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Caratê brasileiro estreia com dois ouros e um bronze em Toronto

 
 
 
O caratê do Brasil iniciou a disputa nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015 nesta quinta-feira (23.07) com três lutadores em ação. E, logo no primeiro dia, conquistou três medalhas: duas de ouro e uma de bronze. A primeira medalha dourada foi de Douglas Brose, da categoria até 60kg, que venceu na final o venezuelano Jovanni Martinez.
 
"Era a medalha que faltava para a minha coleção. Já fui campeão dos Jogos Sul-americanos, Mundiais e agora dos Jogos Pan-Americanos. Foi uma luta muito boa. Antes, quando eu fazia 1 a 0, queria que o tempo corresse para ganhar. Hoje, administro melhor isso e mantenho o foco o tempo todo, para até ampliar", contou Douglas, que derrotou o adversário pelo placar de 4 x 0.
 
O segundo ouro do dia foi de Valéria Kumizaki, da categoria até 55kg. Ao contrário do combate de Douglas, a vitória foi decidida nos detalhes. A luta terminou empatada em 1 x 1, com a brasileira e a rival canadense, Kate Campbell, desferindo golpes simultâneos a segundos do fim. A decisão ficou para os juízes, que determinaram a vitória de Valéria, que deixou a luta aos prantos.
 
(Sergio Dutti/Exemplus/COB)(Sergio Dutti/Exemplus/COB)
 
"Treinei muito para estar aqui e conseguir esse ouro, estou muito emocionada. E também gostaria de dedicar a vitória ao meu treinador, que faleceu no ano passado", declarou Valéria, muito emocionada.
 
A primeira a disputar uma semifinal foi Aline Souza, da categoria até 50kg. Ela enfrentou Ana Villanueva, da República Dominicana, e vencia praticamente todo o combate, quando a rival desferiu o golpe e virou o placar a seu favor para 2 x 1. Bronze para Aline.
 
 
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil perde para o Canadá nos pênaltis e vai disputar o bronze no hóquei sobre grama

 
Quem imaginava que o Canadá repetiria o passeio da fase preliminar do torneio masculino de hóquei sobre grama dos Jogos Pan-Americanos, quando bateu o Brasil por 9 x 1, estava enganado. Depois da heroica classificação nas quartas de final, quando eliminou os Estados Unidos nos pênaltis e garantiu vaga inédita para as Olimpíadas, a seleção brasileira voltou a surpreender nesta quinta-feira (23.07). Com grande atuação defensiva e alguns milagres do goleiro Rodrigo Faustino, o Brasil segurou o empate em 0 x 0 até o fim do tempo normal e acabou derrotado apenas nos pênaltis. No próximo sábado (25.07), a equipe disputa o bronze, contra o Chile.
 
Técnico do Brasil desde 2011, Cláudio Rocha disse não estar surpreso com o desempenho de seus comandados. "Ano passado a gente começou a ter a certeza de que poderíamos chegar bem perto dessas nações com mais tradição. Hoje a gente mostrou que está nas Olimpíadas por merecimento, não por favor. A gente tinha uma meta (chegar, pelo menos em sexto), foi além da meta, e hoje fizemos um jogo de altíssimo nível", destacou.
 
Foto: Yan Huckendubler/panamhockey.orgFoto: Yan Huckendubler/panamhockey.org
 
Para Cláudio, a possibilidade de ser a única modalidade brasileira não representada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro pode ter pesado um pouco sobre a equipe. "Com certeza a pressão pesou um pouco. Até o jogo contra os Estados Unidos a gente não tinha jogado bem. Nossa equipe é, provavelmente, a que tem menos experiência em campeonatos dessa amplitude, então acho que os meninos sentiram um pouco. Agora, contra o Chile a história é outra, não temos nada a perder", lembrou.
 
Entre os jogadores, o sentimento que mais se destacava após a partida era o de orgulho pela atuação. O capitão da seleção, André Luiz Patrocínio, valorizou a campanha. "Nossa história no Pan é curta e a gente tem que melhorar visando às Olimpíadas, mas neste Pan já estamos fazendo história. Esse placar já é histórico também, conseguimos empatar com uma das melhores seleções do mundo. Estamos de parabéns, vamos levantar a cabeça e buscar o bronze".
 
