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Halterofilismo: colombiano bate recorde das Américas e Brasil leva mais duas medalhas

Daniel Zappe/MPIX/CPBDaniel Zappe/MPIX/CPB
Jainer Cantillo voltará para a Colômbia, após a etapa do Rio da Copa do Mundo de Halterofilismo, com a missão cumprida: havia prometido uma medalha para a filha Liliana, de 8 anos, e o ouro estará na bagagem. Mas, ao levantar 195kg, na tarde desta sexta-feira (22.01), na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico da Barra, ele também leva para Bogotá o recorde das Américas na categoria até 80kg.
 
“Bater um recorde americano em uma competição como esta é muito satisfatório. Queria mais, tentei 200, mas invalidaram a terceira. Estou feliz, porque levo esse triunfo para Colômbia, levo esse triunfo para a minha filha. Não chegarei em casa com as mãos vazias”, disse o colombiano.
 
Natural de Santa Marta, onde nasceu o famoso jogador de futebol Carlos Valderrama, Cantillo espera também dar orgulho à cidade e ao seu país.  Em Londres 2012, o pódio paralímpico escapou por uma posição, e ele ficou em quarto.  Em Pequim 2008, havia ficado em sexto. O Rio, segundo ele, é o cenário perfeito para a conquista do pódio.
 
“Vai ser muito especial. (O Rio) É um ótimo lugar para competir, o clima é bom, ideal para quebrar recordes. Sempre tive uma grande afinidade com Brasil. Quero estar no pódio paralímpico”, disse.
 
Com a marca de 195kg, Cantillo deve subir para sétimo no ranking paralímpico da categoria. Ele quer levantar 200 kg nas duas competições que faltam, em Dubai (Emirados Árabes Unidos) e em Kuala Lampur (Malásia), e confirmar a vaga paralímpica, já que os oito primeiros do ranking em 29 de fevereiro garantem a classificação. O colombiano trocou de categoria depois do Parapan de Toronto, quando foi ouro na categoria até 72kg, e agora é mais um desafio para o brasileiro Evânio Rodrigues na categoria até 80kg, que ficou com a prata nesta sexta ao levantar 193kg. O bronze foi para o norte-americano Ahmed Shafik (178kg).
 
“Minha estratégia foi primeiro fazer 193kg e depois tentar 197kg para ficar classificado para os Jogos. Eu levantei o peso, mas não validaram. Agora é treinar mais para fazer o movimento mais perfeito. Hoje estou em nono no ranking. Estou confiante (na vaga)”, disse o brasileiro, que ainda vai participar da etapa de Kuala Lampur da Copa do Mundo, de 24 a 28 de fevereiro, para tentar subir a posição que falta.
 
Um dos grandes aprendizados do evento-teste para os atletas, segundo o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro, Edilson Alves, é justamente conhecer mais o trabalho dos árbitros que atuarão nos Jogos em setembro.
 
“Quando o atleta é avaliado por um árbitro nacional é uma coisa, quando ele é avaliado pelos mesmos árbitros que vão estar nos Jogos Paralímpicos, eles começam entender onde é a falta, o que ele faz para evitar a falta, como eles analisam os movimentos, tudo isso é bastante importante para que o atleta saiba a melhor forma de competir”, disse.
 
Primeira viagem, melhor marca
O hino de El Salvador ecoou na Arena Carioca na premiação da categoria até 72kg. Herbert Enrique López levantou 145 quilos e fez a melhor marca da carreira. Isso já seria motivo de comemoração, mas um detalhe deixa a conquista ainda mais especial: é a primeira vez que o halterofilista de 30 anos sai de seu país.
 
“É um presente especial para todo o esforço que tive. É minha melhor marca. É minha primeira viagem internacional e logo tive a medalha. A cidade é linda, as pessoas são muito acolhedoras e ajudam muito os estrangeiros. Isso é muito bonito”, disse o atleta.
 
A prata ficou o chileno Sebastián Castro (130kg) e o bronze, com Amaro Fica (115kg), também do Chile.
 
Daniel Zappe/MPIX/CPBDaniel Zappe/MPIX/CPB
 
Deixando a lesão pra trás
O vencedor da categoria até 65kg, José David Coronel, não conteve as lágrimas. Com a medalha no peito por ter levantado 130 quilos, o argentino comemorou a primeira conquista após Nlesão que o deixou afastado dos treinos. A recuperação foi difícil, mas a recompensa veio exatamente no evento-teste dos Jogos Paralímpicos.
 
“É a terceira vez que consigo uma medalha de ouro no Brasil. Tive uma lesão em Toronto, em agosto do ano passado, fiquei três meses sem poder treinar e vim aqui com uma expectativa de melhorar algumas marcas. Acabei conseguindo essa medalha que vale muito para mim. Ainda não posso acreditar. É um renascer. Tenho esperança de que possam aprovar um convite para mim para os Jogos do Rio, porque pelo ranking será difícil. Vou seguir treinando para o caso de que dê certo, ou para qualquer torneio que venha daqui pra frente”, afirmou.
 
Ele também não mediu elogios à organização. “Estive nos Jogos de Londres 2012 e em Mundial, e esse torneio se assemelha a eles. Está tudo muito bom, os voluntários sempre muito atentos, o palco está muito lindo”, disse. 
 
Takashi Jo, do Japão, ficou com a prata ao erguer 126 quilos, e José Manuel Coronado, da República Dominicana, levou o bronze (115kg).
 
Outra medalha para o Brasil
Encerrando as competições nesta sexta, o Brasil faturou a segunda medalha do dia, e a quinta no evento-teste: Rodrigo Marques ergueu 186 quilos na categoria até 88kg e ficou com o bronze. O vencedor foi o cubano Oniger Dake Vega (197kg) e a prata foi para a Colômbia, com Francisco Palacios (187kg.)
 
