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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Primeiro Centro de Iniciação ao Esporte é inaugurado em Franco da Rocha

Foto: Divulgação/Prefeitura Foto: Divulgação/Prefeitura
 
O primeiro Centro de Iniciação ao Esporte (CIE) no país foi entregue neste domingo (26.06) em Franco da Rocha, interior paulista. A instalação, que recebeu investimentos totais da ordem de R$ 3,5 milhões, faz parte do o maior projeto de legado de infraestrutura esportiva dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e vai compor a Rede Nacional de Treinamento, em estruturação no Brasil. 
 
Com aproximadamente 3.000 m², o complexo esportivo dispõe de quadra multiuso coberta, quadra externa, arquibancadas retráteis, mezanino e toda infraestrutura de vestiário e academia. Do total dos recursos, R$ 3,4 milhões foram investidos pelo Governo Federal. 
 
Na estrutura, serão ofertadas aulas práticas de diversas modalidades para crianças, jovens e adultos. Também serão realizadas atividades físicas voltadas para pessoas da terceira idade e com necessidades especiais.
 
Além de Franco da Rocha, outras 239 unidades serão erguidas em 229 municípios de todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, num aporte de R$ 861 milhões do Governo Federal. 
 
Somente no estado de São Paulo, serão 52 unidades, num investimento total de R$ 195,3 milhões, sendo R$ 186,3 em recursos federais. No estado, já receberam autorização para início de obras as unidades de Itapetininga, Itapevi, Santa Barbara D’Oeste, Santana de Parnaíba, Hortolândia, Presidente Prudente e Indaiatuba. 
 
 
Entenda o CIE
O programa, lançado em 2013, tem como finalidade identificar talentos, formar atletas e incentivar a prática esportiva em territórios de vulnerabilidade social, com instalações esportivas que seguem requisitos oficiais. Cada CIE está habilitado para ofertar até 13 modalidades olímpicas, seis paralímpicas e uma não-olímpica (futsal). As unidades vão compor a base da Rede Nacional de Treinamento, garantindo capilaridade à infraestrutura.
 
Rede Nacional de Treinamento
A instalação vai integrar a Rede Nacional de Treinamento, que está sendo estruturada pelo Ministério do Esporte em todo o país, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões, contribuindo para a formação de novas gerações de atletas. 
 
Criada pela Lei Federal 12.395 de março de 2011, a Rede é um dos principais projetos de legado dos Jogos Rio 2016 para a infraestrutura do esporte brasileiro interligando instalações esportivas existentes ou em construção espalhadas por todo o país. A estruturação da Rede Nacional está em andamento e abarca instalações de diversos padrões e modalidades, inclusive complexos multiesportivos, oferecendo espaço para detecção de talentos, formação e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas.
 
O objetivo é criar o caminho para o atleta desde que ele dá os primeiros passos na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as estruturas terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções, com toda a qualificação que isso requer. A Rede Nacional vai proporcionar o alinhamento da política nacional de esporte para as modalidades, de modo a garantir a formação de base para além de 2016, ou seja, assegurar legado duradouro para o esporte brasileiro.
 
A Rede Nacional também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas. É um projeto nacional de desenvolvimento do esporte de alto rendimento, desde a base até o nível olímpico.
 
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Seleção Feminina vence Suíça em amistoso na Arena do Futuro

(Foto: Divulgação/CBHb)(Foto: Divulgação/CBHb)
 
 
O coração bateu mais forte e a adrenalina foi a mil. Assim foi a entrada da Seleção Feminina de Handebol neste domingo (26), na Arena do Futuro, palco da modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. No Desafio Internacional entre Brasil e Suíça, a equipe teve uma amostra do que vai encontrar pela frente daqui a pouco mais de um mês, quando fizer a estreia na competição. Com o placar de 30 a 24 (14 a 13 no primeiro tempo), as campeãs mundiais em 2013 levantaram o público de mais de cinco mil pessoas que foram à Arena torcer. 
 
A festa teve direito a troféu e medalhas. Para as atletas, essa talvez tenha sido uma projeção do que está por vir, ou pelo menos é o maior objetivo de cada uma delas. “Foi bem especial. Foi o nosso primeiro jogo aqui na Arena, com um público maravilhoso. Ficamos um pouco nervosas no começo. Acho que é normal dar esse friozinho na barriga”, confessou a goleira Mayssa, responsável por importantes defesas hoje. “O primeiro jogo serviu para adaptação. Foi importante. Espero que essa medalha que recebemos hoje se repita aqui. Não importa qual seja”, acrescentou a atleta.
 
(Foto: Divulgação/CBHb)(Foto: Divulgação/CBHb)
 
Se esta é uma das últimas avaliações do técnico Morten Soubak para definir as 14 atletas que irão aos Jogos Olímpicos, ele realmente vai ter trabalho. Toda a equipe do Brasil entrou em quadra como se já estivesse no maior campeonato do Planeta e a Suíça não deixou por menos. Foi um adversário consistente e deu trabalho para as brasileiras, principalmente no primeiro tempo. O placar, igualado o tempo todo na etapa inicial, de acordo a própria equipe da casa foi por conta de vários erros que aconteceram, afinal, era um momento de testes. 
 
No segundo tempo tudo melhorou. A equipe conseguiu defender melhor e, por consequência, atacar melhor também. A diferença no placar foi aumentando pouco a pouco até não haver mais tempo para as suíças alcançarem. 
 
“Estávamos bem nervosos no primeiro tempo e não conseguimos sair com algumas jogadas. No segundo tempo as coisas mudaram tanto ofensivamente quanto defensivamente, mas principalmente na defesa, o que nos possibilitou mais contra-ataques e isso fez a diferença no jogo”, analisou o técnico Morten Soubak. 
 
