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Atletismo paralímpico planeja entre 11 e 14 ouros no Rio 2016

Marcio Rodrigues/MPIX/CPBMarcio Rodrigues/MPIX/CPB
 
Em se tratando de Jogos Paralímpicos, o Brasil vive uma ascensão contínua no quadro de medalhas nas últimas edições da competição. Até os Jogos de Sydney, em 2000, o país jamais havia se classificado entre os 20 melhores. Depois disso, impulsionados por recursos da Lei Agnelo-Piva, sancionada em 16 de julho de 2001, e beneficiados com outros programas como Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte, e, mais recentemente, Plano Brasil Medalhas e Bolsa Pódio, os esportes paralímpicos se profissionalizaram e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) aperfeiçoou a estrutura.
 
Com isso, o Brasil saltou do 24º lugar geral em Sydney 2000 para o 7º na classificação dos Jogos de Londres 2012. E muito do sucesso se deve a contribuição do atletismo nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. Para 2016, o desempenho da delegação na capital fluminense será determinante para que o país possa alcançar a meta de terminar as Paralimpíadas no top 5. Para turbinar as chances de pódio, o CPB planeja contar com uma delegação recorde.
 
“Até hoje, nossa maior delegação de atletismo foi na edição de Pequim, em 2008, quando competimos com 42 atletas”, afirmou Ciro Winckler, coordenador técnico de atletismo do CPB. “Em Londres 2012, competimos com 35 atletas. Para os Jogos do Rio, planejamos uma delegação com algo entre 50 e 60 atletas. Será a nossa maior delegação da história no atletismo em Paralimpíadas”, disse.
 
Sem vagas garantidas
Assim como no atletismo olímpico, no atletismo paralímpico o Brasil, por ser país-sede, não é beneficiado com vagas. Quem quiser se classificar tem de atingir o índice exigido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) para cada uma das 29 provas (15 no masculino e 14 no feminino) em disputa nos Jogos Paralímpicos. Vale ressaltar que o número de medalhas em jogo vai além das 29 provas, uma vez que uma mesma prova pode distribuir várias medalhas, devido às diferentes classes que separam os atletas de acordo com suas deficiências.
 
Em função da qualidade dos atletas no país, o CPB vai se deparar com uma situação que hoje já é normal para o atletismo paralímpico em grandes competições internacionais. “No nosso caso, só ter o índice não garante que um atleta irá disputar os Jogos. Como cada país tem uma cota máxima, com certeza vamos ter um número muito maior de atletas no Brasil com índice do que a nossa cota de vagas”, ressaltou.
 
Com isso, o CPB levará em conta não apenas o índice, mas o potencial de pódio de cada um antes de decidir quem defenderá o Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio, disputados entre 7 e 18 de setembro. “No Mundial em Doha, no Catar (disputado em outubro), tivemos um número maior de atletas com índice do que tínhamos de vagas. Tivemos que criar um critério que não levava em conta só o índice. O atleta tinha que ter chance real de medalha e para os Jogos Paralímpicos vai ser assim de novo. No Mundial, todos os que foram estavam entre os quatro melhores do mundo”, recordou Ciro Winckler.
 
A data limite para a conquista dos índices é 16 de junho. E, segundo Winckler, o CPB pretende divulgar no dia seguinte o nome de todos os atletas que competirão no atletismo nos Jogos Paralímpicos do Rio.
 
MPIX/CPBMPIX/CPBMetas audaciosas
Para 2016, o CPB planeja dar um novo salto no quadro de medalhas e levar o Brasil ao quinto lugar na classificação geral. E o atletismo terá um papel fundamental para que esse objetivo seja atingido. “Se a gente resgatar historicamente o desempenho do atletismo brasileiro nos Jogos Paralímpicos, vamos ver que ele foi protagonista. Em Atenas 2004, o Brasil ficou na 14ª colocação geral e em 15º na classificação do atletismo. Em 2008, quando o Brasil ficou em 9º lugar em Pequim, o atletismo ficou em 10º. E em Londres 2012, nosso país terminou em sétimo e o atletismo também foi sétimo”, detalhou Winckler.
 
Para ajudar o Brasil a chegar ao top 5, o dirigente já tem em mente quantas medalhas o país precisará faturar no atletismo. “Vamos ter que trabalhar com uma média entre 11 e 14 ouros, sem contar as pratas e bronzes. No total, vamos ter que brigar por algo entre 35 e 40 medalhas”, adiantou.
 
Calendário movimentado
Diferentemente do atletismo olímpico, no qual a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) interfere o mínimo possível no planejamento de treinos e competições dos atletas de elite (que fazem essa programação com treinadores e clubes), no atletismo paralímpico o papel do CPB é mais enfático.
 
“O CPB centraliza as ações para potencializar resultados”, explicou Ciro Winckler. “Primeiro, a gente define o calendário de treinamentos e competições nas quais os atletas vão ter suporte do Comitê Paralímpico, que envia suas equipes multidisciplinares”, continuou. Segundo ele, o planejamento para o primeiro semestre está quase todo fechado.
 
“Na preparação para os Jogos Paralímpicos, vamos trabalhar por áreas. Os fundistas têm as provas específicas e os treinamentos em altitude; os velocistas vão ter os campings de treinamento nos Estados Unidos e competições no Brasil e nos Estados Unidos; e os lançadores vão ter treinos específicos e competições no exterior”, detalhou.
 
Outro ponto importante na preparação será o evento-teste, entre 18 e 21 de maio, organizado pelo CPB. “Vamos ter uns 400 atletas em uma competição de nível internacional”, adiantou Winckler. “Vamos convidar vários estrangeiros e vamos trazer alguns rivais para que nossos atletas possam se preparar da melhor maneira possível. Esse evento-teste será excelente e nos dará um ótimo parâmetro”, encerrou o dirigente.
 
MPIX/CPBMPIX/CPB
 
Retorno do investimento
Dona de seis medalhas em Jogos Paralímpicos, três delas de ouro – nos 200m em Pequim 2008 e nos 100m e 200m em Londres 2012 na classe T11 (para quem tem comprometimento de visão) –, a mineira Terezinha Guilhermina compartilha a confiança de Ciro Winckler e afirma que o atletismo brasileiro fará uma campanha histórica nos Jogos Paralímpicos do Rio.
 