Para o meio-campista Paulo Batista, o desempenho brasileiro na competição merece destaque. "Faltam palavras, porque eu estou meio emocionado ainda, mas hoje a gente mostrou no campo que aqui é Brasil, aqui é raça, aqui é amor. Independentemente do que acontecesse, a gente sairia daqui como vencedores", disse.
 
Dos 16 jogadores que integram a seleção brasileira convocada para o Pan, 11 recebem o benefício da Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Um dos grandes destaques da partida contra os Estados Unidos, quando defendeu dois pênaltis, o goleiro Rodrigo Faustino explicou como o apoio do governo federal contribuiu diretamente para a evolução da modalidade no país.
 
"O grande diferencial foi que o governo investiu na gente, acreditou na gente. Estamos conseguindo dar retorno. Ficamos quatro meses treinando na Europa. O campeonato brasileiro, que antes tinha apenas uma etapa por ano, agora tem quatro. A gente tem que recuperar anos dos adversários à nossa frente. É difícil, mas estamos demonstrando que nós podemos conseguir", afirmou.
 
A surpreendente campanha brasileira na competição começou com derrota de goelada para os donos da casa: Canadá 9 x 1 Brasil. No jogo seguinte, no entanto, a seleção se recuperou e venceu o México por 1 x 0, com direito a um belo gol de cobertura do atacante Lucas Paixão. A derrota para o Chile por 3 x 1, na partida posterior, não impediu a classificação da equipe para as quartas de final. Nessa fase, em jogo muito disputado, o Brasil bateu os Estados Unidos nos pênaltis, após empatar por 1 x 1 no tempo regulamentar, garantiu vaga na semifinal e nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
 
Foto: Yan Huckendubler/panamhockey.orgFoto: Yan Huckendubler/panamhockey.org
 
O jogo
O primeiro quarto foi bastante equilibrado. Apostando nos contra-ataques em velocidade, principalmente pelo lado esquerdo, o Brasil chegou a assustar os donos da casa em duas finalizações. O Canadá tinha mais posse de bola, mas não conseguiu furar o bloqueio da linha defensiva brasileira. Ao fim desta etapa, o placar permaneceu inalterado.
 
A seleção não voltou para o segundo quarto com a mesa intensidade ofensiva. Mais presente no ataque, e sempre com mais posse de bola, o Canadá, no entanto, não criou chances claras de finalização. Mais uma vez, nenhuma das duas equipes mexeu no placar.
 
A segunda metade da partida seguiu o mesmo roteiro: na frente o Brasil apostava na velocidade de Lucas Paixão e nas jogadas individuais de Matheus Borges, na defesa contava com dois gigantes para parar os canadenses, o goleiro Rodrigo Faustino e o beque Stephane Smith.
 
O Canadá tentou de todas as formas, principalmente explorando as laterais do campo, mas não conseguiu furar o bloquei brasileiro até o fim do tempo regulamentar. Nos pênaltis, todos os cinco batedores canadenses converteram suas cobranças. Pelo Brasil, Yuri Van der Heijden, Patrick Van der Heijden e Stephane Smith marcaram e Luis Felipe Reus acabou tendo a cobrança defendida.
 

Pedro Ramos, de Toronto (Canadá)

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Em virada espetacular, Brasil bate Porto Rico e está na final do vôlei feminino

 
Quando o Brasil chegou a Toronto para a disputa do Pan-Americano, o técnico José Roberto Guimarães havia traçado duas metas: conquistar o quinto ouro da história na competição e utilizar a estrutura e o formato do evento para testar novidades que serão aplicadas em 2016, durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ele está bem perto de alcançar os dois objetivos. Isso porque, em uma virada espetacular, o time venceu Porto Rico por 3 sets a 2, com parciais de 18/25, 24/26, 25/22, 25/19 e 15/11, nesta quinta-feira (23.07), na quadra montada no Centro de Exibições, e garantiu a vaga na final.
 
Foto: CBVFoto: CBV
 
O Brasil encara na decisão os Estados Unidos, que venceram a República Dominicana por 3 sets a 1 na outra semifinal. A disputa pelo ouro acontece no sábado (25.07), às 21h30 (de Brasília).
 
