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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Plano Brasil Medalhas é tema de audiência pública na Câmara

(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)Gestores da Secretaria de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) do Ministério do Esporte detalharam nesta terça-feira (18.08), na Câmara dos Deputados, o Plano Brasil Medalhas. A iniciativa lançada em setembro de 2012 tem como meta colocar o Brasil entre os dez primeiros países nos Jogos Olímpicos, em número de medalhas, e entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos.
 
Para alcançar o objetivo, o plano assegurou R$ 1 bilhão adicional ao orçamento do Ministério do Esporte para apoiar esportes olímpicos e paraolímpicos. A proposta é formar novas gerações de atletas das modalidades e estruturar centros de treinamentos que atendam desde as equipes principais do alto rendimento até as categorias de base.
 
Entre as frentes de atuação está a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa Bolsa Atleta, programa que já se consolidou como o maior patrocinador individual de atletas do mundo. A Bolsa Pódio é destinada aos competidores com chances de disputar finais e medalhas nos Jogos Rio 2016. Já foram investidos R$ 287,3 milhões em 27 modalidades olímpicas e 16 paraolímpicas. Atualmente, 395 atletas são apoiados pelo Plano, sendo 238 de modalidades individuais e 157 de modalidades coletivas, olímpicas e paraolímpicas nos dois casos. 
 
(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)
 
“Este apoio tem sido importante para o desempenho dos nossos atletas e já estamos colhendo frutos. O investimento tem sido contínuo e os atletas têm feito uma boa gestão desse patrocínio”, destacou o coordenador-geral do Bolsa Atleta, Mosiah Brentano Rodrigues, que participou da audiência pública promovida pela Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados.
 
Para se ter uma ideia, das 141 medalhas conquistadas no Pan-Americano de Toronto, 121 foram por atletas bolsistas. Entre eles estão atletas já consagrados como Thiago Pereira (atingiu a marca de 23 medalhas na história dos Jogos Pan na Natação); Arthur Zanetti (com prata na prova por equipe na Ginástica Artística e ouro nas argolas) e modalidades ainda sem tradição no país, como badminton, que conquistou prata com a dupla masculina Daniel Paiola e Hugo Arthuso; tênis de mesa, com medalha de prata com as equipes feminina e masculina; e Isaquias Queiroz, que conquistou duas medalhas de ouro na canoagem velocidade dos Jogos Pan-Americanos.
 
Nos jogos Paparan-Americanos o resultado é ainda maior: das 257 medalhas conquistadas, 254 foram por atletas que recebem apoio do governo federal. Somente a natação, em que toda delegação foi formada por atletas bolsistas, conquistou 104 medalhas na competição, sendo 38 ouros, 29 pratas e 37 bronze.
 
Infraestrura e equipamentos de ponta
Os outros R$ 473 milhões do Plano Brasil Medalhas estão sendo utilizados em construção, reforma e equipagem de centros de treinamento de várias modalidades e complexos multiesportivos pelo país. Essa infraestrutura se destina a preparar as seleções nacionais das modalidades e a, principalmente, formar novos talentos.
 
Entre os CTs já entregues estão o Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA); a Arena Caixa de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP); o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF); a pista do Velódromo de Indaiatuba (SP); e o Centro de Canoagem, em Foz do Iguaçu (PR).
 
Fazem parte dessa rede, ainda, o Centro Paraolímpico Brasileiro, que comportará 15 modalidades e que está previsto para ser inaugurado neste ano em São Paulo (SP); o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, para 26 modalidades, com a primeira etapa entregue em 2014 e com conclusão prevista para este ano, em Fortaleza (CE); o Centro de Desenvolvimento do Handebol, a ser inaugurado em São Bernardo do Campo (SP) em 2015; o Centro de Treinamento do Ciclismo e a Pista BMX, em fase de construção, em Londrina (PR); o Centro de Hipismo, em obras, na cidade de Barretos (SP); e o Centro Nacional de Treinamento do Atletismo, em construção em Cascavel (PR).
 
Cynthia Ribeiro
Ascom - Ministério do Esporte
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Evento-teste de ciclismo reúne atletas de 15 países no Rio

Mais um evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2016 foi realizado com êxito no Rio de Janeiro. O palco, desta vez, não ficou restrito a apenas uma instalação esportiva: o Desafio Internacional de Ciclismo de Estrada passou por 165 quilômetros em vários bairros. Atletas de 15 países pedalaram pelas ruas da cidade, sob sol, temperatura de 30 graus e subidas extenuantes.

O percurso e a organização foram elogiadas pelos competidores internacionais. Foram 165 quilômetros de longas retas, subidas íngremes, trechos em meio à Mata Atlântica, trepidação de pavimento de paralelepípedos e descidas técnicas, em uma viagem pelos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra, Recreio, Guaratiba, Alto da Boa Vista, Floresta da Tijuca (Vista Chinesa), Horto, Jardim Botânico e Gávea. Eles deram duas voltas do circuito Prainha-Grumari e duas do circuito Floresta da Tijuca antes da chegada a São Conrado, totalizando cerca de 2.200m de ganho de altitude.

Em 2016, o trajeto será praticamente igual, com o acréscimo de mais voltas nos circuitos de subidas, que totalizarão 250km. No evento-teste deste domingo, a largada foi em Copacabana e a chegada em São Conrado. Em 2016, o Posto 5 de Copacabana será o palco do início e do final da prova olímpica.

Organização
Mesmo com interdições em 150 quilômetros de vias urbanas, não houve registros de congestionamento, pois os trechos foram reabertos à medida que os ciclistas passavam pelo local. “Nosso objetivo era garantir a realização da prova de maneira organizada e segura para os participantes e isso foi alcançado. O evento testou a cidade e a integração de agentes públicos e comitê organizador. A satisfação dos atletas é a maior prova que trabalhamos bem. O público também colaborou e o saldo do evento foi positivo”, afirmou o secretário municipal de Transportes, Leonardo Picciani.

A nova configuração da sala de controle do Centro de Operações Rio (COR) foi testada durante o evento. O modelo, que será utilizado durante os Jogos Rio 2016, distribui os operadores em bancadas divididas pelas quatro regiões olímpicas (Copacabana, Deodoro, Barra da Tijuca e Maracanã).

Também foi essencial a integração com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), do governo estadual, a Coordenação Geral de Defesa da Área (CGDA), do governo federal, e o Main Operations Center (MOC), do Comitê Rio 2016.



“O sucesso do evento se deve ao esforço conjunto dos governos municipal, estadual e federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar, da Guarda Municipal, da CET-Rio e da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, da Secretaria de Ordem Pública, entre outros. Todos se mobilizaram em prol da competição. Foi um sucesso e estão todos de parabéns”, disse o diretor de Gestão de Instalações do Comitê Rio 2016, Gustavo Nascimento.

