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No golfe, Brasil não cria expectativas de resultados e foca em legado pós-2016

Campo Olímpico de Golfe, na Barra da Tijuca. (Foto: Renato Sette Camara/Prefeitura do Rio de Janeiro)Campo Olímpico de Golfe, na Barra da Tijuca. (Foto: Renato Sette Camara/Prefeitura do Rio de Janeiro)

Depois de mais de 100 anos longe dos Jogos Olímpicos, o golfe voltará ao evento no Rio 2016. As únicas edições em que a modalidade participou foram em Paris 1900 e Saint Louis 1904. O palco que receberá as primeiras tacadas olímpicas do esporte é o Campo Olímpico de Golfe, na Barra da Tijuca, onde os 60 homens e 60 mulheres classificados vão em busca das seis medalhas disponíveis.

Para o Brasil, o sonho de uma medalha é distante. Na parte esportiva, o país não trabalha com meta de resultados expressivos. O grande objetivo é aproveitar a maior exposição e principalmente o legado que ficará com o Campo Olímpico de Golfe.

Para presidente da CBG maior legado para a modalidade é o campo de golfe no Rio (Foto: Danilo Borges/ME)Para presidente da CBG maior legado para a modalidade é o campo de golfe no Rio (Foto: Danilo Borges/ME)“Fica difícil dizer que vamos sair com uma medalha. Se você pega os dez primeiros do ranking e pega o número 250, tem uma diferença técnica que não podemos ficar alheios. Mas vai depender muito do dia. Vai ser uma competição bonita e esperamos ficar bem classificados”, afirma o presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG), Paulo Pacheco.

“Para nós, será um divisor de águas. O Brasil nunca teve um campo público em nível de competições internacionais. É nossa grande vitória para a construção de um legado. Servirá para alojar todos os nossos projetos de desenvolvimento, academia, inclusão social e dar um feedback a outros estados sobre a viabilidade de ter um campo público”, projeta o dirigente.

Dentro de campo, o Brasil ainda aguarda a definição dos classificados. Como país-sede, dois golfistas brasileiros têm vaga assegurada. Os melhores colocados no ranking mundial em 11 de julho se classificam para representar o país no Rio 2016.

Na última atualização, em 28 de janeiro, Adilson da Silva, no masculino, e Victoria Lovelady, no feminino, eram os mais bem posicionados. Adilson ocupava a posição número 342, enquanto Lucas Lee era o 380º e Alexandre Rocha, o 597º. Entre as mulheres, Victoria aparecia em 503ª, com Miriam Nagl em 603ª.

O limite de atletas por país no golfe é de quatro. Caso algum país conte com quatro atletas entre os 15 melhores do ranking em 11 de julho, todos terão vagas. Depois do top 15, um país poderá classificar no máximo dois golfistas, desde que não tenha dois ou mais já com vaga assegurada entre os 15 primeiros.

Ao contrário de outras modalidades em que o fator casa pode desempenhar papel importante no desempenho, o golfe conta com um planejamento próprio para uso do campo. Faltando três meses para os Jogos Olímpicos, nenhum jogador poderá praticar no local. A oportunidade para os brasileiros treinarem será no evento-teste, ainda sem data definida, mas programado para o período entre o fim de março e o começo de abril.

“Neste evento traremos os nossos jogadores que têm mais chances de classificação, mas os atletas não param a vida deles para ficar um mês jogando em um campo só”, explica Paulo Pacheco, lembrando que, durante os Jogos Olímpicos, os atletas classificados terão um ou dois dias de treino para se familiarizar com as dificuldades e características do campo.

Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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Tiro com arco quer medalha inédita nos Jogos Rio 2016

André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.brAndré Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
 
Desde 2014, o tiro com arco passou a frequentar o noticiário esportivo brasileiro. O principal motivo atende pelo nome de Marcus Vinicius D´Almeida, jovem de 18 anos responsável por resultados de destaque nas últimas duas temporadas, como a prata nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, na China, e o vice-campeonato na etapa final da Copa do Mundo do mesmo ano, na Suíça. Isso além do ouro no Mundial de cadetes de 2015, nos Estados Unidos. Também no ano passado, ele integrou a equipe brasileira que conquistou o bronze no Pan de Toronto, no Canadá, e ficou em nono no Mundial da Dinamarca. Marcus é a cara de uma modalidade que recebe investimentos e que sonha com uma medalha inédita nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
“A meta é uma medalha, e as chances estão aumentando. Conseguimos uma no Pan depois de 32 anos. Saímos de um posicionamento no ranking muito ruim e hoje temos a equipe masculina entre as nove no mundo, algo inédito. Isso nos dá asas e condições de planos mais ousados”, disse Joice Simões, chefe da equipe brasileira.
 
Marcus Vinicius quer chegar aos Jogos no auge. “Minha meta é ter meu melhor desempenho, bater o meu próprio recorde nas Olimpíadas em questão de ranqueamento, e o combate é consequência”, disse.
 
André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.brAndré Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.brO fator essencial que permite Marcus e a modalidade como um todo sonharem mais alto é o investimento. Uma série de convênios firmados entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) desde 2011, num valor total de R$ 2,7 milhões, permitiu modernização da infraestrutura, aquisição de equipamentos,  contratação de comissão técnica e participação em competições mundiais.
 
Novos convênios foram publicados no Diário Oficial da União em 5 de janeiro deste ano. Pelo primeiro deles, com valor de R$ 2,19 milhões, serão beneficiados 16 arqueiros com chances de participação nos Jogos, com o financiamento para disputas de competições internacionais. Os atletas contarão ainda com o apoio diário de uma equipe multidisciplinar (técnico, auxiliares, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista).
 
