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Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Copacabana é vista como cenário ideal para o triatlo conseguir resultado histórico

Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016

Poucas provas têm tanto potencial de envolver a população como o triatlo. No Rio 2016, o público, mesmo sem ingresso, poderá acompanhar o quilômetro e meio de natação no mar de Copacabana próximo ao Forte, os quarenta quilômetros de ciclismo que incluem a desafiadora subida do Cantagalo e os outros dez quilômetros de corrida, em que os atletas passam pertinho da torcida. E não há cenário mais favorável para um resultado histórico do triatlo brasileiro.

Em Sydney 2000, quando a modalidade foi incluída no programa olímpico, o Brasil conquistou a melhor colocação em Jogos: o 11º de Sandra Soldan. A meta para agosto deste ano é ter um atleta brasileiro entre os dez melhores no masculino e brigar pelo pódio no feminino. Esta missão está com Pâmella Oliveira.

“A Pâmella ficou em 15º no evento-teste, quando estava voltando de três meses de lesão. O fator casa é positivo pra ela. Eu sempre digo: ‘Você tem de correr entre as primeiras. Nos últimos três quilômetros, o publico te leva. Você vai aguentar até o fim, brigando pelo pódio’. Os resultados dela em casa melhoram muito, e isso é uma tendência. Nos Estados Unidos, por exemplo, os norte-americanos vão muito melhor. Pesa a atmosfera”, explicou Marco La Porta, diretor técnico da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri).

Pâmella durante treinamento da seleção em Copacabana. (Foto: Gabriel Heusi)Pâmella durante treinamento da seleção em Copacabana. (Foto: Gabriel Heusi)

Pâmella está desde novembro treinando na cidade de Rio Maior, em Portugal, onde a CBtri desenvolve um projeto que envolve a elite e categorias de base. O comandante das atividades é o português Sergio Santos, técnico da seleção brasileira e medalhista de prata em Pequim 2008 no triatlo.

“Estamos sempre bem amparados aqui. Além do Sérgio Santos, tem dois técnicos auxiliares, até porque o treino divide, aqui estão a elite e a equipe júnior. Eu treino no mínimo duas vezes ao dia, além de extras de musculação, exercícios de fortalecimento. Chego a ter quatro sessões de treinos em um dia, depende do momento”, explicou Pâmella.

Atual 21ª do ranking mundial, a atleta planeja participar de mais três etapas WTS (World Triathlon Series), em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), em 5 de março, na Cidade do Cabo (África do Sul), em 23 de abril, e em Yokohama (Japão), em 15 de maio. São oportunidades de ganhar mais pontos e ficar ainda mais perto das melhores triatletas do mundo.

Evento Aquece Rio em Copacabana testou o percurso olímpico. (Fotos: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br)Evento Aquece Rio em Copacabana testou o percurso olímpico. (Fotos: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br)

Classificação

O Brasil tem uma vaga garantida em cada gênero por ser sede. Caso os atletas se classifiquem por ranking, essas vagas serão redistribuídas pela União Internacional de Triatlo (ITU, na sigla em inglês). Estarão classificados os 39 mais bem colocados em cada gênero, sendo que oito países podem levar até três representantes, e os demais podem classificar no máximo dois. Por causa disso, segundo cálculos da confederação, os atletas que estiverem no top 60 têm grandes chances de classificação para os Jogos.

No feminino, a vaga está encaminhada para Pâmella. Entre os homens, Diogo Sclebin é o brasileiro mais bem colocado, em 42º lugar. Reinaldo Colucci (98º ) e Danilo Pimentel (100º) esperam subir no ranking e disputar a vaga olímpica. Para os três, o planejamento da confederação inclui a participação em oito provas, a partir de Abu Dhabi (05.03) até Yokohama (15.05), quando se encerra a corrida olímpica.

“Eles vão estar na briga até maio. São etapas de WTS e etapas de copa do mundo. Vai ser uma prova atrás da outra e os três vão disputar as etapas, com apoio e recursos da confederação, enquanto mantiverem chances de conseguir vaga. Estabelecemos um critério interno: se o atleta ficar entre os 40 melhores do ranking, a vaga é do atleta. Caso contrário, o representante será escolhido pela confederação. Vai pesar (na escolha) o ranking, o crescimento do atleta nas últimas provas, o comportamento no evento-teste de agosto (do ano passado), porque foi a prova no percurso olímpico”, explicou Marco de la Porta.

Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.brFoto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br

Um novo treino no percurso da prova será realizado em Copacabana em maio, após a definição dos atletas classificados. Depois, Pâmella e Danilo vão treinar na altitude, na França, em junho e julho. Se o classificado for Diogo Sclebin, o treinamento terá continuidade em Belo Horizonte, onde mora o atleta. Sendo Reinaldo Colucci, há um treino de altitude previsto para julho, no México. Além dos classificados, a confederação vai manter um atleta reserva por gênero treinando para as Olimpíadas, para um caso de lesão, por exemplo.

Pâmella está focada e o fato de ser a principal aposta da CBTri não a pressiona. “Nunca sinto pressão por esperarem algo de mim. Eu sempre tento entrar numa prova e fazer o melhor. Estou me preparando, estou tendo as condições ideais e tenho certeza de que vou chegar preparada no dia da prova”, disse a atleta, que conta com o apoio da Bolsa Pódio do Ministério do Esporte.

A torcida em Copacabana pode mesmo fazer a diferença, de acordo com a atleta. “O fato de competir em casa, ter a torcida a favor, para mim conta muito. Não vejo como peso, me sinto bem. E depois, acho que a corrida, que é a minha modalidade mais fraca, pode surpreender, este ano eu tenho condições de correr melhor e estar na disputa. A medalha é resultado de detalhes e circunstâncias, mas o que a gente sempre quis – eu, a confederação, com todo esse trabalho que a gente vem fazendo em Portugal desde 2011 – é ter alguém competitivo no Rio 2016. Com meus resultados, da forma como venho crescendo, esta nossa meta vai ser cumprida. E espero chegar ali até o último quilômetro na luta pelas primeiras colocações”, finalizou.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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Canoagem slalom aposta em fator casa e Ana Sátila para chegar a pódio inédito

Ana Sátila mudou-se para o Rio para treinar intensamente no percurso olímpico. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Ana Sátila mudou-se para o Rio para treinar intensamente no percurso olímpico. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)

Para alcançar a ousada meta de subir ao pódio olímpico pela primeira vez, a canoagem slalom brasileira aposta em duas frentes: a vantagem de ter à disposição a estrutura do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom e o talento dos jovens integrantes da equipe, especialmente Ana Sátila, no K1 feminino.