A prova
O vencedor do evento-teste foi o francês Alexis Vuillermoz, com o tempo de 4h20min27s. Em segundo chegou o belga Serge Pauwels. Romaind Bardet, também francês, completou o pódio. Participaram ciclistas do Brasil, Bélgica, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Luxemburgo, Holanda, Rússia, Suíça, Cazaquistão, Ucrânia, Hong Kong, Austrália e Japão.

“Havia muitos competidores de alto nível e o circuito foi muito difícil, principalmente o trecho da Vista Chinesa. Fiquei muito feliz por conseguir chegar em primeiro. Sobre a organização, não há o que reclamar. Tudo correu no mesmo padrão de provas do circuito internacional”, afirmou Vuillermoz. “Espero voltar aqui em 2016, mas certamente será mais difícil ainda”, completou o vencedor.

“Também quero voltar no próximo ano. Dependerá das minhas condições e da decisão dos treinadores, mas o desejo é estar aqui nos Jogos”, afirmou Serge Pauwels. O belga elogiou a paisagem da orla carioca: "Nos trechos de subida, no meio da mata, não conseguimos ver nada. Já o visual da praia é magnífico. Foi difícil, principalmente na subida para a Vista Chinesa. Gostei do desafio”.

O melhor brasileiro na prova foi Kleber Ramos da Silva, que compete pela equipe Funvic/São José dos Campos, convidada a participar da prova. Ele chegou em sétimo lugar. Os companheiros de Kleber foram os brasileiros Carlos Manarelli, Flávio Cardoso e Benedito Tadeu e o argentino Daniel Diaz.

Do Time Brasil, o mais bem classificado foi João Marcelo Gaspar, que terminou em 11º lugar. “Os franceses impuseram um ritmo muito forte nos momentos das subidas. O circuito realmente foi difícil. Não percebi imprevistos durante a prova e, pelo que vi, os organizadores estão de parabéns”, afirmou Gaspar. Além dele, o Time Brasil era composto por William Chiarello, Rafael Andriato, Cristian da Rosa, Antonio Garneiro e Adir Romeo.

Abelardo Mendes Jr - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Na campanha histórica, 98% das medalhas brasileiras têm participação de bolsistas

O Brasil encerrou a campanha em Toronto, neste sábado (15.08) com a campanha mais vitoriosa da história dos Jogos Parapan-Americanos. Foram 257 medalhas conquistadas pela delegação nacional, com 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes, uma performance bastante superior à melhor até então, que tinha sido obtida em casa, no Parapan de 2007. No Rio de Janeiro, foram 228 medalhas, com 83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes.

“Praticamente, de cada três ouros, um era brasileiro. Uma campanha histórica que nos deixa satisfeitos. Voltamos com a sensação de dever plenamente cumprido. E conquistamos a terceira das quatro metas que estabelecemos lá atrás. Vencemos em Guadalajara, vencemos em Toronto, ficamos em sétimo na Paralimpíada de Londres. Só falta uma, que é o quinto lugar no Rio”, afirmou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons.

Os dois últimos ouros vieram neste sábado pela manhã, nas finais do goaball masculino com vitória sobre os Estados Unidos por 10 x 4 e no futebol de sete, com o placar de 3 x 1 sobre a Argentina. O Brasil só não esteve no pódio em uma das 15 modalidades disputadas na cidade canadense. O rúgbi disputou o bronze numa partida eletrizante contra a Colômbia, mas acabou ficando com a quarta colocação: 50 x 48 para os colombianos.  

O resultado em Toronto é reflexo, também, de uma política de investimentos em atletas e no Comitê Paralímpico Brasileiro. Das 257 medalhas conquistadas, 249 (98%) foram para contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. Individualmente, já que houve atletas que ganharam mais de uma medalha, 181 subiram ao pódio. Desses, 112 recebem a Bolsa-Atleta e 69, a Bolsa Pódio.  

O Ministério do Esporte tem, ainda, dois convênios ativos com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O primeiro deles, de R$ 38.213.180,05, é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado).



Voltado para o ciclo olímpico de 2016, o convênio engloba custos de transporte terrestre e aéreo no Brasil e no exterior, hospedagens, alimentação, contratação de recursos humanos (coordenador de modalidade, técnicos, assistentes técnicos, psicólogo, fisioterapeuta, fisiologista, nutricionista, médico, massoterapeutas, mecânicos, preparador físico, árbitros, classificador funcional, delegado técnico, enfermeiro), aquisição de uniformes, materiais e equipamentos esportivos. Também inclui a realização de competições, a participação em torneios e períodos de treinamento e intercâmbio para jovens.

Outro convênio, de R$ 1,8 milhão, foi destinado a propiciar a participação da missão brasileira nos Jogos Parapan-americanos de Toronto 2015. "Todas as fontes de financiamento são imprescindíveis para dar aos atletas as condições necessárias para conseguirmos os resultados”, afirmou Andrew Parsons.

Entre 2010 e 2011, o ministério firmou outros convênios com o CPB, no valor de R$ 19.277.131,31, para a preparação de atletas e seleções de várias modalidades para diversas competições no Brasil e no exterior, intercâmbio, aquisição de materiais e equipamentos. Entre elas os Jogos Paralímpicos de Londres 2012 e o Parapan de Guadalajara. No Parapan do México o Brasil terminou em primeiro. Em Londres, em sétimo.

Estrutura de ponta
Adicionalmente, estão sendo finalizadas, em São Paulo, as obras do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, uma estrutura de ponta para 15 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, judô, rúgbi, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e voleibol sentado).

A previsão é de que o Centro seja entregue neste segundo semestre. O investimento total é de R$ 264,7 milhões (para obras) e de R$ 24 milhões (para aquisição equipamentos). Desse total, o governo federal financia R$ 145 milhões (nas obras) e R$ 20 milhões (na aquisição de equipamentos e materiais esportivos) e o governo do estado de São Paulo entra com R$ 119,7 milhões (obras) e R$ 4 milhões (equipamentos).   

O Comitê Paralímpico Brasileiro também recebe recursos federais por meio da Lei Agnelo/Piva. O texto prevê que 2% (2,7% a partir de janeiro, com a sanção da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ) da arrecadação bruta das loterias federais em operação no país, descontadas as premiações, sejam destinados em favor do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do CPB. Entre 2007 e 2014, o total de repasses ao CPB chegou a R$ 210 milhões, cifras que tendem a aumentar significativamente com a mudança no percentual.