Conforme permite o Plano Brasil Medalhas, outro convênio foi firmado especificamente para a preparação de Marcus Vinícius para as Olimpíadas, no valor de R$ 653,1 mil. O objetivo é que o atleta, que já recebe a Bolsa Pódio, conte com mais estrutura técnica para brigar pela  medalha. O convênio prevê a contratação de uma equipe multidisciplinar completa para o arqueiro, além da aquisição de equipamentos.
 
“Com certeza o apoio que a gente recebe em termos de estrutura foi o que determinou a colocação que a gente está hoje. Só conseguimos chegar nesse patamar devido a esse suporte”, disse Joice. “O Marcus tem diferencial individualmente, tem estrutura e condições para buscar a medalha. Ele é o atleta mais preparado”, reforçou a chefe da equipe brasileira.
 
A primeira participação do tiro com arco brasileiro em Jogos foi em Moscou, 1980, quando Renato Emílio ficou em 27º lugar no masculino, e Arci Kempner foi a 26ª no feminino. Esse foi o melhor resultado obtido pelo país na modalidade. O Brasil também esteve nas edições de 1984, 1988, 1992, 2008 e 2012, não tendo superado o 30º lugar.
 
Planejamento
De acordo com Joice Simões, a primeira fase do planejamento até os Jogos é voltada para os treinos, que estão sendo realizados, desde 4 de janeiro, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio de Janeiro.
 
Nos primeiros meses, a Seleção deve participar de competições menores, enquanto as seletivas olímpicas são realizadas. Vinte atletas foram pré-selecionados para as quatro provas que estão marcadas para março e abril.  As seletivas definirão dois arqueiros de cada gênero, os mais bem pontuados. Os outros dois, também de cada gênero, serão convocados pela comissão técnica, com base no histórico do atleta.
 
“Quando formos pra as etapas da Copa do Mundo da Colômbia, em maio, e para a Turquia, em junho, já teremos os quatro atletas definidos. Nessas competições, os três que se derem melhor formarão a seleção, e o quarto será o reserva”, explicou Joice.
 
Marcus aposta na mescla de foco e confiança como base da preparação até os Jogos. “Vou treinar do mesmo jeito, mas com a cabeça melhor, focado. Estou amadurecendo quanto a isso, estou aprendendo a fazer também o equilíbrio de qualidade e quantidade. Tenho que confiar em mim, e os melhores do mundo acreditam neles mesmos”, disse.
 
 
Datas das seletivas
1ª  seletiva: 04 e 05 de março de 2016
2ª  seletiva: 26 e 27 de março de 2016
3ª  seletiva: 16 e 17 de abril de 2016
4ª  seletiva: 30 de abril e 1º de maio de 2016
 
Atletas que vão disputar as seletivas
Masculino
 
Marcus Vinicius Carvalhos D’Almeida
Bernardo de Sousa Oliveira
Marcelo da Silva Costa Filho
Edson Jin Su Kim
Drean Braga da Silva
Daniel Rezende Xavier
Fabio Carvalho Emilio
Marcos Antonio Bortoloto
Nelson Silva de Moraes
Fabio Passeto
 
Feminino
Sarah de Oliveira Nikitin
Marina Canetta Gobbi
Ane Marcelle Gomes dos Santos
Graziela Paulino dos Santos
Alice Cabral Guimarães Simões
Larissa Feitosa da Costa Rodrigues
Michelle Milan Terada Acquesta
Inaia Rossi Silva
Ana Clara Dias de Carvalho Machado
Fabíola Lorenzi Dergovics
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Tabu do ouro também vale para a seleção brasileira de futebol de 7

Foto: Fernando Maia/ MPIX/CPBFoto: Fernando Maia/ MPIX/CPB
 
A inédita medalha de ouro, sonho perseguido pelas seleções brasileiras olímpicas de futebol, também é o objetivo dos 14 atletas que representarão o país no futebol de 7 durante os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Desde que a modalidade foi incluída no programa das Paralimpíadas, em 1984, o Brasil conquistou uma prata em Atenas-2004 e um bronze em Sydney-2000. Para o goleiro Marcos Ferreira, chegou a hora de quebrar o tabu.
 
“Eu participei de cinco Paralimpíadas, tive o privilégio de ganhar duas medalhas, mas estou garimpando o ouro. Se Deus quiser, vai vir aqui no Brasil. A gente está com a cabeça focada para essa competição”, diz o atleta. No ano passado, a seleção conquistou o ouro no Parapan de Toronto, mas teve de se contentar com o bronze no Mundial de Londres. Por isso, o técnico Paulo Cabral não abre mão da cautela.
 
“O que a gente busca na verdade é uma medalha, porque uma Paralimpíada é sempre difícil e qualquer medalha vai nos premiar. Mas quando a gente fala em uma competição dentro de casa, é claro que a gente quer o ouro. Ainda mais para divulgar o futebol paralímpico. Um ouro vai chamar atenção para o nosso trabalho, mas qualquer medalha será bem-vinda. O esporte é assim, você vai em busca do resultado maior, mas pode ficar no meio do caminho”, explica.
 
Paulo Cabral substituiu o técnico anterior, Dolvair Castelli, após o Mundial e acabou levando o time ao ouro em Toronto. Para o desafio dos Jogos Rio 2016, o trabalho neste ano já começou. A primeira fase de treinamentos ocorreu entre os dias 15 e 25 de janeiro, no Rio. O planejamento prevê oito fases de treinos até as Paralimpíadas, sendo a última já bem próxima do início dos Jogos.
 
A vaga está garantida, já que o Brasil é o país-sede. Mesmo assim, a comissão técnica da seleção planeja disputar pelo menos um torneio antes do Rio 2016.  “Temos uma competição na Espanha, de 27 de abril a 8 de maio, e lá a gente já vai ter uma ideia do que pode acontecer”, acrescenta o treinador Paulo Cabral.
 
