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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Vídeo: sinta as emoções de um canoísta na descida do Canal de Itaipu

O Canal de Itaipu foi palco do Campeonato Mundial Júnior e Sub 23, entre os dias 22 e 26 de abril. A canoísta brasileira Milene Wolf, que atuou como forerunner – atletas que testam o percurso antes das provas –, topou mostrar todo o circuito de Foz do Iguaçu (PR), com uma câmera instalada no capacete. Agora, os internautas podem sentir as emoções e ver o esforço exigido pela pista com 20 balizas (nas verdes, a canoa ou caiaque deve ir a favor da correnteza; nas vermelhas, contra o fluxo de água).

O canal abriga o Centro Nacional de Treinamento da modalidade e recebeu elogios dos competidores estrangeiros durante o Mundial. A australiana Jéssica Fox, bicampeã no C1 Sub 23 (2013 e 2014) e tricampeã no K1 Sub 23 com a conquista em Foz do Iguaçu, elogiou a estrutura. “É um grande circuito, parecido com alguns rios em que treinamos na Europa. Todo o evento foi realmente muito bom”.

Opinião compartilhada pela espanhola Nuria Vilarrubla, que conquistou o ouro no C1 Sub 23. “Esse é um lugar fantástico. Além do mais, é uma pista que permite muito o jogo, com as correntes e os movimentos. Foi uma grande competição”.

“O Brasil ficou um pouco à frente com essa organização. Os atletas europeus chegam e parabenizam pelo campeonato, falam que está tudo perfeito”, conta Anderson Oliveira, que faz dupla com Charles Correa. Contemplados com a Bolsa Pódio, eles conquistaram o bronze no C2 Sub 23.

O canal conta com obstáculos naturais e artificiais, permitindo a modulação das correntezas. O circuito tem 430 metros de extensão, largura que varia entre oito e 25 metros e profundidade média de 1,2 metro.

O Ministério do Esporte repassou R$ 3 milhões à prefeitura para a implantação da unidade compacta de bombeamento de água no complexo Parque da Barragem. As três bombas evitam que possíveis secas no reservatório de Itaipu, na divisa com o Paraguai, impeçam a prática esportiva.

Quando a quantidade de água reduz e a vazão não é suficiente para alimentar o canal, os equipamentos levam a água do Lago de Itaipu, através de dutos de até 100 metros, para o local de treinos e competição.

Antes do Mundial Júnior e Sub 23, o local já havia recebido o Mundial de Canoagem Slalom Sênior 2007 e o evento classificatório para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008.

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Gabriel Fialho (produção e reportagem) e Danilo Borges (imagens e edição), de Foz do Iguaçu (PR)
Ascom - Ministério do Esporte
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Projeto social desenvolvido em Foz do Iguaçu é celeiro de canoístas para a seleção

Foto: Divulgação CBCaFoto: Divulgação CBCa

O futuro da Canoagem Slalom brasileira passa pelo projeto Meninos do Lago, desenvolvido em Foz do Iguaçu (PR) e que atende a 100 jovens, com idade entre sete e 17 anos. Patrocinado pela Itaipu Binacional e com parceria da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) a ação já formou 600 atletas desde 2009.

“O Meninos do Lago é o grande celeiro de atletas para a modalidade. É o projeto que mais apresenta atletas para a equipe permanente, para as seleções. É um produto com viés social e é o modelo para a CBCa desenvolver a base no resto do país”, destaca Argos Rodrigues, superintendente da Confederação.

E os resultados já apareceram no Campeonato Mundial Júnior e Sub 23, disputado entre 22 e 26 de abril em Foz do Iguaçu. Felipe da Silva, formado no Meninos do Lago, conquistou o bronze na prova do C1 masculino sub 23.  “Iniciei no projeto, o que me fez gostar cada vez mais da canoagem. A gente começou a conhecer o mundo e pouco a pouco eu estava numa estrutura muito grande e o Brasil evoluindo cada vez mais”, afirma.

Andressa Maciel participa da cerimônia de entrega de medalhas. (Foto: Divulgação CBCa)Andressa Maciel participa da cerimônia de entrega de medalhas. (Foto: Divulgação CBCa)Além dos atletas que competiram, um grupo de 46 voluntários, a maior parte formada pelo programa, desempenhou várias tarefas durante a disputa. Divididos em equipes, eles ajudaram na publicação dos resultados nos murais, na logística de entrega das premiações aos atletas, no apoio à central de imprensa, com anotações dos tempos dos canoístas e suas equipes, e na entrega e recolhimento de fichas para os árbitros.

Andressa Maciel, 17 anos, é moradora do bairro Morumbi, da cidade paranaense, e participou das cerimônias de entregas de medalhas. Além disso, ela competiu nas provas da categoria C1 júnior. “Eu realmente não esperava participar do Mundial, mas fiquei muito feliz com a vaga. Como meu treinador disse, foi um resultado muito grande, porque estou começando agora”, declarou.

A atleta conheceu o projeto por um primo e se apaixonou pela interação com a natureza que a canoagem proporciona. “O que mais me chama atenção são as corredeiras, não tem como não querer remar num lugar desses”. E fala sobre seu sonho: “quero ser uma Ana Sátila”, mencionando a canoísta medalha de prata no sub 23.

Outra integrante do programa, Maryane Camargo, 17 anos, também participou do Mundial. Moradora da Vila C, ela entrou para o Meninos do Lago depois que os responsáveis pelo projeto apresentaram a iniciativa na escola que ela estudava. Hoje, Maryane cursa Ciências da Natureza na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e dá a receita para conciliar os horários de treinos e estudos. “Quando estava no ensino médio estudava de manhã e a tarde vinha remar. Agora faço faculdade, remo de manhã, faço treino físico à tarde e à noite vou para as aulas. A rotina mudou, agora mesmo estava fazendo um texto para a faculdade na beira do rio. É só ter organização que dá certo”, disse Camargo, que compete na k1 Júnior.