Confira os vídeos do Parapan 2015



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Vitória no futebol de 7 encerra as conquistas brasileiras no Parapan

Brasil vence a Argentina por 3 x 1 e conquista o ouro no futebol de 7. Foto: Marcelo Régua/MPix/CPBBrasil vence a Argentina por 3 x 1 e conquista o ouro no futebol de 7. Foto: Marcelo Régua/MPix/CPB

Depois da vitória brasileira no futebol de 5, os campos da Universidade de Toronto receberam mais uma final entre Brasil e Argentina, desta vez no futebol de 7, para paralisados cerebrais. Em uma partida repleta de faltas, cartões amarelos e até de uma expulsão, os brasileiros mantiveram a superioridade mostrada ao longo do Parapan, marcaram 3 x 1 e ficaram com o ouro.

Bronze no Mundial da Inglaterra neste ano, o Brasil começou abrindo o placar aos 11 minutos de jogo, quando o camisa 10, Wanderson Silva, driblou a zaga argentina e deixou Evandro de Oliveira na cara do gol. “É o meu primeiro Parapan, então é especial receber essa medalha de ouro”, comentou Wanderson após a vitória. O jogador já foi duas vezes eleito o melhor do mundo.

A alegria inicial dos brasileiros chegou a ser ameaçada. Três minutos depois do primeiro gol, o argentino Matias Bassi empatou para os adversários, furando, pela primeira vez em Toronto, a defesa brasileira. “A gente vem trabalhando para não levar nenhum, mas tem que colocar a cabeça no lugar porque o objetivo era a medalha”, analisou o goleiro Marcos dos Santos. Antes da decisão, o Brasil havia marcado 28 gols e não sofrido nenhum. “Isso é fruto de muito empenho. Fizemos um bom trabalho para chegar aqui”, acrescentou Marcão.

A equipe do técnico Paulo Cabral ainda teve grandes chances no primeiro tempo: foram 14 chutes a gol no período, enquanto os argentinos marcaram na única oportunidade que tiveram. Depois de um lance de Jan Brito que pegou no travessão rival, aos 28 minutos, o primeiro tempo ficou empatado em 1 x 1.

No retorno do intervalo, os argentinos ficaram mais agressivos, marcando sucessivas faltas em cima dos brasileiros. Autor do gol rival, Matias Bassi, que já tinha um cartão amarelo do primeiro período, acabou expulso aos oito minutos. Cinco minutos depois, José Carlos Guimarães conseguiu o desempate: 2 x 1 para o Brasil. O time ainda teve outras boas oportunidades, mas a Argentina contou com a forte defesa do goleiro Claudio Figuera. O último gol do Brasil saiu aos 23 minutos, com Maycon Ferreira, para selar a vitória e o título.

“Agora vamos focar nos Jogos do Rio porque também queremos o ouro lá. Teremos equipes mais fortes, como Rússia e Ucrânia, que são potências mundiais”, adiantou José Carlos, mais conhecido pelos companheiros como Zeca, que pretende pendurar as chuteiras depois das Paralimpíadas, aos 38 anos.

O camisa 4 nasceu com paralisia cerebral depois de sua mãe ter sofrido uma queda no oitavo mês de gestação e precisado antecipar o parto. Quando descobriu o futebol de 7, em 2002, Zeca trabalhava como auxiliar de cozinha entregando quentinhas na Comunidade da Mangueira, no Rio de Janeiro. Em 2010, aliava os treinos ao emprego como ascensorista, antes de resolver se dedicar integralmente ao esporte.

O futebol de 7 conta com 36 contemplados na Bolsa-Atleta de 2015, resultado de um investimento de mais de R$ 712 mil. Entre eles estão os 14 convocados para o Parapan. O ouro do Brasil contra a Argentina foi a última e a 257a medalha do país nos Jogos de Toronto.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
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Goalball ganha dois ouros e Brasil aumenta hegemonia em modalidades coletivas

Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBSeleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB

O Brasil fecha o último dia de competições no Parapan de Toronto confirmando a supremacia em algumas modalidades coletivas e crescendo em outras. Neste sábado (15.08), foi a vez de o goalball masculino conquistar o bicampeonato continental ao derrotar os Estados Unidos por 10 x 4. No feminino, as brasileiras venceram as norte-americanas por 7 x 6 ontem e levaram o ouro inédito. Em Toronto, o país ainda ganhou o tri no futebol de 5 e no vôlei sentado masculino, além do bi no futebol de 7.

O topo do pódio no goalball teve um gosto especial para Leomon Moreno, após ser cortado da lista de pré-convocados de Guadalajara. “Para mim é muito gostoso esse sentimento. Agora consegui a vaga e tivemos boa desenvoltura no campeonato. Ganhamos todas as partidas e o sentimento é de felicidade”, comemora o ala brasileiro.

As conquistas são resultado de investimento e dedicação dos atletas e comissão técnica, como explica Romário Marques, pivô titular da seleção de goalball. “A gente batalhou muito. Não foi por acaso, foi fruto do trabalho, da estrutura, o que recebemos do Ministério do Esporte e da Caixa Econômica. Com isso, a gente faz nosso dever nos treinos”.

A modalidade dá um exemplo de como a inovação pode melhorar o desempenho de uma equipe. Altemir Trapp assiste às partidas da arquibancada, local onde abre dois computadores para captar as informações do jogo. O celular está sempre a postos para que os dados sejam transmitidos em tempo real para o técnico Alessandro Tosim no banco de reservas. O sistema foi todo desenvolvido pela comissão técnica e é 100% nacional.

“Realizo a parte de análise e desempenho. Forneço os dados simultaneamente para a comissão técnica, que transmite para os atletas as ações que eles têm que realizar durante a partida, os locais que podemos explorar no campo adversário e quais as nossas dificuldades na defesa”, explica Trapp, que também faz a captação de vídeo dos confrontos. Tudo está armazenado em um banco de dados.

“No pré-jogo também fazemos uma análise de vídeo dos atletas, onde fornecemos as informações da equipe adversária, onde cobram pênaltis, se posicionam na defesa... Isso tudo ajuda no desempenho, pois a nossa equipe consegue anteceder as ações dos oponentes”, prossegue.

Atualmente, o Brasil é modelo para outras equipes no mundo, que vem desenvolvendo o mesmo sistema de trabalho. As outras principais forças do goalball mundial são Finlândia, EUA, Turquia, China e Lituânia. Adversários que serão bem analisados para que a seleção alcance a sua principal meta. “O objetivo final é a medalha de ouro no Rio 2016. Vamos treinar bastante, buscando a máxima performance. Temos um evento-teste, que vamos levar a molecada, porque vêm os melhores times do mundo e nós vamos captar o máximo de informações deles para ir com os melhores na Paralimpíada”, revela o técnico Alessandro Tosim.

Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBSeleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBCampanha
No goalball masculino e feminino o Brasil conquistou o ouro com campanhas invictas. Entre os homens as vitórias foram: 11 x 6 na Argentina; 10 x 0 em Porto Rico; 9 x 2 nos EUA; 10 x 0 na Venezuela; 12 x 2 no Canadá; 9 x 4 na Argentina (semifinal); 10 x 4 nos EUA (final).

No feminino a campanha foi: 3 x 1 no Canadá; 10 x 0 em El Salvador; 3 x 1 nos EUA; 10 x 0 na Nicarágua; 10 x 0 na Guatemala; 10 x 0 na Guatemala (semifinal); 7 x 6 nos EUA (final). Lembrando que na modalidade, quando uma equipe abre dez gols de vantagem o jogo é encerrado. Nos dois gêneros o Canadá ficou com o bronze.

Outros esportes coletivos
Duas modalidades estrearam na 5ª edição dos Jogos Para-Pamericanos: o vôlei sentado feminino e o rúgbi em cadeira de rodas. Entre as mulheres, o Brasil ficou com a prata ao perder a decisão por 3 sets a 0 para os EUA, enquanto no rúgbi, esporte misto, a equipe ficou em quarto, ao ser derrotada pela Colômbia por 50 x 48.

A outra medalha de ontem nos esportes coletivos veio com o basquete feminino em cadeira de rodas, que venceu a Argentina na briga pelo bronze por 49 x 19.

Além do goalball masculino, o Brasil disputou mais duas medalhas neste sábado. No futebol de 7 a vitória por 3 x 1 sobre a Argentina rendeu o primeiro lugar. No basquete em cadeira de rodas masculino a equipe perdeu por 72 x 47 para os argentinos e terminou na quarta posição.

“Da forma que trabalhamos e viemos treinamos, nossa expectativa era de sair daqui com o ouro. Mas pecamos muito no jogo contra o Canadá (semifinal) e não soubemos recuperar a força para manter a concentração. Hoje, contra a Argentina, falhamos principalmente na finalização”, avalia o técnico do basquete em cadeira de rodas masculino Antônio Magalhães. “Faz parte do jogo, mas temos a chance de jogar dentro do nosso país e reverter isso. Vamos trabalhar muito para garantir a medalha em 2016”, finaliza.

Investimentos
Ao todo, o Ministério do Esporte financia com a Bolsa Atleta 287 desportistas paralímpicos nas modalidades coletivas representadas no Parapan. Um investimento de mais de R$ 4,96 milhões por ano. Da delegação que representou o Brasil nestes esportes (basquete em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goallball, rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado) em Toronto, 85 recebem o benefício.  

Confira os vídeos do Parapan 2015



Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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No futebol de 5 é o Brasil quem dita o ritmo e vitória sobre Argentina dá o tri no Parapan

Vai Ricardo! Na direita, Jeferson. Vou! Bola baixa! Quatro na barreira. Trave direita! Barulho de metal contra metal. Trave Esquerda! Volta o ruído. Eu no meio! Para quem fecha os olhos e só escuta os comandos, pode parecer indecifrável. Mas é esse o som que dita o ritmo da seleção brasileira de futebol de 5, tricampeã dos Jogos Parapan-Americanos.

A vitória por 2 x 1 contra a Argentina, na decisão desta sexta-feira (14.08), teve todos os “barulhos” de um grande clássico: gritos de gol, bolas na trave e gemidos de dor.

“A gente tem que estar 100% atento às orientações que vêm do banco de reservas e do goleiro, para não deixar nenhum erro atrapalhar. A gente se baseia muito na audição, então a concentração tem que ser total”, explica o camisa 10, Ricardinho, eleito o melhor jogador do mundo em 2006 e em 2014.

O Brasil abriu o placar aos sete minutos, em boa jogada individual do atacante Jeferson, melhor do mundo em 2010. A Argentina equilibrou a partida, chutou com perigo, mas a seleção brasileira sempre ameaçava com intensidade nos contra ataques. Foi em um desses lances que Ricardinho ampliou, a seis minutos do fim do segundo tempo.

Um lance que combinou a genialidade do atleta com a organização tática dos comandos externos. “Existem vários pontos que nos auxiliam. O Fábio (Vasconcelos) é um treinador de muita inteligência e confio nele. Quando roubei a bola, ele falou: ‘Você’. Isso quer dizer para eu fazer a jogada individual, porque quando ele vê que a defesa está fechada, manda trabalhar a bola. Quando ele falou: ‘Você’, eu senti, ‘bom, tem espaço. Vamos embora’. E quando dei o último drible, o chamador disse: ‘É tu e o goleiro’, então era só finalizar”.

Ricardinho comemorar o segundo gol do jogo final, contra a Argentina. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBRicardinho comemorar o segundo gol do jogo final, contra a Argentina. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB

Se os atacantes contam com a ajuda do “chamador”, posicionado atrás do gol adversário, que orienta a direção da bola e dos defensores rivais, os zagueiros tem nos goleiros seus “olhos”, já que os arqueiros são os únicos dentro de campo sem deficiência visual. “Às vezes eles vão na intuição, mas o comando tem que vir de mim, para eles conseguirem chegar e fazer o desarme. Tem que ter um sincronismo grande. É muito treino”, disse o camisa 1 brasileiro, Luan Lacerda.

O atleta que sai para marcar o adversário também dá o sinal da ação, como explica Ricardinho. "Todo jogador quando vai marcar, alguns metros antes ele tem que falar 'Voy', em bom tom, para que o árbitro e o adversário escute". Mas a melodia do jogo se desenvolve no tom do guizo colocado dentro da bola. Por isso, no futebol de 5 as arquibancadas devem permanecer em silêncio, a não ser na comemoração dos gols, ou... em um Brasil x Argentina.

“É um duelo intenso, de muita orientação, motivação. Tem hora que fica uma zoeira ali, que atrapalha ouvir a bola. Principalmente nos lances de ataque, próximo ao gol. A torcida sempre se manifesta e às vezes atrapalha. No gol da Argentina mesmo, de forma alguma quero tirar o mérito deles, porque foi um golaço, mas não deu para ouvir nada. Quando o cara mexeu na bola a torcida começou a gritar naquela ansiedade, vai não vai, e eu só ouvi quando a bola estava na rede. Mas isso acontece para os dois lados”, revela Ricardinho, ao descrever o tento argentino, aos 21 minutos da etapa complementar.

