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Obras na Escola de Educação Física da UFRJ entram na reta final
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Publicado em Terça, 01 Março 2016 13:28
Em abril de 2016, a Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEFD - UFRJ) completa 77 anos. Para o mesmo mês, está prevista a entrega das obras de um dos maiores investimentos da história recente da escola: são R$ 61,3 milhões em recursos do Ministério do Esporte para a construção de dois campos de hóquei sobre grama e de um campo de rúgbi, para a reforma da piscina olímpica e de seis vestiários, além de adaptações, como a construção de um elevador, para melhorar a acessibilidade do local.
Campo de rúgbi do Centro de Treinamento da UFRJ. (Foto: André Motta/ Brasil2016.gov.br)
A escola é uma opção de centro de treinamento de polo aquático, rúgbi e hóquei sobre grama para delegações estrangeiras visando aos Jogos Olímpicos Rio 2016. O acordo de cooperação técnica foi assinado no ano passado entre a universidade e o Ministério do Esporte para que as obras pudessem ser realizadas. O consórcio Campos Olímpicos (composto pelas empresas JZ Engenharia, Hersa e Resinsa) venceu a licitação feita por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). As obras tiveram início em outubro de 2015.
“A recuperação e a modernização da nossa piscina é algo fantástico, uma instalação muito utilizada. Nossos vestiários não tinham reforma desde os anos 1970, assim como a piscina. Vamos ter acessibilidade interna, seremos a primeira unidade da UFRJ com esse nível de acessibilidade”, disse o professor Leandro Nogueira, diretor da escola entre 2011 e 2015.
Leandro acrescentou que a UFRJ foi a primeira universidade pública do país a ter disciplinas optativas de rúgbi e hóquei (a partir de 2011), mas elas não são oferecidas regularmente. Com o investimento, o objetivo é que se tornem cadeiras efetivas da escola. O estímulo às modalidades também está nos planos da atual diretora da EEFD, a professora Katya Gualter.
“A escola entende que os campos e a piscina são salas de aula. Esses espaços compõem a rotina acadêmica. É um legado que é um espaço de ensino e aprendizagem. Essa relação com os Jogos Olímpicos é profícua no sentido de que, se não fosse esse momento, a escola demoraria a fazer um investimento nesse nível”.
Campo de hóquei do CT da UFRJ (acima) e reforma da piscina. (Fotos: André Motta/Brasil2016.gov.br)
Instalações
O campo de rúgbi é o mais adiantado e será entregue nesta sexta-feira (04.03). Ele já vai ser usado para treino de equipes participantes do evento-teste da modalidade, que será realizado em Deodoro nos dias 5 e 6 de março. A grama é natural, do tipo Bermuda TifWay 419, e completa 90 dias de plantio na sexta. O campo segue as especificações da federação internacional da modalidade, tendo 96m de comprimento e 68m de largura, com recuos laterais e de fundo de cinco metros, e sete metros para a linha de gol, totalizando 120m x 78m de área gramada. Drenagem, irrigação e iluminação estão incluídas no investimento.
Os dois campos de hóquei sobre grama também respeitam os requisitos da federação internacional: 91,40m de comprimento por 55m de largura. O piso se estende de forma a criar áreas de escape, fazendo com que as dimensões finais de cada campo sejam de 101,4m por 63m. Entre as camadas de asfalto que antecedem o tapete de grama sintética, há uma com função drenante, essencial para o jogo.
“A camada de asfalto drenante tem inclinação de 0,4% para todas as bordas e, no campo, tem uma calha lateral. Se a bola não estiver tangenciando a água, o jogo pode ser parado. O sistema de irrigação tem que colocar uma lâmina d´água de três milímetros em 8 minutos. E a água é reaproveitada pelo sistema de drenagem”, explicou o engenheiro civil Magnus Diniz, contratado pelo Ministério do Esporte.
A piscina olímpica (50m x 25m x 3m) já existia, mas foi totalmente reformada e agora conta com moderno sistema de filtragem. Outra novidade é o sistema de aquecimento. “Agora a piscina terá a temperatura de 26º e a base desse aquecimento é a energia solar. A energia a gás só será usada quando for preciso, para manter a temperatura”, acrescentou Magnus. Uma sala também está sendo reformada em frente à piscina e pode ter uso médico, fisioterapêutico ou de controle de doping, por exemplo.
Nos seis vestiários, as instalações hidrossanitárias foram trocadas, assim como pias, vasos e chuveiros. Com as reformas, eles também se tornaram acessíveis. As novas luzes são de led, para economizar energia.
Delegações de vários países, como África do Sul, Bélgica, Canadá, Espanha, Grã-Bretanha e França, já visitaram a escola para conhecer as instalações.
Detalhe da reforma nos vestiários, a primeira desde os anos 1970. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
Modo legado
O contrato de licitação encarrega o Ministério do Esporte da manutenção das instalações até dezembro de 2016. A partir daí, o trabalho ficará a cargo da UFRJ. Reuniões já estão sendo realizadas com as confederações brasileiras de hóquei e rúgbi, segundo o ex-diretor e a atual diretora da escola de educação física. A instituição está estudando os caminhos jurídicos possíveis para a realização de convênios ou acordos de cooperação técnica. Interesse para a parceria já foi demonstrado, segundo Katya Gualter, sobretudo na última reunião com os dirigentes do rúgbi no país.
“Eles estão muito interessados em treinar as equipes, em particular a seleção brasileira, no campo de rúbgi da escola que, segundo o presidente da confederação (Sami Sobrinho), é um dos mais avançados e melhor finalizados tecnologicamente para a modalidade. Eles têm todo o interesse de usar o espaço, podendo arcar inclusive com os custos a partir de 2017”, disse a diretora da escola.
Os espaços ainda poderão ser usados em projetos que envolvem a comunidade. A EEFD já desenvolve atividades como o Clube Escolar, em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro, que oferece atividades esportivas para alunos da rede municipal de ensino. A escola também é parceira de outras iniciativas que envolvem a comunidade da Maré, vizinha ao campus, que fica na Ilha do Fundão, na Zona Norte da capital fluminense.
“Se você tem uma escola de formação de professores de educação física e você tem disciplinas voltadas para essas modalidades, temos que fazer com que essas disciplinas sejam bem vivenciadas e, a partir delas, estabelecer projetos de extensão para que a comunidade venha pra cá. Temos o Clube Escolar e já temos parceria em vários projetos que ocorrem na Maré, que é aqui do lado. Os novos campos e a piscina são mais elementos que vão fortalecer essa relação”, disse a professora e vice-diretora da escola, Angela Brêtas.
