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Bolsista leva ouro nos 80km de ciclismo no Parapan

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O Brasil estreou no ciclismo de estrada nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto neste sábado (08.08), no Canadá, com uma medalha de ouro para Lauro Chaman, na bicicleta convencional (classe C5), em prova de resistência de 80km. Com a marca de 1h58min, Lauro chegou dois minutos à frente do colombiano Diego Bueñas. O dominicano Rodny Minier terminou em terceiro, sete minutos atrás do brasileiro.

“Foi uma corrida muito difícil e deu tudo certo hoje. É um sonho realizado. Eu venho me preparando muito o ano inteiro pensando nessa prova. Eu dei o meu máximo pensando no título e deu certo”, contou Lauro, vice-campeão Mundial de Estrada e terceiro lugar no contrarrelógio no Mundial do Canadá, em 2010. “Eu programei para atacar na subida e no final da corrida. Foi uma estratégia que usei. Saí na fuga no começo e arranquei no final”, explicou o ciclista que recebe o benefício do programa Bolsa Pódio.

(Foto: Francisco Medeiros/ME)(Foto: Francisco Medeiros/ME)O ministro do Esporte, George Hilton, assistiu à vitória de Lauro Chaman e comentou o título do brasileiro. “Todos nós estamos vibrando, foi uma grande vitória. Valeu a pena estarmos aqui torcendo para o Lauro. Esta é mais uma medalha de ouro de muitas que virão no decorrer do Parapan”, disse Hilton. “O Lauro demonstrou que a parceria entre o CPB e o Ministério do Esporte, mais os convênios e os recursos da Lei Agnelo/Piva, têm sido importantes para a evolução dos nossos atletas paralímpicos”, avaliou.

Todos os atletas participantes do ciclismo são bolsistas do governo federal. Além de Chamam, Soelito e Jady são beneficiados pela Bolsa Pódio, enquanto Luciano e Márcia são assegurados pela Bolsa-Atleta.

Carreira
Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás e passou por cirurgia para corrigir o problema. O procedimento o fez perder a movimentação do tornozelo e, como consequência, teve atrofia na panturrilha. “A gente sonha com este momento e quando acontece ficamos sem palavras. Só tenho a agradecer à minha mãe, à minha vó, à minha esposa, à minha equipe e a todos os brasileiros que estão na torcida”, comemorou.

O ciclista iniciou a carreira nas provas de mountain bike contra atletas sem deficiência. Aos 19 anos, o bolsista passou por classificação funcional e começou a competir entre os atletas paralímpicos de estrada e pista. “A gente se prepara correndo com o pessoal olímpico e procura usar essas provas tanto para ajudar a equipe quanto para se preparar para as corridas paralímpicas”, explicou.

Outras provas
Também na manhã deste sábado, Márcia Fanhani e a Mariane Ferreira terminaram em sétimo lugar na prova de tandem – bicicleta dupla onde o piloto, na frente, guia o atleta, deficiente visual, sentado atrás. No masculino, Luciano da Rosa e o piloto Edson Rezende terminaram na quarta posição. Jady Malavazzy fechou a prova mista de handbike (bicicletas adaptadas para cadeirantes e movidas com as mãos) em quarto lugar.

“Os investimentos do governo federal são muito importantes e nos ajudam a buscar a nossa meta no Parapan. A atenção e o apoio dados fazem com que trabalhemos ainda mais para ganhar medalhas”, disse Fanhani.

O feito de Lauro neste sábado é reflexo do ciclo de preparação dos atletas brasileiros para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. “Temos outros atletas muito fortes, mas estamos no caminho certo, treinando e trabalhando o máximo para chegarmos em 2016 com chances reais”, comentou Lauro Chaman.

O atleta ressaltou a importância do apoio para a modalidade na preparação para 2016. “Com a bolsa eu consigo me preparar melhor. Tenho técnico, bom material, nutricionista, fisiologista, suplementação e investimento. Graças ao Ministério, ao Comitê Paralímpico (CPB), à Confederação de Ciclimo e à equipe Memorial Santos eu tenho toda a estrutra que preciso para treinar. Agora depende mais de mim. É cada vez treinar mais para estar entre os melhores”, concluiu.

Foto: Marcelo Regua/MPIX/CPBFoto: Marcelo Regua/MPIX/CPB


Entenda o paraciclismo de estrada
O paraciclismo de estrada começou com apenas deficientes visuais competindo na categoria tandem. Hoje, o esporte também inclui atletas com deficiência física, paralisia cerebral e amputados.

Os tipos de bicicletas são as convencionais, os triciclos, as tandems e as handcycles. Nas provas de resistência, os ciclistas iniciam a corrida em massa e o primeiro a cruzar a linha de chegada ganha. Já nas provas contrarrelógio, os atletas inicial individualmente com um minuto de intervalo. O mais rápido, na contagem do relógio, ganha.

Leonardo Dalla - brasil2016.gov.br
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Ouro no halterofilismo é a primeira medalha do Brasil no Parapan de Toronto

O Hino Nacional do Brasil foi ouvido pela primeira vez nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto na manhã deste sábado (08.08). Maria Rizonaide da Silva conquistou a medalha de ouro no halterofilismo após levantar 73kg e superar cinco adversárias, incluindo a atual dona do recorde parapan-americano (87kg), a mexicana Rosaura Rodriguez, que ergueu 65kg e terminou com a terceira colocação. A prata ficou com a colombiana Nohemi Carabali (67kg).

Estreante no evento continental, Rizonaide superou a perda do pai, há 20 dias, para garantir o primeiro ouro do país em Toronto. “Essa medalha representa o Brasil, meu pai, meus amigos e todas os brasileiros que estão aqui”, disse, emocionada, após a conquista, admitindo que não chegou tranquila para a disputa. “Eu estava nervosa. Ontem nem consegui dormir, tive pesadelo, mas hoje dei o meu sangue, tudo de mim”, contou.

(Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)(Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

A atleta, que tem acondroplasia (nanismo), sobrou na competição, liderando a prova desde a primeira tentativa, quando ergueu 71kg. A adversária com a marca mais próxima foi a mexicana Rosaura Rodriguez (65kg). Na segunda rodada, a brasileira tentou os 73kg, mas sem sucesso. Ainda assim, continuou à frente. Rizonaide confirmou a vitória na terceira etapa ao erguer os mesmos 73kg. Agora, a meta da brasileira é subir a sua marca para 80kg.

Outra medalha brasileira no halterofilismo foi conquistada por Luciano Bezerra Dantas, o Montanha, na prova que reuniu as categorias até 49kg e 54kg. Depois de levantar 138kg na primeira rodada, o brasileiro não conseguiu avançar nas tentativas de 141kg e 146kg, terminando com a medalha de bronze. O ouro ficou com o chileno Jorge Cardenas (148kg) e a prata, com o cubano Cesar Guerra (140kg).

(Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)(Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)“Treinei o dobro para chegar onde cheguei. É uma honra, um orgulho e um peso muito grande representar a nossa nação”, comemorou Luciano, também estreante na competição. Outro brasileiro na disputa, Gustavo Tavares tentou três vezes levantar 120kg, mas sem sucesso.

Entre os 15 convocados do halterofilismo que disputam os Jogos Parapan-Americanos, 11 são contemplados com a Bolsa-Atleta e Márcia Menezes é beneficiada pela Bolsa Pódio.

Melhor campanha em Parapans
O objetivo da equipe é superar a campanha do Rio de Janeiro-2007, quando o país conquistou cinco medalhas, sendo uma de ouro, duas de prata e duas de bronze. "A expectativa é muito boa para superar essa marca, até porque em abril a gente teve o Campeonato Regional das Américas, na Cidade do México, e lá nós ficamos em primeiro lugar no quadro de medalhas. A gente torce para repetir o feito aqui", comentou o coordenador da modalidade, do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Felipe Dias.

A maior expectativa em Toronto fica por conta de Márcia Menezes (-79kg), bronze no Mundial de Dubai no ano passado, que compete na próxima segunda-feira (10). "De um medalhista mundial a gente sempre espera mais, mas temos outras forças que surgiram. Temos atletas que melhoraram bastante suas marcas", acrescentou Dias.

Márcia, que esteve na plateia durante todas as competições deste sábado, vibrando pelos colegas de equipe, prefere não contar com a vitória, mas garante ir em busca de medalha. “Desde o começo do ano, estou em uma preparação bem intensa. A minha perspectiva em qualquer competição deste ano é pódio e, graças a Deus, ainda não perdi nenhuma missão”, avisou. “A nossa equipe deste Parapan está bem forte, com várias chances de medalha. No feminino, não conseguimos nenhuma em Guadalajara, então vamos brigar para ter pódios aqui. Já conseguimos o primeiro com a Rizonaide”, celebrou.

A melhor marca de Márcia foi atingida durante o Mundial de Dubai, quando levantou 116kg. Para ela, o segredo é encarar a barra de pesos como o pior dos rivais a ser derrotado. “Eu transfiro toda a minha garra e a minha raiva para a barra. Ali ela é a minha única adversária. Então eu falo para ela: 'você não vai me vencer'. Quando sento no banco, só vejo a barra e só ouço o meu técnico e o árbitro central. O resto eu tento neutralizar. Graças a Deus estou com um nível de concentração bem grande”, analisou.

(Fotos: Daniel Zappe/MPIX/CPB)(Fotos: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

Beneficiada com a Bolsa Pódio, do governo federal, a brasileira mudou-se de Londrina (PR) para Itu (SP) e hoje dedica-se exclusivamente ao esporte, treinando com o técnico Valdecir Lopes em busca de uma vaga para os Jogos Paralímpicos de 2016, quando o Brasil poderá conquistar a sua primeira medalha da modalidade no evento.

Halterofilismo paralímpico
A modalidade reúne diferentes tipos de deficiência em uma mesma disputa. O halterofilismo é o único esporte do programa em que os atletas são categorizados pelo peso corporal. Podem competir atletas com nanismo (anões), amputação, deficiência em membros inferiores, lesão na medula espinhal ou paralisia cerebral.

Deitados em um banco, eles precisam realizar o movimento do supino: primeiro, devem segurar a barra, com os braços esticados. Então, precisam flexionar os braços e descer a barra até a altura do peito, antes de erguê-la novamente para a posição inicial. Há três chances para executar o movimento, sendo validado o maior dos pesos.


Ana Cláudia Felizola - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Após a abertura, Parapan tem início neste sábado já com disputas de medalhas

 
A quinta edição dos Jogos Parapan-Americanos teve sua abertura na noite desta sexta-feira (07.08), em Toronto, no estádio da Universidade de York. O maior megaevento paralímpico da história do continente reúne 1.608 atletas, que representam 28 países em 15 modalidades. O grande charme da competição é que todos os esportes em disputa reservam vagas para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
"Nos próximos 14 meses, as Américas vão receber dois monumentais eventos paralímpicos. Toronto 2015 e Rio 2016 vão redefinir como as pessoas no continente pensam sobre elas mesmas e como pensam a respeito das outras", afirmou o presidente do Comitê Paralímpico das Américas, Jose Luis Campo.
 
Foto: CPBFoto: CPB
 
Assim como nos Jogos Pan-Americanos, a cerimônia buscou unir um pouco das tradições canadenses com a modernidade do país que é uma referência econômica e esportiva. Em torno disso, o primeiro movimento, com danças típicas e roupas de época, buscou traduzir a cultura e o espírito das quatro primeiras nações que fundaram o estado de Ontário, onde fica Toronto. O conceito era mostrar alguns dos princípios que norteiam a consolidação do país e mostrar o compromisso das novas gerações com a manutenção das raízes nacionais.
 
Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ MEEm seguida, veio a entrada das delegações, em ordem alfabética dos países representados e com o Canadá, anfitrião da festa, por último. O Brasil teve como porta-bandeira Terezinha Guilhermina, super campeã no atletismo. Ela puxou a delegação de 272 atletas e 19 apoiadores (atletas-guias, calheiros e pilotos), a maior do evento, na pista onde vai competir durante o Parapan. “É uma emoção indescritível. Um sonho que se tornou realidade”. O Brasil tem como meta manter a hegemonia continental, conquistadas nas duas últimas edições do evento: em Guadalajara, em 2011, e no Rio de Janeiro, em 2007.
 
