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Na Paraíba, ministro do Esporte participa de cerimônia de abertura do Jogos Escolares

Francisco Medeiros/MEFrancisco Medeiros/ME
Começou, nesta terça-feira (20.09), em João Pessoa, na Paraíba, os Jogos Escolares da Juventude, o maior evento estudantil esportivo do Brasil. A competição, que é a porta de entrada para a categoria estudantil do Bolsa Atleta, do Governo Federal, segue até o dia 29 de setembro. Ao todo, serão 3.850 competidores, com idade de 12 a 14 anos, de todos os estados da Federação, além do Distrito Federal, de uma delegação de João Pessoa, e outra da Argentina.
 
A cerimônia de abertura dos Jogos, realizada no Ginásio da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) contou com a participação do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. "Esse evento acontece em um momento muito especial para o esporte brasileiro, em que terminamos de sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos com extraordinário sucesso. E o maior legado das olimpíadas, sem duvida nenhuma, é fazer com o esporte seja enxergado por cada um dos gestores públicos e da iniciativa privada como uma política pública fundamental e de primeira grandeza”, analisou.
 
Picciani que declarou aberta a competição, também falou sobre a importância do esporte como ferramenta de inclusão social. "O esporte pode ser uma importante ferramenta, ao lado da educação, para transformar a vida das pessoas. Transformar para melhor. Sendo capaz de incluir, capaz de promover um futuro para cada brasileiro e brasileira", concluiu.
 
Francisco Medeiros/MEFrancisco Medeiros/ME
 
Além do ministro do Esporte, a cerimônia também contou com a participação da judoca Sarah Menezes, medalhista de ouro nos Jogos de Londres Olímpicos, em 2012, e Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze nas Olimpíadas de Atenas, em 2004 e único latino-americano premiado com a medalha Pierre de Coubertin, maior condecoração de cunho humanitário-esportivo concedida pelo Comitê Olímpico Internacional. E, por isso, para inspirar os jovens atletas, foi o próprio Vanderlei que ascendeu a pira dos Jogos Escolares.
 
Ao todo, serão disputadas 13 modalidades esportivas diferentes: atletismo, badminton, ciclismo, ginástica rítmica, judô, lutas, natação, tênis de mesa, xadrez, basquete, futsal, handebol e vôlei. A sergipana Priscilla Mattos, de 13 anos, atleta de vôlei, falou sobre a oportunidade de participar do evento. “É a primeira vez que eu participo de uma competição como essa. Estou muito feliz, é a chance que eu tenho de mostrar o que eu posso fazer no esporte”.
 
Além das competições, os atletas vão ter à sua disposição diversos eventos paralelos, como programas socioeducativos e culturais que tem o objetivo de aproximar os jovens da própria cultura regional e dos valores Olímpicos. A capital paraibana já recebeu em outras edições dos Jogos Escolares da Juventude. Em 2011, João Pessoa sediou a competição que reuniu atletas de 12 a 14 anos. E em 2007, 2008 e 2014 foi sede dos Jogos para atletas de 15 a 17 anos.
 
Francisco Medeiros/MEFrancisco Medeiros/MEEsporte na Paraíba
Antes de participar da cerimônia de abertura dos Jogos Escolares da Juventude, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani visitou uma vila Olímpica e conheceu projetos sociais que fomentam o esporte nas cidades de João Pessoa, Bayeux e Capina Grande.
 
Logo na chegada ao aeroporto Castro Pinto, na capital paraibana, o ministro foi recebido por alunos das escolas Moacir Dantas e do projeto social Lar Fabiano de Cristo, que realizaram apresentações culturais e esportivas. Do aeroporto, Picciani seguiu para Bayeux, na região metropolitana da capital, onde conheceu o projeto “Hulk em Ação”, que realiza um trabalho social com crianças carentes da cidade. Apadrinhado pelo ex-jogador da seleção brasileira, o projeto atende cerca de 120 jovens, com idade entre sete e 22 anos.
 
Em Campina Grande, o ministro do Esporte foi até a Vila Olímpica da cidade, onde constatou problemas "Nós vimos aqui muitos equipamentos, mas com certo grau de degradação. Então, o ministério está a inteira disposição de Campina Grande para ajudar em tudo que estiver ao nosso alcance". Ainda na vila Olímpica, o ministro conversou com atletas da região e divulgou iniciativas do ministério do Esporte, como o programa Bolsa Atleta e suas modalidades.
 
João Paulo Machado
Ascom - Ministério do Esporte

Ministro visita Vila Olímpica em Campina Grande e participa da abertura dos Jogos Escolares da Juventude

Mal acabaram os Jogos Paralímpicos e o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, cumpre agendas hoje na Paraíba. Em Campina Grande, ele visita a Vila Olímpica Plínio Lemos, nesta terça-feira (20), às 14h. Em seguida, terá uma reunião com atletas e dirigentes dos clubes da cidade.
 