A sete meses do início dos Jogos, o técnico não esconde a ansiedade por participar da primeira edição dos Jogos na América Latina. “A expectativa é a melhor possível, até mesmo porque temos hoje oito jogadores do Rio de Janeiro, a comissão técnica tem integrantes do Rio, então a gente já vivencia essa preparação toda, as mudanças na cidade, as mudanças na estrutura, os campos que estão sendo construídos. Eu mesmo moro muito próximo da Vila dos Atletas, então já estou vivenciando isso”, conta. 
 
Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPBFoto: Daniel Zappe/MPIX/CPB
 
Regras
 
O futebol de 7 é exclusivamente masculino e praticado por atletas com paralisia cerebral. De acordo com o grau da paralisia, os atletas são classificados em classes de 5 a 8, sendo que o maior número representa o maior potencial funcional. Durante a partida, é obrigatório que ao menos um jogador da classe 5 ou da 6 esteja em ação, e no máximo dois da 8. Atletas com maiores restrições costumam atuar como goleiros.
 
Há ainda outras diferenças em relação ao futebol convencional. O jogo tem a duração de dois tempos com 30 minutos cada. Além disso, não há a marcação de impedimento, e o arremesso lateral pode ser feito com uma mão só.
 
As oito equipes que vão disputar o torneio de futebol de sete nos Jogos Rio 2016 já estão definidas: Argentina, Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, Irlanda, Rússia e Ucrânia vão brigar pelo ouro.
 

Mateus Baeta - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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No nado sincronizado, Jogos Rio 2016 serão oportunidade inédita para o Brasil

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 serão marcantes em vários sentidos, em especial para muitos atletas que, beneficiados pelo fato de o Brasil ser país-sede, poderão disputar a maior competição esportiva do planeta pela primeira vez. Em agosto, isso ocorrerá no nado sincronizado.

O esporte, exclusivo para as mulheres, é disputado por equipe e em dueto. As brasileiras estão garantidas para as duas provas. Com isso, pela primeira vez na história o país terá uma equipe da modalidade nos Jogos Olímpicos.

No total, apenas oito países disputam a prova por equipe, enquanto no dueto são 24 vagas. Nas Olimpíadas, a seleção brasileira terá nove atletas, incluindo as duas do dueto, cujos nomes já estão confirmados. “A única definição que nós temos é que Maria Eduarda Miccuci, a Duda, e Luisa Borges nadarão o dueto”, adianta Sônia Hercowitz, coordenadora do nado sincronizado da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Atualmente, 13 atletas – incluindo Duda e Luisa – integram a seleção brasileira. Como as duas já estão asseguradas, 11 meninas disputam as sete vagas restantes. “O time completo segue treinando até abril para o Campeonato Sul-Americano, que será no Paraguai. Só depois disso é que vamos ter uma noção. Não temos uma data fechada para a definição da equipe”, ressalta Sônia Hercowitz.

As atletas Luisa Borges e Maria Eduarda Miccuci são as únicas confirmadas para os Jogos do Rio. As outras sete vagas do time nacional no nado sincronizado só serão definidas em abril, após o Campeonato Sul-Americano. (Foto: Clive Rose/Getty Images)As atletas Luisa Borges e Maria Eduarda Miccuci são as únicas confirmadas para os Jogos do Rio. As outras sete vagas do time nacional no nado sincronizado só serão definidas em abril, após o Campeonato Sul-Americano. (Foto: Clive Rose/Getty Images)

A atual seleção brasileira de nado sincronizado está reunida desde o início de 2014, trabalhando com o foco totalmente voltado para os Jogos Olímpicos. Em janeiro daquele ano, o grupo recebeu um reforço de peso com a chegada da canadense Julie Sauvé, que atuou como consultora do time nacional até 2015. Ela auxiliou as atletas na montagem das coreografias ao lado da técnica principal do Brasil, Maura Xavier.

Julie Sauvé é uma lenda na modalidade e tem no currículo mais de 100 medalhas internacionais nos 25 anos que trabalhou na seleção canadense, incluindo oito medalhas olímpicas. Foram dois ouros em Seul 1988; duas pratas em Los Angeles 1984; um ouro e uma prata em Barcelona 1992; uma prata em Atlanta 1996 e um bronze em Sydney 2000. Nas duas últimas olimpíadas – Pequim 2008 e Londres 2012 – o Canadá terminou em 4º lugar.

Temas
No nado sincronizado, as atletas competem duas vezes, tanto na disputa por equipe quanto no duelo, em apresentações de rotina livre e rotina técnica. A diferença é que a rotina técnica é maior e tem elementos obrigatórios, ao contrário da rotina livre.

Para as notas, além da sincronia dos movimentos, a empolgação torna-se um elemento importante. Por isso, a escolha da música acaba sendo um fator de peso para o desenvolvimento das coreografias.

Sônia Hercowitz não revelou quais serão as trilhas sonoras do Brasil nos Jogos Olímpicos, mas disse que os temas já estão definidos. “No dueto técnico, o tema será a capoeira. No dueto livre, será Amazônia. Na equipe livre, o tema será carnaval e na equipe técnica será motoqueiros”.

A seleção brasileira, que treina na piscina do Centro Aquático Maria Lenk e na piscina da Escola Naval, segue em ritmo forte de preparação. Os trabalhos são realizados de segunda à sábado, das 7h às 15h, intercalando treinamentos físicos e técnicos.

Nesta semana, a CBDA divulgou o calendário unificado para 2016 de todas as modalidades aquáticas – natação, maratonas aquáticas, nado sincronizado, polo aquático e saltos ornamentais. No nado sincronizado a ação tem início no dia 2 de fevereiro, com a disputa do evento-teste da modalidade, no Rio de Janeiro, que prossegue até o dia 6 de fevereiro. Em março, entre os dias 15 e 21, as atletas disputam o Campeonato Sul-Americano, em Assunção, no Paraguai. E, em abril, com data a definir, está previsto uma competição na China.

