Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, faz balanço dos Jogos Paralímpicos e apresenta legado paradesportivo
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Publicado em Sexta, 16 Setembro 2016 11:10
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participa de entrevista coletiva no próximo domingo (18/9), às 13h, no Rio Media Center. O ministro vai apresentar o balanço dos resultados obtidos pelo Brasil nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, e falar sobre os investimentos do governo federal no paradesporto nacional.
SERVIÇO:
ENTREVISTA COLETIVA COM O MINISTRO LEONARDO PICCIANI
DATA: domingo (18/9)
HORÁRIO: 13h
LOCAL: Rio Media Center - Rua Madre Tereza de Calcutá, s/nº - Cidade Nova
Equipe feminina do vôlei sentado perde a semifinal e disputa o bronze com a Ucrânia
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Publicado em Sexta, 16 Setembro 2016 06:51
Marcelo Regua/MPIX/CPB
A Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado perdeu, na noite desta quinta-feira (13.9), a chance de disputar a inédita medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos. O time nacional foi derrotado pela forte seleção dos Estados Unidos por 3 sets a 0, em jogo realizado no Pavilhão 6 do Riocentro. Agora, as meninas do Brasil disputam no sábado (17), a partir das 16h30, a medalha de bronze diante da Ucrânia, que foi derrotada pela China, também por 3 sets a 0.
Mesmo sem a vaga na final, a campanha brasileira já é a melhor da história. Antes, o resultado mais significativo havia sido um quinto lugar, nos Jogos de Londres, em 2012. "Para a gente, estar aqui nesta semifinal já é inédito, mas a gente tem que ir com tudo para conquistar essa medalha de bronze, no sábado. Essa conquista seria muito importante para o nosso esporte. Estar na semifinal já foi histórico, mas a gente quer a medalha" disse Janaina Petit, camisa 10 da seleção e maior pontuadora da equipe, com 14 pontos.
A Seleção Brasileira não começou bem. As americanas demonstraram superioridade e abriram 6 x 1. A vantagem foi crescendo ao longo da parcial e, em 21 minutos, a parcial foi encerrada 25 x 13. O jogo mudou de cara no segundo set. Empurradas por 5.750 torcedores, as brasileiras voltaram melhor e equilibraram a partida. O jogo seguiu parelho. Quando as adversárias abriram vantagem e poderiam fechar o período, as brasileiras conseguiram impedir quatro set points, mas ainda assim acabaram derrotadas pela diferença mínima, em 28 x 26, após 32 minutos de jogo.
Com a obrigação de vencer o último período para se manter viva, a seleção começou o terceiro set melhor que as adversárias. O time brasileiro chegou a abrir vantagem de cinco pontos (8 x 3), mas acabou cedendo espaço às americanas, que encostaram, viraram e tomaram conta do do jogo. A vantagem no placar, então, trocou de lado e as adversárias não tiveram problemas para fechar em 25 x 18.
"Nós começamos com um nervosismo acima do que vinha acontecendo, e isso dificultou o trabalho. Pecamos um pouco por essa falta de experiência de viver uma semifinal paralímpica. Essa seleção norte-americana, por exemplo, fez as duas últimas finais e as últimas três finais de Mundial. Na hora decisiva, a experiência vale muito", avaliou o técnico da seleção brasileira, José Antônio Dantas.
O treinador disse estar feliz com o desempenho apresentado durante os Jogos, e acredita que a conquista da medalha de bronze, no sábado, pode coroar a campanha. "A competição não acabou. Nós temos uma equipe capaz de ganhar uma medalha nesses jogos e a seleção não vai desistir. A busca pela medalha vai acontecer aqui no sábado e as meninas estarão preparadas. Vamos trabalhar com as meninas, com toda a comissão técnica para que no sábado elas estejam com a cabeça focada exclusivamente no jogo contra a Ucrânia".
João Paulo Machado - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
No Engenhão, Brasil amplia a coleção de pódios no atletismo nas Paralimpídas
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Publicado em Sexta, 16 Setembro 2016 02:28
Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br
Depois de uma manhã de competições nesta sexta-feira (15.9) em que o Brasil não subiu ao pódio, as competições de atletismo foram retomadas no fim da tarde no Engenhão para a sessão noturna. Das 29 provas disputadas, oito contaram com brasileiros inscritos, que competiram em quatro finais e duas classificatórias, já que dois atletas não largaram nas eliminatórias (veja lista abaixo).
Desta vez, o país não passou em branco. Os atletas da casa conquistaram mais três medalhas e com isso ampliaram uma contagem de pódios que, no Rio, tem sido fantástica para o atletismo nacional.
A modalidade é o carro-chefe do país nos Jogos Paralímpicos do Rio e, até esta noite, já rendeu 26 pódios para o Brasil. Foram 7 ouros, 11 pratas e 8 bronzes e a campanha já é a melhor da história do atletismo nacional em todos os tempos nas Paralimpíadas.
As primeiras medalhas do Brasil foram conquistadas no início da noite, quando uma bela lua dourada tornava a paisagem no céu acima do Engenhão ainda mais bonita. Com dois atletas na disputa da final dos 200m masculino T11, a torcida aplaudiu muito o fluminense Felipe Gomes e o capixaba Daniel Mendes, que retribuíram o carinho com ótimos resultados.
Ouro nos 200m e bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, Felipe Gomes e seu guia, Jonas de Lima Silva, ficaram com a prata ao completar a prova em 22s52. Logo atrás vieram Daniel Mendes (prata nos 200m em Londres 2012) e seu guia, Heitor de Oliveira Sales, (23s04). Os dois foram superados por Ananias Shikongo e pelo guia Even Tjiviju, da Namíbia, que com o tempo de 22s44 ganharam o ouro com direito a um novo recorde paralímpico.
“Nós fizemos uma boa corrida, tanto o Heitor e eu, quanto o Felipe e o Jonas”, comemorou Daniel Mendes, que no Rio já havia conquistado um ouro, no revezamento 4 x 100m. “Todo mundo fez uma boa corrida e todos buscaram a medalha de ouro, não só nós quatro que entramos para a final, mas todos os atletas que chegaram às Paralimpíadas. Mas são muitos atletas e poucos lugares no pódio. Eu gostei do nosso resultado. Alcançamos mais um pódio e o objetivo era buscar a medalha. Estou satisfeito. Estou na minha segunda prova, é minha segunda medalha, e estou contente por poder estar contribuindo para o país. É uma satisfação levar mais uma medalha para o Espírito Santo e para os capixabas”, continuou o corredor, que destacou o alto nível da final e, principalmente, dos Jogos Rio 2016.