“Sabíamos que não seria fácil. Começamos mal a partida, mas tivemos força para buscar o empate. A Ana Tiemi entrou bem no tie break, fez a diferença no saque e conseguimos a virada. Agora é descansar e chegar com tudo para essa disputa pela medalha de ouro”, comemorou a ponteira Fernanda Garay, que fez 28 pontos, maior marca do jogo.
 
Foto: CBVFoto: CBV
 
Outro destaque foi a jovem Rosamaria. A camisa 1 do Brasil saiu do banco de reservas no segundo set para ajudar na reação da equipe. “Fico feliz por ter ajudado. As meninas me deram muita força e consegui virar as bolas. Espero que na final eu também esteja inspirada”, comentou a catarinense.
 
O técnico Zé Roberto comemorou a classificação, mas se mostrou preocupado com a oscilação do time no jogo. “Deixamos Porto Rico acreditar que podia vencer a partida. Isso é perigoso. Crescemos na reta final, fomos felizes em alguns fundamentos, como os saques e os bloqueios, e conseguimos buscar a virada. Resultado muito importante”, analisou o treinador.
 
Foto: CBVFoto: CBVNo vôlei feminino, o Brasil conta com oito medalhas na história dos Jogos Pan-Americanos: quatro de ouro, duas de prata e duas de bronze.
 
O jogo
Desconcentradas, as jogadoras do Brasil erraram muito e perderam o primeiro set. Foram apenas 10 pontos em ataques, quatro em bloqueios, um no saque e três em erros das adversárias. Assim, as porto-riquenhas fecharam sem muita dificuldade: 25/18.
 
O segundo set também foi de Porto Rico. Mesmo com boa atuação de Rosamaria e com a seleção brasileira equilibrando as ações, a equipe errou no fim e acabou derrotada por 26/24.
 
Depois de uma bronca de Zé Roberto e impulsionado pela torcida verde e amarela que lotou as arquibancadas do ginásio, o Brasil venceu o terceiro e o quarto sets. Lideradas pela experiente Fê Garay e pela promissora Rosamaria, a equipe mostrou poder de reação e fez 25/22 e 25/19.
 
No tie break, o Brasil chegou a estar perdendo por 6 x 2, mas, com uma sequência incrível da levantadora Ana Tiemi no saque, o time somou seis pontos seguidos, virou o placar e carimbou o passaporte para final pan-americana ao cravar 15/11.
 
A campanha
Brasil 3 x 2 Porto Rico 
Brasil 3 x 1 Peru 
Brasil 3 x 2 EUA
Brasil 3 x 2 Porto Rico 
 

Carlos Eduardo Cândido, de Toronto (Canadá)

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Em prova de alto nível, Fabiana Murer iguala melhor marca do ano e é prata no Pan

 
Mesmo repetindo a melhor marca do ano com 4m80, a brasileira Fabiana Murer ficou com a medalha de prata no salto com vara nos Jogos Pan-Americanos. A cubana Yarisley Silva conquistou o bicampeonato e superou o seu próprio recorde de 2011, passando de 4m75 para 4m85. O terceiro lugar ficou com a campeã olímpica Jennifer Suhr, que saltou 4m60.
 
“Foi uma prova muito forte. Saio contente com a competição, porque foi bonita, com as atletas saltando alto, com o nível técnico muito bom. Em 2011, saí contente com a medalha e aqui também volto com a mesma sensação, acreditando que é possível fazer marcas mais altas do que venho fazendo na temporada”, disse Murer.
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
Medalhista de ouro no Pan do Rio 2007 e prata em Guadalajara 2011, Murer, que recebe o benefício do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, revelou que ficou surpresa quando soube que a campeã olímpica tinha confirmado a presença no Pan. “Acho que é bom a presença de grandes nomes na competição. Faz crescer o nível técnico e a busca por melhores marcas. Além de ser uma motivação para as próximas competições, como o Mundial em Pequim e a Olimpíada”, analisou.
 
O primeiro salto de Fabiana Murer foi de 4m50. A norte-americana Surh tentou a mesma marca e não conseguiu de primeira. A segunda tentativa da brasileira foi de 4m60. Na marca de 4m70, ficaram somente a brasileira e a cubana na briga pelo ouro, reeditando a final do último Pan.
 