Maryane Camargo (à esq.) e Andressa Maciel tiveram primeira experiência em mundiais. (Fotos: Danilo Borges/ ME)Maryane Camargo (à esq.) e Andressa Maciel tiveram primeira experiência em mundiais. (Fotos: Danilo Borges/ ME)

O Instituto Meninos do Lago (IMEL) se dedica à divulgação da cultura da canoagem e à preparação de atletas, árbitros e voluntários, para representarem o Brasil nos principais eventos da modalidade. A inciativa chama a atenção mesmo de quem tem grande experiência internacional, como o técnico italiano da equipe permanente do Brasil, Ettore Ivaldi. “Eu tive a sorte de trabalhar em várias partes do mundo, mas acho que não acontece nada como o que temos aqui. É incrível como esses jovens vêm todos os dias e chegam com uma energia espetacular. Tem um aspecto social que é fundamental para o esporte”, elogia.

O projeto utiliza a mesma estrutura destinada aos atletas da seleção brasileira, o que para o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, é importante para o amadurecimento dos canoístas que estão iniciando no esporte. “Os investimentos no alto rendimento têm várias características, que não ficam restritas às seleções. Aqui há um trabalho social, alguns medalhistas como o Felipe vieram desse projeto, ou o Isaquías Queiroz (canoagem velocidade) que veio do Segundo Tempo. Então, você tem a iniciação, jovens treinando em boas condições e a seleção principal. Essa convivência gera esse desenvolvimento da base”.

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O Canal de Itaipu conta com obstáculos naturais e artificiais, permitindo a modulação das correntezas. O circuito tem 430 metros de extensão, largura que varia entre oito e 25 metros e profundidade média de 1,2 metro.
 

Gabriel Fialho, de Foz do Iguaçu (PR)
Ascom - Ministério do Esporte
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Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem promoverá 2.500 testes no Brasil em 2015

Foto: Luis Macedo/ Câmara dos DeputadosFoto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

Os Jogos Rio 2016 já foram responsáveis, muito antes do início da cerimônia de abertura (em 5 de agosto do próximo ano), por enormes avanços no esporte brasileiro. A Bolsa Pódio, instituída pela lei nº 12.395, de 16 de março de 2011; os diversos centros de treinamento que já foram ou estão sendo erguidos em vários estados, todos equipados com aparelhos de última geração; as instalações de primeira linha que abrigarão as competições na capital fluminense e o intercâmbio de atletas – que hoje treinam fora do país em várias modalidades – são alguns exemplos dos efeitos positivos que o maior evento esportivo do planeta já trouxe para o país.

Mas quando o assunto é a luta antidopagem, os Jogos Rio 2016 vão inaugurar, em 2015, uma nova era no Brasil. Na terça-feira (28.04), em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, cujo requerimento foi de iniciativa do deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), o secretário nacional para a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurelio Klein, anunciou que, neste ano, 2.500 testes antidopagem estão previstos no país, em um processo que já está em curso. O controle será realizado com atletas de todas as modalidades que terão provas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

O número representa o triplo da quantidade de testes promovidos em todo o país em 2013, quando foram analisadas 857 amostras, excluindo-se do total aqueles realizados no futebol, modalidade com maior quantidade de testes antidoping no Brasil. Os números de 2014 ainda não foram revelados, mas a ABCD imagina que deverão ficar no mesmo patamar de 2013.

Marco Aurelio Klein durante apresentação no Congresso. (Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados)Marco Aurelio Klein durante apresentação no Congresso. (Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados)Esse salto na quantidade se deve a um fator em especial: “Agora existe um plano de distribuição de testes cujo custeio total fica a cargo da ABCD”, resume Marco Aurelio Klein. Historicamente, devido ao alto custo das análises e das etapas envolvidas na cadeia de custódia exigida nos testes antidopagem – pagamento de profissionais qualificados, uso de kits especiais para coleta de material, despesas com passagens e outros –, muitas confederações e federações esportivas no Brasil não têm como arcar com a implantação dos testes de forma sistemática. Assim, o controle antidopagem, em muitos casos, tornou-se a exceção e não a regra.

Essa realidade é comprovada por números. Um censo realizado pela ABCD em 2013 com 4.995 contemplados pelo programa Bolsa-Atleta revelou que, do total, entre 83% e 90% nunca passaram por qualquer controle antidopagem no Brasil.

Entretanto, com a criação da ABCD, em operação desde janeiro de 2014, o custeio dos testes antidopagem no país passa, agora, a contar com recursos do governo federal. E isso representa uma verdadeira quebra de paradigma no esporte brasileiro.

Além disso, as ações antidopagem promovidas pela ABCD contarão, em breve, com um outro aliado importantíssimo: O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). Antigo Ladetec, o LBCD perdeu sua acreditação junto a Agência Mundial  Antidopagem (AMA ou Wada na sigla em inglês) em 2013 e deverá ser reacreditado no dia 13 de maio pela Wada em anúncio a ser feito durante um evento em Montreal, no Canadá.

Com o LBCD – localizado no polo de química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – reacreditado pela Wada, os custos dos testes antidopagem serão menores para a ABCD, que não precisará enviar as amostras para serem analisadas em outros países.

Revolução
Para o português Luis Horta, especialista em assuntos antidopagem e consultor da Unesco para a ABCD, 2015 será um ano histórico para o esporte brasileiro. “Sem dúvida, a realização de 2.500 testes no país neste ano representa uma revolução”, afirma. “Principalmente porque cerca de 50% dos testes serão realizados fora de competição, o que hoje praticamente não acontece no Brasil”, prossegue.

