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Paratriatlo tem “pré-estreia” em evento-teste na Praia de Copacabana

Estreia: setembro de 2016. Palco: Copacabana. Tempo: o menor possível.  O paratriatlo fará parte do programa paralímpico pela primeira vez no Rio de Janeiro e o próximo sábado (01.08) será a prévia da estreia.  A capital fluminense receberá a etapa do Circuito Mundial de Paratriatlo que também será evento-teste para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Estarão na disputa cerca de 60 atletas, de mais de 15 países, e eles terão a oportunidade de conhecer o primeiro circuito paralímpico do esporte. Ao mesmo tempo, a prova vale preciosos pontos no ranking, a principal ferramenta de classificação para a competição do ano que vem.
 
“Serão 60 atletas nos Jogos, considerando todas as classes funcionais paralímpicas. Seis vagas – três no feminino e três no masculino – serão distribuídas na grande final do Circuito Mundial, em Chicago, em setembro. O Brasil tem direito a uma vaga em cada gênero por ser sede. As outras serão definidas pelo ranking de junho de 2016. O campeão do evento-teste junta 350 pontos nessa corrida olímpica”, explicou o coordenador de Paratriatlo da Confederação Brasileira de Triatlo (CBTri), Rivaldo Martins.
 
Os atletas brasileiros estão de olho nesses pontos. As Paralimpíadas de 2016 serão um momento histórico que eles querem agregar às suas histórias de vida que reúnem, como o triatlo, vários esportes e muita persistência. Conheça alguns deles:
 
 
Do Canal da Mancha a Copacabana
Marcelo Collet, 34 anos,  acorda 3h30 da manhã para fazer o treino de ciclismo pelas ruas de Salvador e pratica as outras duas modalidades (ciclismo e natação) diariamente. O foco é 100% na busca pela classificação.
 
“Já tive noção do que é disputar uma competição em casa quando participei do Parapan do Rio na natação, e foi de arrepiar: o (Parque Aquático) Maria Lenk lotado, a torcida gritando meu nome, gritando ´Vai Brasil´. Estou na maior expectativa, ainda mais que o paratriatlo vai ser em Copacabana, onde já nadei muitas vezes e fui tricampeão da  Travessia dos Fortes. Estou confiante de que vou conseguir a vaga”, disse Collet.
 
Triatleta até os 17 anos, quando um atropelamento lhe tirou os movimentos da perna esquerda do joelho para baixo, Marcelo investiu na natação. Foram nove medalhas parapan-americanas, duas participações em Paralimpíadas (Atenas-2004 e Pequim-2008) e uma histórica travessia do Canal da Mancha em 2010, tornando-se o primeiro atleta paralímpico a realizar o percurso.
 
“Já vivia do esporte há muito tempo, tinha experiência de maratonas aquáticas e queria fazer algo para me dar mais motivação. Fiz dois treinos para a travessia e fui. O atleta tem uma semana para conseguir fazer a prova, porque os ventos precisam estar abaixo dos 20km/h. E eu fiz o percurso exatamente no dia do meu aniversário, em 17 de setembro, quando  completei 30 anos. Foi uma superação muito grande, ali é cabeça e experiência que contam, mas mais a cabeça”, disse o atleta.
 
No fim daquele ano, uma novidade mexeu com Marcelo: o paratriatlo foi oficialmente incluído no programa paralímpico de 2016. Ele ainda tentou a classificação para Londres-2012 pela natação, mas os três segundos que o afastaram do índice encurtaram a distância até o retorno ao triatlo. A partir de 2012, iniciou um trabalho de fortalecimento da perna esquerda, com auxílio de uma órtese (aparelho externo que ajuda nos movimentos do membro acidentado), sobretudo para corrida e ciclismo. No Mundial de 2012, conseguiu um 7º lugar. Em 2013, foi vice-campeão mundial na então classe TRI5. Era o sinal de que estava no caminho certo, mas um obstáculo surgiria logo depois.
 
“Houve uma mudança de classes. A minha, que era para quem tem comprometimento da perna do joelho pra baixo, juntou com a outra de amputados de membros superiores. Isso tudo está na PT 4, que é a minha classe atual. No triatlo, faz muita diferença você ter limitação na perna ou no braço, imagine na corrida, por exemplo. Mas se vai ser assim nos Jogos, eu não posso ficar reclamando e tenho que correr atrás”, disse o atleta, que vive do esporte contando com patrocínios e com o apoio da Bolsa-Atleta na categoria Internacional.
 
“O evento-teste vai reunir os melhores do mundo e isso é desafiador. Mas o mais importante é sair de lá com o percurso já colorido na minha cabeça e trabalhar em cima disso. Quero voltar a Copacabana para os Jogos”, acrescentou.
 
 
De inverno e de verão
Fernando Aranha, 37, está contando os dias – ou melhor, os pontos – para conseguir a vaga no paratriatlo dos Jogos Rio 2016. E de estreia ele entende bem. Fernando foi um dos dois atletas brasileiros que formaram a primeira delegação em Jogos Paralímpicos de Inverno, em Sochi-2014, ao disputar o esqui cross-country adaptado.
 
“A experiência amplificou o que já imaginava: os atletas de alto nível levam tudo com muita seriedade. Pude observar como eles se comportam, como trabalham para ser campeões, vi várias delegações. Foi sensacional “, contou o atleta, que usa cadeira de rodas desde os primeiros anos de vida em função de uma poliomelite.
 
