fora da quadra. É um homem de família, que luta pelos sonhos. Eu respeito ele por muitos motivos", afirmou.
Segundo Emanuel, o passo mais difícil vai ser desacelerar do ritmo da vida de atleta. Foto: Getty Images
Futuro
Antes de assumir outras funções, Emanuel quer diminuir o ritmo de vida próprio de um atleta, como parar de acordar às seis da manhã com vontade de treinar. “Acho que vou precisar de uns dois meses para diminuir isso, entender que sou uma pessoa normal de novo, uma pessoa que pode ter os dias mais tranquilos, dormir mais”.
Além do trabalho de consultoria junto à treinadora, Emanuel pretende atuar mais na Comissão Nacional de Atletas, órgão vinculado ao Ministério do Esporte para que os esportistas participem da formulação de políticas públicas para o setor. “Emanuel é um grande ídolo de todos nós que amamos o esporte, em especial o vôlei de praia. Ele vai iniciar uma nova etapa e vai me ajudar muito, principalmente por fazer parte da Comissão Nacional de Atletas. A ideia é que a gente possa massificar cada dia mais esse esporte pelas escolas e federações, ou seja, trabalho redobrado para nosso eterno ídolo. O Brasil vai continuar tendo muitas alegrias com ele”, destacou o ministro George Hilton.
A CBV também quer aproveitar a experiência de Emanuel para desenvolver a modalidade ainda mais pelo país. “Para nós é um dos maiores ícones do esporte, com tantos títulos, mas principalmente pelo caráter. Ele é diferenciado, vai ser importante para a Confederação. Nosso intuito é trazê-lo para perto da gente. Ele já é membro do Comitê de Apoio ao Conselho Diretor, mas queremos torná-lo funcionário nosso”, revela Ricardo Trade, diretor executivo da entidade, que garante ter feito um convite para Emanuel exercer uma função na Super Liga de Vôlei.
Dedicação e persistência sempre foram retratos do atleta. Foto: Getty Images
BATE-PAPO
Qual o sentimento após o último jogo?
Apesar de estar mentalmente preparado para esse momento, quando chegou a hora eu fiquei até surpreso. Tem aquele sentimento de quem está fora, como pessoa e de quem está dentro como competidor. Eu queria jogar mais, mais uma partida, queria continuar. E quando se dá o último ponto de encerrar a carreira, fiquei até um pouco triste, emocionado, lembrando os momentos positivos. Mas depois fui vendo que a minha carreira foi bem construída, sólida. Estou com 42 anos, poucos atletas chegam nessa idade com ritmo tão competitivo. Eu posso dizer o seguinte: foi duro o último ponto, mas foi bom por poder me lembrar da minha história.
Quando começou a pensar na aposentadoria?
A minha grande motivação é ter um objetivo grande e quando terminou o objetivo de ir para as Olimpíadas, outro grande objetivo seria o Mundial em 2017. Eu teria que me preparar mais um ano e estaria com 44 anos. Essa foi a grande decisão, saber que eu não teria a paciência para me motivar mais um ano para um grande evento, não ter um grande objetivo sem ser a Rio 2016.
E como foi a conversa com o Ricardo?
Ele recebeu a notícia com surpresa, porque não tenho problemas físicos nem lesões crônicas. A gente estava jogando bem, somos os atuais campeões brasileiros. Mas, ele falou que achava que eu estava tomando a decisão certa. A única coisa que ele falou foi que isso o fazia pensar que daqui a pouco ele vai ter que tomar essa decisão. Isso o abalou um pouco nessa parte.
Ter uma ex-jogadora em casa ajudou a encarar esse momento?
Eu acho que foi plena a participação da Leila nesse momento, porque ela teve a experiência em 2008 quando parou de jogar. A gente trocou muita ideia sobre isso. A mulher tem esse lado mais emocional, enquanto os homens pensam de forma mais racional, pragmática. Então, ela me falou sobre essas emoções que iriam acontecer nesse momento. Ela me preparou, por isso posso dizer que estou seguro emocionalmente, porque ela foi o meu pilar de sustentação. Agradeço muito a ela por ter me ajudado.
Quais os planos para o futuro?
O primeiro plano é fazer um “destreinamento”, tirar o ritmo de atleta. Eu continuo acordando às seis horas da manhã, querendo já correr, fazer os treinamentos, acho que vou precisar de uns dois meses para diminuir isso, entender que sou uma pessoa normal de novo, uma pessoa que pode ter os dias mais tranquilos, dormir mais. Depois disso, a minha ideia é fazer parte da construção do futuro do esporte, fazer um plano de ação para as próximas Olimpíadas, ou para as de 2024, enfim estar engajado nessa área.
E a participação na Comissão Nacional de Atletas?
Uma grande dificuldade para mim, que estava ainda atuante no esporte, era estar ativo na comissão. Vi que os outros atletas que fazem parte e não estão mais competindo estavam mais engajados. A partir de agora, posso dar mais a minha voz, minha experiência e ter calma, porque ali as coisas são discutidas com grande experiência, com ícones do esporte com 15 anos fora das quadras, No começo me senti como um aprendiz, tentando absorver como funciona, para depois dar minhas opiniões.
Quais as lembranças mais marcantes?
Agora nesse momento eu penso em como começou, o momento ápice em 2004 e agora. São três marcos na minha cabeça, que eu penso: se eu quero lembrar de desafios, foi no início da carreira, de acreditar, aceitar mudanças, todas as dificuldades. No meio, a consagração, quando você consegue adquirir um ritmo de jogo, uma estrutura sólida. E agora no final, a felicidade de ter construído tudo o que eu imaginei.
No ouro olímpico, marca mais o último ponto ou o pódio?
O pódio, porque depois daquele pódio nunca mais consegui ouvir de uma forma serena o Hino Nacional, sempre me remete para lá.
Títulos na carreira
» Ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004;
» Prata nos Jogos Olímpicos de Londres 2012;
» Bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008;
» Tricampeão mundial (1999, 2003 e 2011);
» Dez títulos no Circuito Mundial (1996, 1997, 1999, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2011);
» Nove títulos no Brasileiro (1994, 1995, 2001, 2002, 2003, 2006, 2008, 2011 e 2014/2015);
» Ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e 2011;
» Bronze nos Jogos Sul-Americanos de 2014;
» Campeão da Copa do Mundo em 2013.
Gabriel Fialho
Ascom – Ministério do Esporte
Com segurança sanitária garantida, centro hípico já pode receber cavalos dos Jogos
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Publicado em Sexta, 11 Março 2016 23:01
O cuidado com os cavalos que participam das provas de hipismo nos Jogos Rio 2016 começa no embarque dos animais no país de origem e termina na segurança sanitária no Parque Olímpico de Deodoro, local de disputas das provas da modalidade. A ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, conferiu as instalações, nesta sexta-feira (11.03), dando continuidade à agenda do Governo Federal para afinar os preparativos para o megaevento. Ela assegurou que a área está pronta para receber os equinos, que começam a chegar ao país em julho.
“Esse trabalho começou a ser feito há dois anos, limpando a área de pequenos animais, pragas e doenças. Conseguimos fazer o vazio sanitário e declarar essa área livre de doenças de equinos. Esse reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal é da maior importância”, afirmou Kátia Abreu, fazendo referência ao documento do órgão internacional que atesta a biossegurança do Centro de Hipismo.
Ministra Kátia Abreu visita Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)
O Ministério criou uma área de segurança, que compreende o percurso do Galeão ao Parque de Deodoro, o chamado “vazio sanitário”. Os animais são atestados em seus países de origem, desembarcam no aeroporto do Rio de Janeiro e são transportados em caminhões lacrados para os locais de competição. A ação será toda fiscalizada pelo Governo Federal.