Ascom - Ministério do Esporte
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Tiro com arco brasileiro estreia nas Paralimpíadas já mirando medalha
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Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 14:49
Luciano Rezende faturou a medalha de ouro no arco recurvo no Parapan de Toronto 2015. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)
Para uma equipe que nunca esteve nos Jogos Paralímpicos, só participar do Rio 2016 já poderia deixar o tiro com arco brasileiro satisfeito. Mas a seleção não se contentou. No Mundial da Alemanha, em agosto do ano passado, o time confirmou as vagas nos arcos recurvo open e composto open (masculino e feminino) a que o Brasil poderia ter direito por ser sede, e ainda conquistou mais, totalizando oito atletas já garantidos nos Jogos.
“Somos o segundo país das Américas com mais vagas até agora. Apenas os Estados Unidos têm mais que nós e isso nos dá orgulho. Ainda vamos tentar mais vagas no torneio da República Tcheca. Queremos chegar aos Jogos bem preparados e acreditamos que podemos levar pelo menos uma medalha”, diz Henrique Campos, coordenador técnico da seleção paralímpica de tiro com arco.
Medalhistas de ouro no Parapan de Toronto, Jane Karla (arco composto feminino open) e Luciano Rezende (recurvo masculino open) são os atletas que, segundo a comissão técnica, têm mais chances de chegar ao pódio. Jane, Luciano e mais três arqueiros – Andrey Muniz e Júlio César de Oliveira, no composto masculino open, e Fabíola Dergovics (recurvo feminino open) – já estão pré-convocados para a seleção que vai disputar os Jogos. Eles obtiveram o número de pontos estabelecido pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) em campeonatos nacionais, além de terem cumprido o índice mínimo estimulado pelo Comitê Paralímpico Internacional. Os demais atletas do país ainda terão oportunidades nos próximos meses para chegarem ao índice.
“Esses atletas que atingiram os índices estipulados são o que terão prioridade nas competições internacionais antes dos Jogos. Precisamos dar experiência internacional a esses arqueiros. Mas os recursos são limitados e temos que viajar com os mais bem preparados. Se não fizerem índice no Brasil, não adianta levar para o exterior”, afirma Henrique Campos.
Jane Karla conquistou o ouro no arco composto para atletas sentados no Parapan. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)
Competições e investimento
O planejamento da seleção de tiro com arco inclui a participação na Arizona Cup, nos Estados Unidos, em abril. Em maio, a equipe viaja para o Parapan-americano da modalidade em San José, na Costa Rica. No mês seguinte, a seleção participa do Torneio de Nove Mesto, na República Tcheca, última oportunidade de ampliar o número de vagas no Rio 2016.
Henrique explica que, neste último ciclo paralímpico, houve um aumento de investimento que possibilitou mais participações em competições internacionais. Mas conseguir viajar com o tamanho ideal da equipe e realizar treinamentos com toda a seleção reunida ainda são desafios que a modalidade enfrenta. O que faz a diferença, segundo o coordenador, é o programa Bolsa-Atleta, que permite a muitos arqueiros uma dedicação maior ao esporte. Atualmente, 13 atletas do tiro com arco paralímpico recebem o benefício, incluindo a esperanças de medalha, Jane Karla. O investimento anual é de R$ 188,7 mil.
“A partir do momento em que você tem um investimento como esse do governo, você quer mostrar resultado, manter os bons resultados, e o incentivo é grande. Tem arqueiro que vive da bolsa e pode se dedicar mais, comprar o material que precisa. No caso da Jane, quando ela trocou de modalidade, perdeu os patrocinadores, passou por um momento difícil. Se não fosse a bolsa-atleta, possivelmente não teria continuado”, diz o coordenador da seleção.
Das bolinhas para as flechas
Henrique acompanha de perto o treinamento de Jane em Goiânia. Ele se impressiona com a dedicação da atleta, que não descansa enquanto não dispara cerca de 400 flechas por dia. Acostumada ao vai-e-vem das bolinhas no tênis de mesa – esporte pelo qual disputou duas edições de Paralimpíadas – Jane mudou de modalidade no fim de 2014 e os primeiros resultados do ano passado já indicaram que a troca seria recompensada.
“Foi tudo muito rápido. No fim de janeiro de 2015, eu já estava batendo índice no treino, e depois veio medalha de ouro na primeira participação, na Arizona Cup, com recorde do evento. Foi um estímulo: ´Jane, este é o esporte mesmo, vamos com tudo’. Eu me preparei para o Parapan, fui ouro. A gente vê que o caminho está certo para 2016”, conta a atleta, eleita a melhor da modalidade em 2015.
A medalha que não veio no tênis de mesa em Pequim 2008 e Londres 2012 é o grande sonho da atleta para o Rio 2016. E ela espera casa cheia – ou melhor, o sambódromo lotado- para ajudar no desafio.
“Pequim era a casa do tênis de mesa, vi um ginásio gigante torcendo, aquela energia passando para os atletas deles, e falei: é isso que eu quero no meu país, um dia quero viver isso. Não deu no tênis de mesa, mas vai ser no tiro com arco. Que todo mundo participe, torça pela gente, é maravilhoso ver o atleta paralímpico, é muita garra. E é alto rendimento. Quero ver tudo lotado, igual eu vi em Pequim 2008. É lindo”, diz.
Ascom - Ministério do Esporte
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Rúgbi paralímpico: atenção especial com as cadeiras de rodas
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Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 13:34
As colisões podem assustar quem não está acostumado com o jogo, mas elas são fundamentais para a estratégia das equipes e garantem boa parte da adrenalina de praticar ou assistir a uma partida de rúgbi em cadeira de rodas. Construídas especialmente para o esporte, as cadeiras são customizadas individualmente de acordo com as necessidades de cada atleta e precisam de manutenção constante. “Elas precisam ser bem protegidas e muitas cadeiras são até temperadas. Ela é fabricada e depois colocada no forno para ter mais resistência. Tudo para aguentar o impacto”, explicou o capitão da seleção brasileira da modalidade, Alexandre Taniguchi.
Soldadora está disponível em oficina para reparar estragos nas cadeiras de rodas dos atletas. (Foto: Buda Mendes/GEtty Images/Ottobock)
No Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, evento-teste da modalidade disputado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, havia uma oficina dentro da instalação para providenciar serviços e reparos nos equipamentos dos atletas, área que está sendo testada pela primeira vez para os Jogos Rio 2016.
“A gente está vendo o que a gente realmente precisa: se o material que a gente trouxe é suficiente, se a rede elétrica está conforme a gente precisa para a soldadora, se o espaço que a gente tem é adequado. A partir daí a gente pode passar informações para o Comitê Olímpico. E a infraestrutura está totalmente dentro do que a gente precisa, estamos felizes”, disse Thomas Pfleghar, da empresa responsável pelos reparos. Ele será diretor-técnico do setor nos Jogos Rio 2016.