Atualmente, mesmo se dedicando ao triatlo, ele também pratica o esqui, mas o treinamento passa longe da neve, já que é feito na Universidade de São Paulo (USP).  Um esporte ajuda o outro, e foi pela experiência que já tinha no triatlo que surgiu a oportunidade no esqui.
 
“Fiz contato com a Confederação Brasileira de Desportos de Neve para ter mais informações sobre os bastões, porque via os treinos dos atletas do esqui na USP e acreditava que os bastões poderiam me ajudar no treino da natação. Foi coincidência. A confederação estava buscando um atleta para indicar aos Jogos de Sochi. Como eu tinha a polivalência, a experiência com vários esportes, e como o triatlo é uma modalidade de resistência, meu perfil encaixou”, contou.
 
A polivalência a que Fernando se refere não tem a ver só com o triatlo. Ele conheceu o basquete em cadeira de rodas na adolescência e desafiava as regras do internato onde vivia para jogar. Ao basquete, foram mais de dez anos de dedicação. Mas, com a dificuldade de juntar trabalho, estudo e esporte, buscou uma modalidade individual e migrou para o atletismo, tendo ganhado vários títulos de corrida de rua, incluindo cinco São Silvestres.
 
Quando conheceu a handbike (bicicleta pedalada com as mãos), o ciclismo virou outra paixão e mais conquistas vieram. Mas o triatlo chegaria ao programa paralímpico e Fernando decidiu abraçar a oportunidade.  Para o tricampeão brasileiro na classe para cadeirantes (PT 1), duas vezes campeão e atual vice pan-americano, além de medalhista de bronze no Mundial de 2011, cada ponto no ranking é sagrado rumo a Copacabana.
 
“No evento-teste, vamos saber como vão ser as transições, as dificuldades na transposição mar/terra. Ninguém conhece o percurso e vai ser a possibilidade de ver os detalhes. A transição é crucial”, explicou o atleta, que treina diariamente em dois ou três períodos, e conta com auxílio da Bolsa Atleta na categoria Internacional e com o apoio de uma academia.
 
“Quero ter a oportunidade de competir diante dos meus amigos, no lugar que é um cartão postal. Quero ver todo mundo torcendo, gritando, e quero corresponder. Eu não utilizo mais a expressão ´eu posso´, eu  falo `eu vou`.  No triatlo, tem que manter  consistência e pontuar bem.  Estou treinando para isso”, disse.
 
 
"Não queria uma vida monótona”
A voz não engana: Tamiris Hintz é uma adolescente animada, cheia de energia, mas, sobretudo, focada.  Antes de pensar no aniversário de 16 anos, em 3 de agosto, Tamiris tem um grande desafio pela frente: o evento-teste do paratriatlo, esporte que escolheu há menos de um ano e que já pode dar a ela a chance de realizar um sonho que nutre desde pequena.
 
“Eu fazia natação e sempre quis participar dos Jogos Paralímpicos. Sabia que, pelo alto nível da natação no Brasil, isso iria demorar. Mas meu atual técnico (Ivan Razeira) me convidou para o triatlo no fim do ano passado e aceitei. Achava que nunca conseguiria correr, mas começamos aos poucos e deu certo. A bicicleta peguei rapidinho. No primeiro campeonato brasileiro, no começo de 2015, já fiquei em primeiro na minha classe”, contou a atleta, que mora e treina em Joinvile (SC).  Tamiris está na classe PT4 porque não tem uma das mãos.
 
No Pan-americano de Monterrey, no México, em maio, Tamiris ficou em quarto. Um resultado considerado bom para quem entrou na modalidade há alguns meses e já disputou de igual para igual com atletas experientes. A competição de sábado será a primeira etapa de Mundial da vida dela, e um passo fundamental rumo à classificação olímpica.
 
“Fico até assustada quando penso em uma competição tão importante, mas acredito na classificação olímpica, mas vai ser bem apertado, especialmente porque as outras meninas já estão com dois ou três eventos (que contam pontos) na frente. A possibilidade de estar nos Jogos ficou mais perto e não vou deixar passar. Estou me esforçando ao máximo, mesmo com pouco tempo na modalidade. Tudo o que faço hoje gira em torno do sonho olímpico, ainda mais no Brasil, naquele visual de Copacabana, naquele mar maravilhoso”.
 
Tamiris se desdobra com a rotina para dar conta de estudar de manhã e dividir o tempo restante entre treinos das três modalidades, além do trabalho funcional. Mas não tem dúvidas de que vale a pena. “É pesado, cansativo, mas também muito mais divertido viver treinando e me dedicando. Não queria ter uma vida monótona”, garantiu.
 
Percurso e classes
O percurso paralímpico é composto por 750 metros de natação, 20 quilômetros de ciclismo e outros cinco de corrida. Assim como no triatlo tradicional, o tempo gasto nas transições conta no tempo total de prova, e vence quem terminar mais rápido.
 
O paratriatlo atualmente é dividido em cinco classes, definidas pela União Internacional de Triathlon, tanto no feminino quanto no masculino: PT 1 a PT 5. Elas englobam diversos tipos de deficiência, desde cadeirantes (PT 1), atletas com deficiência nos membros (PT 2 até a PT 4),até deficientes visuais (PT 5). Os atletas podem utilizar equipamentos adaptados à locomoção. Cadeirantes, por exemplo, podem usar a handbike para o ciclismo e realizar a corrida em uma cadeira de rodas.
 
