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Copacabana é vista como cenário ideal para o triatlo conseguir resultado histórico
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- Publicado em Quarta, 24 Fevereiro 2016 16:26
Poucas provas têm tanto potencial de envolver a população como o triatlo. No Rio 2016, o público, mesmo sem ingresso, poderá acompanhar o quilômetro e meio de natação no mar de Copacabana próximo ao Forte, os quarenta quilômetros de ciclismo que incluem a desafiadora subida do Cantagalo e os outros dez quilômetros de corrida, em que os atletas passam pertinho da torcida. E não há cenário mais favorável para um resultado histórico do triatlo brasileiro.
Em Sydney 2000, quando a modalidade foi incluída no programa olímpico, o Brasil conquistou a melhor colocação em Jogos: o 11º de Sandra Soldan. A meta para agosto deste ano é ter um atleta brasileiro entre os dez melhores no masculino e brigar pelo pódio no feminino. Esta missão está com Pâmella Oliveira.
“A Pâmella ficou em 15º no evento-teste, quando estava voltando de três meses de lesão. O fator casa é positivo pra ela. Eu sempre digo: ‘Você tem de correr entre as primeiras. Nos últimos três quilômetros, o publico te leva. Você vai aguentar até o fim, brigando pelo pódio’. Os resultados dela em casa melhoram muito, e isso é uma tendência. Nos Estados Unidos, por exemplo, os norte-americanos vão muito melhor. Pesa a atmosfera”, explicou Marco La Porta, diretor técnico da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri).
Pâmella está desde novembro treinando na cidade de Rio Maior, em Portugal, onde a CBtri desenvolve um projeto que envolve a elite e categorias de base. O comandante das atividades é o português Sergio Santos, técnico da seleção brasileira e medalhista de prata em Pequim 2008 no triatlo.
“Estamos sempre bem amparados aqui. Além do Sérgio Santos, tem dois técnicos auxiliares, até porque o treino divide, aqui estão a elite e a equipe júnior. Eu treino no mínimo duas vezes ao dia, além de extras de musculação, exercícios de fortalecimento. Chego a ter quatro sessões de treinos em um dia, depende do momento”, explicou Pâmella.
Atual 21ª do ranking mundial, a atleta planeja participar de mais três etapas WTS (World Triathlon Series), em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), em 5 de março, na Cidade do Cabo (África do Sul), em 23 de abril, e em Yokohama (Japão), em 15 de maio. São oportunidades de ganhar mais pontos e ficar ainda mais perto das melhores triatletas do mundo.
Classificação
O Brasil tem uma vaga garantida em cada gênero por ser sede. Caso os atletas se classifiquem por ranking, essas vagas serão redistribuídas pela União Internacional de Triatlo (ITU, na sigla em inglês). Estarão classificados os 39 mais bem colocados em cada gênero, sendo que oito países podem levar até três representantes, e os demais podem classificar no máximo dois. Por causa disso, segundo cálculos da confederação, os atletas que estiverem no top 60 têm grandes chances de classificação para os Jogos.
No feminino, a vaga está encaminhada para Pâmella. Entre os homens, Diogo Sclebin é o brasileiro mais bem colocado, em 42º lugar. Reinaldo Colucci (98º ) e Danilo Pimentel (100º) esperam subir no ranking e disputar a vaga olímpica. Para os três, o planejamento da confederação inclui a participação em oito provas, a partir de Abu Dhabi (05.03) até Yokohama (15.05), quando se encerra a corrida olímpica.
“Eles vão estar na briga até maio. São etapas de WTS e etapas de copa do mundo. Vai ser uma prova atrás da outra e os três vão disputar as etapas, com apoio e recursos da confederação, enquanto mantiverem chances de conseguir vaga. Estabelecemos um critério interno: se o atleta ficar entre os 40 melhores do ranking, a vaga é do atleta. Caso contrário, o representante será escolhido pela confederação. Vai pesar (na escolha) o ranking, o crescimento do atleta nas últimas provas, o comportamento no evento-teste de agosto (do ano passado), porque foi a prova no percurso olímpico”, explicou Marco de la Porta.