A tocha que simboliza o início dos Jogos foi acesa pela canadense Chantal Petitclerc, do atletismo, maior medalhista da história do país. A cerimônia terminou com um show do artista Francesco Yates, seguido de uma queima de fogos de artifício.
 
"A energia que esses atletas transmitem é o grande presente recebido por todos os que assistiram ao espetáculo de abertura do Parapan. Agora, é torcer para que o Brasil se mantenha no topo do pódio", afirmou o ministro do Esporte, George Hilton.
 
Orgulho nas arquibancadas
A plateia que acompanhou a abertura foi formada, na maioria, por apaixonados pelo esporte e por familiares dos atletas. Caso do casal argentino Marta Laura Escalada e Javier Basiloff, pais do nadador Iñaki Basiloff. Com 14 anos, ele é o caçula da delegação do país. “É a primeira vez que ele participa de um evento tão grande. Para nós é incrível, um orgulho enorme. Jamais imaginamos”, disse a mãe, que ainda não encontrou o filho. “Ele vai competir amanhã, mas conseguimos uma permissão para visita-lo na Vila dos Atletas”.
 
Alguns não precisaram se deslocar tanto para participar da cerimônia, como a mexicana Christine Minubielle, que vive em Toronto há 8 meses. “Percebo as pessoas contentes. Como há muitos latinos aqui, brasileiros, colombianos, venezuelanos, mexicanos, estamos desfrutando muito”, contou a operadora de sistemas, que se diz amante dos esportes. “Admiro o esforço deles para poder se sobressair e alcançar os resultados”.
 
Avó do capitão do time de vôlei sentado do Canadá, Marilyn Hinchey, de 76 anos, afirma que sua empolgação pelo neto, Austin Hinchey, merece até uma viagem ao Rio. “Vou ver todos os jogos do time. Se eles ganharem, vou ao Rio ano que vem. Lá quero conhecer as pessoas e ver as paisagens”, disse.
 
Foto: Gabriel Fialho/ MEFoto: Gabriel Fialho/ ME
 
Disputa de medalhas
O primeiro dia de provas será neste sábado (08.08), e com atletas brasileiros disputando medalhas em quatro modalidades: natação, halterofilismo, ciclismo e bocha.
 
Na piscina do Parapan Am Aquatics Center, 18 nadadores do Brasil disputam 13 provas neste primeiro dia de Jogos. Daniel Dias é um dos que tem chance de já colocar o país no topo do pódio logo na estreia da modalidade. “Depois de um Mundial tão disputado quanto o de Glasgow, é difícil pensar em superar o tempo que marquei lá, mas somos atletas e sempre temos que fazer o nosso melhor para vencer e começar o Parapan com uma medalha”, disse.
 
Para o técnico-chefe da seleção de natação, Leonardo Tomasello, essa sequência de competições grandes causam um desgaste, mas são importantes para o planejamento para 2016. “Estas provas de alto nível são as chances que temos para consolidar um trabalho bem feito ou arrumar o que ainda pode estar errado”.
 
Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME
 
No halterofilismo, no Mississauga Sports Centre, três atletas já sobem no banco de competições para tentar conquistar medalhas. No ciclismo, as provas de estrada começam com a disputa de resistência, no Ontario Place West Channel. Os cinco ciclistas do país convocados para o Parapan competem por um lugar no pódio. Já a bocha terá início com as disputas por equipes (BC1/BC2) e em duplas (BC3 e BC4).
 
Brasileiros também entram em quadra no goalball (masculino e feminino), basquete em cadeira de rodas (feminino e masculino), vôlei sentado masculino, rúgbi em cadeira de rodas, futebol de 7 e futebol de 5. No tênis de mesa, os 28 convocados começam as disputas das fases preliminares.
 

Ana Cláudia Felizola, Gabriel Fialho, Gustavo Cunha e Leonardo Dalla Rosa - Brasil2016.gov.br

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Joaquim Cruz será guia de atleta americana no Parapan

Na quinta-feira, dia 13, quando for dada a largada para a prova dos 1.500m para atletas deficientes visuais da categoria T11, uma cena de viés retrô pode pegar alguns brasileiros de surpresa. Ao lado da norte-americana Ivonne Mosquera-Schmidt estará o último campeão olímpico brasileiro em provas de pista. Medalhista de ouro nos 800m nos Jogos de Los Angeles, em 1984, e prata quatro anos depois, em Seul, Joaquim Cruz, hoje aos 52 anos, será o guia da atleta americana.
 
A decisão foi tomada por obra de imprevistos. Dois guias dos Estados Unidos tiveram problemas na emissão de passaportes. Como mantém um ritmo de treinos e a forma física na academia onde é técnico da equipe americana, Joaquim Cruz achou que dava para embarcar no desafio. Dedicou os últimos meses à preparação e disse, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, em Toronto, estar pronto para o desafio.
 
"Como sou um treinador dinâmico, nunca mando meu atleta para casa se o guia dele falta. Eu prefiro eu mesmo guiá-los. Fiz isso com o David Brown e a Ivone faço de vez em quando, quando precisa", afirmou Joaquim Cruz.
 
(Getty Images)(Getty Images)
 
Ritmo "macio"
A idade acima dos 50 anos, segundo ele, não será empecilho. "O fato de eu ter mantido minha forma, de ter mantido minhas corridas diárias, ajuda. E o ritmo da Ivone é um pouquinho mais macio, mais lento do que posso fazer, ou pelo menos assim espero", brincou, provocando risadas da atleta.
 
"É complicado, porque o objetivo é fazer com que ela fique mais rápida e, ao mesmo lado, como guia, tomara que ela não vá muito mais rápido do que posso guiar", afirmou o fundista, que também tem no currículo dois ouros em Jogos Pan-Americanos, conquistados em Indianápolis, nos EUA, em 1987, e em Mar del Plata, na Argentina, em 1995.
 