“Eu considero realmente palpável dizer que teremos a melhor participação do Brasil no atletismo”, declarou a velocista. “Hoje, temos mais de 35 atletas entre os três primeiros do mundo e ainda mais uns 20 que estão entre o quarto e quinto lugares e que podem buscar medalhas”, lembrou Terezinha.
 
Para ela, todo o apoio recebido desde os Jogos de Londres 2012 permitiu que o atletismo paralímpico se tornasse ainda mais forte. “Os investimentos do Ministério do Esporte e todo o trabalho que o CPB tem feito nos deu uma base forte. No que depender do atletismo, acredito que temos matéria-prima para conquistar medalhas e ajudar o Brasil a chegar no top 5”.
 
A opinião é a mesma do velocista Yohansson do Nascimento. O alagoano já tem quatro medalhas nos Jogos Paralímpicos no currículo, entre elas um ouro, nos 200m em Londres 2012 na classe T45 (para amputados). Para ele, os pódios conquistados na capital fluminense serão a confirmação de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos ciclos.
 
“Eu tenho 10 anos no esporte. Iniciei em 2005 e vi esse salto acontecendo em todas as modalidades”, disse o corredor. “Em 2008, em Pequim, já foi um sucesso, e em Londres foi do mesmo jeito. Não vai ser diferente em 2016, principalmente porque é aqui em casa. Estamos fazendo uma festa, preparando tudo, e as medalhas vão ser a cereja do bolo. O atletismo hoje tem excelentes representantes que se eu fosse citar ficaria meia hora só falando nomes. Então, é claro que o atletismo tem condições de atingir a meta de medalhas que o CPB traçou para os Jogos de 2016”, finalizou o velocista.
 
O CAMINHO DO ATLETISMO PARALÍMPICO
 
Vagas 
O Brasil não é beneficiado por ser país-sede. Cada atleta tem de conquistar o índice para sua prova exigido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês)
 
Critério de classificação
Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o número de atletas com índices no Brasil será maior do que o número de vagas que o país terá no atletismo. Assim, haverá um critério interno de classificação, que levará em conta a posição no ranking e a chance de medalha. O CPB espera divulgar a lista final para os Jogos no dia 17 de julho.
 
A estrutura da Seleção 
Por enquanto, os atletas treinam em seus clubes, com seus técnicos. Mas, em breve, a Seleção Brasileira terá à disposição o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O local terá capacidade para receber até 282 atletas simultaneamente e estrutura para treinamentos e competições de 15 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.
 
Resultados em Jogos Olímpicos
O Brasil contabiliza 109 medalhas no atletismo em Jogos Paralímpicos, das quais 32 são de ouro, 47 são de prata e 30 são de bronze.
 
Metas para os Jogos 2016
O objetivo é conquistar entre 35 e 40 medalhas no total. Dessas, entre 11 e 14 ouros.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Confederação prevê três pódios movidos pelas braçadas. Atletas são mais otimistas

Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brGabriel Heusi/brasil2016.gov.br
 
Os esportes aquáticos representam uma grande força no cenário esportivo brasileiro. Segundo informações da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), natação, maratona aquática, polo aquático, saltos ornamentais e nado sincronizado contabilizam, juntos, 146 mil federados no país, com presença em todos os estados: 20 mil participam de competições.
 
Existem no Brasil 1.666 agremiações filiadas à CDBA e, nas últimas duas edições olímpicas – Pequim 2008 e Londres 2012 –, a natação respondeu por 12,5% das 32 medalhas conquistadas pelo país. Na China, Cesar Cielo faturou um ouro e um bronze e, na Inglaterra, Thiago Pereira assegurou uma prata e Cielo voltou ao pódio, com um bronze.
 
Agora, na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a CBDA pretende manter a rotina de medalhas na natação e, pela primeira vez, ver um atleta do país subir ao pódio em outra modalidade: a maratona aquática, que estreou na competição em Pequim 2008.
 
A CBDA já tem o planejamento de metas para os Jogos Rio 2016 em cada uma das cinco modalidades. Apenas na natação e na maratona aquática há o objetivo de medalha. As projeções apontam para dois pódios na piscina e um em mar aberto. Além disso, a entidade prevê que dois atletas se classifiquem entre os oito primeiros na maratona aquática e que 21 representantes do país cheguem às finais na natação, com outros nove nas semifinais.
 
“As maratonas e a natação são o carro-chefe”, afirma Ricardo Moura, superintendente executivo da CBDA. O dirigente alerta que será preciso que os atletas estejam prontos para lidar com a pressão e a expectativa de sucesso. “A competitividade tem crescido assustadoramente a cada edição Jogos e é complicado obter medalha. Não podemos queimar etapas. O Brasil vai nadar em casa e a expectativa criada para quem nada em casa é diferente. Ninguém chega a uma medalha (na natação) sem passar pela eliminatória, pela semifinal e pela final. Vai ser preciso lidar com essa pressão a cada etapa”, adianta.
 
Além disso, o horário das finais pode ser outro complicador. “Vamos ter um horário da natação bem diferente. Ninguém nadou nesse horário, das 22h para as finais”, lembra o dirigente. “É preciso que o povo brasileiro tenha noção de que as medalhas não virão facilmente. Estar em uma final já é uma posição muito interessante. O sarrafo que foi colocado pelo COB, que é estar entre os 10 primeiros colocados, não vai ser algo fácil de ser atingido”, conclui.
 
Os esportes aquáticos representam uma grande força no cenário esportivo brasileiro. Segundo informações da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), natação, maratona aquática, polo aquático, saltos ornamentais e nado sincronizado contabilizam, juntos, 146 mil federados no país, com presença em todos os estados: 20 mil participam de competições.
 
Existem no Brasil 1.666 agremiações filiadas à CDBA e, nas últimas duas edições olímpicas – Pequim 2008 e Londres 2012 –, a natação respondeu por 12,5% das 32 medalhas conquistadas pelo país. Na China, Cesar Cielo faturou um ouro e um bronze e, na Inglaterra, Thiago Pereira assegurou uma prata e Cielo voltou ao pódio, com um bronze.
 