Marco Aurelio Klein vai mais longe: “Não se trata apenas de ampliar os testes e realizá-los fora de competição. Nós vamos seguir o padrão de análise estabelecido pela Wada, que diz como os testes devem ser feitos”, ressalta. Isso significa que as análises serão orientadas para detectar as substâncias específicas que mais são usadas pelos atletas de determinados esportes. Um exemplo é o EPO (hormônio eritropoetina).

Em 2013, apenas 22 testes para detecção de EPO foram realizados no Brasil: dois no atletismo, 16 no ciclismo e quatro no futebol. Esse número, segundo a ABCD, deveria ser superior a 300. “Agora, para o ciclismo de estrada e maratona, por exemplo, 60% dos testes que vamos realizar serão voltados para identificação de EPO”, destaca Marco Aurelio Klein.

“Muitos dos testes serão feitos para identificação de hormônio de crescimento, o que também é raro no Brasil. Além disso, vamos fazer análises sanguíneas, para implantar o passaporte biológico, o que nunca foi feito no país”, complementa Luis Horta.

O prédio do LBCD, no polo de química da UFRJ. (Foto: Gabriel Heusi/ ME)O prédio do LBCD, no polo de química da UFRJ. (Foto: Gabriel Heusi/ ME)

Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem
Professor emérito do Instituto de Química da UFRJ e responsável pelo LBCD, Francisco Radler de Aquino Neto também compareceu à audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo ele, o LBCD, ao contrário do que ocorreu após os Jogos de Londres 2012 – quando o laboratório montado para fazer as análises durante o evento na Inglaterra foi completamente desmontado após o evento –, haverá um enorme legado para a ciência brasileira após os Jogos Rio 2016.

Radler explicou que, em geral, os 32 laboratórios atualmente acreditados pela Wada no mundo têm 10 dias para entregar os resultados das análises de amostras colhidas em testes antidopagem. Nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos esse prazo é reduzido para 24 horas. Assim, devido ao volume de trabalho (serão cerca de cinco mil testes durante os Jogos Olímpicos), a necessidade de equipamentos aumenta em cerca de 10 vezes durante os Jogos.

“Para as Olimpíadas e as Paraolimpíadas, 95% dos equipamentos já foram adquiridos e estão em fase de montagem”, explica. “Após os Jogos, o excedente, ou seja, o que não for necessário para a operação normal do LBCD, passará por um processo de distribuição e esses equipamentos irão para universidades e centros de pesquisa brasileiros. Haverá um aproveitamento de 100% do legado”, ressalta.

O especialista explicou, ainda, que além do avanço tecnológico, os Jogos Rio 2016 trarão uma enorme contribuição por meio das parcerias que foram fechadas com seis laboratórios –  Londres, Colônia, Sydney, Moscou, Seibersdorf e Ghent –, que ajudarão no treinamento dos profissionais brasileiros.

Material de coleta de amostras da ABCD e cartilhas para informar e educar os atletas. (Foto: Luiz Roberto Magalhães/ Brasil2016)Material de coleta de amostras da ABCD e cartilhas para informar e educar os atletas. (Foto: Luiz Roberto Magalhães/ Brasil2016)

Corridas de rua e anabolizantes
Durante a audiência pública, a ABCD ressaltou que a luta antidopagem no Brasil não se restringirá aos esportes olímpicos e paraolímpicos que terão disputas nos Jogos Rio 2016. Para Marco Aurelio Klein, é preciso combater outro problema muito sério e que ainda é muito pouco discutido no país: o uso indiscriminado de anabolizantes nas academias.

Para o secretário da ABCD, essa é uma questão que extrapola a esfera esportiva. “Trata-se de um assunto de saúde pública. O perigo do uso indevido dessas substâncias é enorme”, alerta.

Klein também atentou que é preciso intensificar a fiscalização nas corridas de rua, cuja popularidade explodiu no país nos últimos anos. Segundo o representante da ABCD, muitas dessas provas – realizadas praticamente todos os fins de semana em alguma grande cidade brasileira – contam com patrocínio de empresas públicas e distribuem premiações em dinheiro. Assim, costumam atrair corredores africanos, que competem em busca desses prêmios. Assim, em 2015 a ABCD promoverá testes em eventos dessa natureza com os atletas de elite.

Movimentação no Congresso
Após as apresentações realizadas por Marco Aurelio Klein e Francisco Radler na audiência pública, os deputados Arnaldo Jordy e João Derly (PCdoB/RS) ressaltaram que é preciso que o assunto antidopagem seja discutido de forma mais eficiente pelo Congresso Nacional.

Segundo os dois, a audiência pública foi importante para balizar algumas ações que podem ser adotadas. Entre elas está a discussão sobre a possibilidade de fazer com que a dopagem possa ter reflexos, além do campo esportivo, no ordenamento penal. Além disso, segundo os parlamentares, é preciso criar mecanismos para que as federações e confederações possam ampliar a cultura de testes antidopagem do país e discutir meios de frear o uso indiscriminado de anabolizantes nas academias.

Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Após 61 anos, Cazuo e Thiago igualam melhor resultado brasileiro na história

Após 61 anos, o tênis de mesa brasileiro volta a ter uma dupla entre as oito melhores do mundo. Com direito a uma emocionante virada, Cazuo Matsumoto (107º colocado do ranking mundial) e Thiago Monteiro (156º) derrotaram na madrugada desta quarta-feira (29) os franceses Simon Gauzy (35º)/Emmanuel Lebesson (84º) por 4 sets a 3 (11/4, 7/11, 8/11, 12/10, 6/11, 11/9 e 11/7) e avançaram às quartas de final do Campeonato Mundial 2015, que está sendo disputado em Suzhou, na China.