No fim da tarde, o ministro chega a João Pessoa, onde participará da abertura dos Jogos Escolares da Juventude, no Ginásio da Universidade Federal da Paraíba. Nesta competição, podem participar atletas entre 12 e 14 anos de idade. 
 
Serviço: Visita a Vila Olímpica Plínio Lemos
Quando: 20.09 (terça-feira)
Horário: 14h
Local: Vila Olímpica Plinio Lemos
Endereço: R. Gonçalves Dias - Santo Antônio, Campina Grande - PB, 58407-060
 
Serviço: Encontro com atletas e dirigentes dos clubes de Campina Grande 
Quando: 20.09 (terça-feira)
Horário: 14h30
Local: Vila Olímpica Plinio Lemos
Endereço: R. Gonçalves Dias - Santo Antônio, Campina Grande - PB, 58407-060
 
Serviço: Abertura dos Jogos Escolares da Juventude
Quando: 20.09 (terça-feira)
Horário: 18h
Local: Ginásio da Universidade Federal da Paraíba - João Pessoa - PB
Endereço: Rua Tabelião Stanislau Eloy – Cidade Universitária - Castelo Branco
 
Mais informações: João Paulo (61) 98195-8093
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
 

Eliseu Padilha destaca legado intangível dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em balanço de encerramento

DivulgaçãoDivulgação
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira (19/09), que o legado olímpico será administrado pelos governos federal, estadual e municipal a partir da extinção da Autoridade Pública Olímpica (APO), prevista para o fim deste ano. Na opinião do ministro, no entanto, o maior legado é intangível. "O Governo Federal teve uma participação efetiva no estímulo aos atletas. A parceria entre os ministérios do Esporte e da Defesa deu muito certo. Para uma multidão de jovens brasileiros, ficará a ideia de que é possível buscar um caminho no esporte", afirmou Padilha, em entrevista no Rio Media Center.
 
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez um balanço dos Jogos Paralímpicos, que terminaram no domingo em cerimônia no Maracanã, e resumiu o sentimento das autoridades envolvidas na organização. "Ontem à noite, o sentimento foi o de alívio pela conclusão do projeto. O Rio de Janeiro foi a cidade que mais teve transformações em função dos Jogos revertidas para a sociedade. Alguns dos equipamentos já estão sendo usados, como o Parque de Deodoro, que recebeu 9 mil visitantes no último sábado, e a linha 4 do metrô, aberta hoje para a população", destacou.
 
O presidente do Comitê Brasileiro Paralímpico, Andrew Parsons, ressaltou o protagonismo do povo brasileiro, que abraçou os Jogos gerando recordes na venda de ingressos. As competições paralímpicas, que começaram com apenas 300 mil ingressos vendidos, esgotaram os 2,1 milhão de bilhetes colocados à venda. "Em apenas uma semana, vendemos 1,8 milhão de ingressos. Nunca houve isso. Algumas modalidades, como o judô paralímpico, superaram os torneiros olímpicos em espectadores." Quem sai fortalecido é o movimento paralímpico, afirmou Parsons. "Acredito que principalmente as crianças passaram a ter outra percepção sobre as pessoas com deficiência", ressaltou.
 
Para o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, a organização da Rio 2016 eleva o patamar dos próximos Jogos. "É um enorme orgulho concluirmos o projeto com o reconhecimento nacional e internacional do sucesso obtido. Estabelecemos um novo patamar para o esporte olímpico e paralímpico que vai entrar para história", afirmou. Nuzman destacou ainda o resultado social dos Jogos, medido pela participação popular. "Em um único fim de semana, o Parque Olímpico recebeu 170 mil visitantes. Nunca houve um envolvimento tão grande na história dos jogos", comemorou.
 
Ascom - Ministério do Esporte

Emoção e honra máxima concedida ao povo do Rio e do Brasil marcam adeus dos Jogos Paralímpicos

Danilo Borges/ brasil2016.gov.brDanilo Borges/ brasil2016.gov.br
O sucesso da realização dos Jogos Rio 2016 será reconhecida pelo Comitê Paralímpico Internacional com a maior honraria da entidade. O presidente do IPC, o inglês Philip Craven, pronunciou, no meio da Cerimônia de Encerramento das Paralimpíadas: "Decidimos entregar à população do Rio e do Brasil a Ordem Paralímpica, a mais alta honra que um indivíduo ou grupo de pessoas pode receber", para delírio dos 45 mil espectadores presentes no Maracanã, neste domingo (18.09).
 
Exaltando a convivência em paz da diversidade, marca do movimento paralímpico, a Cerimônia de Encerramento fechou um ciclo de megaeventos sediados no Brasil, que recebeu a Copa das Confederações 2013, a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas antes de sediar as Paralimpíadas. Um país multiétnico, que ganhou a maior visibilidade internacional de sua história nos últimos anos e não se furtou a mostrar suas virtudes e defeitos. No mesmo palco que fechou as demais competições, a música brasileira foi o símbolo escolhido para representar a multiculturalidade do país.
 