Agora, na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a CBDA pretende manter a rotina de medalhas na natação e, pela primeira vez, ver um atleta do país subir ao pódio em outra modalidade: a maratona aquática, que estreou na competição em Pequim 2008.
 
A CBDA já tem o planejamento de metas para os Jogos Rio 2016 em cada uma das cinco modalidades. Apenas na natação e na maratona aquática há o objetivo de medalha. As projeções apontam para dois pódios na piscina e um em mar aberto. Além disso, a entidade prevê que dois atletas se classifiquem entre os oito primeiros na maratona aquática e que 21 representantes do país cheguem às finais na natação, com outros nove nas semifinais.
 
“As maratonas e a natação são o carro-chefe”, afirma Ricardo Moura, superintendente executivo da CBDA. O dirigente alerta que será preciso que os atletas estejam prontos para lidar com a pressão e a expectativa de sucesso. “A competitividade tem crescido assustadoramente a cada edição Jogos e é complicado obter medalha. Não podemos queimar etapas. O Brasil vai nadar em casa e a expectativa criada para quem nada em casa é diferente. Ninguém chega a uma medalha (na natação) sem passar pela eliminatória, pela semifinal e pela final. Vai ser preciso lidar com essa pressão a cada etapa”, adianta.
 
Além disso, o horário das finais pode ser outro complicador. “Vamos ter um horário da natação bem diferente. Ninguém nadou nesse horário, das 22h para as finais”, lembra o dirigente. “É preciso que o povo brasileiro tenha noção de que as medalhas não virão facilmente. Estar em uma final já é uma posição muito interessante. O sarrafo que foi colocado pelo COB, que é estar entre os 10 primeiros colocados, não vai ser algo fácil de ser atingido”, conclui.
 
Satiro Sodré/SSPressSatiro Sodré/SSPress
Nas piscinas
Assim com o ocorre no atletismo, na natação o Brasil não é beneficiado pelo fato de ser o país-sede. Quem quiser disputar os Jogos Olímpicos deve conquistar o índice para cada prova estabelecido pela Federação Internacional de Natação (FINA).
 
Mas só ter o índice não basta. Como cada país só pode enviar dois atletas por prova (no caso das disputas individuais), obter os índices com os melhores tempos torna-se fundamental para os casos em que mais de dois nadadores conquistem a marca exigida pela FINA.
 
O início dessa corrida pela classificação para os Jogos Olímpicos foi dado em dezembro, no Campeonato Brasileiro Sênior e o Torneio Open, disputado em Palhoça (SC). A competição marcou a primeira seletiva da natação brasileira para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
Disputado na piscina da Unisul, o evento terminou com 25 atletas tendo conquistado o índice para defender o Brasil em 17 provas no Rio de Janeiro (veja lista abaixo). Para quem ainda não obteve o índice – como é o caso do campeão olímpico Cesar Cielo – resta mais uma chance de classificação: o Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro, em abril.
 
Por enquanto, em quatro provas – 50m livre masculino, 100m livre masculino, 100m borboleta masculino e 100m peito masculino – mais de dois atletas conquistaram o índice. Assim, a disputa promete ser acirrada.
Além disso, o Brasil disputará as provas do revezamento, para os quais já está confirmado para quatro das seis competições: 4 x 100m livre no masculino e feminino; 4 x 100m medley masculino e 4 x 200m livre feminino. Para essas provas não é preciso ter índice e a escolha dos atletas será feita pela CBDA.
 
Otimismo
Para os Jogos de Londres 2012, o Brasil competiu na natação com 19 atletas (15 homens e 4 mulheres). Agora, a CBDA espera uma delegação recorde para defender o país em casa.
 
Aos 28 anos, o mineiro Nicolas Oliveira sonha com sua terceira participação em Jogos Olímpicos – competiu em Pequim 2008 e em Londres 2012 – e já deu um belo passo rumo a isso na seletiva de Palhoça. Ele conquistou o índice para os 100m e 200m livres e em ambas as provas cravou o melhor tempo.
 
Apesar disso, ele não se sente ainda tranquilo e diz que seguirá treinando forte para a próxima seletiva, pois sabe que só depois do Maria Lenk é que o grupo será fechado. “O objetivo é continuar treinando forte. Pelo fato de serem duas seletivas sabemos que nada está decidido, mas fico feliz de saber que o primeiro passo foi dado”, diz o nadador, que embarcou para os Estados Unidos em 28 de dezembro, onde passará uma temporada aperfeiçoando os treinamentos.
 
“Vou fazer um pouco da minha preparação na Califórnia e devo ficar lá por um mês e meio a dois meses. Depois, volto ao Brasil para retomar a preparação para o Maria Lenk”, detalha. “Devo participar de algum Grand Prix nos Estados Unidos e fazer competições pequenas para ganhar ritmo. O objetivo principal em curto prazo é o Maria Lenk”.
 
Para o nadador, a meta da CBDA de duas medalhas da natação brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio é modesta. Ele confia em uma campanha histórica. “Eu acho que duas medalhas é uma perspectiva mínima. A natação do Brasil deu uma evoluída grande e vejo hoje pelo menos dois revezamentos com chances de medalhas e pelo menos uns quatro ou cinco atletas com chances nas provas individuais. Estou confiante de que vamos fazer a melhor campanha da natação brasileira nos Jogos”, acredita Nicolas.
A opinião é compartilhada pela pernambucana Joanna Maranhão. “Acho que pensar em duas medalhas é um bom começo, mas acredito que a Seleção possa mais. Mas é legal essa ideia de trabalhar com o pé no chão”, avalia.
 
Em Palhoça, a nadadora, de 28 anos, conquistou o índice nos 200m e 400m medley e, com isso, está prestes a disputar a quarta edição de Jogos Olímpicos – esteve em Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012.
 