Para o treinador foi uma experiência importante poder jogar no palco dos Jogos com antecedência e, ele gostou bastante da estrutura que encontrou. “Quero dar os parabéns por essa arena. Ela ficou muito bonita, de alto padrão. Adorei realmente. Acho bonita por fora e por dentro. Com certeza vai ser um prazer para todos que irão participar das Olimpíadas poder estar nesse ginásio”, arriscou. “Em Londres conseguimos fazer uma semana de treinamento com a Inglaterra no ginásio de competição e gostamos muito de poder fazer isso. Agora estamos fazendo igual, só que em casa. Acho que ter esse conhecimento é bom. Quando chegar agosto já vamos saber como é toda a estrutura”, lembrou Morten. 
 
Os alimentos arrecadados com a troca de ingressos serão doados a instituições beneficentes que serão indicadas pelos Correios e pelo Banco do Brasil, patrocinadores oficiais da modalidade. 
 
(Foto: Divulgação/CBHb)(Foto: Divulgação/CBHb)
 
Fonte: CBHb
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Seleção de ginástica leva cinco medalhas na etapa da Copa do Mundo em Portugal

Mais uma vez, o Brasil encerrou uma Copa do Mundo de Ginástica Artística com saldo positivo. Na etapa de Portugal, realizada no Centro de Alta Performance de Anadia, foram conquistadas cinco medalhas para os atletas do País. A cerca de 40 dias dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a importância dessas conquistas passa a ser ainda maior para os brasileiros, que, pela primeira vez na história, participam de uma Olimpíada com as duas equipes completas.
 
Flávia Saraiva e Rebeca Andrade foram os grandes destaques. A dupla de 16 e 17 anos, respectivamente, conquistou as primeiras colocações na trave e no solo com excelentes notas. Flávia foi a campeã nos dois aparelhos, com 15,125 na trave e 14,350 no solo. Rebeca ficou com a prata na trave, com 14,125, e no solo, com 14,100. Nos dois aparelhos, as brasileiras aumentaram as notas em relação as classificatórias da competição. Ontem, a finalista brasileira foi Lorrane dos Santos, que participou das barras assimétricas.
 
Foto: Divulgação/CBGFoto: Divulgação/CBG
 
No masculino, o representante do Brasil foi Sérgio Sasaki. Após participar da final do cavalo com alças, o brasileiro fez outros dois aparelhos. Nas paralelas, somou 13,700 e ficou em oitavo. Já no salto, veio a prata, com 15,212 pontos (15,200 no primeiro salto e 15,225 no segundo). O ouro ficou com o chinês Yu Cen, com 15,375, e o bronze com o japonês Wataru Tanigawa, com 15,075.
 
“Para nós, o ponto positivo é que o Sasaki voltou a saltar bem, o que o deixou em segundo, além de ter ido muito bem nas qualificatórias do cavalo com alças”, comentou o técnico Renato Araújo. “Hoje ele fez o salto Dragulesco Grupado, mas, com certeza, nos Jogos Olímpicos ele fará o Carpado”, completou.
 
Após a Copa do Mundo, Sasaki e o técnico Renato Araújo embarcam para Magglingen, na Suíça, para treinamentos e amistoso com a Seleção da casa. Para o mesmo compromisso, seguem do Brasil os ginastas Arthur Nory Mariano, Caio Souza, Francisco Barretto Júnior e Lucas Bitencourt. Já pelo feminino, Flávia, Lorrane e Rebeca continuam em Portugal para treinos. Carolyne Pedro, Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Julie Kim Sinmon e Milena Theodoro juntam-se ao treino de atletas.
 
Fonte: CBG
Ascom – Ministério do Esporte
 

Bonito e Campo Grande conduzem a chama na volta da tocha para a estrada

 
As águas cristalinas da Gruta do Lago Azul, em Bonito (MS), paraíso ecológico do Centro-Oeste brasileiro, foram o palco do início do tour da tocha neste sábado. Conhecido pela beleza de seus rios, cachoeiras, grutas e cavernas, o cenário tinha como adereço a luz solar que batia nos peixes e refletia neles um dourado ainda mais reluzente. Por lá, a tocha passou ainda por outros cartões postais, como o Aquário Natural e a Praça da Liberdade, no centro da cidade, onde está localizada o Monumento das Piraputangas.
 
Era a oitava vez da mergulhadora Karina Oliane, de 34 anos, em Bonito. Viajada, ela elegeu o paraíso sulmatogrossense um dos seus "preferidos no planeta". Quando soube que seria condutora da chama olímpica, pensou: "Não há como receber presente melhor". Pois havia: sua participação foi confirmada naquele que lidera seu ranking mental de cidades mais belas do mundo.
 
Karina se surpreende com o fato de a tocha, que é um objeto tão pequeno, ter uma uma simbologia tão grandiosa. "Ela representa coisas incríveis, como dedicação, garra, determinação, treinamento, superação de limites pelos atletas... valores tão superiores aos seus 69 cm de cumprimento", comparou.
 
Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 
Campo Grande
À tarde foi a vez de Campo Grande dar continuidade ao evento. Um dos ídolos do atletismo brasileiro, Vicente Lenilson foi convidado para conduzir a chama na cidade. Nascido no Rio Grande do Norte, o terceiro-sargento do Exército serve no Centro-Oeste, vive atualmente em Cuiabá, e aceitou o convite para ser guardião da chama na região. Ainda aos 18 anos, ele ainda não tinha despertado para seu talento e trabalhava como mecânico de motos. Foi numa partida de futebol que descobriu a velocidade e o atletismo e não poderia imaginar que seria, um dia, medalhista olímpico.
 
Lenilson participou de três edições dos Jogos e ganhou uma medalha de prata no revezamento 4x100, em Sydney (2000), além da prata no Mundial de Saint -Denis, em 2003, e do ouro no Pan do Rio de Janeiro, em 2007. "Tô encantado. Isso vai passar de geração em geração, de que um antepassado conduziu a chama na primeira Olimpíada do Brasil", afirmou o "pequeno gigante", como também é chamado.
 