Os argentinos ainda foram para cima e quase levaram a partida para a prorrogação. “Foi um jogo duro, mas a gente sabe que contra a Argentina é sempre difícil. E teve duas faltas no fim que foram para matar do coração. Quando olhei para o tempo, 29 segundos para acabar, pensei: ‘Aqui não pode passar mais não’”, conta Luan, ao lembrar da bola na trave que os rivais acertaram no finzinho. Depois foi só esperar o som do apito final e soltar o grito de campeão.

Próximo objetivo
Para o ala direita Jeferson, o balanço no Parapan é positivo, mas agora é pensar no tetracampeonato das Paralimpíadas em 2016. “Conseguimos o ouro, que era o nosso objetivo. Todas as competições que a gente participou foi visando a Paralimpíada. Este é um ciclo muito importante para a gente. Vai ser uma competição diferente, então, temos que continuar nesse rumo e aprimorando o que tiver que corrigir para chegar com força total no Rio”.

O treinador Fábio Vasconcelos é quem dá a receita: “É um grupo que aprendeu a gostar de ser campeão, mas que sempre é humilde e que gosta de trabalhar. A partir de amanhã já tem que pensar em 2016”.

O Brasil chegou ao título Parapan-Americano com uma campanha invicta. Na primeira fase foram quatro vitórias (6x0 no Chile; 3x0 na Colômbia; 4x0 no Uruguai e 4x0 no México) e um empate (0x0 contra a Argentina). A medalha de bronze do torneio ficou com os mexicanos.

O futebol de 5 conta com 22 jogadores contemplados com a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte em todo o país. Um investimento anual de quase R$ 450 mil. Para a participação da delegação brasileira nos Jogos de Toronto e para o ciclo Paralímpico de 2016, foram destinados R$ 40 milhões por meio de dois convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que ainda recebe recursos da Lei Agnelo/Piva.

Gabriel Fialho, de Toronto - brasil2016.gov.br
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Atletismo brasileiro encerra Parapan de Toronto com 80 medalhas

Odair Santos com o guia Carlos dos Santos no 1500m T11. Foto: Washington Alves/MPIX/CPBOdair Santos com o guia Carlos dos Santos no 1500m T11. Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

Com mais 18 medalhas, o atletismo paralímpico brasileiro encerrou nesta sexta-feira (14.08) a sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Ao todo, foram 80 pódios conquistados: 34 de ouro, 28 de prata e outras 18 de bronze.

O último dia de competições teve os velocistas brasileiros como os grandes destaques. Terezinha Guilhermina (200m e 400m-T11), Alan Fonteles (200m-T44), Mateus Evangelista (200m-T37), Petrúcio Ferreira (200m-T47) e Verônica Hipólito, além do revezamento 4×100 T11-13, subiram ao lugar mais alto do pódio. Completaram a lista os fundistas Odair Santos (1.500m-T11) e Yeltsin Jacques (1.500m-T12).

“Estou treinando e me sentindo muito bem. Os 200m são a minha prova favorita, a que eu mais gosto. Era para vir para abaixo de 22s, mas pude levar a medalha ao meu país. É a minha primeira medalha em Parapan, que eu tentava há muito tempo. Agradeço a todos que acreditaram em mim e aos que torceram por mim”, disse Alan.

“Pode esperar que vou brigar para defender meu título dos 200m nas Paralimpíadas e também vou brigar nas provas de 100m e 400m até o último metro para ficar com esta medalha em meu país”, completou o velocista.

O foco dos atletas brasileiros nesta temporada agora se volta para o Mundial Paralímpico de Atletismo, que ocorrerá em Doha (Catar), entre os dias 19 e 29 de outubro. Antes disso, haverá ainda a segunda etapa nacional do Circuito Caixa Loterias de Atletismo e Natação, nos dias 12 e 13 de setembro.

Confira abaixo a lista dos medalhistas brasileiros nesta sexta-feira, no atletismo:

OUROS
Terezinha Guilhermina – 200m rasos – T11
Alan Fonteles – 200m rasos – T44
Mateus Evangelista – 200m rasos – T37
Petrúcio Ferreira – 200m rasos – T47
Odair dos Santos – 1.500m – T11
Yeltsin Jacques – 1.500m – T12
Verônica Hipólito – 400m rasos – T38
Terezinha Guilhermina – 400m rasos – T11
Revezamento 4x100m (Lucas Prado, Felipe Gomes, Gustavo Araújo e Diogo Jerônimo) – T11-13

PRATAS
Tascitha Oliveira – 100m rasos – T36
Thalita Simplício – 200m rasos – T11
Alice Corrêa – 200m rasos – T12
Yohansson Nascimento – 200m rasos – T47
Thalita Simplício – 400m rasos – T11
Parré – 400m rasos – T53

BRONZES
Paulo Pereira – 200m rasos – T37
Raissa Machado – lançamento de dardo – F55/56
Jerusa Gerber – 400m rasos – T11

Confira os vídeos do Parapan 2015



Fonte: CPB

Brasil encerra participação na natação do Parapan com primeiro lugar e Clodoaldo Silva anuncia despedida

A natação Brasil encerrou a participação nos Jogos Parapan-americanos de Toronto com a melhor campanha na modalidade. Os nadadores brasileiros dominaram as provas desde o início e levam para casa 104 medalhas, sendo 38 ouros, 29 pratas e 37 bronzes. Em 2007, nos Jogos do Rio, a natação nacional fechou com 108 medalhas contra 87 dos canadenses, mas perdeu em número de ouros. Foram 41 para eles e 39 para nós. Em 2011, nos Jogos de Guadalajara, menos medalhas no quadro geral, mas o topo do pódio foi garantido com 85 medalhas.

Natação brasileira ficou com o topo no quadro de medalhas da modalidade em Toronto. Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPBNatação brasileira ficou com o topo no quadro de medalhas da modalidade em Toronto. Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPB

Último dia de competições para os nadadores, a sexta-feira (14.08) foi marcada por um pódio 100% Brasil e três dobradinhas. Ao fim do dia, o país conquistou oito ouros, cinco pratas e três bronzes, além de clima de despedida do multimedalhista Clodoaldo Silva que, aos 36 anos, ganhou a prata nos 200m livre S5, ao lado do ouro de Daniel Dias.

“Esta é a minha quinta participação em Parapan-americanos e está é a quinta edição do evento. Eu vi os Jogos nascerem em 1999, quando eles não aconteciam em conjunto com o Pan. Tivemos a honra de ver isso no Brasil em 2007. Pude acompanhar a evolução das Américas e principalmente do Brasil. É algo que me deixa feliz e emocionado”, disse Clodoaldo, que garantiu, hoje, a 101a medalha da natação brasileira destes Jogos.