“Poderia ter ido além, mas estou batalhando para conseguir minha meta que é de 205 a 2010 na Malásia e tentar a vaga para o Rio”, disse.
 
A etapa do Rio da Copa do Mundo termina neste sábado (23.01) no Parque Olímpico da Barra. Serão realizadas as disputas de uma categoria unificada feminina (-67kg até +86kg) e de uma unificada masculina (-97kg até+107kg).
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Saldo do teste do halterofilismo: apenas detalhes serão corrigidos para o Rio 2016

Joseano Felipe bateu o recorde das Américas na categoria até 107kg, ao levantar 206kg. Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brJoseano Felipe bateu o recorde das Américas na categoria até 107kg, ao levantar 206kg. Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br

Um pouco menos de inclinação na rampa que dá acesso ao palco e um cuidado maior na apresentação dos atletas. Esses são exemplos de detalhes que sofrerão mudanças até os Jogos Paralímpicos na competição de halterofilismo. O balanço foi considerado bastante positivo pela organização após a etapa do Rio da Copa do Mundo da modalidade, finalizada neste sábado (23.01), na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico da Barra, e que é evento-teste para o Rio 2016.

“Faremos apenas pequenas mudanças. O bom é que são coisas que vocês nem viram, e isso mostra o quão positiva pode ser a competição nos Jogos. De forma geral, foi tudo muito bem e deu uma ideia do que vai ocorrer em setembro. E isso é só uma amostra. Nos Jogos, você terá os campeões mundiais reunidos”, disse Jon Amos, chairman de halterofilismo no Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

“O retorno que tivemos dos atletas e dos treinadores é o melhor possível. Os atletas elogiaram a área de aquecimento, a área de competição, conheceram um modelo novo de apresentação esportiva. Faremos uma pequena modificação no palco na forma como colocamos as rampas. Outro detalhe: o tipo de magnésio que eles utilizam é em pó, e optamos por utilizar em bloco, primeiro porque ele dá mais aderência para o atleta e segundo que faz muito menos sujeira. Os atletas adoraram, os treinadores apoiaram a decisão e vamos manter para os Jogos”, acrescentou Pedro Meloni, gerente de Levantamento de Peso e Halterofilismo do Comitê Organizador Rio 2016.

Foi testada, pela primeira vez, a apresentação dos atletas em que eles entram sozinhos no palco, no lugar da entrada em fila de todos os competidores. A ideia agradou e deve ser mantida para setembro. “O feedback foi positivo.Temos apenas que discutir um pouco mais, a apresentação não pode ser longa a ponto de atrapalhar o aquecimento. Temos que chegar ao ponto de ter uma boa apresentação, tendo a certeza de que não vai impedir o que os atletas têm que fazer”, explicou Jon Amos.

Antidoping
O antidoping também passou por um teste importante na Copa do Mundo de Halterofilismo. A competição paralímpica exige algumas adaptações que foram repassadas aos agentes da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) em curso realizado com o IPC antes da competição.

“Esse evento é particularmente importante. É necessário ter cautela com todos os caminhos que vão ser percorridos e também nos preocupamos com o conforto dos atletas. Temos que recebê-los bem, a estação (de coleta) tem que estar preparada, com as dimensões corretas, e estamos cuidando disso”, disse Marta Dallari, diretora de Relações Institucionais da ABCD.

“A turma que foi formada na ABCD provavelmente vai estar trabalhando nos Jogos. Fizemos teste de sangue e de urina, todo o protocolo foi seguido e o fato de o laboratório ter sido reacreditado no Rio dá uma rapidez muito grande no processamento. Uma vez que as amostras são coletadas, a gente consegue transportá-las no mesmo dia e isso é muito positivo”, acrescentou Maria Fernanda Frias, observadora do controle de dopagem da competição.



Resultados
O grande destaque brasileiro deste sábado foi Joseano Felipe, que bateu o recorde das Américas na categoria até 107kg, ao levantar 206kg, e subiu para sétimo no ranking paralímpico. Como há dois chineses na frente e só vai um atleta por país, hoje ele estaria com a sexta vaga. A marca feita no evento-teste deixou o halterofilista satisfeito e confiante.

“A alegria é total. Esse recorde já era meu em etapa nacional, mas não valia para o ranking paralímpico. Então vim para fazer mais ainda, e faltou pouquinho para 210kg. Venho em uma crescente muito grande. Eu fui campeão das Américas no México no ano passado, fui campeão do Parapan, estou aumentando peso na barra direto. Não posso deixar essa chance (de ir para as Paralimpíadas) escapar de jeito nenhum”, disse o atleta, que competiu apenas com o chileno Julio Castillo (120kg) e ficou com o ouro.

Mateus de Assis, de 18 anos, bateu o recorde Júnior das Américas com os 166 quilos erguidos na categoria até 97kg e faturou o bronze. Junto com o brasileiro no pódio, estiveram o chileno Frank Feliu (172kg) e o colombiano Fabio Torres, que levou o ouro ao levantar 211 e se emocionar no palco.

Na disputa masculina da categoria mais de 107kg, outro bronze para o Brasil com José Ricardo da Silva (177kg). O ouro foi para o húngaro Sandor Sas (195 kg), e a prata para Jhon Feddy Castaneda, da Colômbia (180kg).

Feminino
Entre as mulheres,  mais duas medalhas para o Brasil. Terezinha da Silva faturou a prata na categoria até 67 kg ao levantar 87 quilos. Ela perdeu para a chilena Maria Antonieta Ortiz (91kg) e o bronze foi para Gladys Sánchez, da Colômbia (85kg). Na categoria combinada de 79kg a mais de 86kg, Márcia Menezes (categoria até 86kg) levou o ouro ao levantar 110kg, enquanto a chilena Marion Alejandra Serrano levantou 65kg e bateu o recorde Júnior das Américas da categoria até 79kg.