Se o velocista adotou o Mato Grosso do Sul por uma circunstância profissional, a judoca paralímpica Michelle Ferreira é filha da terra. Deficiente visual, ela tem 15% da visão no olho esquerdo, e cinco no olho direito, em decorrência de uma toxoplasmose congênita. Ela descobriu o judô em um projeto de socialização de deficientes visuais por meio do esporte. Já se vão 12 anos, um sem número de competições, duas medalhas de bronze (nas Paralimpíadas de Pequim e Londres), e o ouro no Parapan do Canadá." Conduzir a chama aqui no meu estado, onde aprendi o que sei, junto do meu povo, da minha cidade, é especial", afirmou. 
 
O medalhista olímpico Vicente Lenilson conduz a chama em Campo Grande. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/MEO medalhista olímpico Vicente Lenilson conduz a chama em Campo Grande. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME
 
Indiretas do bem
A jornalista Ariane de Freitas decidiu semear o amor quando percebeu que a timeline do Facebook de seus colegas de trabalho estavam repletas de textões onde as indiretas e provocações só ajudavam a acirrar os ânimos da sua equipe. Junto com uma colega, criou anonimamente um perfil chamado "Indiretas do Bem" e partiu para um trabalho que logo ganhou visibilidade e milhares de likes.
 
A proposta era simples: postar mensagens positivas que enaltecessem o carinho e o amor entre as pessoas. Hoje elas somam milhões de seguidores nas redes sociais, quatro livros e indiretas que são aproveitadas como declarações de amor escancaradas. "Continuem acreditando no amor e nessa transformação que acontece com a união das pessoas, com o esporte, e com o dia a dia", alertou, já com a tocha na mão preparada para iniciar sua condução.
 
Emoção
O nome de batismo é José Luis, mas é como Zequinha Barbosa que o campeão mundial dos 800 m rasos em 1987, em Indianápolis é conhecido no atletismo. Natural de Três Lagoas (MT), onde enfrentou a pobreza para se tornar um dos principais meio-fundistas do mundo, o ex-atleta foi o responsável por encerrar a festa do revezamento em Campo Grande e acender a pira olímpica. Aos 55 anos, depois de ter passado por quatro Olimpíadas e diversos campeonatos mundiais, Zequinha disse se orgulhar do que representou para as gerações do esporte que o sucederam. "É um orgulho estar aqui e ver que servi de inspiração para muitos desses atletas que hoje defendem o Brasil como um dia eu defendi", disse, sem conseguir segurar as lágrimas.
 
Na festa de celebração, a estudante Evelyn Torres, de 13 anos, estava empolgada com o aspecto cosmopolita do revezamento da chama. "É um belo jeito de mostrar novas coisas ao mundo", afirmou. "É um privilégio para cada cidade, ainda mais para a gente, que pode mostrar como nosso povo é bonito", emendou a amiga, Natália Fonseca, 13.
 
Investimentos
A cidade sul-matogrossense de Corumbá receberá uma unidade do Centro de Iniciação ao Esporte, com ginásio reversível e pista de atletismo, orçado em R$ 3,6 milhões. Em parceria com a Prefeitura da capital, Campo Grande, o Ministério do Esporte iniciou a reforma da pista de atletismo do Parque Ayrton Senna. O estado tem 121 beneficiários do programa Bolsa Atleta, e seis do Bolsa Pódio.
 
Depois de 14 dias de rota aérea, o comboio do revezamento da tocha voltou à estrada pelo Mato Grosso do Sul. Na capital Campo Grande e em Bonito foram 156 condutores ao longo de quase 40 km de percurso.
 
Neste domingo (26.06), a chama olímpica percorrerá o interior do estado encerrando o dia na cidade de Dourados. Na segunda-feira, entrará pela primeira vez em São Paulo, fazendo uma rápida passagem por Presidente Prudente. Na terça, também visitará a Região Sul pela primeira vez. A cidade escolhida para iniciar o trecho foi Londrina, no Paraná.
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Campo Grande (MS)
Ascom - Ministério do Esporte
 

Felipe Wu vence sua segunda copa do mundo de tiro esportivo

O brasileiro Felipe Wu voltou a subir ao lugar mais alto do pódio. Neste fim de semana o atleta conquistou a medalha de ouro na etapa de Baku, Azerbaijão, da Copa do Mundo de tiro esportivo. Foi o último grande evento internacional da modalidade antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Felipe Wu recebe o patrocínio financeiro do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte 
 
A delegação brasileira teve outro grande resultado. O atleta Julio Almeida por pouco não conquistou a medalha de bronze, ao terminar a prova em 4º lugar, perdendo o pódio para o coreano Jin Jongoh, detentor de três medalhas olímpicas.
 
Felipe Wu conquista segunda medalha de ouro em Copas do Mundo (Foto: Divulgação)Felipe Wu conquista segunda medalha de ouro em Copas do Mundo (Foto: Divulgação)
 
A prova contou, na fase de classificação, com a presença de 61 atletas, que buscavam um lugar entre os oito melhores para a disputa final. Felipe, com 580 pontos, dos 600 em disputa, passou em 7º, Julio, com 583, em 3º. 
 
Após a primeira série Wu era apenas o 7º colocado. O brasileiro não desanimou e na segunda foi para terceiro. Subiu para segundo nas duas seguintes e a partir da quinta, alcançou a primeira colocação, não deu chances aos adversários e faturou o ouro, com 200 pontos conquistados, apenas 0.5 à frente do indiano Jitu Rai, medalha de prata, com 199.5. O terceiro lugar foi para o coreano, detentor de três medalhas olímpicas, Jin Jongoh. Julio Almeida mostrou que está em ascensão, ficou na quarta colocação.   
 
Com esta conquista tanto Felipe, atual número cinco do mundo, quanto Julio, 57º, subirão várias colocações no ranking mundial e mostram que o tiro esportivo brasileiro chegará com força à Rio 2016.
 