“Os cavalos têm um chip subcutâneo, colocado no pescoço. Os veterinários dos países de origem atestam que os exames exigidos foram feitos. Os cavalos têm um passaporte em papel, que atesta as vacinas que eles tomaram e traz as informações que estão no chip. Esta fiscalização é feita na chegada deles ao país”, explica o coronel Sérgio Bernardes, coordenador geral das instalações olímpicas da região.
Os cavalos do Exército, que ficavam na Vila Militar, onde está o Parque Olímpico, foram retirados há mais de seis meses do local, para evitar qualquer tipo de contaminação. Prazo maior que o exigido nas regras internacionais. “Tecnicamente, esse período elimina a possibilidade de termos qualquer tipo de vírus ou bactéria que possam causar doenças. O trabalho agora é de manutenção”, complementa Bernardes.
Arena das provas de salto, adestramento e CCE. (Fotos: André Motta/Brasil2016.gov.br)
Mormo
A segurança biológica eliminou também a possibilidade da presença de bactérias como a que transmite o mormo - enfermidade equestre que afeta o sistema respiratório e é letal -, que gerou certa preocupação após diagnóstico positivo em um cavalo originário do Espírito Santo e que transitou pela Vila Militar no primeiro semestre do ano passado. “Cumprimos, de forma rigorosa, todas as regras internacionais de movimentação e permanência de animais e qualquer risco na região foi eliminado”, garantiu a ministra.
Para Kátia Abreu, a experiência adquirida pelos técnicos brasileiros para cumprir todas as normas sanitárias internacionais será o maior legado olímpico para o setor. “Diante de todo o trabalho de biossegurança realizado para receber os Jogos, o Ministério cresceu. Os fiscais federais e os técnicos se aprimoraram e até a ministra aprendeu sobre o assunto. Toda essa experiência é o maior legado para nós”.
Após passar pelos locais de competição do Concurso Completo de Equitação e do Cross-Country, a comitiva seguiu para o Estádio de Deodoro e depois para a Arena da Juventude, que recebem o evento-teste de pentatlo moderno até a próxima segunda-feira (14.03).
Baias para os cavalos e pista coberta para treinos. (Fotos: André Motta/Brasil2016.gov.br)
Instalações
O Centro Nacional de Hipismo foi construído para os Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e projetado de acordo com os padrões da Federação Equestre Internacional. O complexo tem uma área aproximada de um milhão de metros quadrados. A pista de Cross-Country, as quatro pistas de treinamento e a arena de saltos e adestramento foram adaptadas e ampliadas para as provas da modalidade nas Olimpíadas e Paralimpíadas.
Reservatório de água no circuito de Cross-Country. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)Técnicos da Federação Internacional estiveram nesta sexta-feira medindo a descompactação do solo das pistas. Segundo Bernardes, o cuidado é para evitar que os cavalos sofram lesões ao saltarem. “A cada ciclo olímpico surgem tecnologias novas. O que temos de novidade são os pisos das pistas de salto, tanto a principal como as de aquecimento. Trata-se de uma mistura de areia bastante fina, com fibras. A finalidade é amortecer o impacto dos saltos nos cavalos e evitar lesões. Essa tecnologia é homologada pela Federação Equestre Internacional. Na área do Cross-Country, pelo mesmo motivo, também temos que ter cuidado com o piso. A preparação é feita na grama e no subsolo, que tem que ser descompactado para ter um nível de absorção adequado do choque”.
No plantio e manutenção da grama foram usadas máquinas de corte vertical, corte baixo e descompactação. Na fase inicial, a irrigação é mais intensa para que a grama se fixe bem e não se solte quando os cavalos estiverem galopando. “Nós temos um reservatório com capacidade para 240 mil litros de água. Estamos fazendo três irrigações diárias, setorizadas. A pista tem oito setores, cada um com um tempo de irrigação. Onde está mais duro, molhamos mais, para facilitar a descompactação”, detalha Bernardes.
O centro de hipismo também contará com uma nova clínica veterinária e acomodações para tratadores e veterinários (serão 72 apartamentos).
Pista de cross-country
- Percurso de 6,4 quilômetros para os Jogos Rio 2016
- Largura: entre cinco e 20 metros
- Capacidade: 15 mil espectadores em pé e mil sentados (temporários)
- Reservatório: capacidade para 240 mil litros de água
Arena de hipismo para as provas de saltos, adestramento e Concurso Completo de Equitação. (Foto: Gabriel Fialho/ ME)
Arena de Saltos e Adestramento
- Quatro pistas de aquecimento
- Uma pista coberta (treinos): 70 metros por 30 metros
- Capacidade: 14,2 mil lugares (1,2 mil permanentes e 13 mil temporários)
Yane Marques será o Brasil na Final do evento-teste do Pentatlo Moderno para Rio 2016
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Publicado em Sexta, 11 Março 2016 07:43
Foto: Divulgação/UIPM
O Brasil deu o pontapé inicial para as disputas do pentatlo moderno nos Jogos Olímpicos Rio 2016. É que nesta quinta-feira (10.03), a cidade abriu o evento-teste da modalidade para o torneio em agosto. A competição é a segunda etapa da Copa do Mundo do esporte e contou com 80 pentatletas de 27 países na qualificação feminina. Dentre elas, a medalhista de bronze em Londres 2012, a brasileira Yane Marques. A pernambucana avançou e vai representar o Brasil na final do torneio, que já tem disputa nesta sexta (11).
Além da atleta número 1 do país e número 5 do ranking mundial da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM), que somou 1.008 pontos e foi a 20ª na classificação geral, o Brasil também esteve representado na estreia do evento-teste por outras sete pentatletas: Larissa Lellys, que foi a 37 ª com 989 pontos e por pouco não ficou entre as 36 finalistas; Priscila Oliveira, a 43ª com 967; Isabela Abreu, 73ª (826); Stephany Saraiva, 75ª (794); Bianca Cavalcanti, 77ª (764); Brenna Lima, 79ª (691); e Mirian Duarte, 80ª (670).
Foto: Divulgação/UIPM
Na programação desta quinta, no Complexo Esportivo de Deodoro, na Zona Oeste da Cidade, as competidoras encararam a esgrima, a natação e o evento combinado de tiro a laser e corrida. O hipismo só está presentes nas finais do Pentatlo Moderno.
Na luta com a espada, Yane fez a 5ª melhor apresentação, depois de vencer 17 duelos e conquistar 242 pontos; na natação, ela cravou a 5ª marca, 2min13s37 (300); e no combinado, terminou as quatro séries de cinco acertos no alvo intercaladas com 800 metros de corrida no 59º tempo, 13min54s06 (466).
Foto: Divulgação/UIPM
A vez dos homens
Depois de realizar a qualificação feminina na estreia do evento-teste, a Copa do Mundo de Pentatlo Moderno segue nesta sexta (11) com a qualificação masculina e o início da final entre as mulheres. Antes da disputa entre os homens, as 36 finalistas do evento feminino encaram a primeira parte da esgrima, quando todas se enfrentam para formar o ranking que irá definir a prova bônus da luta com a espada no sábado, 12, e que será realizada com as demais disputas da grande final.
A qualificação entre os homens de hoje vai contar com 103 pentatletas de 36 países. O Brasil estará representador por nove competidores: Breno Lima, Danilo Fagundes, Enrico Ortolani, Felipe Nascimento, Gabriel Sasaqui, Luis Magno, Victor Aguiar, William Muinhos e Yan Freitas.