Cazuo e Thiago, que recebem o apoio financeiro do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte, igualaram o melhor desempenho na história do tênis de mesa brasileiro em um Mundial, incluindo torneios individuais e de duplas. Em 1954, a parceria formada por Dagoberto Midosi e Ivan Severo também havia chegado às quartas.



Na disputa por uma vaga na semifinal, os brasileiros enfrentarão os sul-coreanos Sangsu Lee (47º)/Hyundeok Seo (101º). O duelo acontecerá nesta quinta-feira (30), à 1h (de Brasília). “Estamos jogando duplas desde o início do ano e eu sentia que, uma hora, íamos encaixar. Torneio após torneio, fomos melhorando, encaixando o nosso jogo. Não estou muito surpreso de estarmos aqui”, afirmou Cazuo após a partida, ainda emocionado.

Thiago destacou a confiança da dupla, mesmo em momentos adversos – incluindo um 2/6 na sétima parcial. “No último set, estávamos perdendo por 6/2, mas acreditamos que poderíamos virar. Em geral, o espírito da dupla estava muito positivo, um levantando o outro. Vamos levar isso para amanhã”, disse, definindo os próximos passos da dupla.

“Agora, o importante é descansar, não pensar em tênis de mesa. Amanhã, vamos estudar os coreanos e definir nossa estratégia”, completou.

O jogo
Cazuo e Thiago foram à mesa sabendo que teriam um confronto muito difícil, já que, nas oitavas de final, os rivais haviam eliminado os atuais campeões mundiais Chen Chien-An (29º)/Chuang Chih-Yuan (10º), de Taiwan. Os brasileiros tiveram um bom início e fecharam o primeiro set em 11/4.

Em um duelo marcado por ralis muito disputados, Gauzy e Lebesson reagiram nas duas parciais seguintes, virando a partida. Cazuo e Thiago voltaram a crescer e deixaram o jogo emocionante. Após estarem duas vezes atrás no placar, levaram a decisão para o sétimo set.

O começo foi favorável aos franceses, que chegaram a abrir 6/2. Os brasileiros não desistiram e, ponto a ponto, buscaram a virada, fazendo 9/6. Em um lance de reflexo de Cazuo, a vitória foi definida: 11/7.

“Saque e recepção foram determinantes na partida. Quando sacávamos bem, eles não conseguiam atacar, colocar pressão em nós. Também recebemos bem, então sempre nos mantivemos com chances”, avaliou Cazuo.


 

Disputas equilibradas
A outra dupla brasileira nas oitavas de final, formada por Gustavo Tsuboi (54º) e Hugo Calderano (60º), acabou superada pelos sul-coreanos Youngsik Jung (24º)/Minseok Kim (33º) por 4 a 2, parciais de 7/11, 11/8, 11/8, 8/11, 11/8 e 11/3. A parceria vinha de um feito histórico em fevereiro, quando conquistou a prata no Aberto do Qatar, melhor desempenho das Américas em uma etapa da série Super, a mais importante do Circuito Mundial.

“Sabíamos que seria um jogo difícil. Nas primeiras bolas, eles são muito consistentes. Estávamos levando a melhor no início, tanto nessas bolas como nos ralis. A partir do meio do jogo, passamos a errar um pouco mais, ficou 50% para cada lado”, avaliou Tsuboi, que destacou ainda o bom desempenho da parceria brasileira ao longo da competição.

“Era uma dupla muito forte, semifinalista do último Mundial. Pelo que apresentamos, jogando de igual para igual com os melhores do mundo, foi muito positivo. Em geral, conseguimos desenvolver um bom nível”, disse.

Brilho de Calderano
Calderano e Tsuboi também foram eliminados nesta quarta na chave individual. Pelos 64 avos de final, o carioca de 18 anos fez uma grande partida contra o japonês Jun Mizutani, quinto do mundo, mas foi superado por 4 a 2 (11/3, 5/11, 4/11, 12/10, 14/12 e 11/7).

“Acho que nesse jogo eu provei que estou num nível entre os tops do mundo. Estava dominando o jogo no início, mas alguns detalhes fizeram a diferença. Ele tem mais experiência, conseguiu fazer alguns pontos decisivos e acabou levando aquele quinto set”, disse o brasileiro, citando a parcial em que chegou a ter 10/6 a seu favor no placar.

Mizutani reconheceu o talento do brasileiro e o elogiou após a partida. “Ele foi muito forte hoje. Normalmente, eu perderia essa partida. Foi a primeira vez que nos enfrentamos, então ainda não o conhecia muito bem. Ele é muito bom tanto no forehand quanto no backhand. É um grande jogador”, afirmou.

Tsuboi enfrentou o cingapuriano Gao Ning (15º) e começou bem a partida, levando o primeiro set. Nas parciais seguintes, porém, o asiático errou muito pouco, controlou o jogo e fechou em 4 a 1: 3/11, 11/4, 11/5, 11/2 e 11/5.

Este foi o melhor resultado de Calderano em Mundiais individuais. Já Tsuboi repetiu o desempenho de 2011 e 2013, quando também passou pela primeira rodada da chave principal.
 

Fonte: CBTM
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministro recebe presidente da CBF e mantém posição sobre a MP do futebol

(Francisco Medeiros/ME)(Francisco Medeiros/ME)
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, esteve nesta terça-feira (28.04) no gabinete do ministro do Esporte, George Hilton, para se apresentar e discutir ações em prol do futebol nacional. Também estiveram presentes outros representantes da CBF e parlamentares da bancada da bola da Câmara dos Deputados.
 
O principal motivo da reunião foi que a CBF apresentou ao ministro e deputados presentes uma proposta para alterar alguns pontos da MP do Futebol, que trata do refinanciamento da dívida dos clubes, desde que os mesmos se submetam a algumas contrapartidas. 
 