Pressionada por Silva, que já tinha saltado 4,75 m, Fabiana resolveu arriscar sua última tentativa nos 4,80 m e se deu bem, igualando sua melhor marca pessoal na temporada. Entretanto, na tentativa seguinte, Yarisley Silva igualou o salto e depois ainda superou os 4,85 m, assegurando o título e o recorde pan-americano.
 
Fotos: Danilo Borges/ MEFotos: Danilo Borges/ ME
 
Outro brasileiro no pódio do atletismo nesta quinta-feira (23.07) foi o Ronald Julião. Ele conquistou a medalha de prata no lançamento de disco ao arremessar 64m65. “A prova foi incrivelmente emocionante e acreditei até o último lançamento. Eu queria ganhar a prova, mas fiquei feliz. Foi uma prata com gosto de ouro”, disse.
 
A medalha de ouro foi para o Fedrick Dacres, da Jamaica, com 64m80, e o bronze para o norte-americano Russ Winger, com 64m64. Depois da marca, Ronald ainda realizou o desejo de dar a volta olímpica com a bandeira do Brasil. “Eu deixei escapar a oportunidade no Pan de 2011 quando fui bronze e fiquei pensando em fazer assim que eu estivesse no pódio novamente”, vibrou.
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
O atleta considerou o pódio uma superação, após sofrer uma lesão nas costas em 2014. “Demorei muito a voltar a competir entre os melhores. Fiz um ano fraco e perdi colocações no ranking mundial, mas no final eu acreditei”, ressaltou.
 
A outra medalha do dia no atletismo brasileiro veio com Luiz Alberto de Araújo, que teve uma grande recuperação final e garantiu o bronze no decatlo. Com a somatória de 8179 pontos, o atleta não só alcançou o pódio, mas atingiu os índices necessários para se classificar para o Mundial da China, em agosto (o índice necessário de 8075 pontos), e para os Jogos Olímpicos Rio 2016 (o índice necessário de 8100 pontos).
 
"Essa competição mostrou que estamos no caminho certo. Agora é focar no que preciso melhorar, e continuar batalhando, sempre. A prova aqui foi muito difícil, por causa do vento e do frio. Os atletas que estavam aqui eram muito fortes, e isso só valoriza ainda mais a minha conquista. Estou muito feliz, mas já focado em melhorar meu desempenho para os desafios que terei pela frente", disse Luiz Alberto.
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 

Breno Barros, de Toronto (Canadá), com informações do Comitê Olímpico do Brasil (COB)

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Brasil perde de virada para o Uruguai e vai disputar o bronze no futebol masculino

 
A última vez em que o futebol brasileiro conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos foi em 1987, em Indianápolis, nos Estados Unidos. De lá para cá, não só a equipe não subiu ao lugar mais alto do pódio como só faturou uma medalha: prata em Santo Domingo 2003. Nesta quinta-feira (23.07), a seleção teve a oportunidade de chegar à final novamente, mas acabou perdendo para o Uruguai e vai disputar o bronze no Pan de Toronto. A "Celeste" jogou com um a menos dos 10 minutos do primeiro tempo aos 37 do segundo, saiu atrás no placar, mas conseguiu a virada por 2 x 1, depois dos 40 da etapa complementar.
 
O adversário do Brasil pela medalha sairá do confronto entre México e Panamá, que disputam a outra semifinal do futebol masculino no Canadá. As duas equipes jogam ainda nesta quinta, a partir das 21h35 (de Brasília). A partida que vale o bronze será realizada no sábado (25.07), às 14h05.
 
Foto: Rafael Ribeiro/ CBFFoto: Rafael Ribeiro/ CBF
 
O jogo
Em um típico Brasil e Uruguai, o jogo começou nervoso e violento. Tanto que logo aos 10 minutos o zagueiro uruguaio Paolo Lemos foi expulso do campo por agredir o volante Bruno Paulista. Mesmo com um a mais em campo, a seleção brasileira não conseguiu se impor. O time manteve a posse de bola, mas não ofereceu perigo nenhum ao goleiro De Amores durante os primeiros 45 minutos de partida.
 
Na volta do intervalo, a equipe apostou mais nas jogadas pelas pontas do campo, mas continuava sem criar boas chances de balançar as redes. Aos 19 minutos da segunda etapa, o atacante Erik entrou na partida. Onze minutos depois, ele recebeu bom passe dentro da área, limpou o goleiro e sofreu o pênalti. De Amores defendeu a cobrança de Clayton, mas a bola voltou nos pés do atacante, que enfim abriu o placar.
 