Joanna foi a única nadadora a conquistar a marca nas duas provas para as quais obteve índice e, por isso, acredita que está em situação confortável. “Minha preparação para o Maria Lenk não vai ser mais naquela obrigatoriedade de estar 100% para conquistar os índices. Já estou me preparando para os Jogos Olímpicos. Pode ser que outra menina venha a fazer os índices para as minhas provas, mas não acredito que isso possa acontecer com marcas abaixo das minhas. Para essas duas provas, acho que com as marcas de Palhoça já garanti vaga. Agora, vou buscar o índice nos 200m borboleta e nos 800m livre e tentar uma vaga no revezamento 4 x 200m livre”.
 
Satiro Sodre/SSPressSatiro Sodre/SSPress
 
Joanna retoma nesta segunda-feira, dia 4, aos treinos. “A periodização é toda com meu técnico, André Ferreira, que trabalha com um grupo de 10 atletas no meu clube, o Pinheiros”, explica Joanna. “Como esse grupo é heterogêneo, o André direciona cada um para suas especialidades. Ainda não tenho confirmação da CBDA sobre as ações que vão ser feitas. Estamos aguardando a programação, mas seja como for pretendo nadar fora do Brasil para ganhar competitividade. Quero fazer de duas a três competições fora até os Jogos Olímpicos, mas vai depender de orçamento da CBDA”, diz a nadadora.
 
Na natação, cada atleta desenvolve seu planejamento de treinos, junto com os técnicos e os clubes. Esses planos são analisados pela equipe técnica da CBDA e depois disso os calendários são fechados. Esse processo de análise está em curso.
 
Atletas com índice para os Jogos Olímpicos Rio 2016
50m livre masculino – Índice: 22s27
» Bruno Fratus – 21s50
» Ítalo Duarte – 22s08
» Marcelo Chierighini – 22s17
» Matheus Santana – 22s17
» Henrique Martins – 22s25
 
50m livre feminino – Índice 25s28
» Etiene Medeiros – 24s71
» Graciele Herrmann – 24s92
 
100m livre masculino – Índice 48s99
» Nicolas Oliveira – 48s41
» Matheus Santana – 48s71
» Marcelo Chierighini – 48s72
» Alan Vitória – 48s96
 
100m livre feminino – Índice 54s43
» Etiene Medeiros – 54s26
 
200m livre masculino - Índice 1min47s97
» Nicolas Oliveira – 1min47s09
» João de Lucca – 1min47s81
 
200m livre feminino – Índice 1min58s96
» Manuella Lyrio – 1min58s43
 
400m livre masculino – Índice 3min50s44
» Luiz Altmir Melo – 3min50s32
 
100m borboleta masculino – Índice 52s36
» Henrique Martins – 52s14
» Marcos Macedo – 52s17
» Nicholas Santos – 52s31
 
200m borboleta masculino – Índice 1min56s97
» Leonardo de Deus – 1min56s14
 
100m costas masculino – Índice 54s36
» Guilherme Guido – 53s09
 
200m costas masculino – Índice 1min58s22
» Leonardo de Deus – 1min57s43
 
100m peito masculino – Índice 1min00s57
» Felipe França – 59s56
» João Gomes Junior – 1min00s00
» Felipe Lima – 1min00s09
» Pedro Cardona – 1min00s14
 
200m peito masculino – Índice 2min11s66
» Thiago Simon – 2min11s29
 
200m medley masculino – Índice 2min00s28
» Henrique Rodrigues – 1min58s26
» Thiago Pereira – 1min58s32
 
200m medley feminino – Índice 2min14s26
» Joanna Maranhão – 2min14s04
 
400m medley feminino – Índice 4min43s46
» Joanna Maranhão – 4min40s78
 
400m medley masculino – Índice 4min16s71
» Brandonn Almeida – 4min14s07
 
O CAMINHO DA NATAÇÃO
 
Vagas 
Na natação, o Brasil não é beneficiado com vagas pelo fato de ser o país-sede. Para competir, os atletas devem conquistar o índice olímpico da prova exigido pela Federação Internacional de Natação (FINA).
 
Torneios classificatórios
Até o fechamento da equipe olímpica, os atletas terão disputados duas seletivas nacionais. A primeira já foi realizada, em dezembro, em Palhoça (SC), e 25 atletas conseguiram índices para 17 provas. A segunda e última seletiva será disputada daqui a quatro meses, no Troféu Maria Lenk, de 15 a 20 de abril
 
A estrutura da Seleção 
Os atletas da Seleção Brasileira treinam em seus clubes ou fora do país, com planejamentos e competições aprovados pela CBDA. Não há um CT específico no país para a equipe nacional.
 
Histórico olímpico
A natação brasileira já conquistou 13 medalhas: um ouro, quatro pratas e oito bronzes.
 
Metas para a Rio 2016
A CBDA tem como objetivo conquistar duas medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio.
 
O CAMINHO DA MARATONA AQUÁTICA
 
Vagas 
A equipe do Brasil para os Jogos Olímpicos já está fechada, com Ana Marcela Cunha, Poliana Okimoto e Allan do Carmo.
 
A estrutura da Seleção
Os atletas da Seleção Brasileira treinam separadamente, com planejamentos de treinos e competições aprovados pela CBDA. Não há um CT específico.
 
Histórico olímpico
O Brasil nunca conquistou uma medalha na modalidade. Em Pequim 2008, Ana Marcela Cunha terminou em quinto e esse é, até hoje, o melhor resultado de um atleta do Brasil na prova.
 
Metas para os Jogos Rio 2016
A CBDA tem como objetivo conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Governo federal paga parcelas da Bolsa Atleta

O Ministério do Esporte liberou nesta quarta-feira (23.12) a folha de pagamento de duas parcelas do Programa Bolsa Atleta para beneficiados das modalidades olímpicas e paralímpicas (categorias Estudantil, Atleta de Base, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico).

São 6.010 atletas que receberão o valor em sua conta na Caixa no dia 30 deste mês, totalizando R$ 13,9 milhões. Dessa forma, entre setembro e dezembro, os bolsistas terão recebido sete parcelas do exercício 2015.

Também foi autorizado pagamento de mais uma parcela da Bolsa Pódio para 183 bolsistas, totalizando R$ 1,9 milhão.

O governo reconhece a importância da Bolsa Atleta para o esporte brasileiro e tem convicção de que os bolsistas continuarão representando o Brasil em alto nível no ano dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro.