(Foto: Divulgação/CBTE)(Foto: Divulgação/CBTE)
 
Fonte: CBTE
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Entrega do Velódromo Olímpico completa o Parque Olímpico da Barra

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Com dezenas de atletas na pista de competição, o Velódromo Olímpico foi entregue ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 na manhã deste domingo (26.06). A entrega foi a última a ser realizada no Parque Olímpico da Barra, que já tem todas as instalações aptas a receberem competições. O palco das provas de ciclismo e paracilismo de pista recebeu R$ 143,5 milhões de investimentos, sendo R$ 118,8 milhões do Ministério do Esporte (R$ 112,9 milhões para construção e R$ 5,9 milhões para manutenção) e foi executado pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
 
A pista de 250 metros é feita de pinho siberiano e foi desenhada pelo especialista alemão Ralph Schürmann. As placas e tesouras de madeira que dão suporte ao piso foram importadas da Alemanha. Foram utilizados cerca de 55 quilômetros de madeira e 94 treliças, além de 1,2 tonelada de pregos. O tipo de pinho utilizado é menos suscetível à umidade e ao calor, o que torna a pista mais durável. A instalação terá flexibilidade para outras configurações de arena e permitirá que o Rio de Janeiro possa sediar competições internacionais após os Jogos.
 
Ciclistas de sete países - Brasil, Suíça, Austrália, Rússia, Japão, China e Hong Kong - fizeram o teste esportivo da pista neste sábado e domingo. De acordo com eles, o atraso na entrega e a ausência de um evento-teste mais amplo não influenciaram na qualidade do local da competição.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
"A pista já está ótima e estará em excelentes condições. Agora não temos nada a dever para nenhum outro lugar de competição do mundo. Foi uma honra testar a pista aqui como representante do Brasil", afirmou Armando Camargo Filho, suplente de Gideoni Monteiro, o único brasileiro classificado para as disputas no Velódromo durante os Jogos Olímpicos. Essa será a primeira participação brasileira em provas olímpicas de pista dos últimos 24 anos. Gideoni está em fase final de preparação para as Olimpíadas e permaneceu treinando na Suíça.
 
"Estive em vários velódromos do mundo e não tenho dúvidas de que este é um dos melhores. Por estar ao nível do mar, os recordes podem não ser batidos, pois a velocidade é mais alta em locais com mais altitude. Mas é uma questão que todos os atletas sabem e não esperam algo diferente", acrescentou Armando. "Ouvi os treinadores falando 'very good' [muito bom] depois de analisarem com bastante atenção toda a pista". Assista a um vídeo onde Armando fala sobre a pista e sobre o apoio do governo federal ao ciclismo.
 
O australiano Alexander Porter, campeão mundial em 2016 na prova de perseguição por equipes e atual número 33 do ranking mundial da prova Omnium, elogiou a pista, mas ressaltou que ainda há um pouco de poeira que provém das instalações das arquibancadas temporárias e posições de imprensa que ainda estão em andamento. "Temos certeza que este pequeno detalhe estará 100% ajustado para os Jogos. De resto, o equipamento é muito bom para os competidores", afirmou o atleta. "Esta será minha primeira Olimpíada. Estou muito empolgado para participar. Serão muitas emoções, muitas surpresas. Foi importante estar aqui neste teste, pois poucos puderam participar. Acredito que isso será uma vantagem", finalizou Porter.
 
"O Velódromo é ótimo e a pista está muito bem construída. Acho que ela será muito rápida para os Jogos. Espero ter um bom desempenho aqui em agosto", disse o suíço Gaël Suter, já classificado para as Olimpíadas.
 

Entrega VelódromoEntrega Velódromo

Cerimônia de entrega
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entregou simbolicamente a chave da instalação para o presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. Também participaram da cerimônia desta manhã o ministro do Esporte, Leonardo Picciani; o presidente da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso; o diretor-executivo de Esportes do Comitê Olímpico Internacional, Christophe Dubi, e representantes do Comitê Olímpico do Brasil, Confederação Brasileira de Ciclismo e União Ciclística Internacional.
 
O ministro do Esporte reiterou que o Velódromo será uma referência para o ciclismo brasileiro. "É um equipamento fantástico. Eu tive a oportunidade de assistir as competições aqui deste teste esportivo. Foi aprovado por todos os atletas. Portanto, o campo de competições para as olimpíadas está extraordinário e vai permitir um alto nível de competições. Eu creio que o Rio de Janeiro terá a partir do fim das Olimpíadas, como legado, um grande equipamento para desenvolver o ciclismo no estado e no Brasil. Fazemos daqui um ponto de referência para o ciclismo de pista em todo o Brasil", disse Picianni.
 
"Quando a gente entrega a última chave, a mensagem que eu quero deixar é de que nós estamos fazendo, sob o ponto de vista de equipamentos olímpicos, a olimpíada mais barata da história. Boa parte desse Parque Olímpico é uma PPP [Parceria Público-Privada]. A Vila dos Atletas, o campo de golfe... Boa parte das estruturas construídas para os jogos é privada", afirmou Paes.
 
Parque Olímpico
O Parque ocupa uma área de 1,18 milhão de metros quadrados, onde ocorrerão disputas de 16 modalidades olímpicas (basquete, ciclismo de pista, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, handebol, judô, luta greco-romana, luta livre, nado sincronizado, natação, polo aquático, saltos ornamentais, taekwondo, esgrima e tênis). O complexo também receberá nove modalidades paralímpicas (basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, goalball, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas e tênis em cadeira de rodas).
 
As instalações permanentes na Barra - Velódromo, Centro Olímpico de Tênis e as Arenas Cariocas 1,2 e 3 - integrarão, junto com o Parque Olímpico de Deodoro, o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT), que ocupará o topo da Rede Nacional de Treinamento, que está sendo estruturada pelo Ministério do Esporte em todo o país.
 