As classes paralímpicas para o Rio 2016, entretanto, são apenas três por gênero: PT 1, PT2 e PT4 para os homens, e PT2, PT4 e PT5 para as mulheres.
 
Estão inscritos na etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Paratriatlo:
Fernando Aranha (PT 1 M) – classe paralímpica
André Barbieri e Tiago Mattes (PT 2 M) -  classe paralímpica
Roberto Carlos Silva, Jorge Luis Fonseca e Edson Dantas (PT 3 M)
Marcelo Collet (PT 4 M) – classe paralímpica
Yasmin Martins (PT 2 F) – classe paralímpica 
Tamiris Hintz (PT 4 F) – classe paralímpica
Ana Tércia Soares (PT 5 F) – classe paralímpica
* Mirian Tavares, da PT 2, está na lista de espera
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br, do Rio de Janeiro
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Obras no Centro de Treinamento Paralímpico passam dos 97% de conclusão

Foto: Brasil2016.gov.brFoto: Brasil2016.gov.br

Com previsão de entrega para setembro de 2015, o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, chegou a 97,05% de conclusão segundo medição realizada no fim de junho. O local terá capacidade para receber até 282 atletas simultaneamente e estrutura para treinamentos e competições de 15 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.

O CT é um dos principais legados esportivos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e será o principal centro de excelência não só do Brasil, mas da América Latina. Parte fundamental da Rede Nacional de Treinamento que está sendo configurada pelo Ministério do Esporte, o Centro de Treinamento Paralímpico será a quarta instalação no mundo capaz de receber mais de 11 modalidades no mesmo lugar.

Os blocos residenciais do CT estão praticamente prontos e as instalações esportivas passam pelos detalhes finais. A pista de atletismo começou a ser montada em junho. Os campos de futebol de 7 e de futebol de 5 receberam o gramado artificial no último mês. Na parte aquática, a empresa italiana responsável pelas duas piscinas – uma olímpica e outra semi-olímpica – já iniciou a montagem das estruturas.

Fotos: Brasil2016.gov.brFotos: Brasil2016.gov.br

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Outros setores, como as quadras poliesportivas e destinadas a modalidades como basquete e rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado já contam com o piso de madeira e até arquibancadas móveis montadas.

O investimento no Centro de Treinamento foi de R$ 264,272 milhões, sendo R$ 149,630 milhões do governo federal e R$ 114,642 milhões do governo do estado de São Paulo. Além da parte esportiva, o CT terá áreas de centro de pesquisa e medicina do esporte e de administração do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

» Confira o vídeo produzido pelo brasil2016.gov.br em julho de 2015:

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Bolsistas Ana Marcela e Poliana Okimoto garantem vaga no Rio 2016

Foto: Satiro Sodré/ SSPressFoto: Satiro Sodré/ SSPress
 
As brasileiras Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto asseguraram nesta terça-feira (28.07) suas vagas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 nas maratonas aquáticas. Ana Marcela foi bronze na prova dos 10 km no Mundial de Kazan, na Rússia, enquanto Poliana chegou na sexta posição. Elas precisavam ficar entre as 10 primeiras para se classificar. Ambas as atletas são contempladas pelo programa Bolsa Pódio, do governo federal.
 
Além do pódio e da primeira medalha do Brasil em Kazan, a conquista para Ana Marcela foi ainda mais especial, já que ela não disputou a última edição dos Jogos Olímpicos. “Não são quatro anos treinando. São sete, porque em 2011 eu fiquei em 11º lugar e fora dos Jogos de Londres por uma posição. Estou muito feliz”, recordou a atual campeã da Copa do Mundo de maratonas aquáticas.
 
Ana Marcela completou os 10 km em 1h58min26s5, atrás apenas da francesa Aurelie Muller, medalha de ouro com 1h58min04s3, e da holandesa Sharon Van Rouwendaal, prata com 1h58min06s7. Poliana chegou logo atrás, em sexto, com o tempo de 1h58min28s8.
 
Foto: Satiro Sodre/ SSPressFoto: Satiro Sodre/ SSPress
 
Classificada para o Rio 2016, Ana Marcela vai disputar sua segunda edição dos Jogos e vai em busca de uma medalha inédita para o Brasil. A primeira aparição foi ainda adolescente, em Pequim 2008, quando ficou na quinta posição. À época, foi o melhor resultado de uma nadadora brasileira nos Jogos Olímpico, igualando Piedade Coutinho, em 1936, e Joanna Maranhão, em 2004.
 
Os resultados recentes de Ana Marcela a credenciam como uma das mais fortes concorrentes a uma medalha olímpica no ano que vem. “Eu estive no pódio em todas as últimas onze provas internacionais de 10 km. Oito etapas da Copa do Mundo em 2014, mais as duas etapas deste ano e a prova de hoje. Em 2011 ouvi comentários que diziam que eu estava toda hora no pódio das Copas do Mundo, mas fiquei fora da Olimpíada. É um alívio muito grande. A meta agora é brigar por uma medalha também nos Jogos Olímpicos em casa”, avisou a nadadora.
 