“Nós temos reafirmado em todas as reuniões que tivemos, não só com a CBF, mas com outras entidades, que o governo entregou um texto pronto. O texto é bem claro ao dizer que nesse momento em que os clubes precisam de um refinanciamento, eles precisam realizar algumas contrapartidas, como pagar os salários dos atletas e funcionários em dia, pagar os impostos em dia, manter todas as informações sobre gastos em balancetes na Internet, a responsabilização por eventuais desvios nos usos desses recursos, que é a chamada gestão temerária. Esses são pontos que o governo não negocia, foram amplamente discutidos. Porém, agora, o papel de protagonista agora está com o Congresso Nacional”, avisou o ministro George Hilton.
 
Marco Polo Del Nero apresentou algumas propostas tanto para o ministro do Esporte como para representantes da bancada da bola da Câmara dos Deputados presentes na audiência para que sejam realizadas algumas alterações na MP.  “Vim me apresentar agora como presidente da CBF, cuja posse tomei dia 16. Modestamente, digo que minha pessoa e a CBF estão à disposição do ministério para que a gente possa em comum acordo buscar a melhor posição para o futebol brasileiro no cenário internacional”, disse.
 
(Francisco Medeiros/ME)(Francisco Medeiros/ME)
 
A respeito das propostas que a CBF fez com relação à MP, Del Nero falou que não são alterações drásticas, mas pontuais para “ficar bom para todos os lados”. “Estamos discutindo bastante sobre a MP do futebol. Nós apresentamos uma proposta a ele, mas é um assunto que os parlamentares estão discutindo. A gente trouxe alguns elementos para que a MP fique boa tanto para o governo quanto para os clubes. Não são coisas muito grandes. São pequenos ajustes e os deputados vão trabalhar em cima disso”. 
 
Copa América
 
A partir do dia 11 de junho será disputada a 44ª edição da Copa América de futebol, no Chile. Na audiência desta terça-feira (28.04), Del Nero convidou o ministro para participar da inauguração da competição, que vai até o dia 4 de julho. “Ele trouxe um convite para a abertura da Copa América no Chile. Recebemos com muito entusiasmo porque todos nós queremos ver o Brasil ter bons desempenhos nesses eventos”, disse George Hilton. 
 
Del Nero aproveitou para elogiar a receptividade do ministro do Esporte. “Essas conversas sempre são produtivas. Falamos de futebol que é o esporte do povo brasileiro junto com o ministro do Esporte que trata de tudo, inclusive de futebol. Nosso relacionamento é ótimo. O ministro tem uma compreensão e uma visão muito grande das coisas boas para o futebol brasileiro”.
 
Petronilo Oliveira
Ascom - Ministério do Esporte
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Em 2015, handebol “roda” atletas mais jovens para consolidar seleções

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Para o presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Oliveira, não apenas a seleção feminina tem condições de trazer medalha nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, mas também a masculina poderá ser uma surpresa: “Temos todas as perspectivas do mundo quanto a subir ao pódio. No masculino, os resultados do Mundial de Doha [em janeiro] mostram isso. Apesar de sairmos nas oitavas, perdemos dos croatas, campeões olímpicos e mundiais, por apenas um gol. E, da Espanha, também de muita tradição de medalhas, a diferença foi de apenas dois gols.”

O dirigente destaca que os atletas mais jovens “estão respondendo muito bem” na seleção do técnico espanhol Jordi Ribera – vários estão juntos desde 2013, quando eram juvenis. “Temos como meta uma excelente participação em 2016, para entrar definitivamente no grupo das seleções mais fortes”, afirma. O próprio Jordi lembra que o fator “casa” em 2016 poderá dar as condições do “degrau a mais” que a seleção precisa para chegar a pódio.

Foto: Divulgação/CBHbFoto: Divulgação/CBHb

A seleção feminina, do técnico Morten Soubak, o “dinamarquês-baiano” (como ele mesmo diz), também tem jogadoras mais jovens – mas inseridas há mais tempo no grupo, que já teve duas atletas eleitas como “melhor do mundo” por dois anos consecutivos: a ponta-esquerda Alexandra, em 2013, e a armadora-esquerda Duda, em 2014.

“Temos em 2015 um ano extremamente importante por isso – pela rodagem dos mais jovens. Não é possível contarmos sempre com todos os principais atletas, que jogam na Europa e têm campeonatos muito importantes com seus clubes, como a Champions League. Então, em 2015 nossos técnicos estão rodando com esses atletas mais novos, para que em 2016 já tenhamos grupos mais consolidados.”

Para as garotas, campeãs mundiais na casa das sérvias em 2013, diante de público recorde de 20 mil pessoas em Belgrado, o foco é o Mundial da Dinamarca, de 5 a 20 de dezembro (os Mundiais masculinos são em janeiro e os femininos, em dezembro, a cada dois anos). Antes, a seleção disputa o Pan de Handebol em Cuba, de 20 a 28 de maio. E, como a seleção masculina, também os Jogos Pan-Americanos de Toronto (10 a 26 de julho).

A preparação do handebol, como Manoel Oliveira lembra, vem sendo feita com investimentos do Ministério do Esporte, por meio de convênios e também patrocínio de estatais – caso de Correios e Banco do Brasil.

Confira a série de matérias sobre o ano chave para o esporte brasileiro:

Vôlei de praia tem 2015 ano de desgaste físico e mental na corrida atrás de vagas olímpicas

Em 2015, handebol “roda” atletas mais jovens para consolidar seleções

De olho em 2016, basquete aguarda definição de convites até 30 de junho

Vôlei foca no amadurecimento técnico, físico e emocional de atletas em 2015

Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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Vôlei de praia tem 2015 ano de desgaste físico e mental na corrida atrás de vagas olímpicas

Modalidade com tradição de medalhas olímpicas, o vôlei de praia tem em 2015 um ano de intenso trabalho mental, além da participação em eventos por todo o mundo. Além de correr atrás da classificação olímpica, na luta por pontos do ranking em nove principais etapas do Circuito Mundial (cinco do Grand  Slam e quatro da Major Series), as duplas precisam montar planilhas com avaliações dos principais adversários, estrangeiros e brasileiros. Ao mesmo tempo, as duplas já terão de se preparar psicologicamente para os Jogos Olímpicos, caso consigam vaga para a disputa em casa, em 2016.