“Não fiquei satisfeita com o resultado, eu podia fazer mais. Na segunda pedida, tive um erro técnico, desconcentrei e acabei não fazendo a marca que já garantia a vaga (paralímpica). Faltou pouco para finalizar os 117kg, porque eu já faço no treino com mais peso. Eu subi uma posição no ranking e falta uma para garantir a vaga. A gente tem mais uma chance na Malásia e lá eu vou dar o sangue”, disse Márcia, que agora está em sétimo no ranking. Entre as mulhres, as seis primeiras se classificam para os Jogos.

Com dez medalhas ao todo (quatro ouros, duas pratas e quatro bronzes), o desempenho da seleção brasileira foi considerado positivo pelo técnico Valdecir da Silva. “De maneira geral, o desempenho esperado foi atingido. Faltou um ou outro isoladamente, mas tem tempo de corrigir para a próxima e última tentativa de vaga para o Rio 2016. O grande destaque deste evento foi Joseano, é o único que está entre os seis melhores  e, se fosse hoje, estaria com a vaga garantida, mas temos outros bem próximos (da zona de classificação pelo ranking). A Márcia não fez a marca necessária por detalhe técnico, o Bruno está próximo, o Evânio também”. O Brasil foi a melhor equipe da competição, seguido por Chile (segundo lugar) e Colômbia (terceiro).

Restam duas oportunidades para bater as marcas e garantir presença nos Jogos Rio 2016: as etapas da Copa do Mundo de Dubai (Emirados Árabes Unidos), de 15 a 19 de fevereiro, e de Kuala Lampur (Malásia), de 24 a 28 de fevereiro. O ranking paralímpico fecha no dia 29.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil volta ao individual geral da ginástica rítmica depois de 24 anos

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Quando desembarcou em Stuttgart, na Alemanha, em setembro de 2015, a capixaba Natália Gaudio tinha um objetivo claro: ser a brasileira mais bem colocada ao término do Mundial. Esse era o caminho para colocar seu nome na vaga olímpica assegurada ao país-sede e para, de quebra, entrar para a história da ginástica rítmica, modalidade que não tinha uma representante brasileira no individual desde os Jogos de 1992, em Barcelona – curiosamente, o ano em que Natália nasceu.
 
A atleta de 23 anos cumpriu o planejamento. “Fiz uma competição impecável, não tive erro em nenhum dos aparelhos e saí satisfeita com o trabalho”, relembra a ginasta, que terminou com a 51ª colocação, com 46,766 pontos, e garantiu a vaga olímpica no individual geral. A compatriota Angélica Kvieczynski ficou em 54º lugar (46,649 pontos).
 
“Treinei por 18 dias na Bulgária antes do Mundial, exatamente para me preparar, e conquistei a vaga depois de me dedicar muito e dar tudo de mim nesses treinos. Cheguei ao Mundial me sentindo 100% preparada”, diz Natália, que em 2015 ainda se tornou tetracampeã brasileira e sul-americana, além de ter levado o bronze no Meeting Internacional, em Vitória (ES). “Só somei coisas boas e estou feliz. Espero que 2016 seja melhor ainda”, deseja.
 
Para o primeiro semestre, a ginasta espera acumular ainda mais experiência antes de sua estreia nos Jogos. “Já temos o planejamento para tentar participar do máximo possível de Copas do Mundo antes das Olimpíadas. Em março a gente começa a competir. Também planejamos três intercâmbios de treinos”, explica.
 
As metas da atleta, contudo, vão além de 2016. “Sempre desejei deixar uma história para a ginástica rítmica no individual. Serei a terceira brasileira a participar das Olimpíadas nessa prova e acho que isso é importante para as meninas que estão começando”, acredita. Antes de Natália, Rosana Favila e Marta Schonhurst foram as representantes do Brasil em Jogos Olímpicos, nas edições de Los Angeles-1984 e Barcelona-1992, respectivamente, terminando em 19º e em 17º lugares.
 
Danilo Borges/brasil2016.gov.brDanilo Borges/brasil2016.gov.br
 
Seleção de conjunto
Além da vaga de Natália, o regulamento da Federação Internacional de Ginástica (FIG) ainda garante ao país-sede a participação na prova de conjunto. No fim de 2015, foram selecionadas 11 ginastas que passarão pelos treinamentos antes de que seja definida a equipe final, no fim de junho, composta por cinco atletas, e que competirá no Rio.
 
Para essa primeira etapa da convocação, foram escolhidas Bárbara Domingos, Bruna Moraes, Drielly Daltoé, Eliane Sampaio, Gabrielle Moraes e Maiara Cândido, que se juntaram a Dayane Amaral, Emanuelle Lima, Francielly Machado, Jéssica Maier e Morgana Gmach, ginastas que conquistaram o pentacampeonato dos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, e representaram o Brasil no Mundial da Alemanha.
 
Desde 6 de janeiro, a equipe iniciou a preparação no Centro Nacional de Treinamento, em Aracaju (SE), com as novas coreografias criadas com a contribuição da técnica Ina Ananieva, da Bulgária, campeã mundial em 2014 e vice em 2015. Para a apresentação com fitas, foi escolhida a música “Aquarela do Brasil”, cantada por Ivete Sangalo. Já na rotina de arco e maças, foi feito um mix de músicas brasileiras, como “Tico-tico no Fubá” e “Brasileirinho”.
 