Em 2013, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) traçou um planejamento que vislumbrava a possibilidade de três finais entre as quatro possíveis e até duas medalhas. De lá para cá, os resultados dos canoístas do país no cenário internacional mostraram que Sátila é a maior aposta para chegar ao pódio.

“É uma meta extremamente ousada para um esporte sem tradição no país. Foi embasada no crescimento técnico dos atletas e diante do fato de que nos Jogos Olímpicos participam apenas uma embarcação por país em cada categoria”, afirma Argos Rodrigues, superintendente da CBCa.

De acordo com o planejamento da confederação, os atletas precisariam frequentar as semifinais dos eventos internacionais ao longo de 2014 e 2015. Quem mais conseguiu foi justamente Ana Sátila, no K1 feminino. “Isso nos deixa esperançosos para a sonhada medalha olímpica, até porque no evento-teste realizado no Rio, ela conseguiu o surpreendente segundo lugar na fase classificatória”, aponta Argos.

No evento-teste, Ana Sátila foi a melhor brasileira, terminando a competição na sexta posição. A atleta foi só elogios ao novo circuito e está morando no Rio a fim de treinar o máximo possível na pista que receberá os melhores do mundo nos Jogos Olímpicos.

“Já é a minha pista favorita no mundo inteiro. É técnica e forte. Estou feliz por tê-la em casa. Para nós brasileiros vai ser excelente”, diz Ana Sátila, admitindo que os atletas da casa poderão levar certa vantagem por conhecer a instalação. “A gente mora aqui, pode vir todos os dias. É nossa casa e temos toda a oportunidade do mundo de treinar e ter essa vantagem.”

Evento-teste da canoagem slalom, na região de Deodoro, no Rio de Janeiro. (Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)Evento-teste da canoagem slalom, na região de Deodoro, no Rio de Janeiro. (Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)

Mesmo com responsabilidade nos ombros, a jovem de 19 anos, que participou dos Jogos de Londres 2012 como a caçula da delegação, corrobora as expectativas da CBCa e fala da medalha com otimismo. “É o meu objetivo desde pequena. Agora, por ser na minha casa, vou lutar com todas as forças. É o meu sonho e vou conquistá-lo”, afirma a canoísta.

Única atleta da modalidade já classificada diretamente para os Jogos no K1 feminino, ela foca agora somente na preparação para o evento. Em março, os atletas brasileiros das outras categorias participam de uma seletiva nacional, onde os melhores vão ser convocados para representar o país em competições internacionais. Depois, eles disputam três etapas da Copa do Mundo da modalidade, na Itália, na Espanha e na França. Quem tiver a melhor média de resultados estará nos Jogos Olímpicos. O Brasil terá quatro embarcações e cinco atletas na canoagem slalom: um no K1 masculino, uma no K1 feminino, um no C1 masculino e dois no C2 masculino.

Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), é a casa da seleção brasileira de canoagem slalom. (Foto: CBCa)Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), é a casa da seleção brasileira de canoagem slalom. (Foto: CBCa)

Legado e desenvolvimento

Se a canoagem slalom ainda não é tão difundida no Brasil, a CBCa espera mudar este panorama a partir de agora. Com duas pistas disponíveis para a prática da modalidade — o Estádio Olímpico, no Rio de Janeiro, e o Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR) —, a expectativa é de evolução nos próximos anos.

Além da estrutura física disponível, o Brasil conta com outro fator favorável à prática do esporte: o clima. “Ao contrário dos principais canais que estão localizados no hemisfério norte, onde no inverno as águas simplesmente congelam, temos a possibilidade de treinar o ano todo”, comenta Argos Rodrigues.

As boas condições climáticas, inclusive, fazem parte dos planos da CBCa para atrair atletas do mundo inteiro para treinar no país. “Queremos transformar o Rio no destino dos principais atletas e equipes entre novembro e fevereiro. Hoje, quem recebe esses atletas é Sydney, onde o custo é enorme. Para o esporte nacional será magnífico ter os principais nomes do mundo treinando ao nosso lado durante quatro meses”, projeta o superintendente da confederação.

Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br

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Hugo Parisi se supera e garante mais uma vaga para o Brasil para o Rio 2016

Foto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.brFoto: Gabriel Heusi/ Brasil2016.gov.br

Assim como ocorreu nas outras eliminatórias da Copa do Mundo de saltos ornamentais, a tensão foi a marca da preliminar da plataforma de 10m masculino, nesta terça-feira (23.02), no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Com 18 vagas olímpicas em jogo, saltadores experientes cometeram erros, pontos importantes foram perdidos, e metade dos 36 competidores comemorou. Entre eles, Hugo Parisi. O brasileiro garantiu a última vaga para o Brasil, com 379.65 pontos e o 18º lugar.

Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brFoto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br“Essa é uma competição muito difícil, todo mundo entra com cuidado, sabe que vale as últimas vagas, mas é todo mundo tomando cuidado demais e acaba cometendo erro. Eu não fui diferente. O mais importante é que a gente conseguiu a vaga para o Brasil. Agora é descansar um pouco, relaxar e ver como vai ser amanhã”, disse o atleta.

O primeiro salto deixou Hugo em 25º lugar. Nas rodadas seguintes, a colocação foi subindo para 21º, 18º e 12º, com o quarto e melhor salto, que lhe garantiu 81 pontos. Um erro no quinto e uma nota de 39.10 deixaram a classificação em risco, já que ele terminou a rodada em 21º. Era preciso colocar a cabeça no lugar e ter tranquilidade para acertar o último salto.

“Normalmente, o último salto de qualquer atleta é um salto bem seguro. Eu ainda dei uma bobeada na entrada na água, com certeza por causa da tensão, sabendo que tinha que acertar, mas na última rodada muita gente bobeou também”, explicou.

Sendo o 31º de 36, foi necessário esperar mais cinco saltarem para ver a classificação final, que veio no limite.“Faltavam cinco, a gente sabia que só uns dois tinham condição de me passar. Ficamos na expectativa. Ainda bem que deu tudo certo”.

De acordo com os critérios da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), para que a vaga seja nominal, ou seja, do atleta, ele precisa alcançar um índice, que é 420 pontos no caso da plataforma. O atleta que conquistou a vaga para o país tem prioridade. Mas, caso Hugo não chegue aos 420, a vaga pode ser de outro atleta que faça 5% a mais do que a melhor pontuação de Hugo a partir desta competição.

Superação física

Não foi só a superação de um salto ruim ao longo da série. O coordenador da seleção brasileira de saltos ornamentais, Ricardo Moreira, contou que Hugo vem sofrendo com dores nas costas e que isso quase o tirou da prova.