Fonte: CBPM
Ascom – Ministério do Esporte
Piscina do pentatlo moderno é inaugurada. Integração entre educação e esporte é destacada por ministros
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Publicado em Sexta, 11 Março 2016 07:21
Foto: Francisco Medeiros/ME
A piscina que receberá as provas de natação do pentatlo moderno durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 foi inaugurada nesta quinta-feira (10.03), em cerimônia com os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, do Esporte, George Hilton, e com o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman. A estrutura integra o Parque Olímpico de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e já está sendo usada pelos 180 atletas, de 40 países, que participam da segunda etapa da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno, evento-teste da modalidade para as Olimpíadas que teve início nesta quinta e segue até segunda-feira (14.03).
O Centro Aquático do Pentatlo Moderno foi construído com recursos federais para os Jogos Pan-Americanos do Rio em 2007. Agora, o espaço recebeu reformas e ampliações para as competições olímpicas, com investimentos de R$ 4,4 milhões do Ministério do Esporte.
O presidente da Federação Internacional de Pentatlo Moderno, Klaus Schormann, afirmou que os pedidos da entidade foram atendidos. "Vir a esta celebração é um momento muito especial para mim. Eu estive aqui nos Jogos Pan-Americanos e nos Jogos Mundiais Militares. Eu posso dizer para vocês que tudo que foi prometido está sendo entregue", garantiu.
O presidente do COB comemorou a possibilidade de checar as estruturas com antecedência. "Nós estamos contentes com as entregas das instalações, com grande antecedência, já tivemos mais de trinta eventos-teste para os Jogos. Aqui em volta há várias instalações prontas", avaliou.
O pentatlo também será disputado na Arena da Juventude (palco dos duelos de esgrima) e no Estádio de Deodoro (hipismo e evento combinado – corrida e tiro), que também já foram entregues. A Copa do Mundo servirá para a avaliação do Centro Aquático e destas outras instalações.
Foto: Francisco Medeiros/ME
Deodoro
Para o dirigente, as instalações olímpicas na Zona Oeste mudar a centralidade urbana do município. "Deodoro será uma área fundamental para o futuro. Tenham em mente que está sendo criado um novo pilar, uma outra área para a cidade, não apenas as praias", disse.
O Parque Olímpico de Deodoro foi construído na Vila Militar, que conta com R$ 825,4 milhões em investimentos do Ministério do Esporte para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O ministro George Hilton destacou a importância da parceria com as Forças Armadas, que contam com diversos atletas em seus quadros, como a medalhista de bronze em Londres 2012, Yane Marques, beneficiada com a Bolsa Pódio. "O legado aponta para uma participação mais efetiva das Forças Armadas com todas estas estruturas, tanto aqui em Deodoro, como no Cefan, na Escola Naval... Estamos criando uma relação mais estreita e esses equipamentos poderão ter uma gestão muito importante depois das Olimpíadas, o que permitirá que o nosso esporte tenha protagonismo nesta e nos Jogos futuros".
Para o ministro da Educação, o país está preparado para oferecer uma grande Olimpíada e Paralimpíada, a exemplo da Copa do Mundo de 2014. "O Brasil está preparado para fazer os melhores Jogos da história. Nós fizemos a melhor Copa e foi reconhecido por todos que estiveram aqui. Nós estamos trabalhando para estar no pódio em muitas modalidades. Essa é mais uma obra e demonstra o esforço grande do Governo Federal para cumprir todas as nossas responsabilidades".
Reforma
O Centro Aquático – que após o Pan de 2007 passou a ser a sede de treinamentos e de competições nacionais e internacionais da modalidade – ganhou novo revestimento interno na piscina, além de um novo revestimento de toda a área externa. Os blocos de partida foram trocados por modelos novos e foram readequadas as instalações hidrossanitárias, de incêndio, elétricas e de gás.
Além disso, toda a estrutura física foi reforçada para acomodar a arquibancada temporária que será erguida para os Jogos. O Centro Aquático também fará parte da Rede Nacional de Treinamento, que o Ministério do Esporte está constituindo em todo o país como um dos maiores legados dos Jogos Rio 2016.
Esporte e educação
Desde o início da semana, vários ministros com projetos envolvidos na organização dos Jogos Rio 2016 têm realizado agendas para checar os preparativos de cada área. Depois dos chefes das pastas de Cidades, do Esporte e de Ciência, Tecnologia e Inovação, nesta quinta-feira foi a vez do ministro da Educação visitar instalações olímpicas.
Para Aloizio Mercadante, a Rede Nacional de Treinamento que está sendo constituída pelo Governo Federal e que será o principal legado olímpico em infraestrutura esportiva incentivará a ciência do esporte e a formação de atletas em associação com programas educacionais. "Esta estrutura que estamos formando tem que se transformar em um projeto olímpico permanente, para formarmos esportistas de alto nível e principalmente associar a formação e a ciência para impulsionar o esporte", afirmou o ministro, que deu os exemplos do Laboratório Antidopagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a oferta de esporte no contra turno escolar de programas sociais como o Mais Educação e o Segundo Tempo.
Após a inauguração da piscina do pentatlo moderno, a comitiva visitou as instalações do Parque Radical de Deodoro, que conta com o circuito de canoagem slalom. A equipe brasileira, que já utiliza a instalação para os treinos visando às Olimpíadas, conversou com as autoridades. O canoísta Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê, destacou a importância de sua formação educacional para se tornar um atleta de alto nível.
"Eu acho que esporte e educação sempre têm que andar juntos, ainda mais na canoagem slalom, que depende muito do intelecto. Não adianta apenas ser forte fisicamente. Desde a minha base, no projeto Navegar, a base estudantil estava junto com o esporte. Se não tínhamos notas boas, não podíamos continuar remando. Então, é uma forma de incentivar os dois lados", comentou.
O ministro da Educação e o secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, seguiram de Deodoro para o Parque Olímpico da Barra, onde conferiram de perto instalações como a Arena Carioca 1 e o Parque Aquático.
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
Boxe brasileiro define atletas das seis vagas garantidas para Rio 2016
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Publicado em Quinta, 10 Março 2016 12:39
A Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) divulgou, nesta quinta-feira (10.03), os nomes dos pugilistas que ocuparão as seis vagas olímpicas do Brasil. Por ser o país-sede dos Jogos Olímpicos, as vagas foram destinadas ao boxe nacional.
Foto: Divulgação
Adriana Araujo (categoria leve - 60kg), Patrick Lourenço (mosca ligeiro - 49kg), Julião Neto (mosca - 52kg), Robenilson de Jesus (galo - 56kg), Joedison Teixeira (meio médio Ligeiro - 64kg) e Michel Borges (meio pesado - 81kg) são os atletas anunciados pela entidade.
Os atletas se juntam ao Robson Conceição (leve - 60kg), que já tinha conquistado a classificação pessoal durante o Campeonato Mundial de 2015. Assim, o boxe nacional será representado por seis pugilistas que contam com apoio financeiro do programa Bolsa Pódio e um do programa Bolsa Atleta.
Agora, a delegação nacional batalha por mais seis vagas olímpicas. Os atletas irão buscar a classificação durante o torneio continental que será disputada na Argentina. No masculino, a equipe está de olho na vaga no meio médio (69kg), médio (75kg), pesado (91kg) e super pesado (+91kg). No feminino, no mosca (51kg) e médio (75kg).