“Essa corrida olímpica ainda não começou. O período será de maio a dezembro”, diz Fulvio Danilas, diretor de Vôlei de Praia da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). “Mas será intensa e sob muita pressão: de desgaste pelos torneios e de muito trabalho mental.”

O Brasil tem duas vagas (dupla feminina e dupla masculina) asseguradas, como país-sede, que serão indicadas pela CBV. Mas tem todas as chances de ter mais duas, para as duplas feminina e masculina que somarem mais pontos nas nove etapas do Circuito Mundial, descartados os dois piores resultados.

O dirigente explica que a CBV irá apoiar “o maior número possível” de duplas para essa disputa. “Estamos juntando esforços com o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e o Ministério do Esporte, mas temos prioridades.”

A CBV pode inscrever seis duplas a cada torneio do Circuito Mundial – não necessariamente as mesmas. “Conforme forem acontecendo, os resultados irão indicar a estratégia a ser adotada para aquelas duplas que se destacarem, dentro da nossa limitação orçamentária.”

Equilíbrio entre intensidade e lesões
O superintendente lembra que neste ano pré-olímpico, além do desgaste pelos torneios, da avaliação de adversários e a preparação psicológica, é preciso atentar para o equilíbrio entre a intensidade de ações e o risco de lesões.

Depois, já em janeiro, a CBV irá anunciar as duplas que representarão o Brasil nos Jogos do Rio – as indicadas, além das que devem conquistar vaga pelos pontos dos torneios.

“Iremos anunciar em janeiro [os Jogos serão de 5 a 21 de agosto], justamente para que os atletas possam se concentrar, sem se preocupar com classificação, com lesões. Nos outros ciclos não foi assim [o último ouro olímpico brasileiro do vôlei de praia foi em Atenas 2004, com Ricardo e Emanuel]. Esperamos que, com essa antecedência no anúncio, os atletas ganhem confiança na preparação para atingir o pico nos Jogos do Rio. Esperamos que seja uma força a mais para as duplas.”

Confira a série de matérias sobre o ano chave para o esporte brasileiro:

Vôlei de praia tem 2015 ano de desgaste físico e mental na corrida atrás de vagas olímpicas

Em 2015, handebol “roda” atletas mais jovens para consolidar seleções

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Vôlei foca no amadurecimento técnico, físico e emocional de atletas em 2015


Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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Vôlei foca no amadurecimento técnico, físico e emocional de atletas em 2015

Há expectativa por medalhas olímpicas por parte dos esportes coletivos nos Jogos do Rio 2016, principalmente do vôlei. As garotas lutarão pelo tricampeonato, depois do ouro de Pequim 2008 e de Londres 2012 (em Atlanta 1996 e Sydney 2000, ficaram com o bronze). No masculino, a seleção vem de duas pratas nessas últimas edições olímpicas, mas o Brasil também tem dois ouros, de Barcelona 1992 e Atenas 2004, depois do marco da prata de Los Angeles 1984.

Foto: Divulgação/CBVFoto: Divulgação/CBV

Antônio Rizola, gerente de seleções da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), lembra que foi preciso acionar um plano B, porque as equipes brasileiras não estarão na Copa do Mundo do Japão, no fim do ano, que vale vagas olímpicas (na justificativa dos organizadores, o Brasil está fora porque é o país da cidade-sede). Assim, o torneio com fortes adversários, sempre parte do planejamento dos ciclos olímpicos, terá de ser compensado, em parte, com amistosos internacionais – que nem de longe têm o mesmo nível de competitividade de um torneio tradicional como o do Japão.

E o técnico Bernardo Rezende, da seleção masculina, ainda precisará trabalhar com dois grupos neste ano pré-olímpico. A Liga Mundial começa em 15 de maio, mas a etapa final será de 14 a 19 de julho no Rio de Janeiro, coincidindo com os Jogos Pan-Americanos de Toronto (10 e 26 de julho). Um grupo deverá jogar a Liga e outro, o Pan.

Liga e GP ganham em importância
Sem a Copa do Japão, diz o gerente Rizola, a Liga passa a ser o foco da seleção masculina em 2015. “Estão programados ainda amistosos nos Estados Unidos e na Europa. Tentaremos fazer com que o número de jogos seja adequado àquele que devemos cumprir por ano. Também estamos tentando organizar um torneio em agosto, aqui, com boas equipes europeias”, explica.

A seleção feminina, do técnico José Roberto Guimarães, irá passar por situação semelhante – o Grand Prix começa em 26 de junho, com etapa final de 22 a 26 de julho em Omaha, nos Estados Unidos.

Rizola lembra que 2015 é um ano importante porque as duas seleções passam por renovação – apesar de alguns jogadores já serem bem conhecidos e terem experiência, vários ainda são muito jovens (Lucarelli, por exemplo, acabou de fazer 23 anos; Gabi ainda fará 21 em maio).

“Para nós, 2015 é fundamental também por isso. Precisamos de jogos internacionais para maturação técnica, física e também emocional dos atletas, para suportar os Jogos Olímpicos. Se é difícil ser campeão olímpico, no Brasil será dez vezes mais. Daí a convocação do líbero Serginho [que completa 40 anos em outubro], de novo, pelo Bernardinho. É uma liderança muito forte dentro de quadra.”