As outras instalações esportivas da Barra serão temporárias: a Arena do Futuro, do handebol, terá sua estrutura desmontada para a construção de quatro escolas públicas após os Jogos, e o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos será desmembrado, com as piscinas reaproveitadas em outros locais no Rio de Janeiro.
 
Ciclismo brasileiro
Desde 2010, o Ministério celebrou três convênios com a Confederação Brasileira de Ciclismo (CB), que resultaram em investimentos da ordem de R$ 2,7 milhões na modalidade. Somente para ciclismo pista o investimento foi R$ 1,3 milhão. Os recursos possibilitaram a participação da equipe brasileira em eventos esportivos nacionais e internacionais, visando a preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
Também por meio do Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual do mundo, a pasta apoiou, somente em 2015, 171 atletas olímpicos e paralímpicos da modalidade de ciclismo, num aporte de R$ 2 milhões.
 
Nove atletas do ciclismo (estrada, pista, BMX e paraciclismo) também são apoiados pela Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa e destinada a atletas com chances de disputar medalhas nos Jogos Rio 2016. O atleta Gideoni Monteiro, da modalidade pista e já confirmado nos Jogos Rio 2016, está entre os patrocinados pela iniciativa que concede bolsas que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
 
Abelardo Mendes Jr - brasil2016.gov.br 
Ascom - Ministério do Esporte
 

Tocha tem dia especial no Pantanal e na Chapada dos Guimarães

No cardápio de belezas do Mato Grosso, há de tudo um pouco. O estado abriga, a 90 km da capital Cuiabá, a porta de entrada para a porção norte do Pantanal, com sua vegetação alagadiça e seu desfile de incontáveis espécies animais. A 130 km da capital, fica a cidade de Nobres, uma versão menos domesticada de Bonito (MS). Mais perto da cidade, seguindo pela MT-251, paira um dos planaltos mais espetaculares do país: a Chapada dos Guimarães. E foi na sua trajetória de viajante que a chama olímpica visitou, nesta sexta (24.06), alguns dos principais destinos de turismo ecológico do país.

A missão olímpica começou quando o sol raiou. Passavam poucos minutos das 6h quando o nadador Felipe Lima já se posicionava diante de um nascer do sol em meio a uma discreta revoada de pássaros. O céu azul se abriu na visita da chama ao Pantanal matogrossense.

Por lá, ele e outros quatro condutores fizeram conduziram a chama de barco numa várzea onde os jacarés dormiam sob a água, numa cavalgada e durante a condução de uma boiada - com direito ao toque de berrante para anunciar a chegada da tocha na condução.

Em um refúgio de araras azuis, embrenhado na Transpantaneira, rodovia que conecta a cidade de Poconé à planície inundada, Felipe Lima esperava para conduzir a tocha sobre um mirante. Cuiabano, o atleta é bicampeão pan-americano e terceiro no mundial na prova de 100m peito, e já foi semifinalista olímpico, em Londres, 2012.

"A tocha é o espírito olímpico que todo atleta quer ter dentro de si". Não foi a primeira vez que ele exerceu o papel de condutor. Em 2007, quando os Jogos Pan-Americanos foram realizados no Rio de Janeiro, Felipe foi convidado para ser guardião da chama em Cuiabá. "Desta vez foi uma experiência nova de carregar no Pantanal, diante do nascer do sol espetacular. Vai ficar marcado na minha vida", afirmou.

Ele entregou a chama ao poconeense Luís Carlos Macedo, de 15 anos. "Fui escolhido porque nasci e fui criado na fazenda. Sou bom aluno e quando não tenho transporte, vou de bicicleta", afirmou. O adolescente embarcou em uma canoa e passeou com o símbolo esportivo por um lago em que jacarés tomam sol às suas margens à medida que a temperatura aumenta, ao longo do dia.

Revezamento Tocha - Pantanal Mato GrossoRevezamento Tocha - Pantanal Mato Grosso

Amazona pantaneira
Foi no lombo de uma égua branca sem sela e com a tocha erguida que Patrícia da Silva mostrou o poder da amazona no Pantanal matogrossense. Criada numa família de três filhas, ela e as irmãs aprenderam a lidar com o campo desde cedo. Acorda às 5h e muitas vezes passa o dia à base de guaraná ralado. No Pantanal, são poucas as mulheres que atuam como Patrícia. Por lá, garante, não há distinção de gênero quando o assunto é tocar a boiada.

Formada em educação física, a matogrossense, que gosta de jogar handebol, garante que todo pantaneiro é um esportista nato. "No Pantanal você é praticamente um atleta. O pantaneiro tem a resistência e a força de qualquer bom atleta pelo esforço físico e o condicionamento exigido diariamente."

Foi no portal do Pantanal que a rainha da cavalhada Aline Ribeiro passou por entre cavaleiros mouros (de vermelho) e cristãos (de azul) para a despedida da tocha olímpica na deslumbrante área do Mato Grosso que já foi tema de filmes e de uma das novelas de maior sucesso do país.

Rainha da Cavalhada, Aline Ribeiro passa com a tocha no Portal do Pantanal. (Foto: Ivo Lima/ME)Rainha da Cavalhada, Aline Ribeiro passa com a tocha no Portal do Pantanal. (Foto: Ivo Lima/ME)

Chuvisco na Chapada
À tarde, a chama seguiu para a região da Chapada dos Guimarães. Um dos municípios mais antigos do estado, com 17 mil habitantes, a região tem altitude elevada e clima ameno. Localizado no centro geodésico da América do Sul (ponto equidistante do continente), o lugar esbanja biodiversidade e coleciona cachoeiras, formações rochosas incomuns, sítios rupestres e comunidades tradicionais. "É um lugar riquíssimo, em natureza e de diversidade cultural ", salientou Fernando Xavier, guia de turismo e coordenador regional do Instituto Chico Mendes (ICMBio).