"Missão cumprida! Realizamos os Jogos Olímpicos e Paralímpicos espetaculares. Esse Brasil que amamos tanto mostrou ao mundo do que é capaz. Toda essa celebração nasceu do sonho de fazer do Rio uma cidade olímpica. Para muitos era impossível, para o Rio e o Brasil, não", discursou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016.
A cerimônia começou com o grupo Batuqueiros do Silêncio, composto por percussionistas com deficiência auditiva. No mesmo ritmo, uniram-se os batuqueiros comandados pelo Mestre Batman, que criou um metrônomo visual utilizando luzes para reger os instrumentistas, e dez percussionistas comandados pelo Mestre Marçal.
 
A cantora paraense Gaby Amarantos liderou a contagem regressiva para o início da festa. Nos telões, um vídeo inspirado nos desenhos de Burle Marx. Uma queima de fotos marcou o início oficial da cerimônia. Em seguida, o guitarrista Armandinho puxou um frevo que animou as arquibancadas. Logo depois, o também guitarrista Andreas Kisser, da banda de rock Sepultura, entrou no palco. Unindo-se a eles, o jovem Jonathan Bastos, que nasceu sem os braços e toca guitarra com os pés. O ritmo, batizado de "frevmetal", era tocado enquanto um grupo com 16 cadeirantes acrobatas se apresentavam o no palco.
 
A cerimônia também coroou a melhor participação brasileira em uma Paralimpíada, considerando o total de medalhas, o número de atletas, finais disputadas e de diferentes modalidades no pódio. Em Londres 2012, o país ficou em sétimo e obteve 21 ouros. Agora foram 14 medalhas douradas e o oitavo posto. Mas somadas às 29 pratas e aos 29 bronzes, o Brasil chegou ao recorde de 72 pódios em uma edição de Jogos Paralímpicos.
 
Uma das medalhas douradas aumentou ainda mais a hegemonia da Seleção Brasileira de futebol de 5, única campeã paralímpica da história da modalidade, que entrou no programa dos Jogos em Atenas 2004. Como reconhecimento dessa supremacia, o craque e camisa 10 do Brasil, Ricardinho, foi o escolhido para ser o porta-bandeira no desfile com as flâmulas de todas as nações participantes.
 
A banda pernambucana Nação Zumbi entrou no palco representando a fauna e a flora brasileiras, com figurino que remetia às florestas tropicais. Eles interpretaram três músicas: "Maracatu Atômico", "Quando a Maré Encher" e "Praieira". Em seguida foi a vez da mato-grossense Vanessa da Mata cantar fazer um show que destacou o mar, com motivos como peixes, sereias e conchas. As canções apresentadas por Vanessa foram "Conto de Areia", "Por Onde Ando Tenho Você" e "Ai Ai Ai".
 
Para encerrar a primeira sequência musical da noite, a cantora Céu, representando o pulsar dos corações, subiu ao palco. Usando um vestido estruturado por vários corações ela também interpretou três músicas: "Baião de Penha", "Varanda Suspensa" e "Os Grilos".
 
 Mirian Jeske/brasil2016.gov.br Mirian Jeske/brasil2016.gov.br
 
Homenagens
Depois, para honrar o triunfo do espírito humano, foi apresentado o prêmio Whang Youn Dai, tradicionalmente entregue desde Seul 1988. A sul-coreana Youn Dai foi a primeira homenageada. Ela foi diagnosticada com uma paralisia infantil aos três anos, tornou-se médica e dedica sua vida a ajudar pessoas com deficiência. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, apresentou os homenageados no Rio: Ibrahim Al Hussein, atleta iraniano da natação, e a norte-americana Tatyana McFadden, do atletismo.
 
Flores foram entregues aos representantes dos voluntários que ajudaram na organização dos Jogos Rio 2016. Em seguida, a música "One Love", de Bob Marley, tocou no estádio enquanto imagens de pessoas de várias etnias apareciam no telão. Um vídeo com os melhores momentos dos Jogos foi bastante aplaudido. Mestrinho, tocando sanfona, Pedro Martins, na guitarra, e Daniel Santiago, no violão, interpretaram o Hino Paralímpico.
 
A bandeira paralímpica foi entregue para o presidente do IPC, Phillip Craven, pelas mãos do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Craven, por sua vez, a repassou à governadora de Tóquio. O hino do Japão foi interpretado, seguido de vídeos sobre a cidade japonesa, sede dos próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em 2020. O dançarino amputado Koichi Omae, a modelo Gimico e artista deficiente visual Akira Hiyama participaram das apresentações japonesas.
 
A tragédia que envolveu o ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad, que faleceu enquanto competia neste sábado (17.09), não foi esquecida. Em seus discursos, Philip Craven e Carlos Arthur Nuzman homenagearam o atleta e o presidente do IPC pediu um minuto de silêncio ao público em respeito à memória do ciclista e ao sofrimento de sua família e amigos.
 