Ascom – Ministério do Esporte
Com equipe jovem, judô avalia a experiência olímpica na Arena Carioca 1
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Publicado em Quinta, 10 Março 2016 10:45
Foto: Miriam Jeske/Brasil2016/ME
Foi o sexto evento-teste realizado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra. Mesmo já avaliada minuciosamente, alguns aspectos específicos do judô puderam ser monitorados durante os dois dias de lutas. Com a estrutura aprovada por atletas e dirigentes, do Brasil e de delegações estrangeiras, a competição foi encerrada nesta quarta-feira (9.3) com nove medalhas para os donos da casa.
“Neste evento testamos a área de competição, a parte de resultados e de apresentação do esporte, o serviço para os atletas, vestiários, operação, além dos nossos voluntários e a nossa equipe de gestão”, explicou Rodrigo Garcia, diretor de esporte do Comitê Rio 2016. “O judô é um esporte tradicional no Brasil e que sempre briga por medalhas. Então, você escutar dos times que a instalação é do nível dos Jogos Olímpicos é extremamente satisfatório”, acrescentou.
De acordo com o gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson, a aprovação foi internacional. “As equipes estrangeiras estão gostando bastante. A direção da FIJ (Federação Internacional de Judô) também está empolgada com o ambiente, com a forma como a equipe foi treinada para trabalhar”, contou. “Eles estão bastante impressionados com a grandiosidade, a beleza e o conforto das instalações. A avaliação é muito positiva”, completou.
Foto: Miriam Jeske/Brasil2016/ME
Como as lutas durante os Jogos Olímpicos serão realizadas na Arena Carioca 2, a comissão técnica e os atletas da equipe principal do Brasil aproveitaram a oportunidade para conhecer a instalação, vizinha ao palco do evento-teste. “É bem parecida e está muito legal, com estrutura perfeita para o judô”, comentou a técnica da seleção feminina, Rosicleia Campos, que já vive a expectativa para a estreia olímpica no Brasil. “Fizemos um treino na segunda-feira e vimos um ensaio da premiação. Para o primeiro lugar, sempre falavam o Brasil. Eu fiquei falando ‘yes, yes’, imaginando e querendo que chegue logo”, brincou.
Os atletas da seleção olímpica, poupados do evento-teste, acompanharam as disputas das arquibancadas. “Acho que é importante ter esta experiência e ver como é o ambiente, afinal a gente tem que usar a vantagem de estar em casa. Temos que tomar isso aqui como o nosso lugar, para que aquela pressão que todo mundo fala seja a nosso favor”, opinou Victor Penalber (categoria -81kg). “Eu achei a arena e a estrutura muito boas, as pessoas vão gostar no dia. Agora é só esperar o momento”, acrescentou a campeã olímpica Sarah Menezes (-48kg).
Presente no torneio, o ministro do Esporte, George Hilton, destacou que todos os aspectos das instalações estão sendo vistoriados durante os eventos-teste. “A arena está perfeita, com tudo funcionando muito bem. Nossos técnicos estão atentos a detalhes, como o ar condicionado, a iluminação, o nível de conforto, para que tenhamos 100% de acertos nos eventos que ocorrerão aqui”, afirmou. Após o evento-teste, George Hilton e o Secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, visitaram a sede da Confederação Brasileira de Judô, no Aeroporto do Galeão, acompanhados por atletas da Seleção.
Motivação
Para Ney Wilson, o mais importante do evento-teste foi dar a experiência olímpica a jovens atletas, que fazem parte do projeto para os Jogos de Tóquio e que foram convocados para o torneio no Parque Olímpico. “Estamos dando uma oportunidade para a nossa geração de 2020 vivenciar esse clima, esse ambiente, e isso nos permite colocar uma semente neles, que vamos regar até 2020 para colhermos frutos lá. Essa foi a nossa estratégia, com atletas que passaram pela equipe de base com resultados”, explicou.
Na terça-feira (8.3), primeiro dia de lutas, as medalhas ficaram por conta de Jéssica Pereira (-52kg) e Lucas Godoy (-66kg), que levaram a prata, e Raquel Silva (-52kg) e Diego Santos (-66kg), com o bronze. Já nesta quarta, o Brasil conquistou mais cinco medalhas. Jéssica Santos e Erika Ferreira levaram os bronzes do -63kg. Eduardo Santos foi o campeão da categoria -81kg, que teve os brasileiros Igor Pereira e Edu Ramos com os bronzes. O evento-teste contou com a participação de 122 atletas, de sete países.
“Consegui mostrar o meu serviço para o técnico da seleção. Acho que dei um passo para 2020”, avaliou o campeão Eduardo Santos, que na final derrotou o japonês Toshimasa Ogata. Na estreia, o brasileiro venceu o alemão Dominic Ressel. Na sequência, Eduardo ainda superou os compatriotas Luanh Rodrigues, Luiz Junior e Igor Pereira para chegar à decisão.
“Achei a competição bem forte. Não tinha muitas atletas internacionais, mas as brasileiras estavam em um nível muito bom. Foi bom sentir o que é uma Olimpíada”, analisou Jéssica Santos, que venceu a alemã Vivian Herrmann na disputa pelo bronze. “Fiquei feliz quando recebi a convocação porque fiquei um tempo afastada por causa de lesão e voltei a competir forte no ano passado. Em seguida veio a convocação, fiquei até emocionada”, acrescentou a judoca.
Privilégio
Igor Pereira, atleta do Instituto Reação, nem estava na lista dos convocados pela CBJ, competindo apenas pelo clube, mas impressionou e comemorou o bronze. “Foi um privilégio competir onde serão as Olimpíadas e mostrar que sou capaz de conseguir resultados até em outra categoria”, afirmou o atleta, que costuma lutar no peso -73kg. “É minha estreia em um evento como este e me senti como se estivesse lutando as Olimpíadas. Sem palavras para descrever a sensação de subir nesse tatame e mostrar o meu judô”, contou.
Prata no -63kg, após ser derrotada na final pela japonesa Kaho Yonezawa, a britânica Bekky Livesey também aprovou a experiência. “Eu nunca tinha lutado numa arena tão grande antes. Acho que a atmosfera estava boa aqui hoje, não consigo nem imaginar como será nas Olimpíadas”, disse. “Achei a arena muito bonita, fácil de se identificar, com acessos tranquilos”, opinou Rafael Macedo (-81kg), eliminado nas oitavas de final pelo japonês Ogata. “Já é uma experiência de sentir um pouco o clima, na estrutura, no ginásio, com todo modelo de competição olímpica. Você vai ganhando uma experiência desde jovem”, acredita o brasileiro.
Camping
A partir desta quinta-feira (10.3) e até o dia 17, os atletas que disputaram o evento-teste e a seleção principal do Brasil estarão com as equipes estrangeiras participando de um treinamento de campo no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan). As atividades contarão com a presença de judocas de seis países, além do Brasil: Grã-Bretanha, Japão, Bélgica, República Tcheca, Canadá e Líbano.
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Sistema meteorológico montado para os Jogos Rio 2016 ficará como legado
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Publicado em Quinta, 10 Março 2016 01:42
As condições climáticas para os esportes disputados em ambientes abertos fazem a diferença no desempenho dos atletas e nos preparativos dos organizadores das provas. Em modalidades como a vela, o vento e as marés são fatores determinantes para o resultado da competição. A altura das ondas em determinado dia pode exigir uma logística diferente para as equipes de apoio das maratonas aquáticas. Para monitorar essas e outras variáveis e elaborar os relatórios com os dados mais completos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Governo Federal investiu R$ 2,05 milhões na aquisição de três boias meteoceanográficas que estarão dispostas na Baía de Guanabara e na Praia de Copacabana durante os Jogos Rio 2016. Desde julho de 2015, dois dos equipamentos já funcionam na Baía de Guanabara, local das provas de vela nos Jogos.