Ascom - Ministério do Esporte

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Ricardo Leyser: “Olimpíadas não são ponto de chegada, mas de partida”

A meta é transformar o Brasil em potência esportiva. Mas isso, segundo o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, não significa apenas quantidade de pódios nos Jogos Olímpicos. No seminário “Rio, capital mundial do esporte. Chegou a nossa vez”, realizado no auditório de Furnas, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (15), ele falou sobre a série de investimentos que o país vem realizando desde que o Rio foi eleito sede dos Jogos 2016 e reforçou que o planejamento visa ao longo prazo.



“Estamos aproveitando o momento para construir uma potência esportiva pensando não só em número de medalhas, mas na pluralidade de modalidades, na qualificação das equipes técnicas que estão por trás dos atletas. Também estamos pensando na profissionalização da gestão do esporte. E é preciso criar uma rede de prática do esporte bem estruturada, que vá da base ao alto rendimento”, disse.

Ricardo Leyser citou o investimento de R$ 1 bilhão do Plano Brasil Medalhas, que alcança 29 modalidades olímpicas e 16 paralímpicas. Por meio do plano, foi possível melhorar a infraestrutura, aumentar as equipes multidisciplinares, viajar mais para disputa de campeonatos e incrementar o apoio direto ao atleta com a Bolsa Pódio – categoria da Bolsa Atleta que paga de R$ 5 a R$ 15 mil mensais aos esportistas que estão brigando no topo mundial de suas modalidades. Ao todo, 431 atletas são beneficiados pelo Plano Brasil Medalhas: 252 com a Bolsa Pódio e outros 179 por meio de apoio a esportes coletivos.

Por todo o país, houve mudanças na realidade esportiva. A maior compra de equipamentos de ginástica da história, 50 kits de luta olímpica entregues em 19 estados, reforma e construção de 47 pistas de atletismo e centros de treinamento, e criação de centros nacionais para esportes como canoagem slalom, judô, handebol e saltos ornamentais são alguns exemplos de uma das prioridades do Ministério do Esporte, segundo Leyser: a nacionalização do investimento. Isso sem contar a construção de locais multiesportivos, como o Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP), e o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE).

“É o primeiro passo do que a gente imagina que seja a nova era do esporte brasileiro. Os Jogos não são o ponto de chegada, e sim ponto de partida. E não se restringem ao Rio de Janeiro”, disse o secretário de Alto Rendimento do ME.

A “alma” do planejamento é a criação da Rede Nacional de Treinamento, que vai da prática esportiva na base aos principais centros de Alto Rendimento do país  – os Centros Olímpicos de Treinamento, ou COTs – que serão estruturados nos principais locais de competição dos Jogos Rio 2016: o Parque Olímpico da Barra e o Complexo Esportivo de Deodoro.

“Trabalhamos com quatro conceitos relativos ao legado dos Jogos Rio 2016: que seja amplo, chegando a todas as modalidades; democrático, da base ao alto rendimento; nacional, chegando a todas as unidades da federação; e a longo prazo, que não se esgote no ano que vem”, enfatizou Ricardo Leyser.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil é superado pela Romênia e se despede do Mundial Feminino

O sonho de conquistar mais uma medalha chegou ao fim para o Brasil neste domingo (13). A equipe disputou as oitavas de final do Mundial Feminino de Handebol, na Dinamarca, contra a forte Romênia, que neutralizou o ataque das brasileiras e avançou para as quartas de final, depois de fechar o placar em 25 a 22 (13 a 8 no primeiro tempo).

O jogo começou muito tenso, como já era de se esperar. As romenas abriram o placar, enquanto o Brasil perdeu algumas oportunidades de contra-ataque. Por conta do jogo muito marcado, a arbitragem deu várias cobranças de sete metros. A Romênia encaixou duas bolas e o Brasil uma. A partida seguiu muito dura. As brasileiras estavam muito marcadas e, com isso, tiveram bastante dificuldade em colocar a bola no gol. A Romênia seguiu muito forte e fechou o primeiro tempo com cinco gols de vantagem.

Melhor no segundo tempo, com maior aproveitamento no ataque da armadora Edurda Amorim e da central Ana Paula, o Brasil conseguiu diminuir a diferença para apenas dois gols, mas a Romênia voltou a crescer e se aproveitou os erros brasileiros para abrir cinco novamente, além de contra com a grande atuação da goleira Paula Ungureanu. As brasileiras não desistiram, reagiram novamente e voltaram a encostar, porém, as romenas lutaram até o fim, foram ampliando novamente o placar, articuladas principalmente pelas jogadas da armadora esquerda Cristina Neagu e conseguiram fechar a partida três gols à frente.

A decepção das brasileiras foi muito grande ao final da partida, pois o desejo de colocar o País novamente no pódio era enorme desde o início da competição. "Foi um jogo muito intenso. O primeiro tempo fez diferença. Tentamos mudar um pouco, mas não foi suficiente. Nós perdemos sete metros no primeiro tempo e seis ou sete chutes no segundo tempo, isso não pode acontecer em um jogo de oitavas de final e agora pagamos por isso", disse o técnico Morten Soubak.

Morten afirma que algumas coisas que não se encaixaram no jogo do Brasil hoje, fariam a diferença. "A marcação da Romênia estava muito forte. Tínhamos que brigar muito para chegar a arremessar a bola e na hora que chegávamos não conseguíamos fazer gol. Nos chutes livres contra a goleira temos que ter um aproveitamento melhor do que tivemos hoje", apontou. "O que dói mais é que ao perder um jogo nas oitavas de final você está fora. O nível das equipes é muito equilibrado. Está doendo muito porque as expectativas dentro da equipe eram muito grandes. Sabemos que somos capazes de chegar longe porque já mostramos, sofremos, brigamos, treinamos e fizemos todo o possível para chegar lá. Elas fizeram um grande trabalho para chegar aqui e estarem prontas e nós vamos continuar com o nosso trabalho para 2016", concluiu o treinador.