“Ele não deve ter comentado. Mas se ele fez cinco treinos de plataforma neste ano foi muito. Ele está machucado, fez uma infiltração em Brasília, outra assim que chegou aqui. É desgastante. O Hugo é guerreiro demais. Antes da prova, insisti para ele largar a prova de tanto que ele estava sentindo dor. Mas ele disse: ‘Vou saltar e vou até o final’. Ele é guerreiro. Os méritos são para ele. Aqui nem um dia ele conseguiu fazer a série toda, na competição foi a primeira vez. Não tem o que falar do tanto que ele se superou. Foi bem demais, bem demais”, disse Ricardo, emocionado.

A participação de Hugo na semifinal, marcada para esta quarta-feira (23.02), ainda será definida. “Vou conversar com ele, pra definir a estratégia. Mas acho que ele já superou tudo o que tinha que fazer aqui, não tem que fazer mais nada. Vamos ver o que vamos decidir para a próxima etapa”, explicou Ricardo.

Isaac Souza, 16 anos, o competidor mais jovem da eliminatória da plataforma 10m. (Foto: Brasil2016.gov.br)Isaac Souza, 16 anos, o competidor mais jovem da eliminatória da plataforma 10m. (Foto: Brasil2016.gov.br)

Outro brasileiro

Hugo, 31 anos e três Olimpíadas, era o mais velho entre os 36 competidores. O mais novo também era brasileiro: Isaac Souza, com 16 anos. Ele ficou em 23º lugar, com 362.55 pontos. “Tentei fazer o meu melhor e mesmo não saindo, fiquei feliz com o resultado. Estou com o pensamento positivo para conseguir a vaga na repescagem. Cada competição é um ganho, uma experiência. Saltar em casa tem aspectos diferentes, como ver a família aqui e o clima, mas a rotina é a mesma. Só escutava meu pai gritando bastante alto quando saía da piscina”, contou.

Cada país pode ter até duas vagas em cada prova nos Jogos, e um mesmo atleta não pode garantir duas vagas para o seu país em competições diferentes. Sendo assim, como há saltadores entre os semifinalistas da Copa do Mundo que já haviam carimbado o passaporte em outras seletivas, as vagas remanescentes serão abertas para atletas de outros países que ficaram a partir de 19º na eliminatória. A definição fica por conta da Federação Internacional de Natação (FINA).

“O Isaac fez uma prova muito boa também, não é nem um pouco fácil, é a última chance de participar dos Jogos. Ele está ali em 23º, tem chance, vamos torcer para que ele garanta também essa vaga olímpica para o Brasil”, disse Ricardo Moreira.

A Copa do Mundo de saltos ornamentais, que também é evento-teste da modalidade para o Rio 2016, termina nesta quarta-feira.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

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Copa Brasil de Tiro Esportivo termina com quatro recordes brasileiros e anima coordenador técnico da modalidade

Foto: Daniel Basil/ CPBFoto: Daniel Basil/ CPB

A I Copa Brasil de Tiro Esportivo paralímpico terminou no último domingo (21.02), em Brasília, com resultados animadores para atletas e técnicos. Em três dias de provas, quatro recordes brasileiros foram quebrados, e todos eles pelos três atiradores classificados para os Jogos Paralímpicos do Rio. A competição reuniu 55 atletas de nove estados e foi disputada nos estandes da Federação Brasiliense de Tiro Esportivo, no Setor de Clubes Sul.

Geraldo Von Rosenthal bateu dois recordes brasileiros durante campeonato. (Foto: Daniel Basil/ CPB)Geraldo Von Rosenthal bateu dois recordes brasileiros durante campeonato. (Foto: Daniel Basil/ CPB)Os destaques do campeonato, de acordo com Fernando Cardoso, coordenador da modalidade no Comitê Paralímpico Brasileiro, foram, principalmente, Geraldo Von Rosenthal (dois recordes), Débora Campos e Alexandre Galgani, os três atletas brasileiros que conquistaram vaga direta para os Jogos do Rio, em setembro.

“Fiquei surpreso com o desempenho dos atletas, principalmente dos nossos três classificados para os Jogos Paralímpicos. Eles estabeleceram novos recordes, que já pertenciam a eles, em suas provas. Débora e Alexandre fizeram novas marcas em finais. Isso é muito importante porque nas finais que as medalhas são decididas. Mostrou que eles estão muito concentrados nos momentos cruciais. O Geraldo fez uma pontuação excelente na pistola livre (536 pontos, recorde brasileiro). Nas competições internacionais ele costumava ficar em 5º ou 6º, mas com essa pontuação ele pode subir e até chegar a um pódio nas próximas”, resumiu.

O desempenho geral dos atletas, porém, ainda não está no nível ideal, segundo Cardoso. O coordenador técnico explica que todas as marcas e recordes são impressionantes, mas que ainda precisam ser melhoradas até setembro, mês do mais importante evento do paradesporto.

“Colocamos metas para este ano e nenhum deles as atingiu ainda, apesar de terem batido recordes. Nosso objetivo para os Jogos é bem maior. Esperamos que eles ainda melhorem muito daqui até setembro. Daqui para frente, nós da comissão técnica vamos exigir cada vez mais. Tanto na parte de técnica, quanto na parte médica, na fisioterapia, em todos os aspectos vamos ser mais exigentes para que evoluam sempre”, alertou Cardoso.

Investimentos

Desde 2010, convênios do Ministério do Esporte com o Comitê Paralímpico Brasileiro somam mais de R$ 62,8 milhões. Os recursos possibilitaram a preparação de atletas em diversas modalidades, treinamentos no Brasil e no exterior, participação em competições, assim como a contratação de equipes multidisciplinares e a compra de equipamentos. O Governo Federal também investe no Centro Paralímpico, que será a "casa" do paradesporto brasileiro.

Fonte: CPB

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Natália Falavigna e Diogo Silva analisam chances do Brasil no Rio 2016

Em Pequim 2008, o Brasil subiu pela primeira vez ao pódio olímpico no taekwondo. Natália Falavigna foi responsável pelo feito inédito e continua como a única medalhista da modalidade na competição. Nos Jogos do Rio de Janeiro, contudo, a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) traçou como meta a conquista de duas medalhas. Para a campeã mundial de 2005, que hoje atua como coordenadora técnica da seleção, o resultado é possível, mas árduo.