A diferença de altura entre os dois é um outro detalhe a ser ajustado. Joaquim Cruz tem 1,87m, enquanto Ivonne Mosquera, de 38 anos, tem 1,52m. "Não vou pensar muito no que poderá acontecer. Vou estar preparado", afirmou o atleta, que em seguida listou, em tom de brincadeira, as diferenças entre guia e técnico.
 
(Gustavo Cunha/ME)(Gustavo Cunha/ME)
 
"O guia participa direto. Faz as corridas com o atleta, os chamados longos, os aquecimentos, as corridas intervaladas. Já o treinador é aquele gordinho que fica ali só dando ordem e marcando o tempo, que seria o meu trabalho", afirmou.
 
Mosquera, por sua vez, se apega a uma filosofia de vida que aplica diretamente ao esporte. "Nunca deixe uma deficiência, uma dúvida sobre você mesma ou uma energia negativa ficar no caminho para alcançar os seus sonhos e objetivos", disse, em entrevista com Comitê Paralímpico dos Estados Unidos. 
 
Gustavo Cunha - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Após o segundo dia de competições, avaliação do evento-teste do remo é positiva

 
Terminado o segundo dia de disputa do Mundial Júnior de Remo, nesta quinta-feira (06.08), o diretor de Instalações do Comitê Rio 2016, Gustavo Nascimento, avaliou como positivos todos os pontos de operação testados até agora durante o torneio na Lagoa Rodrigo de Freitas. A competição que reúne 563 atletas de 54 países serve como evento-teste "major" da modalidade para os Jogos Olímpicos do ano que vem.
 
"Aqui nós testamos área de competição, sistema de resultados, como em todos os outros eventos, e no caso do remo a gente testa 26 áreas funcionais, como limpeza, tecnologia, segurança, alimentação, toda a parte de cabeamento. A gente faz um teste um pouquinho mais parecido com o que vai ser com os Jogos", explicou Nascimento.
 
De acordo com ele, o resultado tem sido bastante satisfatório. "Até agora estamos muito satisfeitos, os atletas estão muitos satisfeitos, o que é fundamental pra gente. Acho que estamos fazendo um excelente trabalho junto com todos os nossos parceiros, cidade, estado, governo federal. A cidade está funcionando muito bem com o evento acontecendo. Não é um evento simples, nós estamos em uma área sensível da Zona Sul da cidade, temos 600 atletas, 500 voluntários, 130 profissionais do Rio 2016 trabalhando aqui da instalação, mas o resultado até agora é muito positivo, a gente tem as competições acontecendo a contento", afirmou.
 
(Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)(Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
 
A importância de poder operar uma instalação olímpica durante um evento de envergadura mundial foi destacada por Gustavo Nascimento. "A gente está muito satisfeito com o andar, o caminhar dessa fase de planejamento de instalações para a operação. Está todo mundo botando a mão na massa, vendo um ajuste fino, como a gente pode fazer aqui para melhorar essa operação durante os Jogos. É fundamental testar em três dimensões, ao vivo, com as pessoas aqui. É a melhor maneira de a gente garantir o sucesso ano que vem. Estamos muito satisfeitos".
 
Elogios
Atletas, tanto brasileiros como estrangeiros, também elogiaram a organização do evento. "A segurança está muito boa. A organização nos ajudou muito, fomos um dos primeiros times a chegar e nos sentimos muito bem acolhidos. É ótimo competir aqui no Brasil. É bem diferente da Austrália. É fantástico remar cercada por montanhas", disse a australiana Bridget Badenoch.
 
"É meu primeiro Mundial, então estou realizando um sonho, ainda mais por poder participar de um Mundial em casa, remo aqui já há seis anos. Para mim está tudo perfeito, sem nenhum problema. Estou gostando de tudo, para mim está tudo dentro do padrão. Acho que o Rio está preparado sim para receber os Jogos Olímpicos, até agora só recebi elogios dos atletas de fora. A Lagoa está provando que está preparada para receber todos esses atletas", opinou o brasileiro Igor Cunha.
 
Ventos fortes
Organizado pela Federação Internacional de Remo (Fisa, na sigla em francês), o Mundial Júnior tem "produção executiva" do Comitê Rio 2016, segundo Gustavo Nascimento. Por causa da previsão de ventos fortes no fim de semana, a Fisa decidiu antecipar o calendário de competição e adiantar o último dia de provas de domingo para sábado (08.08).
 
"Temos uma questão de clima, que é da natureza do esporte, é totalmente normal. Para quem não é do ramo do remo, é muito normal que eles tenham condições adversas de vento e façam uma compressão dos calendários, quando tem um dia com a meteorologia um pouco desfavorável. Gera sim um transtorno pra gente, mas a gente faz de tudo para acomodar da melhor maneira possível. Estamos tranquilos, continuamos com a nossa operação normal, mesmo com essa mudança de calendário de competição", explicou Nascimento.
 
(Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)(Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
 
Lugar icônico
A Lagoa Rodrigo de Freitas, instalação escolhida para o remo nos Jogos Olímpicos Rio 2016, também foi muito elogiada por atletas e dirigentes. Gustavo Nascimento lembrou que em geral as competições de remo são disputadas em áreas remotas das cidades que são sedes olímpicas. No caso do Rio, o remo será disputado em um dos cartões postais do Rio de Janeiro.
 
"A lagoa está preparada, é um lugar icônico. Nós temos o privilégio de estarmos no Rio, na Zona Sul. É uma instalação complexa, não dá para dizer que é simples. É uma área sensível de tráfego, é uma área sensível sobre o ponto de vista da dinâmica da cidade como um todo, é uma grande conexão da Zona Sul com a Barra da Tijuca. Temos uma área um pouco comprimida dentro da cerca, dentro do terreno, mas a gente entende que os desafios são para o bem de uma instalação icônica, no pé do Cristo Redentor", lembrou Gustavo.
 