Além dos erros no ataque, a armadora Eduarda Amorim apontou também algumas falhas na defesa, mas diz que tudo serviu de lição. "Tínhamos que estar mais preparadas. Era pra ganharmos esse jogo. Infelizmente no primeiro tempo esquecemos a nossa defesa que é sempre o nosso forte. É uma lição, um aprendizado. É triste porque era o nosso sonho passar pra frente. Gostaria de agradecer a torcida de todo mundo. Sei que todos estavam sonhando junto com a gente. Prometemos melhorar para buscar uma medalha nos Jogos Olímpicos", analisou

O técnico da Romênia Tomas Ryde elogiou a defesa da equipe vencedora. "Tivemos um bom começo. Sabíamos que o Brasil nunca desiste. Tivemos uma boa estrutura de jogo. A defesa fez a diferença. Paula fez definitivamente o melhor jogo dela no campeonato", disse referindo-se à goleira Paula Ungureanu.

Gols do Brasil - Ana Paula (5), Duda (4), Alexandra (3), Dara (2), Daniela (2), Fernanda (2), Francielle (2), Célia (1) e Bárbara (1). Gols da Romênia - Bradeanu (7), Neagu (6), Nichita (5), Arden Elisei (3), Buceschi (3) e Geiger (1).

 

Fonte: CBHb
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Com gol do meio da quadra no último lance, Brasil vence França e avança em primeiro

Dara decidiu o jogo no último lance antes do apito final. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto)Dara decidiu o jogo no último lance antes do apito final. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto)

Em um jogo com final eletrizante, a Seleção Brasileira feminina de handebol venceu a França por 21 x 20 nesta sexta-feira (11.12) e garantiu o primeiro lugar no Grupo C do Mundial da Dinamarca. A vitória na cidade de Kolding veio nos últimos segundos. A França jogava pelo empate para terminar a fase de grupos na liderança da chave. E as francesas conseguiram empatar a partida em 20 x 20 quando faltavam 10 segundos para o fim do jogo. Mas em uma jogada incrível, a brasileira Dara acertou um arremesso do meio da quadra. A bola entrou no gol francês com quatro segundos para o fim do jogo e acabou decretando a vitória brasileira.

Com o resultado, o Brasil segue invicto no Mundial. Depois de estrear com empate diante da Coreia, a equipe bateu Congo, Argentina, Alemanha e França. As meninas brasileiras são as atuais campeãs mundiais. O primeiro lugar do Grupo C definiu as adversárias do Brasil nas oitavas de final do torneio: serão as romenas, que ficaram em quarto lugar no Grupo D. A partida válida pela próxima fase será disputada na segunda-feira (14.12), mas o horário do jogo ainda será definido.

Foto: Wander Roberto/InovafotoFoto: Wander Roberto/Inovafoto

O jogo

O Brasil entrou um pouco desligado em quadra e viu a França abrir o placar, mas a seleção brasileira logo empatou com Alê e depois passou a frente. Rapidamente, as brasileiras conseguiram abrir uma vantagem de 5 x 2, mas as francesas endureceram e acabaram empatando. A partir daí, o jogo ficou bastante acirrado, com a França buscando o empate a cada vez que o Brasil passava a frente no placar. No final do primeiro tempo, no entanto, as brasileiras conseguiram abrir uma vantagem de dois gols e o placar do período acabou em 11 x 9 para a seleção verde e amarela.

O segundo tempo começou como o primeiro, com um gol das francesas. A partida seguiu equilibrada, com o Brasil se mantendo à frente, mas tendo as francesas sempre próximas no placar. Aos 13 minutos da segunda etapa, a França conseguiu passar à frente. As brasileiras, no entanto, mantiveram a concentração e o jogo continuou emocionante.

Foto: Wander Roberto/InovafotoFoto: Wander Roberto/Inovafoto

Quando faltava menos de um minuto para o final da partida, o Brasil teve um tiro de sete metros marcado a favor. Célia Costa entrou em quadra, converteu a cobrança e colocou as brasileiras à frente: 20 x 19. A França usou a estratégia de goleira-linha e conseguiu empatar em 20 x 20 nos últimos segundos. Quando a partida parecia definida, a goleira Bárbara repôs a bola com rapidez e Dara, no meio da quadra, aproveitou que a goleira francesa estava fora do gol para mandar a bola nas redes. Vitória brasileira, muita festa em quadra e nas arquibancadas, enquanto as francesas continuavam desnorteadas, sem acreditar no que havia acontecido.

“Qualquer uma que arremessasse a última bola iria fazer porque acreditamos até o último segundo. É mérito de toda a equipe por ter acreditado que poderia ganhar”, disse Dara, que se tornou a heroína da partida ao marcar o gol da vitória. Para ela, a maturidade da Seleção Brasileira é um trunfo para buscar o bicampeonato. “Agora nós sabemos o que precisamos fazer para chegar lá e vamos atrás disso”, disse em entrevista ao canal SporTV.

Fonte: brasil2016.gov.br

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Quadra central do Centro Olímpico de Tênis é entregue

A quadra central do Centro Olímpico de Tênis foi entregue na noite desta quinta-feira (10.12). Com investimentos de R$ 175,5 milhões do governo federal, a instalação esportiva é a primeira a ser inaugurada no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com capacidade para dez mil pessoas, a quadra central, que leva o nome da ex-tenista brasileira Maria Esther Bueno, vencedora de 19 Grand Slams, já está sendo testada.

O Centro Olímpico de Tênis recebe o Brasil Masters Cup 2015, evento-teste da modalidade para os Jogos Rio 2016, de quinta até sábado (12.12). Serão 74 tenistas brasileiros, sendo oito cadeirantes. Além da quadra central, outras nove secundárias receberão partidas.

Foto: Prefeitura do RioFoto: Prefeitura do Rio

A tenista Teliana Pereira, 46ª no ranking da WTA, que participará do evento-teste, relatou as primeiras impressões que teve do local. "A quadra principal está muito bonita. Está bem parecida com Wimbledon", disse.

No Brasil Masters Cup 2015, o Comitê Organizador dos Jogos e a prefeitura do Rio de Janeiro testarão a área de competição, o sistema de resultados, a atuação dos voluntários e o chamado "caminho do espectador", entre a estação Rio 2 do BRT Transcarioca e o Parque Olímpico. O trecho percorrido a pé terá orientação de agentes de trânsito e da Guarda Municipal. O evento será assistido por convidados e operários das obras do Parque Olímpico.