Mas o Brasil não soube aproveitar a vantagem no marcador e no número de jogadores em campo. O lance que mudou a partida a favor dos uruguaios foi aos 37 minutos, quando Dodô agrediu um jogador adversário e foi expulso. O Uruguai não precisou nem de cinco minutos para aproveitar. Aos 40, Schettino aproveitou desvio após escanteio para empatar. Aos 41, Santos recebeu livre pela direita, entrou na área e bateu na saída do goleiro Andrey para desempatar.
 
No desespero, o Brasil ainda teve uma excelente oportunidade para empatar aos 43 minutos. Tinga encontrou Erik pela direita da área, o atacante driblou o zagueiro do Uruguai e bateu rasteiro na saída do goleiro. A bola bateu na trave e voltou nos pés da defesa, que afastou o perigo.
 
Foto: Rafael Ribeiro/ CBFFoto: Rafael Ribeiro/ CBF
 

Fonte: brasil2016.gov.br

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No handebol, seleção masculina supera o Chile e se classifica para a decisão

 
A exemplo do ocorrido com a seleção brasileira feminina de handebol – que na quarta-feira (22.07) se classificou para a final e medirá forças com a Argentina pelo ouro – a equipe masculina também está na decisão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Nesta quinta-feira (23.07), o Brasil derrotou o Chile na semifinal, por 34 x 24 e, com isso, carimbou vaga para tentar o terceiro título da competição.
 
No Canadá, o time masculino do Brasil tenta retomar a supremacia no continente, já que, depois de ter vencido nas edições do Pan de 2003, em Santo Domingo, e 2007, no Rio de Janeiro, perdeu o posto de campeão para a Argentina em Guadalajara 2011.
 
Em sua trajetória, o Brasil passou pelo Canadá, na estreia, por 34 x 17; superou o Uruguai no segundo confronto (38 x 18) e, no fechamento da fase classificatória, derrotou a República Dominicana (48 x 18). Como apenas oito equipes disputaram o Pan em Toronto, o passo seguinte foi a semifinal. Na decisão, o Brasil pode, mais uma vez, enfrentar a Argentina e reeditar a decisão dos últimos três Jogos Pan-Americanos (2003, 2007 e 2011). Na noite desta quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), os argentinos enfrentam o Uruguai na segunda semifinal.
 
O primeiro tempo terminou com vantagem do Brasil: 19 x 12. Na segunda etapa, a seleção manteve o ritmo forte e fechou o placar com dez gols de vantagem. Satisfeitos com o desempenho contra os chilenos, os jogadores já falaram sobre a decisão contra os argentinos, pois há um consenso de que a zebra não passeará na partida de hoje à noite.
 
(Danilo Borges/ME)(Danilo Borges/ME)
 
“Caso a Argentina vença, essa vai ser a minha terceira final de Pan contra eles e eu espero sair vitorioso. Ganhei em 2007, perdi em 2011 e espero que nesse terceiro episódio eu possa sair com a medalha de ouro e que a nossa equipe seja muito feliz”, declarou o capitão Zeba.
 
O técnico Jordi Ribera, no comando da seleção há três anos e que, portanto, não estava na final do Pan de 2011, quando a Argentina derrotou o Brasil por 26 x 23, não acredita que o Uruguai possa tirar os argentinos da rota de colisão com a seleção brasileira. “Acho que não. Em princípio chegamos onde queríamos chegar e, agora, em uma final entre Argentina e Brasil esperamos fazer um bom jogo. Podemos ganhar”, declarou.
 
Para ele, o entrosamento dos argentinos torna os rivais ainda mais perigosos. “É um time que está há muito tempo jogando junto e isso ajuda para que eles sejam uma equipe muito compenetrada. Ganhar esse jogo passa por jogar melhor do que fizemos hoje e mais concentrados. Não podemos perder muitas bolas, porque sabemos que a Argentina sai muito bem no contra-ataque. Precisamos defender melhor e, em geral, será uma partida bem diferente do jogo de hoje. Todo mundo já tem que pensar no próximo jogo para não faltar concentração”, encerrou o treinador.
 