Luisa Borges e Maria Eduarda Miccuci, no Mundial de Kazan, em 2015. Foto: Clive Rose/Getty ImagesLuisa Borges e Maria Eduarda Miccuci, no Mundial de Kazan, em 2015. Foto: Clive Rose/Getty Images

Metas
O Brasil jamais subiu ao pódio olímpico no nado sincronizado. E, realista, a CBDA ainda não cogita medalhas nos Jogos do Rio. Ainda assim, as metas já estão traçadas. Para a equipe, o objetivo é terminar na sexta colocação. Já para o duelo, espera-se que a dupla brasileira avance para a final e, portanto, feche a competição entre os 12 melhores, o que não ocorreu nem em Pequim 2008 nem em Londres 2012, quando a dupla formada por Lara Teixeira e Nayara Figueira terminou as duas edições em 13º.

Para a técnica Maura Xavier, a motivação do grupo é enorme, tanto que descanso é algo que ninguém pensa no grupo. “Nós todas estamos muito motivadas, pois vamos competir dentro de casa. Vamos ter um aumento de carga horária em uma hora e meia para a equipe e o dueto vai ter uma carga horária ainda maior pelo fato delas também competirem na equipe. Esse primeiro semestre vai ser bem puxado”, avisa a treinadora.

Maura elogiou a evolução que as brasileiras conquistaram com o trabalho realizado com Julie Sauvé e lembrou ainda o ganho que as atletas tiveram depois que passaram a ser auxiliadas pelo renomado preparador físico canadense Andre Kulesza. “A Julie conseguiu trazer mais velocidade para as coreografias. Ela veio com uma coreografia bastante artística e, consequentemente, trouxemos o Andre Kulesza, que tem feito um ótimo trabalho e deu um ganho em força física para as meninas que foi muito importante”.

Por último, Maura ressaltou a importância da evolução do nado sincronizado neste ciclo olímpico. Ela previu que, se os investimentos se mantiverem para os ciclos seguintes, em alguns anos será possível pensar em uma medalha nos Jogos para a modalidade.

“No Rio, queremos ir para a final olímpica no duelo, mas isso não quer dizer que não queremos estar entre os dez melhores. O objetivo principal é esse: sair de onde a gente está e avançar sempre. Temos que aproveitar essa oportunidade e não retroceder. Se esse trabalho continuar, daqui a uns oito anos já será possível vislumbrar uma medalha. Para isso, vamos ter que focar o trabalho na Seleção e também acompanhar a base”, aconselha.

O caminho do nado sincronizado

Vagas

Por ser país-sede, o Brasil tem vaga assegurada tanto para a disputa por equipe quanto para a competição de dueto.

A estrutura da seleção brasileira
As atletas treinam nas piscinas Centro Aquático Maria Lenk e na piscina da Escola Naval, que serão as bases da preparação para os Jogos no Rio.

Melhor resultado em Jogos Olímpicos
No duelo, o Brasil terminou as edições de Pequim 2008 e Londres 2012 em 13º lugar. O país nunca competiu na disputa por equipe nos Jogos Olímpicos.

Metas para os Jogos Rio 2016
Para a equipe, o objetivo é terminar na sexta colocação. Para o duelo, espera-se que a dupla brasileira avance para a final e feche a competição entre os 12 melhores.

Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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Vôlei sentado aposta no fator casa como diferencial para o ouro

Washington Alves/MPIX/CPBWashington Alves/MPIX/CPB
 
O apoio da torcida, a sensação de estar em casa e a medalha de ouro no peito: a memória da final do vôlei sentado nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, até hoje mexe com Renato Leite, que nove anos depois terá a chance de viver tudo de novo, dessa vez numa escala maior. O final feliz daquele Parapan enche o atleta de confiança para buscar o inédito ouro olímpico nos Jogos Rio 2016.
 
A receita está na ponta da língua. "Eu tive a oportunidade de jogar a final do Parapan, contra os Estados Unidos, e aquele calor da torcida, com os familiares, isso inflama. Tenho certeza de que vamos ganhar. A pressão vem, mas o treinador e eu, como um dos líderes da equipe, precisamos tirar de cada atleta o melhor e tentar tirar essa pressão de ter que ganhar a qualquer custo para a gente jogar friamente", explica.
 
Mesmo confiante, Renato admite que a missão não vai ser fácil. O Brasil se sagrou tricampeão parapan-americano em Toronto, no ano passado, mas no cenário mundial ainda é preciso superar as principais potências. "Nossa meta, nosso sonho, é o ouro. No cenário mundial são quatro equipes de nível igual. Da Bósnia nós nunca ganhamos, a não ser num amistoso, então tem esse tabu. Espero quebrar no Rio 2016. Mas temos quatro adversários que temos que tomar muito cuidado: Rússia, Alemanha, Egito e Irã", conta.
 
Prestes a completar 34 anos, o capitão e líbero da seleção de vôlei sentado se baseia no trabalho feito pelos jogadores e pela comissão técnica para mirar o alto do pódio olímpico. "A confiança é grande. O nosso time é bom, a comissão técnica é excelente, então vejo que estamos em evolução. Dou como certo que vamos brigar pelo ouro, que vamos chegar à final. Mas é uma competição de tiro curto, precisamos aparar umas arestas ainda, na parte técnica e tática, com mais treinos", pondera.
 
O planejamento para o ano olímpico prevê longas fases de treinamento e a disputa de competições. “Nós temos uma competição importante, em março, que é a Copa Intercontinental, na China, tanto no masculino quanto no feminino. O torneio vale a última vaga para os Jogos 2016”, diz Amauri Ribeiro, ex-jogador da seleção olímpica de vôlei de praia que conquistou a prata em Los Angeles-1984 e também do time que levou o ouro em Barcelona-1992. Atualmente, Amauri é o presidente da Confederação Brasileira De Voleibol para Deficientes (CBVD).
 