“Essa prova foi mais um reflexo do que está sendo essa Paralimpíada. Desde o Mundial do ano passado, em Doha, até essa Paralimpíada no Rio, agora, as provas onde não acontecem o recorde mundial acontecem os recordes paralímpicos. Isso mostra o quanto o esporte paralímpico se desenvolveu ao longo dos tempos e pelo mundo afora. E a gente continua se desenvolvendo junto, tanto que estamos nos pódios aí. Então é uma satisfação muito grande nossa. É gratificante saber que o esporte evolui e você está evoluindo junto”, concluiu Daniel.
“Eu pretendia fazer uma corrida tão boa quanto a de ontem e fazer alguns ajustes. Mas hoje errei bem mais. Já saí cambaleando. Até consegui recuperar e fazer uma boa prova. Saio satisfeito. Claro, eu estava brigando pelo ouro, motivado, mas a medalha de prata já é uma conquista e hoje foi o mais longe que pude levar o nome do Brasil”, afirmou Felipe Gomes, que chegou à terceira medalha no Rio, já que, como Daniel, integrou o revezamento 4 x 100m de ouro e ainda foi prata nos 100m.
Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br
Arremesso de peso
Depois da dobradinha nos 200m, foi a vez de a alagoana Marivana Nóbrega fazer bonito no arremesso de peso feminino F35. Ela conquistou a medalha de bronze com a marca de 9m28 em uma prova que foi vencida por Jun Wang. Com 13m91, a chinesa estabeleceu um novo recorde mundial. A prata ficou com a ucraniana Mariia Pomazan (13m59).
“Eu vim para essa Paralimpíada como fui para o Mundial de Doha. Sabia das minhas condições, sabia das qualidades das minhas adversárias, vim para fazer o meu melhor e o meu melhor foi o bronze e estou feliz”, declarou.
Na outras finais com brasileiros no páreo, Maria de Fátima foi a 9ª nos 5000m feminino T54 e Edson Pinheiro ficou em 8º no salto em distância masculino T38.
Fenômeno
A primeira atleta a competir foi a cearense Maria de Fátima, que disputou a final dos 5000m feminino T54 (cadeira de rodas). Nascida com uma má formação na coluna denominada mielomenigoceli, que comprometeu os movimentos da perna, Maria de Fátima cruzou a linha de chegada na 9ª posição em uma corrida vencida pela fenomenal norte-americana Tatyana McFadden, que fechou a prova com o tempo de 11min54s07. O pódio foi todo ocupado pelo Estados Unidos, que levou a prata, com Chelsea McClammer (11min54s33) e o bronze, com Amanda McGrory (11min54s34).
Tatyana é uma competidora que só pode ser descrita como incrível. No Rio, ela se inscreveu para todas as provas da categoria T54: 100m, 400m, 800m, 1.500m, 5.000m, revezamento 4 x 100m e maratona. Ela desembarcou no Brasil com um currículo recheado de títulos que incluíam 10 medalhas em Paralimpíadas em seis diferentes provas nos Jogos de Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012. No Rio, a vitória dela nos 5000m marcou o quarto pódio na capital fluminense. Antes, ela já havia faturado o ouro nos 400m e nos 1.500m e a prata nos 100m.
Entre os feitos de Tatyana estão ainda 11 ouros, 4 pratas e 1 bronze em Mundiais, sendo que, em 2013, ela se tornou a primeira atleta a vencer as maratonas de Boston, Londres, Chicago e Nova York no mesmo ano e também a primeira atleta a vencer seis provas em um mesmo Mundial, em Lyon, quando ficou com o ouro nos 100m, 200m, 400m, 800m, 1.500m e 5.000m.
Eliminatórias
Pelas eliminatórias, a maranhense Terezinha de Jesus, que estava inscrita para a prova dos 200m feminino T47, não disputou a competição devido a uma lesão sofrida enquanto se aquecia para competir na quarta-feira.
Por último, nos 400m feminino T11, Thalita Simplício, Terezinha Guilhermina correram bem suas baterias nas eliminatórias e asseguraram vagas para a final da prova. Lorena Spoladore também estava inscrita para a classificatória dos 400m T11, mas a atleta preferiu se poupar para a final do salto em distância T11 que será amanhã pela manhã.
Acompanhe os resultados de todas as provas que contaram com a participação de brasileiros nesta noite no Engenhão:
» Final – 5000m feminino T54 – Maria de Fátima – 9º
» Final – 200m masculino T11 – Felipe Gomes – Prata
» Final – 200m masculino T11 – Daniel Mendes – Bronze
» Final – Arremesso de peso feminino F35 – Marivana Nóbrega – Bronze
» Final – Salto em distância masculino T38 – Edson Pinheiro – 8º
» Classificatórias – 200m feminino T47 – Teresinha de Jesus – não competiu devido à contusão
» Classificatórias – 400m feminino T11 – Thalita Simplício – classificada para final
» Classificatórias – 400m feminino T11 – Terezinha Guilhermina – classificada para final
» Classificatórias – 400m feminino T11 – Lorena Spoladore – não competiu devido à contusão
Ascom – Ministério do Esporte
Após três horas de espera pelo resultado, Sérgio Oliva comemora o bronze no adestramento
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Publicado em Sexta, 16 Setembro 2016 01:42
Cleber Mendes/MPIX/CPB
No dia 17 de agosto de 1982, Maria José Ribeiro deu à luz aos trigêmeos Sérgio, Eduardo e Flávio. Após o parto, Sérgio foi parar na incubadora e, por falta de oxigenação, teve paralisia cerebral. A mãe sempre procurou alternativas para melhorar a qualidade de vida do filho. Em 1989, ele começou no hipismo como forma de terapia, mas não gostou e chegou a procurar outros esportes. Sequer podia imaginar que em 2016 conquistaria no Rio de Janeiro uma medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos.