Natália Falavigna: “Se o Brasil conquistasse uma medalha (nos Jogos Olímpicos) já seria muito bom para a modalidade”. (Foto: Getty Images)Natália Falavigna: “Se o Brasil conquistasse uma medalha (nos Jogos Olímpicos) já seria muito bom para a modalidade”. (Foto: Getty Images)

“Se o Brasil conquistasse uma medalha já seria muito bom para a modalidade”, opina Natália, que neste domingo (21.02) compareceu ao evento-teste de taekwondo, na Arena Carioca 1. Nos Jogos Olímpicos, o Brasil contará com a participação de quatro atletas. Até o momento, apenas Iris Tang Sing tem a vaga confirmada. Os demais ainda disputarão uma última etapa da seletiva, no próximo dia 6, no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), também no Rio de Janeiro.

“Acho que nossos atletas estão num pelotão de frente. Alguns podem brigar muito bem por um quinto lugar e, estando em um dia bom, tendo tempo para trabalhar, eles podem subir isso e almejar uma medalha”, avalia. “A gente sabe que o nível olímpico é muito alto, os atletas vêm muito bem preparados. Temos equipes fortíssimas, então são vários fatores. Acredito nos nossos atletas brasileiros, mas entendo que é uma equipe jovem”, acrescenta.

Com três participações nos Jogos Olímpicos no currículo e o bronze alcançado na China, Natália destaca a dedicação necessária no caminho rumo ao pódio nos Jogos Olímpicos. “A principal diferença que faz um atleta chegar ou não é ele querer aquilo como uma meta de vida. Era o meu sonho conquistar uma medalha olímpica. Eu fazia aquilo porque eu amava e foi isso que aconteceu”, ressalta.

Diogo Silva, campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e bronze na edição de Santo Domingo, em 2003, também destaca o fato de o grupo atual ser mais novo e afirma ter dúvidas sobre a meta traçada. “Eu acredito que duas medalhas seja uma expectativa não muito real. Esse é um grupo novo de atletas que nunca participaram de Jogos Olímpicos. É a primeira vez que vão ter essa experiência e ainda não têm essa maturação internacional”, analisa.

Diogo Silva: “Acho que temos uma grande chance com a Iris no -49kg”. (Foto: Getty Images)Diogo Silva: “Acho que temos uma grande chance com a Iris no -49kg”. (Foto: Getty Images)

“Acho que temos uma grande chance com a Iris no -49kg, apesar de que ela terá que enfrentar as asiáticas que dominam por anos essa categoria. O restante do grupo ainda é muito novo”, comenta Diogo, apontando que a delegação pode ser preparada para Tóquio, em 2020.

Evento-teste

Durante os dois dias de competição no Parque Olímpico da Barra, os brasileiros aproveitaram para testar a área elevada de competição, os novos equipamentos e a rivalidade com os outros países. O evento ainda serviu como uma última fase de preparação para a seletiva olímpica final.

“Meu treinamento está muito forte lá em São Caetano do Sul para ter um bom resultado na seletiva”, conta. “Se eu conquistar a vaga, a preparação triplica, meus treinadores vão pegar pesado”, brinca Rafaela Araújo, que tenta a classificação na categoria -57kg.

A brasileira foi derrotada na primeira luta do evento-teste pela chinesa Fenfen Shao. “Ela é muito alta, tem a perna muito grande. Achei que os árbitros dariam o ponto do soco na hora que ela caiu, mas eles acabaram não dando. Isso acontece na luta, vai de interpretação e ela acabou com a vitória”, explica. “Aqui foi um treinamento de alto nível. Não foi o que eu esperava, mas foi um treino para a seletiva e eu espero que lá dê tudo certo”, deseja.

O Brasil fechou a participação no evento-teste com apenas uma medalha. Talisca Reis (-49kg) conquistou o ouro no sábado (20.02) e somou 10 pontos no ranking mundial e olímpico. A atleta já havia levado uma medalha de prata na categoria – 53kg no início do mês, durante o US Open.

Neste domingo, Ícaro Miguel Soares chegou à disputa do bronze na categoria +80kg, mas foi derrotado pelo campeão africano Yassine Trabelsi, da Tunísia. “Infelizmente não consegui sair com a medalha. Agora é trabalhar e continuar sonhando com as Olimpíadas de 2020”, afirma o atleta, que está fora da seletiva olímpica final para 2016.

Ana Cláudia Felizola e Rafael Brais, do Rio de Janeiro, brasil2016.gov.br

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César Castro garante vaga para o Rio 2016 e comemora com a família no Maria Lenk

Foto: Brasil2016.gov.br Foto: Brasil2016.gov.br

As comemorações eram discretas. Mas à medida que os últimos competidores saltavam e não alcançavam os 400.25 pontos, a vaga se aproximava e o sorriso surgia no rosto. César Castro foi o quinto de 56 a saltar na eliminatória do trampolim de 3m da Copa do Mundo de saltos ornamentais neste domingo (21.02). Assim que terminou a participação, diferentemente da seletiva de Londres 2012, em que ficou sozinho em um cantinho, ele se juntou à mãe, à esposa e aos amigos na arquibancada do Maria Lenk.

Ali, viram juntos o telão do parque aquático mostrar seu nome em 16º lugar. Era a última seletiva para o Rio 2016. Os 18 primeiros se classificariam. Deu certo. César Castro garantiu a primeira vaga brasileira em provas individuais de saltos nos Jogos deste ano. Beijo na esposa Sabrina, abraços em dona Gilda, cumprimento dos amigos.

Foto: Heusi Action/ Brasil2016.gov.brFoto: Heusi Action/ Brasil2016.gov.br“O nível de estresse nessa prova é bem alto. E a gente acaba tendo um filme do que passou até chegar aqui. Na Rússia não deu, foi por pouco. E quando a gente fica por pouco várias vezes, vai engasgando. Mas hoje deu certo. Agora é descansar, ficar tranquilo, para poder amanhã voltar melhor ainda, tirar aquele peso grande da preliminar, saltar com mais confiança, e se tudo der certo, pegar vaga na final”, disse César.

No Mundial de Kazan 2015, foi por pouco. Classificavam-se os 12 finalistas para o Rio 2016, e César ficou em 14º na semifinal.  A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) chegou a anunciar que ele tinha conseguido a vaga, já que dois competidores entre os 12 já haviam conseguido a classificação em outras seletivas. Mas a Federação Internacional de Natação não confirmou.  A última chance era a Copa do Mundo.

Pressão

Neste domingo, César executou os saltos que costumam lhe dar notas mais altas no início da série. Ele terminou a primeira rodada em 17º e, após o segundo round, estava em 15º, mesmo tendo obtido notas menores que as do Mundial de Kazan. Nos dois saltos seguintes, o brasileiro manteve as notas do Mundial, terminando a terceira rodada em 13º e a quarta, em 17º. Ao fim do quinto round, César seguia  na zona de classificação, em 14º. A consagração veio na última rodada: a torcida empurrou, ele executou bem o último salto, somou 400.25 pontos e garantiu a 16ª colocação. Em Kazan, havia feito 419.30.