Para ele, o ano de 2015 foi excelente no desenvolvimento e divulgação da modalidade. “Estamos conseguindo fomentar o esporte no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Quanto ao alto rendimento, as duas seleções tiveram um ano muito bom. A seleção feminina participou de dois torneios, com um quarto e um terceiro lugares, e ficou em segundo no Parapan. Já no masculino ficamos em segundo em um torneio internacional, atrás da Bósnia, campeã mundial, e conquistamos o tricampeonato no Parapan”, lembra.
 
Washington Alves/MPIX/CPBWashington Alves/MPIX/CPB
 
Objetivos
O desafio agora é brigar por medalhas no masculino e no feminino nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. “Nós colocamos como objetivo disputar medalha com as duas seleções. Comparando a masculina com a feminina, a masculina tem uma experiência maior internacional, e a gente aposta muito neles. A equipe fez um excelente Mundial (em 2014, quando o Brasil perdeu para a Bósnia na final e levou a prata), e o que a gente precisa é dar condições de treinamento para eles”, aposta Amauri Ribeiro.
 
Além do plano de treinos, já definido para as duas seleções, o dirigente também aposta na força da torcida e no fator casa para levar o vôlei sentado brasileiro a um patamar ainda mais alto. “Isso sempre vai ser uma vantagem. Tivemos aqui a experiência com o Parapan em 2007, a torcida acompanhou, foi muito legal e esperamos que seja assim em 2016. O Brasil estava começando naquela época. Eu era o técnico e a gente fez um trabalho com os atletas e eles corresponderam”, lembra Amauri.
 
Mateus Baeta - brasil2016.gov.br
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Futebol de cinco do Brasil é tão favorito quanto Bolt e o "Dream Team"

A seleção masculina de basquete dos Estados Unidos, o jamaicano Usain Bolt nos 100m e 200m do atletismo e a seleção brasileira de futebol de cinco: não há como deixar o time de Ricardinho e companhia fora da lista dos maiores favoritos dos Jogos Rio 2016. Assim como os astros olímpicos, a equipe nacional da modalidade paralímpica tem retrospecto impressionante. Além de contar com Ricardinho, eleito o melhor jogador do mundo na modalidade, o Brasil não perde um título há mais de nove anos.

Ricardinho é uma das referências na seleção brasileira. Foto: Mpix/CPBRicardinho é uma das referências na seleção brasileira. Foto: Mpix/CPB

A última derrota da seleção foi em 2006, para a Argentina, na final do Mundial disputado na casa dos hermanos. De lá para cá, medalhas de ouro nas Paralimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012; primeiro lugar nos Mundiais de 2010 e 2014; e ouro nos Parapans de 2007, 2011 e 2015. O desafio, agora, é estender a invencibilidade e incluir na coleção o ouro nos Jogos do Rio. A receita, segundo Ricardinho, é manter a humildade e buscar melhorar sempre.

“Temos tido um desempenho bastante satisfatório, mas temos uma meta bastante difícil, de vencer no Rio. Temos que melhorar o nosso nível para continuar vencendo e melhorar o nosso futebol, desenvolver novas jogadas e estratégias. Por isso que a gente está treinando forte, com pés no chão, humildade e dedicação. Eu acho que esse conjunto de fatores vai nos ajudar a conseguir mais um ouro”, afirma.

A chance de participar de uma Paralimpíada em casa enche Ricardinho de ansiedade e confiança. “Eu como atleta tenho certeza de que não vou ter oportunidade de disputar outra Paralimpíada em casa, então quero fazer o máximo e ser campeão, quero ajudar o Brasil. Todas as forças vão ser para essa competição. E sei que vai dar certo porque o trabalho, quando começa certo, termina correto. Vamos ter êxito, podem confiar”, diz.

Ciclos
Com vaga garantida por ser o país-sede e o campeão mundial de 2014, o Brasil se prepara para os Jogos dentro de um planejamento de longo prazo. “São três ciclos: um maior de oito anos, um menor de quatro, voltado para a seleção adulta, e os miniciclos que vão sendo alinhados conforme os campeonatos. Então a gente está no quarto miniciclo dentro desses quatro anos. Desde em novembro (de 2015) já tivemos o treinamento da parte física, e agora a gente começa este ano a trabalhar a parte técnica”, explica Sandro Laina, presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

O planejamento inclui a disputa de torneios no exterior. “Estamos indo para a China em março, depois temos torneio no Rio, no fim de maio, e temos a possibilidade de um torneio na Turquia que ainda não está confirmado, em julho. Temos uma equipe técnica muito boa, grandes nomes na fisiologia, na parte médica, auxiliares técnicos. O que nos resta enquanto CBDV é propiciar esse planejamento para que esse time entregue o melhor resultado possível dentro de campo”, diz Laina, ex-jogador e ex-capitão da seleção brasileira de futebol de cinco.  

Campeão paralímpico em Atenas-2004 e Pequim-2008, ele percebe os Jogos do Rio como um sonho realizado, embora dessa vez não vá participar como atleta. “Continuo contribuindo e fico feliz, mesmo aqui do outro lado. Para mim é uma emoção grande receber as equipes aqui, disputar um campeonato, e se Deus quiser ser campeão aqui dentro. Sei que cada um dos atletas vai se entregar ao máximo, porque assim como para mim é uma emoção, para eles dentro de campo é uma emoção dobrada”, conta.

Sandro acredita que os Jogos do Rio serão fundamentais para o desenvolvimento e a popularização do esporte paralímpico no Brasil. “Estou convicto disso. Tenho certeza de que esse era o patamar, o degrau que a gente precisava para alavancar de vez o esporte paralímpico no Brasil. A gente já tem os resultados e precisávamos de um exemplo grande para ganhar de vez a confiança e o coração da torcida brasileira”, resume.