Bruno Soares, 22º do mundo no ranking da ATP de duplas, está ansioso para testar a quadra nesta sexta-feira (11.12), no desafio de duplas, do qual também participarão João "Feijão" Souza, André Sá e Marcelo Demoliner. "Foi minha primeira visita aqui, só conheci a quadra central e ela é fantástica. É impressionante, muito bonita, enorme, já dá um arrepio de pensar nela cheia", afirmou Soares.

A instalação sediará as competições de tênis olímpico e paralímpico, além do futebol de 5 nos Jogos Rio 2016. O complexo ocupa uma área de nove hectares e contará com 16 quadras, todas com piso rápido na cor verde.

Foto: Carol Delmazo/ Brasil2016.gov.brFoto: Carol Delmazo/ Brasil2016.gov.br

Legado

Após os Jogos, a proposta é que o Centro Olímpico de Tênis seja transformado em um centro de treinamento para tenistas profissionais e também possa ser usado por jovens de escolinhas e projetos sociais. Permanecerão nove das dezesseis quadras: a principal se manterá com 10 mil lugares, a segunda maior, para cinco mil pessoas, será desativada e a terceira maior, com três mil lugares, permanecerá após os Jogos sem as arquibancadas. Sete das outras treze quadras, com 250 lugares cada, também ficarão no complexo para disputa de partidas. As outras servirão de treinamento e aquecimento.

"É um grande momento ter esse legado dos Jogos. A Confederação (Brasileira de Tênis) tem essa vontade de ter o Centro de Treinamento aqui e também de trazer o tênis pra cá e tornar isso aqui a casa do tênis. Quando se tem um local como esse, seu leque se expande muito, tudo passa a ser mais fácil quando se tem uma casa como essa", disse Bruno Soares.

Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brFoto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

O Centro Olímpico de Tênis compõe o Parque Olímpico da Barra, que está recebendo R$ 724,8 milhões de investimentos do Ministério do Esporte. Do total dos recursos, R$ 352,7 milhões são destinados para a construção e manutenção de instalações esportivas permanentes, como o próprio complexo de tênis, o Velódromo Olímpico e as Arenas Cariocas 1, 2 e 3 (nestas, os recursos são destinados à climatização). Outros R$ 372,1 estão sendo investidos em instalações que serão desmontadas e reutilizadas em outros locais, como a Arena do Futuro, que terá sua estrutura desmontada para a construção de quatro escolas públicas após os Jogos Rio 2016, e o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos.

As instalações permanentes na Barra integrarão, junto com o Parque Olímpico de Deodoro, o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT), que ocupará o topo da Rede Nacional de Treinamento, que está sendo estruturada pelo Ministério do Esporte em todo o país, formando um legado para a excelência do esporte brasileiro.

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br

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Brasil vence Argentina no Mundial feminino de handebol e garante vaga nas oitavas

A seleção brasileira feminina de handebol venceu a Argentina nesta quinta-feira (10.12) e garantiu a classificação para as oitavas de final do Mundial Feminino de Handebol, disputado na cidade de Kolding, na Dinamarca. As brasileiras levaram a melhor e fecharam o placar em 23 a 19 (11 a 8 no primeiro tempo).

A missão do Brasil na primeira fase, no entanto, ainda não acabou. Nesta sexta-feira (11.12), a atual seleção campeã mundial enfrenta a França para decidir quem fica em primeiro lugar no Grupo C. Assim como o Brasil, as francesas ainda não perderam, têm três vitórias e um empate, o que deixa a disputa ainda mais acirrada. O confronto está marcado para as 15h15 (de Brasília).

Foto: Wander Roberto/ InovafotoFoto: Wander Roberto/ Inovafoto

O início da partida contra as argentinas não fluiu muito bem para nenhum dos lados. Para furar a defesa adversária, o Brasil teve que trabalhar bastante as jogadas e acabou encontrando mais espaço pela direita com Deonise, que fez quatro dos 11 gols brasileiros no primeiro tempo. O técnico do time brasileiro, Morten Soubak, fez várias trocas tentando achar o melhor caminho. No final da primeira parte, a Argentina abriu mais a defesa e o Brasil conseguiu aumentar a diferença.

O jogo seguiu 'truncado' na etapa seguinte. As defesas fechadas e bastante agressivas impediram que os gols entrassem. No entanto, o Brasil mostrou superioridade e conseguiu fechar com a vantagem, garantindo a classificação para as oitavas de final.

"Estamos felizes por vencer o jogo e por estarmos qualificados para a próxima fase. Isso era o mais importante hoje", garantiu o técnico Morten Soubak. "Foi um jogo muito duro. A Argentina fez um bom trabalho. Foi uma partida interessante e já sabíamos que seria difícil. Isso mostra que as argentinas estão evoluindo", disse o treinador.

oto: Wander Roberto/Inovafotooto: Wander Roberto/Inovafoto

A armadora Deonise Fachinelo teve uma grande atuação e, depois de fazer sete gols, foi eleita também a melhor em quadra. Para ela, apesar de o Brasil ter cometido falhas, o mais importante era garantir a classificação. "Foi um jogo importante. Em alguns momentos não estávamos concentradas, mas demos um grande passo porque nosso principal objetivo era vencer e estar bem classificado no grupo", comentou.

Mesmo com a derrota, o técnico argentino Eduardo Peruchena elogiou a evolução do time. "Felicito ao Brasil pelo jogo e por seguir brigando para liderar o grupo. O Brasil é um guia para nós no continente e é um orgulho fazer bons jogos com elas", analisou.

oto: Wander Roberto/Inovafotooto: Wander Roberto/Inovafoto

Jogo físico

Sem muito tempo para pensar, as brasileiras já precisam se preparar para enfrentar as francesas. Segundo Morten, será um confronto completamente diferente. "Espero que seja uma partida empolgante. Sabemos que será um jogo físico. Esta será a terceira vez que encontramos a França em quatro Mundiais. São duas equipes que fisicamente estão bem e sabemos que será um jogo duro. Tivemos um amistoso contra elas recentemente que foi bastante disputado. São estilos diferentes. Tenho certeza que podemos esperar algo muito difícil", finalizou o treinador brasileiro.