"O lugar é muito lindo e a estrutura é excelente. Estou muito feliz de competir aqui no Rio. É diferente de competir dentro do Japão. Estou muito satisfeita de ter essa experiência", completou a japonesa Chisa Daimon. Após o segundo dia de competições do Mundial Júnior de Remo, nesta quinta-feira (06.08), o diretor de Instalações do Comitê Rio 2016, Gustavo Nascimento, avaliou como positivos todos os pontos de operação testados até agora durante o torneio na Lagoa Rodrigo de Freitas. A competição que reúne 563 atletas de 54 países serve como evento-teste "major" da modalidade para os Jogos Olímpicos do ano que vem.
 
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Desportistas e dirigentes comentam metas no Parapan durante hasteamento da bandeira na Vila dos Atletas

(Francisco Medeiros/ME)(Francisco Medeiros/ME)
A um dia da cerimônia de abertura dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, a bandeira brasileira foi hasteada na Vila dos Atletas com integrantes da delegação de 272 competidores, além do ministro do Esporte, George Hilton, e do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.
 
Escolhida para ser a porta-bandeira no evento desta sexta-feira (7.08), a corredora Terezinha Guilhermina não escondia o orgulho. "É uma emoção indescritível. É um sonho que se tornou realidade e estou feliz e grata às pessoas que me escolheram. Espero estar à altura desse povo lindo, que é o povo brasileiro".
 
Para o ministro, o Parapan é um importante teste para os Jogos Rio 2016. “O Brasil está num grupo seleto de países que tratam todos os atletas no mesmo nível. Isso tem sido uma revolução no paradesporto do país e aqui vai ser um teste importante para as Paralimpíadas do ano que vem. Eles têm a tradição de sair na frente, uma capacidade enorme de ganhar medalhas e tenho certeza de que veremos aqui um grande espetáculo”, afirmou.
 
Com o objetivo de repetir os resultados das edições do Rio 2007 e Guadalajara 2011, quando terminou na liderança do quadro de medalhas, a equipe brasileira aposta no bom desempenho de atletas como Guilhermina, multimedalhista em Parapans e Paralimpíadas (ouro nos 100m e 200m em Londres 2012; ouro nos 200m, prata nos 400m e bronze nos 100m em Pequim 2008; e bronze nos 400m em Atenas 2004).
 
“No esporte paralímpico, pelo número de medalhas oferecidas na natação e no atletismo, se um país quer ir bem, seja no Parapan, seja na Paralimpíada, a lição de casa é ir bem nessas modalidades. Se você quer estar no top 5, como pretendemos estar no Rio 2016, você tem que estar entre os cinco melhores dessas duas modalidades de qualquer maneira e trabalhar em cima de outras modalidades”, disse Andrew Parsons, presidente do CPB.
 
(Francisco Medeiros/ME)(Francisco Medeiros/ME)
 
Entre essas outras modalidades estão algumas que obtiveram resultados inéditos recentemente, como o halterofilismo. No Mundial de 2014, em Dubai, Márcia Menezes conquistou o bronze. “O halterofilismo, depois desta medalha e de outros bons resultados de outros atletas, tem ganhado mais patrocínio, mais atletas com a Bolsa Pódio, além de mim”.
 
No Parapan ela espera, no mínimo, repetir a performance recente. “A meta é sempre buscar o pódio. Se for bronze é bom, se for prata é melhor e se for ouro é ótimo. O objetivo é subir no pódio e representar bem o Brasil”.
 
Hegemonia
(Francisco Medeiros/ME)(Francisco Medeiros/ME)A estratégia do CPB no Parapan de Toronto é manter a hegemonia em modalidades como o vôlei sentado, o futebol de cinco e o futebol de sete, além de melhorar a classificação em outros esportes. “Temos a meta traçada aqui no Parapan de repetir as últimas edições, mas cada modalidade tem seus objetivos. Algumas que ficaram em segundo em Guadalajara, queremos que cheguem em primeiro. Se ficou em quarto, queremos que vá para terceiro, ou seja, a gente quer ter um crescimento”, analisou Parsons.
 
Outro objetivo será aumentar o número de atletas classificados para as Paralimpíadas de 2016. Por ser país-sede, o Brasil tem vaga assegurada em diversas modalidades. “Uma das características interessantes do Parapan é que todas as competições são qualificatórias para o Rio 2016. Aqui é uma oportunidade de aumentar o número de vagas nas modalidades individuais, já que estamos classificados em todas as coletivas”, comentou o presidente do CPB.
 
O Ministério do Esporte investiu R$ 40 milhões na preparação das equipes para a competição no Canadá e para o ciclo que se encerra em 2016, em que o país tem a meta de ficar entre os cinco melhores no quadro geral do Rio 2016.
 
O valor foi repassado ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) por meio de dois convênios. São R$ 1.869.850,10 aplicados na preparação do Brasil para o Parapan e outros R$ 38.213.180,05 de recursos federais para as seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado).
 
Além dos convênios com o Ministério do Esporte, o CPB conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (R$ 170,6 milhões entre 2007 e 2013). Os atletas, por sua vez, recebem investimentos diretos por meio das Bolsas Atleta e Pódio. No total, são 1.386 atletas paralímpicos beneficiados pela Bolsa Atleta e 95 pela Bolsa Pódio. No Parapan, mais de 92% da delegação é de bolsistas (178 Bolsa Atleta e 74 Bolsa Pódio).
 
 
Gabriel Fialho, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Mais de R$ 40 milhões em investimentos federais reforçam a meta nacional de manter a hegemonia no Parapan

A delegação de 272 atletas brasileiros inicia a disputa do Parapan de Toronto, de 7 a 15 de agosto, com a missão de manter o país no topo das Américas, feitos conquistados tanto no Rio, em 2007, quanto em Guadalajara, no México, em 2011. Para garantir a permanência dessa sequência, o Ministério do Esporte investiu R$ 40 milhões na preparação das equipes para a competição no Canadá e para o ciclo que se encerra em 2016, em que o país tem a meta de ficar entre os cinco melhores no quadro geral do Rio 2016.
 
O valor foi repassado ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) por meio de dois convênios. São R$ 1.869.850,10 aplicados na preparação do Brasil para o Parapan e outros R$ 38.213.180,05 de recursos federais para as seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado).
 