Thomas Pfleghar (E) auxilia atleta na oficina instalada na Arena Carioca 1. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)
Thomas explica que, durante os Jogos, haverá uma oficina principal de sete mil metros quadrados instalada na Vila Olímpica, onde serão feitos os principais reparos. Outras 13 oficinas menores serão distribuídas pelas instalações. Serão 77 técnicos, de 28 países, dos quais dez brasileiros. “Vamos ficar abertos 16 horas por dia e em cada turno a gente terá em torno de 20 pessoas trabalhando. Além disso, nas instalações a gente terá uma minioficina que só vai atender as pessoa que estiverem jogando”, contou.
Além de consertos em cadeiras de rodas, os técnicos farão reparos em próteses e órteses. “Se tiver algum problema no encaixe da prótese, o encaixe que entra o membro residual do atleta, a gente tem condições de fazer outro totalmente novo, do zero. A gente tira o molde, a medida, e faz um novo. Se há problema na lâmina de corrida, uma rachadura, aí tem que trocar. A gente tem possibilidade de fazer reparo no hidráulico, no sistema inteiro e, se não tem como reparar, a gente troca por uma nova”, explicou Thomas.
Durante os Jogos Paralímpicos, os trabalhos de manutenção de equipamentos para atletas serão feitos pela empresa alemã Ottobock. A estimativa é de sejam realizados cerca de dois mil reparos no período. Nove toneladas de equipamentos, aproximadamente 15 mil peças, virão da Alemanha.
Bob Hirshfield, do Canadá, troca as rodas da cadeira de um atleta durante partida do evento-teste. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)
Ajuda durante as partidas
A oficina de reparos complementa o trabalho que é feito pelos mecânicos de cada equipe. Cada seleção conta com um time de profissionais especializados em fazer a manutenção e consertar as cadeiras de rodas. No caso do rúgbi, a atuação dos técnicos é fundamental em caso de problemas durante os jogos. “Temos que trocar os pneus e também reparar as cadeiras enquanto o jogo está correndo. Depois dos jogos, também temos que fazer alguns reparos nas cadeiras”, contou o chefe da equipe de mecânica do Canadá, Bob Hirshfield.
Para Bob, a importância dos mecânicos para o time é comparável à dos treinadores. Quando a equipe sai vitoriosa ou ganha uma medalha, a sensação de conquista é compartilhada pelos mecânicos. “Eu me sinto muito próximo dos atletas. Eu cuido para que tudo esteja certo com as cadeiras e tudo que eles precisam se preocupar é em jogar. Isso é o que faz eu me sentir bem. Quando eles vencem, também me sinto parte da vitória”, afirmou.
Ascom - Ministério do Esporte
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Evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas termina com vitória britânica e evolução brasileira
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Publicado em Segunda, 29 Fevereiro 2016 10:50
Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
Com três das melhores equipes do mundo na competição, o Brasil não conseguiu vencer uma partida durante o Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, mas o evento-teste da modalidade, disputado neste fim de semana na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, terminou neste domingo (28.02) com saldo positivo dentro e fora de quadra.
Tanto os atletas estrangeiros – do Canadá, Austrália e Reino Unido – quanto os brasileiros foram unânimes em elogiar a estrutura do evento e, principalmente, o nível de acessibilidade alcançado não só no ginásio, mas também no hotel e durante os trajetos entre aeroporto, local de hospedagem e instalação.
“Tudo foi perfeito, todos ajudaram bastante, e a cidade é absolutamente linda. O estádio é fantástico e mal posso esperar para ver esse lugar lotado durante os Jogos”, disse Jim Roberts, artilheiro da competição com 136 gols marcados e campeão com o time do Reino Unido. “Está tudo nos conformes, tudo bacana. O ginásio e o Parque Olímpico estão bem acessíveis”, completou o brasileiro Lucas Junqueira.
Para Lucas, uma emoção ainda maior do que jogar na instalação que será utilizada durante os Jogos Rio 2016 foi sentir de perto o apoio da torcida. “É um orgulho jogar dentro de casa, ter uma torcida dessa empurrando a gente. Foi uma oportunidade muito diferente que nós pudemos experimentar. Minha família teve a oportunidade de vir conhecer, de ver um jogo de alto nível, então foi muito emocionante para mim, sentir a galera empurrando. Houve momentos em que a gente estava brigando para tentar fazer um ponto ou bloquear e a torcida empurrando foi algo muito significativo para mim”, disse Junqueira.
Apesar de o Brasil ter perdido as seis partidas que disputou – duas vezes para cada time da competição -, o atleta enxerga uma evolução no jogo da Seleção Brasileira. “Nós sentimos uma evolução. São equipes que a gente não costuma enfrentar, então foi uma oportunidade de conhecê-los melhor, entende a tática de jogo deles. A nossa principal meta era diminuir a diferença de gols, e a gente conseguiu fazer isso, principalmente contra o Canadá, o que foi excelente”, afirmou Lucas. “O Brasil melhorou muito desde que jogamos pela última vez, acho que faz dois anos. Eles evoluíram bastante”, concordou o britânico Jim Roberts.
Durante três dias, as seleções do Brasil, Canadá, Austrália e Reino Unido se enfrentaram em turno e returno. No final, a equipe britânica conquistou o primeiro lugar, com a Austrália em segundo e o Canadá em terceiro.
Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
Balanço
Quinto evento-teste realizado na Arena Carioca 1, o campeonato de rúgbi em cadeira de rodas teve foco na acessibilidade e não registrou grandes problemas durante os três dias de competição. Atletas, membros das comissões técnicas e dirigentes do Comitê Rio 2016 saíram satisfeitos com o trabalho e previram poucos ajustes para os Jogos Paralímpicos 2016.
“O transporte é um dos itens que foi testado quanto à acessibilidade. Eles estão operando com rampas não somente no aeroporto, mas no hotel e na instalação, para mensurar tempo de embarque e desembarque e para poder projetar isso numa dimensão maior. Posso adiantar que foi um sucesso e que o pessoal gostou bastante”, afirmou Augusto Fernandes, coordenador de acessibilidade do Comitê Rio 2016.
Para ele, os principais ajustes que precisam ser feitos são em relação à sinalização para pessoas com necessidades especiais. “A gente tem algumas melhorias a serem feitas, principalmente a sinalização, que não é a mesma que será usada nos Jogos. A gente tem observado que isso traz falhas de comunicação, então precisamos ajustar para a informação correta seja transmitida da melhor maneira possível”, explicou.
Na avaliação de Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Rio 2016, o único problema detectado durante o evento-teste foi em relação à alimentação. “A gente não teve nenhuma grande questão, só um probleminha operacional de alimentação. As equipes são responsáveis por sua própria alimentação, mas a gente tem que prover a estrutura para que eles possam se alimentar. A gente tem food trucks na instalação e um deles teve um problema, mas a gente já remediou. Isso é parte da operação de um evento, evento-teste acontece isso mesmo, e assim a gente pode melhorar não só a nossa operação, mas também a dos nossos fornecedores”, disse.