Dando continuidade à agenda do Governo Federal de visitas aos projetos olímpicos no Rio de Janeiro, os ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, e do Esporte, George Hilton, estiveram no Centro de Hidrografia da Marinha, no município de Niterói, nesta quarta-feira (09.03).
"A nossa função é cuidar das questões que envolvem meteorologia. Nós adquirimos três boias, que permitirão ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais fazer a modelagem que será usada nos dias das Olimpíadas", afirmou Pansera. O ministro de Ciência e Tecnologia também ressaltou a importância dos relatórios gerados para a definição das estratégias das equipes durante os Jogos Rio 2016. "No dia anterior às competições, vamos entregar para as delegações a modelagem de como irão se comportar o mar e os ventos, para que cada uma das equipes possa montar suas estratégias", prosseguiu.
Foto: Francisco Medeiros/ ME
O professor Mauro Cirano, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou que o sistema de observação que estará disponível para os Jogos Rio 2016 analisa um número superior de informações daquelas solicitadas pelos organizadores do megaevento. "As boias medem, além dos parâmetros atmosféricos, como vento, umidade, irradiação, também os parâmetros oceanográficos, como correntes, ondas, temperatura e salinidade da água. Inclusive, elas monitoram uma quantidade maior de parâmetros do que aqueles solicitados pelo Comitê Olímpico Internacional", explicou.
Foto: Francisco Medeiros/ ME
O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, destacou a integração da prefeitura, do estado e do Governo Federal para oferecer o serviço necessário para o Comitê Olímpico Internacional. "Nós temos um trabalho de integração interagências, com vários órgãos governamentais que prestam serviços, e nosso objetivo foi estabelecer uma plataforma unificada que permitisse a integração dos dados fornecidos".
As duas boias instaladas na Baía de Guanabara geram dados em tempo real e gráficos que podem ser acessados pela internet por qualquer pessoa. Após os Jogos Rio 2016, os equipamentos, que funcionam com energia solar, integrarão o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SimCosta). "A ideia é que essas boias façam parte de um projeto mais amplo, que monitora vários pontos ao longo do litoral brasileiro. Este será um legado das Olimpíadas", disse Cirano.
O projeto que monitora a costa do Brasil foi implantado com recursos do Fundo Clima e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo coordenado pela Rede Clima e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, fomentados pelo MCTI. O SimCosta reúne pesquisadores de todo o Brasil, que com os dados obtidos podem emitir alertas para eventos extremos, antever processos climáticos, fornecer informações sobre ecossistemas costeiros, além de mapear vulnerabilidades.
O Governo Federal também instalou três estações meteorológicas de superfície, que dão medições do clima, como chuvas, por exemplo. Os equipamentos darão mais informações aos organizadores do megaevento e foram colocados em pontos estratégicos do Rio de Janeiro, que receberão as disputas olímpicas, como a Lagoa Rodrigo de Freitas (remo), Campo Olímpico de Golfe e o próprio Centro da Marinha em Niterói.
Respaldo
Além das duas boias em operação e da terceira que será colocada em Copacabana, o MCTI pretende adquirir um quarto equipamento para servir de reserva para as Olimpíadas e Paralimpíadas.
"Está tudo pronto, mas estamos vendo o que a gente pode adquirir de equipamentos para termos redundância, caso ocorra algum imprevisto nas Olimpíadas", disse Pansera. O objetivo é ter uma reserva para substituir os que estão em uso em caso de algum equipamento estragar. As boias são inspecionadas a cada 15 dias no local em que estão ancoradas e recebem uma manutenção mais detalhada de dois em dois meses em solo. Os sensores passam por limpeza periódica, pois sofrem com a incrustação da fauna oceânica.
A Marinha dispõe de nove embarcações que auxiliam na produção de toda a cartografia náutica do país e também coletam dados para os serviços meteorológicos. Os ministros conheceram o navio Vital de Oliveira, ancorado no Centro de Hidrografia, o primeiro do Brasil voltado exclusivamente para este tipo de pesquisa.
Nave do Conhecimento
Fachada do prédio onde ficará a Nave do Conhecimento Cidade Olímpica (Foto: J.P. Engelbrecht/ Prefeitura do Rio)Em seguida, o ministro Pansera e o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, fizeram um sobrevoo sobre o estádio Nilton Santos (Engenhão), palco das disputas do atletismo e que receberá algumas partidas de futebol nas Olimpíadas. A comitiva desceu no campo ao lado da arena e seguiu para o prédio onde está sendo construída a "Nave do Conhecimento Cidade Olímpica", projeto cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro.
O espaço será utilizado para difundir conteúdo e informações sobre a história das Olimpíadas e seus esportes e sobre as transformações ocorridas na capital fluminense. A "Nave do Conhecimento" está localizada na Praça do Trem, área com 35 mil m², que contará com ciclovia de dois quilômetros de extensão, uma esplanada arborizada com acesso ao Engenhão, dois galpões revitalizados e um prédio administrativo. A expectativa é de que o novo equipamento, que deve ser inaugurado em maio, atenda por dia cerca de duas mil pessoas.
Campo Olímpico de Golfe é aprovado por atletas e federação internacional
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Publicado em Quarta, 09 Março 2016 08:53
Francisco Medeiros/ME
Os 970 mil m2 e os 18 buracos do Campo Olímpico de Golfe foram testados nesta terça-feira (08.03) durante o Desafio Aquece Rio de Golfe. Debaixo de forte sol, nove atletas brasileiros foram responsáveis por dar as primeiras tacadas no local que será palco da modalidade nos Jogos Olímpicos, na Reserva de Marapendi, região da Barra da Tijuca. Em evento fechado ao público, os golfistas puderam avaliar as condições do novo campo.
“Está muito bom, superou as expectativas. Eu poderia jogar mais 18 buracos agora porque está uma delícia. Eu jogo no mundo inteiro e acho que este é um dos melhores campos em que já joguei na vida. A qualidade da grama é uma das melhores”, elogia Victoria Lovelady. “A primeira impressão foi muito boa. O campo está perfeito, não pensei que estaria em tão boas condições. O design está ótimo”, acrescenta Miriam Nagl. As duas atletas estão com chances de classificação para os Jogos Olímpicos.
Os homens que testaram o campo também aprovaram as condições encontradas. “Foi prazeroso jogar. Sou orgulhoso por ser daqui e ter um campo como esse no meu país. É um grande momento para nós, com os Jogos Olímpicos aqui”, aponta Alexandre Rocha.
“A qualidade é de primeiro mundo. Os profissionais do ranking mundial vão vir aqui e gostar. Acho que hoje a gente não pegou a dificuldade do vento, mas, quando ele entrar em jogo, aí sim vai dar para ver como o campo é difícil”, acredita Rafael Barcellos. “O único ponto que eu mudaria um pouquinho são as areias nos bunkers, que estão perto do green. Estão com um pouquinho mais de areia, mas em uma semana dá para arrumar”, avalia o golfista de 44 anos. Rafael Becker, Luciane Lee, Rodrigo Lee, Daniel Stapff e Candy Hannemann foram os demais atletas no evento-teste.
Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br
O presidente da Federação Internacional de Golfe (IGF), Peter Dawson, acompanhou o torneio de exibição e aprovou o que viu. “Eu acho que o campo está fantástico, em excelentes condições. O que precisamos fazer agora, e conversaremos com a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) sobre isso, é um programa para que a instalação seja mantida para uso público”, comenta. Após os Jogos, o local será aberto para o uso da população e para o desenvolvimento de projetos sociais.