Ao mesmo tempo, como alerta Rizola, é preciso haver equilíbrio, para esse amadurecimento, para evitar lesões. “No esporte de alto rendimento, o mais difícil é isso: manter a saúde do atleta, a estrutura muscular, física – e também a emocional -, porque a pressão é muito grande. É por isso que temos psicólogos trabalhando com nossos jogadores desde as equipes de base, femininas e masculinas.”

Confira a série de matérias sobre o ano chave para o esporte brasileiro:

Vôlei de praia tem 2015 ano de desgaste físico e mental na corrida atrás de vagas olímpicas

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Calderano e Carol podem fazer história nas duplas mistas no Mundial de tênis de mesa

(CBTM/Divulgação)(CBTM/Divulgação)Hugo Calderano e Caroline Kumahara podem fazer história nesta terça-feira (28.04), durante o terceiro dia de disputas do Campeonato Mundial 2015, em Suzhou, na China. Nesta segunda (27.04), os brasileiros chegaram aos 32 avos de final no torneio de duplas mistas. Caso avancem mais uma fase, garantem o melhor resultado do país na categoria em todos os tempos.

Por serem cabeças de chave, Calderano (60º colocado do ranking mundial) e Carol (143ª) não tiveram de passar pelo qualifying. No primeiro confronto, válido pelos 128 avos, derrotaram Lkhagvasuren Enkhbat e Doljinzuu Batbayar (433ª), da Mongólia: 4 x 1 (6/11, 11/7, 11/4, 11/5 e 11/3). Na sequência, bateram o australiano Kane Townsend (382º) e a porto-riquenha Adriana Díaz (170ª) em sets diretos, parciais de 11/2, 14/12, 11/5 e 11/6.

Com a vitória, a parceria igualou o feito de Gustavo Tsuboi e Jessica Yamada, que, em 2013, também alcançaram os 32 avos. Os brasileiros voltam à mesa às 23h30 (de Brasília) desta segunda – manhã de terça em Suzhou. Calderano e Carol enfrentarão os holandeses Laurens Tromer e Britt Eerland (88ª).

Eles já haviam disputado competições juntos, principalmente nas categorias inferiores, em que chegaram a ser campeões sul-americanos no infantil. Para Calderano, no entanto, o que pesou mais na sintonia entre eles foi o crescimento individual de cada um.

“Acho que não mudou muita coisa pelo fato de já termos jogado juntos. A diferença para conseguirmos os bons resultados hoje foi mesmo o quanto crescemos no individual”, disse.

Carol destacou ainda a importância dos confrontos desta segunda para o início da disputa da chave individual. “Ter jogado as duplas mistas vai ser importante para o individual amanhã, principalmente por termos ido bem na segunda partida. Estou com uma boa expectativa”, afirmou.

Gustavo Tsuboi (54º) e Lin Gui (130ª) também disputaram as duplas mistas e começaram bem, vencendo os israelenses Michael Tauber (336º)/Neli Shoifer por 4 a 1 (11/8, 11/4, 11/5, 8/11 e 13/11). Porém, acabaram superados na fase seguinte pelos galeses Daniel O’Connell (622º) e Charlotte Carey (230ª) por 4 a 3 (4/11, 11/9, 4/11, 11/7, 3/11, 11/5 e 11/3).

Outras vitórias

(CBTM/Divulgação)(CBTM/Divulgação)Mais cedo nesta segunda, a seleção avançou a mais duas chaves principais. No individual masculino, Thiago Monteiro garantiu a vaga ao bater por 4 a 1 (11/6, 6/11, 11/4, 11/5 e 12/10) o cazaque Samat Beisenov, pela última rodada da fase preliminar.

O cearense já havia ido à mesa pouco antes do duelo decisivo pelo quali individual para a disputa de mais uma vaga em chave principal. Thiago e Cazuo Matsumoto bateram os tailandeses Suchat Pitakgulsiri/Max Poungsri (367ª), pela terceira rodada da fase preliminar, e se juntaram a Tsuboi e Calderano, que são cabeças de chave do torneio.

Confrontos definidos

Nesta segunda, foram sorteados os confrontos das outras chaves principais, que terão início nesta terça. No individual masculino, três confrontos às 6h, pelos 128 avos: Tsuboi enfrenta o português Diogo Chen (183º), Calderano duela com o dinamarquês Kasper Sternberg (138º) e Cazuo terá pela frente o russo Alexey Liventsov (65º). Mais tarde, às 8h45, Thiago encara o japonês Yuto Muramatsu (23º).

No feminino, todos os três jogos serão às 3h contra atletas melhores ranqueadas. Lin Gui, Carol e Ligia Silva (160ª) enfrentarão, respectivamente, a ucraniana Margaryta Pesotska (60ª), a tcheca Renata Strbikova (98ª) e a japonesa Sayaka Hirano (13ª).

O torneio de duplas masculinas terá duas parcerias brasileiras: pelos 64 avos, Gustavo Tsuboi/Hugo Calderano encaram os israelenses Omri Bem Ari/Shimon Rabinovich, enquanto Cazuo Matsumoto/Thiago Monteiro terão pela frente os chilenos Gustavo Gómez (399º)/Manuel Moya (367º). Ambos os confrontos acontecerão à 1h30.

A única dupla brasileira feminina também estreará nos 64 avos. As adversárias serão as neozelandesas Sun Yang/Annie Yang, à 0h45.