“O objetivo no ParaPan é mesmo o primeiro lugar, repetindo o Rio 2007 e Guadalajara 2011. Nossos maiores rivais deverão ser o Canadá, que estará em casa com força total, Estados Unidos e México”, afirmou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
 
 
Além dos convênios com o Ministério do Esporte, o CPB conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (R$ 170,6 milhões entre 2007 e 2013). Os atletas, por sua vez, recebem investimentos diretos por meio das Bolsas Atleta e Pódio. No total, são 1.386 atletas paralímpicos beneficiados pela Bolsa Atleta e 95 pela Bolsa Pódio. No Parapan, mais de 92% da delegação é de bolsistas (178 Bolsa Atleta e 74 Bolsa Pódio).
 
Uma outra frente de investimentos, que envolve R$ 4 bilhões, é voltada para a qualificação da infraestrutura esportiva do país. “Criamos um programa chamado Brasil Medalhas. Estamos entregando centros de formação olímpica e paralímpica, fizemos 12 centros de excelência em várias modalidades, e estamos fazendo os CIE’s (Centros de Iniciação ao Esporte), que serão mais de 260 e formarão uma Rede Nacional. O conjunto de ações vai garantir um desempenho muito importante no Rio de Janeiro. Nossa meta é ousada, mas os resultados que a gente vem tendo mostram que estamos no caminho”, afirmou o ministro do Esporte, George Hilton.
 
Os investimentos Brasil Medalhas servem para arcar com custos de transporte, hospedagem, alimentação, contratação de recursos humanos (técnicos, assistentes, psicólogo, fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas, médicos, preparadores físicos, árbitros, classificadores funcionais etc.), aquisição de uniformes, materiais e equipamentos esportivos. Também incluem a realização de competições no Brasil, a participação em competições nacionais e internacionais, e períodos de treinamento e intercâmbio. No universo paralímpico, pelo menos 60 atletas de modalidades coletivas percebem os efeitos desses avanços.
 
 
Entre 2010 e 2011, o Ministério firmou outros convênios com o CPB, no valor de R$ 19.277.131,31, para a preparação de atletas e seleções para diversas competições, como os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara e os Jogos Paralímpicos de Londres 2012. O Brasil terminou as últimas Paralimpíadas em 7º.
 
Centro Paralímpico
Com previsão de entrega para setembro de 2015, o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, superou os 97,05% de conclusão segundo medição realizada no fim de junho. O local terá capacidade para receber até 282 atletas simultaneamente e estrutura para treinamentos e competições de 15 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.
 
O CT é um dos principais legados esportivos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e será o principal centro de excelência não só do Brasil, mas da América Latina. Parte fundamental da Rede Nacional de Treinamento que está sendo configurada pelo Ministério do Esporte, o Centro de Treinamento Paralímpico será a quarta instalação no mundo capaz de receber mais de 11 modalidades no mesmo lugar.
 
O investimento nas obras do Centro de Treinamento foi de R$ 264,272 milhões, sendo R$ 149,630 milhões do governo federal e R$ 114,642 milhões do estado de São Paulo. Além da parte esportiva, o CT terá áreas de centro de pesquisa e medicina do esporte e de administração do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O Ministério do Esporte investe mais R$ 20 milhões e o governo paulista outros R$ 4 milhões para a aquisição de materiais para equipar o local.
 
Gabriel Fialho, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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De técnico novo e estrutura profissional, futebol de sete mira um "duplo ouro"

 
Uma estrutura profissional de treinamento aliada a uma confiança plena nos conceitos táticos do técnico Paulo Cabral, que assumiu o time há menos de dois meses. É com essa receita que  atletas  da Seleção Brasileira de Futebol de Sete assumem o favoritismo ao ouro no Parapan de Toronto e miram o topo do pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. 
 
"A preparação que vem sendo feita é super digna, proveitosa. Antigamente éramos amadores. Agora temos mais profissionalismo, mais rendimento", afirma Wanderson Silva de Oliveira. Meio-campista canhoto de grande habilidade, eleito o melhor do mundo duas vezes, ele cita as viagens de intercâmbio e preparação, as avaliações médicas individualizadas e as análises de risco de contusões como fatores que levaram a modalidade a um novo patamar. 
 
No ciclo paralímpico rumo a 2016, dois convênios entre o Ministério do Esporte e o Comitê Paralímpico Brasileiro ajudam a dar sustentabilidade à preparação dos atletas. Um deles é voltado especificamente para viabilizar a participação brasileira no Parapan, no valor de R$ 1,8 milhão. O outro, que soma R$ 38,2 milhões, tem como prioridade a preparação das seleções permanentes em 16 modalidades, incluindo o futebol de sete. O CPB conta ainda com recursos da Lei Agnelo/Piva (R$ 170,6 milhões entre 2007 e 2013) e da Lei de Incentivo ao Esporte.
 
(Daniel Zappe/MIX/CPB)(Daniel Zappe/MIX/CPB)
 
Os atletas, por sua vez, recebem investimentos diretos. No total, são 1.386 paralímpicos beneficiados pela Bolsa Atleta e 95 pela Bolsa Pódio. Adicionalmente, pelo Plano Brasil Medalhas, 60 representantes de modalidades coletivas experimentam uma evolução nas condições de treinamento e preparação.
 
Repercussão em resultados
De acordo com atletas brasileiros, a campanha recente no Mundial de Futebol de Sete, disputado na Inglaterra, em junho, já é retrato disso. Segundo Wanderson, o controle prévio de lesões ajudou contribuiu para que, pela primeira vez, nenhum atleta tivesse problemas musculares durante o torneio. Em campo, foram 31 gols marcados e dois sofridos em seis partidas, média superior a cinco por jogo. O problema é que os dois sofridos foram na semifinal, diante da Ucrânia. O duelo terminou em 2 x 1 para os europeus, resultado que tirou o país da decisão.
 