(Danilo Borges/ME)(Danilo Borges/ME)
 
Pensando em revanche
Ainda com as lembranças da final de 2011 frescas, Chiuffa confessa ainda não ter digerido totalmente a derrota para os argentinos no Pan de Guadalajara. “Eles ainda não jogaram, mas acho muito difícil o Uruguai surpreender a Argentina. Até agora a gente estava tentando não pensar muito neles, porque tínhamos o jogo contra o Chile, que sabíamos que seria um pouco acirrado, um pouco complicado. Mas agora estamos na final e com o pensamento totalmente na Argentina”, declarou.
 
“A gente sabe que não vai ser um jogo fácil e eles também sabem disso. Brasil e Argentina, como sempre, tem rivalidade e a gente vai entrar com tudo e focado o máximo possível para fazer um bom jogo e sair daqui com a medalha de ouro. A gente quer esse Brasil e Argentina na final até para descontar a final de Guadalajara. A gente fala que não, mas o sentimento ainda está lá. Nós olhamos em casa a medalha (de 2011) e dizemos: ‘Caramba, a gente podia ter ganho isso daí...’. Mas a gente vai reverter esse negócio aqui nesse Pan de Toronto”, finalizou Chiuffa. A final masculina do handebol será no sábado (25.07), às 21h (de Brasília).
 

Luiz Roberto Magalhães, brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)

Ascom - Ministério do Esporte

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“Quando comecei a receber a Bolsa Atleta, parei de tomar conta de carro”, diz Davi Albino

 
Ex-menino de rua que diz ter encontrado no esporte um caminho e na Bolsa Atleta um aliado indispensável, Davi Albino subiu ao pódio dos Jogos Pan-Americanos para receber o bronze na categoria 98kg da luta greco-romana. O feito simboliza um dos muitos momentos de superação na carreira do atleta, que viu a mãe perder a casa para o tráfico quando era criança e passou parte da infância vigiando carros.
 
“Para mim a Bolsa Atleta foi uma ferramenta fundamental. Quando passei a receber, não tinha nada, e foi quando parei de tomar conta de carro. Porque aí pensava: ‘Já tenho R$ 750 todo mês’. Eu recebia o dinheiro da condução para o centro olímpico e a bolsa. E pensava: ‘Se me esforçar e ganhar uma medalha lá fora, posso passar a ganhar R$ 1.850 de bolsa’. Fui passando de fase em fase”, afirmou Albino, que hoje recebe a Bolsa Pódio do governo federal.
 
O lutador recebeu a reportagem do Ministério do Esporte na Vila Pan-Americana para uma entrevista exclusiva, em que detalhou os vários momentos marcantes de seus 29 anos, desde um episódio inusitado quando foi atropelado por uma bicicleta até a simbologia da prática esportiva em sua trajetória. “Para mim, o esporte é a maior inclusão social que tem”.
 
 
Em crescimento no Brasil, tanto que o país conquistou, com Aline Silva, o título de vice-campeão mundial em 2014 e agora chegou ao ouro e ao bronze no Pan, com Joice Silva e Davi Albino, respectivamente, as lutas associadas têm recebido grande investimento do governo federal.
 
A modalidade conta atualmente com 213 contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio, fruto de um investimento anual de R$ 2,75 milhões. Entre 2010 e 2014, sete convênios com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) repassaram R$ 14 milhões para serem aplicados na preparação dos atletas e, em 2014, mais R$ 1,8 milhão foram aplicados no esporte, via Lei Agnelo/Piva.
 
Davi Albino, que credita muito de seu sucesso ao apoio que recebeu no início da carreira com o Bolsa Atleta, agradeceu a todos que o ajudaram na carreira, logo após o bronze. “Por vários anos eu fui me mantendo somente com a Bolsa Atleta, que antigamente era R$ 750. Isso ajuda muitos atletas a não desistir".
 
O mesmo ocorre com Joice Silva. Indagada, após a vitória, sobre a importância do apoio do governo federal, a campeã pan-americana foi direta. “Para mim a importância é total. Hoje treino pelo Bolsa Pódio, que é do governo, e a Marinha do Brasil. Eu não tenho clube no Rio de Janeiro. Então, essas são as minhas fontes de renda e pagam as minhas viagens, e também a Caixa Econômica, através da Confederação. Eu não tenho patrocinador direto e se não fosse isso não daria para a gente estar lutando de igual para igual com potências”.
 