O revezamento por lá teve início no destino mais conhecido da região, a cachoeira Véu de Noiva. A queda tem 86 metros de altura e sua águas se debruçam sobre um vale profundo e verde, cercado por um paredão de arenito.

Quem desceu a escadaria de pedra em direção ao mirante da cachoeira foi a cantora e compositora campograndense Tetê Espíndola, de 62 anos. Como nasceu antes da divisão dos dois estados - que ocorreu em 1979 -, ela se considera dos dois lugares. Há 40 anos, mudou-se para a casa de um irmão em Cuiabá e descobriu a Chapada. "É um lugar que me inspira e que quero que continue assim, reservado, preservado, lindo, para minha inspiração e para o bem do planeta", destacou. O lugar foi eternizado em uma música composta por ela e por Carlos Rennó, chamada Chuvisco na Chapada.

Revezamento Tocha - Chapada dos GuimarãesRevezamento Tocha - Chapada dos Guimarães

National Geografic
O envolvimento de Izan Petterle com a Chapada dos Guimarães vai além da fotografia: como o de Tetê, passou a ser de vida. Foi da cantora que ele recebeu a chama olímpica e fez o beijo das tochas com a cachoeira do Véu da Noiva ao fundo. Os dois, a propósito, são amigos, o que fez Izan se lembrar do dia em que estavam juntos na Cidade de Pedra - outro visual deslumbrante por onde a tocha também passou. Tetê começou a cantar e um grupo de araras que moram nos paredões da Chapada sobrevoou a cantora, que desenvolveu um trabalho em que imita o som dos pássaros.

Fotógrafo da National Geografic desde 2000, o gaúcho trabalha em São Paulo e mora na Chapada. Veterinário de formação, se tornou fotógrafo profissional em 1998. Explora e documenta aspectos da cultura e da geografia da América Latina e, nos últimos anos, começou a fotografar com um aparelho de celular. A forma, apesar de restritiva, o permitiu assumir um novo olhar da fotografia e permitir trabalhar em meio à invisibilidade. "Na verdade eu não fotografo a Chapada. Eu fotografo a minha viagem aqui, as minhas experiências oníricas e metafísicas."

Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de Poconé e do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT)

Ascom - Ministério do Esporte

Em Cuiabá, tocha tem encontro com a cultura e o esporte matogrossense

Terra da viola de coxo, de danças folclóricas como o cururu e o siriri, do lambadão e do rasqueado. Temperada pelos sabores do caju, da castanha, da cabeça de pacu e da carne seca com arroz servida com farofa de banana frita. Desenhada pelos contornos da Chapada dos Guimarães, banhada pelas águas límpidas de Nobres e selvagem em sua essência pantaneira. Essa é Cuiabá, capital matogrossense famosa pelas altas temperaturas, mas que reservou um dia agradável, com clima ameno, para receber a chama olímpica em seu território, nesta quinta-feira (23.06).

O Mato Grosso é o 20º estado a sediar o revezamento da tocha, que voltou ao Centro-Oeste em sua maratona Brasil afora. O roteiro teve início pela manhã, nas ruas de Várzea Grande, cidade vizinha à capital do estado. Em Cuiabá, o percurso começou à tarde, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, mais conhecida como Avenida do CPA.

A passagem da chama por Cuiabá ocorreu em um dia especial, na mesma data em que é comemorado o Dia Olímpico, criado pelo Barão Pierre de Coubertin para celebrar a formação do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 23 de junho 1894. A iniciativa foi tomada em Paris, com o propósito de marcar o renascimento dos Jogos Olímpicos na Era Moderna.

No centro da cidade, o Liceu Cuiabano, tradicional colégio fundado em 1880, sediou manifestações culturais em homenagem ao revezamento. Alunos organizaram uma fanfarra e o grupo Flor Ribeirinha, que mantém vivas as tradições do cururu e do siriri, levou seus trajes coloridos e saias rodadas para girar por lá. De roupas feitas de chitão, exibindo frutas e flores da região,  as meninas dançavam descalças o ritmo alegre, como manda a tradição de dois séculos atrás. Os homens usavam chapéus e sapatos de solado grosso, para fazer o sapateado característico.

O colégio Liceu Cuiabano preparou apresentações de dança para homenagear a chama olímpica. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br)O colégio Liceu Cuiabano preparou apresentações de dança para homenagear a chama olímpica. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br)

Fundadora do grupo, surgido na comunidade de São Gonçalo do Beira Rio, Domingos Silva, de 66 anos, contou que a tradição começou com sua avó e hoje já chega a seus netos. “Estou orgulhosa de poder dançar e mostrar, nesse dia tão especial, que Cuiabá tem cultura.”

A cena cultural local também foi representada pelo roqueiro Billy Spindola. Criado às margens do Rio Cuiabá, ele se encantou com a sonoridade da viola de coxo, instrumento de cordas em formato de pera, inventado ali. “A maneira que encontrei de me reinventar foi trazer para dentro do rock o símbolo máximo da cultura mato-grossense”, explica. Billy começou a estudar formas de eletrificar o instrumento e acabou inventando a guitarra de coxo. Skatista, ele foi além e adaptou uma guitarra em uma prancha de skate, e batizou a inovação de skatarra. “Me sinto dentro de tudo, desde criança sonho em participar de uma Olimpíada.”

O músico conduziu a chama em um ponto da tradicional Avenida Getúlio Vargas, e imprimiu irreverência ao momento. Conversava com os amigos que o acompanhavam, fazia sinais para as câmeras e chegou a carregar sua invenção,  a guitarra de coxo, por alguns segundos.