O caminho até o pódio, contudo, seria longo. Aos 13 anos, um acidente comprometeu os movimentos de Sérgio Oliva. Ele tropeçou no tapete na porta do prédio em que morava em Brasília e caiu em cima de vidros. O acidente fez com que Sérgio perdesse os movimentos do braço direito. As dificuldades da deficiência, contudo, nunca foram problema para Sérgio, que mora sozinho em um bairro do Plano Piloto, na capital federal. Ele seguiu os mesmos passos que os irmãos, incluindo um intercâmbio no Estados Unidos no último ano do colegial.
Michelle Abílio/brasil2016.gov.br“O Sérgio só me dá alegria. Ele foi morar no exterior sozinho, ficou um ano fora e voltou, passou na faculdade de Direito e agora no concurso do Tribunal de Justiça”, conta, orgulhosa, a mãe do atleta sobre o currículo do filho. Nesta quinta-feira (15.09), Maria José saiu do Centro Olímpico de Hipismo, no Complexo Esportivo de Deodoro, com ainda mais motivos de orgulho. Após três horas de espera pelo resultado, Sérgio conquistou a medalha de bronze na prova de adestramento classe IA, a mais severa em relação à capacidade e habilidade equestre.
A prova
O brasiliense foi o sexto cavaleiro a se apresentar no estádio de Deodoro e fechou a prova com a nota de 73.826 com a égua Coco Chanel. Pela frente ainda restavam 20 apresentações. Com a fisionomia tensa, Sérgio não quis comemorar. Em entrevistas, o cavaleiro mostrava para os jornalistas os principais adversários que ainda iriam competir. Entre eles, a britânica Sophie Christiansen, ouro nas últimas duas edições dos Jogos Paralímpicos.
Quase três horas após a apresentação do brasileiro, a britânica de fato fez uma apresentação impecável, somando 78.217 e tirando a liderança de Sérgio. Na sequência, outra britânica, Anne Dunham, de 67 anos, a competidora mais velha da bateria, fez uma ótima apresentação e fechou com a nota de 74.348. A ansiedade só aumentava. Faltava ainda a exibição de uma amazona de Hong Kong, mas na arquibancada o clima já era de euforia por parte da comissão técnica e de familiares. Maria José, Eduardo e Flávio estavam em êxtase.
A festa ficou completa quando Natasha Piu recebeu 63.261 e Sérgio pôde, finalmente, comemorar a medalha de bronze. “Eu trabalhei durante quase 14 anos. São três Paralimpíadas nas costas e foi em casa que eu consegui esse privilégio de estar com esta medalha de bronze no peito. Agora, ninguém me tira esta medalha”, comemora o brasiliense que, em Londres, bateu na trave ao ficar com o quarto lugar na prova.
“Estou muito feliz. Este é um privilégio para poucos, ainda mais em casa, de conquistar esta medalha tão suada depois de quase três horas e meia de agonia. É uma medalha de bronze, mas com gosto de ouro”, completa.
Michelle Abílio/brasil2016.gov.brComemoração com os irmãos
Antes das entrevistas, Sérgio fez questão de dar um abraço nos irmãos Eduardo e Flávio. Emocionados, eles levantaram o medalhista, mostrando para todos a força e a garra do irmão. Ao lado, Maria José alertava: “Amanhã ele compete outra vez, cuidado!”
A comemoração não parou por aí. Sérgio fez questão de tirar fotos com todos, incluindo amigos de infância, e mostrar a medalha. “Em 2007 ele tinha sido campeão mundial e agora ganhou a medalha em casa. Ele já era um orgulho para a família inteira e de repente se tornou um orgulho e uma referência para o Brasil”, elogia Eduardo.
“Acompanhei o Sérgio nas três Paralimpíadas. Em Pequim-2008, Londres-2012, agora no Brasil, e vamos para Tóquio se ele conseguir a vaga”, conta. “O mérito total é da minha mãe, que sempre acompanhou a gente em tudo. Ela é a pessoa central que sempre esteve à frente de todas as batalhas do meu irmão”, completa Eduardo.
Coco Chanel
Após os Jogos de Londres, a equipe de equitação do Brasil teve problemas com os cavalos e precisou ir atrás de uma nova companheira para o brasiliense. “Tivemos um ano sabático atrás de cavalo, procuramos muito, rimos e choramos, mas conseguimos achar um especial para fazer parceria com o Sérgio”, relembra Marcela Parsons, diretora técnica da modalidade.
Michelle Abílio/brasil2016.gov.br
Sérgio treina com Coco Chanel há apenas oito meses. “O cavalo foi muito especial nesse momento. A égua é fantástica. Nós achamos a Coco Chanel quase abandonada nos fundos de uma casa na Holanda e sem nenhuma experiência em competições paraequestres. Eu apostei e mandei trazer acreditando na medalha. Hoje eu posso chamar a Coco Chanel de Gisele Bündchen porque ela desfilou aqui em Deodoro. Amanhã vai ser um desfile no estilo livre”, avalia Marcela.
Nesta sexta-feira, Sérgio Oliva se apresenta nas finais do freestyle. Além dele, outro cavaleiro brasileiro, Marcos Alves, o Joca, briga por medalha na categoria.
Vera Lúcia Mazzilli
Sérgio Oliva não foi o único brasileiro a emocionar o público em Deodoro. A amazona Vera Lúcia Mazzilli, de 65 anos, atleta mais velha da delegação brasileira, também se apresentou e terminou a prova com a 18a colocação (67.130 pontos). “Podia ser melhor, mas o cavalo perdeu um pouco o ritmo”, destaca. Com distonia muscular não progressiva desde o primeiro ano de idade, a atleta fez sua estreia em Jogos Paralímpicos e saiu da prova emocionada. “É muita emoção competir aqui, ainda mais na minha idade que é bem avançada contra pessoas tão novas. É muita alegria”, comemora.
Ascom – Ministério do Esporte
Brasil vence a China de virada com atuação de gala de Jefinho e vai em busca do tetra
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Publicado em Quinta, 15 Setembro 2016 21:28
“Jefinho é melhor que Neymar!” O canto da torcida brasileira após a vitória da seleção de futebol de 5 na semifinal dos Jogos Rio 2016 mostra quem foi o nome da partida. Autor dos dois gols da vitória por 2 x 1 sobre a China, o camisa 7 chamou a responsabilidade e decidiu a classificação da equipe para a quarta final seguida. O Brasil é o único campeão paralímpico da modalidade, que estreou na edição de Atenas 2004, e tentará manter a hegemonia na decisão do próximo sábado (17.09) a partir das 17h.