Nas oitavas de final, o Brasil irá cruzar com um dos adversários do Grupo D, que só irá conhecer ao final da rodada desta sexta-feira, dependendo da posição em que terminar.

Fonte: Confederação Brasileira de Handebol

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Luis Carlos Cardoso e Silvania Costa são eleitos os melhores paralímpicos do ano

Quando escutaram seus nomes, na noite desta quarta-feira (09.12), Luis Carlos Cardoso e Silvania Costa vibraram bastante. O canoísta e a saltadora foram eleitos pelo público como os melhores atletas do ano e receberam o troféu durante a cerimônia do Prêmio Paralímpicos 2015, no Rio de Janeiro.

“Não esperava todo esse mérito, isso mostra que trabalhei muito em 2015. Agradeço ao Time São Paulo, junto com o Ministério do Esporte, porque sem apoio e sem recurso o atleta não chega a lugar nenhum. Convido a todos a estarem no Rio 2016”, disse Silvania, campeã mundial de salto em distância em Doha, no Catar, e ouro no Parapan de Toronto, no Canadá.

“Que ano de 2015! Comecei com a incerteza de saber como seria o final, já que troquei de categoria. Passou pela minha cabeça que seria o fim do sonho de uma medalha paralímpica. Só tenho a agradecer a todos. No ano que vem, vou fazer o melhor para trazer a medalha”, disse Luis Carlos Cardoso, que trocou a canoa – fora do programa Paralímpico em 2016 – pelo caiaque no início do ano. Ele foi campeão mundial nos 200m KL1 e VL1 em Milão, na Itália.

Os melhores esportistas de cada uma das 22 modalidades também foram premiados na cerimônia. Entre eles, a mesatenista Cátia Oliveira, que foi pega de surpresa com a notícia. “Eu fiquei um minuto sem falar, porque não acreditei. Foi uma notícia maravilhosa, fechei 2015 com chave de ouro”, disse a atleta, ouro no individual e prata na dupla no Parapan de Toronto, além de ter conquistado importantes resultados no Circuito Mundial.

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, 2015 foi o melhor ano pré-paralímpico da história. “Foi espetacular. A cereja do bolo foram os Jogos Parapan-Americanos, com 257 medalhas. Só não fomos ao pódio em uma das 15 modalidades. Fora das competições, lançamos uma série de programas novos e tivemos o aumento da arrecadação das loterias com uma nova lei aprovada, a Lei Brasileira de Inclusão”, disse, em referência à lei 13.146/15, que aumentou de 0,3% para 1% a parte que cabe ao CPB.

Andrew Parsons (à esq.) e ministro do Esporte entregam premiações. (Fotos: Ivo Lima/ ME)Andrew Parsons (à esq.) e ministro do Esporte entregam premiações. (Fotos: Ivo Lima/ ME)

O ministro do Esporte, George Hilton, que entregou o prêmio de melhor atleta para Silvania Costa, exaltou a importância da parceria da pasta com o CPB, entre outros órgãos, para o desenvolvimento do paradesporto no Brasil. Ele destacou ainda a construção do Centro Paralímpico Brasileiro, que será entregue no primeiro semestre do ano que vem, e demonstrou confiança no desempenho do país nos Jogos.

“O Brasil adota uma política um pouco diferenciada de outros países, que tratam o paradesporto como esporte de inclusão social. Aqui o paradesporto é considerado alto rendimento. Os mesmos investimentos que a gente faz nos atletas olímpicos, a gente faz também nos paralímpicos. Isso está dando a eles todas as condições de brilhar aqui no Rio de Janeiro”, disse George Hilton.

Luis Carlos (E) e Silvania: os melhores atletas paralímpicos do Brasil em 2015. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)Luis Carlos (E) e Silvania: os melhores atletas paralímpicos do Brasil em 2015. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)

Outras premiações

Também foram premiados os melhores técnicos de esporte individual e coletivo: Fabio Dias, treinador do atletismo, e Dailton Freitas, comandante da equipe feminina de goalball foram os escolhidos. Quem levou o prêmio de atleta revelação foi Daniel Tavares, ouro nos 400m no Mundial de Atletismo de Doha, no Catar, na classe T20.

O Troféu Aldo Miccolis, que homenageia pessoas que dedicaram sua vida ao esporte paralímpico, foi entregue a David Farias, ex-jogador de futebol de 5 e ex-presidente da extinta Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC).

Campanha

Durante o Prêmio Paralímpicos 2015, também foi lançada a campanha oficial de 2016, denominada “Na mesma batida do coração paralímpico”.

“Nos Jogos Rio 2016, serão cerca de 250 atletas, junto com 200 milhões de torcedores, na mesma batida”, disse Andrew Parsons, relembrando que a venda direta de ingressos para as Paralimpíadas está aberta pelo site rio2016.com/ingressos.

» Confira a lista dos melhores por modalidade:

Do Rio de Janeiro, Carol Delmazo e Vagner Vargas, brasil2016.gov.br

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Sai lista do Bolsa Atleta com 1.001 esportistas de modalidades não olímpicas nem paralímpicas

(Hector Retamal/Getty Images)(Hector Retamal/Getty Images)
 
Com dez anos de existência, o programa Bolsa Atleta vem ajudando muitos esportistas a seguirem em suas carreiras. Mesmo a menos de um ano dos Jogos Rio 2016, o ministro do Esporte, George Hilton, assinou portaria publicada no Diário Oficial que contempla 1.001 atletas de modalidades que não integram os programas olímpico e paralímpico.
 
Destes, 602 foram habilitados na categoria Atleta Internacional e 399 foram contemplados na categoria Nacional. Dentre os contemplados estão Douglas Santos Brose, do caratê, Gustavo Casado de Melo e Marcel Sturmer, ambos da patinação artística. Nos Jogos Pan-Americanos disputados em Toronto, no Canadá, Sturmer garantiu com sobras sua quarta medalha dourada seguida na competição, um recorde para atletas do país.
 
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