Um novo treino no percurso da prova será realizado em Copacabana em maio, após a definição dos atletas classificados. Depois, Pâmella e Danilo vão treinar na altitude, na França, em junho e julho. Se o classificado for Diogo Sclebin, o treinamento terá continuidade em Belo Horizonte, onde mora o atleta. Sendo Reinaldo Colucci, há um treino de altitude previsto para julho, no México. Além dos classificados, a confederação vai manter um atleta reserva por gênero treinando para as Olimpíadas, para um caso de lesão, por exemplo.
Pâmella está focada e o fato de ser a principal aposta da CBTri não a pressiona. “Nunca sinto pressão por esperarem algo de mim. Eu sempre tento entrar numa prova e fazer o melhor. Estou me preparando, estou tendo as condições ideais e tenho certeza de que vou chegar preparada no dia da prova”, disse a atleta, que conta com o apoio da Bolsa Pódio do Ministério do Esporte.
A torcida em Copacabana pode mesmo fazer a diferença, de acordo com a atleta. “O fato de competir em casa, ter a torcida a favor, para mim conta muito. Não vejo como peso, me sinto bem. E depois, acho que a corrida, que é a minha modalidade mais fraca, pode surpreender, este ano eu tenho condições de correr melhor e estar na disputa. A medalha é resultado de detalhes e circunstâncias, mas o que a gente sempre quis – eu, a confederação, com todo esse trabalho que a gente vem fazendo em Portugal desde 2011 – é ter alguém competitivo no Rio 2016. Com meus resultados, da forma como venho crescendo, esta nossa meta vai ser cumprida. E espero chegar ali até o último quilômetro na luta pelas primeiras colocações”, finalizou.
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Canoagem slalom aposta em fator casa e Ana Sátila para chegar a pódio inédito
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- Publicado em Terça, 23 Fevereiro 2016 17:39
Para alcançar a ousada meta de subir ao pódio olímpico pela primeira vez, a canoagem slalom brasileira aposta em duas frentes: a vantagem de ter à disposição a estrutura do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom e o talento dos jovens integrantes da equipe, especialmente Ana Sátila, no K1 feminino.
Em 2013, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) traçou um planejamento que vislumbrava a possibilidade de três finais entre as quatro possíveis e até duas medalhas. De lá para cá, os resultados dos canoístas do país no cenário internacional mostraram que Sátila é a maior aposta para chegar ao pódio.
“É uma meta extremamente ousada para um esporte sem tradição no país. Foi embasada no crescimento técnico dos atletas e diante do fato de que nos Jogos Olímpicos participam apenas uma embarcação por país em cada categoria”, afirma Argos Rodrigues, superintendente da CBCa.
De acordo com o planejamento da confederação, os atletas precisariam frequentar as semifinais dos eventos internacionais ao longo de 2014 e 2015. Quem mais conseguiu foi justamente Ana Sátila, no K1 feminino. “Isso nos deixa esperançosos para a sonhada medalha olímpica, até porque no evento-teste realizado no Rio, ela conseguiu o surpreendente segundo lugar na fase classificatória”, aponta Argos.
No evento-teste, Ana Sátila foi a melhor brasileira, terminando a competição na sexta posição. A atleta foi só elogios ao novo circuito e está morando no Rio a fim de treinar o máximo possível na pista que receberá os melhores do mundo nos Jogos Olímpicos.
“Já é a minha pista favorita no mundo inteiro. É técnica e forte. Estou feliz por tê-la em casa. Para nós brasileiros vai ser excelente”, diz Ana Sátila, admitindo que os atletas da casa poderão levar certa vantagem por conhecer a instalação. “A gente mora aqui, pode vir todos os dias. É nossa casa e temos toda a oportunidade do mundo de treinar e ter essa vantagem.”
Mesmo com responsabilidade nos ombros, a jovem de 19 anos, que participou dos Jogos de Londres 2012 como a caçula da delegação, corrobora as expectativas da CBCa e fala da medalha com otimismo. “É o meu objetivo desde pequena. Agora, por ser na minha casa, vou lutar com todas as forças. É o meu sonho e vou conquistá-lo”, afirma a canoísta.