Mateus Baeta, Brasil2016.gov.br
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Na bocha, objetivo é superar os quatro pódios conquistados em Londres

Maciel Santos foi ouro em Londres na Classe BC2. (Foto: brasil2016.gov.br)Maciel Santos foi ouro em Londres na Classe BC2. (Foto: brasil2016.gov.br)
 
Os três ouros e o bronze conquistados em Londres 2012 formaram um resultado histórico que a bocha paralímpica brasileira quer superar em 2016. Jogando em casa, a meta é ir além, sem deixar nenhuma delegação estrangeira estragar a festa. “Estar no Rio é um sonho, mas a responsabilidade aumenta. Não quero que ninguém ganhe de mim na minha casa”, disse Maciel Santos, ouro em Londres na classe BC2.
 
“Vamos lutar por medalha de ouro por equipes (BC1 e BC2), no individual da classe BC2, no individual BC4 – que também deve render medalha - e ouro nos pares de BC4. Nos pares, tanto BC3 quanto BC4, a gente tem grandes chances de pódio. E essa é uma previsão bem ‘pé no chão”, afirmou a coordenadora da equipe, Márcia Campeão.
 
brasil2016.gov.brbrasil2016.gov.br
 
O planejamento passa por períodos conjuntos de uma semana a 15 dias por mês até os Jogos Paralímpicos. As atividades serão segmentadas por equipes (BC1 e BC2) e pares das classes BC3 e BC4, para que haja uma dedicação específica a cada grupo. Enquanto o Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, não abre as portas – a previsão de entrega é para este semestre – a bocha treina em um Centro de Treinamento privado, que fica no Rio de Janeiro e tem a estrutura necessária.
 
“Estive lá no Centro Paralímpico e está fenomenal, não deixa a desejar a nenhum centro que já visitei na Europa. De lá, a gente espera sair preparado para o Rio 2016”, disse Maciel. “Isso significa ter uma casa, sentir que nos pertence, é da gente. Eu acho que é o grande passo para a autonomia do desporto paralímpico”, acrescentou Márcia.
 
Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.brMundial e classificação
 
A principal competição até os Jogos será o mundial individual de bocha, na China, em março. É a única disputa do ano que ainda conta pontos para o ranking classificatório para os Jogos Paralímpicos. “O primeiro ranking é de equipes e pares, que dá as vagas para os países. Nos pares BC3, estamos em sétimo, e nos pares BC4 e por equipes estamos em terceiro, com classificação em todos. No ranking individual, temos pelo menos um atleta entre os melhores de cada classe e que hoje estariam classificados. O objetivo no Mundial é melhorar ainda mais. Não estamos nem considerando as vagas automáticas pelo fato de o Brasil ser sede. Vamos estar nos Jogos pelo desempenho”, explicou Márcia.
 
Além do Mundial, o planejamento inclui a participação em uma competição aberta em junho, em Póvoa de Varzim (Portugal), que a comissão técnica julga importante para a preparação, em função da presença das principais equipes.
 
A bocha é mais uma modalidade que viu o volume de investimentos crescer sensivelmente no último ciclo paralímpico, tendo sido incluída no convênio firmado entre o Ministério do Esporte e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em 2013, no valor de R$ 38 milhões, para custeio de participação da seleção em competições, contratação de equipes multidisciplinares e aquisição de material esportivo. Além disso, quatro atletas recebem a Bolsa Pódio e 38 são contemplados com a Bolsa Atleta, num total de mais de R$ 1 milhão de investimento anual.
 
“Eu treino em Mogi das Cruzes (SP) e lá tem um centro de treinamento onde a bocha é o carro-chefe do paradesporto. Graças à Bolsa Pódio, posso me dedicar somente aos treinamentos, a comprar material, tudo. Graças aos outros patrocinadores também, hoje me foco somente na bocha. São no mínimo 12 horas por dia, para poder chegar pronto para os Jogos”, detalhou Maciel Santos.
 
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
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Canoagem velocidade espera repetir 2015 histórico nos Jogos Olímpicos

Isaquias Queiroz é uma das principais esperanças brasileiras de pódio olímpico. (Foto: Divulgação)Isaquias Queiroz é uma das principais esperanças brasileiras de pódio olímpico. (Foto: Divulgação)
 
A canoagem velocidade brasileira vem de um 2015 histórico. No Mundial da modalidade, em Milão, na Itália, o país conquistou duas medalhas. Além do bronze de Isaquias Queiroz no C1 200m, o próprio Isaquias, ao lado de Erlon Souza, faturou o inédito ouro no C2 1.000m. O desafio agora é carregar o bom desempenho para os Jogos Olímpicos Rio 2016. O país nunca subiu ao pódio na modalidade. A intenção da Confederação é mudar essa regra.
 
“Nossa meta é inaugurar o quadro de medalhas. Um bronze já seria um feito histórico. A meta real é essa”, destaca Álvaro Koslovski, supervisor da CBCa. Os canoístas brasileiros terão cinco provas para chegar lá. As vagas já estão asseguradas no K1 500m feminino, no K1 1.000m masculino, no C1 200m masculino, no C1 1.000m masculino e no C2 1.000m masculino. O que falta ainda é definir quem irá representar o Brasil no Rio 2016, decisão que sairá em maio.
 
“O Isaquias é o grande favorito, mas a gente sabe que tem de aguardar até o último momento. O comitê de seleção da CBCa vai receber indicações dos treinadores sobre quem devem ocupar as vagas, pautadas em resultados anteriores. Não vamos fazer uma seletiva pontual para tomar a decisão, seria um erro grave”, aponta Koslowski.
 
Em busca das vagas para perseguir o sonho da medalha, Isaquias Queiroz sabe que os Jogos do Rio são uma oportunidade ímpar para sua geração. “Vai ser um evento único na vida de todos os brasileiros. A gente não sabe se vai ter outra Olimpíada em casa. Vou treinar ao máximo para participar do melhor jeito possível e ganhar a medalha olímpica”, diz o campeão mundial.
 