Carmencita Hokumura diminuiu o ritmo da corrida habitual para aproveitar o momento como carregadora da tocha. (Foto: Ivo Lima/ME)Carmencita Hokumura diminuiu o ritmo da corrida habitual para aproveitar o momento como carregadora da tocha. (Foto: Ivo Lima/ME)

Triatleta
Carmencita Hokumura foi uma mulher à frente do seu tempo. Na década de 80 partiu do Rio de Janeiro para o Norte do país para investir na sua carreira de piloto de avião. Eram poucas as mulheres que atuavam na profissão e ela era a única a atender garimpos do Pará, abastecendo de alimentos as centenas de homens que tentavam a sorte na vida em busca do ouro enterrado. A chegada a Cuiabá, anos depois, foi uma forma de, como ponto de rota, tentar retomar a história que deixou para trás quando decidiu priorizar a carreira.

Afastada da aviação e focada na vida em solo, foi a vez de, aos poucos, se envolver com o esporte. Aos 66 anos, já viúva e com tempo livre para dedicar ao cuidado com a saúde, ela nada, corre, rema, pedala e participa de corridas de aventura. Em frente ao parque Mãe Bonifácio, onde costumava treinar, Carmencita conduziu a tocha olímpica sem a pressa que costuma ter nas provas que ainda participa. “As pessoas não foram feitas para estarem paradas, mas para correr, saltar, virar de cambalhotas. É isso que as olimpíadas mostram pra gente, não é?”


Revezamento Tocha - Cuiabá MTRevezamento Tocha - Cuiabá MT
 

Ouro no judô
Os dois são grandes e faixa preta de judô. O pai, Felenon Muller, repassou aos filhos a disciplina e a seriedade com que o esporte deve ser encarado. Dos quatro homens e uma mulher, David Moura, de 28 anos e do alto de seu 1,93m e mais de 110kg, decidiu em 2008 se dedicar com afinco ao esporte. Em 2015, o judoca trouxe o ouro para o Brasil no Pan-Americano de Toronto 2015. Focado nos treinos, o cuiabano é um dos contemplados pelo programa Bolsa Pódio.

Em frente à Arena Pantanal, sede da Copa do Mundo de 2014, ele e o pai foram responsáveis pelo último beijo da tocha em Cuiabá. David acendeu a pira olímpica, mas quem não conseguiu segurar o choro foi Felenon. “David é a sequência do que foi a minha carreira como judoca, pois a idade que ele começou foi a que eu estava encerrando minha carreira profissional. Simbolicamente, repassar a chama a ele representa essa continuidade”, disse o pai. “Foi meu pai quem acendeu essa chama (do esporte profissional) em mim e participar do revezamento junto com ele tem tudo a ver”, completou David.

Investimento federal
Em Cuiabá, 23 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas da cidade são
patrocinados pelo Bolsa Atleta, programa de incentivo ao esporte do governo federal. Por ano são investidos R$ 320,8 mil. Outros três atletas de modalidades não olímpicas nascidos na cidade também recebem o patrocínio, totalizando R$ 33,3 mil de investimento anual. Já o Bolsa Pódio atende três atletas de alta performance em Cuiabá: Jerusa dos Santos e Ricardo Oliveira, do atletismo paralímpico, e David Moura, do judô. Em 2015 o investimento foi de R$ 492 mil.

Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de Cuiabá (MT)

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Por meio da Lei de Incentivo, Iate Clube de Santa Catarina realiza calendário de vela 2016

O Iate Clube de Santa Catarina - Veleiros da Ilha, em Florianópolis, realiza um trabalho voltado para o desenvolvimento da vela nacional. Em 2016, a agremiação estruturou uma temporada de competições com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, onde serão adquiridos dois botes com motor, boias para regatas, rádios, troféus e medalhas para premiação.
 
O projeto Calendário Náutico 2016 garante estrutura técnica nas classes optmist, laser e snipe. A inclusão da classe dingue é a novidade neste ano. Serão ao todo 16 eventos de vela que irão compor o Calendário Esportivo Náutico de Florianópolis. 
 
O projeto incentivado prevê a contratação de dois técnicos de vela, sendo um exclusivo para a classe optmist, que ainda terá o apoio de um estagiário de educação física e um técnico para outras classes de monotipos. Ainda terá um supervisor de projetos e estrutura para as 16 regatas com pagamento de arbitragem e combustível para os botes de apoio.
 
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Definida equipe olímpica brasileira de canoagem slalom para os Jogos Rio 2016

Foram muitas remadas, incontáveis dias fora de casa, muito suor e dedicação, mas no fim de todo esforço cinco canoístas brasileiros comemoram a vaga nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ana Sátila (K1F), Pedro Henrique Gonçalves (K1M), Felipe Borges (C1M) e a dupla Charles Correa e Anderson Oliveira (C2M) são os atletas que representarão a canoagem slalom do Brasil entre os dias 7 e 11 de agosto no Complexo de Deodoro, no Rio de Janeiro.
 
Depois desta definição do Comitê de Canoagem Slalom da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), os cinco canoístas iniciam uma preparação intensa de treinos visando aos Jogos. “Temos um trabalho específico no canal (de Deodoro) para que os atletas tenham uma maior bagagem técnica para os Jogos”, informou o auxiliar-técnico da equipe, Guille Diez-Canedo.
 
Ainda segundo ele, o fator principal para o atleta neste momento é a questão psicológica. “Uma prova olímpica é totalmente diferente de qualquer outra. O atleta deve estar focado com o seu desempenho, sem importar-se com fatores externos”, explicou. Os canoístas entrarão na Vila Olímpica, no Rio de Janeiro, no dia 26 de julho.
 
Foto: CBCaFoto: CBCa
 
Ana Sátila: a promessa brasileira
Ana Sátila tinha apenas 16 anos quando participou dos Jogos Olímpicos Londres 2012, disputando o K1 Feminino. Na época foi a atleta mais jovem da delegação brasileira em todas as modalidades.
 
“Foi muito boa a experiência. Sinto-me mais preparada para ser uma atleta olímpica” comenta Sátila, hoje com 19 anos. A mineira, natural de Iturama, conquistou feitos inéditos para o esporte no Brasil. Sua paixão pela canoagem slalom iniciou em Primavera do Leste (MT), quando tinha apenas nove anos e aos poucos chamou a atenção pelo seu desempenho.
 