Gol de Jefinho na vitória por 2 a 1 do Brasil contra a China. (Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br)
“Para mim é gratificante ser comparado a um grande jogador igual ao Neymar, nosso melhor jogador na atualidade”, respondeu sorrindo. “Fico feliz com isso, porque é sinal que estou fazendo um grande trabalho, estou correspondendo à expectativa da torcida e pude ajudar com os gols hoje”, completou o ala direita.
Um roteiro parecido ao que a equipe enfrentou no Mundial de 2014, no Japão, quando venceu de virada os chineses na semifinal e depois superou a Argentina na decisão. Nos Jogos Rio 2016, a Argentina tentará a vaga para a disputa pelo ouro contra o Irã. “Por mim, se der para repetir o roteiro eu assino agora, que aí seremos campeões”, brincou Ricardinho, que foi o autor dos dois gols da vitória contra a China, há dois anos.
Na tarde de hoje, a seleção saiu atrás no placar após cobrança de falta a favor dos chineses aos 13 minutos de jogo. O meio campista Yafeng Wang recebeu o toque curto, levou para o meio e chutou forte da entrada da área, no canto direito do goleiro Luan. Naquele momento, Ricardinho estava sendo atendido no vestiário após sofrer uma falta sete minutos antes.
“Foi um lance que eu parei a bola para definir se eu ia tocar ou arrancar para o drible e ele se jogou para cima de mim, não sei se foi intencional, mas foi uma falta para cartão e infelizmente me cortou”, descreveu o ala esquerdo, com vários pontos na testa, que soube do gol enquanto era atendido. “Estava louco para voltar, mas sabia que nosso time é experiente”.
Ricardinho tenta levar time do Brasil à frente no início do jogo.(Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
Sem um dos craques da equipe, sobrou para Jefinho o papel de protagonista. Ele não decepcionou e fez dois golaços, o primeiro, ainda na etapa inicial. Aos 20 minutos o camisa 7 conduziu a bola pelo meio, driblou o primeiro, abriu para armar o chute tirando a marcação e mesmo caindo chutou no canto direito do goleiro chinês. A bola ainda bateu na trave antes de entrar. “A gente sabe que 1 x 0 contra e com um jogador como o Ricardinho, o melhor do mundo, fora, é complicado. Quem está na arquibancada começa a pensar se vamos conseguir. Mas, pude corresponder à altura e contribuir com essa vitória”, conta o artilheiro.
O Brasil continuava mantendo o domínio do confronto, arriscando mais e ameaçando nos chutes de Jefinho e do atacante Nonato. A China, por sua vez, levava perigo nos contra-ataques puxados pelos velozes meias Zhoubin Wang e o capitão Yafeng. Foi quando, aos quatro minutos da etapa complementar, Jefinho apareceu novamente, arrancou atrás do meio campo, driblou o primeiro marcador, levou a bola da direita para o meio, abrindo a linha com três defensores, e soltou a “bomba” no ângulo direito do arqueiro adversário.
“Tive essa felicidade, aproveitando um contra-ataque em que a defesa deles estava descompactada. Deu certo e eu pude fazer a jogada correta. O auxílio do chamador (membro da comissão técnica que fica atrás do gol adversário orientando os jogadores) foi muito importante também na hora da finalização”, detalha Jefinho.
Com Ricardinho de volta para a partida desde metade do primeiro tempo, usando uma proteção na cabeça, o técnico Fábio Vasconcelos, alternou a formação do time com o camisa 10, ou com Jefinho em campo, após a seleção passar à frente no placar. “A China é muito rápida e se a gente abrir eles acham espaço. Então preferi dar uma segurada, revezando um com o outro, porque o desgaste é grande e para ter um time mais forte, mais bem plantado, e impedir as investidas da China”, explicou o treinador.
A estratégia deu certo, a equipe continuou mais perigosa que os adversários e se segurou bem na defesa até o apito final, para festa da torcida que lotou o estádio, montado na quadra 1 de tênis do Parque da Barra. “A gente sente uma alegria tão grande, porque é muito tempo de treinamento e concentração para um ciclo de quatro anos, então chegar no primeiro objetivo que é a final, é tirar 50% do peso que tínhamos nas costas. Agora é jogar mais leve e fazer de tudo para segurar esse ouro”.
Ascom - Ministério do Esporte
No feminino, Brasil perde para a China com “gol de ouro” e vai disputar o bronze
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Publicado em Quinta, 15 Setembro 2016 21:18
A campanha já era histórica só pelo fato de alcançar a semifinal. E foi por pouco que a seleção brasileira feminina de goalball não chegou à decisão. Após um empate por 3 x 3 entre Brasil e China no tempo regulamentar, na tarde desta quinta-feira (15.09), na Arena do Futuro, a definição da primeira finalista foi para a prorrogação. E aí quem marcasse primeiro levaria a vitória. A China conseguiu: fez o quarto e decisivo gol, garantiu-se na final e deixou para as brasileiras a chance de lutar pelo bronze.
Victoria em um de seus 60 arremessos na partida. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
“Foi um jogo de detalhe. Duas equipes que se defendem bem, dois potenciais de ataque maravilhosos. Fizemos o terceiro, mas sabíamos que não tinha nada ganho. Em dois lances, veio o empate. A prorrogação, no goalball, é terrível. Morte súbita não é fácil, aí entram outros aspectos como tensão, atenção, concentração. Fizemos um lance com grande chance de gol, mas no ataque seguinte da China, a bola entrou”, avaliou o técnico Dailton Freitas.
Tanto a final quanto a disputa do terceiro lugar serão realizadas nesta sexta-feira (16.09). A outra semifinal, que vai definir a adversária do Brasil está marcada para 20h desta quinta, entre Turquia e Estados Unidos.
O jogo
A China abriu o placar com Zhang após três minutos e meio do início do jogo. Com as duas equipes defendendo bem, a partida seguiu equilibrada até que Victoria fez um belo arremesso aos sete minutos, sem chance para as adversárias. A Arena do Futuro foi à loucura com o empate.