Mateus Baeta e Ana Cláudia Felizola - brasil2016.gov.br
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Brasil leva três medalhas no primeiro dia do halterofilismo. Evento-teste recebe elogios

 Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br
Na reta final da disputa por vagas nas Paralimpíadas, os halterofilistas brasileiros garantiram três pódios nesta quinta-feira (21.01), primeiro dia da Copa do Mundo da modalidade, no Rio de Janeiro. Enquanto os atletas buscam melhorar as marcas na competição que serve de evento-teste para os Jogos Rio 2016, a organização quer aperfeiçoar a área de competição, afinar o trabalho dos voluntários e identificar o que pode ser melhorado para setembro.
 
“É a primeira vez na história desse esporte desde que estou envolvido - como atleta, técnico da Grã-Bretanha ou chefe de equipe - que temos esse privilégio de fazer o evento-teste. Isso significa que em qualquer outra edição de Jogos Paralímpicos teremos que seguir esse protocolo porque, se há desafios,  melhor que os enfrentemos aqui. E quando a gente chegar aos Jogos, ficará tudo perfeito”, disse Jon Amos, chairman de halterofilismo no Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).
 
A competição da modalidade, nos Jogos, será realizada no Pavilhão 2 do Riocentro, enquanto o evento-teste ocorre, até sábado, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Segundo os organizadores, os aspectos mais importantes podem ser testados em uma instalação diferente e reproduzidos, em setembro, no Riocentro.
 
“Embora não seja a mesma instalação, estamos testando a área de competição. Um palco montado aqui ou no Riocentro não muda muito para a gente. Importante é testar a operação de trás do palco, a entrada do atleta, a saída do atleta, a acessibilidade ali dentro, além da arbitragem e a relação com a federação internacional”, explicou Rodrigo Garcia, diretor de Esportes do Comitê Rio 2016.
 
A iluminação, aspecto essencial no halterofilismo, está sendo colocada na Arena Carioca de forma semelhante ao que será feito no Riocentro.  “O que é mais importante? Que essa iluminação não esteja direta nos olhos dos atletas. Eu não posso ter luzes que reflitam diretamente nos olhos do atleta quando ele estiver no banco. O Riocentro tem um desenho similar de iluminação e a gente consegue repetir”, disse Pedro Meloni, gerente de Levantamento de Peso e Halterofilismo do Comitê.
 
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Inovação
A Copa do Mundo no Rio foi a competição escolhida para testar uma inovação: a forma como os atletas são apresentados ao público ao entrarem na área de competição. “Normalmente eles são colocados em fila e são nominados. Agora estamos dando a eles um pequeno ‘momento de glória’, já que chegam ao palco sozinhos. Então eles podem ter 5 ou 10 segundos de fama. Mas, além de evento-teste, é também uma Copa do Mundo. Então, ao testar isso, temos que ser o mais perfeitos possível, porque  atletas estão tentando a classificação para os Jogos”, explicou Jon Amos.
 
A ideia agradou o chileno Juan Carlos Garrido. “Gostei muito, dá importância ao atleta, personifica mais, é bonito isso”. O halterofilista húngaro Nador Tunkel concordou. “Adorei, ainda mais ao imaginar que estará cheio de gente nos Jogos”.
 
Avaliação dos atletas
Estrangeiros e brasileiros que competiram nesta quinta elogiaram a estrutura montada para a competição e a acessibilidade da Arena Carioca 1, que receberá a disputa paralímpica do basquete em cadeira de rodas.
 
“Eu achei a estrutura muito bacana. Infelizmente eu não tive a oportunidade de conhecer com detalhes antes da competição, até mesmo porque eu estava focada, concentrada. Mas, com o pouco que conheci, está aprovada”, disse a brasileira Maria Luzineide de Oliveira. “Está excelente a estrutura, tanto a de treinamento quanto a área de aquecimento, a área de competição, está tudo ótimo”, reforçou  o compatriota Bruno Carra.
 
“Está espetacular. Tudo funcionou de forma perfeita”, disse Juan Garrido, que é cadeirante e não encontrou dificuldades de deslocamento. “Tudo tranquilo. Temos um colega de equipe que é cadeirante e ele não teve problema”, acrescentou Nador Tunkel.
 
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Resultados e classificação
Na disputa conjunta de categorias no feminino, que reuniu os pesos de 41kg até 61kg, deu Brasil no lugar mais alto do pódio, com Maria Luzineide de Oliveira. Como há atletas de divisões diferentes, a definição do pódio é feita por um cálculo que leva em consideração o peso da atleta e o peso levantado por ela na competição. A brasileira, da categoria até 45kg, levantou 83 kg e somou 92,58 pontos. Em segundo lugar ficou a chilena Camila Campos (até 55kg), que ergueu 86kg e ficou com 88,23 pontos. O bronze foi para a sul-africana Chantell Stierman (até 59kg), que levantou 87kg e obteve 85,46 pontos.
 
“Eu não consegui melhorar a minha marca, mas consegui a medalha de ouro, que jamais eu ia deixar as ‘gringas’ levarem. É um bom começo. É resultado de muito trabalho. Estou focada e confiante de que vou conseguir a vaga paralímpica”, disse Maria Luzineide de Oliveira.
 
Na categoria masculina até 54kg, outro brasileiro, Bruno Carra, levou a melhor ao erguer 160kg.  A segunda posição foi para o cubano Cesar Rubio, com 140kg,  e outro anfitrião ficou com o bronze: João Maria França, com 135kg.
 
“Ter um resultado assim mostra que nosso trabalho está no caminho certo, que é só continuar nos próximos meses a preparação que a gente vem fazendo para obter um resultado bom nos Jogos”, disse Bruno, que está em nono lugar no ranking de sua categoria e a uma posição da classificação.
 