Em 2012 mudou-se para Foz do Iguaçu (PR), onde ingressou na Equipe Permanente de Canoagem Slalom, que treina no Canal Itaipu - estrutura que integra a Rede Nacional de Treinamento. No ano de 2013 ela foi medalha de bronze no Mundial Júnior realizado em Liptovsky Mikulas, na Eslováquia, pela categoria C1 Feminino. No ano seguinte mostrou porque era considerada uma promessa e faturou a medalha de ouro no Mundial Júnior realizado em Penrith, na Austrália.
 
Em 2015, ela passou a disputar o Mundial Sub-23 e durante a disputa em casa garantiu uma medalha de prata em Foz do Iguaçu (PR). Em Toronto, nos Jogos Pan-americanos 2015, um ouro e uma prata pelo C1 e K1 Feminino, respectivamente. Para finalizar a temporada: bronze no C1 Feminino durante a 1ª Etapa da Copa do Mundo de Canoagem Slalom, na República Tcheca.
 
Neste ano Sátila se dedica integralmente ao K1 Feminino, modalidade que é olímpica. Na última etapa da Copa do Mundo 2016, realizada na França, a canoísta garantiu o 6º lugar na final da categoria. Atualmente, a brasileira é a quarta melhor atleta no ranking internacional.
 
“A Ana tem uma mentalidade muito forte. Sua principal vantagem é que ela só se importa em remar, remar bem e vencer. Se continuar assim a pressão dos Jogos vai virar ao seu favor. Só precisa ser ela mesma”, explica Guille Diez-Canedo.
Pepe: o homem dos centésimos
Em 2012, o canoísta Pedro Henrique Gonçalves achava que o “mundo havia acabado” em 13 centésimos de segundos. O atleta havia perdido a vaga para os Jogos de Londres para o canadense David Ford por esta diferença durante evento classificatório para as Olimpíadas.
 
“Eu vi a vaga pular das minhas mãos”, lembra Pepe, que quatro anos mais tarde, durante a seletiva nacional, foi o melhor por apenas 25 centésimos, ficando à frente de Ricardo Taques na disputa.
 
“Foi emocionante, mas vi que a briga estava em aberto”. Ele percebeu que a vaga não estava fácil e que os pequenos erros precisavam ser superados. Nas duas etapas da Copa do Mundo deste ano ele fez sua parte e garantiu sua primeira participação nos Jogos Olímpicos.
 
Natural de Piraju (SP), Pepe saiu de casa em busca de crescimento esportivo com apenas 16 anos quando se mudou para Foz do Iguaçu para ingressar a Equipe Permanente no Centro de Treinamento da Canoagem Slalom. Hoje ele é um dos símbolos da sua cidade natal ao lado da dupla Charles Corrêa e Anderson Oliveira. “Colocamos no mapa da canoagem onde fica Piraju”, comemora.
 
O atleta conquistou em 2015 uma medalha de prata no K1 Masculino nos Jogos Pan-americanos Toronto. Já em 2016, garantiu duas semifinais na 1ª e 3ª Etapas da Copa do Mundo. Agora o atleta tem dois sonhos: “Quero conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio e torcer para que meu esporte seja mais conhecido e reconhecido no cenário nacional a começar por minha cidade que tem talentos incríveis para serem explorados”.
Felipe: projeto social que dá exemplo
Felipe Borges foi da primeira turma do Projeto Social Meninos do Lago, em 2009. O projeto é uma ação da canoagem brasileira com a Itaipu Binacional, que busca desenvolver o esporte e a educação com comunidades de Foz do Iguaçu. Até hoje, mais de 500 jovens carentes foram atendidos, servindo como modelo para o desenvolvimento da base da canoagem no país.
 
Com muito esforço e dedicação, Felipe ganhou, em 2010, sua primeira competição na 2ª Etapa da Copa Brasil, em Primavera do Leste (MT), e seguiu crescendo desde lá. Em 2015, o ano da sua consagração profissional, foi bronze nos Jogos Pan-americanos de Toronto e bronze no Mundial Sub-23, em Foz do Iguaçu.
 
Criança agitada na infância, Felipe viu na canoagem slalom um novo desafio para descarregar suas energias, tanto que até sua mãe percebeu que o esporte o havia transformado. “Ele mudou da água para o vinho”, comenta. Seu primeiro treinador, Antônio Alves dos Santos, lembra o início do atleta como um garoto de muita flexibilidade. “Ele sempre chegava no horário, nunca deu trabalho para a gente”, comenta.
Charles e Anderson: amigos de infância crescem juntos no esporte
Charles Corrêa e Anderson Oliveira são bons amigos de infância. Ambos são de Piraju (SP) e iniciaram em categorias diferentes na canoagem slalom. Enquanto Charles disputava o C1 Masculino, na qual ainda atua, Anderson era do K1. Porém, em 2012, os dois resolveram unir forças e começaram a disputar o C2 Masculino. Em pouco tempo os resultados começaram a aparecer.
 
Nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015 conquistaram a medalha de prata e neste ano ficaram em 9º lugar na 1ª Etapa da Copa do Mundo na Itália. “Foi o nosso melhor resultado e o que nos trouxe a vaga olímpica”, comenta Charles.
 
A escolha dos atletas para compor a equipe olímpica de canoagem slalom se deu através de um processo no qual o atleta teve que alcançar a melhor pontuação na seletiva nacional, realizado em março no Rio de Janeiro, e as etapas da Copa do Mundo que aconteceram recentemente na Europa.
 
Para João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, a Canoagem Slalom vem crescendo gradativamente e a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 é um marco importante na história da modalidade. “Começamos com um trabalho pequeno e fomos aumentando e aperfeiçoando. Com a chegada do BNDES como patrocinador principal foi possível botar em prática ideias e projetos e o resultado está aparecendo. Estamos no caminho de uma excelente participação nos Jogos Olímpicos”.
 

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