Foto: Satiro Sodré/ SSPressFoto: Satiro Sodré/ SSPress
 
Além dela, o Brasil terá outra forte concorrente na água. Poliana Okimoto, campeã mundial da prova em 2013, também se classificou. “Estou super aliviada. Claro que queríamos uma medalha e ficou muito próxima. A briga pelo bronze foi na batida de mão, mas conseguimos colocar as duas nos Jogos Olímpicos, nadando bem e brigando por medalha. A pressão era muito grande para chegar entre os dez. Esse nervosismo pode ajudar a nos manter concentradas e hoje foi um teste muito bom, ou seja, passar pela pressão de conseguir uma vaga para nadar uma Olimpíada. Passamos com louvor”, comemorou.
 
Foto: Satiro Sodré/ SSPressFoto: Satiro Sodré/ SSPress
 
Os nadadores brasileiros ainda vão em busca de mais medalhas no Mundial de Kazan. Nesta quinta-feira (30.07), Ana Marcela, Allan do Carmo e Diogo Villarinho disputam a prova por equipes de 5 km. Já no sábado (01.08), Ana Marcela, Poliana, Allan e Diogo voltam ao rio Kazanka para competir nos 25 km.
 
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Iris Tang Sing, bronze no Pan, renova Bolsa Pódio

Foto: COBFoto: COB
 
Íris Tang Sing, atleta do taekwondo, teve seu nome publicado na edição desta segunda-feira (27.07) do Diário Oficial da União (DOU), para renovação de Bolsa Pódio. Além dela, outros cinco atletas: ciclismo (um); tiro esportivo (um); vôlei de praia (um) e; levantamento de peso (dois), além de 14 paraolímpicos – atletismo (seis), judô (um), desportos aquáticos (cinco) e remo (dois) também estão entre os contemplados (indicados pela primeira vez ou para renovação).
 
Sem recursos por parte da Confederação Brasileira de Taekwondô (CBTKD), Íris depende integralmente da Bolsa Pódio para viajar e somar pontos para o ranking internacional que lhe garantam vaga própria para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 - a CBTKD tem vagas como país-sede, mas indicará quem considerar que estiver com chances melhores. “No momento, não tenho nada, só a Bolsa Pódio”, diz a atleta, que foi bronze no Pan de Toronto e treina literalmente em sua própria casa, em Itaboraí, no Rio de Janeiro, com o técnico Diego Ribeiro.
 
A categoria olímpica de Íris é a dos 49 kg, mas ela também luta na de 46 kg, porque esses pontos, de ambos os pesos, podem ser somados ao ranking para a vaga olímpica. Com 1,66 m de altura, Íris explica que leva vantagem na categoria de peso menor. Para se manter entre um e outro peso – conta com a nutricionista Marcela Amar.
 
Íris calcula sua soma de pontos para a vaga olímpica a partir de várias competições. Entre agosto e setembro, sempre contando com a Bolsa Pódio, espera ir para Argentina, Israel e México. Para a Colômbia, que seria a competição mais próxima depois do Pan de Toronto, não conseguirá ir. Depois, haverá etapas de Grand Prix na Rússia, Turquia, Inglaterra, com final no México, onde pretender estar.
 
“No Pan, queria prata ou ouro, mas o bronze já me ajudou com pontos. Também vou lutar por pontos nos Jogos Mundiais Militares [em Mungyeong, de 2 a 12 de outubro]. Estou em quinto no ranking internacional da 49 kg. Preciso me manter até no máximo entre as seis, até dezembro, para garantir minha vaga no Rio 2016.”
 
Além de Íris, os atletas que tiveram seus nomes publicados no DOU foram Henrique Avancini (ciclismo MTB), Cássio Rippel (tiro esportivo), Vitor Araújo (vôlei de praia) e, Jaqueline Ferreira e Fernando Saraiva Reis (os dois do levantamento de peso).
 
Dos esportes paraolímpicos, os nomes publicados são: Jenifer Martins dos Santos, Raissa Rocha Machado, Ricardo Costa de Oliveira, Rodrigo Parreira da Silva, Tascitha Oliveira Cruz, Thalita Vitória Simplicio da Silva (todos do atletismo), Esthefany Oliveira Rodrigues, Fabiano Aparecido de Toledo, Guilherme Batista Silva, Raquel Viel e Rildene Fonseca Firmino (todos dos desportos aquáticos), Josiane Dias de Lima e Michel Gomes Pessanha (os dois do remo) e Luiza Gutierres Oliano (do judô).
 
Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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Para presidente do Comitê Paralímpico, objetivo do Brasil é o topo do quadro de medalhas no ParaPan de Toronto

Foto: Ivo Lima/ MEFoto: Ivo Lima/ ME
 
Com o objetivo de colocar o Brasil no topo do quadro de medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, que serão disputados entre 7 e 15 de agosto, e de alcançar a meta de terminar os Jogos Paraolímpicos do Rio 2016 entre os cinco melhores na classificação geral, Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), segue confiante no alinhamento de ideias com o ministro George Hilton, do Esporte, com quem esteve nesta segunda-feira (27.07).
 
Andrew Parsons lembra que a classificação dos Jogos Paraolímpicos de Londres 2012 teve a China “muito à frente”, e depois, quase em um mesmo patamar, Rússia, Grã-Bretanha, Ucrânia, Austrália e Estados Unidos. “Agora, a Rússia deu uma escapada, apresentando crescimento acelerado”, observa o dirigente, que também é vice-presidente do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) e vê “alguns movimentos como tendências”, em relação ao desempenho dos países que serão os principais rivais do Brasil.
 