Garcia destacou as melhorias em acessibilidade em relação ao evento-teste do basquete em cadeira de rodas. “Embora a arena tenha sido testada várias vezes, a equipe de gerenciamento da competição é outra. A acessibilidade em quadra a gente modificou um pouquinho, e foi legal, melhorou bastante nesse ponto. Alguns ajustes na parte de estrutura também foram realizados com sucesso. Mas o mais importante para a gente é poder estar aqui e ver atletas desse nível, campeões olímpicos, mundiais, jogando com o Brasil, uma grande oportunidade para que a equipe brasileira possa vivenciar esse ambiente. Para a gente, é uma satisfação imensa receber o retorno desses atletas”, completou.
Augusto Fernandes lembrou que a acessibilidade não é importante apenas para os atletas, mas também para os espectadores, voluntários e profissionais que vão assistir aos jogos ou trabalhar nas instalações. “É muito importante que a gente saiba os fluxos de cada área funcional. Apesar de não ser um evento com foco em espectador, é importante a gente observar isso”, explicou.
Um exemplo dessa preocupação é a implantação de boxes para pessoas com mobilidade reduzida nos banheiros. Esses boxes servem para os idosos que têm dificuldade, para os obesos. “As pessoas acham que aqueles boxes são destinados aos cadeirantes, mas na verdade o box dos cadeirantes é fora do banheiros coletivos, para não gerar nenhum problema de fluxo”, disse Augusto, lembrando que o evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas foi o que teve maior número de cadeirantes voluntários, com seis no total. “Isso é um ganho. A gente tem que se preocupar com a acessibilidade para os voluntários também”.
Ascom - Ministério do Esporte
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No "resta um" do evento-teste da marcha, sobraram os equatorianos
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Publicado em Domingo, 28 Fevereiro 2016 18:43
Se o olhar do espanhol Luis Saladie pudesse se restringir ao que ele viu neste domingo no âmbito técnico e estético do evento-teste da marcha atlética, o relatório dele como delegado-chefe da Federação Internacional de Atletismo seria estritamente racional. O gradeamento poderia sair de dentro do circuito por onde correm os atletas para cima dos paralelepípedos. Assim, árbitros e atletas teriam mais espaço e os jornalistas, uma vista mais limpa para fotos e vídeo. Em outra frente, o espaço de técnicos, profissionais de imprensa e convidados seria melhor definido.
A impressão final dele, contudo, tem como ingrediente um componente medido em umidade e graus Célsius: o calor do Verão do Rio de Janeiro fez com que 11 dos 18 atletas que largaram para os 50km abandonassem a prova. "Estamos no verão. Em agosto, na época dos Jogos, vai ser muito menor a temperatura. Tem de ser menor”, afirmou, em tom de brincadeira, Saladie.
Vencedor da prova, Claudio Villanueva Flores se refresca ao longo dos 50km da marcha atlética. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
Ao fim, o pódio foi integralmente equatoriano, com Claudio Flores em primeiro, seguido por Rolando Pani e Jonnathan Cabrera. “Cumpri o objetivo, que era ganhar a prova, mas realmente o calor foi um adversário importante. Já tenho a marca para a Olimpíada e quero estar aqui de novo nos Jogos”, disse Flores, que treina ao lado dos colegas na altitude de 2.550m de Cuenca. Uma dimensão da influência do clima na modalidade se reflete no tempo. Flores tem como melhor marca pessoal 3h50min25s. No Rio, venceu com 4h23min37s, mais de meia hora acima.
Gradeamento e piso
Fora a temperatura, que também teve o efeito de tirar da prova os sete brasileiros que largaram, os testes foram considerados bem sucedidos. “Claro que há algumas coisas por fazer, o que é normal, já que faltam cinco meses, mas está tudo na linha do que se propõe. O piso está ótimo, perfeito. Eu só gostaria que a pista fosse um pouco mais larga, porque o evento-teste teve 18 atletas, e na Olimpíada serão 60”, disse.
“Vamos afastar um pouco as grades para aumentar o espaço na pista. Se tiro da parte interna e coloco acima da calçada, automaticamente amplia a sensação de abertura. Visualmente fica melhor, mais limpo”, afirmou Martinho dos Santos Nobre, gerente de atletismo do Comitê Rio 2016. “E o circuito, que era o mais importante, foi aprovado pelos atletas. Disseram que é plano, rápido, sem inclinação. Muito bom para eles”, completou.
Percurso de dois quilômetros montado ao lado da praia é o mesmo que será usado nos Jogos Olímpicos Rio 2016. (Foto: Brasil2016.gov.br)
De fato, o trajeto rendeu elogios desde sábado, quando foi disputada a prova de 20km da Copa Brasil. Sem oscilações, foi considerado técnico e adequado. “É tranquilo. Bom mesmo. Não tem muita subida e descida. Na Olimpíada vai ser bom”, afirmou Claudio Richardson dos Santos, que abandonou a prova deste domingo na metade do trajeto. “Estava desgastante. Perdi ritmo, levei duas advertências dos árbitros (com três o atleta é eliminado) e preferi parar. Tem outra oportunidade na Eslováquia, dia 19, e quero estar bem”.
O índice olímpico dos 50km é de 4h06min. Por enquanto, só Caio Bonfim e Mario José dos Santos Jr. chegaram lá. Cada país pode correr com até três integrantes. A data limite para alcançar o tempo é 8 de maio. O mineiro Rudney Dias Nogueira, que neste domingo deixou a prova sentindo problemas estomacais, pretende estar lá. “Hoje não foi o que a gente planejou, mas agora é descansar porque mês que vem tem competição na Europa. Vou tentar lá”, avisou.
Visual da Praia do Pontal, no Rio de Janeiro, recebeu elogios dos organizadores da prova. (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
Chips e placares
Na face tecnológica, a prova serviu para avaliar o funcionamento de cronômetros, placares eletrônicos, chips nos tênis dos atletas que registram o tempo e o número de voltas completadas e o sistema de transmissão de dados. “Toda essa parte de tecnologia e de transmissão das faltas funcionou perfeitamente. Podemos dizer que foi um sucesso”, disse Martinho Nobre dos Santos, gerente de atletismo do Comitê Rio 2016.
Ascom - Ministério do Esporte
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Caio Bonfim, o "Messias anunciado" por Gianetti Sena, é penta na Copa Brasil de marcha atlética
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Publicado em Domingo, 28 Fevereiro 2016 18:29
Ivo Lima/ME
Há instantes em que uma correntinha no pescoço sintetiza tão bem uma história de preparação olímpica quanto detalhes de placar, som, cronômetro, pista, sinalização, sistema de resultados e gradeamentos. Se a listagem de itens técnicos indica o foco dos organizadores no evento-teste da marcha atlética, na região do Pontal, no Rio de Janeiro, o adereço de Gianetti Oliveira de Sena é símbolo da dedicação familiar de décadas sob um lema que é mantra entre eles: "excelência e caráter”.