Única atleta da modalidade já classificada diretamente para os Jogos no K1 feminino, ela foca agora somente na preparação para o evento. Em março, os atletas brasileiros das outras categorias participam de uma seletiva nacional, onde os melhores vão ser convocados para representar o país em competições internacionais. Depois, eles disputam três etapas da Copa do Mundo da modalidade, na Itália, na Espanha e na França. Quem tiver a melhor média de resultados estará nos Jogos Olímpicos. O Brasil terá quatro embarcações e cinco atletas na canoagem slalom: um no K1 masculino, uma no K1 feminino, um no C1 masculino e dois no C2 masculino.
Legado e desenvolvimento
Se a canoagem slalom ainda não é tão difundida no Brasil, a CBCa espera mudar este panorama a partir de agora. Com duas pistas disponíveis para a prática da modalidade — o Estádio Olímpico, no Rio de Janeiro, e o Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR) —, a expectativa é de evolução nos próximos anos.
Além da estrutura física disponível, o Brasil conta com outro fator favorável à prática do esporte: o clima. “Ao contrário dos principais canais que estão localizados no hemisfério norte, onde no inverno as águas simplesmente congelam, temos a possibilidade de treinar o ano todo”, comenta Argos Rodrigues.
As boas condições climáticas, inclusive, fazem parte dos planos da CBCa para atrair atletas do mundo inteiro para treinar no país. “Queremos transformar o Rio no destino dos principais atletas e equipes entre novembro e fevereiro. Hoje, quem recebe esses atletas é Sydney, onde o custo é enorme. Para o esporte nacional será magnífico ter os principais nomes do mundo treinando ao nosso lado durante quatro meses”, projeta o superintendente da confederação.
Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Hugo Parisi se supera e garante mais uma vaga para o Brasil para o Rio 2016
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- Publicado em Terça, 23 Fevereiro 2016 16:05
Assim como ocorreu nas outras eliminatórias da Copa do Mundo de saltos ornamentais, a tensão foi a marca da preliminar da plataforma de 10m masculino, nesta terça-feira (23.02), no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Com 18 vagas olímpicas em jogo, saltadores experientes cometeram erros, pontos importantes foram perdidos, e metade dos 36 competidores comemorou. Entre eles, Hugo Parisi. O brasileiro garantiu a última vaga para o Brasil, com 379.65 pontos e o 18º lugar.
“Essa é uma competição muito difícil, todo mundo entra com cuidado, sabe que vale as últimas vagas, mas é todo mundo tomando cuidado demais e acaba cometendo erro. Eu não fui diferente. O mais importante é que a gente conseguiu a vaga para o Brasil. Agora é descansar um pouco, relaxar e ver como vai ser amanhã”, disse o atleta.
O primeiro salto deixou Hugo em 25º lugar. Nas rodadas seguintes, a colocação foi subindo para 21º, 18º e 12º, com o quarto e melhor salto, que lhe garantiu 81 pontos. Um erro no quinto e uma nota de 39.10 deixaram a classificação em risco, já que ele terminou a rodada em 21º. Era preciso colocar a cabeça no lugar e ter tranquilidade para acertar o último salto.
“Normalmente, o último salto de qualquer atleta é um salto bem seguro. Eu ainda dei uma bobeada na entrada na água, com certeza por causa da tensão, sabendo que tinha que acertar, mas na última rodada muita gente bobeou também”, explicou.
Sendo o 31º de 36, foi necessário esperar mais cinco saltarem para ver a classificação final, que veio no limite.“Faltavam cinco, a gente sabia que só uns dois tinham condição de me passar. Ficamos na expectativa. Ainda bem que deu tudo certo”.
De acordo com os critérios da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), para que a vaga seja nominal, ou seja, do atleta, ele precisa alcançar um índice, que é 420 pontos no caso da plataforma. O atleta que conquistou a vaga para o país tem prioridade. Mas, caso Hugo não chegue aos 420, a vaga pode ser de outro atleta que faça 5% a mais do que a melhor pontuação de Hugo a partir desta competição.
Superação física
Não foi só a superação de um salto ruim ao longo da série. O coordenador da seleção brasileira de saltos ornamentais, Ricardo Moreira, contou que Hugo vem sofrendo com dores nas costas e que isso quase o tirou da prova.