No halterofilismo, vão para os Jogos as seis melhores atletas de cada categoria entre as mulheres e os oito melhores em cada categoria masculina, de acordo com o ranking que fechará no mês que vem. Restam poucas oportunidades e o resultado desta quinta alavancou o chileno Juan Garrido: com a melhor marca da carreira (186 kg) na categoria até 59kg, ele ficou com  o ouro e subiu para quinto no ranking. O segundo lugar também foi para o Chile, com Jorge Carinao (142kg), e o bronze  ficou com o argentino Pablo Daniel Melgar (122kg). Na divisão até 49kg, o húngaro Nador Tunkel venceu ao erguer 151kg. Ele competiu apenas com o japonês Hiroshi Miura, que levantou 90kg.
 
Nesta sexta-feira (22.01), serão disputadas categorias masculinas até 65kg, 72kg, 80kg e 88kg. O evento termina no sábado (23.01).
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
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Convênio garante Centro de Treinamento de Patinação Artística em Lajeado (RS)

O gaúcho Marcel Stürmer, 30 anos, é uma das referências nacionais na patinação artística. Com cinco medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, o atleta pretende utilizar a trajetória esportiva para inspirar a nova geração de patinadores na sua cidade-natal, Lajeado, no Rio Grande do Sul. Ao aproveitar a influência do morador ilustre, o município firmou convênio com o Ministério do Esporte para implantar o Centro de Treinamento de Patinação Artística na cidade gaúcha. 
 
A parceria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 6 de janeiro. O convênio entre a prefeitura e a pasta é de R$ 365.763,00, dos quais R$ 65.763,00 são de contrapartida da cidade. O recurso garantirá estrutura de treinamento voltada especialmente à patinação artística.
 
O centro atenderá 40 crianças na faixa etária de 6 a 10 anos. Os recursos serão utilizados para contratar equipe especializada, comprar equipamentos esportivos e selecionar atletas que farão parte da equipe esportiva. O contrato terá vigência até o dia 24 de abril de 2017.
 
A modalidade é um dos esportes mais praticados na cidade e região. A implantação de um centro de treinamento é uma reivindicação antiga da comunidade de Lajeado. Em 2013, Marcel Stürmer, que recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, conquistou a medalha de ouro dos Jogos Mundiais. O torneio, realizado em Cali, na Colômbia, consagrou o gaúcho como o melhor patinador do mundo, depois de duas medalhas de prata, em 2012 e 2011, e duas de bronze, em 2010 e 2008.
 
A projeção internacional alcançada por Marcel ao longo da carreira contribuiu para a difusão do esporte e, com isso, a cidade almeja, com o convênio, tornar-se um polo nacional na descoberta de novos talentos e na formação de atletas de alto rendimento.
 
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Avaliação do basquete: estrutura é top, pintura e iluminação serão aprimoradas

Miriam Jeske/Heusi Action/brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Heusi Action/brasil2016.gov.br
Foram três dias, seis partidas de basquete, uma de basquete em cadeira de rodas e muita atenção a cada detalhe da operação. Inaugurada na última semana, a Arena Carioca 1 passou pelo primeiro de uma série de eventos-teste programados com mais pontos positivos do que negativos, segundo balanço do Comitê Organizador Rio 2016.
 
De um ponto de vista mais amplo, a instalação agradou tanto ao comitê quanto aos atletas que testaram o palco do basquete, do basquete em cadeira de rodas e do rúgbi em cadeira de rodas nos Jogos Rio 2016.
 
“A Fiba (Federação Internacional de Basquete), que está com a gente há mais de 10 dias, está muito satisfeita. Eles aprovaram as instalações, os fluxos e o calibre do evento. Eles estão com a gente desde que começou o projeto e agora se materializou. Os resultados até agora são muito positivos”, avaliou Gustavo Nascimento, diretor de instalações do Rio 2016.
 
A iluminação da quadra, que gerou algumas observações das atletas de que estava refletindo na tabela de forma prejudicial, faz parte de um pacote de aparatos complementares da estrutura que foram usados no evento-teste de forma provisória.
 
“A iluminação e os placares são temporários e serão alterados. O piso terá as mesmas especificações, mas com uma cor e um tratamento de decoração diferente”, citou Gustavo Nascimento. “Recebemos feedback das atletas, dos atletas em cadeira de rodas e vamos assimilar todas as informações que nos passaram. Esse é o patrimônio do evento-teste. O que podemos dizer é que hoje a Arena Carioca 1 não deve nada a nenhuma arena de alto rendimento do mundo inteiro.”
 
Miriam Jeske/Heusi Action/brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Heusi Action/brasil2016.gov.brDentro de quadra, outro problema identificado pelo Comitê Rio 2016 foi a pintura da quadra, que ficou desgastada ao longo dos jogos. O problema foi percebido durante o evento e uma solução já foi testada no domingo (17.01), último dia da competição.
“A gente percebeu uma deficiência técnica na tinta, que descascou de uma partida para a outra. Foi feito um ajuste de sábado (16.01) para domingo para testar a durabilidade da tinta”, explicou Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Rio 2016. “Temos que ajustar também nossa operação entre o vestiário e a vinda para a quadra”.
 
Uma das reclamações de um dos atletas do basquete em cadeira de rodas também entrou na lista de observações do comitê. Segundo Rodrigo Garcia, o fato de a Arena Carioca 1 estar prestes a receber outras duas competições este mês – halterofilismo, de 20 a 23 de janeiro e luta olímpica, 30 e 31 – influenciou.
 
“Teve esse comentário de que a área do vestiário era apertada e pequena, mas a gente está com toda a estrutura de todos os eventos que vamos fazer aqui na arena. Temos 20 armários dentro do vestiário, e para os Jogos Paralímpicos não vamos precisar dessa quantidade. É importante levar o comentário para poder estudar e ver se terá impacto ou não, mas fazia parte do que a gente queria testar”, detalhou o diretor.
 