Confira abaixo a programação completa:

INDIVIDUAL MASCULINO

Qualifying – Grupo 4
Thiago Monteiro 4 x 0 Gennadiy Levchenko (628º) – 11/9, 11/9, 11/6 e 11/3
Thiago Monteiro 4 x 1 Kerem Bem Yahia (592º) – 11/5, 15/13, 10/12, 11/8 e 18/16

Qualifying – 64 avos de final
Thiago Monteiro 4 x 1 Samat Beisenov – 11/6, 6/11, 11/4, 11/5 e 12/10

Chave principal – 128 avos de final
Gustavo Tsuboi x Diogo Chen (183º) – 28/4, às 6h
Hugo Calderano x Kasper Sternberg (138º) – 28/4, às 6h
Cazuo Matsumoto x Alexey Liventsov (65º) – 28/4, às 6h
Thiago Monteiro x Yuto Muramatsu (23º) – 28/4, às 8h45

INDIVIDUAL FEMININO

Chave principal – 128 avos de final
Lin Gui x Margaryta Pesotska (60ª) – 28/4, às 3h
Caroline Kumahara x Renata Strbikova (98ª) – 28/4, às 3h 
Ligia Silva x Sayaka Hirano (13ª) – 28/4, às 3h

DUPLAS MASCULINAS

Qualifying – 64 avos de final
Cazuo Matsumoto/Thiago Monteiro 3 x 0 Aleksandr Lusin/Valdas Martinkus –11/6, 11/9 e 11/5

Qualifying – 32 avos de final
Cazuo Matsumoto/Thiago Monteiro 3 x 0 Suchat Pitakgulsiri/Max Poungsri (367ª) – 13/11, 11/5 e 11/8

Chave principal – 64 avos de final
Gustavo Tsuboi/Hugo Calderano x Omri Bem Ari/Shimon Rabinovich – 28/4, à 1h30
Cazuo Matsumoto/Thiago Monteiro x Gustavo Gómez (399º)/Manuel Moya (367º) – 28/4, à 1h30

DUPLAS FEMININAS

Chave principal – 64 avos de final
Lin Gui/Caroline Kumahara x Sun Yang/Annie Yang – 28/4, à 0h45

DUPLAS MISTAS

Chave principal – 128 avos de final
Hugo Calderano/Caroline Kumahara 4 x 1 Lkhagvasuren Enkhbat/Doljinzuu Batbayar – 6/11, 11/7, 11/4, 11/5 e 11/3
Gustavo Tsuboi/Lin Gui 4 x 1 Michael Tauber/Neli Shoifer – 11/8, 11/4, 11/5, 8/11 e 13/11

Chave principal – 64 avos de final
Hugo Calderano/Caroline Kumahara 4 x 0 Kane Townsend/Adriana Díaz – 11/2, 14/12, 11/5 e 11/6
Gustavo Tsuboi/Lin Gui 3 x 4 Daniel O’Connell (622º)/Charlotte Carey (230ª) – 11/4, 9/11, 11/4, 7/11, 11/3, 5/11 e 3/11

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

Fonte: CBTM
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Joice Silva conquista ouro inédito e Brasil define equipe para Toronto 2015

A luta olímpica encerrou neste domingo (26.4) sua participação no Pan-Americano de Luta Olímpica, disputado em Santiago, no Chile, com seis medalhas e nove vagas asseguradas para os Jogos Pan-Americanos de Toronto no Canadá. O destaque da delegação brasileira foi Joice Silva, medalha de ouro na categoria até 58kg e eleita a melhor atleta da luta feminina na competição. A lutadora faz parte do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte.
 

A equipe feminina conquistou ainda mais duas medalhas de bronze com Giullia Penalber, até 53kg e Aline Silva até 75kg. A goiana Kamila Barbosa, até 48kg, ficou em quinto, e também confirmou sua divisão de peso no torneio intercontinental. A equipe feminina ainda ficou com o terceiro lugar por equipes da luta feminina, à frente dos Estados Unidos. O Canadá ficou em primeiro e a Venezuela em segundo.  

“Treinei muito para isso e fico feliz com a conquista deste título inédito na minha carreira. Receber o reconhecimento de todos com a sapatilha de ouro de melhor atleta é ainda mais especial. Mais uma vez mostramos que a equipe brasileira é muito forte e subimos ao pódio também no resultado por equipes. Agora é treinar ainda mais forte para os Jogos Pan-americanos e buscar outra medalha de ouro”, afirmou Joice, bronze nos Jogos de Guadalajara no México em 2011.

Neste domingo, o estilo livre conseguiu classificar três atletas. Juan Bittencourt ficou com a medalha de bronze na categoria até 97kg. Pedro Rocha categoria até 74kg e Hugo Cunha até 125kg terminaram quinto e asseguraram vaga nos Jogos Pan-Americanos 2015 por terminarem entre os quatros primeiros atletas não classificados em suas respectivas categorias. No estilo greco-romano, disputado na última sexta-feira, o destaque foi Davi Albino. O paulista ficou com a prata na categoria até 98kg, resultado inédito em sua carreira e garantiu sua vaga nos Jogos de Toronto. Gil Leon foi bronze na categoria até 70kg, mas a divisão de peso não faz parte do cronograma da competição canadense.  

“Gostaria de agradecer aos meus companheiros de treino e treinadores pela conquista. Foi uma medalha muito importante para todos do estilo greco-romano, a um ano dos Jogos Olímpicos e agora é intensificar a preparação para os Jogos Pan-Americanos de Toronto no Canadá, onde o desafio será maior ainda”, completou Davi Albino, que já havia conquistado o bronze no torneio Cerro Pelado, em fevereiro de 2015.

Confira a equipe que vai para o Pan de Toronto 2015:

Estilo greco-romano
Davi Albino até 98kg

Luta Feminina
Kamila Barbosa até 48kg
Giullia Penalber aé 53kg
Joice Silva até 58kg
Gilda Oliveira até 69kg
Aline Silva até 75kg

Estilo Livre
Pedro Rocha até 74kg
Juan Bittencourt até 97kg
Hugo Cunha até 125kg

Fonte: CBLA
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