Faltando três minutos para o fim da etapa inicial, a China cometeu uma penalidade. Victoria cobrou e Chen defendeu. Mas o próximo gol não tardaria: em bobeada da defesa chinesa, Carol ampliou para 2 x 1.
No segundo tempo, mais uma vez ela. Carol arremessou firme, a bola bateu em Ju e entrou: o Brasil abriu 3 x 1. Mas a China não queria entregar a vaga na final e encostou faltando pouco mais de seis minutos para o fim, quando Simone falhou na defesa e a bola de Chen encobriu Victoria. O empate veio logo depois, também com Chen: 3 x 3.
O fim de jogo foi tenso. Faltando 1 minuto, Victoria fez bela defesa, impedindo que a China tomasse a frente em um momento delicado. O tempo regulamentar terminou empatado. A vaga na final viria na prorrogação.
O gol de ouro
No goalball, são dois tempos extras de três minutos, mas vence quem fizer o primeiro gol. Com um minuto e meio, a defesa da China falhou e a bola quase entrou com um arremesso de Victoria. Foi por pouco. Faltando 35 segundos para o fim da primeira etapa, Simone defendeu com o pé, mas a bola foi jogada para trás. Os torcedores a viram batendo na rede brasileira como se fosse em câmera lenta. Era o gol de ouro que levou a China para mais uma final dos Jogos Paralímpicos.
Com o empate no tempo regulamentar, decisão foi para a prorrogação e a China fez o gol de ouro.(Foto: André Motta/brasil2016.gov.br)
“É uma ótima equipe, a atual vice-campeã. A gente abriu vantagem, mas deixamos encostar, e quando vai para a prorrogação é uma loteria. Não foi a nosso favor, infelizmente. Agora é levantar a cabeça e tentar buscar o bronze”, disse Simone.
A sensação do “quase” foi dolorosa para a equipe. Victoria, de 19 anos, grande talento da seleção e artilheira da equipe com 25 gols, era uma das que mais chorava. Mas um conforto imenso veio das arquibancadas, que também é energia para a disputa do terceiro lugar.
“A gente fica triste por não conseguir a vitória, mas eles estão com a gente, sempre dando força e isso nos faz ter ainda mais força para amanhã. O goalball é a única modalidade criada para pessoas com deficiência, mas quem conhece se apaixona, porque é intenso. A cada dez segundos é uma possibilidade real de mudança no placar, então a adrenalina vai lá em cima e isso faz com que nós nos apaixonemos e as pessoas que conhecem normalmente se apaixonam também. Para nós a torcida é uma alegria grande”, afirmou Simone.
Ascom - Ministério do Esporte
Brasil comete 9 pênaltis e perde para os EUA por 10 x 1 na semi do goalball masculino
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Publicado em Quinta, 15 Setembro 2016 21:04
Long Ball. Essa expressão ainda vai martelar bastante na cabeça dos jogadores da seleção masculina de goalball. Ela foi dita nove vezes para os anfitriões ao longo da semifinal entre Brasil e Estados Unidos, na tarde desta quinta (15.09), na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra. Cada vez que a bola é arremessada sem tocar na área neutra na quadra, o adversário tem direito a um arremesso, com apenas um jogador defendendo. Simplificando em uma palavra: pênalti.
Brasil levou dez gols em tarde irreconhecível: nove pênaltis cometidos. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
Dos 10 gols que os norte-americanos fizeram, nove foram em cobranças de penalidades, todas convertidas. Aliado a isso, o sistema defensivo funcionou bem e o resultado foi um 10 x 1 amargo para o time da casa.
“A gente não está acostumado a um placar desses, aí desestabilizou. Se a gente analisar a bola rolando, foi 1 x 1. As penalidades fizeram a diferença. Perdemos nos nossos erros, entregamos o jogo para os Estados Unidos. Eles trabalharam com a defesa mais recuada e buscamos a agressão. Nessa agressão, cometemos as penalidades”, explicou o técnico Alessandro Tosim.
Para se ter uma ideia do alto número de pênaltis, o Brasil cometeu, em toda a Paralímpiada de Londres 2012, apenas dois. No Mundial de 2014, na Finlândia, foram quatro, enquanto no Pan de Toronto inteiro foram cinco. Somente Leomon fez seis dos nove na partida desta quinta.
“O jogo foi meio truncado no início, cometemos as penalidades, eu mesmo cometi penalidades que não poderia ter cometido, comprometeu o jogo e a gente não conseguiu buscar. A gente é ser humano, é sujeito a erros”, disse Leomon. Ao final da partida, o brasileiro ainda era o artilheiro da competição, com 23 gols.
A disputa de bronze e de ouro ocorrem nesta sexta-feira (16.09): às 15h, o Brasil enfrenta Suécia, que perdeu a outra semifinal para a Lituânia por 7 x 2. Norte-americanos e lituanos fazem a final às 20h. “Hoje foi uma derrota, mas a motivação é a mesma. Amanhã vamos estar na mesma alegria de sempre para buscar esse bronze”, afirmou Leomon.
A partida
Vice-campeã em Londres 2012 e atual campeã mundial, a seleção brasileira começou a partida com Alex, Leomon e Romário. Os Estados Unidos abriram o placar com Tyler Merren, ao cobrar a primeira penalidade, aos dois minutos do primeiro tempo. O mesmo jogador ampliou para 2 x 0 dois minutos depois, após nova falta de Leomon. Romário diminuiu e a Arena do Futuro enlouqueceu.
Estados Unidos brilharam na defesa e chegaram à final do goalball no Rio 2016. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
Leomon cometeu mais um erro no arremesso, dando direito a mais uma penalidade, que Merren cobrou com sucesso: 3 x 1. O técnico Alessando Tosim tirou Leomon e colocou Josemarcio, o Parazinho. Alex chegou a colocar a bola na rede, mas não valeu, porque cometeu mais um erro de Long Ball. Desta vez foi Hamilton quem ampliou o placar: 4 x 1.