“Ele não deve ter comentado. Mas se ele fez cinco treinos de plataforma neste ano foi muito. Ele está machucado, fez uma infiltração em Brasília, outra assim que chegou aqui. É desgastante. O Hugo é guerreiro demais. Antes da prova, insisti para ele largar a prova de tanto que ele estava sentindo dor. Mas ele disse: ‘Vou saltar e vou até o final’. Ele é guerreiro. Os méritos são para ele. Aqui nem um dia ele conseguiu fazer a série toda, na competição foi a primeira vez. Não tem o que falar do tanto que ele se superou. Foi bem demais, bem demais”, disse Ricardo, emocionado.
A participação de Hugo na semifinal, marcada para esta quarta-feira (23.02), ainda será definida. “Vou conversar com ele, pra definir a estratégia. Mas acho que ele já superou tudo o que tinha que fazer aqui, não tem que fazer mais nada. Vamos ver o que vamos decidir para a próxima etapa”, explicou Ricardo.
Outro brasileiro
Hugo, 31 anos e três Olimpíadas, era o mais velho entre os 36 competidores. O mais novo também era brasileiro: Isaac Souza, com 16 anos. Ele ficou em 23º lugar, com 362.55 pontos. “Tentei fazer o meu melhor e mesmo não saindo, fiquei feliz com o resultado. Estou com o pensamento positivo para conseguir a vaga na repescagem. Cada competição é um ganho, uma experiência. Saltar em casa tem aspectos diferentes, como ver a família aqui e o clima, mas a rotina é a mesma. Só escutava meu pai gritando bastante alto quando saía da piscina”, contou.
Cada país pode ter até duas vagas em cada prova nos Jogos, e um mesmo atleta não pode garantir duas vagas para o seu país em competições diferentes. Sendo assim, como há saltadores entre os semifinalistas da Copa do Mundo que já haviam carimbado o passaporte em outras seletivas, as vagas remanescentes serão abertas para atletas de outros países que ficaram a partir de 19º na eliminatória. A definição fica por conta da Federação Internacional de Natação (FINA).
“O Isaac fez uma prova muito boa também, não é nem um pouco fácil, é a última chance de participar dos Jogos. Ele está ali em 23º, tem chance, vamos torcer para que ele garanta também essa vaga olímpica para o Brasil”, disse Ricardo Moreira.
A Copa do Mundo de saltos ornamentais, que também é evento-teste da modalidade para o Rio 2016, termina nesta quarta-feira.
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Copa Brasil de Tiro Esportivo termina com quatro recordes brasileiros e anima coordenador técnico da modalidade
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- Publicado em Terça, 23 Fevereiro 2016 15:23
A I Copa Brasil de Tiro Esportivo paralímpico terminou no último domingo (21.02), em Brasília, com resultados animadores para atletas e técnicos. Em três dias de provas, quatro recordes brasileiros foram quebrados, e todos eles pelos três atiradores classificados para os Jogos Paralímpicos do Rio. A competição reuniu 55 atletas de nove estados e foi disputada nos estandes da Federação Brasiliense de Tiro Esportivo, no Setor de Clubes Sul.
Os destaques do campeonato, de acordo com Fernando Cardoso, coordenador da modalidade no Comitê Paralímpico Brasileiro, foram, principalmente, Geraldo Von Rosenthal (dois recordes), Débora Campos e Alexandre Galgani, os três atletas brasileiros que conquistaram vaga direta para os Jogos do Rio, em setembro.
“Fiquei surpreso com o desempenho dos atletas, principalmente dos nossos três classificados para os Jogos Paralímpicos. Eles estabeleceram novos recordes, que já pertenciam a eles, em suas provas. Débora e Alexandre fizeram novas marcas em finais. Isso é muito importante porque nas finais que as medalhas são decididas. Mostrou que eles estão muito concentrados nos momentos cruciais. O Geraldo fez uma pontuação excelente na pistola livre (536 pontos, recorde brasileiro). Nas competições internacionais ele costumava ficar em 5º ou 6º, mas com essa pontuação ele pode subir e até chegar a um pódio nas próximas”, resumiu.