Se esta foi a última participação do nadador em Parapan-americanos, o próximo ano será marcado por sua aposentadoria nas piscinas, quando encerrarem os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. “Aqui, no Parapan, acabou para mim como atleta. Todo ciclo tem um fim e eu já fiz muito dentro do esporte. Quero e tenho novos objetivos e novas metas para depois dos Jogos Paralímpicos de 2016. Acredito que vou virar companheiro de vocês, jornalistas. Hoje eu dei braçadas longas. Era um momento que eu queria que passasse lentamente para que eu pudesse aproveitar”, encerrou.

Avaliação mais do que positiva
O último dia de provas da natação em Toronto foi fechado com revanche sobre o Canadá. Eles ganharam no Rio, em 2007, mas o Brasil ganhou em Toronto, neste ano. Das 104 medalhas brasileiras, 38 foram de ouro, enquanto os donos da casa encerraram com 93, sendo 24 douradas.

“Foi uma participação excelente. Viemos de uma sequência de competições com as preparatórias para o Mundial e depois o próprio Mundial (de Glasgow). Antes de vir, a preocupação era com o desgaste dos atletas, mas eles nadaram os melhores ou muito próximo dos melhores tempos”, disse Leonardo Tomasello, técnico-chefe da natação brasileira.

Para Daniel Dias, o evento não foi somente uma mostra do que o Brasil pode apresentar em 2016, mas também um teste para detectar erros e melhorar a preparação. “Acredito que os Jogos (Rio 2016) em casa é uma inspiração para todos os atletas que estão aqui, pois este é um grande teste para avaliarmos nosso trabalho e ver o que precisa ser acertado para chegarmos melhor em 2016. Superar Guadalajara mostra o crescimento que o esporte paraolímpico está tendo e que vamos chegar muito forte no próximo ano”, disse o atleta, que garantiu a 100a medalha da natação brasileira neste Parapan.

“A nossa meta era ajudar o país no quadro geral, lembrando que temos o Canadá como principal adversário, tanto no geral quanto na modalidade. Sem dúvida esta foi a nossa melhor campanha em Jogos Parapan-americanos. Superou as expectativas iniciais”, concluiu Leonardo Tomasello.

Recordes e pódios
O dia também teve pódio 100% brasileiro nos 100m livre S9, com ouro de Vanilton Nascimento, prata de Matheus Silva e o bronze de Ruiter Silva. “É algo muito bom você ver as três bandeiras do Brasil e repetir o pódio dos 50m livre da segunda-feira (10.08). Hoje consegui vencer e é um orgulho colocar a bandeira do Brasil no topo, ainda mais com um recorde”, disse o campeão, que bateu o recorde parapan-americano com 57s85.

Além do pódio 100%, o Brasil marcou hoje três dobradinhas. A primeira nos 200m livre S5, com a prata para Esthefany Rodrigues e ouro para Joana Neves, que ainda bateu o recorde parapan-americano com a marca de 3m13s15. A segunda foi com Daniel Dias e Clodoaldo Silva, ouro e prata, respectivamente, nos 200m livre S5. A terceira dobradinha foi com ouro para André Brasil e a prata para Phelipe Andrew nos 100m livre S10. Com o tempo de 51s28, André Brasil também bateu o recorde parapan-americano.

Houve ouro ainda nos 100m costas S6 para Talisson Glock, que bateu o recorde parapan-americano com o tempo de 1m14s76. Também teve ouro e recorde parapan-americano para Camille Rodrigues, que fez 1m06s04 nos 100m livre S9. Nos 100m costas S7, Italo Gomes também ganhou mnedalha dourada quebrando o recorde do evento com a marca de 1m13s97. No revezamento 4x100m medley 34 pontos, o quarteto Daniel Dias, Andre Brasil, Matheus Silva e Phelipe Melo ganhou ouro com recorde das Américas no tempo de 4s21c61.

A última prata do dia veio para Carlos Farrenberg, nos 100m borboleta S13, e os demais bronzes foram garantidos por Mariana Gesteira, nos 100m livre S10, e Cláudia Celina, nos 200m livre S4.

Investimentos
Para a participação brasileira no Parapan de Toronto, o governo federal firmou convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no valor de R$ 1,8 milhão. Outros dois convênios são destinados à preparação para os Jogos Rio 2016 e chegam a R$ 40 milhões. Desde 2010, foram celebrados 16 convênios com o CPB que, somados, chegam a R$ 62,8 milhões. Dos 272 atletas convocados para Toronto, 252 são bolsistas do governo federal, sendo 178 patrocinados pelo programa Bolsa Atleta e 74 pelo Bolsa Pódio. Deste total, 40 convocados são nadadores e todos são bolsitas – 17 bolsa-atleta e 23 pódio.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Leonardo Dalla, de Toronto - Ministério do Esporte

Vídeo tempera a final e time masculino leva o ouro no vôlei sentado. Meninas são prata

Nos dois confrontos que decidiram o vôlei sentado em Toronto, duas vitórias por 3 sets a 0 que repetiram o resultado da fase de grupos. Um favorável ao Brasil, no masculino, e um para o lado americano, entre as meninas. O Brasil já tem a vaga assegurada nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 por ser o país-sede. E, para os Estados Unidos, ter chegado à final também já valia a garantia, pois mesmo que perdesse levaria o passaporte para os Jogos da capital fluminense.

No masculino, uma ação motivacional realizada pela comissão técnica ajudou a deixar os atletas "no ponto" para o duelo que valeu o tricampeonato consecutivo no Parapan. Na tarde desta sexta-feira (14.08), ao mesmo tempo, todos os 12 atletas da equipe receberam um vídeo no celular. Em cada um deles, familiares e amigos de cada um mandavam saudações de incentivo e lembravam a eles que estavam com saudades e confiantes.

“No meu tinha minha filha, minha namorada, e foi um tal de um chorando para um lado, outro chorando para o outro. Uma emoção que nos ajudou de verdade”, afirmou o ponteiro Giba, autor de 10 pontos na partida. “Foi show de bola. Todos os parentes, filhos, amigos, mandando para a gente boa sorte. Foi super legal, uma coisa inédita”, completou Fred. Na quadra, a hegemonia brasileira foi clara nas parciais, que terminaram 25/19, 25/17 e 25/15.

O trabalho feito com o masculino tem como meta o pódio em 2016. “A gente sai daqui e já faremos um período de treinamento com a Alemanha em São Paulo. Em janeiro, um treino com a Holanda. Depois, vamos à China disputar um torneio com equipes top no mundo e, em seguida, outro campeonato em Sarajevo. A partir daí, serão dois meses de treinamento para chegar à final olímpica”, listou Fred. Entre os principais adversários na modalidade estão Bósnia e Irã. No último mundial, disputado em 2014, o Brasil ficou com a prata.