Além das vagas já asseguradas, o supervisor da confederação explica que o Brasil ainda terá a chance de classificar mais atletas e embarcações para os Jogos Olímpicos. Entre 19 e 22 de maio, o Campeonato Pan-Americano de Canoagem Velocidade, em Gainesville, nos Estados Unidos, servirá como torneio qualificatório continental.
 
“Temos condições de ampliar o número de vagas. Boa parte da equipe está se preparando para esta competição. Achamos que é possível conseguir mais três vagas”, afirma Álvaro Koslovski.
 
Centro de Treinamento em Curitiba é um dos locais de preparação da equipe brasileira para os Jogos Rio 2016. (Foto: CBCa)Centro de Treinamento em Curitiba é um dos locais de preparação da equipe brasileira para os Jogos Rio 2016. (Foto: CBCa)
 
Programação e estrutura
 
Atualmente, a seleção brasileira de canoagem conta com dois Centros de Treinamento: um em Curitiba e outro em Lagoa Santa (MG). De acordo com a confederação, 42 atletas treinam nos dois locais em regime contínuo e assistidos pela CBCa. “A estrutura está muito próxima do ideal”, afirma Álvaro Koslovski, citando o apoio da Lei de Incentivo ao Esporte e o patrocínio do BNDES como pontos de apoio fundamentais.
 
Até os Jogos Olímpicos, os atletas vão passar por estágios de treinamento nas duas cidades, em São Paulo, na raia da USP, e em Primavera do Leste, no Mato Grosso. “Em julho e agosto é muito frio em Curitiba, então vamos fazer um período de treinamento em São Paulo e em seguida em Primavera do Leste, onde ficaremos até os Jogos”, revela Koslowski.
 
Vagner Vargas - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
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Luta olímpica tem potencial de ampliar o leque de modalidades brasileiras no pódio

Washington Alves/Exemplus/COBWashington Alves/Exemplus/COB
 
Apesar de ser um esporte de milenar, disputado nos Jogos da Grécia Antiga desde o século 7 A.C., a luta olímpica ainda carece de tradição no Brasil. Mas, se depender dos planos da Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), os brasileiros vão passar a conhecer mais a modalidade depois dos Jogos Olímpicos Rio 2016, principalmente se vier o primeiro pódio.
 
Cada nação pode levar uma delegação de até 18 competidores – 12 no masculino, na luta greco romana; e seis no feminino, no estilo livre. Nas últimas três edições, o Brasil foi representado por apenas um atleta. Em Londres 2012, coube a Joice Silva defender as cores do país. Em Pequim 2008, Rosângela Conceição foi a única enviada. Em Atenas 2004, Antoine Jaoude lutou. Antes disso, o Brasil só havia competido nos Jogos de Seul 1988, com Floriano Spiess e Roberto Leitão, que também disputou os Jogos de Barcelona 1992.
 
Dos únicos cinco brasileiros que já competiram nos Jogos Olímpicos nas lutas, Rosângela Conceição foi a que melhor se saiu, com um oitavo lugar na China. Entre os homens, Roberto Leitão obteve o melhor desempenho, um 11º lugar, em Barcelona.
 
Hoje superintendente da CBLA, Roberto Leitão explica que, para os Jogos Rio 2016, o Brasil terá uma delegação recorde. Por ser país-sede, no mínimo quatro atletas já estão certos. “Nossa meta é ter cinco ou seis”, avisa Roberto.
 
Dos possíveis representantes, uma está assegurada: Aline Silva. Em 2014, a lutadora fez história ao conquistar o vice-campeonato mundial, no Uzbequistão, e, em 2015, carimbou o passaporte para os Jogos do Rio ao terminar o Mundial de Las Vegas em quinto lugar.
 
Critérios de classificação
 
Ao contrário de outras modalidades em que o Brasil já tem vaga garantida por ser país-sede, na luta olímpica o fato de um atleta se classificar para 2016 por mérito próprio não significa aumento do número de representantes, como ocorre, por exemplo, no boxe.
 
Para a disputa no ringue, o Brasil tem seis vagas asseguradas por ser o anfitrião, mas cada boxeador que conquistar uma vaga por mérito abre espaço para que mais um brasileiro possa competir no Rio. “Na luta não é assim. Como a Aline já está garantida, temos, agora, mais três vagas. Se mais algum atleta se classificar, preenche outra vaga”, explica Roberto Leitão, que prefere não adiantar quem são os mais cotados para esses postos, caso ninguém mais se classifique. “Todos estão disputando. Não posso discriminar nenhum nesse momento. Sei que tenho atletas mais fortes, com mais chances, mas não posso descartar ninguém”, afirma.
 
Danilo Borges/MEDanilo Borges/ME
 
Torneios classificatórios
Até maio, os atletas terão mais três chances de assegurar um lugar nos Jogos Rio 2016. Entre os dias 1 e 6 de março será disputado, em Frisco, no Texas (EUA), a seletiva pan-americana, aberta a lutadores das Américas do Sul, Central e do Norte. Essa competição distribuirá duas vagas por categoria e será o caminho mais “fácil” para os brasileiros, devido ao fato de ser um evento continental.
 
Quem não obtiver sucesso no Texas, poderá disputar as outras duas seletivas mundiais. A primeira será entre 21 e 24 de abril, na Mongólia, e, depois, vem a última chance, entre 5 e 9 de maio, na Turquia. Só após a última competição é que a CBLA divulgará o nome dos atletas garantidos para os Jogos do Rio, caso ninguém mais se classifique.
Treinos intensivos
 
Encerrado o Mundial em setembro, os atletas da luta tiveram um período de férias para recarregar as energias e, então, voltaram com tudo aos treinos. A Seleção Brasileira está concentrada no Rio de Janeiro. “Alugamos uma casa para quem é de fora e todo o grupo está treinando. Temos um CT no Rio de Janeiro, que é onde a Seleção se prepara e onde vão ser realizados os treinos nesse primeiro semestre”, afirma Roberto Leitão. Atualmente, 25 atletas treinam no CT da CBLA.
 