Mesmo reconhecendo que já não seria fácil chegar ao quinto lugar no Rio 2016, a disputa maior deve ser com Austrália e Estados Unidos. “A Rússia deve ir para um segundo lugar sólido, com chances de incomodar a China. Os ucranianos também estão em curva ascendente.”
 
Agora, com relação ao ParaPan, Andrew Parsons é afirmativo: “O objetivo é mesmo o primeiro lugar, repetindo o Rio 2007 e Guadalajara 2011. Nossos maiores rivais deverão ser o Canadá, que estará em casa com força total, Estados Unidos e México.”
 
Sobre a audiência com o ministro George Hilton, o presidente do CPB comentou que levou sua visão de nortear o esporte brasileiro pelo alto rendimento, “por heróis que inspiram, pela renovação, pela atenção maior da mídia”, para a ligação com o esporte de base. “Trouxemos a nossa contribuição, para o Sistema Nacional de Esporte, para que tenhamos um alinhamento de forma global.”
 
Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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Entrevista: Joice Silva, primeira brasileira a ganhar ouro na luta olímpica em Jogos Pan-Americanos

 
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
A medalha de ouro que a carioca Joice Silva ostenta no pescoço após sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto foi uma conquista que demandou muito esforço e superação. Para se concentrar nos treinos e competições, a atleta da luta olímpica recebe a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, apoio que ela diz ser fundamental para as conquistas dos resultados.
 
“Se não fosse o governo, a gente vê pouco (incentivo) da iniciativa privada, pelo menos para a luta. É fundamental. É o que a gente consegue para se dedicar integralmente, não ter preocupação. A gente pode investir no melhor e os resultados estão vindo”, afirmou Joice Silva.
 
Para fazer história no Canadá e subir ao local mais alto do pódio - algo que nenhum outro brasileiro, homem ou mulher, jamais conseguiu experimentar na luta olímpica na competição continental - Joice teve que ralar.
 
Seu caminho rumo à medalha dourada da categoria até 58kg foi marcado por três viradas. Na primeira luta, Joice perdia por 1 x 0 para a mexicana Alejandra Romero, mas conseguiu reverter o placar e triunfar por 2 x 1. Depois disso, saiu atrás por 2 x 0 contra a peruana Yanet Sovero e, novamente, deu a volta por cima para ganhar por 5 x 3.
 
Então, na final, veio o maior susto. A cubana Yakelin Estornell abriu confortáveis 5 x 0 e quando muitos davam a parada como encerrada, Joice protagonizou sua maior façanha e, pelo placar de 6 x 5, conquistou o ouro em Toronto.
 
Dona de uma personalidade tranquila, que contrasta com sua força e determinação quando está no tapete de luta, Joice era só felicidade no dia seguinte à conquista. Ela falou sobre a emoção do pódio, que a levou às lágrimas; lembrou o início da carreira e não escondeu que sonha em ver sua família e amigos torcendo por ela no Rio, em 2016.
 

As lutas associadas têm recebido grande investimento do governo federal. A modalidade conta atualmente com 213 contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio, fruto de um investimento anual de R$ 2,75 milhões. Entre 2010 e 2014, sete convênios com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) repassaram R$ 14 milhões para serem aplicados na preparação dos atletas e, em 2014, mais R$ 1,8 milhão foram aplicados no esporte, via Lei Agnelo/Piva. 
 
Luiz Roberto Magalhães, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasileiros fazem história no Mundial de tiro com arco e avançam para fase final por equipes

O time brasileiro, formado por Marcus Vinícius D’Almeida (Bolsa Pódio), Daniel Rezende e Bernardo Oliveira avançou na 12º posição, com um total de 1.922 pontos. A Coreia do Sul, melhor equipe da fase de classificação, fez 1.968. Os 16 melhores avançaram para a fase de confrontos diretos.
 
Vale lembrar que, as oito equipes que chegarem às quartas de final asseguram vaga nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ou seja, se o Brasil vencer o duelo contra a Austrália e avançar de fase, se classifica diretamente por meio do Mundial. Caso isso aconteça, uma vaga será aberta para as equipes eliminadas nas oitavas, já que os brasileiros estão classificados antecipadamente por serem o país-sede.
(Worldarchery.org)(Worldarchery.org)
"O dia de hoje dá para escrever um livro. Conseguimos classificar a equipe entre as 16 que vão disputar a vaga olímpica, um feito inédito para o Brasil”, comemorou Marcus Vinícius em seu perfil oficial no Facebook.
 
Disputa individual
Além do feito por equipes, o Brasil também ficou bem classificado na prova individual do arco recurvo. Marcus Vinícius D’Almeida, atual número oito do ranking mundial, avançou para a etapa eliminatória do campeonato com a 12ª melhor pontuação (655). A jovem revelação brasileira chegou a liderar a disputa. Além dele, Daniel Xavier ficou em 54º (637) e Bernardo Oliveira foi o 77º com 630.
 
No arco recurvo feminino, Larissa Feitosa foi a melhor brasileira, terminando com 621 pontos na 69ª posição. Sarah Nikitin ficou em 91ª, com 608, e Ane Marcelle dos Santos a 97ª com 605.
 