Seleção brasileira masculina trabalha para garantir o pódio nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: Guilherme Taboada/CPBSeleção brasileira masculina trabalha para garantir o pódio nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: Guilherme Taboada/CPB

Em ascensão
As meninas sabiam que a missão era ingrata. Do outro lado da quadra estavam as vice-campeãs paralímpicas nos Jogos de Londres e de Pequim, um time que tem sido presença certa em todas as finais da modalidade. O Brasil, na versão do próprio técnico José Dantas Guedes, é um time que tem as oscilações típicas de um grupo em formação. Na mistura dos ingredientes, deu a lógica. Os Estados Unidos venceram por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/22 e 25/16.

O início da partida foi retrato de uma instabilidade que ainda marca a equipe nacional. As americanas chegaram a abrir 10 x 1. "Acho que poderíamos ter feito melhor, buscado um set delas. No primeiro, até conseguimos chegar depois. Acho que elas até ficaram com um pouquinho de medo”, brincou a atacante Nathalie Filomena, de 25 anos. “Mas vai ter revanche. Temos de trabalhar muito, muito mais, para chegarmos em 2016 e trazer as medalhas”, completou a atleta.

A segunda parcial foi a mais equilibrada. O problema, no caso brasileiro, é que a jovem ponteira Heather Erickson, dos Estados Unidos, estava numa noite inspirada. Ela soube revezar a potência de seus ataques com jogadas de habilidade que justificam por que ela compõe a seleção desde os 15 anos, quando conquistou a prata na Paralimpíada de Pequim. Na final em Toronto, foi a maior pontuadora, com 16 pontos, muitos deles em horas decisivas.

"O Brasil nos impôs um jogo bastante duro. Em algumas horas as emoções subiam além do normal e tínhamos de saber a hora de parar, respirar, relaxar, tomar uma espécie de pílula para esfriar os ânimos e voltar a corresponder”, brincou a jogadora.  "Nós sabíamos que tínhamos condições de levar o ouro. Esse time é muito competitivo”, completou.

Para o treinador brasileiro, o importante é sair de Toronto com a sensação de que há uma evolução gradativa. "Demonstramos capacidade de jogar de igual para igual, mas em alguns momentos as oscilações de atitude se refletiam em quatro ou cinco pontos diretos delas, e isso influencia o resultado", afirmou Guedes.

Em 2016, ele tem como meta o pódio. “Nosso panejamento é fazer muito mais jogos com as equipes fortes, como Estados Unidos, China e Rússia, para que a gente possa ter um controle emocional maior nas horas decisivas. A meta é o pódio. A cor da medalha não importa”.

Investimento
Ao todo, dos 24 atletas das duas equipes que representam o país no Parapan, 21 recebem Bolsa Atleta. No Brasil, são 79 beneficiados no vôlei sentado, o que dá um investimento de R$ 1,4 milhão do Ministério do Esporte.

Regra e classificação
A disputa é muito semelhante à do vôlei convencional. Seis jogadores de cada equipe ficam em quadra e o jogo é dividido em até cinco sets de 25 pontos. A quadra é menor, com 10 metros de comprimento por seis metros de largura. A altura da rede é de 1,15m no masculino e 1,05m no feminino.

Os jogadores do vôlei sentado são separados em duas classes: elegíveis e mínima elegibilidade. Na primeira estão aqueles com amputações e problemas locomotores acentuados. Na outra, atletas com deficiências quase imperceptíveis, como problemas de articulação leves ou pequenas amputações. Cada equipe só pode contar com dois jogadores de mínima elegibilidade no elenco, e os dois não podem estar na quadra ao mesmo tempo.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Gustavo Cunha, de Toronto - brasil2016.gov.br

Após melhor campanha da história, CPB tem injeção de R$ 90 milhões no horizonte

Em Toronto, a melhor campanha da história, deixando para trás as performances de Guadalajara, em 2011, e até do Rio, em 2007, com 109 ouros e um total de 257 pódios. No plano legislativo, a sanção, em julho, de uma mudança que determina um aumento estimado de R$ 90 milhões anuais na quantidade de recursos provenientes anualmente da Lei Agnelo/Piva. No futuro próximo, a inauguração do Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, uma estrutura voltada para a prática de 15 modalidades nas melhores condições de estrutura.

Com esse panorama, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, não tem dúvidas em dizer que tem todos os ingredientes à mão para que o esporte paralímpico brasileiro chegue em médio prazo a um patamar ainda superior ao que demonstra hoje. “Com a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (sancionada em julho), a gente está saindo de uma arrecadação de R$ 39 milhões da Lei Agnelo/Piva, para cerca de R$ 130 milhões. Isso muda a realidade e nos dá uma tranquilidade muito grande”, afirmou o dirigente.

Andrew Parsons durante cerimônia de premiação da natação no Parapan de Toronto.Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPBAndrew Parsons durante cerimônia de premiação da natação no Parapan de Toronto.Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPB

Tranquilidade suficiente, segundo ele, para que o CPB tenha condições de gerir com recursos próprios o Centro de Treinamento de São Paulo, que tem previsão de entrega da estrutura física em setembro e estimativa do início efetivo das operações em janeiro de 2016.  “Se em janeiro tivermos o Centro de Treinamento disponível para utilização, temos totais condições de cuidar da operação esportiva. Sempre se diz isso em termos das instalações. Uma coisa é construir, a outra é gerir, manter, fazer com que continuem operando. A gente fez uma ampla pesquisa no mundo para perseguir os melhores modelos”.

Nesta conversa com o brasil2016.gov.br durante o período em que tentava acompanhar as delegações nacionais nos 15 esportes em Toronto, Parsons também comentou os acertos e erros da organização do Parapan, explicou algumas formas pensadas pela equipe do Rio2016 para garantir que as instalações estejam cheias na Paralimpíada e citou as estratégias do Comitê para que novas gerações de atletas sejam descobertos.

A organização de Toronto
Cada cidade, cada estado, cada país adota o conceito que lhe convém. Em Toronto eles tinham essa dimensão de divulgar a província de Ontario, o que fez com que as instalações ficassem, em alguns casos, distantes umas das outras. Apesar disso, e do trânsito pesado, a organização esteve muito boa. Poderia ter havido um pouco mais de promoção para evitar a situação de alguns locais não tão cheios. Esse é o único ponto que destacaria como não tão positivo. Mas as instalações ficaram muito boas, confortáveis. A Vila os atletas adoraram, a comida era de alto nível, o transporte não vi reclamação da qualidade, só citações às distâncias.