No segundo tempo, Leomon retornou no lugar de Alex. O Brasil tentava os gols, mas os norte-americanos estavam brilhantes na defesa. “Trabalhamos pesado para aperfeiçoar o sistema defensivo, para estarmos nas melhores posições para bloquear a bola e cometer o mínimo de erros. Desenvolvemos e mudamos muitas coisas nos últimos 10 meses. Nossa defesa deve ter sido foi frustrante para o Brasil, aí eles erraram e cometeram os pênaltis”, revelou o norte-americano John Kusku.
Na metade da etapa final, Parazinho cometeu outro pênalti e Merren fez mais um. Era a tarde dos pênaltis: Romário errou e Merren fez o sexto gol dos EUA. O sétimo, também do camisa 2, veio em uma bobeira da defesa brasileira. O time anfitrião se entregou, cometeu mais um pênalti e o placar subiu para 8 x 1.
Faltando pouco mais de três minutos, foi a vez de Kusku cometer o pênalti, mas não era o dia o Brasil: Leomon cobrou e o norte-americano defendeu. Quando a bola passava pelos adversários, era a trave que salvava. Mais dois pênaltis, mais dois gols de Merren.
“Não esperávamos tantos pênaltis, não esperávamos essa diferença tão grande. O Brasil é um time incrível, mas chegamos para jogar o nosso jogo, queríamos acabar com eles, mesmo que fizessem um gol ou dois, iríamos continuar firmes. E foi o que fizemos. Nunca havia feito nove gols em um mesmo jogo em Paralimpíadas. O Brasil cometeu muitos pênaltis e me escolheram para os arremessos. Eu relaxei e tentei fazer minhas jogadas”, disse o jogador.
Despedida
Há 15 anos na seleção norte-americana, Tyler Merren está na terceira edição de Jogos, já tem um bronze de Atenas 2004 e sonha em se aposentar da seleção, nesta sexta, com o ouro. Agora é hora de “ser pai”, ele disse, já que tem quatro filhos e quer se dedicar mais à família. Uma das lembranças que ele vai levar do Rio 2016 é, sem dúvida, a energia dos brasileiros nas arquibancadas.
“Nós amamos a torcida, amamos o quão empolgados eles são. Não estavam torcendo por nós hoje, mas em outros jogos o Brasil gostou de ver-nos jogando. Foi incrível. Esta é minha terceira edição de Jogos e está a melhor de longe”, afirmou.
Ascom - Ministério do Esporte
Rio 2016 e futuro: excelência e legado esportivo em discussão na Casa Brasil
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Publicado em Quinta, 15 Setembro 2016 18:13
Agência Brasil / EBC
Dos temas distribuídos pelos eixos temáticos da Casa Brasil, um que pode parecer óbvio talvez se traduza em grande desafio. Discutir excelência esportiva e legado olímpico em plena realização dos Jogos Rio 2016 exigiu ampla programação e espaços atraentes dedicados ao esporte.
A Casa Brasil recebeu visitas de dezenas de atletas e ex-atletas, seja como representantes das esferas de governo, medalhistas ou ídolos do passado. O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, é praticante de Jiu-Jitsu e recebeu a faixa preta de uma lenda da modalidade, o pioneiro Robson Gracie.
Agência Brasil / EBC
O estande do Banco do Brasil, que tem simuladores de vários esportes, ofereceu tardes de autógrafos com ex-integrantes do vôlei olímpico. O primeiro medalhista brasileiro da Rio 2016, Felipe Wu, com o bronze no Tiro Esportivo, também visitou a Casa e esbanjou carisma e simpatia.
Rafael Azeredo / Casa Brasil
Na Linha do Tempo
O Brasil e os Jogos Olímpicos, um dos espaços cenográficos da Casa, os visitantes puderam conhecer a relação entre fatos marcantes da história brasileira e mundial e seu paralelo com cada edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, desde o primeiro, em Atenas, na Grécia, em 1896.
Outro espaço cenográfico foi inteiramente dedicado aos esportes eletrônicos. O Arena eSports Rio 2016 foi pensado para fortalecer a presença do Brasil e dos desportistas eletrônicos e promover o esporte eletrônico nacional. A Casa foi palco, ainda, das finais do Campeonato Brasileiro de três modalidades de eSports, que classificaram os vencedores para o Mundial de Jacarta, na Indonésia, em outubro.
Divulgação/Casa Brasil
Um dos maiores sucessos de público foi o espaço Experimentando Diferenças, onde o visitante podia experimentar esportes paralímpicos como futebol com olhos vendados, bocha, atletismo, basquete em cadeira de rodas, tênis de mesa e games.
Divulgação/Casa Brasil
A Casa Brasil sediou em seus armazéns mais de 30 eventos relacionados direta ou indiretamente ao esporte. Foi discutido o que fica para a cidade após os Jogos, como o legado em infraestrutura esportiva e a revitalização urbanística que devolveu o Rio de Janeiro para cariocas e turistas.
Políticas públicas, como o Bolsa Atleta, que patrocina 80% dos atletas olímpicos e 90% dos paralímpicos da delegação brasileira; Centros de Iniciação ao Esporte; a inclusão de pessoas com necessidades especiais não só no esporte mas como cidadãos ativos; os núcleos de promoção ao esporte e ao lazer em todas as idades. Tudo foi tema de encontros nos espaços da Casa Brasil.
Fonte: Equipe Casa Brasil
Ascom – Ministério do Esporte
Na estreia da canoagem em Paralimpíadas, Caio Ribeiro conquista o bronze
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Publicado em Quinta, 15 Setembro 2016 15:49
Francisco Medeiros/ME
O Estádio da Lagoa Rodrigo de Freitas assistiu na manhã desta quinta-feira (15.09) às primeiras finais da história da canoagem velocidade nos Jogos Paralímpicos. Em dia de domínio da Grã-Bretanha, que subiu ao pódio em cinco das seis provas disputadas, o brasileiro Caio Ribeiro conquistou o bronze na KL3 masculina. O ouro ficou com o ucraniano, Serhii Yemelianov e a prata com o alemão Tom Kierey.
Mesmo com a medalha no peito, Caio demorou a esboçar um sorriso. O semblante sério do canoísta, no entanto, não resistiu à festa da torcida. "Eu vim aqui focado para um trabalho e não alcancei o objetivo que eu queria. Essa é minha tristeza, mas tenho que ficar feliz porque consegui subir ao pódio e fazer história. Estou mais feliz mesmo com a energia do Brasil, do povo que veio aqui dar esse apoio, isso realmente me deixou emocionado. Foi só o início, uma meta para eu trabalhar mais ainda para os próximos Jogos".