Medições
De acordo com Paulo Pacheco, presidente da CBG, o evento-teste foi importante para testar aspectos que vão além do gramado. “O campo está em condições de jogo. Ele agora está recebendo os ajustes finais para os Jogos Olímpicos. O design, a construção e a irrigação são dos melhores do mundo. O que estamos testando é a mobilidade do jogador e a parte de medição da bola, de distância”, explica.
Segundo ele, a avaliação do espaço é fundamental para o planejamento da transmissão da competição. “Durante as Olimpíadas, teremos 71 câmeras transmitindo esses jogos para o mundo inteiro. O evento internacional com mais câmeras tem 59. Por isso, precisamos fazer essas medições todas, entender onde a bola bate, para onde vai correr, para sinalizar ao mundo a qualidade do campo olímpico”, acrescenta.
De acordo com o diretor de gestão das instalações do Comitê Rio 2016, Gustavo Nascimento, outro importante aspecto testado foi o sistema de resultados. “Foi uma oportunidade de acessar o campo e ter certeza de que o sistema de resultados e de tempo funcionam. O golfe não exige um sistema sofisticado, mas é importante para nós darmos a oportunidade de testá-lo”, explica.
O Campo Olímpico de Golfe foi construído integralmente com recursos privados, no valor de R$ 60 milhões, e desenhado pelo arquiteto norte-americano Gil Hanse. Com capacidade para 15 mil torcedores durante os Jogos Olímpicos, a área de competição tem dois lagos artificiais e bancas de areia entre os obstáculos. A operação do evento-teste contou com 111 voluntários do Rio 2016, além de 55 funcionários.
Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brProteção ambiental
Com a revitalização da área, degradada desde os anos 1980, e a restauração da vegetação local, o campo olímpico foi construído com a missão de preservar a biodiversidade da região. Há hoje, segundo o Comitê Organizador Rio 2016, 263 espécies animais na instalação, sendo 10 vulneráveis ou em perigo, e 250 da flora, sendo 12 raras ou ameaçadas.
“Hoje o campo é elogiado e temos relatórios que mostram o benefício que trouxe para a região. Temos a responsabilidade de que uma Olimpíada como essa seja feita cumprindo com todas as normas ambientais”, comentou o ministro do Esporte, George Hilton, durante o evento-teste. Segundo laudo pericial do Tribunal de Justiça, pedido pelo Ministério Público do Rio e com inspeção realizada em dezembro de 2015, o campo trouxe ganhos ambientais para o terreno e gerou benefícios para o ecossistema da região.
“É uma instalação que requer cuidados especiais, e hoje temos o reconhecimento da Federação Internacional e do Ministério Público. Há uma unanimidade do que foi feito. O mais importante foi esse trabalho e hoje podermos ter este evento-teste”, avalia o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. “O campo de golfe requer a manutenção da grama em um estágio que esteja alinhado com o que os grandes jogadores querem para a bola poder rolar, que não tenha buracos ou outras intempéries”, afirma o dirigente.
Legado
Depois dos Jogos, a manutenção, segundo a CBG, ficará a cargo de investimentos privados. “Grande parte dos países do mundo conta com um campo público e o Brasil estava fora desse circuito”, diz Paulo Pacheco, presidente da entidade. “O que estamos vivendo hoje é um dia ímpar porque estamos tratando de um evento-teste de um esporte que estava fora dos Jogos Olímpicos há 112 anos. O que temos que fazer hoje é festejar essa obra que fizemos, de recuperar uma área degradada e ter no Brasil o primeiro campo público de golfe”, destaca.
Segundo o dirigente, o espaço será utilizado gratuitamente após os Jogos para o desenvolvimento de um projeto social com crianças e com o intuito de difundir a modalidade. A população em geral deverá ter acesso ao espaço mediante o pagamento de uma taxa, ainda a ser definida, citando como exemplo as cobranças feitas em zoológicos públicos.
“Tenho certeza de que agora o golfe será um esporte muito praticado. As Olimpíadas deixarão esse legado de disseminar o golfe pelo país”, acredita o ministro George Hilton.
Balanço
O ministro George Hilton aproveitou a presença no evento-teste de golfe para fazer uma avaliação do andamento das obras para os Jogos Rio 2016. Para ele, a qualidade da instalação é sintoma “do grande nível de maturidade na organização de um evento do tamanho de uma Olimpíada. Hilton reiterou que foi importante acreditar no projeto, apesar dos questionamentos iniciais.
“Vária pessoas tinham dúvidas enormes em relação ao campo. Hoje a gente percebe como foi importante acreditar e investir, com todos os cuidados que a legislação coloca. Eu percebo que não só o campo de golfe, mas todas as estruturas estão sendo entregues dentro do cronograma, algumas com pequeno atraso, mas a expectativa é a de que vamos concluir todas sem percalços”.
Nesta semana, vários ministros estão cumprindo agenda no Rio de Janeiro para checar os últimos preparativos de cada área visando à realização dos Jogos Rio 2016. Nesta segunda-feira (07.03), Gilberto Kassab, da pasta de Cidades, conferiu as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e da linha 4 do metrô. Nesta terça foi a vez de Hilton verificar a estrutura do golfe e se reunir com o prefeito do Rio de Janeiro.
“O Governo Federal é um dos principais protagonistas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e isso envolve vários ministérios. Temos a visita dos ministros, cada um na sua área, checando todos os detalhes, o que precisa ser terminado para garantir o cronograma que foi colocado pelo Comitê Olímpico Internacional”, explicou o ministro, que tratou do repasse de recursos para o município no encontro com Eduardo Paes.
“A nossa reunião foi para tratar de fluxo de pagamento, já que o Ministério do Esporte faz o repasse para as obras que o município executa e virão outros ministros que tratarão dos temas afins. Isso é uma demonstração de organização e sinergia, para que tudo corra bem”, concluiu Hilton.
Investimentos
Entre os nove atletas que disputaram o evento-teste, três contam com apoio do governo federal por meio da Bolsa Atleta: Daniel Stapff (categoria nacional), Rafael Becker (internacional) e Rafael Barcellos (nacional). O programa contemplou em 2015 um total de 31 golfistas, somando R$ 437,3 mil por ano.
A CBG também firmou convênios com o Ministério do Esporte para a preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos e estruturação de centros de treinamento, em um repasse de R$ 3,1 milhões. Os recursos também foram destinados à formação de equipe multidisciplinar, participação em competições internacionais e aquisição de seis conjuntos de equipamentos para a modalidade.
Além disso, a confederação já teve 16 projetos aprovados desde 2010, que resultaram em captação de R$ 17,8 milhões por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Já pela Lei Agnelo/Piva, foram mais de R$ 6,6 milhões entre 2011 e 2015 para o desenvolvimento do golfe nacional. A previsão para este ano é de R$ 2,3 milhões.
Gabriel Fialho e Ana Cláudia Felizola - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Ministro vistoria VLT e metrô do Rio. Atleta faz "test drive" de mobilidade
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Publicado em Terça, 08 Março 2016 01:21
Jonas Licurgo testa a acessibilidade do VLT do Rio. (Foto: J.P. Engelbrecht/Prefeitura do Rio de Janeiro)
Atleta paralímpico e morador do Rio de Janeiro, Jonas Licurgo Ferreira, 46 anos, pôs à prova a acessibilidade de um dos projetos de mobilidade urbana pensados como legado dos Jogos Rio 2016. Campeão parapan-americano no lançamento de dardo em Toronto 2015, ele fez um "test drive" no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará o Centro e a região portuária da sede dos Jogos 2016.