“Eu mandei fazer. Aqui estamos eu e o Caio juntos. Eu brinco que sou a João Batista da Marcha Atlética. Anunciei a vinda de um grande atleta”, afirma Gianetti. Fundista de origem e pioneira da marcha feminina, mesmo tendo começado tarde, aos 29 anos (quando engravidou), ela encerrou a carreira aos 43 com um legado de oito títulos nacionais. Hoje, ao lado do marido e treinador João Sena, decide em conjunto com o filho o ritmo, a frequência e as prioridades da carreira do jovem de 24 anos.
A trinca familiar teve neste sábado mais um motivo para julgar que o caminho é promissor. Caio Bonfim fechou os 20km da Copa do Brasil em 1h26min12s e conquistou o quinto título seguido do torneio, mais de quatro minutos à frente do segundo colocado, José Alessandro Bagio. “A marcha é um componente desde sempre dentro de casa. Não têm pessoas melhores para me treinar do que eles. Querem sempre evoluir, buscar bons resultados e trabalham com excelência e caráter. Muitas pessoas me disseram para treinar com outros. E muitos disseram a eles que deveriam me liberar. Mas temos conseguido juntos fazer acontecer, com amor, renúncia e temperança”, disse Caio.
Ivo Lima/ME“Eu sempre disse em casa quando fizemos essa opção: não vamos ficar ricos, não vamos ser assediados na rua, mas amamos o que fazemos. Adoro acompanhá-lo e pensar em tudo o que pode ser melhor para ele. É um garoto que sabe o que quer. Gosta do que faz. Treina todo dia, não falta”, diz Gianetti, que cita os investimentos na modalidade como elos estratégicos na lapidação do potencial de Caio. “Ele não tem patrocínio privado, tem a Bolsa Atleta na categoria olímpica, e a ajuda do governo do DF, do Comitê Olímpico do Brasil e da Confederação Brasileira de Atletismo”, listou. Essa base, mais investimentos da própria família, permitiu que Caio cumprisse 12 provas do calendário internacional em 2015.
Os resultados esportivos recentes são, segundo o próprio atleta, a síntese da consistência desse discurso. À quinta estrela nacional que ele poderia bordar na camisa, some-se o bronze no Pan de Toronto, o sexto lugar no Mundial de Atletismo de 2015 e os índices olímpicos confirmados nos 20km e 50km da marcha.
“Eu faço os 50km para melhorar minha prova de 20km, que é o meu foco. Vou correr as duas e dar tudo nos Jogos Olímpicos, mas é nos 20km que venho batendo perto há tempos". O cronograma até os Jogos inclui uma prova de 50km na Eslováquia, uma fase de treinamento na altitude em Serra Nevada, na Espanha, e a participação em provas internacionais de 20km em Portugal e Roma.
“Quero vir para o Rio um mês antes dos Jogos para treinar mais nesse percurso. A prova foi boa para já mapear tudo e o circuito está ótimo, perfeito. Há um pouquinho de elevação e um pouquinho de descida, como em qualquer circuito de rua. Se eu puder fazer essa aclimatação e contar com o calor da temperatura e do povo brasileiro, chances de ir bem aumentam”, afirmou o atleta. “Em Toronto perdi no Pan para dois canadenses que conheciam cada trecho do percurso porque treinaram direto lá um mês antes”.
Teste oficial
O evento-teste propriamente dito da marcha será neste domingo. A prova de 50km, que valerá como o Campeonato Sul-Americano, reúne 15 atletas de sete países e tem largada prevista para 6h30. Representantes de Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, além de Congo e China, que vieram como convidados, darão 25 voltas num circuito de dois quilômetros. O Brasil terá Claudio Richardson dos Santos (AABB-RN), nove vezes campeão da Copa Brasil, Rudney Dias Nogueira (USIPA-MG), Luiz Felipe dos Santos (ASSEM-SP) e Samir Cesar Sabadin (Curitiba SMELJ-PR).
O teste avalia desde os ajustes especiais de trânsito realizados pela prefeitura até o circuito, que teve o asfalto aplicado nos últimos dias, depois que foram retirados trechos de paralelepípedo e quinas perto na praça que dá acesso à Praia do Pontal. Também entram na lista de itens monitorados o gradeamento e a cronometragem, que será feita pela Omega, empresa responsável pela área na Olimpíada do Rio. Serão testados ainda os chips dos marchadores, o placar eletrônico de faltas e a apuração dos resultados.
Ivo Lima/ME
Investimentos
Além de Caio Bonfim, outros 17 atletas da marcha atlética recebem a Bolsa Atleta em todo o país, num investimento que totalizou R$ 208 mil em 2015, segundo informações do Ministério do Esporte.
No plano da infraestrutura, a Rede Nacional de Treinamento em fase de implantação pelo governo federal tem 47 pistas oficiais de atletismo incluídas entre as prioridades. O Centro de Treinamento de Atletismo de São Bernardo do Campo, inaugurado em 2015, recebeu R$ 19,5 milhões e conta com pista nível 1 certificada pela Federação Internacional de Atletismo. São quase 30 mil metros quadrados de área construída. O espaço recebe atualmente 80 atletas de alto rendimento, além de 150 jovens de escolinhas e categorias de base.
Dois convênios com a CBAt, um realizado em 2011 e outro em 2015, são voltados para a estruturação de centros de treinamento, locais, regionais e nacionais, contratação de profissionais e compra de equipamentos necessários à preparação de atletas. Ao todo, somam R$ 38,9 milhões.
"Temos uma parceria forte na nacionalização da rede de treinamento, em pistas de atletismo e em materializar uma estrutura passível de revelar novos talentos. Além desse investimento físico é importante ressaltar o investimento nas pessoas. O Bolsa Atleta como programa atinge desde a categoria de base até o alto rendimento”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Esporte, Marcos Jorge, que representou o ministro George Hilton no evento deste sábado.
Ascom - Ministério do Esporte
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Atletas exaltam acessibilidade no primeiro dia de teste do rúgbi em cadeira de rodas
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Publicado em Sábado, 27 Fevereiro 2016 11:51
Ivo Lima/ME
Com 48 atletas cadeirantes na competição, a acessibilidade é a principal preocupação durante a disputa do Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, evento-teste da modalidade que teve início nesta sexta-feira (26.02) na Arena Carioca 1. O torneio serve como preparação para os Jogos Rio 2016 e reúne quatro equipes: Brasil, Austrália, Canadá e Reino Unido, cada uma com 12 atletas e 24 cadeiras de roda, já que há os equipamentos de jogo e os usados no dia a dia.