O esforço do atletas, que bateram mais de 200 recordes mundiais, foi lembrado por Craven. Além das marcas, a forma como os brasileiros torceram nas arquibancadas e lotaram as arenas (2,1 milhões dos 2,5 milhões de ingressos disponíveis foram vendidos, marca menor somente do que a de Londres 2012) tornou mais especial os Jogos. "Seu apoio expressivo foi ainda mais lindo do que essa Cidade Maravilhosa. A cada dia vocês faziam um carnaval incrível e foram premiados com desempenhos impressionantes dos atletas. Nessa cidade de cartões-postais, a memória que levarei com mais carinho é a de vocês, cariocas fantásticos. Vocês inspiravam os atletas a alcançar o que parecia impossível", disse Philip Craven.
 
Até Tóquio
O show de axé de Saulo, da Banda Eva, seguido pelo funk de Negro do Borel, do "Dream Team do Passinho" e de Gaby Amarantos embalaram a sequência da Cerimônia. No fim, a cantora baiana Ivete Sangalo entoou a música: "Tempos de Alegria", cantada durante diversas disputas nos Jogos Rio 2016 e  que ficou ecoando pelo Maracanã como se quisesse que este momento nunca terminasse.
 

Mateus Baeta e Gabriel Fialho – brasil2016.gov.br

Ascom – Ministério do Esporte

 

Além da meta: Andrew Parsons valoriza desempenho do Brasil nos Jogos Rio 2016

Nas palavras de Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Brasil tinha uma meta agressiva e ambiciosa para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. O esperado quinto lugar no quadro de medalhas não veio. O país terminou em oitavo, abaixo da sétima posição conquistada em Londres 2012.  Porém, o discurso de Parsons neste domingo (18.09), último dia do evento, foi de satisfação com o que os atletas alcançaram no Rio de Janeiro e de otimismo para o futuro.
 
Alguns números ajudam a entender por que Andrew Parsons não se abalou com o fato de o Brasil não ter cumprido a meta do quinto lugar. Segundo ele, este era apenas um dos objetivos do país na edição caseira dos Jogos. Os outros, de acordo com o presidente do CPB, se cumpriram.
 
“A gente pode considerar essa a melhor participação, apesar de não ter chegado ao quinto lugar no ranking de medalhas de ouro. Era uma meta, não uma promessa. O resultado nos dá confiança de que estamos no caminho certo. Aproveitamos bem esse ciclo, aumentamos o espectro de modalidades. E esta era uma das nossas expectativas: aproveitar esse ciclo para diminuir a dependência do atletismo e da natação e aumentar esse leque”, comentou Parsons.
 
Foram 72 pódios no Rio 2016, recorde da história brasileira nas Paralimpíadas, sendo 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, 65% a mais do que na edição anterior. Estes números ainda podem ser destrinchados para descobrir outros dados comemorados pelo CPB. Enquanto 42 atletas foram medalhistas em Londres 2012, 113 subiram ao pódio no Rio. Destes, 15 tinham menos de 23 anos. Os brasileiros também registraram 93 melhores marcas e tempos da carreira, quebraram 12 recordes das Américas e um mundial, com Daniel Dias, na natação.
 
Os resultados citados mostram que o Brasil começa a diversificar suas medalhas, um dos objetivos traçados pelo CPB. No total, o país foi ao pódio em 13 modalidades, outro recorde nas Paralimpíadas, sendo quatro inéditas: canoagem, ciclismo, halterofilismo e vôlei sentado. “O tênis de mesa teve um resultado muito expressivo. Tinha uma prata por equipes. Agora, além de uma prata individual, a primeira, foram conquistadas outras três medalhas de bronze”, citou o dirigente.
 
Parsons também comentou um momento especial vivido por ele no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos no sábado (17.09). Ao entregar a medalha de ouro para o nadador Daniel Dias, o presidente do CPB foi chamado pelo atleta para subir no pódio, palco sagrado normalmente só pisado pelos medalhistas, e cantar o Hino Nacional.
 
“Nunca vou esquecer o que ele fez por mim. É a minha medalha de ouro. Ter o reconhecimento de um atleta do porte dele, ser homenageado, cantar o hino do meu país ao lado dele... Eu estava em êxtase, em outra dimensão”, agradeceu Parsons.
Além do esporte
 
Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 também devem trazer benefícios para outras áreas além da esportiva. Pelo menos é o que espera Andrew Parsons. Ele exaltou o público, que lotou estádios, ginásios e arenas e teve uma integração especial com os atletas, algo que deve gerar um aumento de interesse da população em geral pelo movimento paralímpico.
 
“Foram 2,1 milhões de pessoas comprando ingresso. É um resultado fantástico. O carioca e o brasileiro abraçaram os Jogos Paralímpicos. Foi extraordinário. A gente viveu uma conexão entre os atletas com o público que vai gerar mais interesse. Tinha muita gente com deficiência nas instalações. Imaginamos que tenhamos inspirado uma nova geração”, declarou Parsons.
 