A visita de Jonas foi feita junto ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, ao prefeito Eduardo Paes, e ao secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, nesta segunda-feira (07.03). O atleta veio na cadeira de rodas pela Praça Mauá e acessou a rampa que leva à plataforma do VLT. Acionando um botão que fica na lateral do vagão, em uma altura adequada aos cadeirantes, ele abriu a porta e entrou no trem.
“Independentemente de a obra ainda estar em andamento, nós temos uma acessibilidade muito boa. A distância entre o trem e a plataforma é ideal. Não tive dificuldade para me locomover dentro do trem e o local para a cadeira se encaixar é adequado”, avaliou Licurgo. O piso da plataforma é antiderrapante e conta com sinalização tátil para deficientes visuais.
“A vinda das Olimpíadas e Paralimpíadas está trazendo uma mudança radical para o Rio de Janeiro, inclusive na acessibilidade. Isso aqui mudou muito. Vai ser um legado para a gente. A gente viu a mudança no BRT, agora com o VLT também”, completou o atleta.
Os primeiros testes com o VLT do Rio de Janeiro estão sendo realizados e a previsão é que o trajeto entre a Rodoviária e o aeroporto Santos Dumont entre em operação no próximo mês. Serão 18 paradas e uma estação no trecho.
Nesta segunda, as autoridades embarcaram na Parada dos Museus, ao lado da Praça Mauá, e seguiram até a Parada Utopia. “Evidentemente que a cidade do Rio de Janeiro, com a conclusão dessas intervenções, se transforma, tem um novo marco. O Governo Federal dá todo apoio e comparece com recursos, porque é o nosso papel, a nossa vocação, essa parceria com os municípios e com os estados, notadamente no campo da infraestrutura”, disse o ministro Kassab.
Ministro Kassab e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, no VLT. (Foto: J.P. Engelbrecht/Prefeitura do Rio de Janeiro)
A implantação do novo meio de transporte tem custo avaliado em R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões de recursos federais e R$ 625 milhões viabilizados por meio de parceria público-privada (PPP) da prefeitura do Rio.
A segunda etapa de implantação do projeto vai ligar a Central do Brasil à Praça 15 e está marcada para ser concluída no segundo semestre deste ano. Ao todo, o sistema terá 28 Km, 29 paradas abertas e três estações fechadas. O VLT conectará trens, metrô, barcas, teleférico, BRTs, ônibus convencionais, rodoviária, terminal de cruzeiros marítimos e aeroporto em uma malha que vai funcionar de segunda a domingo, 24 horas.
“Quando a gente fez o plano dos Jogos, a gente levou em conta toda esse planejamento estratégico da cidade, de revitalização do porto, junto com a prefeitura. Aqui temos uma prova disso”, apontou Ricardo Leyser.
No VLT, serão 32 trens, com capacidade de transporte de 420 passageiros por composição. O sistema chegará a até 300 mil passageiros por dia quando entrar em operação plena. A distância média entre as paradas será de 400 metros.
O tempo máximo de espera entre um trem e outro vai variar de 3 a 15 minutos, de acordo com a linha. Os trens não têm fios superiores em rede aérea e são alimentados por duas fontes de energia: um terceiro trilho energizado e supercapacitores.
Estação São Conrado da Linha 4 do Metrô, já praticamente concluída. (Foto: Marcelo Horn/Governo do Rio)
Linha 4 do metrô
Kassab também visitou, na tarde desta segunda-feira, a futura estação São Conrado da linha 4 do metrô da cidade, que vai ligar Ipanema à Barra da Tijuca. Acompanhado do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e do diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Henrique Paim, ele percorreu as instalações que estão em fase final de acabamento.
A nova linha terá 16 quilômetros de extensão, com seis estações: Nossa Senhora da Paz (Ipanema), Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico (Barra). É uma obra do governo do estado que integra o Plano de Políticas Públicas dos Jogos Rio 2016, com investimento total de R$ 9,77 bilhões. Desse valor, 6,6 bilhões vêm de financiamento federal via BNDES e já foram autorizados. Outros R$ 989 milhões, segundo o governador Pezão, estão sendo pedidos ao BNDES para a reta final.
“Desses R$ 989 milhões, R$ 489 milhões são para terminar a obra da fase Olimpíada, até a Barra da Tijuca, e mais 500 milhões para entregar a estação da Gávea”, explicou Pezão.
Segundo o governo do estado, a linha 4 é maior obra de infraestrutura em andamento na América Latina e emprega mais de 9 mil trabalhadores. A nova linha vai transportar 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Quando estiver em pleno funcionamento, será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e da Barra ao Centro em 34 minutos. O passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário pagando apenas uma passagem.
“O governo federal tem, com a cidade e com o estado do Rio de Janeiro, parcerias transformadoras, desde as que estão vinculadas aos Jogos Olímpicos até as que não estão vinculadas. E esta obra do metrô é a mais emblemática de todas, porque é muito significativa em relação aos Jogos e também é legado das Olimpíadas para a cidade e o estado”, disse Kassab, ressaltando que está confiante na entrega da obra no prazo.
Cronograma
De acordo com o secretário de estado de Transportes, Rodrigo Vieira, a obra está dentro do cronograma, e falta um trecho de cerca de 150 metros para a finalização das escavações da linha. Com 90% de conclusão dos trabalhos, diversos testes já estão sendo realizados.
“Estamos testando a subestação elétrica que vai abastecer a Linha 4, que fica num prédio ao lado desta estação (São Conrado). Os testes vão sendo realizados de forma individual e depois são integrados, isso até maio. Em junho, já teremos trens passando e, em julho, a previsão é abrir essa linha (para a população), com operação assistida. Depois o horário é ampliado, assim como a capacidade da linha”, explicou Rodrigo Vieira.
A estação São Conrado está praticamente finalizada. “Estamos na fase de acabamento. Os sistemas estão sendo instalados e aqui já podem ser vistas as escadas rolantes, os elevadores, as esteiras sendo montadas e todo o sistema de iluminação e ventilação, que já está pronto”, disse o secretário de transportes.
Ele acrescentou que todas as estações estarão funcionando ao mesmo tempo, com exceção da estação Gávea, que tem previsão de entrega para 2017. O plano de operação para os Jogos Olímpicos, ainda de acordo com o secretário, está em discussão entre o Comitê Rio 2016 e a prefeitura, e o metrô estará operacional para atender esse plano.
A nova linha será fundamental durante os Jogos. A recomendação para quem vem do Centro da cidade, da Tijuca e da Zona Sul em direção à Barra para as competições é utilizar a linha 4 do metrô até a estação Jardim Oceânico e fazer a conexão com o BRT (Transoeste), que vai levar o espectador até o Parque Olímpico e aos outros locais de competição na Barra da Tijuca.
Ministro destaca união do país em reuniões sobre tocha olímpica em Recife e Natal
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Publicado em Segunda, 07 Março 2016 21:42
O ministro do Esporte, George Hilton, participou nesta segunda-feira (07.03) de reuniões preparatórias para o revezamento da tocha olímpica nas cidades de Recife (PE) e Natal (RN). Hilton destacou o sentimento de união que o tour trará ao Brasil, especialmente para as 335 cidades espalhadas por todos os estados brasileiros que farão parte do roteiro da tocha, que começa no dia 3 de maio em Brasília e termina no dia 5 de agosto no Rio de Janeiro. O circuito foi definido levando em conta critérios logísticos, turísticos e culturais. Ao todo, 12 mil condutores participarão do revezamento.