O desempenho geral dos atletas, porém, ainda não está no nível ideal, segundo Cardoso. O coordenador técnico explica que todas as marcas e recordes são impressionantes, mas que ainda precisam ser melhoradas até setembro, mês do mais importante evento do paradesporto.
“Colocamos metas para este ano e nenhum deles as atingiu ainda, apesar de terem batido recordes. Nosso objetivo para os Jogos é bem maior. Esperamos que eles ainda melhorem muito daqui até setembro. Daqui para frente, nós da comissão técnica vamos exigir cada vez mais. Tanto na parte de técnica, quanto na parte médica, na fisioterapia, em todos os aspectos vamos ser mais exigentes para que evoluam sempre”, alertou Cardoso.
Investimentos
Desde 2010, convênios do Ministério do Esporte com o Comitê Paralímpico Brasileiro somam mais de R$ 62,8 milhões. Os recursos possibilitaram a preparação de atletas em diversas modalidades, treinamentos no Brasil e no exterior, participação em competições, assim como a contratação de equipes multidisciplinares e a compra de equipamentos. O Governo Federal também investe no Centro Paralímpico, que será a "casa" do paradesporto brasileiro.
Ascom - Ministério do Esporte
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Natália Falavigna e Diogo Silva analisam chances do Brasil no Rio 2016
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- Publicado em Segunda, 22 Fevereiro 2016 17:00
Em Pequim 2008, o Brasil subiu pela primeira vez ao pódio olímpico no taekwondo. Natália Falavigna foi responsável pelo feito inédito e continua como a única medalhista da modalidade na competição. Nos Jogos do Rio de Janeiro, contudo, a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) traçou como meta a conquista de duas medalhas. Para a campeã mundial de 2005, que hoje atua como coordenadora técnica da seleção, o resultado é possível, mas árduo.
“Se o Brasil conquistasse uma medalha já seria muito bom para a modalidade”, opina Natália, que neste domingo (21.02) compareceu ao evento-teste de taekwondo, na Arena Carioca 1. Nos Jogos Olímpicos, o Brasil contará com a participação de quatro atletas. Até o momento, apenas Iris Tang Sing tem a vaga confirmada. Os demais ainda disputarão uma última etapa da seletiva, no próximo dia 6, no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), também no Rio de Janeiro.
“Acho que nossos atletas estão num pelotão de frente. Alguns podem brigar muito bem por um quinto lugar e, estando em um dia bom, tendo tempo para trabalhar, eles podem subir isso e almejar uma medalha”, avalia. “A gente sabe que o nível olímpico é muito alto, os atletas vêm muito bem preparados. Temos equipes fortíssimas, então são vários fatores. Acredito nos nossos atletas brasileiros, mas entendo que é uma equipe jovem”, acrescenta.
Com três participações nos Jogos Olímpicos no currículo e o bronze alcançado na China, Natália destaca a dedicação necessária no caminho rumo ao pódio nos Jogos Olímpicos. “A principal diferença que faz um atleta chegar ou não é ele querer aquilo como uma meta de vida. Era o meu sonho conquistar uma medalha olímpica. Eu fazia aquilo porque eu amava e foi isso que aconteceu”, ressalta.
Diogo Silva, campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e bronze na edição de Santo Domingo, em 2003, também destaca o fato de o grupo atual ser mais novo e afirma ter dúvidas sobre a meta traçada. “Eu acredito que duas medalhas seja uma expectativa não muito real. Esse é um grupo novo de atletas que nunca participaram de Jogos Olímpicos. É a primeira vez que vão ter essa experiência e ainda não têm essa maturação internacional”, analisa.
“Acho que temos uma grande chance com a Iris no -49kg, apesar de que ela terá que enfrentar as asiáticas que dominam por anos essa categoria. O restante do grupo ainda é muito novo”, comenta Diogo, apontando que a delegação pode ser preparada para Tóquio, em 2020.
Evento-teste
Durante os dois dias de competição no Parque Olímpico da Barra, os brasileiros aproveitaram para testar a área elevada de competição, os novos equipamentos e a rivalidade com os outros países. O evento ainda serviu como uma última fase de preparação para a seletiva olímpica final.