Segundo Rodrigo, o fato de a Arena Carioca 1 receber mais dois eventos no mês, embora não sejam de modalidades que estarão em disputa no local nos Jogos Rio 2016, também serão fatores positivos para a preparação.
 
“Entre hoje e o dia 20, quando começa o halterofilismo, teremos um intervalo de 18h para deixar toda a área de competição retirada. É um teste crucial, embora durante os Jogos não iremos fazer a transição do basquete para o halterofilismo”, explicou Garcia, citando a preparação da quadra para o rúgbi em cadeira de rodas como uma das transições que precisarão ser feitas durante os Jogos na instalação.
 
“Trabalhar com prazos apertados exige um planejamento bem feito. O teste nos dá a chance de fazer esse planejamento e, se necessário, ajustá-lo. Estamos confiantes de que estamos preparados para isso”, encerrou o diretor de esportes.
 
Vagner Vargas - brasil2016.gov.br
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200 dias para as Olimpíadas: Rede Nacional de Treinamento antecipa legado dos Jogos Rio 2016

A abertura das Olimpíadas Rio 2016 está marcada para 5 de agosto, daqui a exatos 200 dias. Se os esforços nesta reta final de preparação do país para receber o megaevento se concentram na conclusão das obras dos Parques Olímpicos da Barra da Tijuca e de Deodoro - diversas instalações foram entregues e muitas ultrapassaram 90% de conclusão -, o legado em infraestrutura esportiva para os brasileiros já é visível. O projeto para o desenvolvimento do esporte nacional a partir dos Jogos Olímpicos prevê a constituição de uma Rede Nacional de Treinamento.

“Estamos aproveitando o momento para construir uma potência esportiva pensando não só em número de medalhas, mas na pluralidade de modalidades, na qualificação das equipes técnicas que estão por trás dos atletas. Também estamos pensando na profissionalização da gestão do esporte. E é preciso criar uma rede de prática do esporte bem estruturada, que vá da base ao alto rendimento”,  explica Ricardo Leyser, secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

O objetivo é nacionalizar os benefícios dos Jogos Rio 2016, a começar pela capitalização de investimentos no esporte. A Rede contará com diferentes padrões de estruturas e atenderá dezenas de modalidades, desde a fase de detecção e formação de talentos até o treinamento de atletas e equipes olímpicas e paralímpicas.

“Trabalhamos com quatro conceitos relativos ao legado dos Jogos Rio 2016: que seja amplo, chegando a todas as modalidades; democrático, da base ao alto rendimento; nacional, chegando a todas as unidades da federação; e a longo prazo, que não se esgote no ano que vem”, enfatizou Leyser.

As instalações terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento, garantindo a formação da base para além de 2016, até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções nacionais, com toda a qualificação que isso requer. Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões.

Parque Olímpico da Barra formará parte do Centro Olímpico de Treinamento, o topo da Rede Nacional. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Parque Olímpico da Barra formará parte do Centro Olímpico de Treinamento, o topo da Rede Nacional. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)

Parque Olímpico de Deodoro já recebeu eventos-teste de hóquei, canoagem slalom, BMX, hipismo e mountain bike. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Parque Olímpico de Deodoro já recebeu eventos-teste de hóquei, canoagem slalom, BMX, hipismo e mountain bike. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)

Pirâmide

No topo da Rede estão os Centros Olímpicos de Treinamento (COT), que estão sendo construídos no Rio de Janeiro para receber os Jogos 2016 – Parques Olímpicos da Barra e de Deodoro. São espaços criados para atletas de alto rendimento e que vão passar a servir de suporte para treinos de seleções, eventos nacionais e internacionais e para a qualificação de profissionais ligados ao esporte.

Em seguida, estão os Centros Nacionais de Treinamento. Estes locais representam a última etapa do encadeamento da carreira dos atletas e abrigam a preparação das seleções de diferentes modalidades. Há espaços como o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE), com capacidade para atender até 26 esportes olímpicos, paralímpicos e não-olímpicos e; o Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP), que contemplará 15 modalidades.

Outros locais são específicos para uma modalidade. São os casos do Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA); do Centro de Canoagem Slalom, em Foz do Iguaçu (PR); do Centro de Desenvolvimento do Handebol, em São Bernardo do Campo (SP); do Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF); dentre outros. O Ministério do Esporte investe mais de R$ 450 milhões nestes espaços.

“Tenho certeza de que, em alguns anos, estaremos formando saltadores com um nível mais elevado e poderemos competir de igual para igual com as principais potências da modalidade”, explica Ricardo Moreira, coordenador técnico e idealizador do Centro de Excelência de Saltos Ornamentais. O atleta representou o Brasil nas últimas três edições das Olimpíadas.

Em sentido horário, a partir da foto acima e à esquerda: Centro Paralímpico Brasileiro; Canal Itaipu; Centro de Excelência em Saltos Ornamentais; Centro Pan-Americano de Judô; pista de atletismo da UFGEm sentido horário, a partir da foto acima e à esquerda: Centro Paralímpico Brasileiro; Canal Itaipu; Centro de Excelência em Saltos Ornamentais; Centro Pan-Americano de Judô; pista de atletismo da UFG

Uma Rede Nacional de Treinamento específica para o atletismo, que contará com dois centros nacionais e 47 pistas oficiais em todas as regiões do país, também está sendo montada. São R$ 51,2 milhões investidos nos CTs e outros R$ 301,8 milhões nas pistas.