Luiz Roberto Magalhães, brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)

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Raphaella Galacho garante o bronze no taekwondo

(COB)(COB)
Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COBFoto: Jonne Roriz/Exemplus/COB
 

Foi uma luta acirrada, tensa, mas deu Brasil. Raphaella Galacho, da categoria até 67kg, travou uma luta estudada contra a canadense Nathalie Iliesco, teve contra um ginásio lotado torcendo pela dona da casa, mas venceu pelo apertado placar de 1 x 0. Com isso, a atleta de 25 anos conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Toronto, a segunda da modalidade, que encerra a sua participação na competição – a primeira foi de Iris Sing, na categoria até 49kg.
 
"Queria dedicar essa medalha a todos os que estavam aqui me apoiando, tem muita gente por trás desta conquista, médico, técnicos, fisioterapeuta, outros atletas. Nós sofremos muito, ficamos muito tempo fora de casa, treinando, competindo, e a conquista é nossa recompensa. Sei que minha mãe deve ter chorado, meu pai também, e é reconfortante saber que, independentemente da conquista da medalha ou não, quando eu voltar para o Brasil terei o carinho deles", disse Raphaella, visivelmente emocionada.
 
Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COBFoto: Jonne Roriz/Exemplus/COB
 
Nesta quarta-feira (22.07), se deu o último dia de competições do taekwondo. Outro brasileiro que esteve em ação, Guilherme Cezario, da categoria até 80kg, foi eliminado nas quartas de final.
 
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Joedison Texeira perde para cubano na semifinal e leva primeiro bronze do Brasil no boxe

 
 
No segundo dia de lutas valendo medalhas no boxe, o Brasil subiu ao pódio pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. A conquista veio na categoria até 64 kg, com Joedison Teixeira. O brasileiro disputou a semifinal nesta quarta-feira (22.07), mas acabou derrotado pelo cubano Yasnier Toledo por decisão unânime dos árbitros: 3 x 0. Com a derrota, Joedison levou o bronze para o país.
 
Para chegar à semifinal, Joedison passou na primeira rodada pelo mexicano Raul Curriel. A luta, realizada na terça-feira (21.07), foi vencida pelo brasileiro também por decisão unânime. A vitória o classificou para encarar o canhoto cubano Toledo por uma vaga na final.
 
No duelo, o pugilista de Cuba levou a melhor. Dois dos três juízes viram a superioridade de Toledo nos três rounds, enquanto um deles viu o brasileiro levar a melhor em um. Ainda assim, 3 x 0 para o cubano, que vai disputar a medalha de ouro.
 
O boxe brasileiro volta a disputar uma medalha nesta quinta-feira (23.07). Na categoria super pesado, até 91 kg, Rafael Lima luta a semifinal contra o venezuelano Edgar Muñoz Mata. Quem vencer avança para a final, enquanto o perdedor fica com o bronze. Rafael será o último brasileiro a subir no ringue no Pan.
 
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Flávia Lima chega em terceiro nos 800m e garante o bronze para o Brasil

 
 
O Brasil conquistou uma medalha nesta quarta-feira (22.07), segundo dia de disputa das provas de pista do atletismo nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Nos 800m, Flávia Lima cruzou a linha de chegada com o tempo de 2min00s40 e, com isso, assegurou seu lugar no pódio, com o bronze. O ouro foi para a canadense Melissa Bishop (1min59s62) e a prata foi para a norte-americana Alysia Montano (1min59s76).
 
Com os resultados, o atletismo brasileiro no Canadá soma sete medalhas. Além de Flávia, o Brasil ganhou o ouro nos 5.000m, com Juliana Santos; as pratas na maratona, com Adriana Aparecida da Silva; no salto triplo, com Keila Costa; e 20km da marcha, com Érica Sena. O país conquistou, ainda, os bronzes nos 20km da marcha, com Caio Bonfim; e no arremesso de dardo, com Juciele de Lima.
 
“Eu briguei bastante, consegui melhorar minha marca (que era de 2min01s41), e agora vou voltar para o Brasil e treinar para agosto (Mundial de Pequim)”, declarou Flávia. “Meu objetivo para um prazo muito curto é quebrar o recorde brasileiro”, avisou, referindo-se à marca de Luciana de Paula Mendes (1min58s27).
 