(Daniel Zappe/Mix/CPB)(Daniel Zappe/Mix/CPB)
 
"Agora o que falta para nós é só uma questão da tranquilidade na hora certa, da frieza. Naquele jogo eles fizeram 1 x 0, empatamos e eles acharam um gol no finzinho. Jogamos mais e perdemos, mas estamos certamente no caminho certo. Nossa hora será nos Jogos Paralímpicos do Rio", previu Jan Francisco, outro meia canhoto de destaque na equipe nacional. 
 
Antes disso, eles precisam confirmar o favoritismo no Canadá. No Parapan, a chave do torneio que tem início no dia 8 de agosto reúne cinco equipes. Todas jogam entre si. As duas melhores decidem o ouro em 15 de agosto, no campo erguido na Universidade de Toronto.  
 
Dos quatro rivais, o Brasil goleou três no último Mundial. A Venezuela, adversária da estreia, no dia 8, foi batida por 6 x 0, mesmo placar do duelo diante dos Estados Unidos no torneio inglês. A Argentina, por sua vez, foi superada por 4 x 0 nas quartas de final. O outro adversário no Parapan será o anfitrião Canadá.
 
"Existe um favoritismo, claro. Nossa equipe é superior tecnicamente, mas não podemos esquecer da evolução dos Estados Unidos, a Argentina é sempre aguerrida e o próprio Canadá pode surpreender em casa. Estamos preparados para entrar e ganhar, mas futebol todos sabem que não se ganha no discurso", disse Paulo Cabral, treinador da equipe.
Mudança tática
 
Tanto Jan quanto Wanderson apontam que a troca recente de comissão técnica, com a saída de Dolvair Castelli e o início de trabalho de Paulo Cabral, funcionou como um ingrediente a mais para renovar o ânimo do time pós-Mundial e para o grupo começar a ganhar um aditivo na qualidade tática. 
 
"Ele veio com uma filosofia boa, didática, que está implantando desde já, inclusive na parte tática, de posicionamento", afirma Jan. "Uma das coisas que diferenciam o europeu do brasileiro passa pela aplicação tática deles. Temos muito a aprender nisso", disse Wanderson. O Parapan será, na prática, o primeiro laboratório para avaliar esses novos conceitos. 
 
"Eu tenho uma base que vem do futebol convencional, mas passa também pelo futsal", afirmou o treinador, que tem formação na área de educação física e desde 2012 está conectado à Seleção de futebol de sete. Primeiro, como técnico da equipe sub 20. Depois, como preparador físico e auxiliar técnico. Agora, como comandante do time principal. 
 
Paralisia de consequência motora
O futebol de sete é disputado por atletas com paralisia cerebral, que determina limitações de movimento aos esportistas. As partidas são disputadas em campos similares aos de futebol soçaite, em quadras de grama sintética de dimensão de 75 x 55m. São sete atletas em cada campo e os confrontos são disputados em dois tempos de meia hora. Não existe regra do impedimento  e a cobrança de lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola. 
 
Antes da competição, os atletas são classificados em quatro categorias, de cinco a oito. Quanto maior o número, menor a limitação de movimentos. Na hora de escalar o time que vai a campo, o técnico de cada equipe têm de garantir que pelo menos um jogador da categoria 5 (com maior limitação de movimento) esteja em campo. Na outra ponta, há uma restrição a apenas um atleta da categoria oito (com grau mínimo de restrição de movimentos) no time.
 

Gustavo Cunha - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Etiene Medeiros faz história e Brasil conquista duas pratas no Mundial de Kazan

(Divulgação/CBDA)(Divulgação/CBDA)O Brasil conquistou, nesta quarta-feira (06.08), no Mundial de Kazan, na Rússia, duas medalhas de prata, sendo que uma delas é histórica para a natação do país. A pernambucana Etiene Medeiros, contemplada com a Bolsa Pódio do governo federal, chegou em segundo na prova dos 50m costas e se tornou a primeira nadadora do país a conquistar uma medalha em Campeonatos Mundiais absolutos de piscina longa (50m).
 
 
Etiene travou um duelo equilibradíssimo com a chinesa Fu Yanhui até o final, mas, nos últimos metros a rival foi mais rápida e, com o tempo de 27s11, levou o ouro. A brasileira ficou com a prata (27s26) e a chinesa Liu Xiang garantiu o bronze (27s58). A marca de Etiene é o novo recorde sul-americano da prova.
 
(Divulgação/CBDA)(Divulgação/CBDA)
 
Aos 24 anos, Etiene segue fazendo historia na natação feminina brasileira. Em 2014, no Mundial de Piscina Curta (25m) de Doha, no Catar, ela venceu a prova dos 50m costas com direito a um novo recorde mundial (25s67). Com isso, ela se tornou a primeira a ganhar a medalha de ouro em provas individuais em Mundiais e a primeira recordista mundial da natação brasileira.
 
No mês passado, em Toronto, durante os Jogos Pan-Americanos, Etiene voltou a escrever seu nome no esporte com outro resultado inédito entre as mulheres. Ela venceu a prova dos 100m costas e se tornou a primeira brasileira a conquistar o ouro na natação brasileira em Jogos Pan-Americanos. De quebra, a pernambucana quebrou o recorde dos Jogos Pan-Americanos, com o tempo de 59s61.
 
“Antes de nadar eu até chorei. Falei ‘que sensação louca’. Um vulcão. Só quem está aqui sabe o controle emocional que você tem que ter. Estou muito feliz”, comemorou Etiene. “É a terceira medalha para o Brasil aqui na piscina. Eu sabia que ia chegar perto do recorde mundial. Até eu estava pensando nisso. Uma das coisas que eu mudei da semifinal para a final foi o início de prova. Foi bom porque consegui baixar meu tempo e o suficiente para ganhar uma medalha”, continuou a nadadora.
 