“Meu treinamento está muito forte lá em São Caetano do Sul para ter um bom resultado na seletiva”, conta. “Se eu conquistar a vaga, a preparação triplica, meus treinadores vão pegar pesado”, brinca Rafaela Araújo, que tenta a classificação na categoria -57kg.
A brasileira foi derrotada na primeira luta do evento-teste pela chinesa Fenfen Shao. “Ela é muito alta, tem a perna muito grande. Achei que os árbitros dariam o ponto do soco na hora que ela caiu, mas eles acabaram não dando. Isso acontece na luta, vai de interpretação e ela acabou com a vitória”, explica. “Aqui foi um treinamento de alto nível. Não foi o que eu esperava, mas foi um treino para a seletiva e eu espero que lá dê tudo certo”, deseja.
O Brasil fechou a participação no evento-teste com apenas uma medalha. Talisca Reis (-49kg) conquistou o ouro no sábado (20.02) e somou 10 pontos no ranking mundial e olímpico. A atleta já havia levado uma medalha de prata na categoria – 53kg no início do mês, durante o US Open.
Neste domingo, Ícaro Miguel Soares chegou à disputa do bronze na categoria +80kg, mas foi derrotado pelo campeão africano Yassine Trabelsi, da Tunísia. “Infelizmente não consegui sair com a medalha. Agora é trabalhar e continuar sonhando com as Olimpíadas de 2020”, afirma o atleta, que está fora da seletiva olímpica final para 2016.
Ana Cláudia Felizola e Rafael Brais, do Rio de Janeiro, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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César Castro garante vaga para o Rio 2016 e comemora com a família no Maria Lenk
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- Publicado em Segunda, 22 Fevereiro 2016 16:35
As comemorações eram discretas. Mas à medida que os últimos competidores saltavam e não alcançavam os 400.25 pontos, a vaga se aproximava e o sorriso surgia no rosto. César Castro foi o quinto de 56 a saltar na eliminatória do trampolim de 3m da Copa do Mundo de saltos ornamentais neste domingo (21.02). Assim que terminou a participação, diferentemente da seletiva de Londres 2012, em que ficou sozinho em um cantinho, ele se juntou à mãe, à esposa e aos amigos na arquibancada do Maria Lenk.
Ali, viram juntos o telão do parque aquático mostrar seu nome em 16º lugar. Era a última seletiva para o Rio 2016. Os 18 primeiros se classificariam. Deu certo. César Castro garantiu a primeira vaga brasileira em provas individuais de saltos nos Jogos deste ano. Beijo na esposa Sabrina, abraços em dona Gilda, cumprimento dos amigos.
“O nível de estresse nessa prova é bem alto. E a gente acaba tendo um filme do que passou até chegar aqui. Na Rússia não deu, foi por pouco. E quando a gente fica por pouco várias vezes, vai engasgando. Mas hoje deu certo. Agora é descansar, ficar tranquilo, para poder amanhã voltar melhor ainda, tirar aquele peso grande da preliminar, saltar com mais confiança, e se tudo der certo, pegar vaga na final”, disse César.
No Mundial de Kazan 2015, foi por pouco. Classificavam-se os 12 finalistas para o Rio 2016, e César ficou em 14º na semifinal. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) chegou a anunciar que ele tinha conseguido a vaga, já que dois competidores entre os 12 já haviam conseguido a classificação em outras seletivas. Mas a Federação Internacional de Natação não confirmou. A última chance era a Copa do Mundo.
Pressão
Neste domingo, César executou os saltos que costumam lhe dar notas mais altas no início da série. Ele terminou a primeira rodada em 17º e, após o segundo round, estava em 15º, mesmo tendo obtido notas menores que as do Mundial de Kazan. Nos dois saltos seguintes, o brasileiro manteve as notas do Mundial, terminando a terceira rodada em 13º e a quarta, em 17º. Ao fim do quinto round, César seguia na zona de classificação, em 14º. A consagração veio na última rodada: a torcida empurrou, ele executou bem o último salto, somou 400.25 pontos e garantiu a 16ª colocação. Em Kazan, havia feito 419.30.