“Eu acho que o fator que pesa é que essa é a última chance. Muitos atletas entram para o tudo ou nada. É difícil fazer uma coisa na prova que você não treina. Às vezes o atleta quer muito aquela vaga e aí acaba pecando, errando o salto. Esse é o problema da prova de hoje. O nível técnico, talvez a pontuação caiu, mas acho que é por conta da pressão”, explicou.

99% garantido

César reforça que a vaga é do Brasil, e não do atleta, mas pelos critérios da CBDA, a chance é mínima de outro saltador tirá-lo dos Jogos. “É difícil alguém tirar a vaga dele, ele conquistou com garra. A vaga é do Brasil, mas o César é o melhor atleta do Brasil, 99% que essa vaga é dele. Ele tem prioridade, por ter alcançado aqui. Existe uma pontuação, 410 pontos, que ele pode alcançar agora na própria semifinal e definir o assunto, é dele e ninguém mais fala nisso. Se isso não acontecer, no Troféu Brasil, para tirarem a vaga dele, alguém tem que fazer 5% a mais que a melhor pontuação dele a partir daqui”, explicou o coordenador da equipe, Ricardo Moreira.

Será a quarta participação olímpica do brasiliense de 33 anos. “As Olimpíadas, por serem no Brasil, é algo incomparável. Apesar de eu ter três olimpíadas, essa com certeza vai ser a especial. Agora, é continuar trabalhando. Muita coisa passa pela cabeça. Difícil até de raciocinar. Mas a alegria que estou agora é grande e a mesma que tive quando me classifiquei na Copa do Mundo de Atenas com o 14º lugar. Hoje, 12 anos depois, estou me classificando para as Olimpíadas no Brasil com o 16º. É emocionante”.

Fotos: Brasil 2016Fotos: Brasil 2016

Família torcendo junto

Dona Gilda está acostumada a sofrer vendo o filho saltando. Mas desta vez foi diferente: em jogo, estava a Olimpíada em casa. “Foi muito mais emoção que a primeira (olimpíada), essa daí era uma questão moral, ele fechar o ciclo como saltador no nosso país é fundamental. Nem sei definir a emoção, muita ansiedade, muita insegurança, muita alegria no final”.

Foi a primeira vez que Dona Gilda acompanhou uma seletiva olímpica, assim como a esposa de César, Sabrina Ost. Dos dez anos em que estão juntos, ela se lembra de poucos momentos tão emocionantes como o deste domingo.

“É muita luta para chegar nesse momento. A gente mudou pra Atlanta por causa do treinamento dele, eu tive que fazer renúncias pessoais. É uma dedicação grande dele e minha. Fico feliz de estar aqui, eu nunca tinha participado de um pré-olímpico, sempre fico a distância. De Londres, a minha amiga teve que ficar me ajudando a tentar encontrar informações na internet, não passa na TV. A emoção é muito forte”, descreveu Sabrina.

A decisão de vir dos Estados Unidos para o Brasil só para acompanhar a prova traria gastos que, a princípio, seriam complicados para o casal. Mas César pediu, Sabrina veio, e ninguém se arrependeu. “A gente pensa em contenção de despesas, e eu perguntei: ‘Você quer que eu vá?’ Ele disse: ‘quero’. Normalmente, ele é mais comedido, pensa em economizar, mas desta vez ele falou: ‘Vai sim’.  Foi um investimento, valeu demais, não trocaria isso aqui por nada”, finalizou Sabrina.

O outro brasileiro na prova, Ian Matos, terminou em  39º lugar, 343.40 pontos. A Copa do Mundo de Saltos Ornamentais prossegue até o dia 24 de fevereiro. A semifinal e a final do trampolim 3m masculino estão marcadas para esta  segunda-feira (22.02).

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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Juliana Veloso se classifica para o Rio 2016 e faz história nos saltos ornamentais

oto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.broto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br
 
Em agosto deste ano, o currículo de Juliana Veloso terá uma alteração importante: aos 35 anos, a atleta participará da quinta edição de Jogos Olímpicos. E mais do que isso: ela vai se tornar a primeira atleta dos saltos ornamentais a alcançar o feito. A garantia veio nesta segunda-feira (22.02): Juliana terminou em nono na eliminatória do trampolim 3m da Copa do Mundo da modalidade, que dava vaga olímpica para os países das 18 primeiras. 
 
“Vamos lá, eu quero que seja a minha melhor (Olimpíada). Quero alcançar a final. Pra mim, está bom. Já bati na trave, agora quero final”, disse a saltadora, que conta com o apoio do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
 
Ao conseguir 315.50 pontos, ela superou o índice de 290 pontos estabelecido pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para que a vaga seja de fato da atleta no trampolim 3m feminino.
 
“É minha. Que fique bem claro. Se você conseguisse a vaga para o Brasil sem a pontuação, no Troféu Brasil poderiam te tirar a vaga, com 5% a mais do que a minha maior pontuação. Agora não”, afirmou.
 
Mágica
Juliana foi a 31ª a saltar entre 54. Ao longo da competição, ela se manteve o tempo todo entre as dez primeiras. A melhor pontuação foi obtida no terceiro salto (67.50) e a pior, no último (58.50).
 
“Eu errei o último, o jeito que caí no trampolim, eu caí errado. Mas pensei: ‘não vou errar não’. A minha técnica sabia disso. Eu caí mal e fiz mágica. Quem não conhece muito o esporte achou que foi bom salto” contou.
 
A boa participação foi uma espécie de redenção na Copa do Mundo. Na final do trampolim 3m sincronizado, com Tammy Galera, no último sábado (20.02), Juliana se desequilibrou, caiu de costas, e a dupla ficou com zero no último salto.
 
“O que faz a diferença no atleta não é quem cai, é quem levanta. E eu tive uma criação muito boa em relação a não só o esporte, mas a vida. O que adianta ganhar em terra de cego? Não adianta nada. O que adianta, todo mundo errou tudo, eu errei menos e ganhei. Não quero isso. eu quero acertar mais. Então, se eu errei aqui, eu quero me recuperar”, disse.
 
Em casa
A atleta do Fluminense participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos em Sydney 2000, e esteve presente em todas as edições até Londres 2012. Mas o Rio 2016 poderia ser a sexta Olimpíada de Juliana.
 
“Eu me classifiquei para Atlanta (1996) e o Brasil não me levou, alegando que eu era nova demais. Em Barcelona (1992), quem tinha ganhado era uma atleta de 12 anos. Então, eles proibiram e a idade mínima passou a ser 14. Mesmo assim, em 1996 eu tinha 15. Poderia ter ido. Mas tudo bem, agora é Rio 2016”, relembrou.
 