Fernando Vanzella, técnico de Etiene e coordenador da natação feminina do Brasil, falou da importância da medalha em Kazan. “Essa é a primeira medalha feminina da história do Brasil, muito importante. É mais um grande resultado para o currículo da Etiene e a credencia, cada vez mais, a estar entre as melhores do mundo. Ela já bateu o recorde mundial e foi campeã mundial em piscina curta. Chegou aqui como o primeiro tempo do mundo e isto é uma coisa nova. Com certeza ela vai se cobrar ainda mais e nós também vamos querer mais”, avisou. “Agora vamos buscar um equilíbrio para continuar evoluindo. A natação feminina está em crescimento. Classificamos os revezamentos para as Olimpíadas, o que é muito importante. Hoje temos uma geração de nadadoras, de 17 e 18 anos, com os tempos próximos das meninas que estão aqui e vão disputar lugar neste time”, analisou Vanzella.
 
(Divulgação/CBDA)(Divulgação/CBDA)
 
Thiago Pereira
Etiene foi não a única brasileira campeã dos Jogos Pan-Americanos de Toronto a subir no pódio nesta quarta-feira na Rússia. Thiago Pereira – que faturou três ouros, uma prata e um bronze no Canadá e se tornou o maior medalhists de todos os tempos em Jogos Pan-Americanos, com 23 pódios –, também garantiu a medalha de prata nos 200m medley. O vencedor foi o norte-americano Ryan Lochte, com 1min55s81. Thiago, que também é contemplado com a Bolsa Pódio, cravou 1min56s65 e o o bronze foi para o chinês Wang Shun (1min56s81).
 
“Estou feliz. O importante é que consegui conquistar medalha. Foi uma prova bem nadada e até os 150m eu estava ali junto com o Ryan”, declarou Thiago, que fez uma análise detalha da prova. “Minhas viradas foram muito boas, principalmente o (estilo) peito e o (estilo) craw, que é uma virada em que eu já saio nadando independente do cansaço. A gente tem muito para trabalhar e treinar agora. Estamos a um ano dos Jogos. Amanhã vamos tentar colocar o 4 x 200m livre do Brasil na Olimpíada também. Está sendo muito corrido pra gente, logo depois do Pan. Tem sido um ano mais do que especial para mim. A prata é a minha melhor colocação em Mundiais de 50m. Minha estreia no pódio foi em Barcelona (2003), com dois bronzes”.
 
Com os resultados de Etiene e Thiago, o Brasil soma, agora, cinco medalhas no Mundial de Desportos Aquáticos de Kazan. Além deles, Ana Marcela Cunha foi ouro na prova de 25km das maratonas aquáticas; Nicholas Santos foi prata nos 50m borboleta; e Ana Marcela Cunha, Diogo Villarinho e Allan do Carmo asseguraram a prata na prova de 5km por equipe das maratonas aquáticas.
 
Fonte: CBDA 
Ascom - Ministério do Esporte
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Parapan será o último grande teste da natação para o Rio-2016

Se o retrospecto prevalecer durante os Jogos Parapan-Americanos de Toronto, o nadador Daniel Dias não tem com o que se preocupar. Dono da incrível marca de 19 medalhas de ouro na competição, sendo oito no Rio-2007 e 11 em Guadalajara-2011, o brasileiro chega ao Canadá embalado ainda pela vitoriosa campanha no Mundial Paralímpico da modalidade, realizado no mês passado em Glasgow, na Escócia, quando o atleta foi responsável por sete das 23 medalhas conquistadas pelo Brasil, em uma campanha histórica da delegação.
 
(Leandra Benjamin/CPB/MPIX)(Leandra Benjamin/CPB/MPIX)
 
Tanto no Mundial quanto no Parapan, o foco do multimedalhista é a preparação para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. "O Mundial já foi um grande teste para a gente avaliar o trabalho e também olhar os adversários, como está a preparação deles, e aqui não vai ser diferente. Depois dessas duas competições, vou sentar com a comissão técnica, analisar o que foi feito, o que dá para melhorar ainda mais para chegar muito bem no Rio", adiantou o atleta, que nesta quinta-feira (06.08) participou de uma coletiva de imprensa ao lado do norte-americano Jarryd Wallace, ouro no atletismo em Guadalajara (100m T44), e da canadense Cindy Ouellet, campeã mundial no basquete em cadeira de rodas.
 
Com duas provas cortadas pela organização do evento, Daniel teve de reduzir o número de vezes em que cairá na água em Toronto. O brasileiro está escalado até o momento para oito disputas: 50m, 100m e 200m livre, 50m costas, 50m borboleta, 4x50m misto, 4x100m medley e 4x100m livre. Diante da expectativa de mais ouros, o nadador garantiu que não encara o Parapan como uma competição fácil. "Conquistar 11 medalhas em Guadalajara não foi nada fácil. Tive que nadar 22 vezes, nas eliminatórias e nas finais, e treinar muito para isso acontecer. Eu me dedico muito, treino muito para representar bem o meu país", contou.
 
A natação brasileira conta com 40 atletas em Toronto. Além de Daniel Dias, a modalidade tem outros representantes com muitas conquistas em Jogos Parapan-Americanos, Jogos Paralímpicos e Mundiais na bagagem, como André Brasil, Clodoaldo Silva, Edênia Garcia, Phelipe Rodrigues e Susana Schnarndorf. As disputas no centro aquático terão início no próximo sábado (8).
Maior delegação
 
Ao todo, o Brasil trouxe para o Canadá 272 atletas e a maior delegação de todo o evento, com 436 pessoas, somando técnicos, coordenadores e equipe médica. A delegação canadense, anfitriã do torneio continental, tem 216 atletas.
 
"Temos tido grandes investimentos no esporte paralímpico no Brasil. Ser a maior delegação aqui é uma prova disso. Espero que a gente ganhe no quadro de medalhas e o Brasil mostre o valor do esporte paraolímpico e que, quando tem investimento grande e pessoas que acreditam, a gente pode chegar muito longe e, quem sabe, atingir o quinto lugar no quadro de medalhas no Rio, no ano que vem", avaliou Daniel Dias, um dos contemplados com a Bolsa Pódio, do governo federal.
 
Todos os 40 nadadores brasileiros em Toronto são bolsistas, sendo 23 beneficiados pela Bolsa Pódio e 17 pela Bolsa-Atleta. Nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011, o Brasil conquistou 197 medalhas, sendo 85 na natação e 60 no atletismo.
 
Ana Cláudia Felizola, de Toronto (Canadá) - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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