O cronograma de trabalho para o primeiro semestre está montado. “É uma preparação complexa. Temos um calendário intenso de treinamento e de competições no exterior, tudo organizado pelo treinador chefe da Seleção, o cubano Angel Aldama”, diz Roberto Leitão.
 
Nascida em São Paulo, Aline Silva, 29 anos, disputará os Jogos Olímpicos pela primeira vez. Para ela, o fato de ter a vaga assegurada é um incentivo a mais, mas a lutadora está ciente de que isso é apenas o primeiro passo. “É bom já estar classificada, mas sei que preciso de muito trabalho. Vamos ter que treinar ainda mais forte a partir de agora. Nem fui para São Paulo nesse fim de ano para me concentrar, pois as condições de trabalho aqui no Rio são muito melhores. Espero que seja uma Olimpíada incrível, não por ser a minha primeira, mas por ser em casa”, afirma Aline, da categoria até 75kg.
 
Sobre a possibilidade de conquistar uma medalha, Aline prefere não pensar no assunto. “É possível não apenas para mim. E não é só pelos resultados que tenho obtido. Em Olimpíadas sempre acontece uma medalha inesperada. Mas acho que esse não é o momento de pensar nisso. Tenho que pensar só no treinamento”, encerra a lutadora.
 
 
O CAMINHO DA LUTA OLÍMPICA
 
Vagas garantidas
Cada nação pode levar no máximo 18 atletas para os Jogos Olímpicos – 12 no masculino, na luta greco romana; e seis no feminino, no estilo livre. Por ser país-sede, o Brasil tem quatro vagas garantidas, das quais uma já tem dono: Aline Silva, da categoria até 75kg.
 
Torneios classificatórios
 
Os brasileiros terão neste primeiro semestre três chances para conquistar mais vagas:
 
» Seletiva Pan-Americana – em Frisco, Texas (EUA), entre 1 e 6 de março
 
» Seletiva Mundial – na Mongólia, entre 21 e 24 de abril
 
» Seletiva Mundial – na Turquia, entre 5 e 9 de maio
 
A estrutura da Seleção Brasileira
A equipe nacional já está reunida e treina em um CT no Rio de Janeiro, onde irá se preparar até os Jogos Olímpicos.
 
Melhor resultado em Jogos Olímpicos
Nos Jogos de Pequim 2008, Rosângela Conceição foi a única representante do Brasil na luta olímpica. Ela terminou em 8º, a melhor classificação da história do país em Jogos Olímpicos.
 
Metas para os Jogos Rio 2016
A CBLA tem como objetivo fazer história no Rio de Janeiro e conquistar a primeira medalha do país na modalidade. 
 
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.vr
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministério abre chamada pública para interessados no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos

O Ministério do Esporte abriu chamada pública para selecionar três entidades interessadas em receber a estrutura do Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos que está sendo construído na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O local, com capacidade para 18 mil espectadores, está em fase de acabamento e receberá as disputas de natação e polo aquático dos Jogos de 2016. A construção é temporária e foi pensada para ser desmontada, servindo de legado para outras cidades brasileiras após o megaevento.

O secretário de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, destaca a importância de se nacionalizar os benefícios das Olimpíadas e Paralimpíadas. “Os Jogos Rio 2016 representam uma oportunidade ímpar em termos de legado esportivo não só para o Rio de Janeiro, mas para todo o país. Instalações temporárias e reutilizáveis, como o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, fazem com que seja possível estender os benefícios dos Jogos pelo Brasil. Além de contar com a estrutura de ponta no Rio após o evento, também teremos outros estados e municípios sendo beneficiados. Essa diversificação é fundamental para difundir o esporte e proporcionar a estrutura necessária para o desenvolvimento de novos atletas em todas as regiões”.

A estrutura do Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos será desmembrada em três partes, sendo que cada entidade pública poderá receber apenas uma delas. No primeiro pacote estão o galpão, a cobertura metálica e as arquibancadas modulares para 18 mil pessoas. Os outros dois pacotes incluem uma piscina olímpica pré-fabricada em cada um, mais o sistema de filtração, tubulações e conexões acessórias, sistema de aquecimento, blocos de partida e demais acessórios.

“A chamada pública é significativa dentro deste contexto de nacionalização dos Jogos, e vai levar em conta alguns fatores para a definição do ente público que receberá a estrutura, como o tamanho do município, a demanda por infraestrutura esportiva e o prazo de remontagem da instalação na cidade beneficiada. É fundamental que tudo esteja funcionando o mais rápido possível para maximizar o legado do Rio 2016”, detalhou Leyser.

As entidades públicas interessadas deverão manifestar interesse em participar da chamada pública até o dia 29 de fevereiro. Os municípios elegíveis para cadastramento de propostas são aqueles que integram o Grupo 1 do PAC:

- Integrantes das regiões metropolitanas de Belém/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP, Campinas/SP, Baixada Santista/SP, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS, Distrito Federal e Região Integrada do Entorno do DF;

- Com população acima de 70 mil habitantes localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste;

- Com população acima de 100 mil habitantes localizados nas regiões Sul e Sudeste.

Para o cadastramento de propostas para o galpão, cobertura metálica e arquibancadas modulares, os municípios deverão possuir população acima de um milhão de habitantes. As cidades deverão ter disponibilidade de terreno em localização, condições de acesso e características geotécnicas e topográficas e estruturas adequadas para a implantação dos equipamentos. A chamada pública integra o Termo de Cooperação firmado entre o Ministério do Esporte e a prefeitura do Rio de Janeiro, responsável por doar os itens.

» Confira o edital e demais documentos da chamada pública

Gabriel Fialho e Vagner Vargas

Ascom - Ministério do Esporte
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