Para o Comitê Rio 2016, os procedimentos e avaliações começaram no desembarque das equipes no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, segunda e terça-feira (22.02 e 23.02). Nesta sexta, mais testes, desta vez em um ambiente de competição. “A Arena Carioca já foi feita para receber não só as partidas de basquete, mas também as de basquete em cadeira de rodas e de rúgbi em cadeira de rodas. A adaptação que a gente faz é temporária, mais na área de competição, alguma coisa que a gente detectou no evento-teste de basquete em cadeira de rodas que a gente refinou, mas nada grande, a não ser adaptações do dia a dia, porque a gente teve aqui já cinco eventos, e a gente teve que fazer adaptações específicas para cada um”, explicou Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Rio 2016.
De acordo com Garcia, o evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas precisou de pequenas adaptações, como rampas para a entrada dos atletas em quadra. “A gente tem uma série de adaptações que são necessárias na área de competição, a gente tem rampas específicas de acesso que estão sendo testadas, além do tradicional que a gente vem testando nos eventos, como sistema de cronometragem e resultados”, completou.
Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
Adaptações
Durante o evento, o Comitê Rio 2016 está testando trabalhos em 39 áreas funcionais, com 114 voluntários. Além do transporte dos atletas e equipamentos entre o hotel e a Arena Carioca 1, a organização providenciou depósitos na instalação para armazenamento, manutenção e reparos das cadeiras de roda. Outros setores a serem testados no formato dos Jogos são as apresentações esportivas e cerimônias de premiação, mesários, acessibilidade da arena e classificação funcional.
Três ônibus foram adaptados para receber vários cadeirantes ao mesmo tempo, o que diminui o tempo necessário para o transporte das delegações até a instalação. Todo o processo foi elogiado pelos atletas. “Desde o momento em que desembarcamos no aeroporto, estamos sendo bem cuidados. A equipe brasileira que está aqui planejou tudo e não tivemos problemas. Tudo está ótimo, essa instalação é fantástica e estamos animados para voltar aqui e ver esse lugar lotado. Tudo é 100% acessível: os ônibus, o hotel, a academia, então parabéns ao Brasil”, disse o jogador canadense David Willsie.
Os brasileiros destacaram a oportunidade de conhecer e jogar na instalação que será utilizada durante os Jogos Paralímpicos. “Para mim está sendo uma oportunidade muito boa, de poder conhecer tudo antes das Paralimpíadas. Tanto o transporte para vir para cá, tudo acessível, o hotel, a estrutura própria do ginásio, os banheiros, está tudo nos conformes”, disse o capitão da Seleção Brasileira, Alexandre Taniguchi.
Para o também jogador Julio Cezar Braz, um dos destaques foi a climatização da Arena Carioca 1, já que atletas tetraplégicos têm dificuldade para transpirar e podem ter problemas de saúde em ambientes de muito calor. “É o que a gente espera, está num patamar internacional. A gente está gostando muito da climatização, dos alojamentos em que estamos ficando, do vestiário”, disse.
Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
Investimentos
O ministro do Esporte, George Hilton, esteve na abertura do Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas e falou da importância de testar as instalações olímpicas antes dos Jogos. "Os eventos-teste estão servindo justamente para a gente fazer todas as análises e corrigir eventuais problemas que venham a acontecer. Isso é fundamental para que a a Olimpíada seja realmente um evento espetacular", afirmou.
George Hilton também destacou os investimentos que o Ministério do Esporte tem feito para apoiar os atletas de modalidades pouco conhecidas no Brasil. "Dos 12 atletas (brasileiros) que estão aqui, sete deles são bolsistas. Isso faz parte daquele objetivo nosso de massificar e disseminar essas modalidades que não são tão conhecidas. Acho que foi um case importante o Plano Brasil Medalhas, o Programa Bolsa Atleta, e a gente pretende manter isso depois das Olimpíadas, com o objetivo justamente de fortalecer e tornar essas modalidades mais atuantes no país", disse.
Partidas
No primeiro dia do evento-teste, foram disputadas quatro partidas. Diante de algumas das melhores equipes do mundo, o Brasil não conseguiu vencer, mas demonstrou evolução. A Seleção perdeu para o Canadá por 61 x 42 e depois foi derrotada pelo Reino Unido por 60 x 32. Os três times estrangeiros que vieram ao país estão entre os cinco melhores do ranking mundial: Canadá (1º no ranking), Austrália (campeã olímpica) e Grã-Bretanha (campeã europeia).
A disputa terá turno e returno entre os times, sem final. Quem fizer mais pontos será o campeão. A competição continua neste sábado, com mais quatro jogos, e termina no domingo, com outras quatro partidas e a definição do primeiro lugar.
Ascom - Ministério do Esporte
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Com 13 atletas garantidos, tênis de mesa paralímpico busca três medalhas nos Jogos
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Publicado em Sexta, 26 Fevereiro 2016 15:36
Com o sucesso absoluto no Parapan de Toronto, no ano passado, com 31 pódios, o tênis de mesa paralímpico garantiu dez vagas nos Jogos Rio 2016. Após o fim da temporada 2015, outros três atletas se classificaram pelo ranking. Com isso, o Brasil terá pelo menos 13 competidores lutando pelo pódio no Riocentro.
“O trabalho é árduo. Não é o Parapan, onde temos hegemonia. É uma Paralimpíada. A expectativa são três medalhas. Não vou dizer as cores nem de quem serão, mas estamos trabalhando para isso: três medalhas”, disse o coordenador da seleção brasileira, José Ricardo Rizzone.
Equipe celebra campanha no Parapan. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
Ele explica que outros quatro atletas (dois andantes e dois cadeirantes) podem ser acrescidos à lista de participantes, por meio de convites com que o Brasil pode contar por ser sede da competição. O tema será definido pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). Até as Paralimpíadas, o planejamento passa por muito treinamento e pela participação nas principais etapas do circuito mundial.
“Vamos mesclar treinamento e competições, para que os atletas possam pegar o ritmo e a equipe técnica possa avaliar melhor os adversários. Vamos participar de três abertos, campeonatos fator 40, que são os mais fortes do circuito, sendo dois em maio – na Eslovênia e na Eslováquia – e outro na China no fim de junho. Ainda vamos confirmar a participação no Aberto da Espanha. Também estão no planejamento training camps em Barcelona”, explicou Rizzone.
“Você está com o grupo o tempo todo. Podemos ver defeitos, um ajuda o outro. Os atletas mantêm a cabeça pensando só nisso, cria-se uma metodologia de treinamento. Antes era cada um em um clube e a gente se reunia no aeroporto. Agora podemos criar unidade. É um sacrifício para os atletas, que têm que deixar família, mas está dando certo”, avaliou Rizzone.