O Mundial também teve a etapa classificatória do arco composto, em que Marcelo Roriz Jr. foi o melhor ranqueado do Brasil. Ele fez 671 pontos e ficou em 55º. Roberval dos Santos foi o 81º (662) e Cláudio Contrucci ficou em 105º (639). Entre as mulheres, Larissa Oliveira foi 75ª (646), Gisele Meleti 87ª (637) e Nely Acquesta 90ª (635).
 
Nesta terça-feira (28.07), o Mundial terá apenas as primeiras disputas por equipes, com o Brasil podendo conquistar a vaga olímpica se passar pelos australianos.
 
Fonte: brasil2016.gov.br
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Maratonas aquáticas: Allan do Carmo garante vaga nos Jogos Rio 2016

O baiano Allan do Carmo, 26 anos, garantiu a vaga nos Jogos Olímpicos Rio 2016, nesta segunda-feira (27.07), ao terminar em 9º lugar na prova de 10 quilômetros das maratonas aquáticas no Mundial de Kazan, na Rússia, com o tempo de 1h50m23s1. Os dez primeiros na prova olímpica se classificaram para a competição do Rio. O ouro ficou com o americano Jordan Wilimovski (1h49m48s2), seguido pelo holandês Ferry Weeterman (1h50m00s3) e pelo grego Spyridon Gianniotis (1h50m00s7).
 
“Essa é a prova mais forte do mundo. Sabia que seria difícil, mas confiei na estratégia e trabalhei muito pra chegar até aqui. Aqui estão todos os melhores do mundo. Nos Jogos são apenas 25. Já tive a experiência dos Jogos Pan-Americano Rio 2007, quando fui bronze. Foi a primeira prova da competição e uma emoção indescritível. Agora tenho um ano para me preparar e chegarei lá muito melhor. O objetivo neste Mundial era realmente classificar. É o nono lugar mais feliz da minha vida”, disse Allan do Carmo, que recebe a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte.
 
(CBDA/Divulgação)(CBDA/Divulgação)
 
A disputa começou com Allan em 17º e Diogo Villarinho em 25º lugar, bem distantes do primeiro pelotão. No segundo contorno, Diogo entrou no grupo dos 10 olímpicos na oitava posição e Allan estava quase lá, em 14º. Na terceira perna, Allan do Carmo saltou para o oitavo e Villarinho, para 12º. Allan terminou em nono e Diogo Villarinho caiu para 21º lugar. Apesar de a vaga pertencer ao país e não ao atleta, a comissão técnica brasileira de maratonas aquáticas definiu que estariam nos Jogos os nadadores que ficassem dentro dos 10 em Kazan.
 
Do 50º do mundo à vaga olímpica
O peso dos 10km em Kazan era diferente. Valia o sonho de representar o país em uma Olimpíada em casa. Na versão do Mundial dos Esportes Aquáticos realizado em Xangai, em 2011, Allan saiu da prova com a antepenúltima colocação, em 50º lugar. Mas ele não desistiu. Com exceção do técnico - Carlos Rogério Arapiraca -, ele trocou tudo: a dieta, o esquema de treinos, os objetivos, buscou um terapeuta. Foi galgando posições ao longo das dezenas de etapas da Copa do Mundo e chegou lá. No Mundial de Barcelona, em 2013, ele terminou em sétimo e já bem próximo do primeiro grupo.
 
“No Rio vai ser muito diferente. Vamos estar em casa e o Allan é melhor nadando no mar. O objetivo aqui era classificar e trabalhamos muito pra isso. Abrimos mão de muitas datas para trabalhar. Podem ter certeza que agora vamos trabalhar mais ainda e o Allan vai brigar por uma medalha no Rio”, disse o treinador.
 
Programação de maratonas aquáticas em Kazan 
28.07 – Terça-feira
12h (6h em Brasília) – 10 km Feminino – Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto
 
30.07 – Quinta-feira 
12h (6h) – 5km Equipes – Brasil
 
01.08 – Sábado
8h (2h) – 25 km – Ana Marcela Cunha, Poliana Okimoto, Allan do Carmo e Diogo Villarinho
 
Histórico de medalhas do Brasil
Roma 2009 – Bronze – 5 km feminino – Poliana Okimoto
Xangai 2011 – Ouro – 25km feminino – Ana Marcela Cunha
Barcelona 2013 – Ouro – Poliana Okimoto – 10km
Barcelona 2013 – Prata - Poliana Okimoto – 5km
Barcelona 2013 – Prata – Ana Marcela Cunha – 10 km
Barcelona 2013 – Bronze – Ana Marcela – 5km
Barcelona 2013 – Bronze – Allan do Carmo, Poliana Okimoto, Samuel de Bona – Prova de Equipe 5km
 
Fonte: CBDA
Ascom - Ministério do Esporte
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Balanço: desempenho no Pan credencia Brasil para brigar pelo top 10 em 2016

 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Durante 18 dias (entre 9 e 26 de julho), a cidade de Toronto e 16 municípios da região de Ontário viveram um período de intensa movimentação. Mais de 6.100 atletas, de 41 nações, competiram em 365 provas de 36 esportes nos Jogos Pan-Americanos e foram acompanhados de perto por uma multidão de torcedores, já que 1,05 milhão dos 1,3 milhão de ingressos disponíveis foram vendidos. Com esses números, o Pan de Toronto fica marcado como a maior competição multiesportiva da história do Canadá, superando em números as Olimpíadas de Inverno de Vancouver de 2010.
 