“Com estes espaços temos condições de atender atletas em diferentes níveis desde a iniciação até o alto rendimento. Este desenho fica ainda mais interessante, quando, após a construção, são implementados programas e projetos de utilização continuada e de suporte para manter e preservar as instalações. O CT de São Bernardo está neste caminho, pois existem atletas treinando sistematicamente e várias competições durante o ano”, destacou o ex-atleta Joaquim Cruz, ouro nos 800m em Los Angeles 1984 e prata na mesma prova em Seul 1988.

Arena Caixa, em São Bernardo do Campo (SP), é um dos dois CTs nacionais de atletismoArena Caixa, em São Bernardo do Campo (SP), é um dos dois CTs nacionais de atletismo

Além da construção de novos espaços, o Governo Federal destina recursos para a compra de equipamentos para qualificar diversas instalações. A aquisição é resultado de investimentos federais que superam os R$ 350 milhões desde 2010, fruto da parceria entre o Ministério do Esporte e as confederações esportivas, e do apoio da Lei de Incentivo ao Esporte. Foram 144 convênios com as entidades, com verbas destinadas também à preparação de atletas de alto rendimento (participação em competições e treinamentos no país e no exterior), identificação e formação de novos talentos e contratação de equipes multidisciplinares.

Compra de equipamentos permitiu a consolidação de 13 centros de treinamento de ginástica em 15 cidadesCompra de equipamentos permitiu a consolidação de 13 centros de treinamento de ginástica em 15 cidades

Por fim, integram a base da Rede os Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), unidades militares, clubes e o Sistema S.  O Ministério também tem programas como o Atleta na Escola, Segundo Tempo/ Mais Educação, Forças no Esporte e o Programa Esporte e Lazer da Cidade para estimular a prática de atividades físicas.

Rede Nacional de Treinamento

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O Brasil a 200 dias dos Jogos Rio 2016

Ampliação dos investimentos no esporte, melhorias no setor turístico, investimentos na gestão de segurança e mobilização de um contingente de 85 mil profissionais, prevenção e atendimento em saúde, mobilidade urbana, incentivo à prática esportiva nas escolas, valorização da cultura e da diversidade, além da logística necessária nos terminais aeroportuários. Esses são alguns dos tópicos de atenção do governo federal com foco nos Jogos Olímpicos e na nacionalização de seus efeitos a 200 dias da abertura do megaevento.

A abertura será em 5 de agosto, no Maracanã, mas os preparativos tiveram início em 2009, quando o Brasil conquistou o privilégio de sediar mais esse megaevento. Além do Rio de Janeiro, outras cinco capitais receberão competições: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus abrirão seus estádios para as partidas de futebol.

Na área de infraestrutura esportiva, os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação de uma Rede Nacional de Treinamento, com unidades que beneficiam todas as regiões. São recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 255 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficias de atletismo e dez instalações olímpicas no Rio de Janeiro (RJ), além de possibilitar a reforma e a construção, também na cidade do Rio, de locais de treinamento durante os jogos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O objetivo da Rede é interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas. Também pretende aprimorar e permitir o intercâmbio entre técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte.

Testes e ajustes
Com o ciclo de eventos-teste em curso desde julho de 2015, o Rio de Janeiro vem ajustando as instalações esportivas para receber 10.500 atletas, de 206 países, nos 17 dias de competições em 306 provas com medalhas em 42 esportes.

O Parque Olímpico da Barra, coração dos Jogos, já tem contornos consolidados. Duas instalações esportivas já tiveram a estrutura concluída: a Arena do Futuro e a Arena Carioca 1. Está última recebeu o evento-teste do basquete neste fim de semana. O complexo de tênis passa por ajustes finais e já recebeu o evento-teste em dezembro.

Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/brasil2016.gov.brFoto: Miriam Jeske/Heusi Action/brasil2016.gov.br

O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos superou os 96% de conclusão e a piscina principal está recebendo a manta vinílica que reveste o fundo. O velódromo tem a estrutura avançada, próxima dos 80%, e receberá a pista do ciclismo a partir de fevereiro. O evento-teste foi adiado para abril. As Arenas Cariocas 2 e 3 têm mais de 90% de conclusão. O Centro Internacional de Transmissão (IBC), por sua vez, já foi entregue ao Comitê Rio 2016. Perto do Parque Olímpico, a Vila dos Atletas está praticamente finalizada, assim como a estrutura do Campo de Golfe. No Riocentro, todas as instalações serão temporárias, e modalidades como badminton, tênis de mesa, boxe e a bocha paralímpica já tiveram um aperitivo do que será a competição em agosto.

Na região de Deodoro, a pista de BMX, o circuito de mountain bike e a estrutura da canoagem slalom foram finalizadas e testadas, assim como o estádio do Centro Nacional de Hipismo. Legado do Pan de 2007, a estrutura do hóquei sobre grama foi modernizada e já passou por evento-teste. A Arena da Juventude está com o cronograma em dia, assim como a piscina do pentatlo moderno e o Centro Nacional de Tiro Esportivo.

Os eventos ao ar livre também já passaram pelo crivo das áreas técnicas do Comitê Rio 2016, casos do ciclismo de estrada, do vôlei de praia, do triatlo e da maratona aquática, esses últimos todos na região de Copacabana. A Marina da Glória recebeu o remo e a canoagem, enquanto a Baía de Guanabara sediou dois testes para a vela. Engenhão e Maracanã, os dois estádios mais estratégicos para os Jogos, recebem os retoques finais.

Evento-teste de BMX no Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: André Motta/ Brasil2016.gov.br)Evento-teste de BMX no Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: André Motta/ Brasil2016.gov.br)

Tour da tocha
Antes de acender a pira na cerimônia de abertura, a tocha olímpica visitará por volta de 300 cidades em todas as regiões do Brasil. A jornada começa em 21 de abril de 2016, na Grécia, onde a tocha será acesa em Olímpia, cidade-berço dos Jogos. Após rápido trajeto pelo país, a tocha será entregue ao Brasil no dia 27 de abril. Em 3 de maio, terá início o revezamento, em Brasília.