Na Inglaterra, o filho Pedro, hoje com 6 anos, já estava na arquibancada. Mas, em agosto deste ano, ele vai ficar bem mais à vontade no Maria Lenk, junto com o irmão Thiago, atualmente com dois anos.
 
“Para o Pedro vai ser a segunda. Mas em casa, muda. E é um compromisso comigo. Eu abro mão de tanta coisa, deixo de fazer coisas com eles. Por eu ser tão presente, talvez eles nao sintam. Mas eu sinto muita falta. Você deixou de ir para a festa com eles para errar? Não. Se fosse só por minha conta, não ia errar um salto de propósito, mas tem um peso a mais sim”.
 
A Copa do Mundo de Saltos Ornamentais é evento-teste da modalidade para o Rio 2016 e ocorre até quarta feira (24.02) no Parque Aquático Maria Lenk.A semifinal e a final do trampolim 3m feminino ocorrem na terça-feira.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Saltos ornamentais: atletas competem com mau tempo e destacam adaptação e força mental

 
A conquista das vagas olímpicas na plataforma 10m sincronizado masculino teve um desafio extra neste domingo (21.02), durante a Copa do Mundo de saltos ornamentais, evento-teste da modalidade para o Rio 2016. A forte chuva do início da noite, que veio com ventos intensos e muitos raios, chegou a interromper a prova por cerca de 40 minutos, quando os atletas terminavam a quarta rodada de saltos. A competição retornou e reforçou o domínio da China na modalidade, que ficou com o ouro. Em segundo, ficou a Alemanha, seguida por Grã Bretanha, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia. Como chineses e russos já haviam se classificado para os Jogos, os demais países citados garantiram as quatro vagas em jogo.
 
Medalhista olímpico e mundial, o norte-americano David Boudia disse que a adversidade é positiva para o time deles. “Quando você vai para a competição, você pensa que vai saltar seis vezes e terminar. Quando tem uma interrupção de 30 minutos, isso pode te desconcentrar. É o tipo de coisa que a gente ama, sabemos que somos fortes mentalmente. Eu não sei o que os adversários podem fazer, mas sabemos lidar bem com esse tipo de situação adversa. Nosso principal objetivo era conseguir a vaga e fizemos isso”, disse.
 
“Aprendemos sobre a imprevisibilidade do tempo, saltar em local aberto, na chuva,  você não sabe o quão forte vai estar a chuva. Há muitas inconsistências, mas é importante competir assim, porque ao voltar  em agosto, podemos ter a mesma situação e estaremos totalmente preparados”, completou o parceiro Steele Jonhson.
 
Atual campeão mundial da prova, Yue Lin achou importante competir em diversas condições climáticas no Brasil antes dos Jogos. “Ficamos muito concentrados nos movimentos e na competição, então, não prestamos muita atenção aos raios e ao tempo. Eu gostei porque foi a primeira vez que competimos na chuva. O tempo está mudando muito. Em alguns momentos, tem sol forte, em outros, chuva. Então, podemos experimentar todos os tipos de condições”, explicou.
 
“Tudo o que poderia acontecer com a gente, aconteceu hoje. Chuva, atraso na competição, então foi um ótimo treino. Especialmente por saltar em piscina aberta, nunca competimos assim antes. Ficamos felizes com o resultado e foi uma grande experiência para as Olimpíadas”, acrescentou o britânico Tom Daley, também medalhista olímpico e mundial. 
 
Perfeição chinesa
Na final da plataforma de 10m feminino, ainda sob chuva, Qian Ren conquistou não só a medalha de ouro, com 454.65 pontos. A chinesa que completou quinze anos neste sábado (20.02) deu um presente a quem ainda estava no Maria Lenk de noite: seu último salto foi perfeito, tendo recebido a nota 10 de todos os jurados, algo inédito na competição até agora. Além disso, todas as notas dela computadas para a pontuação de cada salto foram acima de nove. A nota final foi 57.6 pontos mais alta do que a obtida pela campeã mundial de Kazan, a norte coreana Kim Kuk-hyang.
 
 “Eu realmente não sei explicar como fiz isso, mas foi como no treino. Fiz o que faço normalmente. Não tem segredo para ganhar a nota máxima. É só treino. A chuva não afetou em nada”, contou Ren. Em segundo lugar, ficou outra chinesa, Yajie Si (412.80). O bronze foi para a australiana Melissa Wu (380.50)
 
Nova falha de energia
Com a chuva, o Maria Lenk teve nova falha de energia, assim como na sexta e no sábado. O apagão durou cerca de 40 minutos. O centro de mídia ficou no escuro e o painel que mostra os resultados parou de funcionar. Na tarde deste domingo, antes da falha, o diretor de Gestão de Instalações do comitê, Gustavo Nascimento, informou que um reforço no sistema de energia havia sido feito no Maria Lenk, na madrugada de sábado para domingo.
 
“Na sexta, uma palmeira, segundo a Light (empresa de geração e fornecimento de energia), interrompeu o circuito, mas eles conseguiram remediar a tempo. Para a queda de energia de ontem (sábado), eles já tem uma suspeita da causa, mas não quiseram revelar ainda. Já estão remediando, mas a gente só vai ter certeza amanhã. O importante é que, nessa madrugada, a gente fez incremento de geradores para fazer uma alimentação de itens não essenciais para a competição, já está tudo com maior segurança. Agora a gente diminuiu o risco”, disse.
 
Como a energia voltou a falhar, o Comitê Rio 2016, via assessoria, informou que o problema está sendo estudado para encontrar as causas. Gustavo Nascimento explicou que, durante os Jogos, o fornecimento de energia  para as instalações será feito de outra forma.
 
“A gente usa o circuito de média voltagem da Light, energia que vai pra qualquer lugar e alimenta a cidade inteira. Nós temos dois geradores que alimentam a parte essencial da competição, o equipamento de tecnologia, para que haja redundância, para que não se percam os registros de resultados. A competição não parou.  Nos Jogos, a configuração é totalmente diferente. A gente tem outro sistema de redundância, toda a alimentação do parque vinda de subestações independentes, ou seja, caso uma tenha algum tipo de problema, a gente tem a segunda alimentação. Como um avião ou um desses transatlânticos que operam com dois motores: caso um falhe, o outro assume”, disse.
 