O presidente do CPB demonstrou emoção com o sucesso dos Jogos Paralímpicos, que superou todos os problemas previamente anunciados e foi sucesso de público. “É uma tremenda prova do que esse país é capaz. Um problema ou outro sempre tem, em todas as edições. A gente conseguiu entregar grandes Jogos, que orgulharam o país e trouxeram para a América Latina a primeira edição. É uma nova fronteira. Dá orgulho de ser brasileiro nessa hora”, elogiou.
 
Vagner Vargas - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Ministro-Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, faz balanço dos Jogos Olímpicos Rio 2016

O Ministro-Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, fará um balanço dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 nesta segunda-feira (19/9), às 14h, no Rio Media Center. Acompanhado do Prefeito do Rio, Eduardo Paes, do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, e do Secretário da Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola, o Ministro dará entrevista sobre a realização do maior evento mundial do paradesporto no Brasil.
 
SERVIÇO
 
COLETIVA BALANÇO DOS JOGOS PARALÍMPICOS RIO 2016
DATA: Segunda-feira, 19 de setembro de 2016
HORÁRIO: 14 horas
LOCAL: Rio Media Center - Rua Madre Teresa de Calcutá, s/nº - Cidade Nova
 
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
 
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Telefone: (21) 996514579
 
Ascom – Ministério do Esporte

Com 24 pódios, Daniel Dias sai do patamar de ídolo nacional para lenda paralímpica

 Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br
Entre tantos momentos inesquecíveis desde 5 de agosto, a Rio 2016 guardou para o final um dos mais especiais para a torcida brasileira. O nadador Daniel Dias transformou a rotina de subir ao pódio em algo histórico. Com o ouro nos 100m livre S5 e o bronze no revezamento 4 x 100m medley 34 pontos, o atleta chegou a 24 medalhas em Jogos Paralímpicos e se tornou o maior medalhista da natação neste sábado (17.09), no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra.
 
Antes dos 100% de aproveitamento de pódios em finais, Daniel se manteve focado. Desconversava quando o assunto era o recorde do australiano Matthew Cowdrey. Mas quando veio a confirmação da 24ª medalha, no momento em que Phelipe Rodrigues bateu na parede da piscina na prova por equipe, foi impossível segurar as lágrimas dele e do grupo. Daniel recebeu abraços e homenagens até dos adversários.
 
O choro teve ainda uma causa a mais: o cansaço acumulado e superado. Daniel vinha de sete finais com eliminatórias antes das provas de hoje. Menos de uma hora depois de vencer, com folga, a final dos 100m livre S5, ele já teve de cair na piscina de novo para abrir o revezamento. Chegou a falar francamente para os companheiros do desgaste físico, mas demonstrou na piscina o espírito de equipe e determinação que motivou os outros três nadadores.
 
"Sei o quanto ele estava sentindo dores. Depois de ter visto a prova dos 100m livre, eu estava lá atrás. Só pedi para Papai do Céu que desse forças para ele fazer o que faz de melhor. Ele mostrou para mim o quanto estava cansado. Uma prosa de cinco, dez minutos antes da prova trouxe à tona tudo o que ela representa, tudo o que a gente fez durante a competição. Foi um recado de que a gente não iria parar de fazer força até bater na parede", disse Andre Brasil, terceiro a nadar pela equipe, e que "passou o bastão" para Phelipe na quinta colocação.
 
O que se passou depois misturou alegria e alívio. Daniel Dias recebeu as medalhas dos outros dias com o mesmo sorriso e naturalidade de sempre, só que não resistiu ao último ouro dele. Chorou, tal qual o filho Asaph, de dois anos. No pódio, recebeu a medalha do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, e o chamou para ouvir o Hino Nacional ao lado dele, numa quebra de protocolo que emocionou até o dirigente.
 
"Confesso que não parei para pensar (no recorde) ainda. Estou sem voz de tanto gritar no revezamento. Já é uma alegria imensa ajudar meu país. Meu objetivo aqui era conquistar medalhas no individual e ajudar meus companheiros no revezamento. Estou feliz demais por nadar em casa, e acredito que o esporte paralímpico nunca mais será o mesmo depois disso aqui", afirmou Daniel.
 
"Estou muito orgulhoso de nadar ao lado do Daniel, do André e do Phelipe. É uma sensação única, uma experiência que vai ficar marcada para sempre. Estou muito feliz com o nosso resultado", afirmou Ruan de Souza, quarto integrante do revezamento medalhista de bronze.
 
Com nove medalhas no Rio, Daniel Dias igualou o desempenho de Pequim-2008, mas conquistou menos ouros do que em Londres (seis em 2012, contra quatro no Rio). Ainda assim, não há discussão para Daniel. Não houve Paralimpíada mais especial do que a Rio 2016. "Muito melhor (que Londres). Foi espetacular aqui! Nunca escutei tanto barulho debaixo d'água. Tenho que agradecer ao público. A gente riu e chorou junto, hoje eu estava meio chorão", disse.
 
 Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br
 
O adeus de Clodoaldo
Outro momento emocionante foi a despedida de Clodoaldo Silva. Daniel é fã declarado do "tubarão", e procurou a natação em 2004, após se encantar com as medalhas dele em Atenas. Os dois nadaram juntos nos 100m livre S5, e o ídolo terminou em oitavo. Ao fim das cerimônias de premiação, Daniel conduziu Clodoaldo na cadeira de rodas e pediu aplausos da torcida, já que era a última prova dele em Jogos Paralímpicos.
 
"Foi incrível, né? Antes de a gente entrar na piscina, a gente conversou e quase chorou. Falei que era uma honra nadar uma final ao lado dele. Último dia, não tinha como terminar melhor. Pude começar no esporte olhando para ele. Tenho que agradecer muito ao Clodoaldo, todos nós temos que agradecer pelo que ele fez pelo esporte paralímpico brasileiro", comentou.
 
A última parada de Daniel antes das entrevistas refletiu o desejo dele para os próximos dias. Ele entregou o mascote Tom de cabelos dourados ao filho caçula, Danielzinho, e o beijou após receber ele dos braços da esposa. "Quero abraçar mais meus filhos, curtir minha família e não pensar em natação por um tempo".
 
Balanço final
A natação brasileira conquistou 19 medalhas ao todo na Rio 2016. Logo depois do ouro histórico de Daniel Dias, foi a vez de Joana Neves disputar a final feminina dos 100m livre S5. Ele chegou com o quinto melhor tempo na eliminatória, mas pegou o embalo positivo da torcida para chegar ao bronze, no 2º pódio dela, única mulher com duas medalhas individuais.
 
Joana conta que a evolução no resultado estava nos planos dela, que pensou apenas em se classificar pela manhã e partir para o "tudo ou nada" à noite. Ela analisou com alegria o rendimento do Brasil na piscina. "Tenho certeza de que o desempenho da natação brasileira evoluiu, e o esporte está tendo um pouco mais de visibilidade", analisou.
 
Thomaz Matera (8º), Ronystony Cordeiro (8º) e Patricia dos Santos (6º) também nadaram em finais neste sábado, mas não conquistaram medalhas. Os 19 pódios garantiram ao Brasil o 9º lugar no quadro de medalhas da natação (4 ouros, 7 pratas e 8 bronzes). China (92 medalhas, 37 de ouro), Ucrânia (74 medalhas, 25 de ouro) e Grã-Bretanha (47 medalhas, 16 de ouro) dominaram a modalidade paralímpica.
 
Michelle Abílio - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Bolsa Atleta é único patrocínio de 96% dos atletas olímpicos e paralímpicos

Ser patrocinado pelo Bolsa Atleta pode significar o início e a manutenção de uma carreira em alto nível. Segundo o Ministério do Esporte, 96% dos atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros contemplados pelo programa declaram não ter qualquer outro tipo de patrocínio. O dado foi apresentado neste domingo pelo coordenador do Bolsa Atleta, Mosiah Rodrigues, em palestra na Casa Brasil.
 
Foto: Fábio Malta/Casa BrasilFoto: Fábio Malta/Casa Brasil
 
O programa contempla 90,6% dos atletas brasileiros convocados para os Jogos Paralímpicos (262 dos 289 da delegação). Entre os bolsistas estão os responsáveis pelas duas primeiras medalhas brasileiras: Odair Santos, prata no Atletismo, e Ricardo Costa de Oliveira, ouro no Atletismo.
 
O programa concede bolsas que variam entre R$ 370 e R$ 15 mil, alcançado desde competidores estudantis a atletas de alto rendimento. O atleta do tiro esportivo Geraldo Rosenthal havia acabado de chegar da competição na Arena Deodoro e disse que sua carreira só existe por causa da bolsa. "Sem o patrocínio eu não teria me qualificado e não estaria aqui", declarou.
São mais de 17 mil atletas de todo o país patrocinados pelo Bolsa Atleta desde 2005. Com mais de uma década de atuação, o programa concedeu mais de 43 mil bolsas, num investimento superior a R$ 600 milhões. Os valores permitem que os atletas se dediquem exclusivamente aos treinos.
 
"É uma ferramente muito importante no dia a dia do atleta. Nosso papel é tentar garantir que o atleta tenha condições de se preparar", afirmou Mosiah ao fim da palestra.
 
Equipe Casa Brasil
Ascom - Ministério do Esporte
 

Ministro elogia desempenho do Brasil nas Paralimpíadas e garante investimentos

No último dia de Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, realizou um balanço, durante coletiva de imprensa neste domingo (18.09) no Rio Media Center, na capital fluminense, da participação dos atletas brasileiros e anunciou que a pasta contará no próximo ano com mais recursos para aplicar em programas sociais e de alto rendimento. “Tivemos um sucesso extraordinário na realização dos Jogos Paralímpicos. Gostaria de agradecer aos atletas que tiveram uma participação incrível e nos encheram de orgulho e motivação”, disse Picciani.