Durante a rota no Brasil, a tocha será carregada por cerca de 12 mil condutores, além de voar 10 mil milhas. O símbolo olímpico vai passar por 83 municípios escolhidos como "cidade celebração": em cada um desses locais, haverá um grande evento, que inclui show musical nacional e outras atrações. Todas as 27 capitais dos estados e do Distrito Federal estão incluídas na lista.

O revezamento será feito, além dos carregadores, por um comboio de veículos, que deve passar por cerca de 500 localidades: 300 cidades receberão o revezamento propriamente dito e outras 200 assistirão à passagem do comboio com a chama exposta.

Fonte: brasil2016.gov.br
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Brasileiros estão entre os melhores do mundo no polo aquático

(Foto: Satiro Sodre/SSPress)(Foto: Satiro Sodre/SSPress)Dois jogadores brasileiros de polo aquático estão entre os melhores atletas do mundo na temporada 2015. Izabella Chiappini foi escolhida a segunda melhor jogadora do planeta no feminino, pelo site especializado WaterPoloWorld, e o brasileiro Felipe Perrone foi o terceiro no masculino. Os dois esportistas recebem o auxílio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.

Izabella Chiappini, 19 anos, foi o destaque da equipe nacional durante os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. A jovem terminou a competição como a maior goleadora do torneio.

No masculino, Perrone foi o artilheiro brasileiro no Pan de Toronto. O jovem conquistou a medalha de prata no evento continental e o inédito bronze na Liga Mundial.

A goleira norte-americana Ashleigh Johnson ficou com o título de melhor atleta do mundo no feminino e o sérvio Filip Filipovic levou o prêmio no masculino. Os amantes do esporte em todo o mundo fizeram a escolha por meio de votação pela internet, nos meses de novembro e dezembro.

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Arena Carioca 1 é inaugurada oficialmente no Parque Olímpico da Barra

Foto: ​Daniel Zappe/CPB/MPIX​Foto: ​Daniel Zappe/CPB/MPIX​

Palco das competições de basquete, basquete em cadeira de rodas e rúgbi em cadeira de rodas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a Arena Carioca 1 foi inaugurada oficialmente nesta sexta-feira (15.01). O evento contou com a participação do secretário executivo do Ministério do Esporte, Marcos Jorge, do secretário nacional de alto rendimento, Ricardo Leyser, do prefeito Eduardo Paes e do presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

Durante a cerimônia, Nuzman recebeu das mãos do prefeito a chave da instalação, a terceira a ser entregue no Parque Olímpico da Barra – as outras duas foram a Arena do Futuro e o Centro Internacional de Transmissão (IBC, em inglês). Estavam presentes também as jogadoras da seleção brasileira feminina de basquete, que iniciam ainda nesta sexta a disputa do Torneio Internacional Feminino de Basquete, evento-teste da modalidade, na própria Arena Carioca 1.

“Este é um dos ícones dos Jogos Olímpicos. É uma arena extraordinária e vai ser palco de jogos espetaculares de basquete”, elogiou Nuzman.

Foto: ​Daniel Zappe/CPB/MPIX​Foto: ​Daniel Zappe/CPB/MPIX​

Depois que as atletas retiraram a cobertura da placa oficial da instalação, em ato simbólico de inauguração, o secretário Marcos Jorge exaltou a importância da entrega mais de seis meses antes dos Jogos. “É mais uma demonstração de que os Jogos Rio 2016 são o ponto focal do Ministério do Esporte, como quer a presidenta Dilma Rousseff. Estamos confiantes de que serão as melhores Olimpíadas da história”, afirmou.

Construída por meio de Parceria Público Privada (PPP), a Arena Carioca 1 recebeu investimento federal para aquisição, instalação, operação e manutenção do sistema de ar condicionado. O repasse foi de R$ 58,5 milhões e contempla também os sistemas das Arenas Cariocas 2 e 3.

“A climatização é um diferencial. A questão da temperatura para a prática do esporte em alto rendimento é importante e é uma infraestrutura que o Brasil vai passando a ter. Cada vez mais teremos arenas climatizadas com o conforto necessário para o rendimento”, avaliou Ricardo Leyser.

Foto: ​Daniel Zappe/CPB/MPIX​Foto: ​Daniel Zappe/CPB/MPIX​

Evento-teste
A partir das 18h desta sexta, a Arena Carioca 1 passará por seu primeiro teste oficial. Brasil, Argentina, Austrália e Venezuela disputam o Torneio Internacional de Basquete feminino dentro de quadra, enquanto o Comitê Rio 2016 avalia a área de competição, os voluntários, a área médica e a de resultados.

“Entre as áreas que vão funcionar no modelo dos Jogos estão a arena de competição, a força de trabalho, equipamentos esportivos, voluntários e exames antidoping”, detalha Paulo Villas Boas, líder de competição do basquete no Comitê. Segundo ele, no entanto, o piso ainda será modificado até os Jogos. “A quadra no evento-teste será oficial da Federação Internacional de Basquete (Fiba), mas ainda não é o piso que usaremos no Rio 2016”, pondera.

Ainda em janeiro, a Arena Carioca 1 voltará a ser testada com outros eventos. De 20 a 23, o espaço recebe a Copa do Mundo de Halterofilismo, competição que vale vaga para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Depois, em 30 e 31 de janeiro, será a vez da luta olímpica feminina tomar conta do espaço para o evento-teste da modalidade.

Vagner Vargas – brasil2016.gov.br

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