Caio, que nasceu no Brasil, mas passou muito tempo morando nos Estados Unidos, elogiou os Jogos Rio 2016. "O evento foi um espetáculo, a organização fez um trabalho fantástico. Fico muito feliz porque odeio como a gente é criticado. O Brasil é um país maravilhoso, para mim a gente é primeiro mundo. Aqui foi a nossa chance de mostrar para o planeta inteiro que o Brasil é capaz de estar igual e até melhor do que os outros países", avaliou.
Francisco Medeiros/MEPrimo do tricampeão mundial de jiu-jitsu, Fernando Margarida, e sobrinho do primeiro brasileiro a representar a ginástica artística brasileira em Jogos Olímpicos, João Luiz Ribeiro, o brasileiro tem o esporte no sangue. Após a conquista, Caio aproveitou para mandar um recado para os familiares. "Medalhei. Fiz história, hein?", divertiu-se.
O atleta conta que chegou a conversar com o medalhista Isaquias Queiroz antes dos Jogos Olímpicos e lamenta não ter conseguido uma medalha da mesma cor da do colega. "Meu objetivo era pelo menos igualar a canoagem olímpica, mas foi um bronze. Estamos juntos", diz. Na opinião do carioca, a medalha pioneira conquistada em casa pode servir de inspiração para pessoas com deficiências semelhantes. "É um exemplo para o mundo inteiro, para as pessoas que têm mobilidade reduzida verem que tem mais um esporte inclusivo para poder se libertar. Queremos igualdade. Espero que isso seja um exemplo para o futuro", disse.
O outro brasileiro classificado para as finais, Luis Carlos Cardoso, da classe KL1, acabou a prova em quarto lugar. Campeão mundial em Milão 2015 na canoa, o piauiense lamentou ter ficado fora do pódio. "Foi por muito pouco. Estava com muito vento, mas isso não é desculpa. Tenho que parabenizar o pessoal que ganhou, é mérito deles. A gente tem que estar preparado para tudo. Infelizmente não veio, mas isso vai me dar mais motivação para treinar e continuar. Pretendo ainda fazer mais um ciclo, quem sabe esse pódio não vem em 2020", declarou.
Domínio britânico e a primeira medalha da história
Os britânicos mostraram por que são considerados uma potência da paracanoagem mundial. Nas provas femininas, domínio absoluto: ouro na KL1, com Jeanette Chippington, na KL2, com Emma Wiggs, e na KL3, com Anne Dickins. Entre os homens, bronze na KL1, com Ian Mardsen, e na KL3, com Nick Beighton.
"Como um time, estamos incrivelmente confiantes. Temos uma estrutura de primeira classe e uma equipe de nível mundial. Sabemos que estamos mais bem preparados e que vamos impor um desafio, realisticamente, em todas as disputas por medalha. É um lugar muito incomum de se estar. Deixamos todos orgulhosos em nosso treinamento e adotamos uma mentalidade de alto nível mundial e isso nos trouxe aonde estamos hoje", opinou Wiggs.
Primeira campeã da história da canoagem velocidade nos Jogos Paralímpicos, já que venceu a bateria inaugural do dia, Jeanette Chippington não conseguia esconder a alegria após a façanha. Ex-atleta de natação, Jeanette já havia conquistado diversas medalhas paralímpicas na modalidade quando decidiu dedicar-se à canoagem, em 2011. "Estou muito orgulhosa de mim mesma. Desde o começo eu tive muito sucesso na paracanoagem, mas havia muita pressão e acho que isso me afetou no mundial este ano, quando fiquei com a prata. Olhando para trás agora, acho que foi a melhor coisa que podia me acontecer. Cheguei a esta corrida e pensei: 'Isso é meu. Não vou esperar mais quatro anos'", comemorou.
Ascom – Ministério do Esporte
Casa Brasil enaltece diversidade cultural com programação empolgante e abrangente
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Publicado em Quinta, 15 Setembro 2016 14:08
Flickr Ministério do Turismo
Contemplando a diversidade cultural do país, a Casa Brasil ofereceu durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 uma série de atividades envolvendo as mais variadas manifestações artísticas, como música, dança, teatro e cinema. Os números são grandiosos: a Casa Brasil recebeu mais de 400 mil visitantes, muitos dos quais tiveram a oportunidade de aproveitar a programação gratuita, que contou com mais de 50 artistas e shows, 14 oficinas de samba (percussão e dança), 10 curta-metragens, além de exposições e degustação de comidas típicas. O projeto faz um recorte do que temos de melhor e mais bonito, provocando orgulho em todos que produziram e participaram das atividades.
Arte por toda parte
A exposição Patrimônio Imaterial Brasileiro – A celebração viva da cultura dos povos apresenta 38 bens declarados como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo cinco deles declarados Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Por meio de recursos audiovisuais e interatividade, em ambientes recriados e textos didáticos, o público conhece e vivencia os bens culturais brasileiros divididos em quatro categorias: saberes, lugares, celebrações e formas de expressão. Estão, entre outros, o mamulengo, a roda de capoeira e o samba do recôncavo baiano. A aposentada Iolanda Rodrigues Pinheiro foi assistir ao show da cantora Gottsha, dia 31 de agosto, e aproveitou para ver a mostra.
"Estou amando a programação da Casa Brasil. Tenho vindo a todos os shows. Aqui estou vendo cada pedacinho do país, somos muito ricos", disse a aposentada, que é maranhense e fez questão de dar a entrevista ao lado do bumba meu boi em exposição no espaço.
Ministério da Cultura
Brasil Junino
As festas juninas, tão queridas pelos brasileiros, também marcaram presença na Casa Brasil. A mostra Brasil Junino apresenta as festividades por meio de fotografias e peças audiovisuais expostas em um conjunto cenográfico típico, uma réplica de uma vila do interior do nordeste.
Entre as principais festas juninas do país estão representações de Ceilândia/DF, Campina Grande/PB, Caruaru/PE, São Luís/MA e Aracaju/SE, além do São João da Bahia que é comemorado em todo o estado. O grupo Balé Flor do Cerrado, de Brasília, foi o responsável por dar vida ao espaço, com apresentações típicas de São João. "Não havia lugar melhor e com mais força para falar dessa tradição que a Casa Brasil", ressaltou a curadora da mostra, Edilane Oliveira.