Foto: Francisco Medeiros/ME
Em Recife, a reunião foi realizada no Palácio do Campo das Princesas. O ministro do Esporte explicou que apesar de os Jogos Olímpicos e Paralímpicos serem realizados no Rio de Janeiro, o país todo vai sentir o legado do megaevento, como é o caso da construção de 16 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs) em Pernambuco. Hilton destacou também a festa que o revezamento da tocha vai proporcionar ao país. “A tocha é um símbolo de unidade e pacificação. O revezamento vai mostrar que nosso país é capaz de superar, unido, qualquer dificuldade. Não tenho dúvidas que teremos uma grande festa aqui”, disse.
A reunião contou com a presença do governador de Pernambuco, Paulo Câmara; do secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República, Olmo Xavier; do diretor executivo de Operações do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, general Marco Aurélio Vieira; da atleta paralímpica Jenifer Santos; e de autoridades, parlamentares e ex-atletas.
O percurso no Estado começa no dia 26 de maio, em Petrolina. Um dia depois, o símbolo passará por Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó. Após dois dias de intervalo, o revezamento retorna a Pernambuco, passando, no dia 30 de maio, por Garanhuns, Lajedo e Caruaru. No dia 31, será a vez de Gravatá, Jaboatão dos Guararapes e Recife receberem o evento. No dia seguinte (1.06), o revezamento passa por Ipojuca e segue para operação especial em Porto de Galinhas. Dia 02.06, passa por Olinda, Igarassu e Goiana. O tour da tocha encerra sua passagem por Pernambuco no dia 05 de junho, em operação especial em Fernando de Noronha
O ministro ressaltou que os Jogos Rio 2016 trarão ao Brasil uma oportunidade de valorização de nosso país. “Precisamos despertar nas pessoas que nós somos capazes de organizar Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Paralímpicos. É preciso afastar os sentimentos de desconfiança. Espero que o revezamento da tocha seja um momento de reflexão, pois não podemos achar que quanto pior, melhor. Temos a certeza que tiraremos muitas lições desses Jogos e a principal delas é que juntos podemos mais”, afirmou Hilton.
Para o governador Paulo Câmara, as Olimpíadas irão promover o debate de questões importantes sobre o esporte e o futuro de nosso país. “É com esporte, educação e cultura que nossos jovens precisam crescer e os Jogos vão resgatar valores fundamentais para nossa sociedade”, afirmou. “Pernambuco está solidário e quer ajudar o Brasil a fazer grandes Jogos para sairmos deles mais fortes”, comentou.
O secretário de Assuntos Federativos, Olmo Xavier, ressaltou os benefícios que os Jogos, por meio do tour da tocha, vai trazer ao país. “Será um ótimo momento para mostrar Pernambuco para o mundo e fortalecer ainda mais o turismo da região”, disse. Para Xavier, o fogo olímpico vai unir o país. “A chama olímpica tinha o dom de paralisar a guerra e esse é um bom momento para esquecermos nossas diferenças e fazermos uma grande festa”, afirmou.
Foto: Francisco Medeiros/ME
Rio Grande do Norte
A segunda reunião do revezamento da tocha foi realizada no Rio Grande Norte, na Cidade Administrativa do Governo do Estado. Além do ministro do Esporte, da equipe do Governo Federal e do representante do Comitê Rio 2016, o evento teve a participação do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves; do governador do Estado, Robinson Faria; de atletas, esportistas, autoridades.
O revezamento da tocha no Rio Grande do Norte será realizado em dois dias. No primeiro dia, as cidades de São José de Mipibu, Parnamirim e Natal acolherão o símbolo olímpico no dia 04 de junho. Após intervalo de um dia, o tour retorna no dia 06 e passa por Lajes, Angicos, Assu e Mossoró. Além de estar no roteiro da tocha, o Estado também é beneficiado com o legado dos Jogos Rio 2016. Dois Centros de Iniciação ao Esporte serão construídos com recursos do Ministério do Esporte, um em Natal e outro em Parnamirim. Outras melhorias são a entrega de pista oficial de atletismo e equipamentos de judô, taekwondo, ginástica e lutas associadas.
Após agradecer o carinho com o qual foi recebido no Estado, o ministro George Hilton ratificou a festa que o roteiro da tocha vai proporcionar para o povo potiguar. Sobre o legado dos Jogos, Hilton lembrou do Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte), realizado pelo Ministério do Esporte, que revelou que 45,9% da população é sedentária. “Para combater isso, é preciso ter estrutura para a prática do esporte. Pensando nisso, e aproveitando Jogos Rio 2016, temos levado a todo o país equipamento para federações, confederações de várias modalidades”, afirmou.
Sobre o revezamento, o ministro afirmou que o evento da tocha é a melhor forma de mostrar que as Olimpíadas são de todo o Brasil. “Quando a tocha chegar aqui na região no dia 04 de junho, os Jogos já terão iniciado para vocês. O revezamento tem que passar mensagem de que é hora de estarmos juntos, pois somos todos Brasil. Nós faremos um evento que vai ficar na história”, concluiu. Ao final de sua participação, o ministro do Esporte entregou diplomas para atletas integrantes do programa Bolsa Atleta.
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu que o vídeo passado na reunião de trabalho, mostrando o tour da tocha realizado em Londres, fosse enviado aos prefeitos que receberão a tocha no RN. “Coloquem em praça pública para todos verem a grandiosidade do evento”, sugeriu. Para Alves, a nacionalização das Olimpíadas é fundamental para o Brasil e para estímulo ao turismo nacional. “Queremos que as pessoas que virão ao país possam ficar além das Olimpíadas e conhecer outros locais. Eu faço um apelo. O Inglês é frio, não se emociona. Portanto, se eles fizeram isso (a festa mostrada no vídeo) na Inglaterra, esse povo brasileiro, emocionante e caloroso, vai fazer muito mais bonito”, disse.
O governador Robinson Faria pediu dedicação para todos os brasileiros no circuito da tocha e afirmou que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos vão unificar diferenças no Brasil. “Esse momento é histórico para o Brasil e para o Rio Grande do Norte. E ele vem numa época que nossa história está precisando. Os Jogos chegaram em momento oportuno para o país, para fazer o povo se reencontrar, superar divergências, motivados com os Jogos”, comentou. “Nós vamos fazer nossa parte aqui e se tiver medalha de ouro para participação no revezamento, aposto no Rio Grande do Norte”, brincou o governador.
Para o diretor executivo de Operações do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, general Marco Aurélio Vieira, os Jogos Olímpicos são a maior operação de não-guerra que é realizada de quatro em quatro anos no mundo, devido à complexidade que requer a organização. Vieria salientou a importância para as cidades de fazer parte do roteiro da tocha. “Estamos trazendo a chama milenar dos Jogos. Se eu pudesse resumir esse momento em uma palavra, ela seria oportunidade”, afirmou.
Em busca do ouro nas Paralimpíadas, o campeão parapan-americano dos 200m classe T47, Petrúcio Ferreira, aguarda com grande expectativa os Jogos Rio 2016. “Estou um pouco ansioso, pois será minha primeira Paralimpíadas, principalmente por ser dentro de casa. Dá um frio da barriga, mas um incentivo maior também”, disse. Sobre o tour da tocha, Ferreira afirmou que o mundo vai se surpreender com o Rio Grande do Norte. “É uma beleza incomparável e garanto que todos vão gostar”, apostou.
Rafael Brais, de Recife e Natal Ascom – Ministério do Esporte