O Brasil volta para casa tendo assegurado o terceiro lugar no quadro de medalhas e cumprido o objetivo de terminar entre os top 3. Os Estados Unidos lideraram, com 265 medalhas (103 ouros, 81 pratas e 81 bronzes), seguidos do Canadá, com 217  (78 ouros, 69 pratas e 70 bronzes).
 
O ministro do Esporte, George Hilton, considera que o resultado é também um espelho de uma política de investimentos que injetou mais de R$ 500 milhões desde 2010 nas modalidades que foram disputadas no Pan, entre recursos para atletas, compras de equipamentos, estruturação de centros de treinamento e contratação de profissionais.
 
"Independentemente de qualquer coisa, avalio a participação como extremamente positiva. Em primeiro lugar porque mais de 70% dos atletas que foram competir lá são bolsistas do Ministério do Esporte, ou seja, pagamos uma bolsa mensal para que eles treinem, financiamos viagens para treinamentos, inclusive fora do país. Em segundo lugar, porque muitas histórias de bolsistas são verdadeiras lições de vida. Temos o Davi Albino, bronze na luta greco-romana, que era flanelinha, perdeu a casa para o tráfico de drogas, e que graças ao Bolsa Atleta mudou de vida. Hoje recebe a Bolsa Pódio, que tem os valores mais altos pagos por nós", disse o ministro.
 
 
A delegação nacional faturou 141 medalhas, coincidentemente o mesmo número da edição de 2011 dos Jogos Pan-Americanos, disputados em Guadalajara. A diferença ficou por conta do número de medalha de ouro dos brasileiros. Se no México, há quatro anos, foram 48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes, desta vez a delegação do país volta para casa com 41 ouros, 40 pratas e 60 bronzes.
 
Para Marcus Vinícius Freire, diretor-executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil, apesar da redução no número de ouros, o Brasil conseguiu no Canadá um feito importante: pela primeira vez em 48 anos o país termina com vantagem sobre Cuba e amplia o leque de modalidades no pódio. Os caribenhos deixam Toronto com a quarta melhor campanha da competição, com 97 medalhas (36 de ouro, 27 de prata e 34 de bronze). Em Guadalajara, Cuba foi o segundo colocado, com 136 pódios (58 ouros, 35 pratas e 43 bronzes).
 
"Ficamos à frente de Cuba com uma margem boa, e cada vez com mais modalidades envolvidas, mais caras novas. Então, o balanço geral é de que foi completamente dentro do planejado no nosso mapa estratégico, em conjunto com o Ministério do Esporte, confederações e com patrocinadores", disse Freire.
 
Para ele, os Jogos de Toronto tiveram um importante diferencial para o Brasil em relação a outras edições. "Esse jogos foram diferentes. Daqui a um ano teremos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e, como os Jogos serão em casa, não temos necessidade de classificação em todas as modalidades. Em função disso, trouxemos uma delegação mista, com alguns atletas com muita bagagem, como Robert Scheidt, Arthur Zanetti, Rodrigo Pessoa, mas tínhamos muita juventude, com 70% da delegação estreando em Jogos Pan-Americanos. Mais de 80% tinham entre 15 e 25 anos, ou seja, é uma delegação olhando para frente", afirmou Marcus Vinícius Freire, diretor-executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil.
 

Na opinião do dirigente, o Pan foi um degrau importante para o país chegar à meta de ficar entre os dez melhores em 2016. Meta que passa, segundo Vinícius, por uma decisão de dar consistência aos investimentos. "Nesse quadriênio tivemos um alinhamento muito importante dos investimentos: Ministério do Esporte, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Defesa e o COB sentaram juntos e botaram os recursos na mesma direção. Escolhemos algumas modalidades como foco, não deixamos nenhuma de lado, então todos os atletas estão tendo a melhor preparação possível para os Jogos Olímpicos, mas focados em algumas que têm mais chances de ganhar medalhas, que vão nos ajudar a chegar ao top 10", disse.
 
 
A presidenta Dilma Rousseff saudou a participação dos atletas e reforçou o empenho do governo federal em dar suporte às conquistas da delegação nacional. "Mais de 70% da delegação brasileira em Toronto é formada por bolsistas do Ministério do Esporte. Tenho certeza de que vamos colher ainda mais frutos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, no ano que vem", afirmou.
 
Em números, a delegação brasileira que foi ao Pan de Toronto esteve amparada por mais de R$ 500 milhões em investimentos desde 2010. A conta leva em consideração instrumentos como Bolsa-Atleta, Bolsa Pódio (benefícios para os atletas variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil), Lei Agnelo/Piva, Lei de Incentivo ao Esporte e diversos convênios firmados com as confederações. No valor citado não estão computados patrocínios estatais, que também são fundamentais e ampliam essa rede de suporte.
 
Os recursos foram aplicados em diversas frentes, como compra de equipamentos de ponta, custeio de viagens para competições e intercâmbios, contratação de equipes multidisciplinares, reestruturação ou construção de centros de treinamento, entre outros. Combinados, esses fatores garantiram que várias modalidades, como tiro com arco, luta olímpica, handebol, tênis de mesa, pentatlo moderno e canoagem, por exemplo, conquistassem resultados significativos para o país, não só no Pan, mas em outras competições de nível internacional.
 