“Eu acho que o fator que pesa é que essa é a última chance. Muitos atletas entram para o tudo ou nada. É difícil fazer uma coisa na prova que você não treina. Às vezes o atleta quer muito aquela vaga e aí acaba pecando, errando o salto. Esse é o problema da prova de hoje. O nível técnico, talvez a pontuação caiu, mas acho que é por conta da pressão”, explicou.
99% garantido
César reforça que a vaga é do Brasil, e não do atleta, mas pelos critérios da CBDA, a chance é mínima de outro saltador tirá-lo dos Jogos. “É difícil alguém tirar a vaga dele, ele conquistou com garra. A vaga é do Brasil, mas o César é o melhor atleta do Brasil, 99% que essa vaga é dele. Ele tem prioridade, por ter alcançado aqui. Existe uma pontuação, 410 pontos, que ele pode alcançar agora na própria semifinal e definir o assunto, é dele e ninguém mais fala nisso. Se isso não acontecer, no Troféu Brasil, para tirarem a vaga dele, alguém tem que fazer 5% a mais que a melhor pontuação dele a partir daqui”, explicou o coordenador da equipe, Ricardo Moreira.
Será a quarta participação olímpica do brasiliense de 33 anos. “As Olimpíadas, por serem no Brasil, é algo incomparável. Apesar de eu ter três olimpíadas, essa com certeza vai ser a especial. Agora, é continuar trabalhando. Muita coisa passa pela cabeça. Difícil até de raciocinar. Mas a alegria que estou agora é grande e a mesma que tive quando me classifiquei na Copa do Mundo de Atenas com o 14º lugar. Hoje, 12 anos depois, estou me classificando para as Olimpíadas no Brasil com o 16º. É emocionante”.
Família torcendo junto
Dona Gilda está acostumada a sofrer vendo o filho saltando. Mas desta vez foi diferente: em jogo, estava a Olimpíada em casa. “Foi muito mais emoção que a primeira (olimpíada), essa daí era uma questão moral, ele fechar o ciclo como saltador no nosso país é fundamental. Nem sei definir a emoção, muita ansiedade, muita insegurança, muita alegria no final”.
Foi a primeira vez que Dona Gilda acompanhou uma seletiva olímpica, assim como a esposa de César, Sabrina Ost. Dos dez anos em que estão juntos, ela se lembra de poucos momentos tão emocionantes como o deste domingo.
“É muita luta para chegar nesse momento. A gente mudou pra Atlanta por causa do treinamento dele, eu tive que fazer renúncias pessoais. É uma dedicação grande dele e minha. Fico feliz de estar aqui, eu nunca tinha participado de um pré-olímpico, sempre fico a distância. De Londres, a minha amiga teve que ficar me ajudando a tentar encontrar informações na internet, não passa na TV. A emoção é muito forte”, descreveu Sabrina.
A decisão de vir dos Estados Unidos para o Brasil só para acompanhar a prova traria gastos que, a princípio, seriam complicados para o casal. Mas César pediu, Sabrina veio, e ninguém se arrependeu. “A gente pensa em contenção de despesas, e eu perguntei: ‘Você quer que eu vá?’ Ele disse: ‘quero’. Normalmente, ele é mais comedido, pensa em economizar, mas desta vez ele falou: ‘Vai sim’. Foi um investimento, valeu demais, não trocaria isso aqui por nada”, finalizou Sabrina.
O outro brasileiro na prova, Ian Matos, terminou em 39º lugar, 343.40 pontos. A Copa do Mundo de Saltos Ornamentais prossegue até o dia 24 de fevereiro. A semifinal e a final do trampolim 3m masculino estão marcadas para esta segunda-feira (22.02).
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Juliana Veloso se classifica para o Rio 2016 e faz história nos saltos ornamentais
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- Publicado em Segunda, 22 Fevereiro 2016 15:05
Saltos ornamentais: atletas competem com mau tempo e destacam adaptação e força mental
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- Publicado em Segunda, 22 Fevereiro 2016 11:58
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Torneio testa área de luta elevada e sistema de pontuação do taekwondo
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- Publicado em Segunda, 22 Fevereiro 2016 08:31
Com a “cara dos Jogos”, evento-teste dos saltos ornamentais começa nesta sexta
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- Publicado em Sexta, 19 Fevereiro 2016 10:59
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