Para o ministro, chegou o momento de iniciar a preparação do novo ciclo, visando aos Jogos de Tóquio. “Encerramos os Jogos Rio 2016 com a certeza de que o Brasil fez uma belíssima campanha, tanto nos Jogos Olímpicos quanto nos Paralímpicos. Foi uma participação extraordinária dos atletas nacionais. Vamos agora voltar as nossas atenções para o ciclo de Tóquio 2020, onde teremos a possibilidade de usar a infraestrutura de legado olímpico, aqui no Rio e em outras cidades do país, como no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo”, contou o ministro do Esporte.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

Leonardo Picciani ressaltou também que o esporte paralímpico segue como uma das prioridade da pasta. “O presidente Michel Temer tem a todo momento nos orientado a tratar com toda a prioridade o esporte Paralímpico. Atualmente, o governo federal é o maior parceiro do esporte paralímpico, seja por meio do Ministério do Esporte, das Loterias Caixa e da Lei Piva.”

O esporte de alto rendimento, por meio da preparação dos atletas e o cuidado com o legado olímpico, a iniciação esportiva e os programas sociais serão as prioridades da pasta, segundo o ministro Leonardo Picciani. “Serão duas prioridades do Ministério do Esporte. A primeira será a preparação dos atletas. Manteremos os programas que vêm dando certo, como Bolsa Atleta, Bolsa Pódio e a parceira com as Forças Armadas. A segunda será o esporte como inclusão social e esporte educacional. Essa era uma área do Ministério que teve pouca ênfase na pasta nos últimos anos. Retomaremos por entender que não existe esporte de alto rendimento sem o esporte de base”, anunciou.

Desempenho do Brasil Durante a fala, o ministro ressaltou a maior delegação brasileira da história, com 286 atletas que disputaram 22 modalidades nos Jogos Paralímpicos. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 de ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todos os medalhistas do Brasil recebem o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.

“Nós tivemos 32 medalhas inéditas em provas, classes e modalidades novas, como canoagem e ciclismo. Tivemos também conquistas inéditas no halterofilismo e no voleibol sentado”, afirmou o ministro.

Sobre a meta de desempenho da delegação nacional, o ministro Leonardo Picciani reafirmou que a análise do governo vai além das conquistas de medalhas. “Desde quando assumi a pasta no dia 12 de maio, o Ministério do Esporte adota o critério de avaliar a evolução do Brasil nos Jogos. A exemplo do que ocorreu nos Jogos Olímpicos, no Paralímpico tivemos uma extraordinária evolução, passamos de 43 medalhas para 72. E quase dobramos o número de finais que os brasileiros participaram”, explicou.

“Avaliamos que a participação dos atletas brasileiros, tanto nas Olimpíadas quanto nas Paralimpíadas, foi positiva. Queremos agora que o desempenho seja ainda melhor nos Jogos de 2020”, completou Picciani.

Orçamento

Sobre o orçamento da pasta, Leonardo Picciano detalhou que o governo não vai precisar construir novamente centros de treinamentos em todas as regiões do país, pois já estão concluídos. “Nós não vamos precisar construir novas instalações, mas manter funcionando as que existem. O orçamento discricionário do Ministério do Esporte para o próximo ano é maior do que para este ano. Ele está indo de R$ 505 milhões para R$ 656 milhões. Ou seja, um acréscimo de 30%. Os programas da pasta serão mantidos e ampliados, porque os recursos foram ampliados. A redução do valor total se deve a não manutenção de rubricas de construção de equipamentos olímpicos”, completou.

Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte

Na despedida do atletismo das Paralimpíadas Rio 2016, Brasil fatura o bronze na maratona

Com as competições no Engenhão tendo se encerrado na noite de sábado (17.09), a disputa da última prova do atletismo dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a maratona, foi realizada neste domingo (18.09) fechando, assim, a programação da modalidade.
E na melhor participação do atletismo brasileiro na história das Paralimpíadas, uma das categorias da maratona terminou seguindo uma rotina à qual os torcedores se acostumaram desde o último dia 8: vibrar com atletas do país no pódio.
 
Edneusa Dorta e seu guia, Tito Sena, fazem festa na chegada da maratona. Foto: Alaor Filho/MPIX/CPBEdneusa Dorta e seu guia, Tito Sena, fazem festa na chegada da maratona. Foto: Alaor Filho/MPIX/CPB
 
Tendo a praia de Copacabana como cenário e o Forte de Copacabana ao fundo, sete corredoras da classe T12 (deficientes visuais) feminina largaram às 9h sob sol forte para o desafio dos 42,195km. A saída e a chegada foram na altura do Posto 5 e as atletas deram voltas em um percurso de 8,4 quilômetros que passou pela orla das praias de Copacabana e do Leme.
 