A competição prossegue até 24 de fevereiro. Nesta segunda (22.02), serão realizadas as eliminatórias do trampolim de 3m feminino e a semifinal e a final do trampolim 3m masculino.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
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Torneio testa área de luta elevada e sistema de pontuação do taekwondo

A área de competição elevada foi um dos destaques do evento-teste e agradou bastante aos atletas, brasileiros e estrangeiros. Foto: Ana Cláudia Felizola/brasil2016.gov.brA área de competição elevada foi um dos destaques do evento-teste e agradou bastante aos atletas, brasileiros e estrangeiros. Foto: Ana Cláudia Felizola/brasil2016.gov.br
 
Mesmo depois de receber três eventos-teste no mês de janeiro – basquete, halterofilismo e luta olímpica – a Arena Carioca 1 teve novos aspectos avaliados durante o Torneio Internacional de Taekwondo, encerrado neste domingo (21.02). Um dos principais foi o uso de uma área de competição elevada, semelhante à que será adotada nos Jogos Olímpicos, além de todo sistema eletrônico de pontuação da modalidade.
 
 Segundo Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Rio 2016, o número de competições realizadas na arena permitiu que outros fatores fossem avaliados pelo Comitê Organizador ao longo do fim de semana. “Já estamos no fim da segunda ‘onda’ de eventos, começando a terceira, então já temos muitas lições aprendidas e a chance de cometermos erros é um pouco menor. Mesmo assim, em cada evento a gente testa alguma coisa diferente”, explica.
 
Durante a competição de luta olímpica, no mês passado, a área elevada não foi montada na arena. Para o brasileiro Leonardo Moraes, que disputa uma vaga olímpica na categoria -58kg, é importante competir no modelo que será adotado nos Jogos. “Os campeonatos lá fora, como Mundiais e Grand Prix, costumam ser com área elevada. No Brasil é mais raro. Lutar com área elevada, para mim, é um sonho desde pequeno porque nos Jogos Olímpicos a gente vê os atletas subindo a ‘escadinha’ para lutar”, comenta.
 
“Eu achei que a área está muito bem feita. Ela faz um pouco mais de barulho por ser elevada, então acaba assustando um pouco, mas achei muito bem montada. O piso também não está escorregadio, o que também atrapalharia bastante”, analisa o atleta, que lutou no sábado (20.2) e acabou lesionando um dedo da mão direita logo no primeiro confronto.
 
Ainda assim, Leonardo aprovou o torneio para a adaptação dos atletas também aos novos equipamentos. “Tanto o colete eletrônico quanto o capacete são de modelos novos e há algumas diferenças. Na técnica do chute, por exemplo, agora precisa ser com um pouco mais de força e precisão. Dependendo da categoria, a calibragem aumentou ou diminuiu um pouco”, detalha. “Por todos esses fatores, o evento-teste foi muito positivo porque deu para os atletas terem uma noção do que vai ser nos Jogos Olímpicos”, acredita.
 
O presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), Carlos Fernandes, também elogiou as medidas operacionais da competição, mas observou aspectos que deverão ser aprimorados até os Jogos.  “Foi um evento bem enriquecedor e que atingiu as expectativas. Claro que há alguns ajustes a fazer, como ter um telão e melhorar a qualidade do som, mas é por isso que é um teste”, opina.
 
Outra questão para o dirigente foi a da segurança.  “As delegações saíram nos ônibus e eu não vi nenhum aparato de segurança e achei as ruas muito escuras. No Maria Lenk (saltos ornamentais) tem segurança total. Deveria ter aqui também”, compara.
 
Segundo o Rio 2016, o taekwondo contou com a operação de 40 profissionais de segurança, somando a equipe do Comitê e a empresa privada contratada. “Nos eventos abertos aos espectadores, como a Copa do Mundo de saltos ornamentais, a gente conta com o apoio da Força Nacional, que vai ser nossa grande parceira na área de segurança durante os Jogos. No taekwondo, como é um evento privado, onde você só entra com credencial e é dentro do Parque Olímpico, onde a gente já vem fazendo eventos desse mesmo padrão, a gente mantém o mesmo esquema de segurança. Todas as medidas são tomadas dentro de um plano operacional”, explica Rodrigo Garcia.
 
Evento-teste do taekwondo, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Evento-teste do taekwondo, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
Avaliação
A Arena Carioca 1, que já havia recebido elogios no último sábado da brasileira Iris Tang Sing, foi novamente aprovada pelos competidores. “Eu achei que está excelente, não tenho do que reclamar. O evento está super organizado, começou na hora. Achei lindo o tatame, tudo está maravilhoso”, destaca Rafaela Araújo, que tenta uma vaga olímpica na categoria -57kg. “A arena é maravilhosa. Está sendo uma grande experiência”, comenta a canadense Evelyn Gonda, que no ano passado disputou os Jogos Pan-Americanos de Toronto, onde foi derrotada na disputa pelo terceiro lugar. Gonda, entretanto, subiu ao pódio neste domingo para receber a medalha de bronze.
 
Campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e bronze na edição de Santo Domingo, em 2003, Diogo Silva assistiu às lutas na Arena Carioca 1 e também gostou do que viu. “Pela primeira vez estou vindo em um evento-teste e achei muito legal. É exatamente como nos Jogos Olímpicos, até no cronograma de horários. Alguns países mandaram seus representantes, o que é interessante para os brasileiros verem o patamar do esporte. Estou gostando muito, a organização está impecável, tudo está funcionando”, elogia.
 
Para Philippe Bouedo, membro da Federação Internacional de Taekwondo e diretor técnico da federação francesa, o evento-teste serviu para antecipar o que irão encontrar em agosto. “É uma boa oportunidade para testar tudo nas condições  reais. Os atletas podem ver como será nos Jogos Olímpicos”, avalia.
 
O dirigente também espera que a modalidade atraia a atenção do público. “O taekwondo é um grande desafio para nós todas as vezes nos Jogos Olímpicos. Nós trabalhamos muito com transparência e tecnologia para fazer os Jogos mais ativos e espetaculares. Tentamos mudar um pouco as regras para deixar o esporte mais popular”, acrescenta.
 
O torneio internacional contou com a participação de 64 atletas, de 15 países. A operação foi auxiliada pelo trabalho de 144 voluntários. O estudante de educação física Leonardo Rubio, de 20 anos, foi um deles. Já tendo praticado o taekwondo, ele aceitou o convite para trabalhar no evento-teste deste fim de semana. “Eu fiquei na área de equipamentos, então pego os protetores dos atletas e levo até as áreas dos árbitros para eles retirarem o sensor. Já levei água, gelo, já carreguei equipamento para a área de treinamento”, conta, animado. “Estou convocado para as Olimpíadas e a princípio ficarei na mesma área, aqui no taekwondo. Já estou treinando para isso”, encerra.
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
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Com a “cara dos Jogos”, evento-teste dos saltos ornamentais começa nesta sexta

Revista na entrada, gradeamento e diversos homens da Força Nacional pela instalação. Na piscina do Parque Aquático Maria Lenk,  no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, 217 atletas de 46 países. São 88 vagas olímpicas em disputa nos seis dias da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, evento da Federação Internacional de Natação (FINA) a partir desta sexta (19.02) e que é teste para o Rio 2016. Mas não é um teste comum. A competição conta com a segurança já nos moldes dos Jogos Olímpicos, com poucas diferenças. As exigências para a organização são mais altas. É o que faz dele um evento-teste chamado de “major”.
 