Arenas vazias como desafio para o Rio
Eu não vejo isso para o Rio. O Brasil inteiro sabe da Paralimpíada. Tem ainda a questão de estarmos vindo de resultados positivos em Londres e aqui em Toronto, no Parapan. Estabelecemos ainda a meta agressiva do quinto lugar no quadro geral. Fora que, entre nossos atletas, alguns já são conhecidos. As pessoas sabem quem é o Daniel Dias (natação), as pessoas conhecem a Teresinha Guilhermina (atletismo). Temos um desafio, talvez, em outras modalidades. Por exemplo, pela própria distribuição das instalações, o tiro com arco ficou um pouco isolado, no Sambódromo. E na Paralimpíada acaba tendo pouca coisa naquela área. É o que a gente chama de uma “stand alone venue", longe das outras, e pode prejudicar. Mas ao mesmo tempo o Sambódromo tem um charme diferente e saímos do Parapan com um resultado bastante importante. Eu não vejo o público como uma preocupação, mas como um foco de atenção.

Três milhões de ingressos
Sim, temos um desafio grande de vender 3 milhões de ingressos, o que colocaria o Brasil como a maior bilheteria, como a edição com maior número de ingressos vendidos na história paralímpica. Fora isso, o município do Rio tem projetos de levar estudantes, a garotada, na Olimpíada. Na Paralimpíada também deve ter. Não vejo demérito, existem modalidades que não são tão conhecidas ou a gente não tem um grande atleta. A esgrima, por exemplo, não tão difundida no Brasil, mas a gente tem um campeão paralímpico, que é o Jovane Guissone. No dia de ele competir, por que não colocar alunos, ou pessoas da comunidade para assistir? Volto a dizer: é um ponto de atenção, mas não uma preocupação. Até porque os preços são convidativos. Tem ingressos a R$ 10 e, se você estiver nas categorias da meia, pode pagar R$ 5 e dividir em cinco vezes no cartão. É mais barato que o cinema. Tem também a própria promoção publicitária dos Jogos. A gente vai incrementar isso no ano que vem. Acho que não vamos ter lugares vazios.

Injeção de R$ 90 milhões
A aprovação da Lei Brasileira da Inclusão (sancionada pela Presidência da República em 6 de julho de 2015) ampliou de 2% para 2,7% o valor repassado aos comitês Olímpico e Paralímpico brasileiros, e mudou de 15% para 37,04% a fatia do Comitê Paralímpico. A conta foi feita assim quebrada exatamente para não afetar o ingresso de recursos no Comitê Olímpico.  A mudança coloca o CPB em outro patamar financeiro. Com esses números, pensando a grosso modo, com os dados do ano passado, a gente está indo de uma arrecadação de R$ 39 milhões para cerca de R$ 130 milhões, aumenta mais R$ 90 milhões. Isso muda a realidade e nos dá uma tranquilidade grande. Uma tranquilidade que nos permite, por exemplo, pensar que se em janeiro tivermos o Centro de Treinamento disponível para utilização, temos totais condições de cuidar da operação esportiva.

Quando a obra estava no início, a gente tinha uma preocupação de talvez mesclar recursos do CPB, do governo do estado, do governo federal, de buscar recursos da iniciativa privada, seja com naming rights ou atividades de geração de receita. Hoje, se todas essas outras receitas vierem, elas serão extras. A gente tem a confiança de que consegue não só aumentar o investimento em todas as 22 modalidades de verão e nas duas de inverno que a gente desenvolve, mas também, ao mesmo tempo, gerir o Centro de Treinamento com alto nível.

Redução de custos
O Centro de Treinamento também vai nos ajudar a diminuir as despesas das confederações. Hoje elas têm de pagar, por exemplo, para fazer uma fase de treinamento: elas alugam o local, pagam a hospedagem, o transporte, a alimentação. No Centro a gente vai reduzir muito esse custo. O efeito para o Rio vai ser pequeno, porque está muito em cima, mas as gerações que vão vir para 2020, em Tóquio, e 2024, terão um grau de preparação muito alto e melhor estruturado. Então a gente tem tudo para dar um salto e evoluir de maneira consistente.

Modelo de gestão
A gente está debatendo de uma forma muito tranquila com o governo federal e com o governo do estado de São Paulo. Aqui mesmo, em Toronto, a gente teve uma conversa. Estamos discutindo todas as possibilidades. O CPB defende que a gestão seja feita por nós mesmos, obviamente com uma estrutura de controle que envolva os dois níveis de governo. “Não estamos aqui com um discurso do tipo: me dê uma instalação que custou R$ 260 milhões de dinheiro público, num espaço público, e a gente faz o que quer. Não. A gente tem de prestar contas do investimento feito, devolver algo para a sociedade, mas lembrando  que ali é um Centro de Treinamento. O que a gente vai devolver? A preparação de atletas. A função precípua daquele espaço é ser um centro de treinamento de alto rendimento. A gente não pode tirar isso de nossa alça de mira. Mas isso não impede um trabalho de parceria com a iniciação. Para motivar os nossos jovens, nada melhor que a possibilidade de treinar lá de vez em quando. Quem não quer treinar na pista que treina o Alan, a Teresinha, o Petrúcio, quem não quer nadar na piscina onde está o Daniel Dias?

Início do funcionamento
A obra em tese será entregue em setembro. Depois tem toda a parte de equipamento que temos de colocar ali. Eu acho que realisticamente temos de pensar em 2016 para começarmos com alguma segurança. Entrar 2016 com o Centro funcionando. Além de botar os equipamentos, eu tenho de contratar profissionais. O centro não existe por si só. O equipamento precisa estar, mas também quem vai treinar as modalidades específicas, mais a academia, a parte de recuperação, de ciência esportiva. Não temos uma pressa desmedida para botar o centro em funcionamento. A gente quer que ele funcione bem.

Busca de novos talentos
São várias estratégias. Uma coisa fundamental para nós é a Paralimpíada Escolar. Ali vem gente das 27 unidades da Federação. Tem um efeito de capilaridade muito grande. O Petrúcio foi descoberto na delegação da Paraíba numa paraolimpíada escolar. O Alan, na delegação do Pará. Outra coisa que a gente orienta muito as federações também é a buscar a fase regional do circuito de atletismo e natação. É ali que muitos atletas aparecem pela primeira vez. Alguns ainda estão descobrindo sua modalidade. Atletismo e natação, até pelo apelo, são porta de entrada. Mas muitos atletas podem ter aptidões físicas e técnicas para outras modalidades e podem ser apresentados a elas ali. É um trabalho de garimpo, realmente, de buscar talentos, mas de levar o esporte à população. É difícil que alguém que saia da reabilitação e pense: vou para a esgrima, vou para a canoagem. A lógica é diferente. No Olímpico você oferece estrutura e espera o interesse. No nosso caso a gente tem de ir atrás muitas vezes.

Gustavo Cunha, de Toronto - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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