Baiana de Salvador, Edneusa Dorta, aos 40 anos, disputava sua primeira edição dos Jogos Paralímpicos. Com baixa visão desde o nascimento devido à rubéola que adquiriu da mãe ainda na gestação, Edneusa esteve acompanhada durante todo o percurso pelo guia Tito Sena, de Brasília. O corredor, de 49 anos, é um maratonista vitorioso, ouro nas Paralimpíadas de Londres 2012 e prata na edição de Pequim 2008. O Rio, entretanto, marcou sua estreia como atleta-guia.
 
Com o tempo de 3h18min38, Edneusa e Tito cruzaram a linha de chegada na terceira colocação carregando uma bandeira do Brasil e foram muito aplaudidos pelo bom público que se espalhava pelos dois lados da pista na chegada e que vibrou com a dupla ao longo de toda a prova. O ouro ficou com a espanhola Elena Congnost (3h01min43) e a prata com a japonesa Misato Michishita (3h06min52).
 
“É minha primeira vez na maratona. Então, começo com o bronze, depois vou atrás da prata e do ouro para o Brasil”, brincou Edneusa. “Foi uma prova difícil, mas estou começando nessa experiência de representar o Brasil, de coração, e para o mundo”, continuou.
 
Para a medalhista, receber todo o carinho do público durante a prova tornou a conquista da medalha ainda mais especial. “Foi uma honra. Foi minha primeira maratona internacional e o que eu tenho a dizer é obrigado, Brasil”, agradeceu Edneusa.
 
Edneusa no pódio na Praia de Copacabana. Foto: Alaor Filho/MPIX/CPBEdneusa no pódio na Praia de Copacabana. Foto: Alaor Filho/MPIX/CPB
 
Quem também estava radiante era Tito Sena, que exaltou a experiência de guiar Edneusa ao longo dos 42,195km da maratona no Rio 2016. “Para mim é um privilégio e uma honra estar correndo com uma atleta guerreira e determinada. Estou muito feliz. Essa guerreira está de parabéns e o Brasil está de parabéns. A torcida foi espetacular, deu força e então essa medalha é do Brasil, é nossa, e nós a dedicamos a Jesus”.
 
Com o resultado, o atletismo brasileiro fechou os Jogos Paralímpicos tendo conquistado a marca recorde de 33 medalhas. Foram 8 ouros, 14 pratas e 11 bronzes em uma campanha marcante nas provas de pista, de rua e nos saltos.
 
Outros brasileiros
 
Além de Edneusa, o Brasil teve mais três representantes em outras classes da maratona neste domingo. Também às 9h, 10 atletas da T46 (para amputados ou aqueles com deficiência nos membros inferiores ou superiores), entre eles o gaúcho Alex Douglas Silva, prata na Maratona do IPC, em Londres 2015, largaram para a prova.
 
Alex Silva foi bem até a primeira metade do desafio, quando ocupava a segunda colocação. Entretanto, pouco depois, na altura do quilômetro 25, ele desistiu da prova, abatido por uma fadiga muscular. Alex chegou a receber atendimento médico, mas foi liberado cerca de meia hora depois. A prova foi vencida pelo chinês Chaoyan Li.
 
“Devido ao clima eu provavelmente acabei desgastando mais do que na verdade eu estava repondo e acabou que comecei a ter bastante fadiga muscular”, explicou. “Eu vinha bem, a gente estava em um ritmo bem bom, até acima da minha melhor marca pessoal, e então eu estava controlando bem o ritmo. Tinha ciência de que poderia ter sido medalhista, mas como é uma prova de resistência às vezes nem sempre o melhor vence e, na verdade, quem aguenta mais a parte física”, afirmou Alex.
 
No feminino da classe T54 (atletas em cadeira de rodas), duas brasileiras largaram. Maria de Fátima Chaves, sentindo-se desidratada devido ao calor e ao esforço, abandonou a prova antes da primeira metade do percurso. Já Aline Rocha cruzou a linha de chegada na 10ª posição. O ouro ficou com a chinesa Lihon Zou, a prata com a norte-americana Tatyana McFadden e o bronze com a também norte-americana Amanda McGrory.
 
Fenômeno
 
O resultado de Tatyana McFadden representou mais uma façanha da atleta no Rio. Aos 27 anos, ela é um fenômeno do esporte paraolímpico. Antes de chegar ao Brasil, acumulava 10 medalhas – 3 de ouro, 4 de prata e 3 de bronze – em seis provas diferentes (100m, 200m, 400m, 800m, 1.500m e revezamento 4 x 100m) nas Paralimpíadas de Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012.
 
Agora, Tatyana deixará o país tendo ampliado a coleção com mais seis pódios, já que, no Engenhão, ela foi ouro nos 400m, 800m 1.500m e 5.000m e prata nos 100m antes de fechar sua brilhante participação nas Paralimpíadas do Rio com a sexta medalha na maratona neste domingo.
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
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