A equipe inteira deve se reunir duas vezes até julho. A expectativa é que essas atividades já sejam realizadas no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, cujas obras estão na reta final. A partir de julho, a equipe seguirá o planejamento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), já na preparação direta para os Jogos.
Iranildo Espíndola, integrante da seleção, treina no CT de Brasília. (Foto: Danilo Borges/ ME)Estrutura
As seleções contam com equipes multidisciplinares, incluindo fisioterapeuta, médico, nutricionista e psicólogo. Convênio firmado em 2012 entre o Ministério do Esporte e a CBTM, no valor de R$ 2,37 milhões, permitiu a equipagem dos dois CTs (Brasília e Piracicaba) e possibilitou ajuda de custo e contratação de comissão técnica e consultor estrangeiro para preparação de atletas.
Outra quantia de R$ 1,49 milhão foi usada para viagens. Um aditivo de R$ 1,11 milhão foi assinado em dezembro do ano passado, para continuar custeando a participação da seleção paralímpica em competições internacionais.
“Não podemos reclamar. Essa ajuda é substancial, agora os atletas têm todo o apoio para os treinos diários, material esportivo de ponta, passagens aéreas, bolsas. Sem isso, realmente não estaríamos onde estamos”, afirmou o coordenador de seleção.
Resultado histórico
O tênis de mesa brasileiro conquistou uma medalha paralímpica na história dos Jogos. Foi em Pequim 2008: Luiz Algacir da Silva e Welder Knaf formaram a equipe que ficou com a prata na China. Mas não falta empenho para deixar esse resultado pra trás e fechar os Jogos Rio 2016 com o melhor resultado desde sempre.
“Quando entrei no tênis de mesa, eu queria me classificar para 2016 porque os Jogos são no Brasil. Quando ganhei o Pan, falei: me classifiquei para jogar no meu país. É um orgulho que não dá para descrever. Por ser minha primeira Paralimpíada, pelo pouco tempo no tênis de mesa, se eu chegar às quartas de final já estaria bom, mas quero uma medalha e vou atrás”, disse Cátia Oliveira, eleita a melhor atleta da modalidade em 2015 no país.
» Saiba quem são os atletas já classificados para os Jogos Paralímpicos Rio 2016:
Masculino
Classe 1 (cadeirantes) - Aloisio Lima
Classe 2 (cadeirantes) - Iranildo Espíndola
Classe 3 (cadeirantes) - David Freitas e Welder Knaf
Classe 5 (cadeirantes) - Claudiomiro Segatto
Classe 7 (andantes) - Paulo Salmin e Israel Stroh
Classe 8 (andantes) - Luiz Filipe Manara
Classe 10 (andantes) - Carlos Carbinatti
Feminino
Classe 2 (cadeirantes) - Cátia Oliveira
Classe 4 (cadeirantes) - Joyce Oliveira
Classe 9 (andantes) – Danielle Rauen
Classe 10 (andantes) – Bruna Alexandre Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
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Badminton projeta estrear “pela porta da frente” nos Jogos Olímpicos
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Publicado em Quinta, 25 Fevereiro 2016 14:07
Modalidade presente em Jogos Olímpicos desde Barcelona 1992, o badminton terá representante brasileiro em quadra pela primeira vez no Rio 2016. Por ser sede, a equipe anfitriã tem direito de levar um atleta para a disputa de simples no feminino e outro para o masculino. Mas o grande objetivo da equipe é se garantir pelo ranking.
“Queremos conquistar as vagas independentemente de ser sede. Estamos muito perto desse objetivo. Não queremos estrear pela porta dos fundos, queremos entrar pela porta da frente nos Jogos”, disse o diretor técnico da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd), José Roberto Santini Campos.
A janela de pontuação para a classificação começou em 4 de maio de 2015 e termina em 1º de maio deste ano. Estarão garantidos nos Jogos os 38 atletas que estiverem mais bem colocados no ranking que considera especificamente a corrida olímpica (“Race to Rio”), tanto no masculino quanto no feminino.
Os países podem levar dois atletas no mesmo gênero apenas se eles estiverem entre os 16 melhores. Levando isso em conta, neste momento, o Brasil teria Fabiana da Silva (26ª) e Ygor Coelho (32º ) classificados. Lohaynny Vicente – cinco posições abaixo de Fabiana no ranking mundial - e Daniel Paiola - quarenta posições abaixo de Ygor – também estão correndo atrás.
Ygor Coelho durante o evento-teste do badminton, em 2015: esperança de classificação pelo ranking. (Foto: Pedro Martins/BWF)
“Existe uma disputa pessoal para ver quem vai estar na Olimpíada. Vamos disputar seis campeonatos em março e abril, mas abrimos a possibilidade de os atletas disputarem outros torneios em fevereiro, por conta deles, para conseguir mais pontos, desde que isso não comprometa a programação. Meu objetivo não é saber qual atleta vai estar lá, mas que haja um atleta (em cada gênero) classificado pelo ranking”, disse o técnico da seleção, o português Marco Vasconcelos.
A série de competições agendada para a seleção tem início em 9 de março, com o Desafio Internacional de São Paulo. No dia 13, a equipe viaja para a Europa, para disputar três torneios: um Grand Prix Gold em Basel, na Suíça (15 a 20.03), e dois Desafios Internacionais, em Varsóvia, na Polônia (21 a 25.03), e em Orleans, na França (31.03 a 03.04). Em abril, a seleção participa de outro Desafio Internacional em Lima, no Peru (13 a 17.04), e do Pan-Americano que será realizado em Campinas – cidade que sedia o Centro de Treinamento da Confederação – de 25 de abril a 1º de maio.
“Nesses torneios, a meta é conseguir o melhor posicionamento possível no ranking, porque isso ajuda no processo de definição das chaves. A partir daí, a meta é ganhar uma partida. Se conseguirmos ganhar uma partida, o objetivo final - e que fecharia com chave de ouro o ciclo - é passar da fase de grupos. Mas sabemos que é muito difícil”, explicou Beto Santini.
Duplas femininas
A Confederação sonha ainda com uma terceira vaga nos Jogos. A chance é na disputa de duplas femininas, com as irmãs Lohaynny e Luana Vicente, reveladas no projeto Miratus da Comunidade da Chacrinha, assim como Ygor Coelho. As irmãs Vicente hoje estão em 36º no ranking mundial de duplas. Classificam-se as 16 primeiras, sendo que um país só pode levar dois times se eles estiverem entre os oito primeiros. Seguindo esse critério, e segundo cálculos da confederação, as brasileiras precisam estar no top 25 no ranking até 1º de maio. Outra possibilidade seria tornar-se a dupla pan-americana mais bem colocada, mas há um forte time dos Estados Unidos no meio do caminho.