Foto: Getty Images.Foto: Getty Images.
 
Na primeira final do dia, ainda pela manhã, o Brasil não subiu ao pódio no salto em altura feminino, prova vencida pela atleta de Santa Lúcia Levern Spencer, que cravou 1,94m. A melhor brasileira, Ana Paula de Oliveira, terminou na 11ª posição (1,80m), enquanto Mônica de Freitas foi a 14ª (1,75m).
 
As provas da noite, realizadas sob o forte sol do verão canadense, reservaram sete finais, das quais apenas cinco tinham brasileiros na luta por medalhas. Na primeira disputa, o salto em distância masculino, Higor Alves não foi bem. Depois de saltar 7m60 na primeira tentativa, ele queimou os dois saltos seguintes e não se classificou para a rodada final que reuniu oito dos 12 concorrentes. A vitória ficou com o americano Jeffery Henderson, com um salto de 8,54m.
 
Nas duas provas mais esperadas do atletismo, os 100m masculino e os 100m feminino, o Brasil não esteve representado na decisão entre homens, já que Vitor Hugo dos Santos e José Carlos Moreira não se classificaram para brigar por medalhas. A vitória ficou com o canadense Andre de Grasse (10s05), seguido por  Ramon Gittens, de Barbados (10s07) e Antoine Adams, de São Cristóvão e Neves.
 
(Getty Images)(Getty Images)
 
No feminino, Ana Claudia Silva e Rosângela Santos foram bem nas semifinais e garantiram lugar entre as oito melhores. E Rosângela ficou perto do pódio. Ela terminou a prova com o tempo de 11s04, repetindo sua melhor marca da carreira e cruzou em quarto lugar, atrás da jamaicana Sherone Simpson (10s95), ouro; da equatoriana Angela Tenório (10s99), prata; e da norte-americana Barbara Pierre (11s01). Ana Claudia Silva, com o tempo de 11s15, terminou em sétimo.
 
“Estou decepcionada comigo. Eu sabia que tinha condições de fazer abaixo do meu melhor, estava pronta para isso, mas não fiz. O erro é meu, as meninas correram mais, e agora vou treinar para tentar ajudar o revezamento (4 x 100m) a ganhar uma medalha”, afirmou Rosângela, entre lágrimas.
 
“Tentei correr abaixo dos 11 segundos e infelizmente eu não consegui”, disse Ana Cláudia Silva. “Mas a temporada ainda não acabou. Ainda tem o Mundial e vou continuar treinando e trabalhando duro. Um fato legal de ressaltar é que a menina do Equador (AngelaTenorio) bateu o meu recorde sul-americano (10s99), correu com vento válido, e isso é bom para o esporte. Ganhar e perder faz parte. Hoje eu não saí vitoriosa, mas tenho que continuar trabalhando. As coisas acontecem quando a gente trabalha e vai chegar a minha vez”, continuou.
 
No arremesso de peso feminino, Geisa Arcanjo foi a nona. Entre os homens, no arremesso de martelo, Wagner Domingo foi o quarto (73m74) e Allan Wolski terminou em quinto (72m72). O ouro ficou com o norte-americano Kibwe Johnson (75m46). A prata foi para o cubano Roberto Janet (74m78). O bronze foi para o norte-americano ConnorMcCullough (73m74).
 
Fabiana Murer
A quinta-feira promete um confronto de altíssimo nível no salto com vara feminino, em que o Brasil estará representado pela bicampeã da Diamond League (2010 e 2014) Fabiana Murer. Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio 2007 e prata em Guadalajara 2011, a brasileira terá como principais rivais a norte-americana Jennifer Suhr, ouro nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e prata nos Jogos de Pequim 2008 e vice-campeã mundial em 2013; e a cubana Yarisley Silva, prata em Londres 2012, bronze no Mundial de 2013 e no Pan do Rio 2007, e ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011. “Vai ser muito difícil. Vai ser uma prova do nível de um Mundial”, resumiu Fabiana Murer, que demonstrou confiança. “Estou bem. Fiz bons treinos e estou fazendo uma boa temporada”, ressaltou.
 
Carlos Eduardo Cândido e Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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