Luiz Roberto Magalhães, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Na última disputa por medalha no Pan, Brasil fica com a prata no vôlei masculino

 
Oficialmente, os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 só chegarão ao fim na noite deste domingo (26.06), com a cerimônia de encerramento da competição, no Rogers Centre. Mas, em se tratando de esportes, as disputas terminaram no fim desta tarde com o duelo de vôlei masculino entre Brasil e Argentina. Os dois times entraram no Hall A do Exhibition Centre com a arquibancada lotada de torcedores, a maioria apoiando os brasileiros, para jogar pela última medalha de ouro do Pan, que acabou no pescoço dos argentinos, que venceram por 3 sets a 2, parciais de 25/23, 18/25, 19/25, 25/23 e 15/7.
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
"O saldo é positivo. O que a equipe fez no campeonato é muito bom. Jogamos contra uma seleção que deve estar na Olimpíada, não é um time qualquer", ressaltou o técnico Rubinho. Para ele, faltou controlar a ansiedade quando a Argentina iniciou a reação no quarto set. "Não conseguimos reequilibrar o time após as mudanças deles. Não conseguimos controlar o jogo do Conte", avaliou o treinador.
 
Para ele, essa é uma geração que deve ser pensada para além dos Jogos do Rio. "O projeto para grande parte da equipe vai para além disso", destacou. "No plano teórico, esse campeonato era para ser decidido entre Canadá e Argentina. Nosso time conseguiu chegar, jogar e ficamos perto da vitória. Perder para qualquer um é ruim. Claro que existe rivalidade, mas tem muita qualidade do outro lado", disse o treinador.
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
A partida
A seleção brasileira, dona de quatro ouros em Jogos Pan-Americanos, não começou bem. Os rivais lideraram o placar desde o início do primeiro set com uma vantagem que oscilou entre três e quatro pontos. O Brasil chegou a encostar no fim, mas não evitou a derrota por 25/23.
 
No segundo set a equipe do técnico Rubinho voltou disposta a mudar a situação. Jogando com mais intensidade no ataque e defendendo melhor, o Brasil se impôs e venceu por 25/18.
 
Depois disso, veio a virada. Mantendo a força do segundo set, o Brasil não teve problemas para fechar por 25/19 e dar o segundo passo rumo ao topo do pódio.
 
Embalado pelos dois sets anteriores, o Brasil seguiu dando as cartas no quarto set até a metade da parcial. A seleção abriu seis pontos de vantagem (12/6), mas os argentinos empataram em 17/17 e adicionaram mais emoção ao duelo, que seguiu equilibrado até o fim. Os rivais, então, viraram para 25/23, para desespero da torcida brasileira em Toronto, empataram em 2 x 2 e levaram a decisão do ouro para o tie-break.
 
No desempate, os argentinos ajustaram a defesa e o bloqueio e abriram 3/0, complicando a vida do Brasil. Rubinho pediu tempo, mas a vantagem de três pontos não baixou e na virada de lado os argentinos lideravam por 8/5. Depois disso, só deu Argentina, que fechou em 15/7 e levou o ouro, adiando o sonho do quinto título do vôlei masculino do Brasil no Pan.
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
» A campanha da seleção brasileira:
 
17.07
Brasil 3 x 0 Colômbia
26/16, 25/13 e 25/16
 
19.07
Brasil 2 x 3 Cuba
20/25, 25/18, 23/25, 25/22 e 11/15
 
21.07
Brasil 3 x 0 Argentina
29/27, 25/21 e 25/22
 
24.07
Brasil 3 x 0 Porto Rico
25/16, 25/17 e 25/23
 
26.07
Brasil 2 x 3 Argentina
25/23, 18/25, 19/125, 26/24 e 15/7
 
A seleção brasileira masculina de vôlei não foi a única a competir no último dia do Pan de Toronto. Pela manhã, o Brasil disputou a prova dos 50km da marcha, mas os atletas não subiram ao pódio. Claudio dos Santos terminou em oitavo e Jonathan Riekmann abandonou a prova.
 
Com isso, o Brasil volta para casa tendo assegurado o terceiro lugar no quadro de medalhas e cumprido o objetivo de terminar entre os top 3. Os Estados Unidos lideraram, com 265 pódios (103 ouros, 81 pratas e 81 bronzes), seguidos do Canadá, com 217 medalhas (78 ouros, 69 pratas e 70 bronzes).
 
O Brasil faturou 141 medalhas, coincidentemente o mesmo número da edição de 2011 dos Jogos Pan-Americanos, disputados em Guadalajara. A diferença ficou por conta do número de medalha de ouro dos brasileiros. Se no México, há quatro anos, foram 48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes, desta vez a delegação do país volta para casa com 41 ouros, 40 pratas e 60 bronzes.
 
Apesar da diminuição no número de ouros em relação a 2011, o Brasil conseguiu no Canadá um feito importante: pela primeira vez em 48 anos o país termina o Pan com vantagem sobre Cuba no quadro em relação às medalhas douradas. Os cubanos deixam Toronto com a quarta melhor campanha da competição, com 97 pódios (36 de ouro, 27 de prata e 34 de bronze). Em Guadalajara, Cuba foi o segundo colocado, com 136 medalhas (58 ouros, 35 pratas e 43 bronzes).
 

Luiz Roberto Magalhães, Carlos Eduardo Cândido, Breno Barros e Pedro Ramos, de Toronto (Canadá)

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