“O requisito técnico é muito maior, os parâmetros são mais rígidos. Como em outros eventos, testamos a tecnologia de resultados, a área de competição, mas vamos testar mais árbitros, a força de trabalho é exigida em um nível maior. A arbitragem será parecida com o que será nos Jogos, a operação de zona mista (área de entrevistas) também. São vários elementos que fazem com que a equipe seja mais exigida”, disse Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes do Comitê Rio 2016.
 
Copa do Mundo de Saltos Ornamentais. Evento-teste, no Parque Aquático Maria Lenk, reserva 88 vagas para os Jogos Olímpicos Rio 2016. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)Copa do Mundo de Saltos Ornamentais. Evento-teste, no Parque Aquático Maria Lenk, reserva 88 vagas para os Jogos Olímpicos Rio 2016. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
 
Entre os aspectos observados, também estão a área médica e o trabalho dos voluntários: dos 584 no total, 72 são específicos do esporte e trabalharão em dois turnos, assim como está previsto no chamado “games time”. A interação evento esportivo-segurança é outro aspecto fundamental. “A gente começa a fazer com que os órgãos de segurança consigam entender o que a gente está fazendo, como é o nosso trabalho, para eles fazerem os ajustes até os Jogos. É um evento que começa a tomar a cara dos Jogos”, disse Agberto.
 
 
Primeiras impressões
Para as delegações, a missão é dupla: garantir o máximo de vagas possível e conhecer o Maria Lenk, instalação que receberá a competição de saltos ornamentais em agosto. Construída em 2007 para o Pan, o parque aquático foi reformado para o Rio 2016 e agora conta com um ginásio para treinamento a seco, novas superfícies nas plataformas e uma piscina de aquecimento. A equipe dos Estados Unidos ficou encantada com a estrutura, segundo o chefe da delegação, Steve Foley.
 
“Adorei. É uma instalação realmente muito boa. O fato de ter três trampolins de 3m, ótimas plataformas, e é uma piscina muito longa, você consegue ver bem aonde vão os atletas. E sobre o ginásio (de treinamento a seco)... queremos levá-lo de volta para os Estados Unidos! Os atletas adoraram”, contou.
 
Mais que irmãs
Os atletas consideram tão importante conhecer o local que há alguns que não vão competir, mas vieram para ter uma ideia de como é o Maria Lenk.  É o caso das canadenses Meaghan Benfeito e Roseline Filion. Uma lesão no tornozelo de Roseline as impediu de disputar a plataforma sincronizada na Copa do Mundo. Mas as medalhistas olímpicas (bronze em Londres 2012) e mundiais (prata em Kazan 2015 e em Barcelona 2013) na plataforma de 10m sincronizado fizeram questão de estar no Rio.
 
As canadenses Meaghan Benfeito (E) e Roseline Filion já têm vaga, mas fizeram questão de conferir a instalação. Foto: Carol Delmazo/Brasil2016.gov.brAs canadenses Meaghan Benfeito (E) e Roseline Filion já têm vaga, mas fizeram questão de conferir a instalação. Foto: Carol Delmazo/Brasil2016.gov.br
 
“É muito importante conhecer a piscina antes dos Jogos. Vim treinar e conhecer os aspectos-chave. Por exemplo, faz muito calor e não estamos acostumados a isso. Viemos aqui em 2014, e eu também estive aqui em 2007 para o Pan. Mas tem estrutura nova, adorei o ginásio, é muito perto da piscina e isso é importante”, explicou Meaghan, que também tem vaga garantida na disputa individual da plataforma no Rio 2016.
 
Saltando juntas há 11 anos, Roseline e Meaghan estão determinadas a aumentar a coleção de medalhas em agosto. “Quando você está no pódio, você não quer sair dali. E você sempre quer melhorar. Enquanto Roseline se recupera da lesão, estou mais focada no individual. Mas quando ela voltar, focaremos de novo no sincronizado. Estamos juntas há tampo tempo que não me preocupo. Somos mais que irmãs, nos conhecemos muito bem. Acho que é por isso que competimos bem também”, contou.
 
O desafio do Brasil
Por ser sede, o Brasil tem vaga garantida nos Jogos nas quatro disputas de sincronizado: plataforma 10m masculino, plataforma 10m feminino, trampolim 3m masculino e trampolim 3m feminino. Além do país-sede, os medalhistas do Mundial de Kazan 2015 em cada prova também carimbaram o passaporte. As outras quatro vagas serão dadas aos quatro melhores colocados na Copa do Mundo, totalizando os oito participantes de cada disputa.
 
No individual é que está o grande desafio brasileiro. Vão se classificar para os Jogos os 18 semifinalistas de cada uma das quatro provas. A Copa do Mundo é a última chance de garantir vagas para o Brasil.
 
“A gente tem condições de conseguir de três a cinco vagas. Não vai ser fácil, mas temos uma geração de atletas experientes, como o Hugo Parisi, o César Castro e a Juliana Veloso, e temos  uma outra geração nova, que tem muito talento, mas não tem experiência. É uma equipe bem mesclada, mas todos estão bem. Está todo mundo bem focado”, disse Ricardo Moreira, coordenador da equipe brasileira de saltos.
 
O experiente Hugo Parisi (E) e o técnico Ricardo Moreira, da Seleção Brasileira de Saltos Ornamentais. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brO experiente Hugo Parisi (E) e o técnico Ricardo Moreira, da Seleção Brasileira de Saltos Ornamentais. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
 
Um dos atletas mais experientes, Hugo Parisi  deve disputar a plataforma de 10m sincronizado com Jackson Rondinelli nos Jogos. Mas ele quer sair da Copa do Mundo com a certeza de disputar também o individual na quarta Olimpíada da carreira.
 
“Os dois (individual e sincronizado) são muito importantes, mas a gente deu uma atenção maior pro individual aqui por estarem em jogo as vagas. Se eu conseguir (no individual), vai ser muito especial. Deve ser algo incrível para o atleta disputar os Jogos em casa, com amigos e família na arquibancada”, finalizou.
 
Carol Delmazo,brasil2016.gov.br
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