“A gente quer no mínimo terminar o ranking em segundo das Américas, porque pode acontecer algo, como uma desistência ou uma repescagem, e a dupla brasileira ser chamada. Estamos investindo nas meninas. Queremos terminar como primeira ou segunda reserva na lista final de classificação para os Jogos. No badminton, isso (de ser chamado) é possível de acontecer”, explicou o diretor técnico da CBBd.
As irmãs Irmãs Lohayny e Luana Vicente durante evento-teste do badminton, realizado em um dos pavilhões do Riocentro. (Foto: Pedro Martins/BWF)
A dupla norte-americana à frente das irmãs Vicente no ranking é Eva Lee e Paula Lynn, exatamente o time que derrotou as brasileiras na final do Pan de Toronto, no ano passado. Mas o resultado da equipe no Canadá é um dos maiores motivos de confiança da seleção. Pela primeira vez, o Brasil alcançou as finais por duplas, tendo ficado também com a prata na disputa de duplas masculina, com Daniel Paiola e Hugo Arthuso. A equipe faturou ainda um bronze nas duplas mistas, com Alex Yuwan e Lohaynny Vicente.
A experiência no Pan foi um aperitivo do que Marco Vasconcelos vai viver na estreia como técnico nos Jogos Olímpicos. Ele participou de três edições de Jogos (Sydney 2000, Atena 2004 e Pequim 2008) como atleta de badminton por Portugal e está animado para comandar o Brasil no Rio 2016.
“No Pan eu vivi um pouco dessa experiência, apesar de que não se compara com o que serão os Jogos. Temos a mesma cultura, meu trabalho foi bem recebido aqui, consegui me adaptar bem ao Brasil e quero chegar às Olimpíadas orgulhoso de ter classificado os atletas pelo ranking. Será uma oportunidade de apresentar mais do badminton para o Brasil, onde a modalidade já é mais comentada devido à evolução que conseguimos no último ciclo. Quero que seja um início com o pé direito nos Jogos. E eu vou estar muito feliz de representar a bandeira do Brasil no Rio 2016”, finalizou.
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De programa social para o esporte de elite: trajetória do canoísta Pepê inspira nova geração de atletas
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Publicado em Quinta, 25 Fevereiro 2016 09:05
Desde a infância, Pedro Henrique Gonçalves, 22 anos, tem uma relação de paixão com o esporte. Praticou capoeira, futebol e outras modalidades que apareciam pela frente. Quando a cidade de Piraju, no interior paulista, recebeu em 2003 o núcleo do programa Segundo Tempo, desenvolvido em parceria com o Ministério do Esporte, Pedro não teve dúvida: pediu para mãe para participar do projeto. Mais de dez anos depois das primeiras remadas, Pedro Henrique se consolidou como um dos principais nomes do Brasil na canoagem slalom e caminha para concretizar o sonho olímpico.
(Foto: Fernando Gallo)
A cidade de Piraju é cortada pelo rio Paranapanema. A proposta do programa Segundo Tempo no município era utilizar as águas do rio como sala de aula. O núcleo oferecia escolinhas de canoagem, vela e remo. Com apenas 11 anos, o jovem escolheu o esporte como a brincadeira preferida.
“Era um projeto muito legal. Você ganhava uniforme, mochila, lanche e, depois das aulas, tinha palestras com dentistas, médicos, bombeiro, policial e até piquenique. O projeto era a sensação na cidade. Todas as crianças queriam fazer parte das aulas”, recorda Pepê, como é conhecido o atleta.
Na ocasião, a seleção olímpica de canoagem realizava a preparação para os Jogos Olímpicos de Atenas 2004 em Piraju. Com condições parecidas com as encontradas em Atenas, o treinamento era o ideal para a equipe nacional e, de quebra, uma grande inspiração para as crianças da cidade.
“Eu via todos atletas da seleção treinando no rio e sentia uma vontade enorme de praticar canoagem também. Na época, a cidade também recebeu alemães, poloneses, austríacos. Era um marco ver todos aqueles atletas treinando para os Jogos olímpicos de Atenas”, lembra.
Assim, despertou em Pepê o desejo de defender o Brasil em competições esportivas. No programa social o atleta praticou primeiro a vela, depois a canoagem velocidade e em 2005 encontrou a canoagem slalom. “Achei sensacional usar a água a favor, usar as corredeiras. Foi paixão à primeira vista. Tinha um grupo muito legal de atletas que treinava com a gente. Todos os dias, fazia chuva ou sol”.
(Foto: Fernando Gallo)
“Acho que quando você é novo e recebe todas as condições para treinar, ainda mais na canoagem slalom que é um esporte caro, o jovem pode ter um futuro incrível. Com o Segundo Tempo eu conheci o esporte e com a Bolsa Atleta eu consigo me dedicar integralmente aos treinamentos e focar a minha carreira no esporte. Tudo o que eu sou tenho que agradecer ao esporte. A prática esportiva transformou e está transformando a minha vida”, ressalta.
O canoísta treinou até 2010 na cidade paulista. Saiu das águas do rio Paranapanema para disputar as primeiras competições nacionais e internacionais, quando se tornou o primeiro atleta júnior brasileiro a ganhar uma prova sênior de nível nacional.
Com o tempo, o esporte deixou de ser uma brincadeira para se transformar em algo sério. Os resultados nas corredeiras chamaram atenção dos dirigentes da confederação e o atleta recebeu um convite para trocar o interior de São Paulo por Foz do Iguaçu (PR), para treinar e se aperfeiçoar no esporte.
“Em 2010 não tinha seleção brasileira em Foz do Iguaçu nem equipe permanente. Não tínhamos a estrutura que temos hoje. Mesmo assim, aceitei o convite na hora, pois sabia da importância de uma base boa em um canal artificial, que é o canal de Itaipu, primeiro canal artificial da América Latina. A minha família não tinha dinheiro, mas convenci a minha mãe que era importante fazer uma boa preparação na base e deixei claro que se não desse certo eu iria voltar”, revelou o canoísta.
Pedro Henrique chegou na rodoviária de Foz do Iguaçu com uma mala na mão, um barco, a cara e a coragem. “Foi o ano mais importante da minha carreira. Aprendi muito, tanto no esporte quanto na vida, pois tinha que economizar dinheiro. Tudo que eu sou hoje tem uma parcela grande por ter ido treinar em Foz do Iguaçu”, recorda
Atualmente, Pepê faz parte da equipe permanente da canoagem slalom e conta com um suporte completo na preparação para representar o país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Contamos com os patrocinadores e com as bolsas. No mundo todo nenhum país conta com a estrutura de treinamento que temos aqui. Hoje contamos com três técnicos internacionais, temos uma equipe técnica muito boa. Os três estão entre os melhores do mundo. A estrutura que temos no Brasil é de dar inveja a qualquer europeu”, conta.
(Foto: Fernando Gallo)
Breno Barros
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