Festival Interações
O Festival Interações promoveu o encontro de artistas de norte a sul do país no palco da Casa Brasil, fazendo o público vibrar em cada apresentação. Foram mais de 30 artistas e grupos apresentando espetáculos que dialogaram entre si. Com curadoria e direção artística de Afonso Oliveira, produção da Cactus e realização do Ministério da Cultura, o festival foi um dos eventos de maior sucesso realizados no espaço.
"O Festival Interações foi uma das mais importantes mostras da diversidade cultural brasileira. Teve uma repercussão nacional muito grande, com representantes de todas as regiões do Brasil. Os shows tiveram uma receptividade incrível, principalmente nos finais de semana, com todas as apresentações com senhas esgotadas e gente do lado de fora. O MinC e todos os realizadores, como Apex e Ministério do Turismo, estão de parabéns", elogiou Afonso Oliveira.
O curador ressaltou a importância de alguns shows realizado no palco da Casa Brasil. "Tivemos encontros históricos, como do Geraldo Azevedo, um grande nome da música brasileira, com o músico francês Nicolas Krassik. Os maracatus de Estrela de Ouro de Aliança, de Pernambuco, com o bonequeiro Chico Simões, de Brasília. O encontro de Augusto Martins e Marcel Powell (filho do lendário Baden Powell) cantando a grande obra de Zé Ketti. Ver esses artistas que nunca tinham se encontrado, fazendo ensaio e conversando no camarim, e depois juntos no palco, emocionou o público e todos nós que trabalhamos na produção do evento. Não foi apenas uma vitrine, mas um verdadeiro encontro da cultura viva do Brasil", ressaltou.
Geraldo Azevedo, que abriu o Festival Interações, elogiou o projeto. "Desde o início dos Jogos Olímpicos estava na expectativa de integrar a programação de shows da Casa Brasil. Admiro muito o projeto cultural criado para esse período", contou o músico.
Século do Samba
O projeto Século do Samba relembrou clássicos do samba, com apresentações musicais de importantes representantes do gênero. Os mestres da velha guarda, Monarco e Nei Lopes, abriram a série com o show Terreiro e carnaval. Na sequência, a dupla paulistana Os Prettos e o músico carioca João Martins mostram composições próprias, muitas inéditas.
No terceiro show da série, Samba de breque e outras bossas, Jards Macalé e Pedro Luís prestaram reverência ao mestre do samba-breque Moreira da Silva, o Kid Morengueira, com clássicos do estilo. Leci Brandão e Tantinho da Mangueira encerraram a última noite com o show Partido-alto, samba de fato, não faltando versos improvisados e homenagens à Mangueira, escola de coração da dupla. Luis Filipe de Lima, o criador do projeto, comemorou a repercussão do evento na Casa Brasil.
"Não tinha dia, nem hora, o auditório onde aconteceram os shows estava sempre lotado, com gente acompanhando do lado de fora. Conseguimos atingir uma faixa de público muito diversa e calorosa. Tinha o público passeando pela casa, e quem vinha assistir especificamente a algum show, ver a Leci Brandão, por exemplo. Muitas vezes a gente acabava as apresentações e as pessoas vinham nos cumprimentar, não apenas cariocas, mas brasileiros de outros Estados e estrangeiros. O saldo foi o mais positivo possível", disse o idealizador.
Pedro Luis também comentou sua participação no evento. "Fico muito feliz de fazer parte da programação numa área que a cidade ganhou. Espero que o carioca faça dela o melhor possível, com sabedoria e propriedade", frisou.
Oficinas de samba
Dentro do projeto Século do Samba, a Casa Brasil também ofereceu oficinas de percussão e dança (samba de raiz e escola de samba). Os artistas do grupo Filhos do Samba mostraram com se toca vários instrumentos, além de provar que todo mundo tem um pouquinho de samba no pé.
"As oficinas ficaram muito cheias, com muitas crianças e idosos, um público muito bacana. Distribuíamos 50 senhas por oficina (foram 14 no total) e sempre passava um pouco de 50 participantes. Teve gente até que nos procurando querendo que levássemos as oficinais para outros lugares ou pedindo aulas particulares. Entraram na nossa página no Facebook, curtiram, compartilharam, tivemos um retorno muito rápido", contou Claudio Brito, do grupo Filhos do Samba.
Eventos patrocinados pela Petrobras
Canal 100
Os amantes do futebol tiveram uma chance de reviver o passado com a exibição de 10 curta-metragens com cenas restauradas do Canal 100. O cinejornal marcou época ao registrar grandes momentos do esporte, principalmente do futebol. Os curtas exibidos na Casa Brasil incluem depoimentos de jogadores, com imagens registradas ainda em película 18 e 35 mm e que foram ao ar nas maiores salas de cinema do país.
Orquestra Petrobras Sinfônica
Os músicos da orquestra Petrobras Sinfônica se apresentaram duas vezes na Casa Brasil, dias 16/08 e 15/09. No primeiro show, animaram o público com um repertório de rock orquestrado. Já na segunda apresentação, agora somente com o quinteto de sopros, voltaram para as raízes clássicas, com canções de Rossini, Edino Krieger, Julio Medaglia e Verdi. "Amamos a Casa Brasil! Depois que a gente acabou a primeira apresentação, já ficamos pensando em tocar lá de novo", disse Mateus Simões, diretor executivo da orquestra.
Escola de música Associação do Movimento de Compositores da Baixada Fluminense (AMC)
Os jovens da escola de música AMC fizeram uma apresentação no dia 15/08 e voltam ao palco da Casa Brasil na sexta (16), novamente com clássicos de mestres da música brasileira, como Pixinguinha, Nelson Cavaquinho, Jacob do Bandolim e Candeia. "Adoramos fazer a apresentação na Casa Brasil. Vai ser ótimo mostrar de novo o trabalho da garotada. Tendo oportunidade, os jovens são capazes de tudo", ressaltou Lena de Souza, diretora da escola.
Fonte: Equipe Casa Brasil
Ascom – Ministério do Esporte